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ROTEIRO OSCE **Se apresente ao paciente e diga em voz alta o passo a passo do seu exame. ** “Considere que lavei as mãos e estou parimentada (o)”. Se posicionar a DIREITA do paciente EXAME GERAL Identificação do paciente: Estado geral (BEG, REG, MEG): Fácies (atípica/típica – qual): Nível de consciência: Estado de hidratação (hidratado/desidratado): Mucosas (coradas/hipocoradas/hipercoradas): Respiração (eupneico/dispneico): Atitude (ativa/passiva): Postura (boa/sofrível/má): Movimentos involuntários (ausentes/presentes – tipo): Biotipo (brevilíneo, mediolíneo ou longilíneo): Peso: kg Altura: cm IMC (índice de massa corporal): CC (circunferência da cintura): cm CA (circunferência abdominal): cm Temperatura axilar: °C Panículo adiposo (normal/aumentado/diminuído): Musculatura (tônus e tropismo): Desenvolvimento físico (normal/nanismo/gigantismo): Pele (cor, umidade, textura, turgor, elasticidade, sensibilidade, lesões): Fâneros (unhas, cabelos, cílios, supercílios, pelos do corpo): Estado nutricional (nutrido/desnutrido): Veias superficiais (ausentes/presentes – varizes e simetria): Circulação colateral (ausente/presente – tipo): Edema (local, intensidade, elasticidade, temperatura, sensibilidade, consistência): Fala e linguagem: Marcha PRESSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Deve-se manter a artéria braquial ao nível do coração (4o espaço intercostal), tomando-se o cuidado de deixar o paciente em posição confortável, com o braço ligeiramente flexionado, apoiado sobre uma superfície firme, estando a palma da mão voltada para cima. Procedimento: Localizar as pulsações da artéria braquial Colocar o manguito 2 cm acima da fossa cubital Palpar o pulso radial (pode também ser feito na artéria braquial) Inflar o manguito até o desaparecimento do pulso radial; em seguida, desinsuflar o manguito lentamente. Quando reaparecer o pulso, será obtido o valor da pressão sistólica Colocar o estetoscópio sobre a artéria braquial e insuflar o manguito cerca de 30 mmHg acima do valor encontrado para a pressão sistólica pelo método palpatório Soltar o ar, de maneira contínua, à razão de 2 a 3 mmHg/segundo, até o completo esvaziamento da câmara. Pressão arterial sistólica: aparecimento do primeiro ruído Pressão arterial diastólica: desaparecimento dos sons. PULSO Empregam-se as polpas dos dedos indicador e médio, variando a força de compressão até obter-se impulso máximo. Avalia-se: • Frequência • Ritmo • Amplitude ou magnitude • Simetria Pulso radial: Localizado medialmente ao processo estilóide do rádio; emprega-se a polpa dos dedos indicador e médio. Polegar se fixa ao dorso do punho. Antebraço apoiado e em supinação Pulso braquial: Com a mão direita, o examinador sustenta a mão direita do paciente ao mesmo tempo em que o braço é levantado e mantido em leve flexão. A mão esquerda do examinador abarca a parte média do braço imediatamente abaixo do músculo deltoide. O polegar funciona como ponto de fixação, enquanto as pontas dos dedos médio e indicador se insinuam por baixo do bíceps até encontrarem a artéria braquial. Pulso aorta abdominal: paciente em decúbito dorsal, fazendo-se leve flexão das coxas sobre a bacia. O médico com sua mão direita, procura a aorta no espaço compreendido entre o apêndice xifoide e a cicatriz umbilical, pressionando-a contra a coluna vertebral. A mão esquerda deve apoiar-se sobre a direita para ajudar na compressão. LINFONODOS Inspeção: avaliar tamanho, volume, assimetria no corpo e lesões na pele Palpação: paciente sentado ou em pé com o examinador posicionado a sua frente. Palpar com as polpas digitais dos