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Curso Básico de Teologia - Instituto Belém

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Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus
Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com
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Instituto Belém
Visão
 
 O Instituto Belém pretende ser uma instituição de 
ensino superior associada à visão afetiva e comprometida 
da nossa igreja que se esforça para proclamar uma men-
sagem centrada em Deus, que busca glorificar a Cristo, e 
ao Espírito Santo. Que se utiliza das Santas Escrituras para 
auxiliar na formação espiritual de homens e mulheres eq-
uipando-os para cumprir os propósitos do Reino de Jesus 
Cristo no século 21 e forjar discípulos fiéis para ele de toda 
raça, tribo, língua, povo e nação. 
 Propomos espalhar o conhecimento de Deus, que 
desperta não apenas o intelecto, ou o conhecimento in-
telectual, mas principalmente o amor e o desejo de viver 
numa intensa e apaixonante busca por Cristo. Esta é a 
razão da existência da nossa escola. E é esta a visão que 
desejamos compartilhar com todos.
Autor
Moisés Carneiro
© Direitos Reservados ao Instituto Belém
Evangelhos
Curso Básico em Teologia
Distribuição Gratuita
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Aplicação no estudo deste livro
 
 Você deve estar perguntando qual a melhor maneira de es-
tudar este livro e extrair o máximo possível de proveito. Ao pensar 
nisso, elaboramos alguns métodos que poderão lhe ser úteis.
Seja Motivado
 Motivação é um princípio peculiar na vida de todos os que 
anseiam alcançar um objetivo. É impossível alguém atingir o ápice 
de um grande sonho sem ter em sua bagagem o item motivação. 
Muitos já iniciaram alguma coisa, mas só obtiveram o êxito aque-
les que se mantiveram motivados até o final.
 Seja motivado para orar, para ler, para meditar, para pes-
quisar, para elaborar trabalhos e estudos bíblicos. Se sentir-se sem 
motivação busque-a através do Espírito Santo. Faça petições a 
Deus e leia sua Palavra, pois são fontes inesgotáveis para sua reno-
vação, e por final procure mantê-la acesa até findar o curso. 
“Se não existe esforço, não existe progresso.” Fredrick Douglas
Seja Organizado e Disciplinado
 a) Ore a Deus ao iniciar seus estudos e peça que lhe ajude a ter 
um maior proveito do assunto em pauta.
 b) Estude em lugares reservados.
 c) Evite ambientes com sons, ruídos e falatórios. Pois você pode 
perder sua concentração no estudo.
 d) Procure adicionar outros importantes materiais à cada lição a 
ser estudada, como por exemplo:
• Bíblias de Estudos: se possível, com traduções que sejam difer-
entes.
• Dicionários.
• Concordância Bíblica.
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• Livros: cujos assuntos sejam relacionados ao tema de cada lição.
• Lápis e bloco para anotações. 
e) Leia e estude cada matéria durante a semana, reserve pelo 
menos 1 hora por dia para fazer isso.
f) Faça anotações, especialmente àquelas que lhe causarem 
dúvidas. 
g) Responda aos questionários assim que terminar de es-
tudar cada lição. Eles irão fortalecer o assunto em sua mente.
h) Reserve períodos da semana para você elaborar trabalhos 
voltados à matéria estudada em cada mês. 
i) Formule perguntas ao professor, assim tanto você como ele fi-
carão cada vez mais abalizados no aprendizado. 
 Em suma, todos esses itens elaborados cuidadosamente 
pelo departamento de pedagogia do IB, são de um valor ines-
timável para você, desde que procure segui-los conforme se seg-
uem.
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Índice
Introdução
Lição 1
O Evangelho e o Antigo Testamento...............................................08
Lição 2
O Evangelho de Mateus....................................................................22
Lição 3
O Evangelho de Marcos....................................................................40
Lição 4
O Evangelho de Lucas.......................................................................52
Lição 5
O Evangelho de João.........................................................................65
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Introdução
 O estudo deste presente livro desnuda um breve panorama 
dos quatro Evangelhos conhecidos como Mateus, Marcos, Lucas 
e João. Procura apresentar uma visão geral dos acontecimentos 
narrados por seus escritores, que na maioria das vezes estiveram 
presentes ante os acontecimentos descritos. Foram escritos tendo-
se em vista um objetivo definido: anunciar as boas novas de sal-
vação. Por esta causa, os escritores não se dedicaram em registrar 
pormenores da vida de Cristo, sua infância, seus hábitos diários, 
seu trabalho na carpintaria, etc. Eles se limitaram a mencionar a 
origem de Cristo (humana e divina), seu ministério (ensinamen-
tos, milagres), sua morte, ressurreição e ascensão. Uma grande 
parte de cada evangelho se dedica a narrar os fatos da última se-
mana do ministério de Cristo.
 As informações contidas nos Evangelhos foram registradas 
por quatro distintos autores em diferentes épocas. “No entanto, a 
semelhança entre eles é algo maravilhoso”. Disso comenta o reno-
mado Dr. Dyke: “Suponhamos que quatro testemunhas compare-
cessem perante um juiz para depor sobre certo acontecimento e 
cada uma delas usasse as mesmas palavras. O juiz, provavelmente, 
concluiria, não que o testemunho delas era de valor excepcional, 
mas que a única coisa certa, sem sombra de dúvida, é que haviam 
concordado em contar a mesma história. Todavia, se cada uma 
tivesse contado o que tinha visto e como tinha visto aí então a 
prova seria digna de crédito. E quando lemos os quatro Evangel-
hos, não é exatamente isso que acontece? Os quatro evangelistas 
contaram a mesma história, cada qual a seu modo”.
 Esses escritores foram testemunhas oculares da vida do 
Mestre, ou registraram o que testemunhas oculares lhes conta-
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ram, contudo, não escreveram dele uma biografia completa, mas 
procuram concentrar-se nos atos e doutrinas de Jesus. Os acon-
tecimentos narrados pelos evangelistas apontam para o notável 
ministério profético, sacerdotal e real (como Rei) de Cristo. Con-
firmam também muitas profecias vaticinadas pelos antigos arau-
tos de Deus, as mais remotas, acerca dele. 
 
 A partir de agora, o aluno acompanhará, passo a passo, 
as cinco lições desta matéria, de modo que obterá claros ensina-
mentos dos assuntos narrados pelos quatro evangelhos. Procure 
extrair o máximo possível de informações: como por exemplo: 
quem foram os autores dos evangelhos, onde eles foram escritos, 
em que data e qual o propósito pelos quais foram narrados, ob-
tenha dados das pessoas que andaram com Jesus, conheça os lu-
gares por onde ele andou, enfim, investigue o máximo possível. E 
descubra a verdadeira glória dos quatro evangelhos. 
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Lição 1
O Evangelho e o Antigo Testamento
 “O escritor aos Hebreus diz que Deus havia falado várias 
vezes e de muitas aos pais pelos profetas, e a nós, falou-nos nestes 
últimos dias através do Filho” (Hb 1.1). Ao folharmos as páginas 
do Antigo Testamento, encontramos uma revelação progressiva 
de Deus na medida que seu povo ia andando com ele, ou mesmo 
quando deixava seu caminho. Em todas as situações da história 
de Israel, Deus veio se revelando paulatinamente. Nesse percurso, 
vários nomes foram usados para Deus. Cada um representava o 
nível de revelação alcançado. Tais experiências vinham ocorrendo 
juntamente com a preparação de uma linhagem especial. Deus 
chamou Abraão e dele formou um povo inumerável. Dentre esse 
povo foi separada uma tribo : Judá. Nessa tribo foi escolhida uma 
família : a casa de Jessé. Desse tronco veio o ápice da revelação 
de Deus na história da humanidade. Da raiz de Jessé veio Jesus, o 
Verbo Eterno de Deus. Jesus Cristo é o ponto máximo da manifes-
tação de Deus aos homens.
 
