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Aula 03 - - Honorários Advocatícios_ - Con

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Aula 03
Estatuto e Ética dos Advogados p/ OAB
1ª Fase XXXII Exame
Autores:
Equipe Priscila Ferreira, Priscila
Ferreira, Rosenval Júnior
Aula 03
30 de Março de 2020
1 
 
1 – Considerações Iniciais. ................................................................................................................................ 2 
2 - Introdução ao Estudo da Ética Profissional. ........................................................................................ 3 
3 - Dos Honorários Advocatícios ...................................................................................................................... 4 
3.1 Parâmetros de Fixação de Honorários ....................................................................................... 8 
3.2 Honorários Assistenciais ............................................................................................................. 9 
4 - Do Contrato de Prestação de Serviços ................................................................................................ 11 
4.1 Contrato com Cláusula Quota Litis (Contrato Ad Exitum) ....................................................... 12 
4.2 Título de Crédito e Protesto ....................................................................................................... 13 
4.3 Execução dos Honorários Advocatícios .................................................................................... 14 
4.4 Prescrição .................................................................................................................................. 15 
4.5 – Advocacia Pro Bono ............................................................................................................... 24 
5 - Da Incompatibilidade e Do Impedimento .......................................................................................... 26 
5.1 Incompatibilidade ...................................................................................................................... 27 
5.2 Impedimento ............................................................................................................................... 30 
6 – Resumos / Mapas Mentais ........................................................................................................................ 38 
 
 
 
 
 
 
 
Equipe Priscila Ferreira, Priscila Ferreira, Rosenval Júnior
Aula 03
Estatuto e Ética dos Advogados p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame
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2 
 
1 – CONSIDERAÇÕES INICIAIS. 
Olá, corujinhas do Estratégia OAB! 
Vamos seguir em mais uma aula de Ética Profissional?! 
Lembrando que o tema, “Honorários Advocatícios”, é um dos quatro mais cobrados no 
exame de ordem. Ou seja, o tema em questão faz parte do nosso top 10! 
Nesta aula, continuaremos o estudo do Estatuto da Advocacia (Lei nº 8.906/94), assim como do 
Regulamento Geral e Código de Ética. 
Desta forma, diante da importância da matéria e dos tópicos abordados, não deixem de estudar com 
afinco todo o conteúdo, além de resolver as questões pertinentes ao tema. 
 
Bons estudos e muito sucesso, 
 Prof.ª Priscila Ferreira. 
 Prof. Rosenval Junior. 
 
 
 
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Estatuto e Ética dos Advogados p/ OAB 1ª Fase XXXII Exame
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3 
 
2 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÉTICA 
PROFISSIONAL. 
 
Os temas a serem abordados neste livro digital serão: 
 
- Honorários Advocatícios; 
- Contrato de Prestação de Serviços Advocatícios; 
- Incompatibilidades e Impedimentos. 
 
Neste momento, iremos começar o nosso estudo abordando os aspectos atinentes aos honorários 
advocatícios e todas as peculiaridades inerentes a tal figura. 
Sequencialmente, abordaremos o contrato de prestação de serviços advocatícios que 
intrinsicamente se conecta aos honorários, especialmente, quando estudamos os honorários 
convencionados entre as partes (advogado e cliente). 
E, por fim, iremos ao auge da nossa matéria, ao estudar as hipóteses de impedimento e 
incompatibilidade, os quais nos direcionaram acerca das hipóteses legais de proibição parcial e 
total para exercer o mister da advocacia. 
 
E, com esta premissa inicial, apto você se torna para continuar os estudos de ética 
profissional. 
Assim, vamos ao estudo! 
Prof.ª Priscila Ferreira. 
Prof. Rosenval Junior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 
 
3 - DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
Os honorários advocatícios caracterizam-se por serem uma contraprestação recebida pelo 
advogado em razão do exercício de sua atividade profissional, tal verba não decorre de uma 
relação de emprego, mais sim de uma prestação pelos serviços prestados e com caráter 
alimentar, logo, impenhoráveis (artigo 833, I do CPC), já que são destinados ao sustento do 
próprio advogado. 
As regras acerca desse tema estão disciplinadas no Estatuto da Advocacia e da OAB (EAOAB), 
no Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB (RGEAOAB) e no Código de 
Ética e Disciplina (CED), conforme destacado: 
 
No mais, devemos observar que, como regra, será celebrado um contrato, o qual envolverá os 
poderes conferidos ao advogado (contrato de mandato), bem como os aspectos legais da prestação 
de serviço, incluso o aspecto atinente à contraprestação financeira. 
Diante desta premissa inicial, devemos observar as espécies de honorários, quais sejam: 
 
Assim, o artigo 22 EAOAB preceitua: 
 
Art. 22 do EAOAB. A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na 
OAB o direito aos honorários convencionados, aos fixados por arbitramento 
judicial e aos de sucumbência. 
 
Honorários Convencionados 
 
Os honorários convencionados são aqueles em que as partes, advogado e cliente, pactuam o 
valor a ser fixado, de forma escrita, ou verbal. Vale ressaltar que, na falta de estipulação/acordo 
EAOAB 
Art. 22 - 26 
RGEAOAB 
Art. 14 
CED 
Art. 48 - 54 
Espécies de 
Honorários 
Convencionados 
ou Pactuados 
Arbitrados 
Sucumbenciais 
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escrito, os honorários são fixados por arbitramento judicial, em remuneração compatível com 
o trabalho e o valor econômico da questão, não podendo ser inferiores aos estabelecidos na tabela 
organizada pelo Conselho Seccional da OAB. 
Neste sentido, tome nota do disposto no CED: 
 
Art. 48. A prestação de serviços profissionais por advogado, individualmente ou 
integrado em sociedades, será contratada, preferentemente, por escrito. 
 
§ 1º O contrato de prestação de serviços de advocacia não exige forma especial, 
devendo estabelecer, porém, com clareza e precisão, o seu objeto, os honorários 
ajustados, a forma de pagamento, a extensão do patrocínio, esclarecendo se este 
abrangerá todos os atos do processo ou limitar-se-á a determinado grau de 
jurisdição, além de dispor sobre a hipótese de a causa encerrar-se mediante 
transação ou acordo. 
 
Assim, algumas características devem ser observadas: 
 
 Os honorários contratuais pertencem ao advogado que houver atuado na causa, e poderão 
ser executados por ele; 
 
 Se o advogado juntar aos autos o seu contrato de honorários antes de expedir-se o 
mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos 
diretamente, por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar 
que já os pagou; 
 
 Salvo estipulação em contrário, 1/3 dos honorários é devido no início do serviço, outro terço 
até a decisão de primeira instância e o restante no final. 
 
 
 
 Em havendo substabelecimento, com reserva de poderes, deve-seajustar 
antecipadamente os honorários do advogado com o substabelecente, ou seja, com quem, 
de fato, substabeleceu; 
 
 O acordo feito pelo cliente do advogado e a parte contrária, salvo aquiescência do 
profissional, não lhe prejudica os honorários, quer os convencionados, quer os 
concedidos por sentença; 
 
 É lícito ao advogado ou à sociedade de advogados empregar, para o recebimento de 
honorários, sistema de cartão de crédito, mediante credenciamento junto à empresa 
operadora do ramo; 
 
 Se o advogado juntar aos autos o seu contrato de honorários antes de expedir-se o 
mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos 
diretamente, por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este 
provar que já os pagou. 
Trata-se de uma sugestão realizada pelo legislador, quando nenhum ajuste 
houver sido pactuado entre as partes! 
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Honorários Arbitrados Judicialmente 
Os honorários advocatícios serão arbitrados judicialmente, em sentença, quando as partes não 
tiverem nada pactuado de forma escrita, ou ainda, se tiverem pactuado de forma verbal, notória se 
torna a controvérsia. Nesta situação, os honorários serão demandados em juízo, e o valor dos 
honorários será determinado pelo magistrado, com base na Tabela do respectivo Conselho da 
OAB, considerando-se, ainda, outros fatores, como o trabalho exercido pelo advogado, o valor 
econômico envolto etc. 
 
Neste sentido, tome nota do art. 22 do EAOAB e art. 49 do CED, respectivamente: 
 
 
Art. 22. A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o 
direito aos honorários convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e 
aos de sucumbência. 
§ 2º Na falta de estipulação ou de acordo, os honorários são fixados por 
arbitramento judicial, em remuneração compatível com o trabalho e o valor 
econômico da questão, não podendo ser inferiores aos estabelecidos na tabela 
organizada pelo Conselho Seccional da OAB. 
 