dedos médio e indicador em movimentos circulares, comparando os lados homólogos, buscando identificar linfonodos palpáveis que possam apresentar sinais flogisticos, coalescência, consistência, tamanho aumentado, localização, sensibilidade ou alterações na pele → Palpar linfonodos abaixo da mandíbula: uma mão segura a cabeça evitando movimentação → Palpar linfonodos cervicais: solicitar que o paciente incline o pescoço para o lado que se deseja palpar ✓ Características dos linfonodos: Em condições normais são individualizados, moveis, indolores, com consistência borrachosa. LINFONODO DE VIRCHOW: Linfonodo supraclavicular aumentado, caracterizando o Sinal de Troisier, um indicativo de tumores abdominais, particularmente gástrico. NÓDULO DE IRISH: nódulo na região axilar anterior TIREOIDE Inspeção: tamanho da tireoide normal Palpação: volume normal, consistência elástica, indolor, sem nódulos, móvel a deglutição e temperatura normal. → Abordagem posterior: paciente sentado e o examinador de pé atrás dele. As mãos e os dedos rodeiam o pescoço com os polegares fixos na nuca, e as pontas dos indicadores e médios quase a se tocarem na linha mediana. O lobo direito é palpado pelos dedos médio e indicador da mão direita; para o lobo esquerdo, usamos os dedos médio e indicador da mão esquerda. → Abordagem anterior: paciente sentado ou de pé e o examinador também sentado ou de pé, postado à sua frente. São os dedos indicadores e médios que palpam a glândula enquanto os polegares apoiam-se sobre o tórax do paciente. O lobo direito é palpado pelos dedos médio e indicador da mão esquerda e o lobo esquerdo é palpado pelos dedos médio e indicador da mão direita. ✓ Solicitar para o paciente que incline a cabeça para trás e que faça uma deglutição palpando o istmo tireoidiano e sentindo-o se elevando a tireoide, localizada abaixo da cartilagem cricóide. Ausculta: posiciona o estetoscópio acima da glândula, buscando sopros e frêmitos. SINAL DE PEMBERTON: característico do bócio multinodular. O sinal é evidente quando o paciente eleva os braços acima da cabeça e com isso o mesmo começa a apresentar dispneia, distensão das veias do pescoço, pletora facial ou com estridor. ABDÔMEN Inspeção: abdômen normal, sem lesões na pele, abaulamentos, circulação colateral ou herniações, também sem pulsações arteriais e Peristalse identificáveis a inspeção. → Inspeção estática: • Tipo de abdômen: plano, globoso, avental, escavado. • Abaulamento ou retrações • Lesões, estrias, cicatrizes • Presença de veias superficiais e circulação colateral. • Cicatriz umbilical (intrusa ou protrusa) → Inspeção dinâmica: • Movimentos respiratórios e peristálticos • Pulsações • Herniações (manobra de Valssava e Smith Bates) Ausculta: presença de ruídos hidroaéreos nos quatro quadrantes e ausência de sopros arteriais abdominais → Auscultar o abdômen nos 4 quadrantes, supondo que se passaram 2 a 5 minutos em cada para ouvir ruídos Hidroaéreos (Sons normais - estalidos e gorgolejos) e auscultar aorta abdominal, a. renal, a. ilíaca e a. femoral, descartando sopros. Percussão: Percutir o abdômen em todas as 9 regiões. Objetivando avaliar a distribuição de gases no abdome, identificar massas sólidas, presença de líquido livre na cavidade, tamanho do fígado (hepatimetria), se há aumento esplênico e áreas dolorosas. Palpação: abdômen normotenso, indolor a palpação superficial e profunda, sem sinais de irritação peritoneal, sem massas ou visceromegalias. → Palpação superficial: deve-se palpar todos os quadrantes, com apenas uma mão, buscando áreas sensíveis e/ou alteração de consistência durante a palpação. → Palpação profunda: deve-se usar as duas