Prévia do material em texto
6V Física Volume 1 Bernoulli Resolve Su m ár io - F ís ic a Módulo A 01 3 Introdução à Cinemática escalar e Movimento Uniforme 02 5 Movimento Uniformemente Variado e Movimento Vertical Módulo B 01 8 Termometria e dilatometria 02 10 Propagação de calor Módulo C 01 12 Fundamentos da óptica geométrica 02 14 Reflexão da luz e espelhos planos Módulo D 01 17 Eletrização 02 18 Força elétrica 03 20 Campo elétrico 3 Editora Bernoulli FÍ SI C A MÓDULO – A 01 Introdução à Cinemática escalar e Movimento Uniforme Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra C Comentário: Em relação ao solo, tanto o passageiro quanto o copo estão se movimentando com uma velocidade constante de 1 000 km/h, no entanto eles estão em repouso em relação ao avião. Portanto, ao cair, o copo não sofre força de restência do ar na horizontal, mantendo, assim, a velocidade de 1 000 km/h nessa direção. Essa força existiria se ele caísse fora do avião. Dessa forma, o copo cairá verticalmente, atingindo o piso do avião próximo ao ponto R. Questão 02 – Letra E Comentário: Nessa questão, é necessário utilizar o conceito de velocidade média (vm = distância total/intervalo de tempo total). Se o automóvel deslocou-se durante 1 h com velocidade de 60 km/h, a distância por ele percorrida foi de 60 km nesse primeiro trecho. Na segunda parte da viagem, a velocidade foi de 42 km/h, durante 0,5 h; logo, a distância percorrida foi de 21 km. Desse modo, o valor da distância total percorrida foi de 81 km, em 1,5 h; e sua velocidade escalar média foi de 54 km/h, ou seja, 15 m/s. Questão 03 – Letra A Comentário: Nessa questão, é necessário determinar o tempo que o trânsito de veículos fica contido em um cruzamento para que um trem de 200 m de comprimento, em movimento uniforme, consiga atravessá-lo. A cancela se fecha, impedindo a passagem de veículos, quando o trem se encontra a 100 m do cruzamento, e a largura da rua é de 20 m. Assim, a distância total (d) percorrida pelo trem será: d = 200 m + 100 m + 20 m = 320 m (o último vagão deve sair da rua para que o trem termine a travessia). A velocidade do trem é de 36 km/h, que, em m/s, equivale a: v = 36/3,6 = 10 m/s Portanto, o intervalo de tempo, em segundos, necessário para que o trem percorra essa distância será dado por: d = vDt ⇒ Dt = d/v ⇒ Dt = 320/10 ⇒ Dt = 32 s Questão 04 – Letra E Comentário: A partir da análise do gráfico, vemos que as duas partículas se deslocam em sentidos contrários da direção x, pois a inclinação da curva da partícula A é positiva, e a inclinação da curva da partícula B é negativa. Também podemos afirmar que a partícula B é a mais rápida, visto que o módulo da inclinição da sua reta é maior do que o módulo da inclinação da reta da partícula A. Portanto, a alternativa E está correta. Questão 05 – Letra D Comentário: Para determinarmos a distância percorrida pelo automóvel durante a ultrapassagem, precisamos encontrar o seu tempo de duração. A velocidade relativa entre o automóvel e a carreta é de 18 km/h = 5 m/s, e a distância percorrida para completar a ultrapassagem é de 18 metros. Então, podemos encontrar seu tempo de duração por meio da seguinte equação: = v = d t t = d v = 18 5 3,6s R R R R Desse modo, distância percorrida pelo o automóvel é: d = vA.t = 25.3,6 = 90 m Exercícios Propostos Questão 02 – Letra B Comentário: Para determinarmos a velocidade relativa, temos que encontrar a velocidade do ônibus e da pessoa: V S t m s V S t m s O O P P = = = = = = 1800 120 15 1800 1800 1 / / A velocidade relativa é a diferença entre essas duas velocidades: vR = vO – vP = 14 m/s Questão 05 – Letra D Comentário: A questão exige que o aluno selecione alguns dados relevantes em meio a uma série de informações para a solução do problema. Como o enunciado pressupõe que o valor da velocidade do metrô será constante, devemos trabalhar com as relações matemáticas do MU. A análise da tabela fornecida nos mostra que o intervalo de tempo de parada do metrô em cada estação é de 1 minuto e que o intervalo de tempo gasto no percurso entre as estações Vila Maria e Felicidade é de 4 min. O mapa indica que a distância entre essas estações é de 2 km. Logo, o valor da velocidade média do metrô é de 0,5 km/min. O intervalo de tempo total, gasto no percurso entre a estação Bosque e o terminal, será o intervalo de tempo gasto pela composição para se deslocar entre esses dois extremos acrescido do intervalo de tempo gasto nas paradas em cada estação. O intervalo de tempo gasto para percorrer os 15 km será Dt = 30 min. Como temos 5 estações entre o início e o final do movimento, devemos somar mais 5 minutos de parada no total. Teremos, então, um intervalo de tempo igual a 35 min. COMENTÁRIO E RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 4 Coleção Estudo FÍ SI C A Questão 08 – Letra B Comentário: Para determinarmos a velocidade média da moto nesse percurso, são necessárias duas informações, a distância total, que já é conhecida (20 km), e o tempo total. Primeiramente, vamos calcular o tempo transcorrido em cada uma das quatro partes de 5 km do trajeto: t = 5 v = 5 100 = 0,05 h t = t = 5 v = 5 120 = 0,042 h t = 5 v = 5 150 = 0,033 h 1 1 2 3 3 4 4 A velocidade média é dada pela razão entre a distância total e o tempo total: v = 20 t + t + t + t = 20 0,05 + 0,042 + 0,042 + 0,033 v =120 km/h M 1 2 3 4 M Questão 10 – Letra D Comentário: Devemos recordar a equação de posição para um veículo em MU: s = s0 + vt. Se adotarmos o instante zero como o momento em que Pedro passa pelo marco zero da estrada, podemos escrever que: sMARTA = s0 + vt e sPEDRO = s0 + vt; logo: sMARTA = 10 + 80t e sPEDRO = 0 + 100t (s em km e t em h) Como o problema deseja verificar a posição de encontro dos veículos, basta igualar as equações das posições ocupadas pelos veículos de Marta e de Pedro: sMARTA = sPEDRO ⇒ 10 + 80t = 0 + 100t 20t = 10 ⇒ t = 0,5 h Substituindo o valor do instante de tempo em qualquer uma das duas equações de posição, achamos a posição em que os veículos se encontrarão, s = 50 km. Questão 11 – Letra C Comentário: A questão, embora seja simples de resolver, apresenta uma grande possibilidade de erro por parte dos estudantes, uma vez que muitos aplicam o conceito errôneo de velocidade, tomando a razão entre a posição e o instante de tempo. A velocidade deve ser encontrada por meio da razão entre a variação da posição e o intervalo de tempo gasto. Para determinar a velocidade no instante 60 s, podemos calculá-la no intervalo que vai dos 40 s aos 100 s, pois, durante todo esse intervalo, a velocidade permanece constante. Realizando o cálculo para o intervalo referido, encontramos: v s t m s m s= = − − =( ) ( ) /700 100 100 40 10 Questão 13 – Letra C Comentário: A questão apresenta um gráfico de posição versus tempo para dois trens, cujas velocidades podem ser determinadas por meio das inclinações das retas. O trem prata percorre uma distância de 720 km em 12 h, a mesma distância percorrida e o mesmo intervalo de tempo gasto pelo trem azul. Apenas os sentidos de movimento são diferentes, mas o módulo das velocidades é idêntico e igual a 60 km/h. Logo, a alternativa C é incorreta. Questão 14 – Letra C Comentário: Podemos encontrar o ponto da colisão determinando o tempo que leva pra ela ocorrer e utilizando-o para determinar a distância percorrida por qualquer uma das esferas. Como a velocidade relativa entre as esferas é de 2 cm/s e a distância entre elas é de 4 cm, o tempo até a colisão ocorrer é dado por: t = d v = 4 2 = 2sR R Portanto, a esfera de velocidade igual a 3 cm/s irá percorrer a seguinte distância: d2 = v2t = 3.2 = 6 cm Como essa esfera parte da posição de 14 cm, a colisão acontece em d = 14 + d2 = 20 cm. Há outra forma de econtrarmos a posição em que as esferas irão colidir. Como o tempo transcorrido no movimento de cada uma delas é o mesmo, temos a seguinte relação: t = t d v = d v 1 2 1 1 2 2 A esfera 2, que noinstante inicial está 4 cm a frente da esfera 1, irá percorrer 4 cm a menos, ou seja, d2 = d1 – 4. Substituindo esse valor na relação anterior, temos: Þ d v = d v = d – 4 v d = –4 v . (v v ) (v – v ) = –4 3 . (15) (3 – 5) =10 cm 1 1 2 2 1 2 1 2 2 1 2 1 Como a esfera 1 parte da posição de 10 cm, a colisão acontece em d = 10 + d1 = 20 cm. Questão 16 Comentário: Essa questão da Unicamp aborda o princípio de funcionamento de um dispositivo de registro de velocidade semelhante ao descrito no texto do módulo. Quando a roda do carro passa pelo sensor 1, este é acionado, registrando o intervalo de tempo gasto, até que a mesma roda acione o sensor 2, em 0,1 s. A) Como a distância entre os sensores é de 2 m e o intervalo de tempo gasto entre o acionamento destes é de 0,1 s, podemos concluir que a velocidade média do carro, ao passar pelos sensores, é de 20 m/s ou 72 km/h. B) A distância entre os eixos é a distância entre as rodas dianteiras e traseiras de um veículo. O gráfico nos informa que o sensor S1 registrou um intervalo de tempo de 0,15 s para que as rodas dianteira e traseira passassem sobre ele. Como a velocidade do carro é de 20 m/s, e o intervalo de tempo é de 0,15 s, encontramos que a distância entre os eixos do carro é de d = vt = (20 m/s).(0,15 s) = 3 m. Questão 17 Comentário: O problema apresenta um gráfico de velocidade versus tempo para o MU de um veículo e pede informações sobre a posição final do móvel. Sabe-se que, nesse caso, a área abaixo do gráfico é numericamente igual à distância percorrida e que o sinal da velocidade indica se o movimento é retrógrado ou progressivo. 5 Editora Bernoulli FÍ SI C A A análise do movimento, por meio do gráfico, indica que, inicialmente, o veículo deslocava-se no sentido crescente das posições, percorrendo uma distância de 15 km (área sob o gráfico entre 0 h e 1 h); após o instante 1,0 h, o veículo parou durante 1 h e, posteriormente, do instante 2 h ao instante 4 h, o veículo percorre uma distância de 40 km no sentido negativo das posições, pois apresentava entre 2 h e 4 h uma velocidade de – 20 km/h. Atenção! Apesar de o gráfico indicar o movimento até 5 h, o enunciado deseja saber a posição do veículo no instante de tempo igual a 4 h. Ora, se o veículo parte do km 50, move-se 15 km no sentido positivo e, depois, 40 km no sentido negativo, podemos concluir que ele se encontrará no km 25 da rodovia no instante 4h. Seção Enem Questão 01 – Letra C Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: A distância percorrida pelo avião, entre Quito e Cingapura, é dada por: d = 2 2 πr = pr ⇒ d = 3,14.6 370 = 20 011 km Utilizando o valor obtido para a distância percorrida pelo avião e o valor da velocidade média deste, vm = 800 km/h, temos que o intervalo de tempo gasto no trajeto de Quito a Cingapura é dado por: vm = d t ⇒ Dt = d v m ⇒ Dt = 20 011 800 ≅ 25 horas Questão 02 – Letra B Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: A velocidade média dos veículos que trafegam pela avenida pode ser obtida por meio da média aritmética das velocidades dos veículos, representadas no gráfico do enuncidado. Portanto, a velocidade média dos veículos é dada por: vm = 5 20 15 30 30 40 40 50 6 60 3 70 80 100 . . . . . .+ + + + + + ⇒ vm = 4 400 100 = 44 km/h Questão 03 – Letra E Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: Para resolvermos essa questão, devemos fazer uma análise do gráfico apresentado no enunciado. Um passageiro deve chegar ao ponto final da linha, no máximo, às 10h30min. Assim, devemos analisar o gráfico e verificar qual é o intervalo de tempo gasto pelo ônibus no percurso do ponto inicial ao ponto final da linha, em cada instante do dia. Subtraindo esse intervalo de tempo do horário de 10h30min, obteremos o instante máximo em que o passageiro pode tomar o ônibus para chegar a seu destino no instante especificado, 10h30min. Realizando tal análise, podemos verificar que o instante máximo em que o passageiro pode tomar o ônibus é 08h50min, pois o tempo médio de viagem do ônibus, nesse instante do dia, é de 100 min. MÓDULO – A 02 Movimento Uniformemente Variado e Movimento Vertical Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra B Comentário: A queda do paraquedista pode ser divida em duas etapas distintas, a primeira, em que o movimento é uma queda livre, e a segunda, em que ele cai em movimento retilíneo uniforme. O tempo do primeiro movimento já é conhecido, 5 segundos. Para determinamos o tempo do segundo movimento, temos que encontrar a distância percorrida nele: d = v t + 1 2 gt = 0 + 1 2 10.5 =125 m 1 0 1 1 2 2 d2 = 325 – d1 = 325 – 125 = 200 m O tempo em que ele cai em movimento retilíneo uniforme é dado por: t + d v = 200 10 =20 s 2 2 2 Então, o tempo total da queda é t = t1 + t2 = 5 + 20 = 25 s Questão 02 – Letra A Comentário: Temos agora um caso no qual o veículo possui uma aceleração atuando em sentido oposto ao da velocidade, isto é, o valor da velocidade diminui com o passar do tempo. O enunciado nos fornece o valor da velocidade inicial (20 m/s), o valor da velocidade final (zero) e a distância percorrida. Utilizando a equação de Torricelli para resolver esse exercício, temos: v2 = v02 + 2ad ⇒ a = –v02/2d = –(20 m/s)2/(2.50 m) ⇒ a = –4 m/s2 Questão 03 – Letra C Comentário: O objeto é lançado para cima com uma velocidade inicial de módulo igual a 50 m/s. Essa velocidade diminui com o tempo devido à aceleração da gravidade, que possui mesma direção e sentido contrário ao movimento. Após 5 segundos, o módulo da velocidade é zero e seu sentido é invertido. É nesse instante que o objeto atinge sua altura máxima, a qual podemos encontrar aplicando a Equação de Torricelli: D Þ D Þ D = v = v + 2a s 0 =50 + 2.