No que tange à fixação dos honorários, tome nota dos elementos a serem considerados 
para a sua fixação: 
 
Art. 49. Os honorários profissionais devem ser fixados com moderação, atendidos 
os elementos seguintes: 
I - a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questões versadas; 
II - o trabalho e o tempo a ser empregados. 
 III - a possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em outros casos, 
ou de se desavir com outros clientes ou terceiros; 
IV - o valor da causa, a condição econômica do cliente e o proveito para este 
resultante do serviço profissional; 
V - o caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a cliente eventual, 
frequente ou constante; 
VI - o lugar da prestação dos serviços, conforme se trate do domicílio do 
advogado ou de outro; 
VII - a competência do profissional; 
VIII - a praxe do foro sobre trabalhos análogos. 
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Por fim, observe que, quando o advogado for indicado para patrocinar 
causa de pessoa juridicamente necessitada, no caso de impossibilidade da Defensoria Pública 
no local da prestação de serviço, este terá direito aos honorários fixados pelo juiz, segundo 
tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e pagos pelo Estado. 
 
HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS 
 
Os honorários de sucumbência são aqueles arcados pela parte vencida no processo, ou seja, a 
parte vencida deverá arcar com os honorários do advogado da parte ex-adversa, sendo estes 
fixamos pelo magistrado entre 10% a 20% do valor da condenação. Claro, a parte que não 
concordar com a tal patamar fixado pelo magistrado, ou ainda, com a condenação em honorários 
sucumbenciais, poderá recorrer da decisão. 
Na seara trabalhista, destacamos um diferencial, qual seja, o de que o advogado, mesmo que 
atuando em causa própria, terá o direito de receber os honorários de sucumbência fixados entre 
o valor mínimo de 5% e o valor máximo de 15% do valor derivado da liquidação da sentença 
ou do valor econômico obtido ou se não for possível calcular, sobre o valor da causa 
atualizado. 
Assim, acerca do tema, devemos destacar os seguintes aspectos: 
 
 
 Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada, os 
honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados; 
 
 Os honorários de sucumbência, percebidos por advogado empregado de sociedade de 
advogados são partilhados entre ele e a empregadora, na forma estabelecida em acordo; 
 
 Em hipótese de procedência parcial, o magistrado irá arbitrar os honorários de 
sucumbência recíproca, sendo vedada a compensação entre os honorários (Art. 85, §14 do 
CPC); 
 
 Na hipótese de falecimento ou incapacidade civil do advogado, os honorários de 
sucumbência, proporcionais ao trabalho realizado, são recebidos por seus sucessores ou 
representantes legais; 
 
 Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contado o 
prazo: 
I - do vencimento do contrato, se houver; 
II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar; 
III - da ultimação do serviço extrajudicial; 
IV - da desistência ou transação; 
V - da renúncia ou revogação do mandato. 
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Neste ponto, observe também que prescreve em cinco anos a ação de prestação de contas 
pelas quantias recebidas pelo advogado de seu cliente, ou de terceiros por conta dele; 
 
 No caso de substabelecimento, a verba correspondente aos honorários da sucumbência 
será repartida entre o substabelecente e o substabelecido, proporcionalmente à atuação 
de cada um no processo ou conforme haja sido entre eles ajustado; 
 
 Quando houver revogação do mandato judicial por vontade do cliente, isso não o 
desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas, assim como não retira o 
direito do advogado de receber o quanto lhe seja devido em eventual verba honorária de 
sucumbência, calculada proporcionalmente em face do serviço efetivamente prestado; 
 
 Nos termos do art. 85, §15º do NCPC, a sociedade de advogados poderá ser destinatária 
dos honorários desde que o advogado, o qual é o titular do direito (honorários de 
sucumbência), integre o quadro societário; 
 
 Conforme preceituado pelo CPC, caso a decisão transitada em julgado seja omissa 
quanto ao direito aos honorários, ou ainda, ao seu valor, é cabível ação autônoma para 
sua definição e cobrança; 
 
 O advogado terá o direito de receber os honorários de sucumbência, mesmo quando 
atuar em causa própria; 
 
 Por fim, tome nota: 
 
 
 
Honorários de 
Sucumbência 
Correção 
Monetária 
Incide a partir da 
data da decisão 
que os fixou. 
Juros 
Moratórios 
Incide a partir 
do trânsito em 
julgado da 
decisão que os 
fixou. 
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3.1 PARÂMETROS DE FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS 
Os valores a serem fixados a título de honorários advocatícios devem seguir um determinado 
parâmetro, este tabelado e estabelecido pelo Conselho Seccional da OAB. Desta forma, cada 
Estado terá sua própria tabela, fixando os valores mínimos de honorários a ser percebido pelo 
advogado, conforme o litigio. 
Neste momento, uma dúvida deve pairar sob a sua mente: 
Os honorários poderão ser cobrados, por exemplo, do seu amigo de infância, ou, de sua própria 
mãe, abaixo do valor mínimo, estabelecido pelo Conselho Seccional da OAB? 
A resposta a este questionamento é totalmente negativa,e sem qualquer exceção. Ou seja, o 
advogado deverá observar sempre o valor mínimo a ser cobrado, conforme tabelamento da 
OAB, sob pena de caracterizar avi tamento de onorários e ser apenado com censura (artigo 
48, §6º do CED c/c artigo 36, II do EAOAB). 
Neste sentido, tome nota do disposto no artigo 48, §6º, do CED: 
§ 6º 
 
 - 
 
 
No entanto, veja que advogado poderá cobrar honorários advocatícios em patamar acima dos 
fixados pela OAB, ainda que com moderação, uma vez que deverá se considerar a 
complexidade da causa entre outros fatores, como se observa: 
 
os elementos seguintes: 
I - a r 
II - o trabalho e o tempo a ser empregados; 
III - a possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em outros casos, ou 
de se desavir com outros clientes ou terceiros; 
IV - 
 
 - 
frequente ou constante; 
 - 
advogado ou de outro; 
 - 
 - 
 
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3.2 HONORÁRIOS ASSISTENCIAIS 
Os honorários assistenciais referem-se àqueles recebidos pelo advogado que atue em favor de 
sindicatos ou entidades de classe no âmbito da Justiça do Trabalho. 
Acerca do tema, o Estatuto da OAB regulamenta, no art. 22, §6º e 7º: 
§ 6º O disposto neste artigo aplica-se aos honorários assistenciais, 
compreendidos como os fixados em ações coletivas propostas por entidades de 
classe em substituição processual, sem prejuízo aos honorários convencionais. 
§7º Os honorários convencionados com entidades de classe para atuação em 
substituição processual poderão prever a faculdade de indicar os beneficiários 
que, ao optarem por adquirir os direitos, assumirão as obrigações decorrentes do 
contrato originário a partir do momento em que este foi celebrado, sem a 
necessidade de mais formalidades. 
 
Antes de o Estatuto regulamentar o tema, este se restringia ao disposto na Súmula 219 do TST. 
Contudo, com o advento da reforma trabalhista, a Justiça do Trabalho passou a admitir os 
honorários advocatícios sucumbenciais, estes que eram apenas devidos aos sindicados, e 
denominados como honorários advocatícios assistenciais. Logo, com o advento da reforma, os 
honorários sucumbenciais podem ser devidos aos advogados particulares na Justiça do Trabalho, 
assim como ao sindicato, quando se denominará honorários assistenciais. 
Nestes termos, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), no art. 791-A, da CLT, estipulou: 
Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de 
sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% 
(quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do 
proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor 
atualizado da causa. 
 
 
(FGV - OAB XXIV Exame/2017) O advogado Inácio foi indicado para defender em juízo 
pessoa economicamente hipossuficiente, pois no local onde atua não houve disponibilidade de 
defensor público para tal patrocínio. Sobre o direito de Inácio à percepção de honorários, 
assinale a afirmativa correta. 
 a) Os honorários serão fixados pelo juiz, apenas em caso de êxito, de natureza sucumbencial, 
a serem executados em face da parte adversa. 
 b) Os honorários serão fixados pelo juiz, independentemente de êxito, segundo tabela 
organizada pelo Conselho Seccional da OAB e pagos pelo Estado. 
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 c) Os honorários serão fixados pelo juiz, apenas em caso de êxito, independentemente de 
observância aos patamares previstos na tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB, a 
serem pagos pelo Estado. 
 d) Os honorários serão fixados pelo juiz, independentemente de êxito, segundo tabela 
organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e pagos pelo patrocinado caso possua 
patrimônio, a ser executado no prazo de cinco anos, a contar da data da nomeação. 
 
GABARITO: B 
COMENTÁRIO: Nos termos do artigo 22,§ 1º, do EAOAB, o advogado, quando indicado 
para patrocinar causa de juridicamente necessitado, no caso de impossibilidade da Defensoria 
Pública no local da prestação de serviço, tem direito aos honorários fixados pelo juiz, segundo 
tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e pagos pelo Estado. 
 
