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Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus
Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com
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Instituto Belém
Visão
 
 O Instituto Belém pretende ser uma instituição de 
ensino superior associada à visão afetiva e comprometida 
da nossa igreja que se esforça para proclamar uma men-
sagem centrada em Deus, que busca glorifi car a Cristo, e 
ao Espírito Santo. Que se utiliza das Santas Escrituras para 
auxiliar na formação espiritual de homens e mulheres eq-
uipando-os para cumprir os propósitos do Reino de Jesus 
Cristo no século 21 e forjar discípulos fi éis para ele de toda 
raça, tribo, língua, povo e nação. 
 Propomos espalhar o conhecimento de Deus, que 
desperta não apenas o intelecto, ou o conhecimento in-
telectual, mas principalmente o amor e o desejo de viver 
numa intensa e apaixonante busca por Cristo. Esta é a 
razão da existência da nossa escola. E é esta a visão que 
desejamos compartilhar com todos.
Autor
Moisés Carneiro
Revisão
Rode Duarte
© Direitos Reservados ao Instituto Belém
Bibliologia
Curso Básico em Teologia
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institutobelem.org Pastor Moisés Carneiro
Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém
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Aplicação no estudo deste livro
 
 Você deve estar perguntando qual a melhor maneira de es-
tudar este livro e extrair o máximo possível de proveito. Ao pensar 
nisso, elaboramos alguns métodos que poderão lhe ser úteis.
Seja Motivado
 Motivação é um princípio peculiar na vida de todos os que 
anseiam alcançar um objetivo. É impossível alguém atingir o ápice 
de um grande sonho sem ter em sua bagagem o item motivação. 
Muitos já iniciaram alguma coisa, mas só obtiveram o êxito aque-
les que se mantiveram motivados até o final.
 Seja motivado para orar, para ler, para meditar, para pes-
quisar, para elaborar trabalhos e estudos bíblicos. Se sentir-se sem 
motivação busque-a através do Espírito Santo. Faça petições a 
Deus e leia sua Palavra, pois são fontes inesgotáveis para sua reno-
vação, e por final procure mantê-la acesa até findar o curso. 
“Se não existe esforço, não existe progresso.” Fredrick Douglas
Seja Organizado e Disciplinado
 a) Ore a Deus ao iniciar seus estudos e peça que lhe ajude a ter 
um maior proveito do assunto em pauta.
 b) Estude em lugares reservados.
 c) Evite ambientes com sons, ruídos e falatórios. Pois você pode 
perder sua concentração no estudo.
 d) Procure adicionar outros importantes materiais à cada lição a 
ser estudada, como por exemplo:
• Bíblias de Estudos: se possível, com traduções que sejam difer-
entes.
• Dicionários.
• Concordância Bíblica.
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• Livros: cujos assuntos sejam relacionados ao tema de cada lição.
• Lápis e bloco para anotações. 
e) Leia e estude cada matéria durante a semana, reserve pelo 
menos 1 hora por dia para fazer isso.
f) Faça anotações, especialmente àquelas que lhe causarem 
dúvidas. 
g) Responda aos questionários assim que terminar de es-
tudar cada lição. Eles irão fortalecer o assunto em sua mente.
h) Reserve períodos da semana para você elaborar trabalhos 
voltados à matéria estudada em cada mês. 
i) Formule perguntas ao professor, assim tanto você como ele fi -
carão cada vez mais abalizados no aprendizado. 
 Em suma, todos esses itens elaborados cuidadosamente 
pelo departamento de pedagogia do IB, são de um valor ines-
timável para você, desde que procure segui-los conforme se seg-
uem.
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Índice
Introdução
Lição 1
Estrutura e Divesões da Bíblia.........................................................08
Lição 2
A Necessidade das Escrituras...........................................................22
Lição 3
A Bíblia como a Palavra de Deus.....................................................36
Lição 4
Cronologia e Geografia Bíblica........................................................64
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Introdução 
 
 O que é a Bíblia? Quando, como e para quem foi escrita? 
Porque a Bíblia é um livro diferente de todos os outros livros?
 
 Estas e outras questões deverão ser estudadas nesta maté-
ria, Bibliologia.
 
 Bibliologia é o estudo dos assuntos inerentes a Palavra 
de Deus auxiliando o estudante a desvendar os mistérios e obter 
compreensão sobre a Bíblia. 
 
 Esta matéria também descortina a trajetória da Bíblia, sob 
dois aspectos: bíblico e histórico.
 
 Um dos pontos mais altos da Bibliologia é a forma impres-
sionante com que os textos foram escritos, preservados e trazidos 
até os tempos atuais.
 
 Bibliologia vem do termo grego isagoge que signifi ca con-
duzir para dentro, tendo como objetivo introduzir o estudante 
nos mistérios revelados pelo Senhor Deus através das Sagradas 
Escrituras.
 
 O Dr. Payson, em inspirada afi rmação, resume: “Quem 
destruísse este Livro, como já tentaram fazer os inimigos da feli-
cidade humana, nos deixaria profundamente desconhecedores do 
nosso Criador, da criação do mundo que habitamos, da origem 
e dos progenitores da raça, como também do nosso futuro des-
tino, e nos subordinaria para sempre ao domínio do capricho, das 
dúvidas e da concepção visionária. A destruição deste Livro nos 
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Proibida a comercializaçãoprivaria do cristianismo com todo o seu conforto espiritual, es-
peranças e perspectivas animadoras, e no lugar desses, nada nos 
deixaria a não ser a penumbra triste da infidelidade e as mon-
struosas sombras do paganismo. A destruição deste Livro despo-
voaria o céu, fechando para sempre suas portas contra a miserável 
posteridade de Adão, restaurando ao rei dos terrores o seu agu-
ilhão; enterraria no mesmo túmulo que recebe os nossos coros, 
todos os que antes de nós morreram, deixando a nós o mesmo 
triste destino. Enfim a destruição deste Livro nos roubaria de uma 
vez tudo quanto ,evita que a nossa existência se torne a maior das 
maldições; cobriria o sol; secaria o oceano e removeria a atmos-
fera do mundo moral, e degradaria o homem a ponto de ele ter 
ciúmes da posição dos próprios animais”.
 