(–10). s s = 2500 20 125 m 2 0 2 2 6 Coleção Estudo FÍ SI C A Questão 04 – Letra A Comentário: Como a desaceleração é uniforme, podemos utilizar as equações de movimento para o MUV. Uma vez que nos é fornecido o valor da velocidade inicial (72 km/h = 20 m/s) e do tempo do movimento (4,0 s), podemos utilizar a função horária da velocidade para calcular o valor da aceleração. v = v0 + at ⇒ 0 = 20 + a.4 ⇒ a = –5 m/s2 Conhecendo o valor da aceleração, determinamos o distância percorrida por meio da função horária da posição: s = v t + 1 2 at = 20.4 + 1 2 .(–5).4 = 40m 0 2 2 A velocidade média é a razão entre a distancia total pecorrida e o intervalo de tempo do movimento: v = s t = 40 4 =10 m/s M Questão 05 Comentários: A análise da tabela indica que o movimento da moto é uniformemente acelerado, pois a cada segundo de movimento, o valor da velocidade da moto aumenta em 2 m/s, indicando que sua aceleração tem valor igual a 2 m/s2. A) Pode-se resolver esse item simplesmente por regra de três, uma vez que v0 = 0 e, portanto, v = at. Como no instante t = 5 s o valor da velocidade é de 10 m/s, no instante t = 10 s, o valor da velocidade também será o dobro, 20 m/s. Pode-se também utilizar a equação v = v0 + at e substituir os valores numéricos fornecidos pela tabela: v = v0 + at ⇒ 20 m/s = 0 + 2 m/s2.t ⇒ t = 10 s B) Utilizando a equação da distância percorrida em função do tempo para o MUV, temos: d = v0t + 1 2 at2 = 1 2 at2 = 1 2 2 m/s2.(10 s)2 = 100 m Exercícios Propostos Questão 01 – Letra C Comentário: Ao partir do repouso, quando sua velocidade ainda é zero, a gotícula de água não sofre força de arrasto, ela está apenas sob a ação da força da gravidade, portanto sua aceleração é máxima. À medida que o módulo da sua velocidade aumenta, a força de resistência também aumenta. Essa força tem sentido oposto ao da gravidade, dessa forma a força resultante diminui e, em consequência, o módulo da aceleração também dimunui. A força de arrasto cresce até um ponto em que seu módulo se iguala ao da força da gravidade, assim a aceleração da gotícula passa a ser zero e o móduloda velocidade se torna constante. O gráfico que melhor representa essa situação é o gráfico da alternativa C, pois o módulo da velocidade possui um grande crescimento no início do movimento, crescimento que vai cessando até que a velocidade atinja um valor constante. A aceleração parte de um valor máximo, que é igual à aceleração da gravidade, e diminui até zerar. Questão 03 – Letra D Comentário: Sabemos que, no gráfico de velocidade versus tempo, a área sob a curva do gráfico é numericamente igual à distância percorrida, que uma velocidade positiva representa um movimento progressivo, e uma velocidade negativa representa um movimento retrógrado. Assim, calculando o deslocamento do dois trens, temos: A = 5.50/2 + (–5.50/2) + (–5.50/2) = –125 m B = (–5.50/2) + 5.50/2 + 5.50/2 = 125 m. Portanto, a distância final entre os dois trens é de 250 m. Questão 05 – Letra B Comentário: Observe que, no intervalo de tempo de 3,0 s, o carro e o atleta percorrem distâncias iguais. Portanto, igualando as distâncias percorridas pelo carro e pelo atleta, temos: dcarro = datleta ⇒ v0t + at2/2 = vt ⇒ 2.32/2 = v.3 ⇒ v = 3 m/s Questão 06 – Letra D Comentário: O gráfico de velocidade versus tempo mostrado na questão apresenta um móvel com velocidade decrescente que, posteriormente, entra em repouso. Vamos analisar cada uma das alternativas apresentadas pela questão. A) “Esfera que desce por um plano inclinado e continua rolando por um plano horizontal”. Alternativa falsa, pois uma esfera que desce um plano inclinado e continua rolando por um plano horizontal apresenta, inicialmente, velocidade crescente e, posteriormente, velocidade constante. B) “Criança deslizando num escorregador de um parque infantil”. Alternativa falsa, pois é pouco provável que um menino deslizando por um escorregador apresente uma velocidade decrescente. C) “Fruta que cai de uma árvore”. Alternativa falsa, pois, nesse caso, teríamos um movimento uniformemente acelerado. D) “Composição de metrô, que se aproxima de uma estação e para”. Alternativa verdadeira, pois, ao se aproximar de uma estação, a composição deve reduzir a velocidade e, posteriormente, parar. E) “Bala no interior de um cano de arma, logo após o disparo”. Alternativa falsa, pois logo após o disparo, uma bala apresenta um movimento acelerado, no qual o valor da aceleração é descrescente. Questão 09 – letra D Comentário: Para caracterizarmos o movimento do saco de areia, basta observarmos que ele se movia, inicialmente, para cima, com velocidade de 5 m/s e, posteriormente, ao desprender-se do balão, passou a sofrer os efeitos de uma aceleração (aceleração da gravidade) que atua em sentido oposto ao de seu movimento inicial. Observe que esse movimento é idêntico ao realizado por um objeto que é lançado para cima, com velocidade inicial de 5 m/s; este apresenta um movimento inicialmente retardado, com sentido para cima e com velocidade decrescente, e, em seguida, cai em movimento uniformemente acelerado. Questão 10 – Letra A Comentário: No ponto mais alto da trajetória, como a bola não está mais subindo ou descendo, sua velocidade instantânea é zero. Porém, sua aceleração não é zero, pois o valor da velocidade está mudando de um valor nulo para um valor negativo, devido aos efeitos da gravidade. Logo, existe mudança no valor da velocidade, e, consequentemente, temos uma aceleração diferente de zero, que é a aceleração da gravidade. 7 Editora Bernoulli FÍ SI C A Questão 15 Comentário: O gráfico de aceleração versus tempo apresentado na questão mostra que a aceleração possui valor constante e igual a 2,0 m/s2, entre os instantes 0 e 5 s, indicando um movimento retilíneo uniformemente acelerado nesse intervalo de tempo. Após esse intervalo, o movimento passa a ser um movimento uniforme, uma vez que o valor da aceleração é zero. A) Podemos utilizar os dados da questão para construir uma tabela de valores da velocidade em função do tempo e, assim, obtermos os dados necessários à construção do gráfico pedido. Dessa forma, temos: Instante 0 s 1 s 2 s 3 s 4 s 5 s 6 s 7 s 8 s ... 15 s v (m/s) 0 2 4 6 8 10 10 10 10 ... 10 v (m/s) 10 Tempo (s)5 10 150 B) Para determinarmos a distância percorrida entre os instantes de tempo desejados, basta calcularmos a área sob a curva do gráfico anterior, obtendo um valor igual a 25 m (triângulo) e a 100 m (retângulo). Logo, a distância total percorrida é igual a 125 m. Questão 16 Comentário: A) O carro parte do repouso e apresenta aceleração constante e igual a 2,0 m/s2. Logo, a cada segundo que passa, o valor de sua velocidade aumenta 2,0 m/s. Representando em uma tabela os valores das velocidades do carro e do ônibus nos primeiros 12 s de movimento, temos: Instante 0 s 1 s 2 s 3 s 4 s 5 s 6 s 7 s 8 s 9 s 10 s 11 s 12 s vcarro (m/s) 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 vônibus (m/s) 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 Utilizando os dados da tabela anterior, construímos o gráfico de velocidade em função do tempo para os movimentos do carro e do ônibus. v (m/s) 24 20 10 Tempo (s)4 8 12 Carro Ônibus 0 B) O instante no qual os veículos encontram-se é o instante t, em que as distâncias percorridas pelo carro e pelo ônibus são iguais, isto é: distânciacarro = distânciaônibus (v0t + 1 2 at2)carro = (vt)ônibus (1 2 at2)carro = (vt)ônibus Substituindo os valores numéricos fornecidos pelo enunciado, temos: t2 = 10t ⇒ t1 = 0 e t2 = 10 s Já sabemos que, no instante t = 0, os veículos estavam juntos; logo, a resposta do problema é t = 10 s. C) Utilizando o valor do intervalo de tempo para que o carro alcance o ônibus e qualquer uma das equações de distância percorrida, pois essas são iguais, temos que a distância percorrida pelo carro, até que este alcance o ônibus, é de 100 m. Seção Enem Questão 01 – Letra E Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 20 Comentário: Nessa questão, devemos analisar a dependência que há entre a altura de um salto e o quadrado da velocidade inicial desse. Na situação a que se refere a questão, a velocidade média do Super-homem, em seu movimento do solo até o alto do prédio, é dada por: vm = H/Dt ⇒ H = vmDt Em que H é a altura do prédio, Dt é o intervalo de tempo do salto e vm é a velocidade média deste. Observe, na equação anterior, que a altura H é diretamente proporcional à velocidade média do salto e ao intervalo de tempo Dt. Durante o movimento de subida, a velocidade do Super-homem varia. A relação entre sua velocidade v e o intervalo de tempo Dt do salto é dada por: v = v0 – gDt No ponto de altura máxima, a velocidade do Super-homem é nula, como afirmado pelo enunciado da questão. Portanto: 0 = v0 – gDt ⇒ Dt = v0/g Ou seja, o intervalo de tempo necessário para que o Super-homem alcance o ponto de altura máxima é diretamente proporcional à velocidade inicial do salto. Diante dessa análise, conclui-se que a alternativa correta é a E. Questão 02 – Letra C Eixo cognitivo: I Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: Para que a velocidade seja aproximadamente constante, é necessário que seu valor varie muito pouco, o que ocorre entre os instantes 5 s e 8 s. 8 Coleção Estudo FÍ SI C A Questão 03 – Letra A Eixo cognitivo: I Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: A aceleração será máxima no intervalo de tempo em que a taxa de variação da velocidade, em relação ao tempo, for maior (e não, necessariamente, no instante em que a velocidade for máxima). Entre 0 s e 1 s, a taxa de variação da velocidade é de 6 m/s2; entre 1 s e 5 s, a taxa de variação é de 1,3 m/s2; de 5 s a 8 s, a taxa de variação é praticamente nula; entre 8 s e 11 s, a taxa é de 0,7 m/s2; e, entre 12 s e 15 s, a taxa de variação é de 1,3 m/s2. Logo, como a taxa de variação da velocidade é maior no intervalo de 0 s a 1 s, temos que a aceleração é máxima nesse intervalo de tempo. Questão 04 – Letra D Eixo cognitivo: I Competência de área: 6 Habilidade:20 Comentário: Corpos em queda livre apresentam movimento uniformemente variado. Uma das características desse tipo de movimento é a proporcionalidade entre a distância percorrida pelo corpo e o quadrado do tempo de queda, ou seja, conforme o tempo passa o corpo percorre uma distância cada vez maior para um mesmo intervalo de tempo. Caso o peso do corpo variasse durante a queda a aceleração não seria constante, mas esse tipo de movimento não é abordado no Ensino Médio. MÓDULO – B 01 Termometria e dilatometria Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra E Comentário: O limite inferior para a temperatura é aproximadamente −273 °C, que, na escala Kelvin vale zero e na escala Fahrenheit vale −460 °F. Portanto, as temperaturas de 1 °C, 274 K e 31 °F representam estados muito acima do limite inferior. A temperatura de −4 K não é fisicamente possível, pois ela é menor que o zero absoluto. A temperatura de −270 °C, que na escala Kelvin vale 3 K, além de ser fisicamente possível, representa um estado muito próximo ao zero absoluto. Questão 02 – Letra C Comentário: Chamando de TC e de TF as temperaturas nas escalas Celsius e Fahrenheit, podemos escrever: TF – TC = 92 Não é possível afirmar o contrário, isto é, que TC – TF = 92, porque qualquer temperatura entre 32 ºF e 212 ºF, intervalo de temperatura no qual a água é líquida, apresenta um número maior na escala Fahrenheit do que o valor correspondente na escala Celsius. Note que todas as alternativas dessa questão satisfazem a equação anterior. Para achar as temperaturas, precisamos de outra equação relacionando TC e TF . Essa equação é a própria fórmula de recorrência entre as duas escalas: T TC F 5 32 9 = − Resolvendo esse sistema de duas equações e de duas incógnitas, obtemos: TC = 75 ºC e TF = 167 ºF Questão 03 – Soma = 5 Comentário: Professor, antes de você analisar cada uma das afirmativas com os alunos, reforce a ideia já discutida em sala de que um corpo vazado se dilata como se fosse maciço. Assim, deixe bem claro que o furo da placa ira se alargar quando a placa for aquecida, assim com irá se estreitar caso a placa seja resfriada. Relembre ainda com seus alunos que a dilatação do furo, por exemplo, a do seu diâmetro, deve ser calculada usando-se os coeficientes de dilatação térmica da placa. Apesar de ser um absurdo, muitos alunos acham que deveríamos usar o coeficiente do ar, uma vez que o furo é preenchido com esse gás. 01. Verdadeiro. Independentemente de α1 ser igual, maior ou menor que α2, se apenas a placa for aquecida, apenas ela e o furo irão dilatar, de modo que o cilindro, que continuará com a mesma grossura, passará pelo furo alargado. 