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CULTURA
ANTROPOLOGIA E SOCIOLOGIA JURÍDICA
INTRODUÇÃO
O presente trabalho, busca compreender a cultura no âmbito da antropologia, nas diversas fases perfectibilizadas no interstício dos séculos, que vem desde a antiguidade até a era pós-modernismo, observando, nos múltiplos posicionamentos de estudiosos, as dimensões da cultura nas sociedades em que está inserida e, portanto, acompanhando seu processo de transformação histórico-social.
CULTURA E SOCIEDADE
A cultura mostrou-se, no decorrer dos séculos, um poderoso instrumento humano de coesão social em suas estruturas antropológicas. A priori, há uma visão relativamente antropocêntrica atrelada ao significado de cultura, de forma a compreender, na visão de Abbagnano (2003: 229), primeiramente, um fator de ótica humana em seu desenvolvimento íntimo e individual, tendo suas fortes evidenciações na Grécia e Roma, com as denominadas paideia (formação do homem) e humanitas (educação do homem), respectivamente.
Em um segundo plano existencial, a cultura se observa não mais vinculada ao indivíduo em sua humanidade, mas em uma concepção coletiva e de herança ideológica, que fora transmitida de forma hereditária no decorrer dos tempos, modificada as necessidades evolutivas e cunhada pelo grupo social em que se internaliza com suas possíveis consequências quase inexoráveis, devida sua linearidade e nível de coesão intrínseca e institutiva, apesar de não tratar-se de algo biológico. 
CULTURA, MODERNIDADE E PÓS-MODERNISMO
A antropologia, dentro das ciências sociais, busca alcançar o status de uma ciência empírica analítica, independente da sociologia e da psicologia (KUPER, 2002: 80, 81), apesar de, na ótica de Talcott Parsons, esse nível de legitimação só possa ser atingido por uma definitiva conceituação de cultura, discussão que extrapola a marca de 100 anos. Assim, em 1958 Parsons e Kroeber publicaram um manifesto intitulado ‘Conceito de cultura e de sistema social’, no qual estabeleceram: “Achamos conveniente definir o conceito de cultura de forma mais restrita do que a tradição antropológica norte-americana tem feito, restringindo sua referência a um conteúdo transmitido e criado e a padrões de valores, ideias e outros sistemas simbólicos significativos como fatores na formação do comportamento humano e dos produtos desse comportamento.
Destarte, o autor Zygmunt Bauman (1925-2017) analisa a cultura atrelada ao sistema de liquidez, por ele cunhado, onde todas as relações no mundo contemporâneo são marcadas pela fluidez em contraponto à solidez presente anteriormente ao período do capitalismo industrial; bem como, critica e explicita em suas obras que a pós-modernidade, em um contexto de globalização, é um tempo sinalizado pelo individualismo, a cultura do consumo, as relações líquidas e fluídas, entre outros aspectos.
A priori, o professor parte de um contexto histórico, que observa existencialmente a cultura no mundo moderno a partir de um movimento filosófico e ideológico, o ILUMINISMO; que tangencia o conceito de cultura, contrapondo a hemogenia cultural, perfectibilizada pela influência da igreja católica, e implementa um novo conceito de cultura, explicitado na visão eurocêntrica em sua universalidade ideológica; movimento que parte de uma revolução e solidifica um ambiente propício, a posteriori, de controle social e manutenção do status quo.
Portanto, pela forte influência do capitalismo e a super valorização dos bens de consumo, em uma relação de fluidez, antagônica ao estado sólido apresentado nas sociedades pré-globalização, evidencia-se a cultura atrelada ao consumismo e uma relação de multiplicidade existencial, fomentada pela era digital e o fim das fronteiras físicas e sociais em meio ao processo de troca cultural do século XXI.
CULTURA DIGITAL
Para Lévy (1999, p. 17), “o termo especifica não apenas a infra-estrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo”
O ciberespaço e internet são dois termos sinônimos quando indicam para uma realidade alternativa, acessada por computadores para promover a comunicação e compartilhamento de informações.