 Para melhor compreensão da Bíblia providencie um bom 
dicionário secular, um dicionário bíblico, uma chave (ou refer-
encia) bíblica, um livro de geografia bíblica e uma enciclopédia 
bíblica. Alem dos auxílios acima citados, a Bíblia é o livro que 
deve ser lido com reverencia, em oração, para que o Espírito San-
to, que é seu maior interprete, possa atuar sobre cada um, nos 
dando a exata dimensão da vontade de Deus. 
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1 – Estrutura e divisões da Bíblia
Bíblia – o livro sagrado
 Antes do surgimento dos equipamentos gráfi cos os livros 
eram escritos a mão, em forma de rolos, em materiais como o pa-
piro ou pergaminho.
 A forma de escrita mais disseminada da antiguidade era 
com o uso do “papiro” chamado pelos gregos de “biblos”. 
 A biblia menciona o papiro diversas vezes: Ex 2.3; Jó 8.11; 
Is 18.2 e em alguns lugares a biblia menciona junco, no lugar de 
papiro. A palavra papel também é derivada de papiro.
 O papiro era uma planta qcrescia junto aos rios e o centro 
da indústria do papiro era o Egito. A entrecasca e desta planta, de-
pois de benefi ciada, formava rolos de grande extensão permitindo 
a escrita.
 Ao rolo pequeno de papiro, os gregos chamavam “biblion” 
e ao plural destes, “biblos” e a um conjunto destes era chamado de 
“Bíblia” ou livro.
 Como o papiro foi um dos principais materiais usados 
para escrever os manuscritos bíblicos, e a palavra “Bíblia” signifi ca 
“livros pequenos” ou “coleção de livros pequenos” as escrituras 
sagradas receberam então o nome de “Bíblia”. 
 Não encontramos o vocábulo “Bíblia” no texto das sagra-
das escrituras, pois o mesmo foi primeiramente aplicado por João 
Crisóstomo, grande reformador de Constantinopla, entre os anos 
398-404 (d.C.)
 De fato, a Bíblia é uma coleção de livros formando to-
dos, um volume, não muito grande como tão bem conhecemos, 
porem, harmoniosos entre si. É devido a isso que a palavra Bíblia 
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Proibida a comercializaçãosendo plural no grego passou a ser singular nas línguas modernas. 
Podemos encontrar também os vocábulos “bíblia e biblion” no 
Novo Testamento grego, mas não referente à própria Bíblia.
Bíblia: Jo 2125; IITm.4:13; AP.20:12; Dn.4:2 (hb) 
Biblion: Lc.4:17; Jo 20:30. 
 Outro material usado para escrever os manuscritos bíbli-
cos foi o pergaminho, nome relacionado com Pérgamo, cidade 
que ficou famosa pela fabricação de pergaminhos, cuja matéria-
prima era de peles de animais, sendo material bem mais durável e 
resistente que o papiro para a escrita (2 Tm 4.13). Enquanto o uso 
do papiro data do ano 3.000 a.C., O pergaminho é um material de 
uso mais recente, aplicado a partir do Novo Testamento.
A impressão 
 Nos primórdios a escrita era toda feita a mão, a imprensa 
foi inventada no final da Idade Média. O primeiro livro impresso 
foi a Bíblia, em 1452, em alemão. A partir de então, a difusão dos 
ensinos bíblicos tornou-se mais rápida e eficiente. Hoje a Bíblia é 
divulgada de diversas formas, inclusive por meio de gravação (áu-
dio), vídeos, programas de computador, Internet e outros meios.
A Bíblia é conhecida também por outros nomes como: Escrit-
uras (Mt 21.42); Sagradas Escrituras (Rm 1.2); Livro do Senhor 
(Is 34.16); A Palavra de Deus (Mc 7.13; Hb 4.12); Os oráculos de 
Deus (Rm 3.2).
Evidencias da veracidade da Bíblia
 O fato de que Deus nos deu a Bíblia é evidencia e exemplo 
de seu amor por nos, nos ensinando a manter um relacionamento 
correto com Deus, mas como podemos ter evidencias de que a 
Bíblia é mesmo a palavra infalível de Deus e não simplesmente 
um bom livro? O que é único na Bíblia que a separa dos demais 
livros escritos até hoje?
 A Bíblia é a verdadeira Palavra de Deus, divinamente 
inspirada, e totalmente suficiente para todas as questões de fé e 
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prática.
 Não pode haver duvidas sobre a veracidade bíblica, pois 
temos nossa comunhão com o Espírito Santo de Deus que comu-
nica com nosso espírito as coisas concernentes a Deus, porem tem 
ainda para base de estudo dois pontos importantes que podemos 
chamar de evidência interna e evidência externa. 
Evidencias interna
 São conteúdos do interior da Bíblia que testifi cam sua 
origem divina. 
 Uma das primeiras evidências interna é a sua unidade, 
pois como já sabemos ela é composta de sessenta e seis livros in-
dividuais, escritos em três continentes, em três diferentes línguas, 
durante um período de aproximadamente 1500 anos, por mais de 
40 autores (que tinham profi ssões diferentes), a Bíblia permanece 
como um livro unifi cado desde o início até o fi m, sem contra-
dições. Esta unidade é singular em comparação a todos os outros 
livros e é evidência da origem divina das palavras, enquanto Deus 
moveu homens de tal forma que registraram as Suas palavras. A 
Bíblia tem cerca de 40 autores, mas na verdade, por trás deles, 
ou melhor, acima deles, há um só autor: Deus. Por Sua Palavra 
Ele revela Seu caráter, Seu querer, Seus atributos, Suas promessas, 
mas, sobretudo o caminho da reconciliação do homem com Ele 
mesmo. O caminho da salvação. Em suma, Cristo. 
 A segunda evidencia é observada nas profecias contidas 
em suas paginas que são extremamente detalhadas e nunca fal-
haram em se tornar realidade. A Bíblia contém centenas de de-
talhadas profecias relacionadas ao futuro de nações individuais, 
incluindo Israel, ao futuro de certas cidades, ao futuro da humani-
dade, e à vinda de um que seria o Messias, o Salvador, não só de 
Israel, mas de todos que n’Ele cressem.
Há mais de trezentas profecias relacionadas a Jesus Cristo apenas 
no Antigo Testamento. Não apenas foi predito onde Ele nasceria 
e de qual família viria, mas também como Ele morreria e que res-
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Proibida a comercializaçãosuscitaria ao terceiro dia.
 Não existe outra maneira de explicar as profecias cumpri-
das da Bíblia a não ser reconhecendo sua origem divina. 
 Uma terceira evidência é notada na sua autoridade e poder 
únicos.
 Esta autoridade e poder podem ser vistos com mais 
clareza pela forma como inúmeras vidas já foram transformadas 
pela leitura da Bíblia. Cura, libertação e transformação de vidas 
de pessoas sem rumo, modificando criminosos de coração duro, 
repreendendo pecadores, e somente sua leitura, nenhuma outra, 
transforma o ódio em amor. A Bíblia possui um poder dinâmico 
e transformador que só é possível por ser a verdadeira Palavra de 
Deus.
Evidencias externa
A primeira evidência é o caráter histórico da Bíblia. O fato de que 
a Bíblia registra precisa e verdadeiramente eventos historicamente 
verificáveis é uma grande indicação da sua veracidade ao lidar 
com assuntos religiosos e doutrinas, ajudando a substanciar sua 
afirmação em ser a Palavra Deus.
Através tanto de evidências arqueológicas quanto de outros docu-
mentos escritos, os relatos históricos da Bíblia foram várias vezes 
comprovados como verdadeiros e precisos. Na verdade, todas as 
evidências arqueológicas e encontradas em manuscritos que vali-
dam a Bíblia a tornam o melhor livro documentado do mundo 
antigo
A segunda evidência é a integridade de seus autores humanos. 
Deus usou homens vindos de diversas profissões e ofícios para 
registrar as Sua palavra para nós.
Vida e morte destes homens testificam o fato de que a Bíblia é ver-
dadeiramente a Palavra de Deus, pois eram homens que estavam 
dispostos, a morrer (quase sempre de mortes terríveis) pelo que 
acreditavam logo se torna claro que estes homens comuns, porém 
honestos, realmente criam que era Deus quem falava com eles. Os 
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homens que escreveram o Novo Testamento e centenas de out-
ros crentes (1 Coríntios 15:6) sabiam a verdade da sua mensagem 
porque haviam visto e passado tempo com Jesus Cristo depois que 
Ele ressuscitou dentre os mortos. 
 Uma terceira e última evidência é seu “caráter indestrutív-
el”. A Bíblia sofreu mais ataques e tentativas de destruição do que 
qualquer outro livro na história. Dos primeiros imperadores ro-
manos como Diocleciano, passando por ditadores comunistas e 
até chegar aos ateus e agnósticos modernos, a Bíblia resistiu e per-
maneceu a todos os seus ataques e continua sendo o livro mais 
publicado no mundo hoje.
 Através dos tempos, céticos tiveram a Bíblia como mi-
tológica, mas a arqueologia a estabeleceu como histórica e tem 
sido a maior fontecientífi ca que comprova a infalibilidade do 
Livro Sagrado. A história da Bíblia, como chegou até nós, é en-
contrada em seus manuscritos.
Tentativa de destruição.
 Seus oponentes atacaram seus ensinamentos como sendo primi-
tivos e desatualizados, porém estes, somados os seus conceitos 
morais e legais, tiveram uma infl uência positiva em sociedades e 
culturas do mundo todo. Ela é um livro que transformou inúmeras 
vidas e culturas até o presente século e, cremos irá continuar lib-
ertando vidas que buscarem nela o refúgio para suas vidas. Ela 
continua a ser atacada pela ciência, psicologia e por movimentos 
políticos, mas mesmo assim permanece tão verdadeira e relevante 
como quando foi escrita. 
 Afi nal, Jesus disse: “Passará o céu e a terra, mas as minhas 
palavras não passarão” (Marcos 13:31). Após observar as evidên-
cias, qualquer um pode dizer sem dúvida nenhuma que “Sim, a 
Bíblia é verdadeiramente a Palavra de Deus.”
Portanto:
 Sendo a Bíblia de fato a palavra de Deus devemos então 
estimá-la, estudá-la, obedecer-lhe e nela confi ar. Dispensá-la, en-
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Proibida a comercializaçãotão, é dispensar o próprio Deus. Esta evidencia não deverá apenas 
determinar como vemos a Bíblia e sua importância para nossas 
vidas, mas também, ao final, provocar em nós um impacto eterno.
A Bíblia é, portanto a autoridade final sobre todas as questões de 
fé, prática religiosa e moral.
Divisões Gerais da Bíblia: 
2) Novo Testamento (N.T.):
A- Evangelhos: Mateus a João.
B- História da Igreja: Atos.
C- Epístolas: de Romanos a Judas.
D- Profecia: Apocalipse. 
 A Bíblia realmente é uma coleção de muitos livros que es-
tão divididos em duas seções: O Antigo e o Novo Testamento.
Para cada uma destas seções existem ainda outras divisões de 
grande importância que precisamos conhecer para melhor es-
tudar a Bíblia em geral.
1) Antigo Testamento (A.T.): 
 O Antigo Testamento conta a história do povo de Israel, 
retrata sua fé e descreve a vida religiosa dos israelitas como povo 
de Deus. É formado por 39 livros escrito na sua maior parte em 
aramaico e traduzido para o grego apenas 100 anos antes da era 
crista. Seus autores escreveram o que Deus fez por eles como povo 
e como eles deveriam adorá-lo e obedecer-lhe em resposta a seu 
amor. 
 No Antigo Testamento encontram- se narrados os 
seguintes assuntos divididos em 4 grupos:
Lei
Históricos 
Poéticos e de sabedoria 
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Profetas maiores e menores
A Lei - é representado pelo conjunto dos 05 primeiros livros da 
Bíblia escritos por Moises e recebem o nome de Pentateuco.
Os judeus geralmente se referem aos autores do Velho Testamento 
como “Moisés e os profetas” (Lucas 24: 27 e 44). 
Gênesis
Êxodo
Levíticos
Números
Deuteronômio
Históricos – 
Josué
Juízes
Rute
1samuel
2samuel
1reis
2reis
1crônicas
2crônicas
Esdras
Neemias
Ester. 
Poéticos E De Sabedoria:
Jó
Salmos
Provérbios
Eclesiastes
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Proibida a comercializaçãoCantares
Profetas Maiores: 
Isaías
Jeremias
Lamentações de Jeremias
Ezequiel
Daniel.
Profetas Menores:
Oséias
Joel
Amós
Obadias
Jonas
Miquéias
Naum
Habacuque
Sofonias
Ageu
Zacarias
Malaquias 
 Conteúdo da Bíblia Nesta seção você vai encontrar resu-
mos de cada livro da Bíblia. É evidente que, por sua brevidade, 
não são descrições completas. No entanto, podem ser úteis como 
uma referência adequada ao conteúdo da Bíblia. 
 GÊNESIS: Pode ser considerado o livro mais importante 
que já foi escrito, porque temos registrado nele o fundamento 
para toda profecia e doutrina bíblica e nos dá também o relato da 
criação, da origem e queda do homem.
Quando os homens rejeitam a autoridade de Gênesis, perdem a 
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Proibida a comercializaçãobase de toda verdade espiritual, pois literalmente não sabem de 
onde vêm e nem para onde vão.
Gênesis signifi ca origem. 
Em Gênesis nós temos a origem:
Do universo
Do nosso sistema solar
Da vida, do homem
Do pecado
Do casamento
Dos idiomas
Da indústria
Do governo
Da religião
Da nação de Israel. 
Dez vezes no livro de Gênesis somos dados a história de várias 
gerações. A palavra “geração” basicamente signifi ca origem, ou no 
contexto, o relato da origem. 
 Note as seguintes gerações: 
1.Gerações do Universo -- Gênesis 2:4. 
2.Gerações de Adão -- Gênesis 5:1. 
3.Gerações de Noé -- Gênesis 6:9. 
4.Gerações dos fi lhos de Noé -- Gênesis 10:1. 
5.Gerações de Sem -- Gênesis 11:10. 
6.Gerações de Terá -- Gênesis 11:27. 
7.Gerações de Ismael -- Gênesis 25:12. 
8.Gerações de Isaque -- Gênesis 25:19. 
9.Gerações de Esaú -- Gênesis 36:1, 9. 
10. Gerações de Jacó -- Gênesis 37:2. 
ÊXODO: signifi ca “saída”. Este livro conta como Deus livrou os 
israelitas de uma vida de penúrias e escravidão no Egito. Deus 
fez um pacto com eles e lhes deu leis para ordenar e governar sua 
vida. 
Levíticos: O nome do livro se deriva do nome de uma das doze 
tribos de Israel, Levi. O livro registra todas as leis e regulamentos 
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Proibida a comercializaçãoa respeito de rituais e cerimônias. 
 NÚMEROS: O nome do livro se deriva dos censos pro-
movidos durante os quarenta anos que os israelitas vagaram pelo 
deserto, antes de entrar em Canaã, a “terra prometida”.
 DEUTERONÔMIO: O nome do livro expressa a “reca-
pitulação” ou “segunda lei”. Moisés pronunciou três discursos de 
despedida pouco antes de morrer, recapitulando, com o povo, to-
das as leis de Deus para os israelitas.
 JOSUÉ: O livro descreve as atuações dos exércitos israeli-
tas e suas vitórias sobre seus inimigos, os cananeus.
Termina descrevendo a divisão da terra entre as doze tribos de 
Israel. 
Juízes: Os israelitas constantemente desobedeciam a Deus e caíam 
nas mãos de países opressores. Os juízes foram levantados por 
Deus para livrá-los da opressão. 
 RUTE: o tema deste livro é: amor e dedicação de uma nora 
por sua sogra. Rute e Noemi exemplo de vida por um objetivo 
maior, o amor pelo Deus de um povo.
 I SAMUEL: final do período dos juízes e inicio de um novo 
governo, monarquia. Samuel foi o líder de Israel neste período e 
ungiu a Saul, o primeiro rei. Quando a liderança de Saul falhou, 
Samuel ungiu a Davi como rei e a partir daí a historia passa a girar 
em torno do messias. 
 II SAMUEL: Sob o reinado de Davi, a nação se unificou e 
se fortaleceu. No entanto, depois dos pecados de Davi, adultério e 
assassinato, tanto a nação como a família do rei sofreram muito. 
 I REIS: Este livro inicia com o reinado de Salomão em Is-
rael. Depois de sua morte, o reino se dividiu em conseqüência da 
guerra civil entre o Norte e o Sul, resultando no surgimento de 
duas nações: Israel no Norte e Judá no Sul.
 II REIS: como um castigo ao povo pela desobediência às 
leis de Deus. Dois acontecimentos marcaram a nação:
* Israel foi conquistada pela Assíria em 721 a.C. 
* Judá, pela Babilônia, em 586 a.C.
I Crônicas: Este livro inicia com as genealogias de Adão até Davi e, 
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Proibida a comercializaçãoem seguida, conta os acontecimentos do reinado de Davi. 
 II CRÔNICAS: Este livro abrange o mesmo período que IIReis, mas com ênfase em Judá, o reino do Sul, e seus governantes. 
 ESDRAS: Este livro contém a admoestação que Esdras, 
um dos lideres do povo de Deus que retornou da babilônia de-
pois de estar cativo por algumas décadas fez ao povo para que este 
seguisse e honrasse a lei de Deus. 
 NEEMIAS: este livro narra sobre a reconstrução da mu-
ralha de Jerusalém após a reconstrução do templo. Neemias foi 
quem dirigiu esse empreendimento. Ele também colaborou com 
Esdras para restaurar o fervor religioso do povo. 
 ESTER: Este livro relata a história de uma rainha judia da 
Pérsia, que denunciou um complô que visava destruir seus com-
patriotas. Com isso ela evitou que todos fossem aniquilados. 
 JÓ: este livro traz a seguinte pergunta “Por que sofrem os 
inocentes?” e mostra que mesmo que coisas estranhas estejam ac-
ontecendo, Deus sempre reserva um fi nal vitorioso para aquele 
que esteja disposto a lhe conhecer.
 SALMOS: é o livro contado em números, não em capítu-
los, como os demais. São louvores, cânticos, orações usadas pelos 
hebreus para expressar seu relacionamento com Deus. Abrangem 
todo o campo das emoções humanas, desde a alegria até o ódio, 
da esperança ao desespero. 
 PROVÉRBIOS: Este é um livro de máximas de sabedoria, 
de ensinamentos éticos e de senso comum acerca de como viver 
uma vida reta. 
 ECLESIASTES: este livro faz perguntas que continuam 
presentes na sociedade contemporânea. O escritor é conhecido 
como “fi losofo” ou “pregador” numa busca constante por felici-
dade e pelo sentido da vida, concluindo: tudo é vaidade!
 CANTARES DE SALOMÃO: Este poema descreve o gozo 
e o êxtase do amor. Simbolicamente tem sido aplicado ao amor de 
Deus por Israel e ao amor de Cristo pela Igreja. 
 ISAÍAS: O profeta Isaías trouxe a mensagem do juízo de 
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Proibida a comercializaçãoDeus às nações, anunciou um rei futuro, à semelhança de Davi, e 
prometeu uma era de paz e tranqüilidade. 
 JEREMIAS: este livro contém a biografia e a mensagem 
de “o profeta chorão” no período dos dias obscuro do reino de 
Judá até vários anos depois do cativeiro. Embora a mensagem seja 
majoritariamente de destruição, Jeremias também falou do novo 
pacto com Deus.
 LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS: Este livro registra cinco 
“lamentos” pela cidade caída. Descreve a tomada e a destruição 
de Jerusalém. Jeremias chora diante por Jerusalém e a pergunta é: 
quem pagará por isso?
 EZEQUIEL: este livro fala sobre a mensagem de Ezequiel 
dada aos judeus cativos na Babilônia. Ezequiel usou histórias e 
parábolas para falar do juízo, da esperança e da restauração de 
Israel. 
 DANIEL: Este livro registra as visões proféticas de Daniel 
e relata como Daniel Sagradas Escrituras manteve fiel a Deus en-
frentando pressões no cativeiro. Mostra como lição pra nos hoje 
como devemos continuar louvando a Deus nas adversidades para 
que o cuidado de Deus por nos seja notado.
 OSÉIAIS: este livro mostra a experiência conjugal de Osé-
ias para mostrar como o fiel amor de Deus pelo seu povo nunca 
muda, mesmo sabendo que ela lhe era infiel.
 JOEL: este livro esta escrito de maneira enérgica e ele-
gante, chamando toda a nação ao arrependimento. Uma praga de 
gafanhotos e uma seca severa vistas como castigo pelos pecados 
do povo, alertando sobre invasões vindouras dos exércitos inimi-
gos. Bênção! Promessa do derramamento do Espírito nos últimos 
dias. 
 AMÓS: de maneira simples, porem pitoresca, este livro 
possui muitas metáforas chocantes. A fadiga da misericórdia divi-
na para com os pecadores comparada a um carro sobrecarregado. 
A pressão do dever do profeta comparada ao rugir do leão. 
Durante um tempo de prosperidade, este profeta de Judá pregou 
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aos ricos líderes de Israel sobre o juízo de Deus; insistia em que 
pensassem nos pobres e oprimidos, antes de pensarem em sua 
própria satisfação. 
 OBADIAS: este livro registra a profecia de juízo sobre 
Edom, um país visinho de Israel. A sentença de Edom por causa 
de seu orgulho, pois não permitiu que Israel passasse pelo seu país 
e se regozijara com a tomada de Jerusalém.
 JONAS: este livro revela a grande misericórdia divina 
combinada com a repreensão ao profeta. Mostra o perigo de fugir 
ao dever, a tentação do patriotismo egoísta e do fanatismo religi-
oso. Como Deus é capaz de empregar homens imperfeitos como 
canais da verdade.
 MIQUÉIAS: Livro registra a mensagem de Miquéias para 
Judá, mensagem de juízo, em vez de perdão, esperança e restau-
ração. Especialmente notável é um versículo em que resume o que 
Deus requer de nós. Mq.6:8 - ... Senão que pratiques a justiça, e 
ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus?
 NAUM: Este livro é visto por alguns eruditos como uma 
continuação do livro de Jonas, parece que os assírios, depois de seu 
arrependimento produzido pela pregação de Jonas, voltaram em 
seguida a cair numa grande idolatria e este livro tem o propósito 
de pronunciar vingança divina sobre a sanguinária cidade e con-
solar a Judá com promessas de libertação futura.
 HABACUQUE: o livro começa com o profeta perplexo, 
indagando a Deus, sobre o mistério da maldade não castigada 
no mundo. Uma serie de cinco maldiçoes são proferidas contra a 
falta de honradez, a ganância, os empreendimentos de edifi cação 
sanguinários, a libertinagem e a idolatria, de que é objeto a grande 
potencia mundial. Por fi m, uma oração, um salmo de louvor à 
majestade e gloria de Deus declara sua confi ança fi rme nos planos 
divinos.
 SOFONIAS: O livro é extremamente sombrio em sua lin-
guagem, e está cheio de ameaças e denúncias. Mas no último capí-
tulo o profeta prediz a vinda de um dia de gozo, quando os judeus 
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se converterão em um louvor entre todas as nações da terra. Dia 
em que o Senhor traria juízo a Judá e as nações vizinhas, dia de 
destruição para muitos, mas um pequeno remanescente, sempre 
fiel a Deus, sobreviveria para abençoar o mundo inteiro. 
 AGEU: neste livro as repreensões são fortes por causa do 
descuido com a construção do templo, unidas a alentadoras exor-
tações e promessas aos que estavam comprometidos com a obra. 
Exorta o povo que voltou do exílio a que dessem prioridade a 
Deus e reconstruíssem em primeiro lugar o templo, mesmo antes 
de reconstruírem suas casas. 
 ZACARIAS: Como Ageu, Zacarias viu a condição pecado-
ra e a indiferença espiritual de seu povo e através de comovedoras 
exortações, instou o povo a reconstruir o templo, assegurando-
lhes a ajuda e bênçãos de Deus. Suas visões apontavam para uma 
ESPERANÇA FUTURA ele viu através dos tempos a vinda do 
Messias Soberano e o amanhecer de um dia mais brilhante para 
Sião. “Quando a tarde chegar, haverá luz,” Zac. 14:7.
MALAQUIAS: Após o retorno do exílio, o povo voltou a descuidar 
de sua vida religiosa. Malaquias passou a inspirá-los novamente, 
falando-lhes do “Dia do Senhor”. 
II - NOVO TESTAMENTO 
 Os livros do Novo Testamento foram escritos pelos dis-
cípulos de Jesus Cristo. Eles queriam que outros ouvissem a res-
peito da nova vida que é possível através da morte e ressurreição 
de Jesus. 
 O quadro que segue mostra os diferentes grupos de livros 
que compõem o Novo Testamento. Embora os eruditos divirjam 
em suas opiniões, tradicionalmente se diz que o apóstolo Paulo 
escreveu as cartas a ele atribuídas. 
Evangelhos: 
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1. Mateus
2. Marcos
3. Lucas
4. João. 
Cartas Paulinas: 
1. Romanos
2. I Coríntios
3. II Coríntios
4. Gálatas
5. Efésios
6. Filipenses
7. Colossenses
8. I Tessalonicenses
9. II Tessalonicenses
10. I Timóteo
11. II Timóteo
12. Tito
13. Filemom
Cartas Gerais: 
1. Hebreus
2. Tiago
3. I Pedro
4. II Pedro
5. I João
6. II João
7. III João
8. Judas. 
Histórico: 
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1. Atos dos Apóstolos 
Profético:
1. Apocalipse 
 MATEUS: este livro aponta Jesus como rei e o descreve 
desde o seu nascimento até sua ressurreição e põe ênfase especial 
nos ensinamentos do Mestre, ressalta especialmente a missão de 
Cristo aos judeus e este ponto de vista está confirmado por cerca 
de sessenta referencias as profecias hebraicas e quarenta citações 
do antigo testamento que indicam que as profecias foram cum-
pridas em Cristo. A palavra reino aparece cinqüenta vezes e reino 
dos céus trinta vezes, mostrando também que Jesus de Nazaré era 
o messias da profecia hebraica.
 MARCOS: este livro aponta Jesus como servo. É o mais 
curto dos quatro evangelhos, porem, contém muitos detalhes que 
não aparecem nos demais. Embora marcos comece com uma de-
claração da divindade de Jesus o seu maior objetivo não é falar das 
profecias, mas sim, o de ressaltar as obras maravilhosas que Jesus 
realizou. 
 Seu objetivo era aprofundar a fé e a dedicação da comuni-
dade para a qual ele escrevia. 
 LUCAS: este livro aponta Jesus como “filho do Homem” e 
ressalta a amável atitude de Jesus com os pobres, humildes e mar-
ginalizados mostrando como o evangelho esta ao alcance de to-
dos. Aparece destinado a Teófilo, cuja identidade é desconhecida, 
porem a evidência interna indica que foi escrito especialmente aos 
gentios, esta dedução decorre do fato de que o escritor Sagradas 
Escrituras esforça para explicar os costumes judaicos e algumas 
vezes substituem os nomes gregos por hebraicos.
 JOÃO: este livro é considerado por muitos como o livro 
de revelação mais profunda e espiritual da Bíblia. Jesus é revelado 
como “filho de Deus” e Deus é revelado como pai de maneira que 
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não é revelado em nenhum dos evangelhos.
 ATOS DOS APÓSTOLOS: Este livro foi escrito por Lu-
cas para ser um complemento ao Evangelho de João. Ele relata 
a descida do Espírito Santo e eventos da historia da igreja crista 
primitiva, mostrando como a fé Sagradas Escrituras propagou no 
mundo mediterrâneo de então.
 ROMANOS: deixaremos agora de chamar os escritos 
bíblicos de livros e passemos a chamá-los de carta, nesta, Paulo 
fala sobre a vida no Espírito, que pela fé é dada a quem crê em 
Cristo, aquele revelado nos evangelhos. Nesta carta conheceremos 
o plano da salvação, a justifi cação pela fé, a santifi cação no Es-
pírito e os deveres cristãos e em meio à difícil situação do homem 
ele acentua as portas da misericórdia para escaparmos do juízo de 
Deus.
 I CORÍNTIOS: Esta carta trata de problemas específi cos 
que a igreja de Corinto estava enfrentando: dissensão, imorali-
dade, problemas quanto à forma da adoração pública e confusão 
sobre os dons do Espírito. Paulo mostra a necessidade de purifi car 
a igreja das divisões parciais, dos cultos aos homens e do gloriar-
se na sabedoria mundana.
II Coríntios: esta carta é uma das mais pessoais de Paulo. Nela ele 
fala principalmente sobre seu ministério, abre o coração e revela 
seus motivos, sua paixão espiritual e seu entranhável amor pela 
igreja.
 GÁLATAS: Esta carta defende a liberdade cristã em 
oposição ao ensino dos judaizantes que como falsos mestres in-
sistiam que a observância das cerimônias da lei era parte essencial 
do plano da salvação, não querendo aceitar que é somente pela fé 
que as pessoas são reconciliadas com Deus.
 EFÉSIOS: esta carta fala do propósito eterno de Deus: a 
unidade. Jesus Cristo é o cabeça da Igreja, que é formada a par-
tir de muitas nações e raças. Um só novo homem; 2:14-15; um 
só corpo, 2:16; um Espírito, 2:18; uma esperança,4:4; um Senhor, 
uma fé, um batismo, um Deus e Pai de todos, 4:5-6
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 FILIPENSES: esta é uma carta de amor espiritual à igreja, 
escrita em circunstancias difícil. Paulo estava prisioneiro, mas res-
saltava a vitoria e o gozo que o crente encontra em Cristo. Gozo 
na oração, 1:4; no evangelho, 1:18; na comunhão cristã, 2:1-2; nos 
sacrifícios pela causa, 2:17-18; no Senhor, 3:1; no cuidado entra-
nhável pela igreja, 4:10.
 COLOSSENSES: esta carta foi escrita de boa vontade para 
exortar e ensinar os crentes. Contestam também erros doutrinári-
os que surgiam da mescla de ensinos judaicos com especulação 
oriental e filosófica, heresias que tendiam a obscurecer a gloria 
divina de Cristo. Carta de aparência considerável com efésios em 
que Paulo enfatiza a igreja como o corpo de Cristo, enquanto que 
em Colossenses ele ressalta a Cristo como cabeça da igreja.
 I TESSALONICENSES: esta carta não é tão doutrinária 
ou polêmica como algumas outras e vêm recheadas de reco-
mendações, reminiscências pessoais, conselhos e exortações. A 
verdade central é a esperança futura da vinda de Cristo.
 II TESSALONICENSES: Como em sua primeira carta, o 
apóstolo Paulo fala do retorno de Jesus ao mundo. Também trata 
de preparar os cristãos para a vinda do Senhor. 
 I TIMÓTEO: Esta carta serve de orientação a Timóteo, 
um jovem líder da igreja primitiva, traz conselhos e exortações 
acerca de sua conduta pessoal e de seu trabalho ministerial
 II TIMÓTEO: Esta é a última carta escrita pelo apóstolo 
Paulo. As duas cartas a Timóteo contem exortações urgentes para 
que não fosse tímido, que não se envergonhasse de seu testemu-
nho ou de seu trabalho e que devia considerar-se como um sol-
dado em meio a uma batalha renhida. TITO: esta carta de Paulo é 
direcionada a Tito, ministro em Creta, traz conselhos e exortações 
acerca dos deveres e das doutrinas ministeriais, com ênfase es-
pecial sobre as boas obras. O orienta também a ajudar os novos 
cristãos.
 FILEMOM: esta é uma bela carta de intercessão em que 
Paulo pede a filemom o perdão e a devolução da confiança a 
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Onésimo, um escravo fugido de seu Senhor e convertido quando 
ouve o evangelho do Senhor Jesus, pregado por Paulo.
 HEBREUS: Esta carta é anônima, tem sido atribuída a 
Paulo, barnabé, Lucas, Apolo, entre outros. Mas o que importa é 
o conteúdo que escrito aos cristãos hebreus convertidos que esta-
vam em perigo constante de voltar ao judaísmo ou às observân-
cias cerimoniais. O propósito doutrinário do escritor era de mos-
trar a glória transcendente da era crista em comparação com a do 
Antigo Testamento. 
 TIAGO: Tiago aconselha os cristãos a viverem na prática 
sua fé e, além disso, oferece idéias que isso pode ser feito através 
da verdadeira religião.
 I PEDRO: Esta carta foi escrita por Pedro em obediência 
à duas ordens especifi ca dadas por Jesus, animar e fortalecer aos 
irmãos e alimentar o rebanho de Deus que estavam sendo perse-
guidos por causa de sua fé. 
 II PEDRO: Nesta carta o apóstolo Pedro traz uma ad-
vertência acerca dos falsos mestres e dos escarnecedores. Estimula 
os irmãos a continuarem leais a Deus. Dá também uma grande 
ênfase a palavra de Deus e a certeza do cumprimento das promes-
sas divinas.
 I JOÃO: Esta carta explica verdades básicas e constrange 
oscrentes a viverem em santidade e amor fraternal, porque Deus 
é vida, luz e amor perfeito.
 II JOÃO: Esta carta torna-se um discurso sobre a verdade 
e o erro, escrita para advertir a amigos contra a heresia e a asso-
ciação com falsos mestres. 
 III JOÃO: esta carta foi escrita para Gaio, homem de 
identidade ignorada tudo o que se sabe dele são suposições, 
porem homem digno do carinho de João, um cristão praticante, 
verdadeiro, hospitaleiro. A carta também fala da necessidade de 
receber os que pregam a Cristo.
 JUDAS: carta escrita por um único motivo: exortar os 
crentes acerca da fé, devido à invasão de mestres imorais e heréti-
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cos. 
 APOCALIPSE: Este é o único livro da Bíblia que contem 
uma promessa aos leitores obedientes e uma maldição sobre os 
que alteram seu conteúdo. 
Sete é o numero dominante: sete candeeiros, sete igrejas, sete se-
los, sete anjos, sete trombetas, sete tronos, sete taças, sete espíritos, 
sete estrelas, etc.; e sete “não mais”. Contrasta com o Genesis que 
fala da criação do sol, da entrada do pecado no mundo, da proc-
lamação da maldição, do triunfo de Satanás, e da exclusão da “ár-
vore da vida”. Apocalipse fala de um lugar onde não haverá pecado 
nem maldição, onde Satanás será vencido, e o acesso à “árvore da 
vida” será livre. Vitorioso é o CORDEIRO mencionado cerca de 
trinta vezes, usando símbolos e visões ilustram-se o triunfo do 
bem contra o mal e a criação de uma nova terra e um novo céu.
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2 - A necessidade das escrituras 
 A Bíblia é a revelação especial de Deus para o homem e 
por milênios esta revelação se deu por meio das suas obras, isto 
é, a criação (Rom.1:20; Sl.19:1-6). Mas segundo o seu propósi-
to chegou o tempo em que Ele desejou alcançar o homem ou o 
coração do homem com uma revelação maior, o que fez de forma 
dupla: 
 Palavra Viva (Cristo) – Jo.1:1
 Palavra escrita (Bíblia- o livro)
 Desse modo, o estudo das Sagradas Escrituras torna-se o 
principal meio do homem natural tomar conhecimento de Deus, 
da sua vontade e do propósito de santifi cação a todos os salvos.
 Há quatro propósitos em se estudar as Sagradas Escrituras:
 Preparar o crente para responder àqueles que lhe pedem a 
razão da esperança que nele há (I Pe.3:15)
 Faz o obreiro aprovado quanto ao correto manejo da pala-
vra da verdade (II Tm. 2:15)
 Acresce a fé do crente, quanto ao fato de que as Sagradas 
Escrituras seja a infalível Palavra de Deus (Is. 34:16)
 Da luz e entendimento aos simples (Sl.119:130)
 