02. Falso. Se o cilindro e a placa forem igualmente aquecidos, e sendo α1 > α2, então o cilindro irá dilatar mais do que o furo, de modo que o cilindro não passará pelo furo. 04. Verdadeiro. Se o cilindro e a placa forem igualmente aquecidos, mas sendo α1 < α2, então o cilindro irá dilatar menos do que o furo, de modo que o cilindro passará pelo furo. 08. Falso. Se o cilindro e a placa forem igualmente resfriados, e sendo α1 > α2, então o cilindro irá contrair mais que o que o furo, de modo que o cilindro passará pelo furo. 16. Falso. Independentemente de α1 ser igual, maior ou menor que α2, se apenas o cilindro for aquecido, apenas ele irá dilatar, de modo que o cilindro não passará pelo furo, que continuará com o mesmo diâmetro. Questão 04 – Letra C Comentário: De acordo com o gráfico, caso a temperatura da água e do recipiente (4 ºC) aumente ou diminua, a água passará a ocupar um volume maior que o volume do recipiente. Portanto, a água transbordará para qualquer variação de temperatura. Questão 05 – Letra C Comentário: A figura abaixo mostra o giro sofrido pelo ponteiro do instrumento. O segmento AB representa a dilatação DL sofrida pela barra de alumínio, enquanto o segmento CD representa o deslocamento sofrido pela extremidade superior do ponteiro. A rigor, CD é um arco de círculo, cujo centro é o ponto O, onde o ponteiro está articulado. Portanto, vamos calcular um deslocamento CD aproximado. Mesmo assim, esse valor apresenta boa precisão, pois os comprimentos dos segmentos AB e CD são pequenos. C 10 cm 2 cmO D BA Antes de calcular o comprimento CD, precisamos achar o comprimento AB. Como citado, esse é a dilatação sofrida pela barra de alumínio, cujo comprimento inicial é L0 = 30 cm = 300 mm. Substituindo na equação da dilatação térmica linear esse valor e os valores do coeficiente de dilatação linear do alumínio e da elevação de temperatura sofrida pela barra, obtemos: AB = DL = L0.α.DT = 300.2 x 10−5.(225 − 25) = 1,2 mm Por inspeção, vemos que os triângulos AOB e COD são semelhantes, sendo que cada dimensão do triângulo COD é 5 vezes maior que a dimensão correspondente no triângulo AOB. Portanto, como AB = 1,2 mm, o comprimento CD é igual a 6 mm (1,2 vezes 5). 9 Editora Bernoulli FÍ SI C A Exercícios Propostos Questão 01 – Letra B Comentário: I. Falso. A temperatura é uma medida do grau de agitação das moléculas. Portanto, não faz sentido pensar em temperatura para o vácuo ideal, que é uma região desprovida de qualquer tipo de matéria. II. Falso. Dois corpos a temperaturas diferentes terão energias térmicas médias necessariamente diferentes, pois a temperatura é uma medida da energia cinética média das moléculas. Assim, a energia cinética média é maior quando um corpo está mais quente. Contudo, se o número de moléculas de um corpo quente for menor que o número de moléculas de um corpo frio, poderá haver uma compensação, de modo que as energias térmicas totais dos dois corpos sejam iguais. Por exemplo, um grande bloco de gelo pode ter a mesma energia térmica total que um copo com água fervente, embora a energia térmica média por molécula na água quente seja maior que a do bloco de gelo. III. Verdadeiro. A temperatura de um corpo é uma grandeza macroscópica, pois a temperatura está associada ao fato desse corpo estar mais quente ou mais frio em relação a outro corpo. A temperatura de um corpo também é uma grandeza microscópica, uma vez que a temperatura é uma medida do grau de agitação das moléculas da matéria constituinte deste corpo. IV. Falso. Existem alguns exemplos de adição de calor sem variação de temperatura. Professor, por ora, apenas apresente alguns exemplos, explicando aos alunos que esses casos serão estudados com detalhes nos próximos capítulos. Exemplos: (1) fusão e vaporização de uma substância pura, como a água e o mercúrio; (2) expansão lenta de um gás ideal que, ao receber calor, realiza um trabalho, de modo que a energia interna do gás não varia. Questão 02 – Letra C Comentário: Vamos analisar cada uma das proposições separadamente. I. A pressão de um gás encerrado em um recipiente aumenta com o aumento da pressão. Logo, a pressão do gás pode ser considerada uma propriedade termométrica. II. A resistência elétrica de um resistor depende de sua resistividade, que, por sua vez, varia com a temperatura do material do resistor. Portanto, a resistência elétrica também pode ser considerada uma propriedade termométrica. III. A massa representa a quantidade de matéria contida em uma amostra de uma substância e não se altera com a temperatura, pois uma variação da temperatura apenas altera a agitação térmica das partículas constituintes da amostra da substância, mas não gera perda ou ganho de partículas. Assim, a massa de um corpo não pode ser considerada uma propriedade termométrica. Diante das análises anteriores, conclui-se que a alternativa correta é a C. Questão 03: Letra E Comentário: A figura abaixo mostra a relação funcional existente entre a escala Celsius de temperatura e a escala de temperatura registrada pela coluna deste termoscópio. 15°C 10°C TC b a 25 mm 5 mm h Para achar a fórmula de recorrência entre TC e h, devemos igualar a razão a/b usando os valores das duas escalas: a b = T –10 15–10 = h–525–5 h= 4.(T –10) + 5c c Substituindo TC = 20°C nessa equação, obtemos: h = 4.(20 – 10) + 5 = 45 mm Questão 04 – Letra A Comentário: Quando uma barra de comprimento 0 tem a temperatura alterada de Dθ, o aumento relativo em seu comprimento é dado por: (DL/l0) = α.D.θ Esse aumento relativo depende apenas do coeficiente de dilatação linear da barra (α) e da mudança de temperatura (Dθ). Todos os quatro vergalhões são feitos do mesmo material e, portanto, apresentam o mesmo coeficiente de dilatação linear. A elevação de temperatura também foi idêntica para todos os vergalhões. Assim, o produto α.Dθ é constante, e concluímos que todas as partes do quadro dilatam-se, relativamente, de forma igual. O resultado disso é que o quadro se dilata sem deformar a sua forma inicial e, consequentemente, sem gerar esforços internos. Questão 05 – Letra B Comentário: A primeira das figuras a seguir mostra uma régua imersa em um ambiente a 20 ºC, no qual a sua leitura é confiável (real). A outra figura mostra a régua e uma barra (que representa a distância entre os dois pontos citados no exercício), ambas imersas em um ambiente à temperatura T > 20 °C. Por isso, a régua está dilatada (note que em todas as direções) em relação ao seu comprimento aferido a 20 ºC. � � � LREAL 20 °C T > 20 °C L = 0,0005.LREAL O comprimento real medido pela régua a 20 ºC e a dilatação de 0,05% (em valor absoluto, 0,0005) estão indicados nas figuras (fora de escala). Para achar a temperatura T, basta substituirmos esses valores na equação da dilatação linear: DL = L0α.D.T ⇒ 0,0005.LREAL = LREAL.2,0 x 10−5.(T − 20) ⇒ T = 45 °C 10 Coleção Estudo FÍ SI C A Questão 08 – Letra A Comentário: Se αv > αt, durante o aquecimento, as bocas dos dois frascos dilatarão mais do que as tampas, gerando tensões no frasco 1, mas causando um afrouxamento da tampa do frasco 2. Por isso, apenas o vidro 1 se quebrará. Ao contrário, se αv < αt, as bocas dos dois frascos dilatarão menos do que as tampas. Nesse caso, haverá tensões no frasco 2 e um afrouxamento da tampa do frasco 1. Agora, o vidro 2 é que se quebrará. Questão 09 – Letra E Comentário: A dilatação total é a soma das dilatações parciais: DL = DLZn + DLAl = L0.αZn.DT + L0 .αAl.DT = L0.DT.(αZn + αAl) ⇒ DL = 1,0.200.48 x 10−6 = 0,0096 m Assim, o comprimento final vale: L = 2L0 + DL = 2,0 + 0,0096 = 2,0096 m Questão 10 – Letra A Comentário: De acordo com a 2ª figura, a lamina de baixo, por estar na parte externa do conjunto encurvado, apresenta maior dilatação que a lâmina de cima. Como as duas lâminas apresentam comprimentos iniciais iguais e como as duas sofreram o mesmo aquecimento, a maior dilatação da lâmina de baixo é devida ao seu maior coeficiente de dilatação térmica. Portanto, a lâmina de baixo é feita de alumínio e a de cima de cobre, que, de acordo com os valores dados no problema, possui o menor coeficiente de dilatação térmica. Professor, ao fazer este problema na sala de aula, você poderá fazer uma demonstração simples para simular o caso. Usando papel de cigarro (de um lado é papel e do outro é alumínio), mostre que o papel se curva quando aquecido, conforme a figura abaixo. Invertendo o lado do papel, mostre que a curvatura também se inverte. Questão 11 – Letra B Comentário: A Leitura Complementar do módulo 01, frente B, discorre a respeito da influência da estrutura molecular sobre a dilatação térmica e a tensão superficial de uma substância. Este último fenômeno é abordado nesta questão. Um líquido não molha uma superfície quando a força de coesão entre as moléculas do líquido é maior do que a força de adesão das moléculas da superfície sobre as moléculas do líquido. É isso que ocorre entre o mercúrio e uma superfície de vidro ou de papel. Outro exemplo da elevada tensão superficial do mercúrio ocorre quando esse líquido é derramado em um piso de ladrilho ou de tábua corrida encerada ou sintecada. O mercúrio se parte em várias bolinhas, que, coesas, não molham o piso. Questão 14 Comentár io: A d i l a tação aparente do l í qu ido (80 cm3 = 0,080 L) é dada por: DVap = V0(γlíq − γrec)DT ⇒ 0,080 = 10(0,90x10−3 − γrec)10 ⇒ γrec = 1,0 x 10−4 ºC−1 O coeficiente de dilatação linear do recipiente, αrec, é 1/3 de γrec. Assim: αrec = (1,0/3) x 10−4 = 0,33 x 10−4 ºC−1 = 33 x 10−6 ºC−1 Seção Enem Questão 01 – Letra D Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: O ganho ilícito do dono do posto se deve ao aumento de volume do álcool devido ao seu aquecimento. O aumento diário desse volume é dado por: DV = V0 .γ. DT = 20 x 103 litros/dia.1 x 10−3 ºC−1.(35 − 5) ºC = 6 x 102 litros/dia Embora o lucro obtido por litro de combustível comprado pelo dono do posto seja a diferença entre o preço de revenda (R$ 1,60) e o preço de aquisição (R$ 0,50), o ganho devido ao aumento do volume de álcool deve ser calculado com base apenas no valor de revenda, pois esse volume de álcool não foi efetivamente comprado pelo dono do posto, mas advindo do simples aquecimento do combustível. Assim, o ganho semanal ilícito desse volume de álcool é: Ganho = 6 x 102 litros/dia.R$ 1,60/litro.7 dias = R$ 6 720,00 Questão 02 – Letra C Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: De acordo com o gráfico do exercício, uma massa de 1 g de água ocupa um volume de 1,00015 cm3 a 0 °C e um volume de 1,00002 cm3 a 4 ºC. Portanto, ao ser aquecida de 0 °C a 4 °C, essa massa de água tem seu volume diminuído de 0,00013 cm3. Esse valor é 0,013% do volume inicial a 0 ºC, conforme o seguinte cálculo: [(1,00015 − 1,00002)/1,00015].100% = 0,013% De forma mais aproximada, temos: [(1,00015 − 1,0000)/1,00].100% = 0,015%, que é inferior ao valor 0,04% citado na alternativa C. Questão 03 – Letra E Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: I. Falso. Não é vantagem comprar combustível quente, pois, em relação ao produto frio, a densidade é mais baixa, ou seja, o combustível apresenta um volume maior para a mesma massa. Por exemplo, imagine que uma massa de 0,80 kg do produto ocupe um volume de 1,0 L, e cujo preço seja igual a R$ 2,30/litro. Se essa massa for aquecida, ela passará a ocupar um volume maior do que 1,0 L, e custará mais do que R$ 2,30. 11 Editora Bernoulli FÍ SI C A II. Verdadeiro. Como explicado anteriormente, a densidade do combustível aumenta com o seu aquecimento e, naturalmente, diminui com o seu resfriamento. Assim, em temperaturas mais baixas, existe mais massa por volume de combustível. III. Verdadeiro. A massa é que determina a conversão de energia de combustão em energia cinética do carro. Por isso, seria ideal que o combustível fosse vendido por kg, e não por litro, pois o problema decorrente da dilatação térmica estaria solucionado. Infelizmente, medir a massa do combustível é muito mais complicado do que medir o volume. Por isso, em todo o mundo, a venda é feita com base em medições de volume. MÓDULO – B 02 Propagação de calor Exercícios de Fixação Questão 01 – Soma = 5 Comentário: Professor, antes de você analisar cada uma das afirmativas desta questão, relembre rapidamente com os alunos os três processos de transferência de calor: condução, convecção e radiação (ou irradiação) térmica. 01. Verdadeiro. A convecção térmica implica o movimento de massas de fluidos de uma região para outra. No caso da convecção livre, esse movimento se deve à diferença da densidade do fluido entre essas regiões, como, por exemplo, no aquecimento da água em uma panela colocada ao fogo. A água no fundo da panela, por estar mais aquecida, apresenta maior densidade que a água de camadas superiores. Assim, a água densa de cima troca de posição com a água menos densa da parte de baixo. Professor, chame a atenção dos alunos sobre a convecção forçada, na qual o movimento do fluido não é necessariamente provocado pela variação local da densidade do fluido, mas sim por algum agente externo. Um exemploé a convecção forçada que ocorre quando uma pessoa transfere calor para o ar ambiente quando uma brisa forte sopra contra o seu corpo. Nesse caso, a taxa de transferência de calor pode ser muito maior do que aquela caso não houvesse vento. Por isso, com o vento, a sensação de frio é maior. 02. Falso. Nos sólidos, não pode haver convecção térmica, pois as moléculas de um sólido, por estarem presas à rede cristalina, não podem sofrer grandes deslocamentos. A convecção térmica é possível apenas nos fluidos. Professor, comente com os alunos que pode haver simultaneamente troca de calor por condução e radiação nos sólidos. Como exemplo, você pode citar o aquecimento de uma placa de vidro recebendo raios solares. 