 Na antiga aliança Deus “tratava” com o homem por meio 
de visões, mensagens, sonhos, etc. Contudo, na nova aliança, 
Deus desce em pessoa humana, em carne e osso, através de seu 
Filho, para que o homem o conheça como nunca antes. Jesus é o 
resplendor da glória do Pai e a expressa imagem da sua pessoa. É 
o “Verbo que se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória 
como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” 
(Jo 1.14). Muitos não tiveram o privilégio de estar ao lado de Jesus 
durante sua vida terrena. Para esses, entre os quais estamos nós, 
Deus providenciou que a vida, a obra e a mensagem de Jesus fosse 
registrada, afim de que, por meio de tais registros viéssemos a crer 
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Proibida a comercializaçãonele e conhecê-lo experimentalmente. Tais escritos são os Evan-
gelhos. Neles temos o glorioso testemunho daqueles que viram e 
tocaram na Palavra da Vida (I Jo.1:1).
A Natureza do Evangelho
 A palavra “evangelho” descreve a mensagem central do 
cristianismo. Ela vem de duas palavras gregas: “eu” e “aggelion”, 
e significa “boas novas”. O termo “evangelista”, pelo qual se de-
nomina cada um dos autores do Evangelho, refere-se àquele que é 
portador de boas novas.
 Evangelho quer dizer “as boas novas a respeito de Jesus 
Cristo, o Filho de Deus”. Embora seja apresentado particular-
mente por quatro distintos autores do Novo Testamento: Mateus, 
Marcos, Lucas e João, só existe um Evangelho. O Evangelho de 
Deus.
 Na carta de Paulo aos Romanos (1.1) encontra-se a ex-
pressão “evangelho de Deus”, ou seja, as boas novas de Deus para 
o mundo. Aqui Paulo eleva o Evangelho anunciado por Cristo, ao 
mais alto lugar assegurando-nos que o próprio Deus é o seu Au-
tor. 
“O Senhor Todo Poderoso, que os céus e a terra não podem con-
ter, para quem a terra é menor do que uma pequena poeira na 
balança. Ele não precisa de nada, e a sua imaculada felicidade não 
pode, de maneira alguma, ser afetada. Aquilo que chamamos de 
espaço infinito é apenas uma mancha pequena no horizonte do 
olhar divino. Aquilo que chamamos de tempo infinito é, aos ol-
hos de Deus, como o dia de ontem que passou. Ele é sublime em 
sua glória inatingível, a sua vontade é a lei irresistível de toda a 
existência, e com essa lei todos os acontecimentos se conformam. 
Deus é incomparável em majestade e está revestido de poder; a 
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justiça e a retidão são o fundamento do seu trono. Ele se assenta 
nos céus e faz o que Lhe agrada (Sl 115.3). Este é o Deus a respeito 
de Quem dizer que é o Senhor de toda a terra significa falar pouco 
sobre Ele, que equivale a dizer nada. Este é o Autor do Evangelho” 
(Jim ADAMS). 
O plano de Deus através do Evangelho
 A Bíblia nos revela que o evangelho é as boas novas para o 
homem caído. Não seria injustiça da parte de Deus, se Ele quisesse 
destruir “este mundo pecaminoso”. Porém, segundo a sua miser-
icórdia, decidiu enviar o seu Filho Unigênito para salvar os peca-
dores. O seu evangelho foi ordenado antes da fundação do mundo 
(1 Pd 1.20). Deus elaborou o plano da salvação antes mesmo que 
o homem existisse (Ef 1). Essa mensagem não é nova para Deus, e 
sim para o homem, pois ela se originou na sua mente eterna. Pau-
lo afirma que o grande motivo da origem do Evangelho é a “graça 
de Deus”, que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não 
segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determi-
nação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos 
eternos, e manifestada agora pelo aparecimento de nosso Salvador 
Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a 
vida e a imortalidade, mediante o evangelho (2 Tm 1.9-10).
O tema central do Evangelho
 Jesus Cristo é o tema central do evangelho de Deus. His-
toricamente sabemos que ele surgiu a cerca de dois mil anos. Nas-
ceu numa manjedoura. Possuía um corpo físico como qualquer 
um de nós. Viveu como um de nós. Foi um homem de dores. Sim, 
Jesus Cristo é mais que um homem histórico. Ele é o Filho de 
Deus – o próprio Deus manifestado na carne.
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“como Homem, Jesus teve mãe, mas não teve pai. E como Deus, 
ele teve Pai, mas não teve mãe” (desconhecido).
Existem pelo menos três grandes motivos pelos quais Jesus se fez 
carne e habitou entre os homens:
1º - Os seres humanos são potencialmente carentes da verdade;
2º - Os seres humanos são potencialmente carentes do perdão,
3º - Os seres humanos são potencialmente carentes da libertação 
da força do pecado.
 A Bíblia diz que o evangelho de Deus também é o “Evan-
gelho de Cristo”. Paulo afirma isso na carta aos Romanos (1.9). 
Mais adiante (1.16) diz que: “O Evangelho de Cristo é o poder de 
Deus para a salvação de todo aquele que nele crê”. Antes de encer-
rar sua carta diz que a “plenitude da benção” se encontra no evan-
gelho de Cristo. Na segunda carta aos Coríntios o apóstolo fala 
da “resplandecente luz do evangelho de Cristo”. E na epistola de 
Gálatas (1.7-9) diz que não outro evangelho que devamos anun-
ciar a não ser o de Cristo.
O Espírito Santo como Intérprete do Evangelho
“Por que alguns homens inteligentes não crêem em Jesus, con-
forme ele é revelado nas Escrituras”? Porque o homem é espirit-
ualmente cego, e precisa que os olhos do seu entendimento sejam 
iluminados (Ef 1.18). E o Espírito Santo é o agente da iluminação 
do evangelho. É ele quem revela as insondáveis e impenetráveis 
verdades de Cristo e do seu santo evangelho ao homem.
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“todavia, falamos sabedoria entre perfeitos; não, porém, a sabedo-
ria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniqui-
lam; mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual 
Deus ordenou antes dos séculos para a nossa glória; a qual nen-
hum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se conheces-
sem, nunca crucificariam ao Senhor da glória. Mas como está es-
crito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não 
subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os 
que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porqueo Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus” 
(1 Co 2.6-10).
Questionário
Marque “C” para certo e “E” para errado
____ 1) - “O escritor aos Hebreus diz que Deus havia falado várias 
vezes e de muitas aos pais pelos profetas, e a nós, falou-nos nestes 
últimos dias através do Filho” (Hb 1.1).
____ 2) - A palavra “evangelho” descreve a mensagem central do 
cristianismo. Ela vem de duas palavras gregas: “eu” e “aggelion”, e 
significa “boas novas”.
____ 3) – Seria injustiça da parte de Deus, se Ele quisesse destruir 
“este mundo bondoso”.
____ 4) – A Bíblia diz que o Evangelho de Deus também é o “Evan-
gelho de Cristo”. Paulo afirma isso na carta aos Romanos (1.9). 
Mais adiante (1.16) diz que: “O Evangelho de Cristo é o poder de 
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Deus para a salvação de todo aquele que nele crê”.
____ 5) – O Espírito Santo é o agente da iluminação do Evan-
gelho. É ele quem revela as insondáveis e impenetráveis verdades 
de Cristo e do seu santo Evangelho ao homem.
Introdução aos “Quatro Evangelhos”
O Pano de Fundo Histórico
 Jesus nasceu na época que Herodes, o Grande, era o 
monarca da Judéia e Samaria. Este morreu no ano 4 d.C., e seu 
filho Arquelau reinou em seu lugar (Mt 2.19-22). O jovem Arque-
lau foi acusado de mau governo, e logo no ano 6 d.C. foi banido 
do seu trono. Com isso, Judéia e Samaria passaram a ser adminis-
tradas diretamente por Roma através de governadores e prefeitos, 
que posteriormente passaram a ser denominados “procuradores”. 
 A divisão da Galiléia, onde Jesus vivia, pertencia a Herodes 
Antipas, outro filho de Herodes, o Grande. No ano 39 d. C. a Galilé-
ia passou para as mãos de Agripa, neto de Herodes, o Grande, que 
posteriormente tornou-se rei tanto da Judéia como de Samaria, a 
mando do imperador Cláudio. Sua popularidade teve grande as-
censão, porém seu governo não durou muito. Foi um perseguidor 
dos apóstolos e morreu castigado por Deus por aceitar adoração 
a sua pessoa. Quando este morreu o seu território passou às mãos 
dos magistrados de romanos. Nesse período houve grande atrito 
entre judeus e romanos, levando o povo a uma grande revolta. No 
ano 70 d.C. Jerusalém foi severamente destruída pelo imperador 
Nero.
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O Caráter dos Evangelhos
 É interessante notar que os evangelhos não fornecem a to-
talidade dos acontecimentos históricos ocorridos naquela época. 
Todas as informações neles contidas foram selecionadas cuida-
dosamente a fim de apresentar uma mensagem clara e poderosa 
de Cristo. Não são escritos biográficos apenas, pois dois deles nem 
sequer mencionam o nascimento de Cristo. Nenhum deles men-
ciona a vida de Jesus quando jovem, sendo que todos enfocam de 
maneira muito ampla, uma boa parte da narrativa, tão somente 
a última semana do ministério de Jesus, algo incomum em livros 
biográficos. Fica claro com isso que a intenção dos quatro evan-
gelhos não é satisfazer as nossas curiosidades, mas sim proclamar 
a mensagem de boas novas.
Os Evangelhos Sinóticos 
 Entre os quatro evangelhos, observa-se maior semelhança 
entre os livros de Mateus, Marcos e Lucas. Dada a grande semel-
hança entre suas versões, são chamados de sinóticos. Este termo 
é oriundo de outras duas palavras gregas que significam “ver em 
conjunto”, “ver coletivamente”. Diz-se que esse termo foi usado 
pela primeira vez por Griesbach, em 1774. Por isto estes três evan-
gelhos podem ser vistos em conjunto.
 Os livros sinóticos expõem aspectos impressionantes. Nar-
ram o notável ministério de Jesus na Galiléia, enquanto o de João 
narra o seu ministério mais na Judéia. Os sinóticos narram seus 
milagres, parábolas e mensagens pregadas às massas, enquanto 
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João narra seus diálogos e orações. Os sinóticos apresentam o 
Cristo agindo, e o de João espelha Cristo em constante meditação 
e comunhão.
 Apesar da unidade entre os evangelhos, eles não são 
iguais. Se assim fosse, não faria sentido a existência de quatro, tão 
somente um seria o suficiente para nos relatar todos os fatos im-
portantes acerca do Mestre. Embora, numa lida rápida não seja 
perceptível, é verdade que existem diferenças entre eles. Isso tam-
bém não significa que são contraditórios. 
“São quatro livros diferentes sobre os mesmos fatos. Algumas nar-
rativas ou ensinamentos são apresentados com exclusividade por 
um escritor, ou apenas por dois, ou por três, ou pelos quatro. E en-
tre as narrativas do mesmo fato, existem diferenças algumas difer-
enças de um detalhe para o outros. Por exemplo, o autor diz que 
Jesus curou um cego em Jericó. O outro diz que foram dois cegos. 
Um não está contradizendo o outro. Se Jesus curou um cego, ele 
pode muito bem ter curado outro. Haveria a contradição caso um 
autor negasse a afirmativa do outro”. 
Questionário
Marque “C” para certo e “E” para errado
____ 6) - Jesus nasceu na época que Herodes, o Pequeno, era o 
monarca de Jerusalém e Samaria. Este morreu no ano 4 d.C., e seu 
filho Arquelau reinou em seu lugar (Mt 2.19-22).
____ 7) - Por volta do ano 90 d.C. Jerusalém foi severamente 
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destruída pelo imperador Cláudio.
____ 8) - Os livros sinóticos expõem aspectos impressionantes. 
Narram o notável ministério de Jesus na Galiléia, enquanto o de 
João narra o seu ministério mais na Judéia.
____ 9) - Apesar da unidade entre os evangelhos, eles não são 
iguais. Se assim fosse, não faria sentido a existência de quatro, tão 
somente um seria o suficiente para nos relatar todos os fatos im-
portantes acerca do Mestre. 
Porque Quatro Evangelhos?
 A princípio, vale lembrar aos alunos que evangelho é um 
só. “Quando mencionamos o Evangelho de Mateus, devemos 
compreender que se trata do evangelho de Jesus Cristo, e não pro-
priamente de Mateus”. Há um só evangelho, que foi registrado de 
quatro maneiras, e que apresentam um retrato de Cristo em qua-
tro ângulos diferentes.
 Agora por que quatro? Não seria suficiente uma só narra-
tiva? Isso não o tornaria mais objetivo? É obvio que não. Pois cada 
livro apresenta os um ofício diferente de Cristo, cada um à sua 
maneira. Orlando Boyer diz que são quatro os evangelhos pelas 
seguintes razões:
1 – Apresentar quatro testemunhas da verdade, independentes 
uma da outra.
2 – Apresentar a vida do Senhor de quatro pontos de vista, perfa-
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zendo um retrato composto de uma só pessoa.
 Em Mateus Jesus é visto como Rei, em Marcos como Ser-
vo, em Lucas como o Filho do homem e em João como o Filho de 
Deus. Griffith Thomas apresenta assim os quatro evangelhos:
Mateus ocupa-se com a vinda de um Salvador Prometido.
Marcos ocupa-se com a vida de um Salvador Poderoso.
Lucas ocupa-se com a graça de um Salvador Perfeito.
João ocupa-se com a posse de um Salvador Pessoal.
 Diz Henrieta C. Mears: “Mateus, de propósito, acrescenta 
à sua narrativa o que Marcos omite.Nenhum dos Evangelhos con-
tém a narração completa da vida de Cristo. João diz em 21.25: 
Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas 
fossem relatas uma a uma, creio que nem no mundo inteiro cabe-
riam os livros que seriam escritos”. Existem vazios propositados 
que nenhum dos evangelistas pretendeu preencher. Por exemplo, 
todos omitem um registro de dezoito anos da vida de Cristo, entre 
os doze e os trinta anos. Embora cada Evangelho seja completo 
em si mesmo, cada evangelista registrou aquilo que era relevante e 
pertinente ao seu tema particular”.
 Uma analogia bastante verdadeira deve ser recordada aqui 
neste livro. Sabemos que os números dentro da Bíblia possuem 
significados tangíveis e que atingem diretamente a nossa vida. 
Daí mais uma razão porque o Evangelho é narrado por quatro. O 
número sete, por exemplo, representa a perfeição, o três, fala da 
divindade, quarenta o da provação, quatro é o número da terra. Na 
parábola do Semeador havia quatro diferentes espécies de solo. Se 
quatro é o número da terra, como é adequado que o Espírito Santo 
nos houvesse dado o quatro evangelhos para descrever a vida e o 
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ministério de Jesus Cristo, aquele que desceu do céu.
O propósito dos Evangelhos 
 Os evangelhos foram registrados com a intenção de asse-
gurar aos seus leitores que Jesus Cristo é aquele de quem falou o 
próprio Deus no passado pela boca dos seus profetas, em épocas 
remotas. O objetivo também foi de fortalecer os alicerces da fé dos 
primeiros cristãos em meio às primeiras perseguições de Roma. 
Revelar aos gentios as poderosas obras de Cristo. E por final, al-
cançar o mundo com a mensagem salvadora de Cristo, e este cru-
cificado.
Quatro tipos de pessoas a quem foram destinadas o Evangelho
O Judeu
 O judeu é a primeira classe de pessoa que destacamos nos 
tempos de Jesus. Diz que um judeu recebia certas instruções pes-
soais acerca das Escrituras do Antigo Testamento. Foi especial-
mente para o povo judeu que Mateus escreveu o seu livro narran-
do os fatos da vida terrena de Jesus. Geralmente um mestre judeu 
era versado no Antigo Testamento e nos costumes judaicos. Havia 
uma grande necessidade de que soubesse que Jesus viera cum-
prir as profecias do Antigo Testamento. Por várias vezes lemos no 
livro de Mateus: “Para que se cumprisse ... como falou Jeremias, o 
profeta... 
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O Romano
 Foi especialmente para os romanos, um povo bárbaro e 
dominador do mundo daquela época, que João Marcos narrou 
a história de Cristo. Estes estavam profundamente interessados 
por um “líder” que surgira na Palestina. Para eles, Jesus possuía 
uma autoridade fora do comum, a ponto de realizar coisas ex-
traordinárias. Seus ouvidos estavam aguçados por ouvir falar que 
tipo de pessoa realmente era Cristo, quais as suas palavras e atos.
 Marcos era o tipo de narrador que os romanos admira-
vam. O livro de Marcos faz menção mais das ações de Cristo, do 
propriamente de suas mensagens. Marcos se dirige aos que an-
elam não por saber da genealogia do Rei, mas àqueles que buscam 
o Deus que é capaz de suprir as suas necessidades diárias. 
O Grego
 O médico Lucas, um homem de origem grega, escreveu 
para seus irmãos patrícios. Estes demonstravam grande afeição 
pela beleza, poesia e cultura. Prendiam-se aos grandes conceitos, 
e não era fácil agradá-los. Lucas relata aos gregos: o nascimento 
de Cristo, o encontro entre Isabel e Maria, o louvor de Zacarias, o 
louvor dos anjos pelo nascimento de Cristo, e o cântico dos pas-
tores ao saberem da noticia.
Todos os homens indistintamente
 O evangelho relatado por João foi dirigido a todos os ho-
mens para que creiam que Jesus é o Filho de Deus. O evangelho 
apresentado por João está cheio de afirmações extraordinárias que 
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confirmam a missão de Cristo e seu caráter, divinos.
A ordem dos Evangelhos
 Os livros que nos relatam o evangelho de Cristo não seg-
uem uma ordem cronológica. Marcos, por exemplo, na ordem 
numérica vem depois de Mateus, entretanto, foi o primeiro a ser 
escrito. Se fossem colocados em nossas Bíblias segundo as datas 
de registros, então ficaria assim: Marcos, Mateus, Lucas e por úl-
timo João. 
Questionário
Assinale com “X” a alternativa correta
10) - Quando mencionamos o Evangelho de Mateus, devemos 
compreender que se trata do Evangelho de: 
___a. Mateus. 
___b. Lucas.
___c. Cristo.
___d. João.
11) – Em Mateus Jesus é visto como: 
___a. Rei. 
___b. Sacerdote.
___c. Profeta.
___d. O Cristo.
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12) – Segundo o Dr. Griffith Thomas, João ocupa-se com a posse 
de um: 
___a. Salvador Poderoso. 
___b. Salvador Prometido.
___c. Salvador Pessoal.
___d. Salvador Perfeito.
13) – O médico Lucas, um homem de origem grega, escreveu para 
seus irmãos patrícios. Estes demonstravam grande afeição: 
___a. pela cultura, música e conhecimento. 
___b. pela beleza, poesia e música.
___c. pela poesia, cultura e conhecimento.
___d. pela beleza, poesia e cultura.
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Lição 2
O Evangelho de Mateus 
Autor do livro 
 