I - Porque devemos estudar a Bíblia 
 A necessidade de estudar as Sagradas Escrituras esta im-
plícita nos seguintes textos:
 I Pe.3:15 – (esse tipo de preparo vem pelo estudo das es-
crituras)
II Tm. 2:15
Is. 34:16
 Porque ela é o único manual do crente na vida crista e no 
trabalho do Senhor. O crente Foi salvo para servir ao Senhor (I 
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Proibida a comercializaçãoPe. 2:9; Ef. 2:10). Sendo a Bíblia o manual do cristão é imperioso 
que este maneje-a bem para o eficiente empenho de sua missão. 
Essa eficiência não é automática, mas vem pelo estudo e pratica. O 
crente que conhece devidamente a palavra de Deus tem uma das 
promessas registrada em Is. 55:11 “...assim será a palavra que sair 
da minha boca; não voltara para mim vazia, mas fará o que me 
apraz e prosperará naquilo para que a designei”
 Ela alimenta a nossas almas. Não há duvidas que nutrição 
e crescimento espiritual sejam resultados positivos que alcança-
mos ao dedicarmos tempo estudando ou meditando na palavra 
de Deus. Ela é tão essencial a alma como o pão é ao corpo em I 
Pe.2:2 a Bíblia fala do intenso apetite dos recém-nascidos e assim 
deve ser o nosso apetite pela palavra de Deus , porque isso é sinal 
de saúde espiritual. 
 Ela é o instrumento que o Espírito Santo usa. Para ser-
mos instrumentos usados pelo Espírito Santo na obra do Senhor 
é necessário que a palavra domine em nossos corações e para 
isso precisamos meditar nela de dia e de noite como nos sugere o 
salmista no salmo 1:2 e js.1:8. 
 Ela traz benefícios para nossa vida. Ela é o requisito pri-
mordial as respostas de nossas orações, pois nela estão inseridas 
todas as promessas para o crente e quando oramos apoiando nos-
sa fé na palavra, a própria palavra ira produzir fé em nós e mostrar 
a vontade Deus para que nossas petições sejam feitas de acordo 
com a vontade Deus, assim sendo orando segundo a vontade de 
Deus, a resposta será certa não importando as circunstancias.
 Ela enriquece espiritualmente a vida do crente entre as 
riquezas derivadas da Bíblia está a formação do caráter ideal, a 
formação da vida cristã, a melhor diretriz de princípios e conduta 
humana. A falta de orientação correta espiritual dentro da pala-
vra de Deus especialmente aos novos convertidos e as crianças 
resultará em inúmeras vidas desequilibradas e doentias pelo resto 
da existência as quais só um milagre de Deus pode reajustar. Pes-
soas assim ferem-se a si mesmas e aos demais ao redor. Tudo o 
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Proibida a comercializaçãoque Deus tem para o homem e requer do homem e tudo o que o 
homem precisa saber quanto a sua redenção, conduta cristã e feli-
cidade eterna estão reveladas na Bíblia. Tudo o que o homem tem 
a fazer é tomar o livro e apropriar-se dele pela fé.
II - Como devemos estudar a Bíblia?
 Leia a Bíblia conhecendo seu autor. Esta é a melhor ma-
neira de estudar a Bíblia, pois ela é o único livro cujo autor está 
presente quando se o lê. Ler simplesmente a Bíblia não é o sufi -
ciente, pois ela se torna um livro simples e complexo, fácil e difícil 
ao mesmo tempo, porque deve ser lida com amor ao autor. O au-
tor de um livro pode explicá-lo como ninguém. Quem não ama 
a Deus, não terá fé para crer em suas palavras. Aos pés do mestre 
ainda é o melhor lugar para os alunos. (Lc.10:39)
 Leia a Bíblia diariamente. O crente não pode esperar ser 
alimentado apenas na hora da leitura ofi cial na igreja, alimentação 
feita pelas mãos do Pastor. É estimado que 90% dos crentes não são 
leitores diários da Bíblia, por isso, não é de admirar haver tantos 
destes frios e fracos na fé. Mais do que isto ainda, crentes anões, 
raquíticos, mundanos, carnais e indiferentes, nervosos, iracun-
dos. É justo e próprio ler outras literaturas que não seja a Bíblia, 
porem gastar todo o tempo com outras literaturas e esquecer-se 
da Bíblia leva o crente ao esfriamento e perda do apetite pela pa-
lavra de Deus.
 Dt. 17:19 - E o terá consigo, e nele lerá todos os dias da sua 
vida, para que aprenda a temer ao Senhor seu Deus, e a guardar 
todas as palavras desta lei, e estes estatutos, a fi m de os cumprir;
Leia a Bíblia com a melhor atitude mental e espiritual. 
 A atitude de extrema importância para o êxito no estudo 
bíblico é:
 Estudar a Bíblia como a palavra de Deus e não como ap-
enas como uma obra literária qualquer.
 Estudar com o coração e em atitude devocional; e não ap-
enas com o intelecto
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Proibida a comercializaçãoAs riquezas da Bíblia são para os humildes que temem ao Senhor 
(Tg.1:21) e quanto maior for a nossa comunhão com Deus, mais 
humildes seremos. É preciso ler a Bíblia sem duvidar do seu en-
sino,porque a dúvida cega o leitor. (Lc.24:25)
Leia a Bíblia com oração e meditação.
 O caminho ainda é o mesmo, assim como foi com Davi 
(Sl.119:12-18) e Daniel (Dn.9:21-23)no passado. Na presença do 
Senhor em oração as coisas incompreensíveis são esclarecidas 
(Sl.73:16-17) e a meditação aprofunda o sentido.
Leia a Bíblia toda.
 Visto que a revelação de Deus mediante a palavra é pro-
gressiva devemos lê-la toda. Mesmo que lendo toda a Bíblia isso 
não quer dizer que vamos compreendê-la toda de uma vez, pois a 
palavra de Deus é infinita e se renova a cada manhã, não havendo 
ninguém no mundo que a esgote. Todas as dificuldades encon-
tradas na Bíblia são decorrentes do lado humano, porque todos 
somos sempre alunos (Rm. 11:33-34; I Cor.13:12; Dt. 29;29). O 
Espírito Santo que conhece as profundezas de Deus pode ir rev-
elando o conhecimento da verdade à medida que buscamos a sua 
face e andamos mais perto dele. 
III - O tema central da Bíblia
 A Bíblia tem cerca de 40 autores, mas na verdade, por trás 
deles, ou melhor, acima deles, há um só autor: Deus. Por Sua Pala-
vra Ele revela Seu caráter, Seu querer, Seus atributos, Suas promes-
sas, mas, sobretudo o caminho da reconciliação do homem com 
Ele mesmo. O caminho da salvação. Em suma, Cristo. Ele mesmo 
declara em Lc.24:44 - Depois lhe disse: São estas as palavras que 
vos falei, estando ainda convosco, que importava que se cumprisse 
tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas 
e nos Salmos. E em S.João. 5:39. Examinais as Escrituras, porque 
julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de 
mim.
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Jesus é a revelação encarnada de Deus (Cl 1:15; Hb 1:2), e a Bíblia, 
em resumo, fala de Cristo. O centro do Velho Testamento é a 
história de Israel, Jesus aparece tipifi cado, prometido e profeti-
zado (Nm 21:6-9; Ex 12; Is 7:14; Is 9:6); nos Evangelhos Ele está 
vivo, e na Igreja (epístolas do Novo Testamento) ele está sendo 
ensinado, vivido e aplicado. 
 Tomando o Senhor Jesus Cristo como o centro da Bíblia, 
podemos resumir os 66 livros em quatros grupos referentes a ele:
Preparação. . . ANTIGO TESTAMENTO. Ele trata da preparação 
para o advento do Senhor Jesus Cristo.
 Manifestação. . . OS EVANGELHOS. Eles tratam da en-
carnação, manifestação e vida de Jesus.
Explanação. . . EPISTOLAS. Elas dão a explanação da doutrina 
de Cristo.
 Consumação. . . APOCALIPSE. Trata da consumação de 
todas as coisas preditas através de Cristo.
 Portanto a Bíblia sem Jesus seria como a física sem a ma-
téria e a matemática sem os números.
Cristo de Genesis a apocalipse.
Gênesis - é o descendente da mulher (3.15); 
Êxodo - o cordeiro pascal (12.1-5); 
Levítico - sacrifício perfeito (4.13-21); 
Números - aquele que foi levantado para nossa cura e redenção e 
rocha ferida (21.9; 20.7-13); 
Deuteronômio - é o verdadeiro profeta (18.18-22); 
Josué - é o capitão de nossa salvação e príncipe dos exércitos do 
Senhor (5.13-15); 
Juizes - é o nosso libertador (3.9); 
Rute - é o parente resgatador (3.8-18 e Tt. 2.14); 
Samuel - é o Rei esperado da Nação (1Sm. 8.5); 
Reis - é o Rei prometido (1Rs. 4.34); 
Crônicas - é o descendente de Davi (1Cr. 3.10); 
Esdras - é o ensinador divino (7.10); 
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Proibida a comercializaçãoNeemias - é o reconstrutor (2.18-20); 
Ester - é a providência divina (4.14); 
Jó - é o nosso redentor que vive (19.25); 
Salmos - é o nosso socorro e alegria (46.1); 
Provérbios - é a sabedoria de Deus (8.22-36); 
Eclesiastes - é o pregador perfeito (12.10); 
Cantares - é o nosso Amado (2.8); 
Isaías - é o servo do Senhor (42.1); 
Jeremias - é o Senhor dos Exércitos (31.18); 
Lamentações - é o Consolador de Israel (1.2); 
Ezequiel - é o Senhor que reinará (33); 
Daniel e Joel - é o Juiz das nações (Jl. 3.12); 
Amós - é o Deus do fogo (1.4); 
Obadias - é o Salvador (21); 
Jonas - é a salvação do Senhor (2.9); 
Miquéias - é o Ajuntador de Israel (2.13); 
Naum - é o cavaleiro da Espada Flamejante (3.3); 
Habacuque - é o puro de olhos (1.13); 
Sofonias - é o pastor de Israel (3.13); 
Ageu - é o que faz tremer os céus e a terra (2.6,7); 
Zacarias - é o renovo (6.12); 
Mateus - é o Rei e Messias (2.6); 
Marcos - é o servo de Deus (15.9); 
Lucas - é o Filho do Homem (12.8); 
João - é o Filho de Deus (1.14); 
Atos - é o Cristo Ressurreto (2.24); 
Romanos - é a Justiça de Deus (8.30); 
I Coríntios - é o Cristo crucificado (1.23); 
II Coríntios - é a Imagem de Deus (4.5); 
Gálatas - é o Cristo que liberta (5.1); 
Efésios - é a cabeça da Igreja (4.15); 
Filipenses - é o viver (1.21); 
Colossenses - é o homem perfeito (1.28); 
I e II Tessalonicenses - é o senhor que virá (1Ts. 4.14; 2Ts. 2.1) 
I Timóteo - é a Nossa Esperança (1.1.); 
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II Timóteo - é o Nosso General (2.1); 
Tito - é o Nosso Salvador (3.6); 
Filemom - é o Doador do bem (v. 6); 
Hebreus - é o Sacerdote Eterno (7.3); 
Tiago - é o Legislador (4.12); 
I Pedro - é o Rei (2.17); 
II Pedro - é o nosso Senhor (1.2); 
I João - é o Cristo (5.1); 
II João - é o fi lho do pai (v.3); 
III João - é a verdade (v.4); 
Judas - é o único dominador e Senhor (v.4); 
Apocalipse - é o Alfa e o ômega (2.13). 
Cristo sempre se faz presente em todos os momentos da história. 
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3 - A Bíblia como a Palavra de Deus 
 Cânon ou Escrituras Canônicas é a coleção completa dos 
livros divinamente inspirados, constituindo a Bíblia.
 Cânon é uma palavra grega que significa vara reta de 
medir, assim como uma régua de carpinteiro. A palavra aparece 
no original em Ez 40.5. 
 No sentido religioso, cânon significa norma, regra. Com 
esse sentido, aparece no original em vários textos do Novo Testa-
mento (Gl 6.16; 2 Co 10.13, 15; Fp 3.16). A Bíblia é a nossa norma 
ou regra de fé e prática. 
 O termo cânon foi empregado pela primeira vez por 
Orígenes (185- 254 d. C.), um teólogo cristão de Alexandria, es-
critor de grande erudição. 
I - Cânon do antigo testamento
 O Cânon do Antigo Testamento foi fixado e reconhecido 
por volta do ano 90 a.C., em Jâmnia, perto da atual Jafa, na pales-
tina, num concilio sob a presidência de Joanan Bem Zakai. O tra-
balho desse concílio foi apenas ratificar o que já era aceito, como 
sagrado, por todos os judeus através dos séculos.
 Houve muitos debates acerca da aprovação de certos livros
 Os trinta e nove livros do Antigo Testamento foram escol-
hidos da seguinte forma:
* As revelações divinas eram comunicadas verbalmente, 
contudo os autores sagrados foram orientados a registrarem de 
forma escrita algumas daquelas mensagens para que ficassem 
para a posteridade. (Ex 17:14; Ex 24; 4 e 7; Ex 34:27-28; Nm 33:2; 
Dt 31;22-24; Js 1:8; I Rs 4:1-3; I Cr 29:29; Is 30:8; Jr 30:2; Jr 36:2-4; 
At 7:38).
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Proibida a comercialização* O Cânon foi um gradual reconhecimento pelos judeus da 
autoridade divina presente em alguns livros então escritos. Esta 
coleção de escritos, que de certa forma já estava canonizado, no 
sentido de serem escritos sagrados, acabou sendo aprovada, agru-
pada e fi xada pelo concilio da igreja.
* Para que fossem defi nidos quais seriam os livros que se 
tornariam canônicos algumas perguntas teriamque ser feitas e 
respondidas, como princípios:
1- Este escrito tem autoridade divina?
2- Foi escrito por um homem de Deus? É autentico?
3- Tem poder de transformar vidas?
4- Foi aceito pelo povo de Deus, lido e usado como regra de 
vida e fé?
* Após estas analises vem o teste mais precioso e verdadei-
ro de canonicidade que é o testemunho do Espírito Santo que dá 
autoridade de sua própria palavra, provocando uma resposta de 
reconhecimento, fé e submissão no coração do servo de Deus
 A canonicidade não era uma qualidade “atribuída” aos liv-
ros por testes humanos, como quer afi rmar a igreja católica, pois 
como exemplo, quando uma criança reconhece seu pai em uma 
multidão, não lhe acrescenta nenhuma qualidade de parentesco, 
mas apenas confi rma um relacionamento intenso já existente. 
 Os primeiros livros reconhecidos como sagrados foram:
1. A Lei (Ne 8:1; Sl 119). Veja quão cedo foi esta aprovação e 
uso em Josué 1:7-8. mesmo que esquecida com o passar do tempo, 
levando o povo à idolatria e ao pecado em Israel, foi novamente 
encontrada durante o reinado de Josias, trazendo gozo e quebran-
tamento à nação por volta de 620 a.C. (II Cr 34:14-33). 
2. Profecias registradas provaram ser divinas pelo seu fi el 
cumprimento e então foram aceitas como “inspiradas” e “canôni-
cas” (Jr 36:6; Zc 1:4-6; Zc 7:7; Dn 9:1). 
3. “Escritos” este foi o terceiro grupo de livros aceitos como 
sagrados foram compostos e aceitos em tempos diversos (Lc 
24:44). 
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Proibida a comercializaçãoII - Cânon do Novo Testamento 
 Este teve seu reconhecimento e fixação no III concilio de 
Catargo, no ano 397 d.C.. Nesta ocasião incluindo os 27 livros que 
compõem o Novo Testamento. Porem nestes 400 anos de historia 
da igreja os livros e cartas era lido pelos crentes em suas reuniões, 
como referencia de fé e doutrina, por isso que como no caso do 
Antigo Testamento, o concilio somente confirmou como sagrado 
o que na realidade já o era.
 Os livros do Novo Testamento precisavam ter a autoridade 
de um apostolo e tinham que ser escritos ou sustentados por um 
deles. Pedro por exemplo, é considerado apostolo e alem de es-
crever duas cartas, apoiou os escritos de Marcos e Lucas.
Os livros tinham que ser aceitos pelas comunidades cristãs da 
época e se assim não fosse não poderia ser admitido como parte 
do Cânon.
1 Provas da inspiração bíblica
I - Falsas teorias 
 A estratégia do inimigo contra a Bíblia até poucos tempos 
era destruí-la, como não conseguiu, mudou de estratégia, e em 
nossos dias tenta perverter a mensagem das Escrituras, usando 
para isso seitas e doutrinas falsas que proliferam teorias falsas so-
bre a inspiração divina, levando os incautos ao engano. Por isso, a 
palavra de Deus é clara quando diz que o povo erra por não con-
hecer as escrituras. Devemos, pois estar precavidos e não ignorar 
as artimanhas diabólicas. 
 Existem várias teorias, dentre as quais podemos destacar:
* Teoria da inspiração Natural.
* Teoria da inspiração Parcial.
* Teoria da inspiração Divina Comum.
1 Teoria da Inspiração Natural
 Essa teoria nega o sobrenatural e ensina que a Bíblia foi 
escrita por homens de inigualável inteligência. Tais como foram 
Sócrates, Shakespeare, Camões, Rui Barbosa entre outros.
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Proibida a comercializaçãoPois os próprios escritores reivindicam que era Deus quem falava 
através deles. Disse Davi: “O Espírito do Senhor fala por meu in-
termédio, e a sua palavra está na minha língua” (II Sm.23:2).
O profeta Jeremias escreveu: “Depois estendeu o Senhor a mão, 
tocou-me na boca, e me disse: Eis que ponho na tua boca as min-
has palavras” (Jr.1:9).
2 Teoria da Inspiração Parcial.
 A teoria da inspiração parcial ensina que a Bíblia não é 
a palavra de Deus, apenas contém a palavra de Deus, sendo que 
partes da Bíblia são inspiradas, outras não.
Se esta teoria fosse verdadeira, a Bíblia seria uma grande Babel, 
porque quem poderia dizer quais são as partes inspiradas e as que 
não são? As Escrituras refutam isso: “Toda a Escritura é inspirada 
por Deus...” (II Tm.3:16) com objetivos certos.
3 Teoria da Inspiração Divina Comum
 Essa teoria ensina que a inspiração da Bíblia é a mesma que 
hoje nos vem quando oramos, pregamos, cantamos etc.; dando a 
entender que qualquer cristão hoje com maior ou menor nível de 
inspiração seria capaz de escrever outra Bíblia.
 Esta inspiração admitiria gradação, pois o crente pode ser 
inspirado em maior ou menor intensidade pelo Espírito Santo.
Mas a inspiração dos escritores da Bíblia não admite graus, o es-
critor era ou não era inspirado, e esta inspiração era temporária. 
“Veio expressamente a palavra do Senhor a Ezequiel, fi lho de Buzi, 
o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quedar, e ali esteve 
sobre ele a mão do Senhor” (Ez.1:3). “Veio a mim a palavra do 
Senhor, dizendo...” (Ez.34:1).
 Existem outras tantas teorias falsas que deveriam ser ref-
utadas, porém fi camos apenas com estas. Estas são apenas para 
você saber que há muitos pensamentos humanos contrários a in-
spiração divina das Escrituras.
II - A Teoria correta da Inspiração Divina da Bíblia
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A teoria correta ensina que todas as partes são igualmente inspira-
das, os escritores não funcionaram como robôs, mas sim que a 
poderosa operação do Espírito Santo os capacitou para que com 
seus próprios vocabulários escrevessem a palavra de Deus. Esta 
teoria é chamada de:
1. Teoria da Inspiração Plena ou Verbal
É-nos impossível a explicação de como Deus agiu no homem, 
para este fim. Entendemos somente que foi um glorioso mistério 
o perfeito entrosamento entre o Espírito de Deus e o espírito do 
homem. 
“Sabendo, primeiramente, isto, que nenhuma profecia da Escritura 
provém de particular elucidação; porque nunca qualquer profecia 
foi dada por vontade humana, entretanto homens santos falaram 
da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo” ( II Pe. 1:20-21).
Floreal Ureta em seu livro Elementos de Teologia Cristã, p. 28, 
faz um resumo do que G.H. Lacy fala sobre a Inspiração Plena: 
“Segundo a teoria da inspiração plena, os autores estiveram sob 
a superintendência do Espírito Santo e dele recebiam a revelação 
(...) e ao escreverem seus livros foram tão infalivelmente guiados 
por ele que não escreveram nada de errôneo.”
III - Livros Apócrifos
 Na época do chamado “silêncio profético” (após 400 a.C.), 
muitos livros históricos e poéticos circulavam entre os judeus. En-
tre estes, alguns eram reconhecidamente sagrados, outros recon-
hecidamente espúrios, e uns poucos duvidosos quanto à sua na-
tureza. Para este julgamento, os judeus usaram alguns critérios: 
1. Está o conteúdo deste livro em conformidade doutrinária 
com a Lei? 
2. É fiel historicamente?
3. Foi escrito até o tempo do profeta Malaquias? 
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Proibida a comercialização Considerava-se que Deus falara até o profeta Malaquias, 
e depois disto viera o “silêncio profético”. Foi neste tempo, por 
volta do ano 250 a.C., que um grupo de 70 sábios judeus, na ci-
dade egípcia de Alexandria, ao traduzir o cânon hebraico para o 
grego, adicionou à Lei e aos Profetas já reconhecidos como sagra-
dos mais alguns livros sobre os quais não se tinha ainda chegado 
a uma defi nitiva conclusão com respeito à sua canonicidade. Esta 
versão chamou-se “Septuaginta”. Só mais tarde aqueles livros de 
caráter duvidoso foramconsiderados espúrios pelos judeus, mas 
o cânon da Septuaginta já era consagrado e usado por muitos gru-
pos religiosos. 