04. Verdadeiro. Para explicar este item, vamos considerar que a garrafa térmica contenha café quente. As paredes espelhadas refletem a radiação infravermelha que o café emite. Grande parte dessa radiação refletida é absorvida pelo café, que, por isso, tende a se manter aquecido. O vácuo entre as paredes inibe a transferência de calor por condução e por convecção, uma vez que a condução é um processo que necessita de um meio material para o calor se difundir e a convecção térmica precisa de um meio material fluido para a ocorrência das correntes de convecção. A tampa da garrafa, basicamente, inibe a transferência de calor da superfície do café para o ar ambiente por meio da convecção térmica. 08. Falsa. Quando a radiação atravessa um meio sem que ela seja absorvida por ele, a temperatura desse não se altera, pois o meio não está recebendo energia da radiação. O melhor exemplo desse processo é a passagem dos raios solares pela atmosfera terrestre, que praticamente não absorve a radiação solar. De forma simplificada, os raios solares que atravessam a atmosfera incidem na superfície da Terra, que absorve boa parte da energia desses raios. Então, por convecção, o solo aquece o ar atmosférico. Questão 02 – Letra B Comentário: No inverno, quando nos deitamos, a cama está fria, à temperatura ambiente. Como nosso corpo está mais quente que a cama, e como boa parte de nossa superfície corporal fica em contato com ela, há uma considerável taxa de transferência de calor de nosso corpo para a cama. À medida que a cama recebe calor do nosso corpo, ela se aquece, e a nossa sensação de frio diminui paulatinamente. O cobertor é importante para reduzir a taxa de transferência de calor do nosso corpo e da cama para o ambiente frio. Em momento algum, o cobertor age como uma fonte de calor. De fato, nos primeiros minutos, ele também está frio e também se aquece ao receber calor do nosso corpo. Questão 03 – Letra C Comentário: Embora o cabo da panela seja metálico e bom condutor de calor, ele não se aquece muito. Isso ocorre porque há uma circulação de ar dentro da parte oca do cabo. Essa circulação permite a troca de calor por convecção entre o cabo e o ar ambiente, este a uma temperatura inferior à do cabo. Por ser eficiente, essa transferência convectiva de calor mantém o cabo da panela a uma temperatura não muito alta, permitindo seu manuseio. Questão 04 – Letra C Comentário: A reposta desta questão é simples: a água da caixa se aquece por convecção. A água aquecida dentro da serpentina se expande e se torna menos densa do que a água que está na caixa. Assim, a água mais densa da caixa desce e empurra a água menos densa que está na serpentina. Essa circulação de água é chamada de efeito termo sifão. Esse efeito também explica a circulação natural da água em um coletor solar. Professor, não deixe de fazer um paralelo entre a figura desta questão e aquele de um coletor solar simples, como o da figura a seguir (P é a placa absorvedora pintada de preto, T é a tubulação e R é o reservatório de água). Comente ainda que tanto a serpentina do fogão quanto a 12 Coleção Estudo FÍ SI C A serpentina do coletor solar se aquecem por causa da radiação térmica da chama da combustão da lenha e dos raios solares, respectivamente. Nos dois casos, o calor se transmite por condução do exterior para o interior da tubulação. R T T P Questão 05 – Letra B Comentário: Como T3 > T1, o calor se propaga da face direita para a face esquerda e T3 > T2 > T1. A taxa de transferência de calor ao longo do corpo A é igual à taxa ao longo do corpo B, pois não há variação de temperatura no tempo. Aplicando a Lei de Fourrier aos dois corpos e igualando as taxas de transferência de calor, obtemos: φA = φB ⇒ KA.AA.(T2 – T1)/LA= KB.AB.(T3 – T2)/LB Nessa expressão, as áreas AA e AB de cada seção transversal são iguais e podem ser canceladas. O mesmo ocorre com os comprimentos LA = LB = 10 cm. Substituindo os dados, obtemos a temperatura T3: 1.(T2 – 300) = 0,2.(1 500 – T2) ⇒ T2 = 500 K Este problema pode ser resolvido mais rapidamente pensando que o corpo A tem uma condutividade térmica 5 vezes maior que a de B. Por isso, a variação de temperatura ao longo de A deve ser 5 vezes menor que ao longo de B. De fato, para T2 = 200 K, DTA = 500 − 300 = 200 K, que é exatamente 5 vezes menor que do que DTB = 1 500 − 500 = 1 000 K. Exercícios Propostos Questão 01 – V V V F V Comentário: Professor, este é um exercício fácil, mas que permite fazer uma excelente revisão sobre o calor e os três processos de transferência de calor. 1ª proposição: Verdadeiro. Esta frase é a definição de calor: energia em transito de um corpo para outro mais frio. 2ª proposição: Verdadeiro. Na condução térmica, a energia térmica passa de molécula a molécula ao longo da rede atômica do corpo. No caso dos metais, há deslocamentos em maior escala de elétrons livres. 3ª proposição: Verdadeiro. Na convecção térmica livre, o calor ocorre por meio do movimento de massas de fluidos com densidades diferentes. Na convecção forçada, o movimento não é necessariamente devido a essa variação local na densidade do fluido (veja a discussão da 1ª afirmativa do Exercício de Fixação 1). 4ª proposição: Falso. A irradiação térmica é o único processo no qual o calor pode se propagar sem a necessidade de um meio material. O melhor exemplo é a radiação térmica que a Terra recebe do Sol, sendo que essa se propaga pelo vácuo existente entre o Sol e a Terra. 5ª proposição: Verdadeiro. A taxa de transferência de calor radiante emitido por um corpo negro com superfície de área A e a temperatura absoluta T é dada pela Lei de Stefan- Boltzmann: φn = σ.A.T4 ⇒ σ = 5,67x10−8 W/m2.K4 Portanto, φ é proporcional à 4ª potência de T. Comente com os alunos que, para baixas temperaturas, como a temperatura ambiente, a emissão de calor por radiação é pequena porque a constante σ é muito pequena. Contudo, como φ aumenta com T4, a radiação se torna muito intensa para temperaturas maiores, como 200 °C (temperatura das paredes do forno de um fogão de casa). Questão 02 – Letra C Comentário: O corpo humano é uma máquina térmica. Parte da energia gerada na queima da glicose é transformada em trabalho, e a outra parte deve ser rejeitada na forma de calor para o ambiente. Nós sentimos um conforto térmico quando conseguimos liberar esse calor. Isso é feito de duas formas: calor sensível e calor latente (transpiração). Quando a temperatura ambiente excede a temperatura corporal (caso do deserto a 50 °C, desse exercício), continuamos liberando calor latente, mas deixamos de liberar calor sensível, passando inclusive a absorvê-lo do ambiente. Para reduzir esse aporte indesejado de calor, os habitantes do deserto usam roupas de lã. Se considerarmos o fato de a lã ser má condutora de calor, e se, além disso, ela for branca, fazendo com que grande parte da radiação incidente seja refletida pela roupa, reduzindo a temperatura na face externa da mesma, o fluxo de calor para o nosso corpo diminuirá. Questão 03 – Letra B Comentário: A taxa de transferência de calor através da janela de vidro pode ser estimada pela Lei de Fourrier: φ = K.A.DT/L Substituindo os valores da condutividadetérmica do vidro (Kvidro = 0,2 cal/m.s.°C), da área e da espessura da janela (A = 0,5 m2 e L = 0,002 m), e aproximando a diferença de temperatura entre a face interior e a face exterior da janela como a diferença de temperatura entre o interior e o exterior da casa (DT = 25 − 5 = 20 °C), obtemos: φ = 0,2.0,5.20/0,002 = 1 000 cal/s Assim, em 1 hora (3 600 s), a perda de calor é: Q = φ.tempo = (1 000 cal/s).(3 600 s) = 3,6 x 106 cal = 3,6 x 103 kcal Questão 04 – Letra E Comentário: Segundo a equação de Fourier, a taxa de transferência de calor (φ) é proporcional à área da seção transversal (A) e inversamente proporcional ao comprimento (L) da barra (φ = K.A.DT/L, sendo K a condutividade térmica e DT a diferença de temperatura entre as extremidades da barra). Nesse exercício, a área dobrou, enquanto o comprimento diminuiu para a metade. Logo, a taxa de calor foi quadruplicada. Por isso, a mesma quantidade de calor (nesse caso, as 10 calorias citadas no exercício) será transferida em 1/4 do tempo, ou seja: 2 minutos/4 = 0,5 minutos. 13 Editora Bernoulli FÍ SI C A Questão 05 – Letra C Comentário: I. O legume se aquece de fora para dentro. Essa transferência de energia ocorre por condução, da mesma forma que ocorre condução de calor ao longo de uma barra metálica com as extremidades a temperaturas diferentes. II. O ar, na parte superior de uma geladeira, próximo ao congelador, é frio e denso. Por isso, esse ar desce. O ar inferior, mais quente, é menos denso. Por isso, esse ar sobe. Essa circulação de ar caracteriza a transferência de calor por convecção. III. O calor emitido por qualquer objeto no vácuo (como o do espaço sideral) só pode ser transmitido por radiação. Essa forma de transferência de energia ocorre por meio da propagação de ondas eletromagnéticas, já que estas são capazes de se propagar no vácuo. Questão 07 – Letra D Comentário: A porção de água que está sendo aquecida na parte superior do tubo de ensaio se dilata e fica menos densa em relação à água não aquecida. Por isso, ela não desce e não troca de posição com a água que está na parte de baixo do tubo de ensaio. Em outras palavras, não há transferência de calor por convecção térmica. O gelo, assim, pode receber calor por condução através das paredes do tubo de vidro e da própria água. Porém, a água e o vidro são maus condutores de calor. Por isso, a água na parte superior do tubo ferve, sem que o gelo na parte de baixo sofra fusão imediatamente. Questão 09 – Letra C Comentário: A afirmativa I é correta, pois a cor negra absorve mais a radiação solar. A afirmativa II é falsa, pois o calor se propaga da placa quente para a água por meio da condução térmica. A água dentro da tubulação e no reservatório é que se aquece por convecção (veja a discussão apresentada no Exercício de Fixação 4). A afirmativa III é verdadeira. A placa de vidro transmite grande parte da radiação solar nela incidente, mas reflete a radiação infravermelha proveniente da placa aquecida do coletor solar. Por isso, essa radiação é reabsorvida pelo interior do coletor solar. Professor, comente ainda que a placa de vidro sobre o coletor solar inibe a perda de calor por convecção para o meio ambiente. Esse conjunto de fatos cria o efeito estufa dentro do coletor solar. Questão 11 – Letra C Comentário: • A parede espelhada interna reflete a radiação infravermelha emitida pelo café quente. A parede espelhada externa reflete a radiação infravermelha emitida pela parede interna, que é aquecida pelo contato com o café. Esses processos impedem o fluxo de calor para o ambiente externo. • O vácuo entre as paredes inibe a transferência de calor por convecção e por condução térmica entre as paredes. Além das paredes espelhadas e da existência de vácuo entre elas, a garrafa é tampada para impedir que a superfície livre do café troque calor com o ar ambiente através de convecção térmica. É claro que essa tampa é feita de um material isolante para reduzir o fluxo de calor por condução. Seção Enem Questão 01 – Letra B Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 21 Comentário: A) Errada. Os dois tanques são pintados de preto para absorverem maior quantidade de radiação incidente. Sendo metálicos, eles transmitem mais facilmente o calor para a água em seu interior. B) Correta. O vidro duplo deixa passar grande parte da radiação solar incidente. Os tanques e o ar interno se aquecem. Esse ar poderia subir e trocar calor por convecção com o ambiente. A cobertura de vidro impede tal processo. Além disso, o vidro bloqueia a transmissão de radiação infravermelha emitida pelos tubos para o ambiente, causando um efeito estufa. O ar aprisionado entre os vidros (ou vácuo, em coletores especiais) inibe a transferência de calor por condução. C) Errada. A água circula devido ao efeito termossifão. A água quente, menos densa, sobe para a parte superior do reservatório de água quente (não mostrada na figura). A água fria, situada na parte de baixo desse reservatório, é mais densa e desce em direção ao coletor solar. D) Errada. A camada refletiva tem por função receber a luz que passou entre os tanques e refletir parte desta para a parte inferior dos tanques. E) Errada. Veja o item B. Questão 02 – Letra D Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 7 Comentário: A) Errada. De acordo com o diagrama, a atmosfera reflete 30% da radiação solar incidente sobre o planeta, irradia para o espaço 64% da energia solar incidente, e a superfície irradia para o espaço outros 6% da energia solar incidente sobre o planeta. Portanto, conclui-se que não há uma parcela considerável de energia sendo retida pela atmosfera ou pela superfície. B) Errada. De acordo com o diagrama, a energia refletida pela atmosfera e pela superfície do planeta vale 30% da energia solar incidente, enquanto a energia absorvida pela superfície vale 50%. Portanto, a energia absorvida pela superfície apresenta maior valor que a energia refletida pela atmosfera e pela superfície. C) Errada. De acordo com o diagrama, a atmosfera absorve 20% da energia solar incidente. D) Correta. De acordo com o diagrama, 50% da energia solar incidente são absorvidos pela superfície do planeta. Desse valor, 44% são devolvidos para a atmosfera (14% absorvidos pela água e pelo CO2 da atmosfera, 6% devido às correntes convectivas e 24% para evaporar água dos mares e rios). Apenas 6% dos 50% absorvidos são devolvidos diretamente para o espaço. E) Errada. A quantidade de energia irradiada para o espaço pela atmosfera vale 64% da energia solar incidente, sendo muito maior do que a irradiada pela superfície, que vale apenas 6%. 