(FGV – OAB VI Exame/2011) No caso de arbitramento judicial de honorários, pela ausência 
de estipulação ou acordo em relação a eles, é correto afirmar, à luz das regras estatutárias, que 
a) os valores serão livremente arbitrados pelo juiz, sem parâmetros, devendo o advogado 
percebê-los. 
b) a fixação dos honorários levará em conta o valor econômico da questão. 
c) a tabela organizada pela OAB não é relevante para essa forma de fixação. 
d) havendo acordo escrito, poderá ocorrer o arbitramento judicial de honorários. 
e) 
GABARITO: B 
COMENTÁRIO: Nos termos do artigo 22, §2º, do EAOAB, na falta de estipulação ou de 
acordo, os honorários são fixados por arbitramento judicial, em remuneração compatível com 
o trabalho e o valor econômico da questão, não podendo ser inferiores aos estabelecidos na 
tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB. 
 
4 - DO CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 
O contrato de prestação de serviços, mais precisamente o contrato de honorários, é o 
instrumento escrito em que as partes pactuam os serviços a serem prestados, bem como os 
valores a serem pagos em contraprestação. 
Como já mencionado, há liberdade de escolha no modo de contratação dos serviços 
advocatícios, sendo certo afirmar que não há nenhuma forma específica de elaboração deste 
contrato. Contudo, o contrato deve conter, no mínimo, as informações básicas e indispensáveis 
para as partes, como o tipo de serviço a ser prestado, os valores a serem pagos e a forma de 
pagamento, além de estipular as possíveis medidas cabíveis, em caso de quebra contratual por 
qualquer das partes. 
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Desta forma, dentro da liberdade de contratação, existirá também a liberdade na escolha de como 
o pagamento será efetuado, podendo ser determinado pelas partes por meio de acordo, ou, em 
caso de omissão quanto a essa determinação, aplicar-se-á o regramento de pagamento contido no 
EAOAB, qual seja: 1/3 no início do trabalho, 1/3 na sentença de primeira instância e 1/3 no fim 
do processo. 
 
Art. 22, § 3º do EAOAB - Salvo estipulação em contrário, um terço dos 
honorários é devido no início do serviço, outro terço até a decisão de primeira 
instância e o restante no final. 
O Estatuto da OAB garante ao advogado a possibilidade de cobrança dos honorários, dentro dos 
próprios autos do processo em que atuou, sendo necessário tão somente juntar cópia do contrato 
de prestação de serviço, assinado pelas partes, desde que não haja sido expedido mandado de 
levantamento. Nessa hipótese, o juiz irá determinar que sejam pagos os honorários diretamente 
ao advogado, descontando o valorque seria recebido pela parte, e estipulado em sentença. 
 
4.1 CONTRATO COM CLÁUSULA QUOTA LITIS (CONTRATO AD 
EXITUM) 
O contrato com cláusula quota litis, também conhecido como contrato de honorários ad 
exitum, refere-se àquele em que o cliente não tem condições de arcar com os valores da 
demanda, ou seja, o advogado efetuará o pagamento de toda a demanda e, ao final do processo, 
receberá os honorários pertinentes, a depender do êxito que tiver obtido na demanda (Art. 50, 
CED). Nesta situação, o advogado acaba por assumir os riscos da demanda, em conjunto com o 
cliente, podendo ter êxito ou não no processo, o que o faz participar efetivamente do resultado 
financeiro que sobrevier com a demanda. 
No entanto, os honorários em pecúnia percebidos, em razão do êxito da demanda, ficam 
limitados em 30% do valor a ser recebido pelo cliente, conforme entendimento do Tribunal de 
Ética e Disciplina. Reforçamos que tais honorários, ainda, poderão ser somados aos honorários 
sucumbenciais, os quais não poderão se sobrepor às vantagens totais percebidas pelo cliente. 
Acerca do tema, regulamenta o CED: 
Art. 50. Na hipótese da adoção de cláusula quota litis, os honorários devem ser 
necessariamente representados por pecúnia e, quando acrescidos dos honorários 
da sucumbência, não podem ser superiores às vantagens advindas a favor do 
cliente. 
§ 1º A participação do advogado em bens particulares do cliente só é admitida 
em caráter excepcional, quando esse, comprovadamente, não tiver condições 
pecuniárias de satisfazer o débito de honorários e ajustar com o seu patrono, em 
instrumento contratual, tal forma de pagamento. 
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§ 2º Quando o objeto do serviço jurídico versar sobre prestações vencidas e 
vincendas, os honorários advocatícios poderão incidir sobre o valor de umas e 
outras, atendidos os requisitos da moderação e da razoabilidade. 
 
A composição do contrato de cláusula com cláusula quota litis deverá observar alguns 
regramentos, conforme EAOAB: 
1. Os honorários devem ser determinados em pecúnia, e caso não seja possível recebê-los 
desta forma, deverá se determinar como o pagamento será efetuado; 
2. A participação 
 
 
pagamento; 
 
3. O contrato com cláusula quota litis deverá estar expresso no instrumento de pactuação, não 
pode ser estipulado de forma verbal, ainda que realizado na presença de testemunhas; 
4. Nesta modalidade de pactuação, o advogado deverá assumir todo o custo da demanda; 
5. O advogado não pode se associar ao cliente para nenhuma finalidade; 
6. O valor a ser recebido pelo advogado não poderá ultrapassar a importância a ser percebida 
pelo cliente. 
Em havendo uma situação de distrato pelo cliente, sem maiores justificativas, os honorários de 
sucumbência deverão ser pagos de forma proporcional; e os honorários pactuados (ad 
exitum), devido às peculiaridades, serão decididos por meio de arbitramento judicial. 
 
4.2 TÍTULO DE CRÉDITO E PROTESTO 
O Estatuto da OAB tenta, das mais diversas formas, evitar a mercantilização da profissão do 
advogado. Por tal razão, o crédito proveniente dos honorários advocatícios não autoriza o saque de 
duplicata, e nem tampouco a emissão de outro título de crédito com natureza mercantil. 
Assim, dispõe o CED: 
 
 
 
quando o cliente assim pretender, com fundamento no con 
 
 
Acerca do tema, devemos nos ater às seguintes peculiaridades: 
Admitido em caráter excepcional! 
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 O CED autoriza a emissão de fatura, quando o cliente assim pretender, mas sem a 
possibilidade de eventual protesto deste título, até como forma de se resguardar o sigilo 
profissional; 
 Há vedação expressa quanto à emissão de duplicadas, de modo a garantir que os 
escritórios de advocacia não ganhem características mercantis; 
 O cheque e a nota promissória que são emitidos pelo cliente em favor do advogado, como 
um meio frustrado de se receber os honorários amigavelmente, poderá ser levado a 
protesto; 
 O boleto bancário é admitido para fins de pagamento, logo, poderá ser protestado por 
não se caracterizar como título de crédito; 
 Autoriza-se, todavia, ser levado a protesto o cheque ou a nota promissória emitido pelo 
cliente em favor do advogado, depois de frustrada a tentativa de recebimento amigável; 
 É lícito ao advogado ou à sociedade de advogados empregar, para o recebimento de 
honorários, sistema de cartão de crédito, mediante credenciamento junto a empresa 
operadora do ramo. Caso haja necessidade de eventuais ajustes com a empresa operadora 
que impliquem pagamento antecipado, não afetarão a responsabilidade do advogado perante 
o cliente, em caso de rescisão do contrato de prestação de serviços, devendo ser observadas 
as disposições deste quanto à hipótese. 
 
4.3 EXECUÇÃO DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
O art. 24, do EAOAB, é repleto de peculiaridades acerca dos honorários advocatícios e os meios de 
recebimento pelo advogado, como se verifica: 
Art. 24. A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato escrito 
que os estipular são títulos executivos e constituem crédito privilegiado na 
falência, concordata, concurso de credores, insolvência civil e liquidação 
extrajudicial. 
§ 1º A execução dos honorários pode ser promovida nos mesmos autos da ação 
em que tenha atuado o advogado, se assim lhe convier. 
§ 2º Na hipótese de falecimento ou incapacidade civil do advogado, os 
honorários de sucumbência, proporcionais ao trabalho realizado, são recebidos 
por seus sucessores ou representantes legais. 
§ 3º É nula qualquer disposição, cláusula, regulamento ou convenção individual 
ou coletiva que retire do advogado o direito ao recebimento dos honorários de 
sucumbência. (Vide ADIN 1.194-4) 
§ 4º O acordo feito pelo cliente do advogado e a parte contrária, salvo 
aquiescência do profissional, não lhe prejudica os honorários, quer os 
convencionados, quer os concedidos por sentença. 
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Como já sabemos, a decisão judicial que fixa os honorários (arbitramento ou sucumbenciais) é 
um título executivo judicial, de modo que o advogado poderá proceder a sua execução dentro dos 
próprios autos do processo. Neste sentido, ainda há a possibilidade do contrato escrito de 
prestação de serviços ser executado em juízo, uma vez que se trata de título executivo 
extrajudicial. 
Diante de tal aspecto, majoritariamente entende-se que o contrato de prestação de serviço não 
pode ser levado a protesto, sob pena de violação do sigilo profissional e, em especial, por tratar-
se de título executivo e ter vias próprias para a sua execução. 
No mais, vale destacar que, segundo entendimento do STF e STJ, os honorários possuem caráter 
alimentar e, para tanto, terão tratamento diferenciado frente a uma situação de falência, 
recuperação judicial, concurso de credores, insolvência civil e liquidação judicial, qual seja: 
Os honorários, nestas hipóteses, irão constituir crédito privilegiado no montantede pagamentos. 
 