mãos, uma apoiada sob a outra, pesquisando a presença de massas. iniciando a penetração empurrando a pele para cima em direção ao tórax (“dar pele”); mantém a profundidade conquistada e realiza o deslizamento, sempre na fase expiratória. Volume: normal ou aumentado, difuso ou segmentar. Qualquer aumento é designado bócio Consistência: normal, firme, endurecida ou pétrea Mobilidade: normal ou imóvel (aderida aos planos superficiais e profundos) Superfície: lisa, nodular ou irregular Temperatura da pele: normalou quente Frêmito e sopro: presente(s) ou ausente(s) Sensibilidade: dolorosa ou indolor. MANOBRAS DO ABDOMEN → Pesquisa de hepatomegalia Tamanho normal do fígado: 6 a 12 cm na linha hemiclavicular direita Hepatimetria: percute o fígado da fossa ilíaca direita até o rebordo costal delimitando o limite inferior ao escutar som MACIÇO. Percute o 2º EIC até o 5º ou 6º EIC, delimitando o limite superior. → Pesquisa de esplenomegalia: Espaço de Traube: achado de som MACIÇO. Espaço em formato semilunar delimitado pelo rebordo costal, linha axilar anterior e 6° espaço intercostal esquerdo → Pesquisa de ascite Semicírculo de Skoda: paciente em pé, percute da região umbilical para os flancos, encontrando transição do som timpânico para o maciço. Pesquisa de ascite de pequeno volume Piparote: paciente deitado com uma mão na linha media, examinador dará piparotes de um lado e sentirá com a outra mão. Pesquisa ascite de grande volume Macicez móvel: percutir de decúbito dorsal e lateral, percute da região umbilical para os flancos, ouvindo som maciço no decúbito dorsal e som timpânico no decúbito lateral. Pesquisa ascite de médio volume → Sensibilidade renal: Manobra de punho percussão (sinal de Giordano) → Palpação superficial: 1. Temperatura 2.Tensão (superficial e generalizada) 3. Sensibilidade (pontos de dor) 4. Nodulações 5.Herniações 6. Espessura e continuidade da parede → Palpação profunda: Fígado: Manobra de Lemos torres; Mathieu (garra) Baço: Mãos em garra em posição de Shuster clássico e rocco Ponto de McBurney (Apêndice): Manobra e sinal de Blumberg; manobra de psoas; manobra obturador e sinal de Rovsing Vesícula: sinal de courvoisier-Terrier e Manobra de Murphy PROPEDÊUTICA CARDÍACA Inspeção: Ausência de abaulamentos a inspeção frontal e tangencial, precórdio normodinâminco, ictus cordis invisível a inspeção, ausência de turgência jugular patológica Palpação: ictus cordis palpável no 5º espaço intercostal na linha hemiclavicular esquerda, medindo 2 poupas digitais, não propulsivo, com mobilidade preservada, intensidade normal, ritmo regular e ausência de frêmitos. → Palpação do ictus cordis: paciente deitado em decúbito lateral e examinador do lado direito. Palpar o ictus cordis no 5º EIC, na LHHCE e definir sua localização, tamanho, intensidade ritmo e pesquisar frêmitos e bulhas palpáveis. Para averiguar a mobilidade, solicitar que o paciente deite em decúbito lateral esquerdo apoiado no braço esquerdo. Ausculta: frequência cardíaca dentro do normal, ritmo cardíaco regular, com desdobramentos de bulhas em 2 tempos, bulhas normofonéticas, sem sopros ou atritos. Ausência de sopros carotídeos bilateralmente → Paciente em decúbito dorsal com examinador ao seu lado direito. Auscultar cada foco e descrever frequência cardíaca, quantidade e sonoridade das bulhas, ritmo cardíaco e se ausculta sopros ou atritos. Foco aórtico: 2º EIC, junto ao esterno no lado direito • Irradia para a região infraclavicular direita, supraclavicular direita, carótida direita e fúrcula (arco da aorta). Foco pulmonar: 2º EIC, junto ao esterno no lado esquerdo, onde se ausculta a 2ª bulha. • Irradia para a região