14 Coleção Estudo FÍ SI C A Questão 03 – Letra E Eixo cognitivo: III Competência de área: 6 Habilidade: 23 Comentário: I. O reservatório de água quente abriga a água que foi aquecida no coletor solar. Portanto, esse reservatório deve ser isolado, para impedir a transferência de calor para o ar ambiente. Por isso, mesmo que feito em metal (aço, em geral), o reservatório deve ser recoberto com um forte isolamento térmico. Reservatórios modernos tendem a ser fabricados em plástico, que, além de mais baratos, são isolantes naturais. II. O vidro inibe a transferência de radiação infravermelha proveniente do interior do coletor solar aquecido, como também inibe a transferência de calor do coletor para o ar por meio de correntes convectivas. III. A placa e os tubos de água são pintados de preto fosco a fim de permitir uma maior absorção de radiação solar no coletor. Questão 04 – Letra A Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 21 Comentário: Durante o dia, a temperatura do ar continental é maior do que a temperatura do ar marítimo. A brisa diurna tem o sentido do mar para o continente porque o ar continental se aquece e se eleva, criando uma região de baixa pressão. Assim, o ar marítimo se movimenta em direção ao continente. Durante a noite, a temperaturado ar marítimo é maior do que a temperatura do ar continental. A brisa noturna tem o sentido do continente para o mar porque o ar marítimo se aquece e se eleva, criando uma região de baixa pressão. Assim, o ar continental se movimenta em direção ao mar. Questão 06 – Letra C Comentário: A passagem de corrente elétrica pelo filamento da lâmpada faz o filamento ficar a uma temperatura elevada (aproximadamente 2000 K, se a potência da lâmpada for de 100 W, conforme explicação apresentada na Seção Radiação Térmica do caderno principal). O gráfico dado nesta questão indica a intensidade da radiação emitida pela lâmpada. Embora todo corpo emita radiações com todos os comprimentos de ondas, no caso desta lâmpada, a radiação, de acordo com o gráfico, se estende, basicamente, desde a radiação ultravioleta (UV) até a radiação infravermelha (IV). A eficiência da lâmpada é a razão entre a quantidade de energia emitida na forma de luz visível e a quantidade total de energia emitida. Essas quantidades são dadas pelas áreas do gráfico abaixo da faixa de luz visível e abaixo de toda a curva do gráfico. Essa última área corresponde, aproximadamente, a 18 quadrados do fundo quadriculado do gráfico, enquanto a primeira área corresponde a 5 quadrados. Logo, a eficiência da lâmpada é 5/18 = 0,28 (28%). O valor mais próximo é dado na letra C: 25%. MÓDULO – C 01 Fundamentos da óptica geométrica Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra D Comentário: O professor deve chamar a atenção para o fato de que o furo triangular é extenso e a “imagem” formada no anteparo não é invertida (não se trata de orifício pequeno). Assim, a lâmpada L1, já acesa, se encontra à esquerda da montagem, enviando luz para o lado direito do anteparo. O fato de a região iluminada no anteparo ser maior que o tamanho do furo se deve às distâncias da máscara à lâmpada e ao anteparo. Assim, a região iluminada pela lâmpada L3 se encontra à esquerda e é, também, direta. A região iluminada pela lâmpada L2, que é fonte extensa na vertical terá dimensão vertical maior que o tamanho do furo, será direta e se localizará entre as outras duas. Questão 02 – Letra E Comentário: A questão trata de cores de objetos. Observamos o objeto com a cor característica da radiação que ele reflete ou transmite. Se ele reflete ou transmite todas as radiações, ele apresenta-se branco; se ele não reflete nenhuma radiação do espectro visível, apresenta-se negro; e se apresenta uma cor específica do espectro visível, caso do verde, significa que ele reflete ou transmite apenas essa radiação. Assim, no primeiro caso, a lâmpada emite luz branca, porém a lâmina de vidro transmite apenas a radiação de cor verde, absorvendo as radiações de outras cores, e o observador verá o vidro como verde. No segundo caso, com a lâmpada ainda emitindo luz branca, o plástico, que é opaco, reflete apenas a radiação verde, absorvendo as radiações de outras cores, de forma que o observador verá o plástico como verde. Questão 03 – Letra C Comentário: A questão trata do Princípio da Propagação Retilínea dos Raios de Luz, aplicado em formação de sombras. Q S QS = x PQ = 49x B A P H Pela figura anterior, que esquematiza a formação da sombra QS do lápis, podemos perceber que os triângulos PAS e QBS são semelhantes. Assim, pela semelhança de triângulos: QB PA SQ SP H x x = = 0 1 50 , H = 5,0 m Questão 04 – Letra A Comentário: O aluno deve observar que a fonte de luz (lâmpada fluorescente) não é uma fonte pontual. Sendo extensa, haverá formação de sombra e penumbra. Assim, a região diretamente acima da lâmpada estará iluminada, em torno dessa região aparece a penumbra e o restante do teto fica escuro, uma vez que a capa opaca impede a chegada de luz à esta região (sombra da capa opaca). Veja, por último, que o formato da capa é semicircular, o que define a forma das três regiões. 15 Editora Bernoulli FÍ SI C A Questão 05 – Letra A Comentário: Veja a figura a seguir. Nela, estão representados os diâmetros do Sol (DS) e da Lua (DL) e as respectivas distâncias (dS e dL) até o observador (O) na Terra. O DL dL dS DS Usando semelhança de triângulos, temos: dL / dS = DL / DS → dL / 151 600 000 = DL / 400.DL → dL = 379 000 km Veja que, se a Lua estivesse mais afastada do que foi calculado (na posição do pontilhado vertical, por exemplo), a luz do Sol iria seguir as linhas oblíquas pontilhadas e, dessa forma, o observador ficaria na região de penumbra, caracterizando um eclipse anelar ou anular. Disso se conclui que o valor encontrado para a distância da Lua é máximo. Exercícios Propostos Questão 03 – Letra C Comentário: A questão envolve conceitos de propagação retilínea da luz, mais especificamente da formação de sombras. 60° A 6h 10h 12h B E C OD 10h B C 12h E A 6h O arco A¹E, que corresponde à trajetória do Sol das 6h às 12h, mede 90°. Assim, temos que a medida do arco A¹B, sendo o ponto B correspondente à posição do Sol às 10 horas, é determinada por: AB AE AB= − − =10 6 12 6 60º Assim, como o ponto O é o centro da circunferência que contém os pontos A, B e E, AOB = 60°. Do triângulo retângulo DOC, temos: tg 60º = CD DO = ¹3 Como DO = 5.0,2 m = 1,0 m, CD = ¹3 ≅ 1,7 m. Assim, o rapaz mede, aproximadamente, 1,7 m. Questão 05 – Letra A Comentário: A questão aborda conceitos de absorção e de reflexão da luz por meio de um gráfico. Com base no gráfico, pode-se concluir que, para as clorofilas a e b, o grau de absorção das radiações azul, violeta e vermelha excede 50%, enquanto a absorção de radiação verde chega quase a zero, o que significa alta taxa de reflexão. Assim, as clorofilas, para realizarem a fotossíntese, absorvem predominantemente o violeta, o azul e o vermelho. Questão 06 – Letra A Comentário: A questão trata do Princípio da Independência dos Raios Luminosos e da natureza da luz branca. De acordo com esse princípio, os raios de luz, após se cruzarem, continuam a se propagar como se nada houvesse ocorrido. Assim, a área 1 é vermelha, a área 2 é verde e a área 3 é azul. Na área 4, temos a presença das cores vermelha, verde e azul, cujas radiações sobrepostas geram luz de cor branca. Mas, para essa região mostrar-se branca, é necessário que algum objeto consiga refletir essa luz para os olhos do observador. Questão 07 – Letra D Comentário: A questão trata da natureza da luz branca. Apesar de o nosso sistema óptico diferenciar mais nitidamente as cores vermelha, alaranjada, amarela, verde, azul, anil e violeta, a luz branca é composta de radiações de infinitas frequências diferentes, cujos comprimentos de onda variam de, aproximadamente, 380 nm, que corresponde à radiação violeta, até 780 nm, que corresponde à radiação vermelha. Questão 08 – Letra A Comentário: A questão envolve conceitos de cores dos objetos, especialmente de cores obtidas pela reflexão da luz. Observamos um objeto opaco na cor da radiação que ele reflete. Se ele reflete todas as radiações, ele apresenta-se branco; se ele não reflete nenhuma radiação do espectro visível, apresenta-se negro; e se apresenta uma cor específica do espectro visível, caso do verde, significa que ele reflete apenas aquela radiação. Assim, se vemos as folhas verdes, sabemos que estas refletem difusamente a luz verde do espectro solar. Questão 13 – Letra B Comentário: A questão envolve o Princípio da Propagação Petilínea da Luz, com a aplicação em uma câmara escura de orifício. A partir do princípio da propagação retilínea da luz em meios homogêneos, isotrópicos e transparentes, concluímos que o triângulo de altura a e base D é semelhante ao triângulo de base d e altura b. Assim, pela semelhança dos dois triângulos, temos: a D b d D x m x m m = = −1 5 10 9 10 1 0 11 3, . , = 1,4 x 109 m Questão 14 – Letra B Comentário: A questão trata de visibilidade de astros. Se o observador na Terra vê Marte à meia-noite, conclui-se que a Terra está entre Marte e o Sol. Um observador emMarte, ao meio-dia, vê o Sol a pino e, então, também verá a Terra sobre sua cabeça. Sendo assim, conclui-se que a Terra não será visível para um observador em Marte à meia-noite, pois ela está numa região do céu oposta àquela que é visível para este observador. 16 Coleção Estudo FÍ SI C A Questão 15 – Letra D Comentário: A questão trata de conceitos relacionados a eclipses, baseados em conhecimentos sobre fontes extensas e sobre propagação retilínea da luz. No cone de sombra de um eclipse solar, um observador vê um eclipse total, já que, nele, não chegam raios de luz do Sol, enquanto que, na região de penumbra, observa-se um eclipse parcial, já que essa região está parcialmente iluminada. Analogamente, em uma região plenamente iluminada, como os raios de luz chegam normalmente, um observador não vê o eclipse. Questão 17 – Letra C O tempo que a luz gasta, após passar pela roda dentada, para deslocar até o espelho e voltar é: d = v.t ⇒ 2H = ctD ⇒ tD = 2H / c (em que c é a velocidade da luz). Nesse mesmo tempo, a roda dentada deve girar um ângulo θ. Veja figura a seguir. Observe que a luz entra por um orifício e, ao retornar, o raio refletido atinge o centro de dente imediatamente adjacente à abertura por onde entrou. N N θ A roda tem N dentes e N aberturas entre eles. Assim o ângulo θ é igual a: θ = ângulo total de uma volta / (n. dentes + n. aberturas) = 2p / 2N ⇒ θ = p / N A velocidade angular (ω) é: ω = ângulo de giro / tempo gasto = θ / tG. O tempo de giro será: tG = θ / ω Igualando-se os tempos, tem-se: tD = tG ⇒ 2H / c = θ / ω ⇒ ω = θ / (2H / c) = (p / N) / (2H /c) ⇒ ω = pc / 2HN Seção Enem Questão 01 – Letra D Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 20 Comentário: A questão aborda a percepção das cores pelo olho humano. Como o indivíduo não tem problema nos bastonetes, ele conseguirá distinguir os níveis de intensidade das radiações, vendo, assim, o objeto com forma e dimensão nítidas. Porém, esse mesmo indivíduo tem problema nos cones e, ao captar a luz vermelha refletida pelo objeto (que, por esse motivo, seria visto vermelho por uma pessoa normal), não conseguirá distinguir essa cor, vendo o objeto na cor cinza. Questão 02 – Letra E Eixo cognitivo: III Competência de área: 6 Habilidade: 20 Comentário: A figura mostra a Lua, conforme vista no Brasil, na fase crescente. A Lua, nessa fase, nasce por volta do meio- dia e se põe por volta da meia-noite. Assim, ela estará no alto do céu por volta das seis horas da tarde. Questão 03 – Letra D Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: A figura mostra que o dia 02 de outubro será de Lua Cheia. Nessa fase, a Lua nasce por volta das 18h e se põe às 6h da manhã, iluminando o céu a noite toda. Dessa forma, os pescadores devem escolher o final de semana mais perto da data de Lua Cheia, ou seja, os dias 29 e 30 de setembro. Questão 04 – Letra C Eixo cognitivo: III Competência de área: 6 Habilidade: 22 Comentário: Um ano-luz, segundo a definição, corresponde à distância percorrida pela luz em um ano. Tal valor, em km, pode ser obtido multiplicando-se a velocidade da luz (3,0 × 105 km/s) pelo tempo de um ano (3,15 × 107 s) e equivale, aproximadamente, a 9,5 × 1012 km. MÓDULO – C 02 Reflexão da luz e espelhos planos Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra D Comentário: A questão trata das leis fundamentais da reflexão, exigindo conhecimentos de Geometria Plana. 30° 70° 40° 80° 80° B A F D C E 70° αα 20° A segunda lei da reflexão diz que o ângulo do raio incidente com a normal é igual ao ângulo do raio refletido com a normal. ACB = 70° e, consequentemente, BCD = 40°. Assim, pela propriedade referente à soma dos ângulos internos de um triângulo, ABC = 80°. Novamente pela primeira lei da reflexão, DBE = 80° e, consequentemente, DBC = 20°. Assim, usando o fato de que a soma dos ângulos internos de BCD vale 180º, achamos que BDC = α = 120°. 