 No ano 90 a.D., no concílio de Jâmnia, os judeus defi ni-
tivamente rejeitaram a canonicidade dos livros apócrifos e fi xam 
o seu cânon. Aqui, no entanto já claramente reconhecemos dois 
cânones espalhados pelo mundo, o judeu e o grego, a Septuaginta. 
Jerônimo, entre 385 e 405 a.D., traduziu para o latino cânon da 
Septuaginta e esta era a versão universal católico-romano (Vul-
gata Latina). Na reforma, Lutero foi ao hebraico, e surpreendeu-se 
não encontrando ali os apócrifos, fazendo então uma nova versão 
para o alemão, do cânon judaico. Em 1546, no concílio de Trento, 
como contra-reforma, a Igreja Católica confi rmou o cânon da 
Vulgata Latina e emitiu anátemas contra a sua rejeição. 
Livros Apócrifos ou Não Canônicos
Apócrifo, palavra grega, apokrypha, que signifi ca oculto, es-
condido, nome usado, no sentido religioso, como os livros “não 
genuínos”, “espúrios”, não reconhecidos como inspiração divina, 
quer pela comunidade judaica, quer pela cristã evangélica, é bom 
lembrar também que Jesus não citou nenhum texto dos apócrifos. 
É necessário lembrar que o principal motivo para excluir-lhes é a 
ausência total da revelação divina.
Estes livros foram escritos em grego, nos 400 anos do Período In-
terbíblico, isto é, entre Malaquias e Mateus, ou entre o Antigo e o 
Novo Testamento, mas todos eram mais ou menos aceitos pelos 
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Proibida a comercializaçãojudeus de Alexandria e de outros lugares que liam o grego, alguns 
são citados no Talmude, um registro das discussões rabínicas 
pertencentes à lei, etica, costumes e histórias do judaismo.
A palavra, apócrifo, é usada também para determinar:
* Assuntos secretos, ou misteriosos
* De origem ignorada, falsa ou espúria
* Documentos não canônicos.
Estes livros foram aceitos antes do concilio de Trento, pela Igreja 
Romana e aprovados em 18 de abril de 1546, como mecanismo de 
combater a Reforma Protestante. Os apócrifos somam o total de 
10 livros e 4 acréscimos que são:
* Tobias
* Judite
* Sabedoria de Salomão
* Eclesiástico
* Baruque
* 1 Macabeu
* 2 Macabeu
* Ester (acréscimo ao livro Ester, 10.4 - 16.24)
* Cântico dos três Santos Filhos (acréscimo ao livro de Dan-
iel, 3.24-90)
* História de Suzana (acréscimo ao livro de Daniel, cap.13)
* Bel e o Dragão (acréscimo ao livro de Daniel, cap. 14).
Os demais são:
* III Esdras,
* IV Esdras,
* A Oração de Manassés.
Ordem usual dos livros apocrifos:
I (ou III) de Esdras: é simplesmente a forma grega de Ezra, e o 
livro narra:
* O declínio e a queda do reino de Judá desde o reinado de 
Josias até à destruição de Jerusalém;
* O cativeiro de Babilônia
* A volta dos exilado
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Proibida a comercialização* A participaçao de Esdras na reorganização da política ju-
daica.
* Amplia a narração bíblica, porém estas adições são de au-
toridade duvidosa. O historiador Josefo é o continuador de Es-
dras. Ignora-se o tempo em que foi escrito e quem foi o seu autor.
II (ou IV) de Esdras: 
O autor destes capítulos é desconhecido, mas um livro com es-
tilo inteiramente diferente de 1º de Esdras, pois deixa de ser uma 
história passando a ser um tratado religioso, muito no estilo dos 
profetas hebreus. O assunto central, compreendido nos caps. 3-14, 
tem como objetivo registrar as sete revelações de Esdras em Ba-
bilônia, algumas das quais tomaram a forma de visões:
* a mulher que chorava, 9.38, até 10.56;
* a águia e o leão, 11.1 até 12.39; que é expressamente ba-
seada na profecia de Daniel (2º Esdras 12.11), parece referir ao 
Império Romano, e a data de 88 A.D. até 117 A.D. é geralmente 
aceita.
* o homem que se ergueu do mar, 13.1-56. 
A palavra “Jesus”, que se encontra no cap. 7.28, não está nas 
versões orientais. Os primeiros dois e os últimos dois capítulos de 
2º Esdras não se encontram nas versões orientais, nem na maior 
parte dos manuscritos latinos. Pertencem a uma data posterior à 
tradução dos Setenta que já estava em circulação, porquanto os 
profetas menores já aparecem na ordem em que foram postos na 
versão grega, 2º Esdras, 1.39, 40. Os dois primeiros capítulos con-
têm abundantes reminiscências do Novo Testamento e justifi cam 
a rejeição de Israel e sua substituição pelos Gentios, 2º Esdras, 
1.24,25,35-40; 2.10,11,34), e, portanto, foram escritos por um cris-
tão, e, sem dúvida, por um judeu cristão.
Tobias: é manifestamente um conto moral e não uma história real. 
A data mais provável de sua publicação é 350 ou 250 a 200 A.C.
contém a narração da vida de certo Tobias de Neft ali, homem 
piedoso, que tinha um fi lho de igual nome, O pai havia perdido 
a vista. O fi lho, tendo de ir a Rages na Média, para cobrar uma 
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Proibida a comercializaçãodívida, foi levado por um anjo a Ecbatana, onde fez um casamen-
to romântico com uma viúva que, tendo-se casado sete ve¬zes, 
ainda se conservava virgem. Os sete maridos haviam sido mor-
tos por Asmodeu, o mau espírito nos dias de seu casamento. To-
bias, porém, foi animado pelo anjo a tornar-se o oitavo marido 
da virgem-viúva, escapando à morte, com a queima de fígado de 
peixe, cuja fumaça afugentou o mau espírito. Voltando, curou a 
cegueira de seu pai esfregando-lhe os escurecidos olhos com o fel 
do peixe que já se tinha mostrado tão prodigioso. 
Judite: É mesmo para se duvidar que exista alguma cousa de ver-
dade neste livro; talvez que o seu autor se tenha inspirado nas 
histórias de Jael e de Sisera, Jz 4.17-22. Trata-se de uma narrativa, 
com pretensões a história, que conta o modo como uma viúva 
judia, de temperamento masculino, se recomendou às boas graças 
de Holofernes, comandante-chefe do exército assírio, que sitiava 
Betúlia. Aproveitando-se de sua intimidade na tenda de Holofern-
es, tomou da espada e cortou-lhe a cabeça enquanto ele dormia. A 
narrativa está cheia de incorreções, de anacronismos e de absurd-
os geográficos. A primeira referência a este livro, encontra-se em 
uma epístola de Clemente de Roma, no fim do primeiro século. 
Porém o livro de Judite data de 175 a 100 A. C., isto é, 400 ou 
600 anos depois dos fatos que pretende narrar. Dizer que naquele 
tempo Nabucodonosor reinava em Nínive em vez de Babilônia 
não parecia ser grande erro, se não fosse cometido por um con-
temporâneo do grande rei.
Ester: A opinião geral é que o livro foi obra de um judeu egípcio 
que a escreveu no tempo de Ptolomeu. Filometer, 181-145 A.C.
O livro canônico de Ester termina com o décimo capítulo e com 
uma produção apócrifa que acrescenta dez versículos a este capit-
ulo e mais seis capítulos, 11-16, que não se acham nem no hebreu 
nem no caldico. Na tradução dos Setenta, esta matéria suplemen-
tar é distribuída em sete porções pelo texto e não interrompe a 
história. Amplifica partes da narrativa da Escritura, sem fornecer 
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Proibida a comercializaçãonovo fato de valor, e em alguns lugares contradiz a história como 
se contém no texto hebreu. 
Sabedoria de Salomão: É digno de nota que o autor deste livro, 
referindo-se a incidentes históricos para ilustrar a sua doutrina, 
limita-se aos fatos recordados no Pentateuco. Este livro é um trat-
ado de Ética onde recomenda-se a sabedoria e a retidão, e con-
dena a Iniqüidade e a idolatria. As passagens salientam o pecado 
e a loucura da adoração das imagens, lembramas passagens que 
sobre o mesmo assunto se encontram nos Salmos e em Isaías 
(compare: Sabedoria 13.11-19, com Salmos 95; 135.15-18 e Isaias 
40.19-25; 44.9-20).
Ele escreve em nome de Salomão; diz que foi escolhido por Deus 
para rei do seu povo, e foi por ele dirigido a construir um templo e 
um altar, sendo o templo feito conforme o modelo do tabernácu-
lo. Era homem genial e piedoso, caracterizando-se pela sua crença 
na imortalidade. Viveu entre 150 e 50 ou 120 e 80, A.C. Nunca foi 
formalmente citado, nem mesmo a ele se referem os escritores do 
Novo Testamento, porém, tanto a linguagem, como as correntes 
de pensamento do seu livro , encontram paralelos no Novo Tes-
tamento (Sab. 5.18-20; Ef 6.14-17; Sab. 7.26, com Hb 1.2-6 e Sab. 
14.13-31 com Rm 1.19-32).
Eclesiástico: também denominado Sabedoria de Jesus, fi lho de 
Siraque. O livro deveria ter sido escrito entre 290 ou 280 A.C., em 
língua hebraica e seu autor, Jesus, fi lho de Siraque de Jerusalém. 
É uma obra comparativamente grande, contendo 51 capítulos. No 
capítulo primeiro, 1-21, louva-se grandemente o sumo sacerdote 
Simão, fi lho de Onias, provavelmente o mesmo Simão que viveu 
entre 370 - 300, A.C. A tradução foi feita no Egito no ano 38, 
quando Evergeto era rei. Há dois reis com este nome, Ptolonmeu 
III, entre 247 a 222 A.C., e Ptolomeu Fiscom, 169 a 165 e 146 a 117 
A.C. O grande assunto da obra é a sabedoria. 
Há lugares que fazem lembrar os livros de Provérbios, Eclesias-
tes e porções do livro de Jó, das escrituras canônicas, e do livro 
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Proibida a comercializaçãoapócrifo, Sabedoria de Salomão. Nas citações deste livro, usa-se 
a abreviatura Eclus, para não confundir com Ec abreviatura de 
Eclesiastes.
Baruque: Baruque era amigo de Jeremias. Os primeiros cinco 
capítulos do seu livro pertencem à sua autoria, enquanto que o 
sexto é intitulado “Epístola de Jeremias.” Depois da introdução, 
descrevendo a origem da obra, Baruque 1.1,14, abre-se o livro 
com três divisões, a saber: 
1) Confissão dos pecado de Israel e orações, pedindo perdão a 
Deus, Baruque 1.15, até 3.8. Esta parte revela ter sido escrita em 
hebraico, como bem o indica a introdução, cap. 1:14. Foi escrita 
300 anos A.C. 
2) Exortação a Israel para voltar à fonte da Sabedoria, 3.9 até 4.4. 
3) Animação e promessa de livramento, 4.5 até 5.9. Estas duas 
seções parece que foram escritas em grego, pela sua semelhança 
com a linguagem dos Setenta. Há dúvidas, quanto à semelhan-
ça entre o cap. 5 e o Salmo de Salomão, 9. Esta semelhança dá a 
entender que o cap. 5 foi baseado no salmo, e portanto, escrito 
depois do ano 70, A.D., ou então, que ambos os escritos são mol-
dados pela versão dos Setenta. A epístola de Jeremias exorta ou 
judeus no exílio a evitarem a idolatria de Babilônia. Foi escrita 
100 anos A.C.
Adição à História de Daniel:
O cântico dos três mancebos (jovens): Esta produção foi destinada 
a ser Intercalada no livro canônico de Daniel, entre caps. 3.23,24. 
É desconhecido o seu autor e ignorada a data de sua composição. 
Compare os versículo, 35-68 com o Salmo 148.
A história de Suzana: É também um acréscimo ao livro de Daniel, 
em que o seu autor mostra como o profeta, habilmente descobriu 
uma falsa acusação contra Suzana, mulher piedosa e casta. Igno-
ra-se a data em que foi escrita e o nome de seu autor.
Bel e o dragão: Outra história introduzida no livro canônico de 
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Proibida a comercializaçãoDaniel. O profeta mostra o modo por que os sacerdotes de Bel 
e suas famílias comiam as viandas oferecidas ao ídolo; e mata o 
dragão. Por este motivo, o profeta é lançado pela segunda vez na 
caverna dos leões. Ignora-se a data em que foi escrita e o nome do 
autor.
Oração de Manassés, rei de Judá quando esteve cativo em Ba-
bilônia. Compare, 2º Cr 33.12,13. Autor desconhecido. Data 
provável, 100 anos A. C.
Primeiro Livro dos Macabeus: autor desconhecido, mas evidente-
mente é judeu da Palestina. É um tratado histórico de grande 
valor em que se relatam 05 acontecimentos políticos e os atos de 
heroísmo da família levítica dos Macabeus durante a guerra da 
lndependência judaica, dois séculos A.C.
 Há duas opiniões quanto à data em que foi escrito; uma dá 120 a 
106 A.C., outra, com melhores fundamentos, entre 105 e 64 A.C. 
II Macabeus: O livro foi escrito depois do ano 125 A.C. e antes a 
tomada de Jerusalém, no ano 70 A.D. 
 É inquestionavelmente um epítome da grande obra de 
Jasom de Cirene; trata principalmente da história Judaica desde 
o reinado de Seleuco IV, até a morte de Nicanor, 175 e 161 A.C. É 
obra menos importante que o primeiro livro. O assunto é tratado 
com bastante fantasia em prejuízo de seu crédito, todavia, contém 
grande soma de verdade. 
III Macabeus: Refere-se a acontecimentos anteriores à guerra da 
independência. O ponto central do livro é pretensão de Ptolomeu 
Filopater IV, que em 217 A.C. tentou penetrar nos Santo dos San-
tos, e a subseqüente perseguição contra os judeus de Alexandria. 
Foi escrito pouco antes, ou pouco depois da era cristã, data de 39, 
ou 40 A.D.
IV Macabeus: É um tratado de moral advogando o império da 
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tirados da história dos macabeus. Foi escrito depois do 2º Maca-
beus e antes da destruição de Jerusalém, apesar de não se fazer 
nenhuma citação deles no Novo Testamento
Para defender-se de ter limitado a sua tradução latina aos livros 
do Cânon hebraico, São Jeronimo, no fim do 4º seculo, disse: 
“Qualquer livro além destes deve ser contado entre os apócrifos.
Sto. Agostinho, porém (354-430 à.C.), que não sabia hebraico, 
juntava os apócrifos com os canônicos como para os diferençar 
dos livros heréticos. Infelizmente, prevaleceram as idéias deste es-
critor, e ficaram os livros apócrifos na edição oficial (a Vulgata) 
da Igreja de Roma. O Concilio de Trento, 1546, aceitou “todos 
os livros... com igual sentimento e reverência”, e *anatematizou 
os que não os consideravam de igual modo. A Igreja Anglicana, 
pelo tempo da Reforma, nos seus trinta e nove artigos (1563 e 
1571), seguiu precisamente a maneira de ver de S. Jerônimo, não 
julgando os apócrifos como livros das Santas Escrituras, mas ac-
onselhando a sua leitura “para exemplo de vida e instrução de cos-
tumes”.
Livros Pseudo-epígrafos.
Chamam-se Pseudo-epígrafos, porque se apresentam como es-
critos pelos santos do Antigo Testamento. Eles são amplamente 
apocalípticos; e representam esperanças e expectativas que não 
produziram boa influência no primitivo Cristianismo. Entre eles 
podem mencionar-se:
* Livro de Enoque (etiópico), que é citado em Judas 14. 
Atribuem-se várias datas, pelos últi¬mos dois séculos antes da era 
cristã. 
* Os Segredos de Enoque (eslavo), livro escrito por um ju-
deu helenista, ortodoxo, na primeira metade do primeiro século 
d.C. 
* O Livro dos Jubileus (dos israelitas), ou o Pequeno Gêne-
sis, tratando de particularidades do Gênesis duma forma imag-
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105 a.C.
* Os Testamentos dos Doze Patriarcas: é este livro um alto 
modelo de ensino moral. Pensa-se que o original hebraico foi 
composto nos anos 109 a 107 a.C., e a tradução grega, em que a 
obra chegou até nós, foi feita antes de 50 d.C. 
* Os Oráculos Sibilinos,Livros III-V, descrições poéticas 
das condições passadas e futuras dos judeus; a parte mais antiga é 
colocada cerca do ano 140 a.C., sendo a porção mais moderna do 
ano 80 da nossa era. 
* Os Salmos de Salomão, entre 70 e 40 a.C. 
* As Odes de Salomão, cerca do ano 100 da nossa era, são, 
provavelmente, escritos cristãos.
* O Apocalipse Siríaco de Baruque (2º Baruque), 60 a 100 
a.C. 
* O Apocalipse grego de Baruque (3º Baruque), do 2º sécu-
lo, a.C.
* A Assunção de Moisés, 7 a 30 d.C. 
* A Ascensão de Isaias, do primeiro ou do segundo século 
d.C.
Os Livros Apócrifos do Novo Testamento (N.T.):
 Sob este nome são algumas vezes reunidos vários escritos 
cristãos de primitiva data, que pretendem dar novas informações 
acerca de Jesus Cristo e Seus Apóstolos, ou novas instruções sobre 
a natureza do Cristianismo em nome dos primeiros cristãos. En-
tre os Evangelhos Apócrifos podem mencionar-se: 
* O Evangelho segundo os Hebreus (há fragmentos do seg-
undo século); 
* O Evangelho segundo S. Tiaqo, tratando do nascimento 
de Maria e de Jesus (segundo século); 
* Os Atos de Pilatos.(Segundo século).
* Os Atos de Paulo e Tecla (segundo século). 
* Os Atos de Pedro (terceiro século). 
* Epístola de Barnabé (fi m do primeiro século). 
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Proibida a comercialização* Apocalipses, o de Pedro (segundo século).
Ainda que casualmente algum livro não canônico se ache apenso 
a manuscritos do N.T., esse fato é, contudo, tão raro que podem-
os dizer que, na realidade, nunca se tratou seriamente de incluir 
qualquer deles no Cânon.
IV - Os manuscritos e as traduções?
1. Manuscritos bíblicos
Manuscritos bíblicos dizem respeito aos “rascunhos” originais dos 
autores ou cópias manuscritas mais antigas da Bíblia. O Antigo 
Testamento não possui tantos manuscritos para lhe dar suporte 
quanto o Novo Testamento, mas é, apesar disso, incrivelmente 
também confiável. 
 Sobre o Antigo Testamento existe os Manuscritos do Mar 
Morto, ou rolos do Mar Morto, documentos antigos, ou seja, um 
conjunto de textos descobertos em 1947, que atestam sua confia-
bilidade total, que haviam sido escondidos numa caverna há cerca 
de 2000 anos, às margens do Mar Morto, na Palestina. Foram en-
contrados vários livros e fragmentos do AT, um dos quais sendo 
Isaías. 
 Antes desta descoberta, os manuscritos mais antigos que 
existiam datam cerca do ano 900 da era cristã, tecnicamente 
chamados de Textos Massoréticos. Estas descobertas têm feito 
com que muitos críticos da Bíblia se silenciem.
 Atualmente o Novo Testamento. possui mais de 5000 
manuscritos gregos que lhe dão suporte, e mais outros 20.000 em 
outras línguas. Muitas evidências desses manuscritos datam den-
tro dos primeiros 100 anos dos escritos originais. 
 A data estimada dos escritos do Novo Testamento é a 
seguinte:
* Cartas de Paulo, 50-66 A.D. 
* Cartas de Evangelho de Mateus, 70-80 A.D. 
* Evangelho de Marcos, 50-65 A.D. 
* Evangelho de Lucas, cerca de 60. 
* Evangelho de João, 80-100 A.D. 
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Proibida a comercialização* Apocalipse, 96 A.D. 
 Outros manuscritos que dão suporte ao Novo Testamento 
são os seguintes :
* O Manuscrito de John Rylands, escrito por volta de 130, o 
mais antigo fragmento existente do Novo Testamento. 
* Papiro de Bodmer (Bodmer Papyrus) II, de 150-200. 
* Papiros de Chester Beatty, datados no ano 200, contendo 
porções inteiras do Novo Testamento.
* Códice do Vaticano, anos 325-350, contendo aproximada-
mente todos os escritos da Bíblia. 
* Códice Sinaiticus, ano 350, contendo aproximadamente 
todo o Novo Testamento e mais da metade do Antigo Testamento.
Nenhum outro manuscrito antigo possui, nem de longe, cópias 
originais tão próximas do tempo em que foi escrito como a Bíblia 
possui. 
 Inerrância quer dizer fundamentalmente que a Bíblia é 
isenta de erros nos seus manuscritos originais, portanto é absolu-
tamente confi ável e verdadeira em todos os assuntos que aborda. 
Todos os cristãos verdadeiros aceitam a autoridade e inspiração 
da Bíblia como princípio fundamental da doutrina cristã. 
 A Bíblia é também precisa com relação a alguns aspectos 
científi cos verifi cados e comprovados hoje: 
1. A forma esférica da terra (Isaías 40:22). 
2. A terra é uma matéria suspensa no vazio (Jó 26:7). 
3. As estrelas são incontáveis (Gênesis 15:5). 
4. A existência de vales nos mares (II Samuel 22:16). 
5. A existência de nascentes e fontes debaixo do mar (Gênesis 
7:11; 8:2; Provérbios 8:28). 
6. A existência de correntes oceânicas no fundo dos mares (Sal-
mos 8:8).
7. O ciclo das águas (Jó 26:8; 36:27-28; 37:16; 38:25-27; Salmos 
135:7; Eclesiastes 1:6-7). 
8. Fixismo natural, ou seja, todas as coisas vivas se reproduzem 
segundo a sua espécie (Gênesis 1:21; 6:19). 
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Proibida a comercialização9. A natureza da saúde, higiene e doença (Gênesis 17:9-14; Lev-
ítico 12-14). 
2. Traduções 
BARREIRAS PARA O ENTENDIMENTO DAS ESCRITURAS
 