infraclavicular E, supraclavicular E e carótida E. Foco aórtico acessório (ErB): 3º EIC próximo ao esterno no lado esquerdo (entre FP e FT) Foco tricúspide: à base do apêndice xifoide, próximo ao 4º EIC no lado esquerdo. • Irradia para borda esternal direita Foco Mitral: 5º EIC na linha hemiclavicular esquerda, onde se ausculta a 1ª bulha, corresponde ao ictus cordis ou ponta do coração (coincidindo com o Mamilo) • Irradia para linha axilar média PROPEDÊUTICA CARDÍACA Manobra de Pachón: Decúbito lateral esquerdo e elevação do braço. Intensifica os sopros da valva mitral. Inclinação do tórax para a frente: Intensifica os sons da base do coração Manobra de Valsalva: deve-se manter-se sentado ou deitado, respirando profundamente e em seguida, é necessário fechar a boca, apertar o nariz com os dedos e forçar a saída de ar, não deixando-o escapar. Intensifica os sopros da miocardiopatia hipertrófica obstrutiva e prolapso da valva mitral. Reduz os sopros da estenose aórtica, regurgitação mitral e estenose tricúspide. Manobra de Hand-Grip: 5s. Aumenta a resistência periférica e pós-carga, dificulta a passagem do sangue para a aorta, mantem o sangue no ventrículo. Se diminuir o sopro aórtico e aumentou o mitral = estenose aórtica. SOPROS CARDÍACOS Estenose mitral: Ruflar (Sopro sistólico) • Irradia para Linha axilar Insuficiência mitral: Regurgitativo (Sopro sistólico) • Irradia para Axila e dorso Estenose aórtica: Rude • Irradia para o Pescoço Insuficiência aórtica: Aspirativo (Sopro diastólico) • Irradia para Linha paraesternal esquerda BULHAS CARDÍACAS 1ª BULHA: fechamento das valvas mitral e tricúspide. 2ª BULHA: fechamento das valvas aórtica e pulmonar. 3ª BULHA: enchimento ventricular rápido. Ou seja, ocorre após a abertura das valvas AV e fechamento das valvas pulmonar e aórtica. Por isso, ocorre logo após B2. 4ª BULHA: Corresponde a sístole atrial para ejeção final de sangue para o ventrículo. Ou seja, é anterior a B1. PROPEDÊUTICA PULMONAR Inspeção estática: tórax atípico, sem abaulamentos, depressões ou cicatrizes → Tórax tonel: típico de enfisema → Tórax infundibuliforme: típico de deficiência congênita → Tórax cariniforme: típico de raquitismo → Tórax escoliose: desvio lateral → Tórax cifose: desvio dorsal Inspeção dinâmica: tipo respiratório costal superior (mulher) ou toracoabdominal (homens), eupneico, sem esforço respiratório, tiragens ou uso de musculatura acessória → Frequência respiratória (adulto 16-20, criança 40-45) → Tipo respiratório Dispneico: resp. ampla e rápida com utilização de musculatura acessória (escalenos e esternocleidomastóideo), tiragem costais e batimento das asas nasais Cheyne-Stokes: modo cíclico de dispneia, resp. superficial, apneia, aumento e diminuição da amplitude Kussmaul: inspiração profunda seguida de pausas e expiração profunda seguida de pausas Palpação: expansibilidade preservada bilateralmente, FTV uniformemente palpável bilateralmente → Expansibilidade dos lobos superiores: examinador se posiciona atrás do paciente, pousando ambas as mãos sobre os ápices pulmonares, de modo que os polegares se toquem levemente, em ângulo quase reto, no nível da vértebra proeminente. Solicitar ao paciente que respire profundamente e analisar a movimentação da mão. → Expansibilidade dos lobos inferiores: examinador se posiciona atrás do paciente, pousar a mão na base pulmonar fazendo uma prega entre os polegares e solicitar ao paciente que respire profundamente analisando a movimentação da mão. → Frêmito toracovocal: pousar a mão sobre as regiões do tórax e solicitar ao paciente que pronuncie as palavras “trinta e três’’, enquanto troca os pontos de região do tórax, analisando