 Mateus é o autor, cujo título do livro leva o seu próprio 
nome. Seu nome significa “dádiva de Deus”. A Bíblia diz que ele 
era um ex-coletor de impostos quando Jesus o escolheu para ser 
um dos doze apóstolos. Mateus 9.9-13 apresenta-nos a maneira 
como ele foi chamado:
“E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um 
homem chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantan-
do-se, o seguiu. E aconteceu que, estando ele em casa sentado 
à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores e sentaram-
se juntamente com Jesus e seus discípulos. E os fariseus, vendo 
isso, disseram aos discípulos: Por que como vosso mestre com os 
publicanos e pecadores? Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não 
necessitam de médicos os sãos, mas sim, os doentes. Ide, porém, 
e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício. 
Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao 
arrependimento”.
 Cristo o viu quando estava assentado na “coletoria”, na 
periferia de Cafarnaum, de onde recebia os impostos dos mer-
cadores que vinham de fora, possivelmente daqueles que vinham 
de fora em suas embarcações que trafegavam pelo mar da Gal-
iléia. Ao receber aquele convite, não relutou, logo passou a seguir 
a Cristo. E logo depois ofereceu a Jesus um jantar em sua casa e 
convidou seus colegas e amigos. Isso se tornou motivo de “ofensa” 
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Proibida a comercializaçãopara algunslíderes judeus que questionaram a associação de Jesus 
com as párias da sociedade. Não obstante, o mestre respondeu a 
altura: “não necessitam de médicos os sãos, mas, sim os doentes”.
 