 Existem elementos humanos presentes na tradução da Bíblia. O 
tempo e a distância tem erguido também grandes barreiras entre 
nós e os escritores bíblicos. Existem pelo menos três tipos de bar-
reiras que dificultam nosso entendimento e precisam ser sobrepu-
jadas, ou seja, superadas. As barreiras que precisamos superar 
são:
1. Barreiras culturais. A Bíblia é o produto de culturas que 
são dramaticamente diferentes entre si. Para apreciar um texto te-
mos que RECONSTRUIR o contexto cultural em que foi escrito 
para aplicarmos em traduções propicias a alcançar a originalidade 
do texto. Quais os costumes e o ambiente do povo? Que tipo de 
influência sofria? Estas são algumas perguntas que devem ser fei-
tas para maior tradução ou interpretação do texto.
2. Barreiras históricas. Se não conhecermos o pano de fundo 
histórico, especialmente o compreendido entre o cativeiro na Ba-
bilônia e a chegada do Império Romano, vamos entender muito 
pouco do livro de Daniel. Muitas profecias lá proferidas se cum-
prem na História e o conhecimento desses fatos nos abre uma 
nova perspectiva de entendimento desse livro.
3. Barreiras geográficas. Muitas cidades, províncias, regiões, 
rios, mares, entre outros conceitos geográficos aparecerem na 
Bíblia, muitos dos quais desaparecem ou contam com pouca in-
formação a seu respeito.
 Nossas traduções em Português, embora muito bem fei-
tas por conselhos editoriais compostos por grandes eruditos nes-
sas línguas, muitas vezes não conseguem achar palavras do nosso 
idioma que correspondam perfeitamente às do idioma original. 
Também, é difícil fazer a transposição do tempo, da voz e do 
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Proibida a comercializaçãomodo dos verbos, da sua origem para a atualidade.
 Exemplo: Em I Co 4.1 Paulo diz: “Que os homens nos con-
siderem, pois, ministros de Cristo...” Ministro na nossa língua é 
uma palavra sofi sticada, usada para designar altas posições, como 
os ministros do Presidente da República. Mas, no grego, a palavra 
é “huperetes”, que signifi ca servo, escravo, servente. Esse termo 
era usado para designar os escravos remadores das naus romanas.
 Bíblia foi escrita em três línguas originais: 
* Hebraico, no caso o Antigo Testamento.
O hebraico é o idioma ofi cial da nação judaica, sendo chamado 
também de “ língua de Canaã (Is 19.18) e “língua judaica ou ju-
daico (2 Rs 18.26-28; Is 36.13). Como a maior parte das línguas 
*semíticas, o hebraico lê-se da direita para a esquerda. Seu alfabe-to é composto por 22 letras, todas consoantes. Podemos encontrá-
lo em algumas partes do Velho Testamento, fazendo *acróstico de 
alguns capítulos: Sl 119; Pv 31.10-31 e o livro de Lamentações de 
Jeremias.
* Aramaico, algumas poucas partes do Antigo Testamento.
O aramaico foi o idioma falado em Arã ou Síria e em grande parte 
da Arábia Pétrea. Essa língua infl uiu profundamente sobre o he-
braico principalmente durante os cativeiros de Judá na Babilônia 
(587 a. C.).
A infl uência do aramaico foi tão grande que ao voltar do cativeiro 
o povo tinha essa língua como vernácula. Por isso, quando Esdras 
leu as Escrituras em público precisou explicá-las ao povo, que não 
mais conheciam bem o hebraico. 
O aramaico tornou-se tão conhecido, que mesmo conhecendo 
bem o hebraico, jesus e seus discipulos usavam mais o aramaico. 
Os trechos do Antigo Testamento escritos em aramaico são: Ed 
4.8 a 6.18; 7.12-26; Dn 2.4 a 7.28 e Jr 10.11
* Grego, o Novo Testamento.
O Novo Testamento foi escrito em grego. Existem dúvidas sobre 
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Proibida a comercializaçãoo livro de Mateus, que alguns eruditos dizem ter sido escrito em 
aramaico. O grego do Novo Testamento não é a língua erudita, 
mas uma versão popular, chamada de Koiné. O grego é uma lín-
gua muito precisa, e das línguas bíblicas, é a que mais se conhece 
por estar mais próxima de nós. Nos tempos bíblicos era uma lín-
gua de compreensão universal devido à expansão do Império da 
Grécia, sob o domínio de Alexandre (336 a. C.). Nos dias de Jesus, 
o grego era falado adequadamente, e a tradução da Septuaginta 
(versão do hebraico para o grego) era lido constantemente pelos 
judeus liberais. 
Por ocasião do ministério terreno de Cristo:
* A língua sagrada dos judeus era o hebraico.
* A falada, o aramaico.
* A oficial, o latim. 
* A universal, o grego.
Traduçao da Bíblia
Tradução - é a simples transposição de uma composição literária 
de uma língua para outra. 
Versão - é uma tradução da língua original (ou com consulta di-
reta a ela) para outra língua.
Embora a Bíblia tenha sido escrita em três linguas originais, está 
hoje traduzida para quase todas as línguas do mundo, ou seja, para 
todas as línguas mais faladas e alguns dialetos tribais da África e 
outras regiões remotas do planeta. Trata-se do livro conhecido e 
mais lido do mundo.
As duas versões universalmente conhecidas são: a septuaginta e a 
vulgata.
A Septuaginta - Versão mais antiga dos originais das Sagradas Es-
crituras. A comunidade judaica que habitava em Alexandria, no 
Egito, falava expressamente o idioma grego, com necessidade de 
uma versão grega dos livros judaicos. O rei Ptolomeu Filadelfo II 
(285 246 a.C) sugeriu a Demétrio, seu bibliotecário, que os livros 
fossem traduzidos. O Sumo Sacerdote Eleazar, para satisfazer o 
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Proibida a comercializaçãorei Ptolomeu, trouxe de Jerusalém 72 tradutores (6 de cada tribo). 
Depois de uma grande recepção, fi caram isolados na ilha de Faros 
e executaram o trabalho em 72 dias. A cronologia dessa tradução 
data do ano 285 a.C. A cópia mais antiga da Septuaginta encontra-
se na Biblioteca do Vaticano, datada de 325 A.D.
A Vulgata - Nome oriundo do latim “vulgus”, quer dizer, “popu-
lar”, “do povo”. Jerônimo, de Belém (324 - 420 a.D), sábio e secre-
tário do bispo de Roma, aos 80 anos, traduziu a Bíblia do hebraico 
para o latim. É a versão ofi cial da Igreja Romana.
VERSÕES EM PORTUGUÊS
Como aconteceu em relação a outros idiomas, a Bíblia não foi ini-
cialmente traduzida por inteiro para o português. Essa tradução 
aconteceu aos poucos:
* D. Diniz, rei de Portugal (1279-1375) ordenou a tradução 
da Vulgata de uma parte do livro de Gênesis. 
* O rei D. João I (1389-1433) ordenou a tradução dos Evan-
gelhos. Esse mesmo Rei traduziu os Salmos. 
* Frei Bernardo traduziu o Evangelho de São Mateus no 
Século XV. Em 1495, a rainha Leonor, esposa de D. João II man-
dou publicar o Livro “Vida de Cristo”, uma espécie de harmonia 
dos Evangelhos. 
* A Rainha Leonor, esposa de D. João II Em 1505, mandou 
imprimir os Atos e Epístolas Universais.
João Ferreira de Almeida, o pregador
Em 1663, Almeida (João Ferreira de Almeida) iniciou a tradução 
do Novo Testamento direto do grego. Embora o seu trabalho com 
o grego tenha terminado somente treze anos depois, durante esse 
período ele iniciou também a tradução do Antigo Testamento a 
partir dos originais em hebraico.
 Em 1681, foi publicada na Holanda a tradução de Almeida 
do Novo Testamento, porém foi logo recolhida, pois apresentava 
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erros tipográficos E UM TRABALHO URGENTE DE REVISÃO 
ERA NECESSÁRIO. Uma nova impressão foi finalmente feita 
doze anos depois, em 1693.
João Ferreira de Almeida não chegou a ver o Novo Testamento 
revisado ser impresso, pois faleceu em 1691, na ilha de Java, sem 
terminar também o Antigo Testamento. Seu trabalho chegou só 
até o Livro de Ezequiel.
 A tradução do Antigo Testamento foi terminada por 
Jacobus Akker em 1694, mas problemas de revisão, novamente 
atrasaram a publicação do trabalho. Cinqüenta e quatro anos de-
pois, em 1748 foram publicados, na Holanda, o primeiro volume 
do Antigo Testamento, e em 1753, o segundo volume do trabalho 
iniciado por Almeida.
 A primeira impressão da Bíblia completa, em português, 
em um único volume, aconteceu em Londres, em 1819, com a 
versão de João Ferreira de Almeida.
 No final do século XIX foi feita uma grande revisão 
na Versão de Almeida. Esse trabalho é conhecido como Bíblia 
na Versão REVISTA E CORRIGIDA de Almeida. Embora com 
palavras bem eruditas e construções gramaticais de difícil com-
preensão, ainda é uma versão muito utilizada hoje em dia.
 Na década de 40 do século passado, “Uma comissão de 
especialistas” passou anos revendo a tradução e foi publicada a 
versão REVISTA E ATUALIZADA de Almeida, a Versão mais 
lida e conhecida da Bíblia no Brasil.
 Essas duas versões, a revista e corrigida e a revista e 
atualizada, passaram recentemente por ATUALIZAÇÕES GRA-
MATICAIS pela Comissão de Tradutores da Sociedade Bíblica do 
Brasil. Atualmente, essas Versões são conhecidas como:
- Versão de Almeida revista e corrigida (1995) e
- Versão de Almeida revista e atualizada (1993).
A Versão de Figueiredo
O padre Antônio Pereira de Figueiredo, português, levou 17 anos 
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Proibida a comercializaçãopara fazer a tradução da Bíblia para o português, publicando o 
Novo Testamento em 1781 e o Antigo Testamento em 1790. É 
uma tradução da Vulgata.
A Tradução Brasileira
 Começou em 1904, por uma comissão de tradutores. Pub-
licou o Novo Testamento em 1910 e o Antigo Testamento em 
1917. Trata-se de uma tradução muito fi el aos originais, mas tor-
nou-se de compreensão difícil porque traduz as palavras do ponto 
de vista literal e não à base da equivalência dinâmica, como nas 
outras traduções.
A Versão de Rohden
 Feita pelo padre brasileiro, de Santa Catarina, consta ap-
enas do Novo Testamento. Foi publicada em 1935.
A Versão de Matos Soares
Também feita por padre brasileiro, a partir da Vulgata. A obra foi 
concluída em 1932 e publicada em 1946. É a Bíblia popular do 
católicos brasileiros. A versão não é muito fi el, estando cheia de 
tendenciosidades e preconceitos. O Vaticano foi conivente com 
essas falhas,conforme uma carta de 1932.
Impressão 
A impressão de datas no texto bíblico é um terreno movediço, 
pois as datações vem sendo muito questionada ultimamente. 
Apesar disso, algumas Bíblias trazem datações de acordo com a 
“cronologia aceita. Os métodos modernos de arqueologia e data-
ções estão colocando em dúvida grande parte dessa cronologia, 
principalmente em relação aos primeiros milênios bíblicos.
Capitulos – divisões 
A divisão do texto bíblico em capítulos e versículos não faz parte 
do texto original. Essas divisões foram feitas para facilitar o es-
tudo da mesma. Por volta de 1228, Stephem Langton (professor 
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Proibida a comercializaçãoda Universidade de Paris e, posteriormente, arcebispo de Canter-
bury), dividiu a Bíblia em capítulos, assim como o Cardeal Hugo 
de Saint Cher, abade dominicano, também fez em 1250.
Os versículos no Antigo Testamento apareceram publicados em 
1445, pela primeira vez, pelo Rabi Natham. 
Em 1551, Robert Stevens, impressor de Paris, acrescentou a di-
visão em versículo do Novo Testamento. 
E em 1555, Stevens publicou a primeira Bíblia (Vulgata) dividida 
em capítulos e versículos.
O Antigo Testamento, na Bíblia Almeida Revisada e Corrigida 
fica assim:
* Capitulos 929.
* Versículos 23.214. 
O Novo Testamento, assim:
* Capitulos 260
* Versiculos 7.959
Toda a Bíblia tem:
* Capítulos 1.189 
* Versículos 7.959 
 