4.4 PRESCRIÇÃO 
A ação de cobrança dos honorários possui o prazo prescricional próprio, qual seja, 5 anos, e o 
início da contagem do prazo, nos termos do art. 25, do EAOAB, ocorre: 
 
 
I - do vencimento do contrato, se houver; 
II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar; 
III - da ultimação do serviço extrajudicial; 
IV - da desistência ou transação; 
V - da renúncia ou revogação do mandato. 
 
Em igual prazo prescricional, 5 (cinco anos), incorre a ação de prestação de contas dos valores 
recebidos pelo advogado do seu cliente ou de qualquer pessoa por conta dele. Ou seja, o cliente terá 
5 (cinco) anos para requerer um detalhamento dos serviços prestados pelo advogado e dos valores 
por ele cobrado, conforme artigo 25-A do EAOAB: 
Art. 25-A. Prescreve em cinco anos a ação de prestação de contas pelas quantias recebidas 
pelo advogado de seu cliente, ou de terceiros por conta dele (art. 34, XXI) 
Vale ressaltar que o advogado que se negar a realizar a prestação de contas, imotivadamente, 
incorrerá em infração disciplinar nos termos no art. 34, inciso XXI, da EAOAB. 
 
 
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(FGV - OAB XXVI Exame/2018) O advogado Fabrício foi contratado por José para seu 
patrocínio em processo judicial, por meio de instrumento firmado no dia 14/11/2012. No 
exercício do mandato, Fabrício distribuiu, em 23/11/2012, petição inicial em que José 
figurava como autor. 
No dia 06/11/2013, nos autos do processo, Fabrício foi intimado de sentença, a qual fixou 
honorários advocatícios sucumbenciais, no valor de dez mil reais, em seu favor. A referida 
sentença transitou em julgado em 21/11/2013. Considerando que não houve causa de 
suspensão ou interrupção do prazo prescricional, de acordo com a disciplina do Estatuto da 
Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta. 
 a) A pretensão de cobrança dos honorários sucumbenciais, fixados em favor de Fabrício, 
prescreve no prazo de cinco anos, a contar de 14/11/2012. 
 b) A pretensão de cobrança dos honorários sucumbenciais, fixados em favor de Fabrício, 
prescreve no prazo de cinco anos, a contar de 06/11/2013. 
 c) A pretensão de cobrança dos honorários sucumbenciais, fixados em favor de Fabrício, 
prescreve no prazo de cinco anos, a contar de 21/11/2013. 
 d) A pretensão de cobrança dos honorários sucumbenciais, fixados em favor de Fabrício, é 
imprescritível, tendo em vista seu caráter alimentar. 
 
GABARITO: C 
COMENTÁRIO: De acordo com o art. 25 do EAOAB, prescreve em cinco anos a ação de 
cobrança de honorários de advogado, contado o prazo: II - do trânsito em julgado da decisão 
que os fixar. 
 
(FGV - OAB XIX Exame/2016) Daniel contratou a advogada Beatriz para ajuizar ação em 
face de seu vizinho Théo, buscando o ressarcimento de danos causados em razão de uma obra 
indevida no condomínio. No curso do processo, Beatriz substabeleceu o mandato a Ana, com 
reserva de poderes. Sentenciado o feito e julgado procedente o pedido de Daniel, o juiz 
condenou Théo ao pagamento de honorários sucumbenciais. Com base na hipótese 
apresentada, assinale a afirmativa correta. 
 a) Ana poderá promover a execução dos honorários sucumbenciais nos mesmos autos 
judiciais, se assim lhe convier, independentemente da intervenção de Beatriz. 
 b) Ana e Beatriz poderão promover a execução dos honorários sucumbenciais, isoladamente 
ou em conjunto, mas devem fazê-lo em processo autônomo. 
 c) Ana poderá promover a execução dos honorários sucumbenciais nos mesmos autos, se 
assim lhe convier, mas dependerá da intervenção de Beatriz. 
 d) Ana não terá direito ao recebimento de honorários sucumbenciais, cabendo-lhe executar 
Beatriz pelos valores que lhe sejam devidos, caso não haja o adimplemento voluntário. 
 
GABARITO: C 
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COMENTÁRIO: O EAOAB reforçou no art. 26 o entendimento jurisprudencial de que o 
advogado substabelecido com reserva de poderes, sem intervenção do advogado 
substabelecente, não possui legitimidade para proceder a execução dos honorários. 
 
(FGV - OAB XX Exame/2016) A advogada Laila representou judicialmente Rita, em 
processo no qual esta postulava a condenação do Município de Manaus ao cumprimento de 
obrigação de pagar quantia certa. Fora acordado entre Laila e Rita o pagamento de valor 
determinado à advogada, a título de honorários, por meio de negócio jurídico escrito e válido. 
Após o transcurso do processo, a Fazenda Pública foi condenada, nos termos do pedido 
autoral. Antes da expedição do precatório, Laila juntou aos autos o contrato de honorários, no 
intuito de obter os valores pactuados. 
 Considerando a situação narrada, é correto afirmar que 
 a) Laila deverá executar os honorários em face de Rita em processo autônomo, sendo vedado 
o pagamento nos mesmos autos, por se tratar de honorários contratuais e não sucumbenciais. 
 b) o juiz deverá determinar que os valores acordados a título de honorários sejam pagos 
diretamente a Laila, por dedução da quantia a ser recebida por Rita, independentemente de 
concordância desta nos autos, salvo se Rita provar que já os pagou. 
 c) Laila deverá executar os honorários em face do município de Manaus, em processo 
autônomo de execução, sendo vedado o pagamento nos mesmos autos, por se tratar de 
honorários contratuais e não sucumbenciais. 
 d) o juiz poderá determinar que os valores acordados a título de honorários sejam pagos 
diretamente a Laila, por dedução da quantia a ser recebida por Rita, caso Rita apresente sua 
concordância nos autos. 
GABARITO: B 
COMENTÁRIO: O EAOAB prevê garantia ao advogado acerca dos honorários pactuados, 
sendo possível a cobrança dos honorários dentro dos autos do processo em que atuou, sendo 
necessário juntar cópia do contrato de prestação de serviço assinado entre ele e o seu cliente, 
desde que não haja sido expedido mandado de levantamento. Nessa hipótese, o juiz irá 
determinar que sejam pagos os honorários diretamente ao advogado, descontando o valor que 
seria recebido pela sentença, contudo, garante ao contratante a prova de que já quitou os 
honorários de seu advogado. 
 
(FGV - OAB XX Exame/2016) A advogada Taís foi contratada por Lia para atuar em certo 
processo ajuizado perante o Juizado Especial Cível. Foi acordado o pagamento de honorários 
advocatícios no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). O feito seguiu regularmente o rito 
previsto na Lei nº 9.099/95, tendo o magistrado, antes da instrução e julgamento, esclarecido 
as partes sobre as vantagens da conciliação, obtendo a concordância dos litigantes pela 
solução consensual do conflito. 
 Considerando o caso relatado, assinale a afirmativa correta. 
 a) Diante da conciliação entre as partes, ocorrida antes da instrução e julgamento do feito, 
Taís fará jus à metade do valor acordado a título de honorários advocatícios. 
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 b) A conciliação entre as partes, ocorrida antes da instrução e julgamento do feito, não 
prejudica os honorários convencionados, salvo aquiescência de Taís. 
 c) Diante da conciliação entre as partes, ocorrida antes da instrução e julgamento do feito, 
deverá o magistrado, ao homologar o acordo, fixar o valor que competirá a Taís, a título de 
honorários advocatícios, não prevalecendo a pactuação anterior entre cliente e advogada. 
 d) Em razão da conciliação entre as partes, ocorrida antes da instrução e julgamento do feito, 
deverá ser pactuado, por Taís e Lia, novo valor a título de honorários advocatícios, não 
prevalecendoa obrigação anteriormente fixada. 
GABARITO: B 
COMENTÁRIO: E ainda que as partes entrem em acordo, isso não prejudica o direito do 
advogado de receber os honorários a ele devidos. Os honorários pactuados ou concedidos por 
sentença continuam sendo direito do advogado que atuou no processo, qualquer ato realizado 
entre as partes não interfere e não prejudica o direito aos honorários pactuados. Contudo, se o 
advogado concordar, poderá haver abatimento de valores ou mesmo uma renegociação de 
valor. 
 