“Mateus era relativamente próspero para os padrões daquela 
época. Não se sabe se seguia a prática comum de muitos da sua 
profissão de cobrar mais do que o exigido legalmente, para ter um 
pequeno lucro adicional; contudo é razoável supor que também 
utilizava tal expediente. Portanto, deixar tudo para acompanhar 
Jesus numa vida de discipulado itinerante provavelmente exigiu 
mais sacrifício para Mateus do que para alguns dos outros dis-
cípulos” Blomberg, Craig.
Características do livro
 Segundo Papias, bispo de Hierápolis (Frígia), do 2o século 
d.C. Mateus escreveu o primeiro livro do Novo Testamento em 
hebraico e todos depois traduziram da maneira que foram capaz-
es. Contudo, isso tem sido discutido por muitos estudiosos. 
 Em geral, a maioria concorda que o livro foi escrito em 
aramaico e depois traduzido para o grego.
 Não se sabe ao certo a data exata da autoria do livro, con-
tudo entre os círculos dos eruditos atualmente há um consenso 
sobre uma data provável, que segundo eles afirmam ter sido por 
volta do ano 66 d.C na Antioquia da Síria.
 Mateus não apresenta os acontecimentos na ordem do 
tempo. “A ordem só é seguida em parte: no início do livro (nasci-
mento, batismo, tentação) e no final (última semana, morte, res-
surreição e ascensão). No meio, as parábolas, milagres e ensina-
mentos não se encontram ordenados cronologicamente”.
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Mateus escreveu especialmente para os judeus. O pastor Blomb-
erg, Craig afirma “que os objetivos do livro estejam ligados dire-
tamente com a comunidade, em sua maioria, composta de judeus 
cristãos a quem Mateus dirigiu seu evangelho. Entre várias alter-
nativas, o destinatário mais provável seria uma congregação re-
cém-formada, que se tinha desligado da sinagoga há pouco tempo 
e ainda estava em vigoroso debate com ela. Os antigos escritores 
muitas vezes sugerem uma localização dentro da Palestina, os er-
uditos mais modernos se referem a ela localizada na Antioquia da 
Síria, onde abrigava um grande número de judeus”. 
Objetivo do livro
 O propósito principal de Mateus é revelar aos judeus que 
Jesus é o Messias prometido. Aquele de quem as profecias apon-
tavam no Antigo Testamento. Que Jesus veio da linhagem real de 
Davi, por isso ele é chamado Filho de Davi, como Mateus, afirma 
logo no primeiro verso de seu livro. 
“Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão”.
 Esta aliança une Jesus às duas alianças que o Senhor fez 
com Abraão e Davi. A aliança com Abraão prometia que através 
dele todas as famílias da terra seriam abençoadas (Gn 12.3), já 
com Davi, Deus havia prometido um Rei de sua linhagem que 
se assentaria no seu trono para sempre (2 Sm 7.8-13). Advindo 
de Abraão, ele seria o sacrifício, e de Davi, o Rei prometido. E no 
início de Mateus vê-se Jesus como Rei, contudo ao encerrar seu 
livro, apresenta Jesus como um sacrifício.
 A intenção de Mateus em manter os judeus por dentro da 
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história de Jesus foi inteligente. Sua preocupação centralizou-se 
em convencê-los de que Jesus era o Messias, e nele se cumpriu 
todas as profecias respectivamente direcionadas ao Messias pro-
metido. Muitas passagens do Antigo Testamento apontaram coisas 
exclusivas ao Messias. Mateus afirma que em Jesus se cumpriram 
todas elas. Ele responde aos judeus uma intrigante pergunta: 
 Se Jesus é o Messias prometido, por que ele não estabele-
ceu o reino sobre o qual o Messias reinaria, segundo a profecia do 
Antigo Testamento?
 Revelou aos judeus que o governo de Cristo seria espir-
itual e não humano. E devido a própria rejeição do mesmo, im-
plantaria um novo “aspecto de seu reino”, a “Igreja”. Este, dentre 
os demais evangelistas, foi o único a utilizar a palavra “igreja” (Mt 
16.18; 18.17). O governo de Cristo então se estabeleceria na sua 
própria igreja.
 
O tema central do livro
 Mateus apresenta Cristo como Rei, apresenta a genealogia 
real nos primeiros versos. Um rei não é escolhido por votação, e 
sim por nascimento. O tema de Mateus está registrado no capítulo 
27 e verso 37, que diz:
“este é Jesus, o Rei dos Judeus”.
Questionário
Marque “C” para certo e “E” para errado
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____ 14) - Mateus é o autor, cujo título do livro leva o seu próprio 
nome. Seu nome significa “dádiva de Deus”.
____ 15) - Segundo o Papa, (Frígia), do 5o século d.C., Mateus es-
creveu o primeiro livro do Novo Testamento em hebraico e todos 
depois traduziram da maneira que foram capazes.
____ 16) - Não se sabe ao certo a data exata da autoria do livro, 
contudo entre os círculos dos eruditos atualmente há um consen-
so sobre uma data provável, que segundo eles afirmam ter sido 
por volta do ano 66 d.C na Antioquia da Síria.
____ 17) - O propósito principal de Mateus é revelar aos judeus 
que Jesus é o Messias prometido.
____ 18) - A intenção de Mateus em manter os judeus por dentro 
da história de Jesus não foi muito inteligente.
____ 19) - O tema de Mateus está registrado no capítulo 27 e verso 
37, que diz: “este é Jesus, o Rei dos Judeus”.
Mateus e o Antigo Testamento 
 O livro de Mateus põe fim aos 400 anos de silêncio entre 
a profecia de Malaquias e o anúncio do nascimento de Jesus. Na 
ocasião, como já vimos, Herodes, o Grande, era o governador da 
Judéia, nomeado pelo imperador de Roma. Contudo, o homem 
que tinha o direito ao trono da casa de Davi, seria José, que se 
tornou esposo de Maria. 
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 Mateus vem logo depois do Antigo Testamento e é o 
começo do Novo. É o elo entre o velho e o novo. O Antigo Testa-
mento conclui com a nação de Israel aguardando o seu Messias 
prometido. E logo no início de Mateus, observa que Jesus é este 
Rei, enviado senão a casa de Israel: 
“Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 
15.24).
 