 Em alguns casos, a divisão em capítulos e versículos quebra 
o sentido do texto, como por exemplo: Is 53, que deveria começar 
em 52.13; Jo 8, que deveria começar em 7.53. Em relação aos ver-
sículos, acontece o mesmo, por exemplo, Ef 1.5 deveria começar 
com as duas últimas palavras de 1.4; 1 Co 2.9,10 deveria ser um só 
versículo.
 O texto é dividido ainda em parágrafos e esta divisão aju-
da a entender o desenvolvimento das idéias registradas. A versão 
ARA destaca em negrito o início dos parágrafos.
V - O período intertestamentário
Desenvolvimento Político
 A Expressão “400 anos de silêncio”, não é correta nem ap-
ropriada em relação ao trabalhar de Deus com o homem, somente 
no fato de que nenhum profeta inspirado tivesse se erguido em 
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Israel neste período que compreende os eventos entre o Antigo 
e o Novo Testamento. Certos eventos ocorreram que deram ao 
judaísmo posterior sua ideologia própria e, providencialmente, 
prepararam o caminho para a vinda de Cristo e a proclamação do 
evangelho
Supremacia Persa
 Cerca de um século depois da época de Neemias este im-
pério exerceu controle sobre a Judéia, que era dirigida pelo sumo 
sacerdote, que prestava contas ao governo persa, mesmo assim 
podemos considerar que este período foi relativamente tranqüilo, 
pois era permitido pelos persas aos judeus livre exercício de suas 
instituições religiosas e uma boa medida de autonomia, fatos que 
colaborou também para que o sacerdócio fosse rebaixado a uma 
função política. Inveja, intriga e assassinato tiveram seu papel nas 
disputas pela honra de ocupar o sumo sacerdócio. Joanã, fi lho 
de Joiada (Ne 12.22), é conhecido por ter assassinado o próprio 
irmão, Josué, no recinto do templo.
 A Pérsia e o Egito em constantes confl itos envolviam tam-
bém a Judéia, situada entre os dois impérios. Durante o reino de 
Artaxerxes III muitos judeus engajaram-se numa rebelião contra 
a Pérsia e foi deportado para Babilônia e para as margens do mar 
Cáspio.
Alexandre, o Grande
 Em seguida à derrota dos exércitos persas na Ásia Menor 
(333 AC), 
 Alexandre marchou para a Síria e Palestina. Depois de 
ferrenha resistência, a cidade de Tiro foi conquistada e Alexan-
dre deslocou-se pra o sul, em direção ao Egito. Diz a historia que 
quando Alexandre se aproximava de Jerusalém o sumo sacerdote 
Jadua foi ao seu encontro e lhe mostrou as profecias de Daniel, 
segundo as quais o exército grego seria vitorioso (Dn 8). Essa nar-
rativa não é levada a sério pelos historiadores, mas é fato que Al-
exandre tratou singularmente bem aos judeus. Ele lhes permitiu 
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observarem suas leis, isentou-os de impostos durante os anos sa-
báticos e, quando construiu Alexandria no Egito (331 AC), es-
timulou os judeus a se estabelecerem ali e deu-lhes privilégios 
comparáveis aos seus súditos gregos.
A Judéia sob os Ptolomeus
 Depois da morte de Alexandre (323 AC), a Judéia, ficou su-
jeita, por algum tempo a Antígono, um dos generais de Alexandre 
que controlava parte da Ásia Menor, caindo conseqüentemente 
nos domínios do general, Ptolomeu I (que havia então dominado 
o Egito). No governo de Ptolomeu II os sendo bondoso para com 
os judeus. Foi no governo de Ptolomeu II (Filadelfo) que os ju-
deus de Alexandria começaram a traduzir a sua Lei, o Pentateuco, 
para o grego, tradução que, mais tarde torna conhecida como a 
Septuaginta.
A Judéia sob os Selêucidas
 Os governantes sírios eram chamados selêucidas porque 
seu reino, construído sobre os escombros do império de Alexan-
dre, fora fundado por Seleuco I (Nicator).
 Durante os primeiros anos de domínio sírio, os selêucidas 
permitiram que o sumo sacerdote continuasse a governar os ju-
deus de acordo com suas leis. 
 Porem, um grande conflito foi determinante para que as 
liberdades civis e religiosas fossem suspensas, os sacrifícios diári-
os, proibidos e um altar a Júpiter erigido sobre o altar do holo-
causto. Cópias das Escrituras foram queimadas e os judeus foram 
forçados a comer carne de porco, o que era proibido pela Lei. Uma 
porca foi oferecida sobre ao altar do holocausto para ofender ain-
da mais a consciência religiosa dos judeus.
Os Macabeus
 Macabeu era um dos filhos de um velho sacerdote cham-
ado Matatias que se mostrou fiel a lei dos judeus recusando ofer-
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Proibida a comercializaçãoecer um sacrifício pagão e matando um judeu apostata junto ao 
altar e o ofi cial que presidia a cerimônia.
 A partir daí Matatias empreendeu uma luta de guerrilha 
contra os sírios e embora não tenha vivido para ver seu povo lib-
erto do jugo sírio, deixou a Judas seu fi lho, cognominado “o Maca-
beu”, o termino da tarefa. Por volta de 164 a.C. já havia conquis-
tado Jerusalém, purifi cado o templo e reinstituído os sacrifícios 
diários e as lutas entre os Macabeus e os reis selêucidas continu-
aram por quase vinte anos.
 Aristóbulo I foi o primeiro dos governantes Macabeus a 
assumir o título de “Rei dos Judeus”.
 Depois de um breve reinado, foi substituído pelo tirânico 
Alexandre Janeu, que, por sua vez, deixou o reino para sua mãe, 
Alexandra que governou de maneira relativamente pacífi co. Com 
a sua morte, um fi lho mais novo, Aristóbulo II, desapossou seu 
irmão mais velho e assumiu o poder.
 Conseqüentemente, Roma entrou em cena e Pompeu 
marchou sobre a Judéia com as suas legiões, buscando um acerto 
entre as partes e o melhor interesse de Roma. 
 Aristóbulo II tentou defender Jerusalém do ataque de 
Pompeu, mas os romanos tomaram a cidade e penetraram até o 
Santo dos Santos. Pompeu, todavia, não tocou nos tesouros do 
templo.
Roma
 Marco Antônio apoiou a causa de Hircano. Depois do as-
sassinato de Júlio Cesar e da morte de Antípater (pai de Herodes), 
que por vinte anos fora o verdadeiro governante da Judéia, Antígo-
no, o segundo fi lho de Aristóbulo, tentou apossar-se do trono. Por 
algum tempo chegou a reina em Jerusalém, mas Herodes, fi lho 
de Antípater, regressoude Roma e tornou-se rei dos judeus com 
apoio de Roma. Seu casamento com Mariamne, neta de Hircano, 
ofereceu um elo com os governantes Macabeus.
 Herodes foi um dos mais cruéis governantes de todos os 
tempos. Assassinou o venerável Hircano (31 AC) e mandou ma-
tar sua própria esposa Mariamne e seus dois fi lhos. No seu leito 
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Proibida a comercializaçãode morte, ordenou a execução de Antípater, seu filho com outra 
esposa. Nas Escrituras, Herodes é conhecido como o rei que orde-
nou a morte dos meninos em Belém por temer o Rival que nasce-
ria para ser Rei dos Judeus.
1. Grupos Religiosos dos Judeus
O choque entre o helenismo e o judaísmo deu origem a diversas 
seitas judaicas.
I - Os Fariseus
 Os fariseus eram os descendentes espirituais dos judeus 
piedosos que haviam lutado contra os helenistas no tempo dos 
Macabeus. O nome fariseu, “separatista”, foi provavelmente dado 
a eles por seu inimigo, para indicar que eram não-conformistas. 
Pode, todavia, ter sido usado com escárnio porque sua severidade 
os separava de seus compatriotas judeus, tanto quanto de seus 
vizinhos pagãos. A lealdade à verdade às vezes produz orgulho 
e ate mesmo hipocrisia, e foram essas perversões do antigo ideal 
farisaico que Jesus denunciou. Paulo se considerava um membro 
deste grupo ortodoxo do judaísmo de sua época. (Fp 3.5).
II - Saduceus
 O partido dos saduceus, provavelmente denominado as-
sim por causa de Zadoque, o sumo sacerdote escolhido por Sa-
lomão (1Rs 2.35), negava autoridade à tradição e olhava com 
suspeita para qualquer revelação posterior à Lei de Moisés. Eles 
negavam a doutrina da ressurreição, e não criam na existência de 
anjos ou espíritos (At 23.3). Eram, em sua maioria, gente de pos-
ses e posição, e cooperavam de bom grado com os helenistas da 
época. Ao tempo do N.T. controlavam o sacerdócio e o ritual do 
templo. A sinagoga, por outro lado, era a cidadela dos fariseus.
III - Essênios
 O essenismo foi uma reação ascética ao externalismo dos 
fariseus e ao mudanismo dos saduceus. Os essênios se retiravam 
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Proibida a comercializaçãoda sociedade e viviam em ascetismo e celibato. Davam atenção à 
leitura e estudo das Escrsturas, à oração e às lavagens cerimoniais. 
Suas posses eram comuns e eram conhecidos por sua laboriosi-
dade e piedade. Tanto a guerra quanto a escravidão era contrárias 
aos seus princípios. um mosteiro, próximo às cavernas em que 
os Manuscrito do Mar Morto foram encontrados, é considerado 
por muitos estudiosos como um centro essênio de estudo no de-
serto da Judéia. Os rolos indicam que os membros da comunidade 
haviam abandonado as infl uências corruptas das cidades judaicas 
para prepararem, no deserto, “o caminho do Senhor”. Tinham fé 
no Messias que viria e consideravam-se o verdadeiro Israel para 
quem Ele viria.
IV - Escribas
 Os escribas não eram, estritamente falando, uma seita, 
mas sim, membros de uma profi ssão. Era, em primeiro lugar, co-
pista da Lei. Vieram a ser considerados autoridades quanto às Es-
crituras, e por isso exerciam uma função de ensino. Sua linha de 
pensamento era semelhante à dos fariseus, com os quais aparecem 
freqüentemente associados no N.T.
V - Herodianos
 Os herodianos eram mais um partido político que uma 
seita religiosa, pois criam que o melhor interesse do judaísmo 
estava na cooperação com os romanos. Seu nome foi tirado de 
Herodes, o Grande que procurou romanizar a Palestina em sua 
epoca 
 A opressão política romana, simbolizada por Herodes, 
e as reações religiosas expressas nas reações sectárias dentro do 
judaísmo pré-cristão forneceram o referencial histórico no qual 
Jesus veio ao mundo. Frustrações e confl itos prepararam Israel 
para o advento do Messias de Deus, que veio na “plenitude do 
tempo” (Gl 4.4).
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4 - Cronologia e geografia bíblica
1. Noções De Cronologia Bíblica
 Toda a cronologia antiga é quase toda incerta. As datas 
eram contadas à partir de eventos importantes da época, e isso 
dentro de cada povo. Não havia, é óbvia, uma base geral para côm-
puto do tempo.
 Quanto à Bíblia, seus escritores registravam fatos sem pre-
ocupação com dataa, pois as mesmas quando mencionadas, tin-
ham por base eventos particulares, como construção de cidades, 
coroação de reis, etc.
 As descobertas arqueológicas e o estudo de dedicados eru-
ditos no assunto, vêm melhorando e precisando a cronologia em 
geral, inclusive a cronologia bíblica.
 As datas que aparecem às margens de certas edições da 
Bíblia não pertencem ao texto original. Foram calculadas em 
1650 pelo arcebispo anglicano Ussher (1580-1656). É conhecida 
por Cronologia Aceita e vem enfrentando severas críticas. Há 
divergências em muitas de suas datas, isso em face do progresso 
do estudo de assuntos orientais, através de contínuas pesquisas 
e descobertas arqueológicas. Quanto à Bíblia não devemos nos 
ocupar de um exato sistema de cronologia, lembremo-nos que ela 
é acima de tudo a revelação de Deus à humanidade, expondo o 
completo plano da redenção e nada pode apagar ou colocar em 
duvidas os acontecimentos.
Porque estudar cronologia bíblica.
 O estudo da cronologia bíblica nos situa no tempo e serve 
como pontos de referência na progressão da mensagem e fatos 
bíblicos.
 Uma das dificuldades no estudo da cronologia bíblica está 
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no próprio texto bíblico. Há, especialmente na época dos Juízes, 
do reino dividido, e dos profetas, muitos períodos coincidentes 
em parte, reinados associados, intervalos de anarquia, arredon-
damento de números, etc. Para a busca da solução dessas difi cul-
dades é necessário um profundo exame dos textos envolvidos.
2. Contagem de tempo
 A contagem do tempo que vai de Adão a Cristo é feita no 
sentido regressivo, ou seja, de Cristo para Adão. Partindo de adão 
os anos diminuem até chegarmos a 1 A.C. Portanto, de Cristo 
para Adão (o normal), os anos aumentam até chegarmos ao ano 
4004 AC, tido como o da Criação adâmica. Jesus é o tema central 
da bíblia e também o marco divisório e central do tempo. Ver Hb 
11.3.
 A palavra calendário vem do latim “calenda” = 1º dia de 
cada mês entre os romanos.
 Os primeiros povos a usar calendário foram os antigos 
egípcios. Há calendários diversos, o leitor moderno precisa aper-
ceber-se disso ao estudar assuntos antigos. 
Ao nosso estudo, reportamo-nos unicamente ao calendário cris-
tão, do qual, o calendário atual é uma continuação.
Em 526 AD, o imperador romano do Oriente, Justiniano I, de-
cidiu organizar um calendário, entregando essa tarefa a terceiros 
tendo um erro de cálculos, fi xando o 1º ano da era cristã com 
cinco anos de atraso.
 Nossos livros e tratados apenas declaram o fato do engano, 
mas não o explicam, mas podemos dizer que estes anos trata-se de 
arredondamento na contagem.
 O calendário atual chama-se Gregoriano, porque em 1582 
o papa Gregório XIII alterou o calendário de Dionísio, subtrain-
do-lhe dez dias, a fi m de corrigir a diferença advinda do acúmulo 
de minutos a partir de 46 AC, quando Júlio César reformou o 
calendário então existente.
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As divisões do tempo.
O dia. 
 O dia era dividido em12 horas e as horas do dia e da noite 
eram contadas separadamente, isto é, doze e doze. Entre os ju-
deus, o dia ia de um por de sol a outro. Entre os romanos, de meia-
noite a outra. Jo 11.9 e At 23.23.
 Entre os judeus a Hora Primeira do dia era às seis da man-
hã. O mesmo ocorria em relação à noite.
 