(FGV - OAB XVII Exame/2015) Laura formou-se em prestigiada Faculdade de Direito, mas 
sua prática advocatícia foi limitada, o que a impediu de ter experiência maior no trato com os 
clientes. Realizou seus primeiros processos para amigos e parentes, cobrando módicas 
quantias referentes a honorários advocatícios. Ao receber a cliente Telma, próspera 
empresária, e aceitar defender os seus interesses judicialmente, fica em dúvida quanto aos 
termos de cobrança inicial dos honorários pactuados. 
 Em razão disso, consulta o advogado Luciano, que lhe informa, segundo os termos do 
Estatuto da Advocacia, que salvo estipulação em contrário, 
 a) metade dos honorários é devida no início do serviço. 
 b) um quinto dos honorários é devido ao início do processo judicial. 
 c) a integralidade dos honorários é devida até a decisão de primeira instância. 
 d) um terço dos honorários é devido no início do serviço. 
GABARITO: D 
COMENTÁRIO: Nos termos do artigo 22, § 3º, do EAOAB, salvo estipulação em contrário, 
um terço dos honorários é devido no início do serviço, outro terço até a decisão de primeira 
instância e o restante no final. 
 
(FGV - OAB XIII Exame/2014) Sobre o prazo para ajuizamento de ação de cobrança de 
honorários de advogado, assinale a opção correta. 
 a) Prescreve em dois anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contando-se o 
prazo do vencimento do contrato, se houver. 
 b) Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contando-se o 
prazo do trânsito em julgado da decisão que os fixar. 
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 c) Prescreve em dois anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contando-se o 
prazo da ultimação do serviço extrajudicial. 
 d) Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contando-se o 
prazo da decisão que os fixar, independentemente do seu trânsito em julgado. 
GABARITO: B 
COMENTÁRIO: Nos termos do Art. 25, do EAOAB, prescreve em cinco anos a ação de 
cobrança de honorários de advogado, contado o prazo do trânsito em julgado da decisão que 
os fixar. 
 
(FGV - OAB XV Exame/2014) O advogado Caio atuava representando os interesses do autor 
em determinada ação indenizatória há alguns anos. Antes da prolação da sentença, 
substabeleceu, com reserva, os poderes que lhe haviam sido outorgados pelo cliente, ao 
advogado Tício. Ao final, o pedido foi julgado procedente e o cliente de Caio e Tício recebeu 
a indenização pleiteada, mas não repassou aos advogados os honorários de êxito contratados, 
estipulados em 30%. Caio, para evitar desgaste, preferiu não cobrar judicialmente os valores 
devidos pelo cliente. Tício, não concordando com a opção de Caio, decidiu, à revelia deste 
último, ingressar com a ação cabível, valendo-se, para tanto, do contrato de honorários 
celebrado entre Caio e o cliente. 
 A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta. 
 a) Tício pode ajuizar tal ação, pois, embora não tivesse celebrado o contrato com o cliente, 
recebeu poderes de Caio para atuar na causa. 
 b) Tício pode ajuizar tal ação, pois ingressou na causa antes da prolação da sentença, sendo, 
assim, igualmente responsável pelo êxito. 
 c) Tício não pode ajuizar tal ação porque, como Caio e Tício não requereram o destaque dos 
honorários contratuais, ele não tem mais direito a recebê-los. 
 d) Tício não pode ajuizar tal ação porque o advogado substabelecido com reserva de poderes 
não pode cobrar honorários sem a intervenção daquele que lhe conferiu o substabelecimento. 
 
GABARITO: D 
COMENTÁRIO: O EAOAB reforçou no art. 26 o entendimento jurisprudencial de que o 
advogado substabelecido com reserva de poderes, sem intervenção do advogado 
substabelecente, não possui legitimidade para proceder a execução dos honorários. 
 
(FGV - OAB XII Exame/2013) Eugênio é advogado contratado pela empresa Ônibus e 
Ônibus Ltda. Na empresa ele é responsável pelas defesas em ações que pleiteiam o 
reconhecimento da responsabilidade civil da sua cliente e dos seus prepostos. O contrato de 
honorários venceu em 2010 e não foi renovado. Em dificuldades financeiras, a empresa não 
pagou os honorários devidos. 
O termo inicial para a contagem do prazo para a prescrição da pretensão de cobrança dos 
honorários advocatícios, observado o disposto no Estatuto da Advocacia, ocorre a partir da 
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 a) última tentativa de conciliação. 
 b) data fixada pelo Juiz. 
 c) última prestação de serviço. 
 d) data do vencimento do contrato. 
 
GABARITO: D 
COMENTÁRIO: De acordo com o art. 25, prescreve em cinco anos a ação de cobrança de 
honorários de advogado, contado o prazo: I - do vencimento do contrato, se houver. 
 
(FGV - OAB XI Exame/2013) Deise, advogada renomada, com longos anos de experiência 
 í “X”. A â 
em julgado, inicia a execução, apurando vultoso valor a receber para o seu cliente, bem como 
honorários advocatícios de sucumbência correspondente a dez por cento do principal. Além 
disso, a ilustre advogada possui contrato de honorários escrito, fixando outros dez por cento 
em decorrência do resultado final do processo, a titulo de honorários de êxito. No entanto, 
para manter cordial a sua relação com o cliente, não apresenta o contrato em Juízo, esperando 
o cumprimento espontâneo do mesmo, o que não veio a ocorrer. Assim, antes do pagamento 
do precatório, mas tendo sido o mesmo expedido, requer a advogada o bloqueio do valor 
correspondente ao seu contrato de honorários. 
Observado tal relato, segundo as regras do Estatuto da Advocacia, assinale a afirmativa 
correta. 
 a) O destaque correspondente aos honorários advocatícios definidos em contrato escrito pode 
ocorrer a qualquer momento antes do pagamento do precatório. 
 b) O advogado, ocorrendo a existência de honorários advocatícios contratuais fixados por 
escrito, deve requerer o seu pagamento com a dedução do valor devido ao cliente antes da 
expedição do precatório. 
 c) O pagamento dos honorários contratuais fixados em documento escrito deve ser realizado 
pelo cliente ou em ação judicial sem que possa ocorrer desconto no valor do precatório 
expedido em favor do cliente. 
 d) O Juiz fazendário da condenação, em se tratando de acerto privado, não possui 
competência para definir se tal valor é ou não devido, sendo inviável o desconto no valor do 
precatório. 
GABARITO: B 
COMENTÁRIO: O EAOAB prevê garantia ao advogado acerca dos honorários pactuados, 
sendo possível a cobrança dos honorários dentro dos autos do processo em que atuou, sendo 
necessário juntar cópia do contrato de prestação de serviço assinado entre ele e o seu cliente, 
desde que não haja sido expedido mandado de levantamento. Nessa hipótese, o juiz irá 
determinar que sejam pagos os honorários diretamente ao advogado, descontando o valor que 
seria recebido pela sentença, contudo, garante ao contratante a prova de que já quitou os 
honorários de seu advogado. 
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(FGV – OAB X Exame/2013) Nos termos do Estatuto da Advocacia existe a previsão de 
pagamento de honorários advocatícios. Assinale a afirmativa que indica como deve ocorrer o 
pagamento, quando não houver estipulação em contrário. 
 a) Metade no início e o restante parcelado em duas vezes. 
 b) Um terço no início, um terço até a decisão de primeira instância e um terço ao final. 
 c) Dez por cento no início, vinte por cento na sentença e o restante após o trânsito em 
julgado. 
 d) Cinquenta por cento no início, trinta por cento até decisão de primeiro grau e o restante 
após o recurso, se existir. 
GABARITO: B 
COMENTÁRIO: De acordo como artigo 22, § 3º do EAOAB, salvo estipulação em 
contrário, um terço dos honorários é devido no início do serviço, outro terço até a decisão de 
primeira instância e o restante no final. 
 
(FGV - OAB VIII Exame/2012) João postulou, por meio de representação de advogado, 
ação condenatória em face da sociedade Cacos e Cacos Ltda., obtendo sentença favorável, 
condenando a ré ao pagamento da quantia de R$ 100.000,00 (cem mil reais), acrescida de R$ 
15.000,00 (quinze mil reais) de honorários advocatícios. Após o trânsito em julgado da 
decisão judicial, João e seu advogado Pedro são cientificados de que a sociedade está falida, 
devendo os seus créditos sofrer procedimento de habilitação. 
Nesse caso, a natureza dos créditos correspondentes a honorários advocatícios, nos termos do 
Estatuto, é considerada como 
 a) quirografária. 
 b) real. 
 c) privilegiada. 
 d) natural. 
GABARITO: C 
COMENTÁRIO: Como os honorários possuem caráter alimentício, ganham um tratamento 
diferenciado quando se depara com casos de falência, recuperação judicial, concurso de 
credores, insolvência civil e liquidação judicial. Nesses casos, os honorários irão constituir 
crédito privilegiado no montante de pagamentos. 
 