 Observa-se através dos números bíblicos que o livro de 
Mateus é o quadragésimo na ordem da Bíblia. O Antigo Testamen-
to é composto por 39 livros e encerra com o livro de Malaquias, 
o Novo inicia com Mateus (40º livro). Biblicamente o número 40 
é símbolo de provação: Jesus foi tentado pelo diabo por quaren-
ta dias; Israel esteve no deserto por quarenta anos; por quarenta 
anos Moisés foi príncipe no palácio de Faraó; depois foi pastor 
por quarenta anos no deserto, dentre muitos outros textos que 
aparecem na Bíblia. No quadragésimo livro da Bíblia, o Israel de 
Deus se encontra em provação e o Rei dos judeus, sendo por eles 
rejeitado. 
A importância da genealogia para os Judeus
 No Novo Testamento encontramos a narração de apenas 
duas genealogias de uma mesma pessoa, Cristo. Enquanto no An-
tigo Testamento nos deparamos com a genealogia: 
• de Adão (Gn 5), 
• de Noé (Gn 10), 
• de Sem (Gn 11), 
• de Cão (1 Cr 1), 
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• de Terá (Gn 11), 
• de Abraão (Gn 25), 
• de Ismael (Gn 25), 
• de Esaú (Gn 36), 
• de Jacó ( Gn 46), 
• das tribos (1 Cr 2), 
• e de Davi (1 Cr 3).
Em Mateus (1) e Lucas (3) aparece o registro da genealogia de 
Cristo. 
 Não foram relatadas para “satisfazer a vanglória” de 
qualquer pessoa, como é comum entre as árvores genealógicas, 
contudo o seu objetivo foi salientar o fato insigne de Jesus Cristo 
ser da linhagem de Abraão e Davi.
 Mateus menciona a linha ancestral de Jesus iniciando por 
Abraão, por Davi, por Salomão, e pelos reis, na ordem, até alcançar 
Jeconias. Segue apresentando os nomes dos herdeiros ao trono, 
até chegar a Cristo. Lucas, no entanto, começa por Jesus Cristo, 
traçando sua linha ancestral para trás, ao contrário de Mateus. Ele 
começa por Jesus, depois por Natã (irmão de Salomão), até Davi; 
de Davi vai até Abraão, até chegar a Adão.
 Para um judeu a árvore genealógica possui um grande val-
or. Representa a origem histórica de uma pessoa. Diz quem foram 
seus pais, a que tribo pertencia, se eram da linhagem de Arão, o 
sumo sacerdote, ou de algum rei na história de Israel. Sempre foi 
uma tradição entre eles salientar suas raízes. E Mateus, para con-
firmar que Jesus tanto era descendente de Abraão como de Davi, 
mencionou a genealogia de Jesus, que por sua vez, nunca foi con-
testada por algum judeu sequer, visto ser autênticas e verdadeiras. 
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“Por que estamos interessados nessas genealogias? Porque nos 
dão a chave para toda vida de Cristo. Elas nos mostram antes de 
mais nada, que ele não era um homem qualquer, mas que descen-
dia de família real”. 
 A árvore genealógica de Cristo se divide em três classes. 
Cada classe é composta por 14 pessoas. Entre essas três classes 
duas pessoas se destacam: Abraão e Davi.
O advento do Rei
 Jesus é o Messias, o Libertador, o Ungido de Deus, dese-
jado por Israel e anunciado nas Escrituras. Já vimos que sua ge-
nealogia estabelece sua filiação de Davi e de Abraão. Por ser o 
Messias em quem confirma a longa história das benevolências 
divinas, compete-lhe a última palavra; ele é o Salvador que Moisés 
prefigurava.
 Mateus atribui-lhe os títulos messiânicos. Segundo o 
anúncio profético, ele nasce em Belém, cidade real; é verdadeira-
mente o “Filho de Davi”. Mateus, contudo, rejeita o conceito de 
um Messias nacionalista que seus contemporâneos criaram. A fim 
de corrigi-lo, apela para a figura do “Servo” de Deus (8.17; 12.18-
23), ele é rei (21.5; 2.2; 27.11,39 e 42). De toda maneira, são as 
Escrituras que, incessantemente, autenticam sua identidade.
No evangelho de Mateus vemos o quanto Jesus é Rei, pois possui 
títulos reais, veja:
Nome Real – “Ele será chamado pelo nome de Emanuel” (1.23). 
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Posição Real – “De ti sairá o Guia que há de apascentar o meu 
povo, Israel” (2.6).
Anúncio Real – “Preparai o caminho do Senhor” (3.3).
Coroação Real – “Este é meu Filho amado, em quem me com-
prazo” (3.17).
Proclamação Real – “Ensinava como quem tem autoridade” (7.29).
Glória Real – “Então dirá o Rei, vinde benditos de meu Pai, entrai 
na posse do reino” (25.31).
Sacrifício Real – “Este é Jesus, o Rei dos Judeus” (27.35,37).
Vitória Real – “Ele não está aqui, ressuscitou como havia dito” 
(28.6).
 Mateus narra a visita dos três magos que vinham do Ori-
ente. Diz a Bíblia que eles vieram adorar, não ao Salvador do Mun-
do, como de fato Cristo é, mas ao Rei dos judeus. Aqueles homens 
intelectuais procuravam por um rei, perguntaram no caminho: 
Onde está aquele que é nascido rei dos judeus?
 A adoração daqueles magos que desconheciam o local de 
nascimento contrasta a conduta do povo judeu, em especial dos 
sacerdotes, que por sinal, sabiam onde seria o local de nascimento 
de Cristo, mas que, no entanto o rejeitaram. Tudo isto já indicava 
que a maioria dos judeus rejeitaria ao seu Rei.
João Batista
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 João Batista foi o precursor, o embaixador de Jesus. Ele 
tinha outro nome. Isaías o identifica com a “voz”: “voz do que cla-
ma no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai no ermo 
a vereda a nosso Deus” (Is 40.3). Este foi o arauto de Jesus Cristo, 
possuía duas funções: a de apenas “uma voz”, e de “mensageiro”. 
Isto é tudo o que o Antigo Testamento fala sobre ele. Em Mateus 
ouvimos sua “voz”:
“Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. Porque 
este é o referido por intermédio do profeta Isaías: Voz do que cla-
ma no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas 
veredas” (Mt 3.2-3).
 Era de praxe um arauto ir adiante do Rei, como era o caso 
do oficial romano que ia adiante do seu governador, e ordenava 
que fossem consertadas as estradas pelas quais o seu senhor ia 
passar. E foi realmente isso que João Batista fez. Revelou que os 
caminhos dos homens e das nações se encontravam tortos e chei-
os de buracos causados pelo pecado e precisavam ser endireita-
dos. 
O batismo e a tentação de Jesus 
 
 Agora Jesus se ingressa no ministério, nesse período se 
encontrava com 30 anos. Depois da tríplice benção que recebeu 
na ocasião do batismo, ele é levado pelo Espírito Santo ao deserto 
para ser tentado pelo diabo. Seu ministério público estaria sendo 
posto em prova.
 O diabo lhe ofertou um atalho para se obter o governo 
universal que ele teria que alcançar através de um cumprido e do-
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loroso caminho até chegar a cruz. Contudo, a tentação não venceu 
a Cristo, que renunciou o caminho mais rápido oferecido pelo in-
imigo. Jesus não só venceu essas primeiras tentações, como tam-
bém todas as demais, pois seu propósito estava acima de qualquer 
outra oferta do diabo.
 Por vezes, o diabo nos oferece um caminho mais curto 
para a realização dos nossos sonhos, no entanto, seu propósito é 
de nos desvencilhar dele, levando-nos a queda. Não vale a pena 
ceder às suas tentações. Devemos agir semelhante a Cristo, se de 
fato desejamos obter nossa vitória.
Questionário
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____ 24) - João Batista foi o precursor, o embaixador de Jesus. Ele 
tinha outro nome. Isaías o identifica com a “voz”.
____ 25) - Mateus narra a visita dos três magos que vinham do 
Ocidente.
____ 26) - Agora Jesus se ingressa no ministério, nesse período se 
encontrava com 30 anos. Depois da tríplice benção que recebeu 
na ocasião do batismo, ele é levado pelo Espírito Santo ao deserto 
para ser tentado pelo diabo.
Os ensinos do Rei
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 Jesus estabeleceu uma grande parte dos padrões do seu 
reino, entre os capítulos 5, 6 e 7 de Mateus. Trouxe uma nova lei, 
pois a antiga lei tinha servido até aquele momento, a partir de 
agora, Jesus implantaria uma nova lei. Contudo, ele não destruiu 
a lei de Moisés, como também não atratou como perfeita e final.
 Em cima de uma montanha Jesus inicia seus sermões po-
derosos, estabelecendo agora, uma nova doutrina. Ele começa de 
dentro para fora, inicia no interior do homem e conclui no seu 
exterior, ao contrário da lei antiga. É importante lembrar que a 
base de todo o cristianismo se encontra nesses três capítulos de 
Mateus. O Sermão do Monte como é universalmente conhecido, 
engloba assuntos valiosíssimos ao homem, e que não devem ser 
abandonados pelos pregadores atuais. Esse sermão contém o 
modelo e padrão de vida para uma vida realmente espiritual e 
santa. São diversas mensagens voltadas para a vida prática de um 
cristão.
“nesses sermões, Jesus define os limites e a natureza do reino, as 
condições para se entrar nele, suas leis, seus privilégios, e suas rec-
ompensas”. 
A base da nova doutrina transmitida por Cristo é a prática do 
amor e da bondade. Eleva muito acima a necessidade do perdão, 
e da vida cristã interior.
“Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multi-
dões maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como 
quem tem autoridade, e não como os escribas”. (Mt 7.28-29).
Os milagres operados pelo Rei
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 Mateus (8 e 9), narra cenas de milagres e curas de Jesus. 
Jesus como Rei, não se prende apenas nas palavras, ou nos ensi-
nos, mas também na demonstração de poder. Vemos então nesses 
capítulos a autoridade do Rei Messias sobre todas as coisas: “ho-
mens, toda sorte de enfermidades” (Mt 9.35). Fica em evidência 
o absoluto alcance do Reino de Deus. Ele abrange todas as di-
mensões da vida humana. Temos referência a dimensão do natu-
ral (humano), e do espiritual. Poderíamos considerar o humano 
como parte do natural, mas dividimos assim para visualizarmos 
o homem em relação ao que é natural e ao que é espiritual. “É 
importante separarmos bem essas coisas. Nem toda doença é pro-
vocada por demônios, mas algumas são. Nem toda ventania é pro-
vocada por demônios, mas algumas podem ser, conforme se vê no 
livro de Jó”. 
O Rei e os seus súditos
 Jesus além de ser um grande pregador, é também um 
grande líder. É comum todo rei ter seus súditos, e Jesus não era 
diferente. Logo no início, foi aliciando homens para lhe servir em 
seu reino. Mas onde ele encontrou seus primeiros servos? Não foi 
no templo, entre os doutores ou sacerdotes, nem entre os princi-
pais do povo. Ele os achou à beira-mar consertando suas redes. 
Diz Paulo que ele não escolheu muitos nobres e poderosos, mas 
escolheu antes as coisas loucas do mundo para envergonhar os 
sábios (1 Co 1.27).
 Em Mateus 10 encontramos o relato dos nomes dos doze 
apóstolos, talvez esta seja a relação dos nomes mais importantes 
do mundo. Jesus havia os incumbido de anunciar seu reino, de 
curar os enfermos. 
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Nota sobre Mateus 13 (O reino dos céus)
 Por mais de 55 vezes a palavra reino está registrada em 
Mateus. Só a expressão reino dos céus encontra-se inserida 35 
vezes em suas páginas. Jesus fez comparação ao Reino dos Céus 
com as parábolas: do semeador, do joio, da semente de mostarda, 
do fermento, do tesouro escondido e da pérola. Essas parábolas 
descrevem o valor da presença deste reino celestial presentes neste 
mundo.
 Parábola significa fazer uma comparação, colocar uma 
coisa ao lado da outra. É uma narrativa alegórica, que contém 
personagens, coisas, incidentes, e atitudes que por meio da com-
paração facilita a compreensão. As parábolas, como encontramos 
nos evangelhos, é um recurso didático, largamente utilizado por 
Jesus, a fim de elucidar as grandes verdades e mistérios do Reino 
de Deus. 
 Jesus apresenta, por meio de parábolas neste capítulo, di-
versas características do reino, as quais se encontram ao mesmo 
tempo ocultas e reveladas. Ocultas para a multidão e reveladas 
para os discípulos. 
A rejeição do Rei
 