17 Editora Bernoulli FÍ SI C A Questão 02 – Letra A Comentário: Veja, na figura a seguir, as três imagens formadas pelos espelhos colocados a 90º. As imagens verticais são formadas por cada espelho tomando-se o carrinho como objeto. Essas imagens servem de “objeto” para o prolongamento dos espelhos (em linhas pontilhadas), que formam uma 3ª imagem na horizontal (que determina a resposta da questão). Veja que as imagens e o objeto ficam igualmente distribuídos em um círculo de centro no contato entre as extremidades dos espelhos. Observe, por último, que as imagens são todas simétricas ao respectivo espelho. Questão 03 – Letra C Comentário: Veja que o observador está parado em relação ao espelho. Dessa forma, o movimento da imagem é o mesmo para os dois referenciais. Como a bailarina se aproxima do espelho, a sua imagem também se aproxima do espelho e do observador com a mesma velocidade em módulo, igual a V. A bailarina, por sua vez, se desloca com velocidade V e nota que a sua imagem dela se aproxima com velocidade, também, V. Assim, a imagem se aproxima da bailarina com velocidade 2V. Questão 04 – Letra C Comentário: Veja, na figura a seguir, o espelho (E), o olho do observador (O), a “imagem” do olho formada pelo espelho (IO) e a luz que se dirige às bordas do espelho e seus raios refletidos. Esses raios e o espelho definem o campo visual do espelho para tal observador. Observe que os pontos 1, 2, 5 e 9 estão dentro do campo visual e podem ser vistos pelo observador. 3 6 9 O E I0 5 2 1 4 7 8 Questão 05 – Letra E Comentário: A questão trata de associação de espelhos planos e da distância de um objeto à imagem formada pelo espelho plano. Observe a figura a seguir, que esquematiza imagens do objeto fornecidas pela associação dos espelhos. 1,5 cm 2,0 cm P P1P3 P2 1,5 cm 2,0 cm Considerando N o número de imagens de P fornecidas pela associação dos espelhos, θ o ângulo entre os espelhos planos, podemos usar a relação N = (360/θ) – 1 para encontrar o número de imagens formadas. Com θ = 90°, temos N = 3. Considerando que a distância da imagem ao espelho é igual à distância do objeto ao espelho, a distância entre P e P2 é de 3 cm e entre P e P1 é de 4 cm. Utilizando o Teorema de Pitágoras no triângulo formado por P, P1 e P3, calculamos a distância entre P e P3, sua imagem mais afastada, que é de 5 cm. Exercícios Propostos Questão 03 – Letra D Comentário: A questão trata da formação de imagens em espelhos planos. Observe a figura a seguir, que ilustra a formação da imagem C' do canto C. A C’ 2 m 3 m 2 m B C D Para um espelho plano, a distância do objeto ao espelho é sempre igual à distância da imagem desse objeto ao espelho. Assim, a imagem do canto C será formada a 4 m de C, na direção de CA. Portanto, pelo triângulo retângulo pitagórico destacado na figura, temos que o canto D distará 5 m da imagem C' de C. Questão 04 – Letra C Comentário: A questão trata da formação de imagens em espelhos planos e das inversões da imagem em relação ao objeto. Em um espelho plano, há a inversão lateral e de profundidade, porém a imagem não fica de ponta-cabeça. Assim, considerando a imagem fornecida pelo enunciado e observando que o objeto encontra-se invertido lateralmente em relação a esta, conclui-se que o cartaz é corretamente representado pela alternativa C. 18 Coleção Estudo FÍ SI C A Questão 09 – Letra D Comentário: A questão trata da associação de espelhos planos, mais especificamente do número de imagens formado por uma associação desse tipo. Como há 3 bailarinas e como podem ser vistas no máximo 24 bailarinas, há a formação de (24 – 3)/3 = 7 imagens de cada bailarina. Considerando N o número de imagens de cada bailarina e θ o ângulo entre os espelhos planos, podemos usar a relação N = (360/θ) – 1 para achar o ângulo entre os espelhos planos. Substituindo o valor N = 7, encontramos θ = 45°. Como 360/θ é par, não há restrições à posição das bailarinas em relação aos espelhos. Questão 10– Letra C Comentário: A questão trata da determinação gráfica de imagens em espelhos. A figura a seguir esquematiza o campo de visão do espelho, na situação em que o cabeleireiro consegue enxergar toda a extensão da porta de entrada a suas costas. L A � b� B P P’ b b a Considerando b a distância do cabeleireiro ao espelho e a largura deste, pela semelhança dos triângulos destacados na figura, temos: b a b L bL a b+ = = + Questão 11 – Letra C Comentário: A questão trata de translação de espelhos planos e de velocidade relativa entre objeto e espelho. Ev 2v D D Pela figura anterior, podemos perceber que, para uma velocidade relativa de módulo v entre o espelho e o objeto, a imagem terá uma velocidade de módulo 2v em relação ao objeto. Como o módulo da velocidade relativa entre o objeto e o espelho é 4 m/s – 3 m/s = 1 m/s, o módulo da velocidade da imagem, em relação ao observador, é de 2 m/s. Questão 12 – Letra A Comentário: O número de imagens formadas pelos espelhos é N = (360/α) – 1. Para o ângulo θ, temos: n = (360/θ) – 1 ⇒ (360/θ) = n + 1 Para o ângulo θ/4, temos: m = (360/θ/4) – 1 ⇒ 4(360/θ) = m + 1 ⇒ (360/θ) = (m + 1)/4 (m + 1) = 4(n + 1) ⇒ m = 4n +3 Questão 13 Comentário: A questão trata da rotação de espelhos planos. A figura a seguir representa a situação proposta pelo enunciado da questão. Espelho 60° 60°d d 30° 6,0 m P P’ Pela figura anterior, podemos observar que a nova distância d do ponto P ao espelho é de 6.sen 30° = 3 m. Assim, sua distância à sua imagem é de 3 m + 3 m = 6 m. Seção Enem Questão 01 – Letra A Eixo cognitivo: II Competência de área: 3 Habilidade: 8 Comentário: A questão trata do comportamento da luz ao incidir em espelhos planos. Pela direção dos raios solares, percebemos que estes, ao serem refletidos, serão direcionados para pontos próximos ao ponto 1. Os tubos absorvedores, se postos lá, receberão a maior quantidade de energia solar possível. Questão 02 – Letra E Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: A figura a seguir mostra o campo visual (da cabeça do objeto) para a parte do espelho não coberta com a cortina. Veja que o observador O2 poderá ver toda a imagem do malabarista, uma vez que ele se encontra dentro desse campo visual. O observador O1, entretanto, poderá ver apenas a parte inferior da imagem (abaixo da linha pontilhada). O1 O2 E M I C 19 Editora Bernoulli FÍ SI C A Questão 03 – Letra A Eixo cognitivo: III Competência de área: 1 Habilidade: 1 Comentário: A imagem de um objeto formada por um espelho plano é sempre simétrica em relação ao objeto e, dessa forma, invertida lateralmente em relação a este. Como no periscópio temos dois espelhos planos paralelos, o espelho inferior inverte a imagem formada pelo espelho superior (que é invertida em relação ao objeto). Portanto, as inversões laterais são compensadas e o observador vai enxergar uma imagem final igual ao objeto. Questão 04 – Letra E Eixo cognitivo: I Competência de área: 2 Habilidade: 1 Comentário: Observe, na figura 1, que o máximo de absorção ocorre próximo ao comprimento de onda de 500 nm. A figura 2 nos mostra que a substância absorve intensamente o verde. Conforme o texto, a cor que ela apresenta é oposta ao verde. Logo, a substância é vermelha. MÓDULO – D 01 Eletrização Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra B Comentário: Como as esferas são iguais, elas dividem igualmente a carga total em cada contato. Veja, a seguir, a sequência de contatos entre as esferas e a carga de cada uma em nC. Situação inicial: –12 +2 +7 –5 –5 +7 1– –2 –2 +1 3– –5 +1+1 2– –2 –1/2 –1/2 4– Após o 4º contato, as esferas não mais se tocaram por não haver mais atração entre elas. Assim, a carga final de cada uma está mostrada na figura 4. A carga C fica mais próxima da esfera B. Questão 02 – Letra E Comentário: A questão trata de eletrização e de fundamentos de força elétrica. Cargas de mesmo sinal, independentemente de serem positivas ou negativas, repelem-se. Assim, as esferinhas possuem cargas de mesmo sinal, podendo ser positivas ou negativas. Questão 03 – Letra A Comentário: Conforme a série triboelétrica, cada material se eletriza positivamente quando atritado com o corpo à sua direita. Vamos, então, montar a referida série para os materiais em questão. Da primeira informação: Vidro (+) - Lã (–) Da segunda informação: Algodão (+) - Enxofre (–) Da terceira informação: Lã (+) - Algodão (–) Assim, a série será: Vidro (+) - Lã (+) - Algodão (–) - Enxofre (–). Portanto, o vidro ficará positivamente eletrizado se atritado com o algodão e com o enxofre. Questão 04 – Letra E Comentário: A questão trata de eletrização por indução e sua aplicação em eletroscópios de folhas. Ao aproximarmos um bastão eletrizado negativamente do primeiro eletroscópio, o bastão irá repelir cargas negativas da esfera, fazendo com que as folhas do eletroscópio fiquem com excesso de cargas negativas. Consequentemente, as folhas se afastam por causa da força de repulsão elétrica. No segundo eletroscópio, as cargas negativas, repelidas pelo bastão, fluem para a Terra e a configuração das folhas do eletroscópio não é alterada, pois não há fluxo de cargas para as folhas, já que a ligação com a Terra não foi desfeita. Logo, a alternativa que mostra a configuração correta das folhas do eletroscópio em cada uma das situações é a alternativa E. Questão 05 – Letra D Comentário: Na figura I, as esferas R e S ficam induzidas com cargas positivas na região entre elas e com cargas negativas nas partes externas. Após o contato do dedo do professor com a esfera S, os elétrons induzidos vão para o corpo do professor e ela fica eletrizada positivamente. Com o afastamento da esfera isolante, a esfera R, cuja carga total era nula, continua neutra e a esfera S eletrizada positivamente. Exercícios Propostos Questão 01 – Letra A Comentário: A questão trata da definição de dielétrico e de fundamentos de eletrização de corpos. I. Um corpo encontra-se eletrizado, quando há um desequilíbrio entre a quantidade total de cargas positivas (prótons) e negativas (elétrons) presentes nele. Assim, um corpo não eletrizado apresenta o mesmo número de prótons e de elétrons. (Verdadeiro) II. Um corpo não eletrizado apresenta o mesmo número de prótons e de elétrons. Se ele perde elétrons, que têm carga negativa, fica com uma quantidade de cargas positivas maior que a de cargas negativas, tornando-se positivamente eletrizado; se ele ganha elétrons, ele fica com uma quantidade de cargas positivas menor que a de cargas negativas, tornando-se negativamente eletrizado. (Verdadeiro) 20 Coleção Estudo FÍ SI C A III. Dielétrico é aquele meio que não permite um fluxo significativo de cargas em sua estrutura, não havendo relação com a capacidade de se eletrizar. Assim, se dielétricos recebem ou perdem elétrons na eletrização por atrito, por exemplo, eles ficam eletrizados. (Falso) Assim, as afirmativas I e II são verdadeiras. Questão 05 – Letra B Comentário: A questão trata de repulsão entre corpos carregados. Bernardo – Como houve repulsão, as esferas estão com cargas de mesmo sinal. Assim, Bernardo está errado. Rodrigo – Como as esferas estavam inicialmente neutras, após as cargas serem transferidas para uma delas, esta ficou eletrizada. Porém, como o fio é metálico, houve transferência de cargas de uma esfera para outra, sendo que elas ficaram com cargas de mesmo sinal, repelindo-se. Assim, Rodrigo está correto. Questão 08 – Letra C Comentário: A questão trata de eletrização, mais especificamente, eletrização por atrito. I. Garfield atrita suas patas no carpete de lã e, pela sequência das tiras, observamos que suas patas adquiriram cargas elétricas. Assim, houve eletrização por atrito. (Verdadeiro) II. Como visto no item anterior, o processo ilustrado é conhecido como o eletrização por atrito. (Falso) III. Garfield estava eletrizado, e tanto o homem como o cachorro,não eletrizados. Assim, houve movimentação de cargas entre Garfield e os corpos, o que gerou a faísca elétrica. (Verdadeiro) Assim, as afirmativas I e III são corretas. Questão 09 – Letra A Comentário: A questão trata de eletrização por indução. Como as esferas estavam em contato antes do afastamento da barra carregada, a barra positiva induz uma nova distribuição de cargas no sistema, fazendo com que a carga negativa fique concentrada na esfera da esquerda e a carga positiva, na esfera da direita. Assim, ao serem mantidas próximas uma da outra, devido às forças de atração entre cargas de sinais opostos, há o acúmulo de cargas negativas na parte direita da esfera da esquerda e há acúmulo de cargas positivas na parte esquerda da esfera da direita, gerando a configuração representada na alternativa A. Questão 10 – Letra B Comentário: A questão trata da parte quantitativa da eletrização por contato. Como as três esferas têm raios iguais, após cada contato, as duas esferas que estavam em contato terão carga de mesmo sinal e de mesmo módulo, já que as cargas finais de ambas são proporcionais aos seus raios. Assim: Contato entre M1 e M2: Carga total: Q + 0 = Q Carga final: M1 = Q/2; M2 = Q/2 Contato entre M2 e M3: Carga total: Q/2 + Q = 3Q/2 Carga final: M2 = 3Q/4; M3 = 3Q/4 Dessa forma, a carga final das esferas será M1 = Q/2; M2 = 3Q/4; M3 = 3Q/4. Questão 12 – Letra C Comentário: A questão trata de condução elétrica, de eletrização por contato e de repulsão de corpos com cargas de mesmo sinal. Como as esferas são condutoras, estão em contato e têm o mesmo raio, pode-se concluir que haverá escoamento de carga para todas as esferas, que ficarão com carga igual a +Q/4. Assim, todas se repelirão e ficarão afastadas uma das outras, como mostra a alternativa C. Questão 14 – Letra C Comentário: Esferas condutoras de mesmo raio ficam com cargas idênticas após o contato. Assim, após encostar A em B, cada uma delas fica com carga de 3,2 µC e, nessa etapa, foram transferidos 3,2 µC de cargas. Após o contato entre B e C, cada uma fica com 1,6 µC e, agora, foram transferidos 1,6 µC. Dessa forma, o total de cargas transferidas entre as esferas foi: 3,2 + 1,6 = 4,8 µC. Como a carga do elétron é 1,6 x 10–19 C, a quantidade de elétrons transferidos foi de 3,0 x 1013. Questão 15 – Letra C No contato entre esferas idênticas, a carga total se divide igualmente entre elas. Assim, após cada contato com esferas neutras, a esfera condutora A fica com metade de sua carga inicial. Como houve 11 contatos, a sua carga final será: Q → Q/2 = Q/21 → Q/4 = Q/22 → ..... → Q/2048 = Q/211. Seção Enem Questão 01 – Letra D Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 21 Comentário: A questão trata da repulsão elétrica e da eletrização por contato. Os grãos de pólen, neutros, ao entrarem em contato com a abelha, eletrizam-se positivamente, devido ao fluxo de cargas negativas destes para a abelha. Os dois corpos, assim, ficarão positivos, ocorrendo repulsão elétrica, que é compensada pela força que as cerdas do corpo da abelha fazem nos grãos de pólen, impedindo-os de se afastarem. Questão 02 – Letra A Eixo cognitivo: III Competência de área: 6 Habilidade: 21 Comentário: Uma vez que o objeto eletrizado não toca a esfera do eletroscópio, não pode houver transferência de cargas entre os objetos. À medida que o corpo eletrizado se aproxima do eletroscópio, parte dos elétrons que estão nas folhas vai migrando para a esfera, o que faz diminuir a abertura daquelas. Observação: As cargas positivas (prótons) não podem se deslocar pelo eletroscópio. 