(FGV - OAB VIII Exame/2012) João é contratado para propor ação de cobrança pela 
sociedade M e P Ltda., em face da sociedade C e L Ltda., sendo o valor da causa, 
correspondente ao débito, de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). Após iniciada a ação, mas 
antes do ato citatório, a sociedade autora vem a desistir da mesma. Houve contrato de 
honorários subscrito pelas partes aventando que, nesse caso, seriam devidos honorários fixos 
de R$ 10.000,00 (dez mil reais). A sociedade notificada regularmente não pagou os 
honorários contratuais. 
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 Nesse caso, o prazo para a prescrição da ação de cobrança de honorários passa a contar da 
data 
 a) do trânsito em julgado da decisão judicial. 
 b) da desistência judicial formulada. 
 c) do término do mandato judicial. 
 d) da ultimação do serviço judicial. 
 
GABARITO: B 
COMENTÁRIO: Nos termos do art. 25, do EAOAB, prescreve em cinco anos a ação de 
cobrança de honorários de advogado, contado o prazo: da desistência ou transação. 
 
(FGV - OAB VII Exame/2012) O advogado João apresentou petição em determinada Vara 
Cível, pela qual fazia juntar o contrato de honorários celebrado com seu cliente para aquela 
causa, bem como requeria a expedição de mandado de pagamento em seu nome, a fim de 
receber seus honorários diretamente, por dedução da quantia a ser recebida por seu 
constituinte. Sobre a hipótese e à luz do que dispõe o Estatuto da Advocacia e da OAB, 
assinale a alternativa correta: 
 a) O advogado tem direito à expedição de mandado de pagamento em seu nome, para que 
receba diretamente seus honorários, por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, 
devendo, para tanto, fazer juntar aos autos o contrato de honorários. 
 b) O advogado tem direito à expedição de mandado de pagamento em seu nome, para que 
receba diretamente seus honorários, por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, 
devendo, para tanto, fazer juntar aos autos o contrato de honorários, bem como declaração 
expressa de seu constituinte anuindo com a realização do pagamento diretamente ao 
advogado. 
 c) O advogado não tem direito à expedição de mandado de pagamento em seu nome, para 
que receba diretamente seus honorários, por dedução da quantia a ser recebida pelo 
constituinte, mas o magistrado pode assim determinar, caso entenda conveniente. 
 d) O advogado não tem direito, em hipótese alguma, à expedição de mandado de pagamento 
em seu nome, para que receba diretamente seus honorários, por dedução da quantia a ser 
 . M ‐ 
honorários do advogado, são sempre expedidos em nome da parte. 
GABARITO: A 
COMENTÁRIO: O EAOAB prevê uma garantia ao advogado acerca dos honorários 
pactuados, sendo possível a cobrança dos honorários dentro dos autos do processo em que 
atuou, sendo necessário juntar cópia do contrato de prestação de serviço assinado entre ele e o 
seu cliente, desde que não haja sido expedido mandado de levantamento. Nessa hipótese, o 
juiz irá determinar que sejam pagos os honorários diretamente ao advogado, descontando o 
valor que seria recebido pela sentença, contudo, garante ao contratante a prova de que já 
quitou os honorários de seu advogado. 
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(FGV - OAB VI Exame/2011) Esculápio realiza contrato escrito de honorários com 
Terêncio, no valor de R$ 20.000,00. Consoante as normas estatutárias aplicáveis à espécie, é 
correto afirmar que 
 a) esse documento não se reveste passível de futura execução, como título executivo. 
 b) a ausência de pagamento do valor pactuado leva ao arbitramento judicial dos honorários. 
 c) o contrato escrito é título executivo, podendo o advogado ingressar com ação de execução 
dos seus honorários. 
 d) esse crédito não possui privilégio em eventual insolvência do cliente. 
 
GABARITO: C 
COMENTÁRIO: O contrato escrito de prestação de serviços que estipula os honorários a 
serem pagos é reconhecido como título executivo extrajudicial, o qual não necessita de duas 
testemunhas para se tornar um título executivo, podendo, assim, o advogado ingressar 
diretamente com a ação de execução de honorários. 
 
(FGV - OAB IV Exame/2011) A prescrição para a cobrança de honorários advocatícios tem 
como termo inicial, consoante as normas estatutárias, 
 a) o início do contrato de prestação de serviços. 
 b) a sentença que julga procedente o pedido em favor do cliente do advogado. 
 c) a data da revogação do mandato. 
 d) o dia do primeiro ato extrajudicial. 
 
GABARITO: C 
COMENTÁRIO: De acordo com o artigo 25, do EAOAB, prescreve em cinco anos a ação 
de cobrança de honorários de advogado, contado o prazo: V - da renúncia ou revogação do 
mandato. 
 
(FGV - OAB III Exame/2010) Homero, advogado especializado em Direito Público, após 
longos anos, obtém sentença favorável contra a Fazenda Pública Estadual. Requer a execução 
especial e apresenta, após o decurso normal do processo, requerimento de expedição de 
precatório, estabelecendo a separação do principal, direcionado ao seu cliente, dos honorários 
de sucumbência e postulando o desconto no principal de vinte por cento a título de honorários 
contratuais, cujo contrato anexa aos autos. O pedido é deferido pelo Juiz, mas há recurso do 
Ministério Público, que não concorda com tal desconto. De acordo com as normas estatutárias 
aplicáveis, é correto afirmar que 
 a) os honorários devidos no processo judicial se resumem aos sucumbenciais, vedado o 
desconto de quaisquer outros valores a esse título. 
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 b) os honorários advocatícios, que gozam de autonomia,quer sucumbenciais, quer 
contratuais, devem ser cobrados em via própria diretamente ao cliente. 
 c) é possível o pagamento de honorários advocatícios contratuais no processo em que houve 
condenação, havendo precatório, desde que o contrato seja escrito. 
 d) seja o contrato escrito ou verbal, pode o advogado requerer o pagamento dos seus 
honorários contratuais mediante desconto no valor da condenação. 
 
GABARITO: C 
COMENTÁRIO: O EAOAB prevê uma garantia ao advogado acerca dos honorários 
pactuados, sendo possível a cobrança dos honorários dentro dos autos do processo em que 
atuou, sendo necessário juntar cópia do contrato de prestação de serviço assinado entre ele e o 
seu cliente, desde que não haja sido expedido mandado de levantamento. Nesta hipótese, o 
juiz irá determinar que sejam pagos os honorários diretamente ao advogado, descontando o 
valor que seria recebido pela sentença, contudo garante ao contratante a prova de que já 
quitou os honorários de seu advogado. 
 
4.5 – ADVOCACIA PRO BONO 
A “ ” 
aquela em que se garante o acesso à justiça aos mais necessitados, sem que seja qualquer valor a 
título de honorários. 
Neste sentido, estabelece o artigo 30 do CED: 
 
Art. 30. No exercício da advocacia pro bono, e ao atuar como defensor nomeado, 
conveniado ou dativo, o advogado empregará o zelo e a dedicação habituais, de 
forma que a parte por ele assistida se sinta amparada e confie no seu patrocínio. 
§ 1º Considera-se advocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e voluntária 
de serviços jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos 
seus assistidos, sempre que os beneficiários não dispuserem de recursos para a 
contratação de profissional. 
§ 2º A advocacia pro bono pode ser exercida em favor de pessoas naturais que, 
igualmente, não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, 
contratar advogado. 
§ 3º A advocacia pro bono não pode ser utilizada para fins político-partidários 
ou eleitorais, nem beneficiar instituições que visem a tais objetivos, ou como 
instrumento de publicidade para captação de clientela. 
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Observe que, para a sua validade, devemos estar diante de umas das hipóteses legalmente 
admitidas: 
 
 Instituições sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários 
não dispuserem de recursos para a contratação de profissional; ou 
 
 Pessoas naturais que, igualmente, não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio 
sustento, contratar advogado. 
 
A advocacia pro bono não pode ser utilizada: 
I. Para fins político-partidários ou eleitorais, nem beneficiar instituições que visem a 
tais objetivos; ou 
II. Como instrumento de publicidade para captação de clientela. 
 