bilateralmente a intensidade do frêmito toracovocal na face anterior, lateral e posterior. PROPEDÊUTICA PULMONAR Percussão: som claro pulmonar → O movimento da mão que percute é de flexão e extensão sobre o punho, nunca envolvendo a articulação do cotovelo, e muito menos a do ombro. Percutir as faces anterior e laterais com o paciente sentado ou deitado. Percutir as faces laterais solicitar ao paciente que coloque suas mãos na cabeça. Percussão da face posterior é possível apenas quando o paciente está sentado. Percutir todo o hemitórax de forma bilateral procurando alterações na tonalidade do som. → Som timpânico: espaço de traube → Som maciço: região mamaria, precordial e a partir do 10º espaço intercostal direito (fígado). Ausculta: NÃO pode ser feito por cima da roupa! →Examinador atrás do paciente. Deve solicitar que o paciente respire pausada e profundamente com a boca entreaberta. Auscultar ambos hemitórax de forma homologa no ápice, base e nas laterais, procurandoauscultar o murmúrio vesicular, som traqueal e respiração broncovesicular → Ausculta da voz falada e cochichada, com o paciente pronunciando trinta e três, procurando auscultar a ressonância vocal diminuída. RUÍDOS ADVENTÍCIOS Sons normais: • Som traqueal • Som brônquico • Murmúrio vesicular • Som broncovesicular Sons anormais: • Descontínuos: estertores finos e grossos • Contínuos: roncos, sibilos e estridor • Sopros • Atrito pleural ❖ Estertores de pequenas bolhas • Ruídos suave, velcro ou atrito de cabelo • Dentro do alvéolo • Inspiratórios ❖ Estertores de grossas bolhas • Inspiratórios e expiratórios • Mobilizam-se com a tosse ou fisioterapia • Secreção em brônquios e bronquíolos de pequeno calibre. ❖ Roncos • Sons grosseiros e mais contínuos • Secreção em via aérea de maior calibre ❖ Sibilos • Geralmente expiratórios (nem sempre) • O Fluxo de ar por via aérea estreitada ❖ Estridor • Geralmente inspiratório e grosseiro • Passagem de ar pela via aérea superior estreitada • Se audível sem esteto: “Cornagem” ❖ Atrito pleural • Inspiratórios e expiratórios • Som grosseiro, em “couro molhado” ❖ Respiração soprosa ou sopro tubário • MV aumentado e excepcionalmente claro • Grandes consolidações ou cavitações PROPEDÊUTICA NEUROLÓGICA COGNITIVO Avalia: consciência, memória, linguagem, dentre outros aspectos. Consciência: ESCALA DE GLASGOW (3-15) Reação pupilar (1-3). Memória: mini exame do estado mental (MINIMENTAL). Avalia-se a orientação temporal, orientação espacial, atenção, memória, cálculo, linguagem e habilidade de copiar um desenho. Max: 30. (≤24:redução da capacidade mental ≥ 28: ausência de alterações do estado mental). Comunicação: examinando-se a fala espontânea, a compreensão oral, a repetição de palavras e frases, a nomeação, a leitura e a escrita. → Capacidade de memorizar as palavras e de conservar a estrutura gramatical. → Identificação de objetos (investigação de agnosia visual). → Leia em voz alta e obedeça a ordens escritas (avalia compreensão). → Escrita: pedimos que o paciente escreva em uma folha em branco seu nome, endereço e algumas frases, espontaneamente e sob ditado. (identificação de afasias). Exame de linguagem: a percepção, a expressão oral e a expressão escrita. • Distúrbios: Disfonias: distúrbio do timbre e da intensidade do som produzido; ocorrem por comprometimento da inervação motora das cordas vocais. Disartrias: distúrbios da articulação das palavras ocasionados por alterações neurológicas, em nível periférico ou central. Afasia Sensorial (Wernicke): caracteriza-se por incapacidade ou dificuldade de entender a palavra escrita ou falada. Os pacientes falam abundantemente, cometendo