Mateus (16.21 à 20.34) apresenta um quadro triste em seu livro: 
“a rejeição de Cristo pelos seus”. O próprio João afirmou isso: “Ele 
veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1.11).
 Consequentemente com a rejeição dos judeus ao reino de 
Cristo, este reino foi transferido a um novo povo. “Portanto vos 
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digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um 
povo que lhe produza os respectivos frutos” (Mt 21.43).
 Mas o que justificaria os judeus rejeitarem o reino? Por 
certo, eles aspiravam por um reino “teocrático” terreno, e não ce-
lestial, queriam um governante que os libertasse das garras do im-
pério romano, queriam que o reino fosse a seu modo e de acordo 
com suas condições.
 Os judeus recebem Jesus em Jerusalém com entusiasmo. 
Porém, estranham sua atuação no templo, quando ele expulsa 
os comerciantes e derruba suas mercadorias. Da mesma forma 
muitos estranham as mudanças que Jesus deseja fazer em suas 
vidas após terem-no recebido como Salvador. Na seqüência, Je-
sus conta uma parábola que mostra a chegada dos gentios para 
o reino, enquanto que os judeus ficam em último lugar. Em todo 
tempo os fariseus ouviam tudo isso. Porém, nunca entendiam o 
alerta de Jesus. Sempre se viam ameaçados por ele, quando de-
viam vê-lo como Salvador. E assim, se punham sempre em atitude 
de perseguição e isto apenas se tornava cumprimento das próprias 
palavras de Cristo. 
A Igreja em Mateus
Mateus é o único que nos revela o propósito de Cristo em esta-
belecer sua igreja. Parece que os planos de Jesus haviam mudados 
dada à rejeição dos judeus pelo seu reino. Todavia já era plano de 
Deus, desde os tempos mais remotos, chamar para sua comun-
hão um povo que não era seu povo. O nome igreja significa “os 
chamados para fora”. Jesus estava começando a construir um novo 
edifício, um novo corpo de pessoas, onde tanto judeus como gen-
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tios fariam parte.
A morte e ressurreição do Rei
 Temos focalizado apenas os pontos mais culminantes da 
vida de Jesus. Chegamos ao ponto em que autoridades religio-
sas levaram às últimas conseqüências sua perseguição a Cristo. 
Aqui ocorre o episódio da traição de Judas, a cena de Cristo sendo 
moído nas sombras do Getsêmani, a prisão seguida de profundo 
castigo e a morte de Jesus. Até nesse momento, o título real acom-
panha o Messias. Sobre sua cruz se coloca a inscrição em carac-
teres romanos, gregos e hebraicos: “Este é Jesus, o Rei dos judeus” 
(Mt.27.37 Lc.23.38). O que, para os algozes era uma acusação 
contra Cristo, tem maior significado como acusação contra seus 
próprios malfeitores. Mataram o rei dos judeus. Tal escrita torna-
se mais significativa ainda quando a vemos como uma declaração 
para o mundo a respeito de Cristo. Ali estava a verdade. A partir 
de então, cabe a cada ser humano aceitá-la ou rejeitá-la. Contudo, 
isso não mudará a essência da afirmação, a qual foi escrita nos três 
principais idiomas daquela região. Embora o aramaico não tenha 
sido usado, bastavam os caracteres romanos, hebraicos e gregos 
para que qualquer pessoa que por ali passasse pudesse ser capaz 
de ler aquela frase. A mensagem da cruz é para todos, a todos foidirigida e quem quiser ignorá-la não terá outro caminho de sal-
vação. 
 Antes de dar o desfecho final em seu livro, Mateus teste-
munha a Ressurreição de Jesus. A morte não conseguiu segurá-lo 
por muito tempo. Ao terceiro dia Jesus ressuscitou, e mostrou ao 
mundo que ele venceu os grilhões da morte. E todo aquele que 
nele crê, será coroado com a vida eterna. Seu poder triunfal foi 
demonstrado mais uma vez. Agora, tendo recebido todo poder 
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nos céus e na terra, ele dá ordens aos seus discípulos para que 
levem o evangelho a todas as nações. 
Questionário
Assinale com “X” a alternativa correta
27) - Jesus estabeleceu uma grande parte dos padrões do seu rei-
no, entre os capítulos: 
___a. 4, 5 e 6 de Mateus. 
___b. 7, 8 e 9 de Mateus.
___c. 5, 6 e 7 de Mateus.
___d. 6, 7 e 8 de Mateus.
28) – As parábolas, como encontramos nos evangelhos, é um re-
curso didático, largamente utilizado por Jesus, a fim de elucidar as 
grandes verdades e mistérios: 
___a. do Reino de Deus. 
___b. do Reino de Cristo.
___c. do Reino de Davi.
___d. do Reino de Teocrático.
 