 
Atenção! Há impedimento contido para aqueles que atuarem na 
advocacia pro bono (Provimento nº 166/2015). Veja: 
“ º 
departamentos jurídicos de empresas que desempenharem a advocacia pro bono 
definida no art. 1º deste Provimento estão impedidos de exercer a advocacia 
remunerada, em qualquer esfera, para a pessoa natural ou jurídica que se utilize 
de seus serviços pro bono. 
§ 1º O impedimento de que trará este artigo cessará uma vez decorridos 03 (três) 
anos do encerramento da prestação do serviço pro bono. 
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 § 2º É igualmente vedado vincular ou condicionar a prestação de serviços pro 
 ” 
 
 
5 - DA INCOMPATIBILIDADE E DO IMPEDIMENTO 
 
Os termos INCOMPATIBILIDADE e IMPEDIMENTO são utilizados em diversos ramos do 
direito, mas, para fins da ética profissional, possui conotação e consequência legal diversa daquela 
encontrada nos demais ramos. 
Nesta toada, ao se deparar com o termo “incompatibi idade” ou “impedimento”, deverá se ater às 
seguintes peculiaridades: 
 INCOMPATIBILIDADE: Refere-se à proibição total do exercício da advocacia, de 
forma que, se o fator for de cunho temporário, o advogado deverá licenciar-se de suas 
atividades; agora, caso seja em caráter definitivo a sua incompatibilidade frente ao 
exercício da advocacia, ao advogado caberá solicitar o cancelamento de sua inscrição na 
OAB. 
Neste ponto, ressaltamos que a incompatibilidade permanece ainda que o ocupante de 
cargo/função, por exemplo, esteja afastado de suas atividades, como ocorre em uma licença 
remunerada. 
 
 IMPEDIMENTO: Refere-se à proibição parcial para advogar, ou seja, o advogado poderá 
continuar atuando no exercício da advocatícia, mas de forma limitada. 
 
Acerca do tema, observe: 
Art. 27do EAOAB - A incompatibilidade determina a proibição total, e o 
impedimento, a proibição parcial do exercício da advocacia. 
 
 
 
EAOAB 
Art. 27 - 30 
INCOMPATIBILIDADE 
TOTAL 
IMPEDIMENTO 
PARCIAL 
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5.1 INCOMPATIBILIDADE 
A incompatibilidade, como regra, está diretamente ligada à figura do advogado, logo, ainda que 
atue em causa própria, o advogado não poderá advogar em determinadas hipóteses, conforme 
disposto no art. 28 do EAOAB: 
Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes 
atividades: 
I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus 
substitutos legais; 
Logo, não poderá exercer a advocacia os chefes do Poder Executivo, como Prefeitos, 
Governadores, Presidente da República e os seus correspondentes substitutos legais. 
No mesmo sentido, são incompatíveis com tal atividade os membros da mesa do poder 
legislativo, este que deve ser analisado sob a seguinte ótica: 
 
 
Dentro de cada uma destas casas legislativas, teremos uma mesa que a representa, a qual se 
denomina como mesa diretora, e é composta, como regra, por Presidente, Vice-Presidente e 
Secretários. Caso tais figuras exerçam cumulativamente funções advocatícias, caberá a eles o 
pleito de licença dos quadros da OAB, ante a incompatibilidade temporária. 
Atenção: Quanto aos demais membros do Poder Legislativo (diferentes níveis), estes se tornarão 
impedidos de advogar, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas 
INCOMPATIBILIDADE NÃO ADVOGA 
Evita privilégio de 
acesso, influências 
indevidas e 
concorrência desleal. 
IMPEDIMENTO ADVOGA com restrição 
Legislativo 
Senado Federal 
Câmara dos 
Deputados 
Câmara 
Municipais 
Câmara Distrital 
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públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou 
empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público (artigo 30, II do EAOAB). 
 
II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e 
conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como 
de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da 
administração pública direta e indireta; (Vide ADIN 1127-8). 
 
 
 
Inicialmente, tome nota que os membros do Poder Judiciário enquadram-se como juízes, 
desembargadores e ministros dos tribunais; já os membros do MP são os promotores de 
justiça, os procuradores da justiça, procuradores da Repúblicae os procuradores regionais da 
República. 
Lembre-se, ainda, que atualmente não mais existe a figura do juiz classista, apesar de mencionado 
na norma em análise. 
Por fim, note que o STF decidiu (ADI 1127-8) acerca da não inclusão, dentro desta 
incompatibilidade, dos juízes eleitorais e os correspondentes suplentes. 
 
III - ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração 
Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou 
concessionárias de serviço público; 
 
Há incompatibilidade, portanto, daqueles que ocupam cargo ou função em órgão da 
Administração Pública direta ou indireta em suas fundações e em suas empresas controladas 
ou concessionárias de serviço público. 
No entanto, não se incluem, nesta incompatibilidade, aqueles que não 
detenham poder de decisão relevante sobre interesses de terceiro, a juízo do conselho competente 
da OAB, bem como a administração acadêmica diretamente relacionada ao magistério 
jurídico (coordenação acadêmica) – Art. 28, §2º, EAOAB. 
A OAB verificará na situação prática se existe ou não o poder de decisão relevante e, assim, 
definirá se há ou não incompatibilidade. 
 
IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a 
qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de 
registro; 
 
Neste inciso, verifica-se a incompatibilidade dos servidores e dos outros ocupantes de cargos ou 
funções vinculados de forma direta ou indireta ao Poder Judiciário. 
CUIDADO: Membros não se referem aos servidores, estes também são 
incompatíveis, mas nos termos do inciso IV do art. 28 do EAOAB. 
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Logo, enquadram-se, nestes casos, os técnicos em atividade judiciária, analistas judiciários, 
contadores judiciais, assessores dos desembargadores e aqueles que estiverem ligados 
indiretamente a este poder, como os psicólogos, seguranças e demais cargos auxiliares, ligados 
ao Poder Judiciário. 
 
V - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a 
atividade policial de qualquer natureza; 
 
Aqueles que exercem, como servidor, direta ou indiretamente, atividade policial tornar-se-ão 
incompatíveis. 
A título de exemplo, observamos os agentes, escrivães, delegados, investigadores, comissários, 
perito criminal etc. 
Neste sentido, enquadram-se, ainda, como incompatíveis, os integrantes do corpo de bombeiro e as 
guardas municipais. 
 
VI - militares de qualquer natureza, na ativa; 
 
Os militares na ativa são aqueles integrantes das Forças Armadas, como: Exército, Marinha e 
Aeronáutica. Assim, em sendo militar, e estando na ativa, estes serão tidos como incompatíveis para 
o exercício da advocacia; já quando encontrarem-se na reserva tornar-se-ão aptos para tal mister. 
 
VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, 
arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais; 
 
Enquadram-se, neste caso, os fiscais ou qualquer outro servidor que tenha competência para o 
lançamento, arrecadação e fiscalização de tributos e contribuições parafiscais. 
A título de exemplo, podemos mencionar: Auditores Fiscais, Agentes Tributários etc. 
 
VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, 
inclusive privadas. 
 
A última hipótese de incompatibilidade refere-se aos cargos de direção e gerência de instituições 
financeiras públicas ou privadas, e tal situação mereceu proteção legislativa, em razão do alto 
grau de captação que a função proporciona. 
 
Assim, destacamos algumas ponderações acerca da incompatibilidade, tome nota: 
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 A incompatibilidade tem relação com o cargo e não propriamente com a atividade 
desempenhada; 
 A incompatibilidade não mais existirá quando o advogado deixar o cargo 
definitivamente, como em situação de morte, renúncia, aposentadoria, ou até mesmo 
exoneração do cargo; 
 A incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe de 
exercê-lo temporariamente, ainda, que por uma licença remunerada ou não; 
 O exercício pelo advogado de atividade incompatível implica em aplicação de penalidade 
disciplinar, censura, além da nulidade de todos os atos praticados; 
 A incompatibilidade, a depender do caráter definitivo ou temporário do cargo / função, 
poderá ter duas consequências: 
 
 
 
 
5.2 IMPEDIMENTO 
O impedimento implica em o advogado estar proibido parcialmente de exercer as funções 
advocatícias. Logo, a figura do advogado estará apto a exercer o seu mister frente a determinas 
figuras, e impedido perante a outras, evitando-se, assim, qualquer tipo de conflito de interesses. 
 
Desta forma, são impedidos de exercer a advocacia: 
I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a 
Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade 
empregadora; 
Neste caso, os servidores podem advogar, desde que não seja contra a Fazenda Pública que os 
remunere, ou ainda, perante àquela que esteja vinculada a entidade empregadora. 
INCOMPATIBILIDADE 
Temporária O advogado ficará LICENCIADO 
Definitiva 
Haverá o CANCELAMENTO da 
inscrição 
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Nos termos do Art. 30, parágrafo único do EAOAB, não se incluem nesta 
hipótese os docentes dos cursos jurídicos. Observe que o fundamento legal é um pouco vago, 
quanto à exceção trazida, e por tal razão, devemos nos ater as peculiaridades e consequências 
legais: 
 A exceção legislativa refere-se ao professor de cursos jurídicos públicos, o qual poderá 
advogar livremente, ainda que contra a Fazenda que o remunere, apesar de ser tido como 
servidor público. 
 