frequentes erros verbais e gramaticais. Afasia Motora (Broca): o paciente apresenta dificuldade ou incapacidade na expressão oral e/ou gráfica. Esses pacientes falam pouco. A compreensão da linguagem falada está aparentemente pouco alterada; Afasia Total: incapacidade do paciente para entender ordens verbais e para a expressão oral e gráfica. Agnosia: a dificuldade ou incapacidade de reconhecer objetos ou sons por meio de estímulos sensitivos (táteis) ou sensoriais (auditivos ou visuais) – lesões focais. Apraxia: alteração da atividade gestual na qual o paciente é incapaz de executar certos atos motores de maneira adequada (p. ex.: abotoar a camisa, amarrar os sapatos, etc.) mesmo com os órgãos de execução intactos. PROPEDÊUTICA NEUROLÓGICA SOMÁTICO Avalia: motricidade, sensibilidade, coordenação, movimentos involuntários, além de sinais meníngeos. A motricidade voluntária é exercida pela ação de dois sistemas: o piramidal e o extrapiramidal. Enquanto o sistema extrapiramidal é o grande responsável pela manutenção do tônus muscular, o sistema piramidal controla a via efetora do movimento, dando origem à resposta voluntária propriamente dita. Exame do equilíbrio e marcha: postura, a presença de oscilações e de dança dos tendões. Teste de Romberg (olhos fechados):utilizado para avaliar as colunas dorsais da medula espinhal, que são essenciais para a propriocepção. Teste Romberg positivo sugere que a ataxia é de natureza sensorial, ou seja, depende da perda da propriocepção. Teste Romberg negativo sugere que a ataxia é de natureza Cerebelar. Motricidade: exame da força muscular, movimentos de flexão e extensão dos pés, pernas e coxas, exames dos membros superiores (movimentos de oponência - abrir e fechar as mãos, de flexão e extensão dos punhos e dos antebraços, de abdução e de adução dos braços e de elevação dos ombros), exame do tono muscular é realizado por meio da palpação, movimentação passiva e da inspeção. Manobra de Mingazzini: Sob condições patológicas, pode se observar oscilações ou quedas progressivas do pé, ou da perna ou da coxa. Sinal do Canivete: se caracteriza por uma resistência inicial no movimento de estender o antebraço sobre o braço, seguida por uma diminuição dessa resistência conforme o ângulo-arco do movimento aumenta. Sinal da Roda Dentada: indicação de síndrome de Parkinson. É caracterizada pela alternância entre os movimentos de contração e relaxamento da musculatura de controle da cabeça. PROPEDÊUTICA NEUROLÓGICA REFLEXOS Superficiais (exteroeeptivos): são realizados a partir de estímulos sobre a pele e mucosas, que geram contração muscular da região estimulada. Reflexo cutâneo-plantar (centro L5-S2): a excitação posteroanterior realizada na lateral da planta do pé leva à flexão plantar do hálux e dos artelhos. • Sinal de Babinski: condição patológica gerada por uma liberação piramidal e que causa uma resposta inversa, ou seja, induz a flexão dorsal (extensão) do hálux e dos artelhos. Reflexos profundos (miotátieos): são obtidos por meio da percussão dos tendões. Reflexo Aquileu (L2-S2): examinador flete levemente o pé do paciente percutindo a região do tendão de Aquiles ou a região plantar, obtendo, como resposta, a flexão plantar. Reflexo patelar (L2-L4): percute-se o tendão do quadríceps femoral (ligamento patelar), observando-se a extensão da perna. Reflexo estilorradial (C5-C6): o examinador apoio o antebraço com o polegar no estiloide do rádio. Em seguida, realiza a percussão sobre seu próprio dedo. A resposta esperada é a contração do músculo braquiorradial observada por uma discreta pronação do antebraço. Reflexo bicipital (C5-C6): percussão do tendão do bíceps