29) – Mateus é o único que nos revela o propósito de Cristo em 
estabelecer: 
___a. sua paróquia. 
___b. sua igreja.
___c. sua pátria.
___d. sua missão.
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30) – Ao terceiro dia Jesus ressuscitou, e mostrou ao mundo que 
ele venceu: 
___a. os seus inimigos. 
___b. Pilatos e seus algozes.
___c. Judas Iscariotes.
___d. os grilhões da morte.
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Lição 3
O Evangelho de Marcos
Autor 
 João Marcos era um judeu, seu primeiro nome significa: 
“graça de Deus” (hb). Já o seu sobrenome Marcos significa “mar-
telo grande”(latim). Era primo de Barnabé, e nasceu provavel-
mente em Jerusalém. Acompanhou Barnabé e Paulo a Antioquia, 
e depois os acompanhou em sua primeira viagem missionária. 
Por alguma razão não esclarecida não concluiu a viagem, e voltou 
mais cedo para sua casa. Mais tarde foi motivo de dissensão entre 
eles. Paulo não queria levá-lo à segunda viagem por causa de sua 
deserção, e por esta causa Barnabé decidiu abandonar a Paulo, e 
seguir para Chipre com Marcos (At 15.37-39). Lá na frente, João 
Marcos demonstrou ser uma pessoa muito útil a Paulo quando 
este ficou preso em Roma (Cl 4.10). Esteve também com Pedro na 
ocasião que este escreveu sua primeira epístola (1 Pd 5.13). Mar-
cos teria sido instruído por Pedro acerca de Cristo. Paulo, chegou 
a solicitá-lo novamente em sua prisão (2 Tm 4.11), mostrando que 
um fracasso nem sempre impede a utilidade da pessoa definitiva-
mente. 
 O parecer favorável à autoria de João Marcos conta com 
o testemunho de Papias, bispo de Hierápolis, conforme registro 
de Eusébio: “Marcos era intérprete de Pedro.” Escreveu de acordo 
com as informações e ensinos de Pedro. Irineu diz que Marcos 
era discípulo de Pedro e escreveu em Roma. Teríamos então nesse 
evangelho a mão de Marcos e a voz de Pedro. Observe o resumo 
do evangelho no sermão de Pedro em At.10.36-43, inclusive a or-
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Proibida a comercializaçãodem dos fatos. 
O propósito do livro
 O tema de Marcos se encontra registrado no capítulo 10 
verso 45: “Pois o próprio Filho do homem não veio para ser servi-
do, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”. A 
preocupação de Marcos não é provar certas declarações e profe-
cias acerca de Jesus. Sua intenção se limita apenas em narrar com 
clareza os fatos a respeito de Jesus. Ele se preocupou mais com os 
atos de Cristo do que com suas próprias palavras.
 Marcos é o “Evangelho da Ação”, e mostra Jesus como o 
Servo do Senhor, labutando incansavelmente para salvar os peca-
dores. Neste evangelho, Jesus também é visto como o Poderoso 
Conquistador, levando a frente sua campanha para a libertação da 
raça humana de toda morte e pecado.
 Ao passo que Mateus dirigiu seu livro aos judeus, Marcos 
parece ter escrito para os romanos. O cidadão romano era muito 
diferente do judeu. Tinha um espírito forte e prático. Sua religião 
tinha que ser prática. Não se preocupava com genealogias, assim 
como os judeus costumavam fazer. Gostavam de ouvir as contar 
as histórias simples da vida de Jesus. Diziam: “conte-me o que ele 
fez. Desejo conhecê-lo exatamente como ele era”.
 Marcos caracteriza-se por ser o menor de todos os evan-
gelhos. Mayer Pearlman diz: “O estudo do Evangelho de Marcos, 
revelará os seguintes fatos”: 
1) sua exigüidade – é o mais breve dos Evangelhos; 
2) os atos de Jesus são enfatizados mais que seus discursos; 
3) a introdução é sucinta; 
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Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus
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Proibida a comercialização4) palavras tais como ‘imediatamente’ e ‘logo’ são encontradas por 
todo o livro. 
“Estes fatos são uma indicação da natureza do evangelho ora em 
estudo”. 
 Em contraposição ao livro de Mateus que tem 28 capítulos 
e registra muitas 14 parábolas, Marcos tem apenas 16 capítulos e 
relata apenas quatro parábolas. 
 O evangelho de Marcos foi escrito em grego. Alguns teól-
ogos argumentam a favor de um original em aramaico. Isto se deve 
à freqüência de termos aramaicos no livro. Contudo, tal hipótese 
não foi comprovada e não conseguiu grande aceitação. 
 Foi o primeiro evangelho a ser escrito. Data provável: ano 
55. As datações dos comentaristas oscilam entre os anos 50 e 69. 
 A palavra imediatamente aparece 40 vezes, ou “logo” de-
pendendo da versão. “Em seguida” também aparece com freqüên-
cia, indicando movimento constante e urgente. É o evangelho da 
ação.
Aspectos gerais
 Marcos não relata o nascimento de Jesus. Nenhuma refer-
ência ao seu nascimento se faz no seu evangelho. Há um motivo, 
pois, ninguém se interessa nas árvores genealógicas de um “es-
cravo” (servo).
 Não menciona a visita dos magos.
 Oculta a visita do menino Jesus ao templo, quando este 
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Proibida a comercializaçãotinha doze anos.
 Não menciona o Sermão do Monte. Enquanto Mateus 
dedica três capítulos inteiros a esse sermão que revela as doutrinas 
do reino.
 Não há introdução em Marcos, enquanto os demais dedi-
cam largos textos na abertura de seus livros. Seu conteúdo é breve, 
mas rico em detalhes. Demonstra testemunho ocular (de Pedro). 
 Mostra efeitos das palavras de Jesus sobre as multidões e 
os discípulos - 1.22-27; 2.12; 6.56 etc. 
 É mais cronológico é mais ordenado do que Mateus. 
 Apresenta Jesus como servo sofredor. 
“Jesus, que foi apresentado por Mateus como rei, é apresentado 
por Marcos como servo. Temo então um Rei-servo. Isso parece 
uma contradição. Contudo, é a realidade. O rei Jesus se humilhou 
ao ponto de servir a todo tipo de pessoas,chegando até a lavar os 
pés aos seus discípulos. Tal contraste pode também ser observado 
em nossas vidas. Somos chamados reis e sacerdotes (I Pd 2.9). 
Porém, não podemos deixar de ser servos (Rm 6.18). Como disse 
Salomão: príncipes como servos sobre a terra” (Ec 10.5-7).
Questionário
Marque “C” para certo e “E” para errado
____ 31) - João, cujo sobrenome era Marcos, um judeu. Seu nome 
vem do hebraico e significa “graça de Deus”. Marcos vem do latim 
e significa “martelo grande”.
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Proibida a comercialização____ 32) - O tema de Marcos se encontra registrado no capítulo 
16 verso 1: “Pois o próprio Filho do homem não veio para ser 
servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”.
____ 33) - Ao passo que Mateus dirigiu seu livro aos judeus, Mar-
cos parece ter escrito para os gregos.
____ 34) - Marcos caracteriza-se por ser o menor de todos os 
evangelhos.
____ 35) - Em contraposição ao livro de Mateus que tem 28 capí-
tulos e registra muitas 14 parábolas, Marcos tem apenas 16 capí-
tulos e relata apenas quatro parábolas.
____ 36) - Marcos relata o nascimento de Jesus. Várias referências 
ao seu nascimento se faz no seu evangelho.
A vinda do Servo
 O livro de Marcos inicia com a seguinte expressão: “princí-
pio do evangelho...”. Ao contrário de Mateus ele não apresenta os 
primeiros trinta anos de vida do mestre. Sua narrativa se desen-
volve praticamente a partir do inicio do ministério de Jesus. A 
seguir, completa “... de Jesus Cristo, Filho de Deus”. 
 Nos versos subseqüentes (1.2-7), observa-se o cumpri-
mento das profecias de Isaías na pessoa de João Batista. Nas entre-
linhas desses versos, nota-se não somente o precursor, mas tam-
bém o Servo de Deus.
 João Batista surge no cenário do deserto, batizando e 
pregando o arrependimento às multidões que desciam a ele. A 
vinda de João foi o cumprimento de Malaquias (3.1), e de Isaías 
que disse ser ele simplesmente a “voz”: “voz do que clama no de-
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Proibida a comercializaçãoserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a 
nosso Deus (Is 40.3). Era um homem diferente, de modo que ves-
tia pelos de camelo, usava um cinto de couro, e alimentava-se de 
gafanhotos e me silvestre. Contudo, foi escolhido por Deus para 
ser o precursor de Servo.
“Sua mensagem tinha um aspecto tão estarrecedor quanto à sua 
aparência”. 
O batismo de Jesus
 Em Marcos observamos o encontro de João e Jesus no rio 
Jordão. Para João, Jesus não necessitava ser batizado, pois ele não 
tinha pecado. Sua vida resplandecia o mais alto grau de pureza, a 
ponto de causar em João um sentimento de “indigno de batizá-
lo”. Logo, ele disse: “Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens 
a mim? (Mt 3.15). Contudo, Jesus salientou-o de que era-lhe 
“necessário cumprir toda a justiça”.
 Ao levantar-se da água, o Espírito Santo, em forma de 
pomba, desceu sobre ele indicando que estaria apto para cumprir 
cabalmente seu ministério terreno. E uma voz dos céus era ouvida 
por eles: “Tu és meu Filho amado, em quem me comprazo”. O Pai 
estava lhe assegurando a satisfação e aprovação por seu ministé-
rio. 
 Ao ser batizado por João, Jesus nos deixa o mais alto ex-
emplo de justiça. Pois ele a cumpriu plenamente. E revela também 
a sua humildade, ao deixar ser batizado por um homem “peca-
dor”.
O Servo no trabalho
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Proibida a comercialização Marcos apresenta um Cristo que labuta ininterruptamente 
a fim de abençoar seus discípulos. Ele apresenta Jesus: ensinando 
os que estavam em trevas, animando os sem esperanças, curando 
os enfermos, libertando os cativos e oprimidos, perdoando os 
pecadores.
Jesus escolhe quatro pescadores para se juntarem a ele (Mc 1.16-
20). Eram trabalhadores e ocupados. Marcos diz que eles ime-
diatamente deixaram as redes e o seguiram (Mc 1.18).
 Na sequência dos fatos, Jesus aparece operando muitas 
maravilhas entre as multidões: 
• Demônios eram expulsos (1.21-28);
• febre repreendida (1.29-31); 
• várias doenças curadas (1.32-34); 
• leprosos purificados (1.40-45); 
• cura do paralítico (2.1-12); 
• cura da mão ressequida (3.1-5); 
• multidões curadas (3.6-12); 
• a tempestade apaziguada (4.35-41); 
• um endemoninhado restabelecido (5.1-15); 
• fluxo de sangue estancado (5.21-34); 
• a filha de Jairo ressuscitada (5.35-43); 
• cinco mil alimentados (6.32-44); 
• Jesus caminhando sobre as águas (6.45-51); 
• muitos são curados ao tocar nele (6.53-56); 
• surdos e mudos ouvem e falam (7.31-37); 
• quatro mil são alimentados (8.1-9); 
• o cego curado (8.22-26).
 Marcos fala sobre Jesus realmente como um homem tra-
balhador. É o único que o menciona como “carpinteiro”. Conta-
nos que Jesus “tomou alguém pela mão”, e as criancinhas “em seus 
braços”; diz que ele “se condoeu”; “suspirou”; “se maravilhou”; 
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Proibida a comercialização“amou”; “irou-se”; e que “se compadeceu”.
 Em Marcos (1.21-34), enquanto Jesus ensinava na sina-
goga em Cafarnaum num dia de sábado, foi interrompido por um 
endemoninhado. O espírito imundo daquele homem foi expulso 
por ele e todos os presentes se maravilharam da autoridade que 
possuía sobre os demônios. 
Logo em seguida, Jesus vai a casa de Pedro e cura sua sogra que es-
tava com muita febre. Ainda era tarde e a multidão se aglomerava 
para vê-lo e ser curada por ele. Traziam os coxos, os endemonin-
hados, os cegos, e todos eram alcançados pelo glorioso poder do 
Salvador. Os coxos se levantavam, os cegos passavam a ver, e os 
endemoninhados eram libertos. As marcas de sofrimentos daque-
las pessoas eram transformadas em marcas de grande alegria.
Seus milagres confirmavam sua divina autoridade, eram na ver-
dade, uma declaração de que era o prometido Redentor, aquele 
de quem todos os homens necessitam. “Porque Jesus, sendo o 
próprio Deus, seus milagres se tornava tão naturais para ele como 
qualquer outra ação para nós”. A fé do povo aumentava sem prec-
edente à medida que ele realizava milagres. 
Numa manhã de domingo, um dia depois de operar todas essas 
curas, o Mestre foi em busca de um lugar reservado a fim de orar 
(1.35). À medida que seu ministério crescia, Jesus sentia maior 
necessidade de comunhão com o Pai. E quanto mais orava mais se 
aumentava a dimensão do seu ministério. Fica evidente é funda-
mental o papel da oração na vida dos ministros do evangelho. Se 
Cristo necessitou de orar, quanto mais nós precisamos fazê-lo. O 
êxito do ministério concentra-se especialmente no período dedi-
cado do à oração é o jejum.
O Servo que perdoa
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Jesus anunciava o reino numa casa a uma grande multidão. A notí-
cia se espalhou rapidamente entre os moradores daquela redon-
deza. De repente Jesus observa que um paralítico é baixado entre 
os telhados daquela casa por quatro homens. O fato é que aqueles 
homens o trouxeram com cama e tudo de um lugar distante para 
ser curado por Jesus. A fé daqueles homens foi tão grande, quenem mesmo o telhado foi capaz de impedi-los de apresentar o 
paralítico para ser curado. Quando o enfermo já estava no chão, 
Jesus se aproximou dele e disse: “Filho perdoado estão os teus 
pecados” (Mc 2.5). Jesus lhe assegurou o perdão divino antes de 
lhe conceder a cura. Pois o propósito do perdão é a cura da alma. 
Para provar seu poder de perdoar, disse novamente: “Ora, para 
que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra poder para 
perdoar pecados... a ti te digo: levanta-te, e toma o teu leito, e vai 
para sua casa” (Mc 2.10-11).
 Em Marcos 3.13-31 Jesus escolhe seus discípulos. Foram 
selecionados para estarem com ele. Essa é a vontade de Jesus para 
os seus discípulos de hoje. Que estejam diariamente em sua pre-
sença vivendo em continua comunhão com ele. Os discípulos de 
Jesus, não chamados mais de servos, e sim de amigos (Jo 15.15). 
O capítulo 4 de Marcos registra quatro parábolas:
• A parábola do semeador (4.3-20).
• A parábola da candeia (4.21-25).
• A parábola da semente germinando secretamente (4.26-
29).
• A parábola do grão de mostarda (4.30-33).
O Servo rejeitado
 Em Marcos (8. 31-15.37) encontramos a seguinte narra-
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Proibida a comercializaçãotiva: “Importava que o Filho do homem padecesse muito, e que 
fosse rejeitado pelos anciãos”. Aqui vemos o caminho de sofri-
mento e rejeição que Cristo trilhou.
 