A cibercultura é a expressão da aspiração de construção de um laço social, que não seria fundado nem sobre links territoriais, nem sobre relações institucionais, nem sobre as relações de poder, mas sobre a reunião em torno de centros de interesses comuns, sobre o jogo, sobre o compartilhamento do saber, sobre a aprendizagem cooperativa, sobre processos abertos de colaboração. O apetite para as comunidades virtuais encontra um ideal de relação humana desterritorializada, transversal, livre. As comunidades virtuais são os motores, os atores, a vida diversa e surpreendente do universal por contato (LÉVY, 1999, p. 130).
CRONOLOGIA
A internet surgiu como uma estratégia militar e posteriormente tornou-se uma rede de comunicação entre acadêmicos das universidades americanas. A World Wide Web (WWW) surgiu em torno de 1990, essa invenção consiste em um mecanismo que organiza os sites da internet conforme suas informações disponibilizadas, dessa forma se tornou mais fácil de acessar o conteúdo da web.
O URL foi criado logo após, como um padrão para buscar o conteúdo de um sítio na internet, mas só foi possível com a chegada do HTML e HTTP, responsáveis por adaptar a linguagem computadorizada do conteúdo cibernético para possibilitar sua exibição.
WEB 1.0
Surgiu em 1992. Era produzida por poucos e consumida por muitos, com pouquíssimas formas de interação, era considerada “apenas para leitura”, a informação era seu bem mais valioso.
WEB 2.0
Anos 2000: traz a dinâmica de “ler-escrever”, permitindo aos usuários colaborar e interagir com o conteúdo online, junto surgem as enciclopédias online, as redes sociais, os blogs, podcasts, softwares mais avançados para programação, games, chats, fóruns, entre outros, é o momento em que a conexão social se torna importante.
WEB 3.0
Hoje: é marcada principalmente pela característica de ser um massivo banco de dados, com a premissa de “ler-escrever-fazer”, as informações contidas nesse ciberespaço são constantemente compartilhadas e replicadas, surgem as inteligências artificiais, Web Semântica, Web Geospacial, Web 3D, ambientação virtual, etc.
BANDA LARGA
A banda larga de internet permitiu a importante mudança de “estar conectado” para “ser conectado”. “Estar” conectado significa que você eventualmente entra e sai da internet, como ocorria na época das conexões discadas à rede, na década de 1990. “Ser” conectado significa que parte de você está na rede – você vive em simbiose com ela. Isso só foi possível pelo barateamento da banda larga de internet, principal catalisador da tão celebrada participação dos indivíduos na rede, que se tornou a fonte de seu crescente poder no cenário atual, permitindo se expressar, publicar, atuar, escolher, opinar, criar, influenciar outras pessoas (GABRIEL, 2021, p. 44).
PROBLEMÁTICAS
Quem pensa que o virtual é outro mundo, precisa abrir os olhos e ver como ele também serve de novo veículo para a exploração econômica, a violência 
enoja na vida real. O virtual e o real não são dois mundos paralelos: existem em relação dialética, o que significa dizer que entretêm relações de complementaridade, dependência recíproca e dinâmica tempestuosa que, em boa parte, podem ser examinadas à luz do conceito crítico de indústria cultural (RÜDIGER, 2008, p. 24).
REFERENCIAL TEÓRICO
Manual de antropologia jurídica / Olney Queiroz Assis, Vitor Frederico Kümpel. — São Paulo : Saraiva, 2011.
A Cultura no Mundo Líquido Moderno – BAUMAN (PL). Disponível em; https://www.resenhacritica.com.br/todas-as-categorias/a-cultura-no-mundo-liquido-moderno-bauman-pl/#:~:text=No%20livro%20%E2%80%9CA%20Cultura%20no,at%C3%A9%20o%20surgimento%20de%20movimentos
GABRIEL, Martha. Você, eu e os robôs: pequeno manual do mundo digital. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2021. E-book. 
JENKINS, Henry. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2009. E-book
JENKINS, Henry; FORD,Sam; GREEN, Joshua. Cultura da conexão: criando valor e significado por meio da mídia propagável. 1. ed. São Paulo: Aleph, 2015. E-book. 
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. E-book.
NAIK, Umesha; SHIVALINGAIAH, D. Comparative study of Web 1.0, Web 2.0 and Web 3.0. Tuscaloosa: University of Alabama, 2008. E-book. 
RECUERO, Raquel. Redes sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2009. E-book.
RÜDIGER, Francisco. Cibercultura e pós-humanismo: exercícios de arqueologia e criticismo. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008. E-book.

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