A semana.
 Entre os hebreus, os dias da semana não tinham nomes 
e sim números, com exceção do 6º e 7º dias, que também tinha 
nomes, Lc 23.54.
Os meses.
 Os meses eram lunares. A lua nova marcava o início de 
cada mês, sendo esse dia festivo e santificado, Nm 28.11-15; I Sm 
20.5; I Cr 23.31; II Rs 4.23; S181.3; Is 1.13; Cl 2.16. Tinham 29 e 30 
dias alternadamente. Antes do exílio babilônico eram designados 
por números. Depois disso, passaram a ter nomes e números.
Os anos.
 Tinham 12 meses de 29 e 30 dias alternadamente, perfa-
zendo 354 dias. Os judeus observavam dois diferentes anos: o sa-
grado, começando em Abibe (mais ou menos o nosso abril), e o 
civil, começando em Tisri (mais ou menos o nosso outubro.)
Os séculos. Sua computação.
Século I. Compreende os anos 1 a 100 AD.
Século II. Compreende os anos 101 a 200 AD.
Século III. Anos 201 a 300, e assim por diante.
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3. Cronologia resumida dos principais fatos e eventos bíblicos.
Fato Duração Período
O mundo antediluviano 1600 anos 4004-2400 AC
Do Dilúvio a Abraão 400 anos 2400-2000 AC
Os patriarcas Abraão, Isaque, 
Jacó 200 anos 2000-1800 AC
Israel no Egito 400 anos 1800-1400 AC
Período dos Juízes 300 anos 1400-1100 AC
A monarquia Israelita (Saul, 
Davi, Salomão) 120 anos 1053-933 AC
O Reino dividido 350 anos 933-586 AC
Queda do Reino do Norte -721 AC
O exílio babilônico (Judá) 70 anos 606-536 AC
Restauração da Nação Israelita 100 anos 536-432 AC
Ministérios dos profetas 
literários 400 anos 800-400 AC
Nascimento de Jesus - +- 5 AC
Ministério de João Batista - 29 AD
Ministério de Jesus 3 anos 30-33 AD
Conversão de Paulo - 35 AD
Fundação das igrejas da Ásia 
Menor e Europa, por Paulo 15 anos 50-65 AD
Início da revolta dos judeus 
contra os romanos - 66 AD
Destruição do Templo de 
Jerusalém - 70 AD
Escrito o Apocalipse (o último 
Livro da Bíblia, por João, 
o Apóstolo) - 96 AD
Morte de João, o Apóstolo - 100 AD
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* Profeta Literário é o que deixou seus escritos.
* O Templo ao ser destruído no ano 70 AD, tinha apenas 
seis anos de terminada sua construção (64 AD).
4 Cronologia dos impérios mundiais. 
 Isto é, a fase em que exerceram supremacia sobre o 
mundo conhecido.
Egito 1600-1200 AC
Assíria 900-607 AC
Babilônia (o neo-império) 606-536 AC
Pérsia 536-331 AC
Grécia 331-146 AC
Roma 146 AC - 476 AD
5 Cronologia do Antigo Testamento 
Pré-História O Princípio 
 A Criação 
 Adão e Eva no jardim do Éden 
 Caim e Abel 
 Noé e o dilúvio 
 A torre de Babel 
2.220 a.C. Os Patriarcas 
 Abraão 
 Isaque 
 Jacó 
 José 
1.900 a.C. Israel no Egito e o Êxodo 
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Proibida a comercialização Migração dos fi lhos de Jacó com suas 
famílias para o Egito 
 Os israelitas são escravizados no Egito 
Nascimento de Moisés 
 Saída dos israelitas do Egito e início da 
peregrinação no deserto 
1.400 a.C. A Conquista de Canaã e o Período dos 
Juízes 
 Início da conquista da terra de Canaã sob 
o comando de Josué 
 Início do período dos juízes 
1.100 a.C. O Reino Unido 
 Reinado de Saul – 1.050 a 1.010 a.C. 
 Reinado de David – 1.010 a 970 a.C. 
 Reinado de Salomão – 970 a 931 a.C. 
6 Cronologia do Novo Testamento 
Vida de Jesus 
 Imperadores Gov. da Judéia Eventos do NT 
 1 d.C. Augusto 
– 29 a.C. a 14 d.C. 
 Tibério – 
 14 a 37 d.C. Herodes, o Grande 
 37 a 4 a.C. 
 Arquelau – 
 4 a.C. a 6 d.C. 
 Pôncio Pilatos – 
 26 a 36 d.C. Nascimento de Jesus 
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Proibida a comercialização – 6 a.C. 
 Batismo de Jesus 
 – 26 d.C. 
 Primeira Páscoa no 
 ministério de Jesus 
 – 28 d.C. 
 Morte e ressur 
 reição de Jesus – 30 d.C. 
O Período dos Apóstolos 
Imperadores Gov da Judéia Eventos do NT 
30 d.C. Calígula (Gaio) 
 – 37 a 41 d.C. Dia de Pentecostes
 – 30 d.C. 
 Conversão de Paulo – 
 37 d.C. 
40 d.C. Cláudio 
 – 41 a 54 d.C. 
Herodes Agripa I 
 41 a 44 d.C. Início do ministério de 
 Paulo – 41 d.C. 
 Morte de Tiago, filho de 
 Zebedeu – 44 d.C. 
 Morte de Herodes Agripa 
 I – 44 d.C. 
 Fome no tempo de Cláudio 
 – 46 d.C. 
 Primeira viagem mis 
 sionária de Paulo – 48 a 49 d.C. 
 Edito de Cláudio – 49 ou 50 d.C. 
50 d.C. Nero – 54 a 68 d.C. Sérgio Paulo, procônsul – 
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Proibida a comercialização50 d.C. 
Félix – 52 a 60 d.C. Conferência de 
 Jerusalém – 50 d.C. 
 Segunda viagem 
 missionária de 
 Paulo – 50 a 53 d.C. 
 Paulo em Corinto – 
 50 a 52 d.C. 
 Terceira viagem 
 missionária de 
 Paulo – 54 a 58 d.C. 
 Paulo em Éfeso – 
 54 a 57 d.C. 
 Paulo preso em 
 Jerusalém – 58 d.C. 
 Paulo na prisão em 
 Cesaréia – 58 a 60 
 d.C. 
60 d.C. Galba – 68 a 69 d.C. 
 Oto – 69 d.C. 
Vitélio – 69 d.C. Pórcio Festo – 60 a 
 62 d.C. Paulo na prisão em 
 Roma – 61 a 63 d.C. 
 Libertação e ativi 
 dades de Paulo – 63 
 a 65 d.C. 
 Morte de Pedro em 
 Roma – 65 d.C.? 
 Segunda prisão de 
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Proibida a comercialização Paulo em Roma – 66 d.C. 
 Morte de Paulo em 
 Roma – 67 d.C. 
70 d.C. Vespasiano – 69 a 
 79 d.C.Tito – 79 a 
81 d.C. 
Domiciano 
– 81 a 96 d.C. 
Nerva – 96 
a 98 d.C. 
Trajano – 98 
a 117 d.C. Destruição de 
 Jerusalém – 70 d.C. 
 Morte de João – 98 
 ou 100 d.C.? 
II - Geografia bíblica?
 A Geografia é a Ciência que estuda os acidentes físicos; o 
clima; as populações, as divisões políticas etc. da terra. A palavra 
geografia vem do grego, sendo formada assim: geo = terra; grafia 
= descrição, tratado, estudo e subdivide-se em outras disciplinas:
 A geografia humana – estuda os agrupamentos humanos 
em suas relações com a Terra.
 A geografia econômica - estuda os recursos econômicos - 
de origem vegetal, animal e mineral e suas formas de exploração.
 A geografia física - estuda os traços físicos das diversas 
regiões da terra, o que inclui o estudo do relevo, do clima, da veg-
etação, da fauna e da flora.
A geografia política - estuda a relação entre o poder de um país 
e sua geografia física e humana, bem como o estudo do reparto 
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político da terra.
 A geografi a histórica - procura reconstruir os aspectos 
humanos, econômicos, físicos e políticos de uma dada região 
do passado. É neste campo que se insere a Geografi a do Mundo 
Bíblico ou Bíblica, que se dedica a estudar as diversas regiões que 
serviram de palco para os acontecimentos narrados nos livros da 
Bíblia.
 “A Geografi a Bíblica ocupa-se do estudo sistemático do 
cenário da revelação divina e da infl uência que teve o meio ambi-
ente na vida de seus habitantes”. (Netta Kemp de Money).
 