21 Editora Bernoulli FÍ SI C A MÓDULO – D 02 Força elétrica Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra B Comentário: Na configuração C, a carga q0 está equidistante das cargas q (de mesmo sinal). Assim, as forças exercidas pelas cargas q sobre a carga q0 são simétricas e se anulam. Logo, o equilíbrio nessa posição só é possível se a carga Q3 for neutra, ou seja, Q3 = 0. Observe, entretanto, que não sabemos o sinal das cargas q. Note que a força elétrica é maior quando a distância entre as cargas for menor. Veja as figuras a seguir, que mostram as forças exercidas sobre q0 nas configurações A e B e com as duas possibilidades de sinal para as cargas q: + + – A) q q + Q1q0 – – – q q – Q1q0 + + – B) q q – Q2q0 – – – q q + Q2q0 Observe pelas figuras anteriores que as cargas Q1 e Q2 devem ter sinais opostos. Assim, a única alternativa possível é a B. Questão 02 – Letra C Comentário: A questão trata de eletrização por indução. No início, as 4 esferas estão neutras, já que não há forças de atração nem de repulsão entre elas. Quando se fornece carga a uma das esferas, se o fio for condutor, ambas as esferas ficam com cargas de mesmo sinal, repelindo-se, caso da montagem I. Se o fio for isolante, não haverá movimento de cargas através do fio, e a esfera carregada induzirá uma nova distribuição de cargas na esfera neutra, onde as forças de atração terão módulo maior que as forças de repulsão, e as duas esferas se atrairão, caso da montagem II. Assim, na montagem I, ambas as esferas estão carregadas e, na II, apenas uma delas está carregada. Questão 03 – Letra D Comentário: Veja as figuras a seguir. Para que a resultante de forças aponte na direção fornecida, as F1 e F-Q devem se anular. Assim, q1 deve ser negativa e seu módulo deve ser igual ao da carga –Q (q1 = –Q). A carga q2, por sua vez, pode ser negativa ou positiva. A primeira figura mostra q2 < 0, e a segunda, q2 > 0. Se q2 é negativa, temos q1 + q2 < 0. Se q2 > 0, o seu módulo deve ser menor que o de +Q para que a resultante de forças aponte para baixo. Logo, nesse caso, q2 < q1 e, também aqui, q1 + q2 < 0. +Q q1 –Q F–Q F+Q F1 F2 q2 + + _ _ +Q q1 –Q F–Q F+Q F1F2 q2+ + + + + _ _ Questão 04 – Letra C Comentário: A permissividade elétrica (ε) ou constante dielétrica (C) de um meio é a razão entre as constantes da Lei de Coulomb do vácuo (K0) e daquele meio (K), ou a razão entre as forças elétricas entre duas cargas no vácuo (F0) e naquele meio (F), ou seja: ε = C = K0 / K = F0 / F. Veja, portanto, que a força elétrica é inversamente proporcional à sua constante dielétrica (ε). Conforme enunciado, as mesmas cargas são colocadas à mesma distância em três meios diferentes. As forças elétricas nesses meios são F1 = F, F2 = 2F e F3 = F/2 ⇒ ε2 = ε1/2 e ε3 = 2ε1. O meio 1 é o óleo (valor intermediário aos outros dois). O meio 2 tem metade da permissividade do óleo, sendo, portanto, a parafina. O meio 3, com o dobro da permissividade do óleo, é o vidro. Questão 05 – Letra D Comentário: A figura a seguir ilustra a situação descrita pelo problema. +Q A B –Q CD FAC FCD FBD FAD +Q Q Seja L o lado do quadrado. A carga colocada em D sofre a ação das três forças (FAD, FCD e FBD) indicadas. Essas podem ser calculadas por: FAD = FCD = KQ2/L2 e FBD = KQ2/(L¹2)2 = KQ2/2L2 A resultante (FAC) entre FAD e FCD é a diagonal do quadrado dessas forças, vale FAC = ¹2KQ2/L2 e tem a mesma direção de FBD. Veja, porém, que FAC > FBD. Dessa forma, a carga colocada no vértice D fica submetida a uma resultante das três forças na direção BD e para fora do quadrado. Assim, ela se afasta de –Q. Observação: Não há necessidade de se calcular a resultante (FAC) para chegar à resposta. Basta observar que FAD e FCD são maiores que FBD e, portanto, a carga no vértice D terá de se afastar de –Q. Exercícios Propostos Questão 05 – Letra D Comentário: Observe que as cargas têm o mesmo sinal e, sendo elas positivas ou negativas, as forças exercidas por B e C sobre A são de repulsão. Dessa forma, a resultante aponta para fora do triângulo, conforme mostra o diagrama. Assim, a força resultante será vertical para cima, independentemente dos sinais das cargas. B C A FBAFCA FR Observação: Veja que o enunciado não informa se as cargas B e C têm o mesmo módulo. A solução apresentadaconsidera esse fato – e somente para essa situação a solução está correta – uma vez que as alternativas se referem a resultantes verticais. Se os módulos das cargas B e C fossem diferentes, a resultante não seria vertical. 22 Coleção Estudo FÍ SI C A Questão 07 – Letra C Comentário: A figura mostra configuração de cargas da alternativa C, que é a correta, e as forças de atração (FA) e de repulsão (FR) que atuam em cada carga. Veja, pela figura, que a resultante de forças sobre qualquer das cargas poderia ser nula, conforme o enunciado. Observe que essa situação corresponde às cargas de mesmo sinal colocadas em vértices opostos. + B–A FA FR FA FR FA FA – C FA FR FA + D FA FR FA Para qualquer outra configuração de cargas das demais alternativas, a resultante de forças jamais poderia ser igual a zero. O professor poderia desenhar todas as demais alternativas, pedir a um aluno para escolher qualquer carga de cada uma delas e mostrar que a resultante sobre a escolhida jamais seria nula. Observação: Os valores das cargas capazes de permitir o equilíbrio do sistema estão calculados na questão 08. Questão 08 – Letra D Comentário: A questão trata da Lei de Coulomb. Veja a figura a seguir. A q Q Q q B FBD FAB FCB D C � � �� Pela figura, percebe-se que as cargas Q e q têm de ter sinais opostos. Como as cargas em A e C têm mesmo módulo, a resultante entre FAB e FCB fará 45° com a horizontal e terá módulo FAB¹2. Assim, FCD deverá ter esse mesmo módulo: KQ KqQ Q q 2 2 22 2= − = –2¹2 Questão 09 – Letra E Comentário: A questão trata de atração e repulsão elétrica e de eletrização por contato. Como há repulsão elétrica entre o bastão e o pêndulo, ambos estão eletrizados com cargas de mesmo sinal. No segundo caso, o bastão continua eletrizado, e, como houve atração após o descarregamento da esfera do pêndulo, este se encontra neutro. Após encostar a esfera do pêndulo no bastão, o pêndulo adquiriu carga de mesmo sinal da carga do bastão. Como o sinal da carga do bastão manteve-se intacto durante o processo, o sinal da carga final do pêndulo é igual ao sinal da carga inicial do pêndulo, que será igual ao sinal da carga do bastão. Assim, as duas opções que representam configurações possíveis são: positiva, neutra, positiva (2) e negativa, neutra, negativa (5). Questão 11 – Letra A Comentário: A questão trata da Lei de Coulomb. Chamando a esfera inserida de C, temos que a força resultante sobre A valerá: F F F R BA CA = + FCA = Kq d Kq d 2 2 2 22 4 ( / ) = = 4FBA Como ambas as forças têm mesma direção e sentido, a resultante terá módulo F + 4F = 5F. Questão 12 – Letra E Comentário: A questão trata da Lei de Coulomb. Chamando de F1, F2 e F3 as forças que q exerce sobre q1, q2 e q3, respectivamente, e de o lado do quadrado: F1 = Kqq 1 2 ; F2 = Kqq 2 22 ; F3 = Kqq 3 2 Assim, igualando-se as expressões anteriores, achamos que q1 = q3 < q2. Questão 15 – Letra E Comentário: A questão trata da Lei de Coulomb. Chamando de F1 e F2 as forças que q exerce sobre Q1 e Q2, respectivamente, e sabendo que a distância entre q e Q2 vale d d d2 24 5+ = , temos que: F1 = KQ q d 1 2 F2 = KQ q d KQ q d KQ q d 2 2 1 2 1 2 5 5 5( ) = = ∴ F1 = F2 23 Editora Bernoulli FÍ SI C A Seção Enem Questão 01 – Letra E Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 21 Comentário: A questão aborda fundamentos de força elétrica, em paralelo com a força gravitacional. A) A força gravitacional entre dois corpos pode ser maior que a força elétrica entre esses corpos, dependendo da relação carga / massa dos corpos envolvidos. (Falso) B) A força elétrica entre corpos com carga de mesmo sinal é atrativa, caso do elétron e do próton. (Falso) C) Como a distância entre as cargas é muito pequena (ordem de angstrons), a força elétrica não pode ser muito pequena, já que esta depende do inverso do quadrado da distância. (Falso) D) A força elétrica existente entre duas cargas depende do inverso do quadrado da distância entre as cargas. Assim, quando a distância entre dois átomos dobra, a força de repulsão fica 4 vezes menor. (Falso) E) A força de atração entre íons de sinais opostos de um sal é, aproximadamente, 80 vezes menor em relação a seu valor no vácuo, quando os íons são imersos na água. Isso se deve ao grande valor da constante dielétrica da água. (Verdadeiro) Questão 02 – Letra D Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 21 Comentário: A força elétrica entre as esferas pode ser calculada pela Lei de Coulomb. Tal força é diretamente proporcional à constante K da referida lei. Como tal constante é inversamente proporcional à constante dielétrica do meio, a força elétrica entre as esferas, quando mergulhadas no óleo, ficará cinco vezes menor que a força entre elas no ar. Como o peso das esferas continua o mesmo e o empuxo foi desprezado, o ângulo entre os fios vai diminuir. Questão 03 – Letra C Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 21 Comentário: Na situação proposta pelo enunciado, para que o elétron oscile em torno de sua posição inicial, é necessário que atue sobre ele uma força restauradora, força resultante que atua sobre um corpo tendendo a trazê-lo de volta para sua posição de equilíbrio. Portanto, conclui-se que a força resultante que atua sobre o elétron deve possuir a mesma direção de seu movimento e deve estar orientada para o centro do quadrado. Analisando as alternativas da questão, verificamos que só há possibilidade de o elétron oscilar na configuração de cargas da alternativa C. MÓDULO – D 03 Campo elétrico Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra D Comentário: A questão trata de indução elétrica e de forças devido a um campo elétrico. I. Como o bastão está positivamente eletrizado, ele atrairá cargas negativas para si, induzindo uma nova distribuição de cargas em P, com as cargas negativas mais próximas de si. (Verdadeiro) II. Como a esfera metálica P está isolada (suspensa por um fio isolante), pelo Princípio da Conservação das Cargas, a soma algébrica das cargas contidas em P não muda, mesmo com a nova distribuição destas. (Verdadeiro) III. Se o campo criado por M fosse uniforme, como o valor numérico das cargas positivas e negativas induzidas em P é igual, a força de atração teria mesmo módulo da força de repulsão, e P não se deslocaria em direção a M. (Verdadeiro) Questão 02 – Letra E Comentário: As figuras a seguir mostram a situação inicial e final dos campos elétricos no ponto M, respectivamente. Considere que as cargas sejam positivas (se fossem negativas, o resultado seria o mesmo) e iguais a Q e que o triângulo tem lado igual a 2L. Assim, o quadrado da altura (h) é h2 = 3L2 (Teorema de Pitágoras na metade do triângulo). Ey Ez H M 2L2L L L Z x y + + + ExM Lx + Na primeira figura, o campo resultante é E = EZ = k |Q|/h2 = k |Q| / 3L2. Na segunda figura, o campo resultante é E’ = k |Q|/L2. Logo, E’ = 3E. 24 Coleção Estudo FÍ SI C A Questão 03 – Letra B Comentário: A figura a seguir mostra os campos elétricos gerados por cada uma das barras (1, 2, 3 e 4) no centro da armação. Nela podemos perceber que o campo elétrico resultante aponta para a esquerda. B3 P E3 B1 E1 B2 E2 B4 E4 Questão 04 – Letra A Comentário: Observe que o campo elétrico (E) entre as placas é uniforme, aponta para a direita (da placa positiva para a negativa) e que as partículas foram lançadas perpendicularmente a esse campo. O nêutron (q = 0) não sofre ação do campo elétrico e, dessa forma, sua trajetória corresponde ao feixe II. O elétron (carga negativa) se desvia em sentido contrário ao campo elétrico (feixe I) e o próton (carga positiva) é desviado no mesmo sentido do campo (feixe III). Observação: O enunciado diz que “Um feixe de partículas ... penetra em uma região...”