se faz no dedo do próprio examinador e causa uma contração bicipital levando a uma flexão e supinação do antebraço. PROPEDÊUTICA DERMATOLÓGICA PELE Inspeção e palpação: A pele (da área estudada) apresenta-se corada, integra, bem hidratada, com textura, mobilidade e elasticidade normais sem áreas hipo ou hipersensíveis e sem sinais flogísticos. • Coloração • Integridade • Umidade • Textura • Elasticidade • Espessura • Temperatura • Mobilidade • Turgor • Sensibilidade • Lesões elementares Lesões elementares: tipo de lesão, distribuição, formato, coloração, localização, presença ou não de sinais flogísticos, bordas regulares ou irregulares. PLANAS: alteração da cor. Lesões não palpáveis, sem alteração do relevo. Modificação relacionadas a pigmentos ou alterações vasculares. → Manchas pigmentares: hipocrômica, hipercrômicas → Manchas vasculares: telangiectasia e mancha eritematosa → Mancas hemorrágicas: petéquias, víbices, equimoses e hematomas → Elevação edematosa: urticaria SÓLIDAS: São compostas pelas pápulas/placas, nódulos, cistos e vegetações. LÍQUIDAS: caracterizam-se por possuir conteúdo líquido em seu interior e podem ser classificadas em vesículas/ bolhas, pústulas, abscessos e hematomas. ALTERAÇÕES DA ESPESSURA: são representadas pela queratose, espessamento, liquenificação, esclerose, edema e atrofias. PERDAS E REPARAÇÕES TECIDUAIS: São lesões decorrentes da eliminação ou destruição patológica da pele,ou por reparação dos tecidos cutâneos. São elas: escama, erosão, úlceras, fissuras, crostas e cicatrizes. PROPEDÊUTICA DERMATOLÓGICA PLANAS Mácula Mancha Hipocrômicas Hipercrômicas Eritema Equimose Petéquias Víbices Urticária Angioedema PROPEDÊUTICA DERMATOLÓGICA SÓLIDAS Pápula <1 cm Nódulo 1 a 3cm Vegetante Verrucosa RISCO: Dermatoses pré-cancerosas. Queratoses actínica, solar e senil. Feridas crônicas (úlceras, cicatrizes de queimaduras, fístulas de osteomielites) Nevos melanocíticos LÍQUIDAS Vesícula <1cm Pústula (pús) Bolha > 1 cm Hematoma Inspeção de lesões: 1. Número 2. Localização 3. Forma TIPOS DE PELE Eudérmica: normal Xerósica: pele ressecada, espessa Seborreica: pele oleosa Eritema: mancha avermelhada, localizada, por vasodilatação. Disseminado: exantema Mucosa: enantema PROPEDÊUTICA DERMATOLÓGICA EROSÃO E REPARAÇÃO – SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE Erosão Ùlcera Fissura Fístula Atrofia: Diminuição da espessura e elasticidade da pele (estrias, rugas) LESÕES RESIDUAIS Cicatriz hipertrófica Quelóide Cicatriz retrátil Cicatriz Discrômica (alteração na coloração) UNHAS Características normais: • Cor • Aspecto • Forma e implantação • Superfície • Espessura e consistência • Arredores Onicorrexe: aumento da fragilidade (quebradiça, fragmentada, fissurações longitudinais). Unha em vidro de relógio: convexidade exagerada. Doenças pulmonares, cardiopatas, Hemopatias, hepatopatias, hipertireoidismo e doenças inflamatórias intestinais. Onicólise: desprendimento da lâmina ungueal na metade distal Melanoníquia: pontos, estrias ou faixas acastanhados na unha. Paroníquia: eritema, edema e dor nas regiões ao redor das unhas Onicomicoses: paquioníquia, onicólise, hiperceratose Subungueal FÁCIES Compreende o conjunto de sinais exibidos na face do paciente, resultante dos traços anatômicos e da expressão fisionômica, o que permite a avaliação imediata do seu estado emocional, intelectual e de saúde. Ideal: Fácies normal ou atípica. Fácie Acromegálica Fácies de Hutchinson Fácies hipertireóidea Facies mixedematosa Fácies cushingoide ou de lua cheia Fácies leonina Fácies adenoidiana ou respirador bucal Fácies Hipocrática
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