A Geografi a do Mundo Bíblico
 A Geografi a Bíblica é uma disciplina muito importante, 
pois auxilia a todos que querem conhecer melhor a História Sagra-
da e o texto bíblico através de esclarecimentos quanto aos grupos 
humanos, as características físicas, os recursos econômicos e as 
transformações políticas das diversas regiões citadas na Bíblia. 
Além disso, ela nos permite localizar e situar os relatos bíblicos no 
espaço em que estes ocorreram, auxiliando-nos na reconstrução 
dos eventos. 
 Assim, por exemplo, conhecendo a Geografi a Bíblica, 
podemos compreender melhor os séculos de conquista de Canaã 
pelos israelitas, já que seremos capazes de identifi car as caracterís-
ticas culturais e localização dos diversos povos que habitavam as 
diferentes regiões da Palestina no momento da chegada dos he-
breus; apontar os variados acidentes físicos que difi cultavam os 
deslocamentos; localizar, no mapa, os locais de batalhas etc. 
O Mundo Bíblico: 
 A região que denominamos Mundo Bíblico situa-se, hoje, 
nas regiões conhecidas como Oriente Médio e mediterrânicas 
(Ver mapa do Mundo Bíblico), tendo como limites a Península 
Ibérica a ocidente e o atual Iraque a oriente. Os países encon-
trados atualmente nestas regiões são: Portugal, Espanha, frança, 
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Proibida a comercializaçãoItália, Grécia, os diversos países balcânicos, Turquia, Egito, Israel, 
Jordânia, Líbano, síria, Iraque, Arábia Saudita e vários emirados 
árabes.
Principais áreas do Mundo Bíblico:
Mesopotâmia (Meso = entre; potamos = rio) - região marcada 
pela presença do rio Tigre e Eufrates que fertilizavam a região, 
tornando-a propícia para a agricultura. No decorrer da História, 
surgiram grandes e poderosos impérios: o Sumério, o Acádio, o 
Babilônico e o Persa.
Península Arábica - extensa península formada por poucas áreas 
férteis e muitos desertos. Ali se desenvolveu um importante reino, 
o de Sabá.
Egito- Situa-se no Nordeste do continente Africano. Como a mes-
opotâmia, tem sua fertilidade garantida pela presença do rio Nilo, 
que atravessa toda a região. Nesta região se organizou um grande 
Império, o Egípcio.
Canaã- região estratégica por seu caráter de passagem entre as 
diversas regiões do Mundo Bíblico. Reunia a Síria e a Palestina. 
Nesta área se estabeleceram diversos povos, como os filisteus, os 
fenícios, e os próprios hebreus.
Europa- Cenário de importantes Impérios, como o Macedônico, 
também conhecido como Império de Alexandre, que reuniu a 
Grécia, a Macedônia e o Oriente Médio, e o Romano, que a par-
tir da cidade de Roma, situada na atual Itália, unificou a região 
mediterrânica da Europa Ocidental e Oriental, o Norte da África 
e o Oriente Médio. Possui uma grande diversidade geográfica e 
cultural. A Europa faz-se presente na Bíblia, de forma efetiva, nos 
livros do Novo Testamento. 
Traços físicos e elementos de paisagem:
A área que denominamos de Mundo Bíblico, como podemos ob-
servar, era extensa, por isso, são muitas e variadas as característi-
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Proibida a comercializaçãocas climáticas, hidrografi a, relevo, econômica, fauna e fl ora destas 
áreas.
A seguir, utilizando o texto bíblico, vamos listar algumas destas 
características. Leia o texto bíblico e destaque que traços físicos 
ou elementos de paisagem são mencionados e, se possível, a que 
região ou localidade se refere:
Êxodo 25:10 - ________________________________________
___________________________________________________
_________________________________________
Deuteronômio 32:13-14 - _______________________________
___________________________________________________
__________________________________________________
Jó 39: 1, 5, 9, 13, 18, 20, 26, 27 - __________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
____
Juízes 6:11 - _________________________________________
___________________________________________________
________________________________________
Mateus 21:18-19 - _____________________________________
___________________________________________________
____________________________________________
Números 11: 5 - ______________________________________
___________________________________________________
___________________________________________
Números 31:21 - ______________________________________
___________________________________________________
___________________________________________
Ezequiel 22:18-20 - ____________________________________
___________________________________________________
_____________________________________________
Josué 3:16 -__________________________________________
___________________________________________________
_______________________________________
Atos 27:27: __________________________________________
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Proibida a comercialização___________________________________________________
_______________________________________
II Crônicas. 3:1: ______________________________________
___________________________________________________
___________________________________________
Mateus 3:1: __________________________________________
___________________________________________________
_______________________________________
Conclusão:
Ao estudarmos a Bíblia devemos se possível, ter sempre à mão 
mapas e livros que nos apresentem informações sobre a geogra-
fia humana, econômica, física e política do Mundo Bíblico. In-
divíduos agem em contato com a natureza e com outros povos, 
transformando-os e interagindo com eles para alimentarem-se, 
vestir-se, divertirem-se, enriquecer-se e dominar outros, desde a 
antiguidade. Assim ocorreu com o povo de Israel e seus vizinhos 
e com os primeiros cristãos.Definições
Semíticas – pertencentes ou relativos aos judeus. Diz-se da língua 
falada pelos hebreus, assírios, arameus, fenícios e árabes.
Acrósticos – composição poética em que as letras iniciais dos ver-
sos formam, lidas verticalmente, palavras ou frases.
Anatematizar (condenar, repreender, amaldiçoar),
Septuaginta – termo que partiu da lenda de que seus setenta (mais 
exatamente 72 - seis de cada tribo) tradutores foram sobrenatural-
mente inspirados para produzir uma tradução infalível. Nos sub-
seqüentes todo o Antigo Testamento foi incluído na Septuaginta.
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Bibliologia
* Dicionário Bíblico Universal - Adaptado de “From Mala-
chi to Matthew”, de Charles F. Pfeiff er.
* A Bíblia Anotada
* Manual da Escola Dominical / CPAD - Autor: Antonio 
Gilberto.
* Bíblia de Estudos Almeida, Sociedade Bíblica do Brasil, 
1999.
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