Tal liberdade deriva do fato de que, assim como os juízes e promotores poderão lecionar, sem 
limitações de suas funções, o mesmo tratamento deve ser observado aos advogados que 
exerçam o magistério, como servidores. 
 
II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor 
das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de 
economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas 
concessionárias ou permissionárias de serviço público. 
 
Nesta hipótese, a limitação é um pouco maior, de forma que o impedimento se estende a todos 
aqueles (servidores) que queiram demandar, como advogado, contra qualquer Órgão da 
Administração Pública Direta ou Indireta, e não só àquele que o remunere. 
Logo, o senador, deputado federal / estadual / distrital e o vereador poderão advogar, mas 
jamais contra ou a favor da Administração Pública, em seus mais diversos desmembramentos. 
 
Por fim, devemos destacar um aspecto peculiar, quanto ao impedimento, qual 
seja: 
Nos termos do Artigo 29 do EAOAB, os Procuradores Gerais, Advogados Gerais, 
Defensores Gerais e dirigentes de órgãos jurídicos da Administração Pública 
direta, indireta e fundacional são exclusivamente legitimados para o exercício da 
advocacia vinculada à função que exerçam, durante o período da investidura. 
Em suma, apesar de nesses cargos existir a necessidade de que o advogado esteja 
devidamente inscrito na OAB, já que exerce a atividade advocatícia, ainda assim, se 
observará certa limitação em mister, uma vez que o exercício advocatício ficará 
limitado ao exercício do seu cargo. 
 
 ATIVIDADE 
EXCLUSIVA 
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(FGV - OAB XXII Exame/2017) Carolina, Júlia, Bianca e Maria são advogadas. Carolina é 
servidora estadual não enquadrada em hipótese de incompatibilidade; Júlia está cumprindo 
suspensão por infração disciplinar; Bianca está licenciada por requerimento próprio 
justificado; e Maria é servidora federal não enquadrada em hipótese de incompatibilidade. As 
quatro peticionam, como advogadas, isoladamente e em atos distintos, em ação judicial 
proposta em face da União. 
 Diante da situação narrada, de acordo com o Estatuto da OAB, são válidos os atos praticados 
 a) por Carolina, apenas. 
 b) por Carolina e Bianca, apenas. 
 c) por Carolina, Bianca e Maria, apenas. 
 d) por Carolina, Julia, Bianca e Maria. 
GABARITO: A 
COMENTÁRIO: De acordo com o art. 4º, do Estatuto, são nulos os atos privativos de 
advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e 
administrativas. 
São também nulos os atos praticados por advogado impedido - no âmbito do impedimento - 
suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia. 
Já de acordo com o art. 30, temos que são impedidos de exercer a advocacia: I - os servidores 
da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou 
à qual seja vinculada a entidade empregadora. 
 
(FGV - OAB XVII Exame/2015) Deise é uma próspera advogada e passou a buscar novos 
desafios, sendo eleita Deputada Estadual. Por força de suas raras habilidades políticas, foi 
eleita integrante da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado Z. Ao ocupar esse 
honroso cargo procurou conciliar sua atividade parlamentar com o exercício da advocacia, 
sendo seu escritório agora administrado pela filha. 
 Nos termos do Estatuto da Advocacia, assinale a afirmativa correta. 
 a) A atividade parlamentar de Deise é incompatível com o exercício da advocacia. 
 b) A participação de Deise na Mesa Diretora a torna incompatível com o exercício da 
advocacia. 
 c) A função de Deise como integrante da Mesa Diretora do Parlamento Estadual é conciliável 
com o exercício da advocacia. 
 d) A atividade parlamentar de Deise na Mesa Diretora pode ser conciliada com o exercício da 
advocacia em prol dos necessitados. 
GABARITO: B 
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COMENTÁRIO: Quando Deise passou a integrar a Mesa Diretora da Assembleia 
Legislativa do Estado, enquadra-se nos termos do art. 28, I, do EAOAB, que assim aduz: Art. 
28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades: I- 
chefe do Poder Executivo e membro da MESA do Poder Legislativo e seus substitutos legais. 
 
(FGV-OAB XIV Exame/2014) Cláudia, advogada, inicialmente transitou pelo direito 
privado, com assunção de causas individuais e coletivas. Ao ser contratada por uma 
associação civil, deparou com questões mais pertinentes ao direito público e, por força disso, 
realizou novos estudos e contatou colegas mais experientes na matéria. Ao aprofundar suas 
relações jurídicas, também iniciou participação política na defesa de temas essenciais à 
cidadania. Por força disso, Cláudia foi eleita prefeita do município X em eleição bastante 
disputada, tendo vencido seu oponente, o também advogado Pradel, por apenas cem votos. 
Eleita e empossada, motivada pelo sentido conciliatório, convidou seu antigo oponente para 
ocupar cargo em comissão na Secretaria Municipal de Fazenda. 
 A partir da hipótese apresentada, observadas as regras do Estatuto da OAB, assinale a opção 
correta. 
 a) A prefeita exerce função incompatível com a advocacia. 
 b) O secretário municipal pode atuar em ações contra o município. 
 c) A prefeita deve pedir autorização para exercer a advocacia. 
 d) O secretário municipal pode atuar em pleitos contra o Estado federado. 
GABARITO: A 
COMENTÁRIO: O a . 28 E OAB : “A í 
mesmo em causa própria, com as seguintes atividades: I - chefe do Poder Executivo e 
membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos ” o é o chefe do 
poder executivo municipal. 
 
(FGV - OAB XIII Exame/2014) Juarez da Silva, advogado, professor adjunto de Direito 
Administrativo em determinada Universidade Federal, foi procurado, na qualidade de 
advogado, por um grupo de funcionários públicos federais que desejavam ajuizar determinada 
ação contra a União. 
Pode Juarez aceitar a causa, advogando contra a União? 
 a) Não. Juarez não pode aceitar a causa, pois está impedido de exercer a advocacia contra a 
Fazenda Pública que o remunera. 
 b) Sim. Juarez poderá aceitar a causa, pois o impedimento de exercício da advocacia contra a 
Fazenda Pública que remunera os advogados que são servidores públicos não inclui a hipótese 
de docentes de cursos jurídicos. 
 c) Sim. Juarez poderá aceitar a causa, pois não há nenhum tipo de impedimento para o 
exercício da advocacia por servidores públicos. 
 d) Não. Juarez não poderá aceitar a causa, pois exerce o cargo de professor universitário, que 
é incompatível com o exercício da advocacia. 
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GABARITO: B 
COMENTÁRIO: De acordo com o art. 30, do Estatuto são impedidos de exercer a 
advocacia: I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda 
Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora; II - os membros do 
Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito 
público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades 
paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público. 
 
(FGV - OAB XV Exame/2014) Abelardo é magistrado vinculado ao Tribunal de Justiça do 
Estado K e requer licença para tratamento de questões particulares, pelo prazo de três anos, o 
que foi deferido. Como, antes de assumir o referido cargo, era advogado regularmente inscrito 
nos quadros da OAB, requer o seu reingresso, comprovando o afastamento das funções 
judicantes. 
Nos termos do Estatuto da Advocacia, assinale a afirmativa correta. 
 a) A incompatibilidade com a advocacia persiste mesmo após aposentadoria do cargo 
efetivo. 
 b) O afastamento temporário do cargo que gera a incompatibilidade permite inscrição 
provisória. 
 c) A incompatibilidade permanece mesmo que ocorra o afastamento temporário do cargo. 
 d) O afastamento do cargo incompatível permite a inscrição após um período de três anos. 
 
GABARITO: C 
COMENTÁRIO: Mesmo que o advogado, dentro do cargo incompatível, licencie-se, ainda 
assim, diante do EAOAB, ele continua com o status de incompatibilidade que perdurará 
durante todo o afastamento. Isso ocorre porque geralmente os afastamentos são temporários, e 
logo o advogado voltará a exercer sua função. A incompatibilidade só cessa com o 
afastamento definitivo do cargo que tornou o advogado incompatível! 
 
(FGV - OAB XII Exame/2013) Joel é Conselheiro do Tribunal de Contas do Município J, 
sendo proprietário de diversos imóveis. Em um deles, por força de contrato de locação 
residencial, verifica a falta de pagamentos dos alugueres devidos. O Conselheiro é Bacharel 
em Direito, tendo exercido a advocacia por vários anos na área imobiliária. 
Nesse caso, nos termos do Estatuto da Advocacia, o Conselheiro 
 a) poderia atuar como advogado em causa própria. 
 b) deverá contratar advogado para a causa diante da situação de incompatibilidade. 
 c) poderia advogar; recomenda-se, contudo, a contratação de advogado. 
 d) está com a sua inscrição como advogado suspensa. 
 
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