Jesus afirmou no livro de Marcos que:
• Seria rejeitado pelos anciãos, principais sacerdotes, e es-
cribas (Mc 8.31);
• Seria traído (Mc 9.31);
• Seria morto pelos romanos (Mc 10.32-45);
• Iria ressuscitar ao terceiro dia (Mc 9.31).
 Rejeitar a Cristo constitui-se em elevada transgressão. Ao 
ouvir a mensagem do evangelho, o homem tem de escolher em 
aceitar a Cristo como seu Salvador, ou pisá-lo debaixo de seus pés. 
O povo no tempo de Jesus fez sua escolha, em nossos dias o povo 
também deve fazer a sua.
 Contudo é difícil imaginar que a maior parte da humani-
dade continue a rejeitar a pessoa de Cristo. 
O Servo crucificado
No capítulo 13, o Mestre revela o futuro aos discípulos:
• profetiza acerca do final dos tempos; 
• acerca da grande tribulação, 
• e da sua volta com poder e glória.
Os escribas, saduceus, fariseus, e os principais sacerdotes procura-
vam uma ocasião para matar a Cristo. Estes encontraram no cír-
culo fechado dos apóstolos um traidor, que o entregaria por um 
bocado de moedas.
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 Enquanto Jesus sentia pavor e angústia no Getsêmani, Ju-
das estava no Sinédrio vendendo-o por trinta moedas de prata, o 
preço de um escravo (servo). 
 Jesus foi crucificado semelhante a um escravo. Ele foi o 
Servo Sofredor, que entregou sua vida na cruz do Calvário para 
regaste da humanidade. O Servo levou nossos pecados em seu 
corpo.
 
O Servo ressuscitado
 Passado o terceiro dia, na manhã de domingo, o Servo res-
suscitou dentre os mortos. As mulheres haviam comprado aromas 
para ungirem o seu corpo. No entanto, ao entrarem no sepulcro 
receberam a notícia de que Jesus já havia ressuscitado (16.6). 
 Jesus apareceu primeiramente a Maria Madalena, aquela 
que havia expulsado sete demônios. E a comissionou de anunciar 
sua ressurreição entre os demais discípulos.
 É no evangelho de Marcos que se encontra uma das pas-
sagens mais concorridas da Bíblia, que na verdade, representa a 
comissão dada por Cristo a sua: “Ide por todo o mundo e pregai 
o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; 
mas quem não crê será condenado”. (Mc 16.16-17).
 
Questionário
Assinale com “X” a alternativa correta
37) - O livro de Marcos inicia com a seguinte expressão: 
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Proibida a comercialização___a. “princípio do evangelho...” 
___b. “princípio do cristianismo...”
___c. “princípio do mundo...”
___d. “princípio da salvação...”
38) – Jesus escolhe quatro pescadores para se juntarem a ele (Mc 
1.16-20). Eram trabalhadores e ocupados. Marcos diz que eles 
imediatamente deixaram as redes e: 
___a. correram. 
___b. fugiram.
___c. o seguiram.
___d. e foram para os barcos.
 
39) – Rejeitar a Cristo constitui-se em elevada: 
___a. benção. 
___b. perdição.
___c. maldição.
___d. transgressão.
40) – É no evangelho de Marcos que se encontra uma das passa-
gens mais concorridas da Bíblia, que na verdade, representa: 
___a. a comunhão dada por Cristo. 
___b. a comissão dada por Cristo.
___c. a consolação dada por Cristo.
___d. a benção dada por Cristo.
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Lição 4
O Evangelho de Lucas
 
Autor
 Há quem diga que Lucas, seja um apelido carinhoso dado 
a Lúcio, um dos líderes da igreja primitiva que acompanhou Paulo 
em várias viagens missionárias. Contudo, o nome Lucas (grego) 
significa “aquele que traz a luz”. Lucas foi um médico e passou a ser 
considerado historiador por que escreveu também o livro de Atos. 
Nascido em Antioquia da Síria, Lucas é o único escritor bíblico 
do qual podemos afirmar que era gentio. Segundo o prólogo de 
Antimarcionita, ele não se casou. Tertuliano e Irineu testificaram 
a autoria de Lucas ao terceiro evangelho. Irineu último registrou: 
“Lucas escreveu em um livro o evangelho que Paulo pregava.”
Características do livro
 Enquanto o evangelho de Mateus foi escrito por um ju-
deu para judeus e Marcos foi escrito por um judeu para gentios, o 
evangelho de Lucas foi escrito por um gentio para os gentios. Te-
mos, portanto, testemunhos diversos a respeito de Jesus os quais 
são vistos sob ângulos diferentes e procurando atingir objetivos 
variados. Sobre o valor dessa diversidade, é bom lembrarmos que 
muitos foram os que testemunharam sobre Jesus: os discípulos, os 
inimigos, os demônios, e, no fim dos tempos, toda língua confes-
sará que ele é o Senhor (Fp 2.10-11). 
 Lucas dirigiu o seu evangelho a Teófilo (“amigo de Deus”). 
O tratamento que lhe é conferido por Lucas, “excelente”, “exce-
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lentíssimo” ou “digníssimo”, tem levado a crer que Teófilo era um 
homem de alto escalão, que, no entanto não era aparentemente 
cristão. Lucas apresenta-lhe cuidadosamente sobre a vida, morte 
e ressurreição de Cristo, a fim de que ele pudesse crer. Diz-se que 
ele converteu-se após ler este evangelho.
 A tradição afirma que o médico amado evangelizou o a 
região sul da Europa e foi martirizado na Grécia aos 84 anos de 
idade. Por falta de cruz, foi pregado numa figueira. 
 Lucas foi escrito por volta do ano 60 d.C. As datações têm 
oscilado entre os anos 58 e 65. 
 Mateus apresenta Cristo como Rei dos judeus.
 Marcos apresenta-o como Servo de Jeová aos romanos.
 E Lucas apresenta-o como Filho do Homem aos gregos.
 O tema central do evangelho de Lucas está registrado no 
capítulo 19 e verso 10:
“Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.”

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