. Daí pode-se concluir que as partículas foram lançadas com a mesma velocidade. Assim,o professor deve chamar a atenção dos alunos para o fato de que a questão poderia ser resolvida mesmo que o sinal das placas fosse omitido. O próton e o elétron têm cargas de mesmo módulo. Assim, eles recebem forças de mesma intensidade, mas o elétron (que tem massa muito menor) deve sofrer um desvio muito mais acentuado que o desvio sofrido pelo próton. Questão 05 – Letra D Comentário: A questão trata do campo elétrico gerado por cargas puntiformes e da ação deste sobre cargas de prova. Observe a figura a seguir. M N P (+) (–) (–) ER EP EN FR Pela figura, vemos que o vetor campo elétrico resultante em M aponta para a direita, e, como a carga presente nesse ponto é negativa, a força elétrica aponta para a esquerda (mesma direção e sentido contrário ao do campo elétrico). Exercícios Propostos Questão 01 – Letra D Comentário: A questão trata do sentido de campos elétricos gerados por cargas puntiformes e do comportamento de cargas sujeitas à ação desses campos. Os vetores E e F representam grandezas físicas diferentes, e, por isso, não podem ser somados. Assim, eles nunca irão se anular, mesmo se tiverem mesmo valor numérico, mesma direção e sentidos opostos. Questão 03 – Letra E Comentário: A questão trata das linhas de força de campo elétrico. A direção do campo elétrico em um ponto é sempre tangente à linha de força que passa pelo ponto, com o mesmo sentido desta. Assim, uma carga positiva no ponto A sofrerá uma força resultante tangente à linha de força no ponto A, com mesmo sentido do campo elétrico, direcionado para a direita. A aceleração inicial da carga terá a mesma direção e sentido dessa força, já que não há outras forças envolvidas, mas não seguirá a linha de força. Questão 04 – Letra B Comentário: A questão trata de linhas de força de campo elétrico. Temos que q2 é positiva, pois as linhas de força divergem dela, e que q1 é negativa, pois as linhas de força estão convergindo para ela. Assim, |q2| > |q1|, pois saem mais linhas de força de q2 do que chegam em q1. Questão 05 – Letra D Comentário: A questão trata do sentido e do módulo de campos elétricos gerados por cargas elétricas puntiformes. A figura a seguir esquematiza a situação descrita no enunciado. B C P A Pela figura, percebemos que a carga geradora do campo elétrico encontra-se no ponto C, no qual a direção dos vetores que passam por A e B se cruzam. Assim, como a distância da carga geradora ao ponto B é o dobro da distância dessa carga ao ponto P, o campo elétrico em B terá módulo 4 vezes maior que o módulo do campo elétrico gerado em P, que, então, valerá, 6 N/C. O vetor campo no ponto A não está em escala. 25 Editora Bernoulli FÍ SI C A Questão 11 – Letra A Comentário: Observe que a molécula (dipolo) está numa região na qual o campo elétrico não é uniforme. A parte positiva do dipolo se encontra em um ponto onde o campo elétrico é maior (linhas mais próximas). Assim, a força elétrica sobre essa parte da molécula é, também, maior. Dessa forma, o dipolo começa a se deslocar para a direita com movimento acelerado e, depois, percorre o intervalo [–5 m, +5 m] com velocidade constante. Quando penetra na região de coordenadas [5 m, 10 m], a força sobre a parte negativa do dipolo (que recebe força em sentido contrário ao campo) é maior, pois o campo começa a diminuir de intensidade. Nesse intervalo, o dipolo vai diminuir sua velocidade até parar. A partir de então, ele volta à situação inicial e fica a oscilar entre as posições x, tais que –10 m < x < 10 m. Questão 12 – Letra A Comentário: A questão trata de forças exercidas por um campo elétrico e do comportamento cinemático de um corpo sujeito a essas forças. Como o corpo é carregado positivamente, a força do campo elétrico sobre ele terá mesma direção e mesmo sentido do vetor campo elétrico. Assim, como o peso do corpo é desprezível, no início do deslocamento, esse corpo terá como força resultante uma força constante, paralela ao seu deslocamento, porém de sentido contrário a este. A velocidade do corpo irá diminuir, portanto, com aceleração constante (movimento retilíneo uniformemente retardado), até ele ficar em repouso. Logo em seguida, continuará havendo a mesma força resultante devido ao campo elétrico, que acelerará o corpo com aceleração na mesma direção e sentido do campo, o que configura um movimento retilíneo uniformemente acelerado. Questão 14 – Letra A Comentário: A questão trata de forças exercidas por um campo elétrico e do comportamento cinemático de um corpo sujeito a essas forças. Como podemos desprezar a ação do campo gravitacional, e a partícula está carregada negativamente dentro da região do campo elétrico (entre x1 e x2), esta sofrerá uma força resultante na mesma direção e sentido contrário ao do vetor campo elétrico, ou seja, para a direita. Essa força resultante constante, nesse intervalo, tem mesma direção e sentido do deslocamento, ou seja, acelerará o corpo com aceleração constante entre x1 e x2, o que faz a sua velocidade aumentar. Entre 0 e x1 e a partir de x2, não há forças resultantes, ou seja, a velocidade do elétron mantém-se constante. Questão 15 – Letra B Comentário: A questão trata das características de um campo elétrico gerado por uma carga pontual. P Situação I P Situação II Ex Ey ER Ex Ey ER Como visto na figura anterior, o módulo ER do campo elétrico em ambos os casos é igual, já que ER2 = Ex2 + Ey2, e a componente Ex, na situação I, tem módulo igual a Ey, na situação II, e Ey, na situação I, tem módulo igual a Ex, na situação II. Assim, os campos têm o mesmo módulo e direções diferentes, conforme mostra a figura. Seção Enem Questão 01 – Letra D Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 21 Comentário: A questão trata de um campo elétrico não uniforme. Quanto mais próximo do fio, maior é o módulo do vetor campo elétrico, sendo ele, portanto, não uniforme. Assim, partículas neutras de fumaça serão induzidas pelo campo elétrico e capturadas pelo fio, uma vez que a força de atração exercida pelo fio é maior que a exercida pelo cilindro periférico. Questão 02 – Letra C Eixo cognitivo: III Competência de área: 6 Habilidade: 21 Comentário: O elétron, que possui carga negativa, é desviado em sentido contrário ao do campo elétrico. Dessa forma, os campos elétricos vertical para baixo e horizontal para a esquerda desviam os elétrons para cima e para a direita, respectivamente. Uma vez que o campo horizontal é mais intenso que o vertical, o desvio é maior na horizontal. Dessa forma, o elétron vai atingir o setor azul do gerador de cores. Questão 03 – Letra A Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 10 Comentário: Para que as partículas poluidoras sejam levadas para a alta atmosfera, o módulo da força elétrica que atua sobre elas deve ser maior que o módulo do peso dessas partículas. O módulo da força elétrica pode ser calculado por: F = Eq. Assim, temos que: Eq > P ⇒ 100q > 10–10 N. Logo, a carga das partículas deve ser: q > 10–12 C. Uma vez que as cargas seriam eletrizadas negativamente, o campo elétrico deve apontar para a superfície da Terra, pois cargas negativas sofrem forças elétricas de sentidos opostos ao sentido do campo. Observação: De fato, o campo elétrico ao qual o problema se refere é, em cada ponto da superfície, vertical para baixo. Isso acontece pois a superfície da Terra possui excesso de cargas negativas, e a região acima da ionosfera apresenta excesso de cargas positivas. 26 Coleção Estudo FÍ SI C A 27 Editora Bernoulli FÍ SI C A Rua Juiz de Fora, 991 - Barro Preto Belo Horizonte - MG Tel.: (31) 3029-4949 www.editorabernoulli.com.br 6V Física Volume 2 Bernoulli Resolve is to ck ph ot o. co m 2 Coleção Estudo FÍ SI C A Su m ár io - F ís ic a Módulo A 03 3 Introdução à Cinemática vetorial 04 5 Lançamento horizontal e lançamento oblíquo Módulo B 03 7 Calorimetria 04 12 Gases Módulo C 03 16 Espelhosesféricos 04 18 Refração da luz Módulo D 04 20 Trabalho e potencial elétrico 05 23 Condutores 06 27 Corrente elétrica 3 Editora Bernoulli FÍ SI C A MÓDULO – A 03 Introdução à Cinemática vetorial Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra D Comentário: A figura da questão representa vários vetores e apresenta diversas operações vetoriais. Assim: CD + DE + EA = CB + BA EA CB + DE = BA CD– – Diante disso, apenas a afirmativa D é correta. Questão 02 – Letra D Comentário: O que caracteriza uma grandeza vetorial é, entre outros, o fato de ela apresentar um valor numérico, seguido de sua unidade, uma direção e um sentido, em oposição às grandezas escalares, que somente apresentam as duas primeiras características citadas. Questão 03 – Letra C Comentário: Essa questão trabalha com o clássico triângulo pitagórico de medidas proporcionais a 3, 4 e 5, que aqui se apresenta com os valores 600, 800 e 1 000. O triângulo em questão é formado pelos pontos ACD. Logo, o valor da distância em linha reta de A até C é de 1 000 m. Para se chegar em C, a partir de A, passando por B, caminha-se no mínimo 14 quarteirões, o que equivale a 1 400 m. Questão 04 – Letra B Comentário: O exercício aborda a mudança de referencial de observação de um movimento. Nesse exercício, assim como em uma situação discutida no texto desse módulo, há um ônibus se movendo com velocidade de módulo v1 em relação à rua (solo) e um passageiro no interior do ônibus se deslocando com velocidade de módulo v2 em relação ao ônibus. Para determinarmos o módulo da velocidade v do passageiro em relação à rua, devemos realizar a soma vetorial da velocidade do ônibus v1 com a velocidade do passageiro v2. v = v1 + v2 Como as velocidades v1 e v2 estão na mesma direção e em sentidos opostos, temos que o módulo da velocidade v do passageiro em relação à rua é dado por: |v| = |v1| – |v2| ⇒ v = v1 – v2 Questão 05 – Letra D Comentário: Para resolver esse exercício, é preciso observar que o módulo da velocidade do barco em relação às margens do rio, vr , pode ser calculado por meio da razão entre a distância percorrida pelo barco e o tempo necessário para percorrer essa distância. Logo, a velocidade do barco em relação às margens é dada por: Na descida: v d trd = = = 120 2 60 km/h COMENTÁRIO E RESOLUÇÃO DE QUESTÕES Na subida: v d trs = = = 120 3 40 km/h Sabe-se, também, que a velocidade do barco em relação às margens, vr , é dada pela soma vetorial das velocidades do barco em relação às águas, vb , e das águas em relação às margens, vc. Logo, considerando que a velocidade das águas em relação às margens permaneça constante e sendo a potência desenvolvida pelo barco também constante, temos: v v v v v v v v v v r r d b c rd b c b c s = + = + = + = 60 b c r s b c b c v v v v v v+ = − = −40 Resolvendo o sistema formado pelas duas equações anteriores, temos: ⇒ 100 = 2vb ⇒ vb = 50 km/h ⇒ 60 = 50 + vc ⇒ vc = 10 km/h Exercícios Propostos Questão 01 – Letra A Comentário: Durante uma prova de atletismo, de 200 m rasos, os corredores devem, necessariamente, percorrer a mesma distância, pois isso garante a imparcialidade da prova. No entanto, o deslocamento não será o mesmo, pois os atletas estão em diferentes posições iniciais e chegam em diferentes posições finais, resultando em diferentes vetores deslocamento. Consequentemente, as velocidades vetoriais médias também são diferentes, pois dependem dos tempos e dos deslocamentos dos atletas, e os deslocamentos são, necessariamente, diferentes. Questão 02 – Letra B Comentário: A primeira frase do enunciado nos permite deduzir, a partir da equação D = vt, que D = 10vescada, em que D representa o comprimento da escada. A segunda frase do texto nos permite concluir que vhomem – vescada = D/15. Substituindo o valor de D (10.vescada) na equação, podemos inferir que vhomem = (5/3)vescada. Quando o homem estiver descendo a escada, o valor de sua velocidade deverá ser somado ao da velocidade da escada. Logo, a velocidade total do homem é de (8/3)vescada. Se a velocidade aumentou em 8/3, o intervalo de tempo deve cair na mesma proporção, isto é, de 10 s para 3,75 s. Questão 03 – Letra A Comentário: Nessa questão, tanto o garoto quanto a boia, na qual ele não está flutuando, apresentam o mesmo vetor velocidade, que é igual ao vetor velocidade da correnteza. Logo, a boia se encontra em repouso em relação ao menino. Desse modo, para o garoto alcançar a boia, basta ele se mover em direção a ela, isto é, basta ele nadar em direção a K. 4 Coleção Estudo FÍ SI C A Questão 06 – Letra C Comentário: Esse exercício aborda a diferença entre distância percorrida e deslocamento. Nele, o veleiro percorre uma distância total de 170 km. Entretanto, seu deslocamento não é de 170 km, pois a trajetória do veleiro não é retilínea. 45º70 km 10 0 kmS N O L O módulo do deslocamento de um corpo em movimento equivale à distância, em linha reta, entre a posição inicial do movimento e a posição final deste. Logo, tendo em vista o movimento do veleiro, representado na figura anterior, temos que seu deslocamento é dado por: Deslocamento na direção leste: d d d L L L = + ° = + = + = 70 100 45 70 100 2 2 70 70 140 .cos . kkm Deslocamento na direção norte: d sen d d km N N N = ° = = 100 45 100 2 2 70 . . Deslocamento total: d d d d d d d T L N T L N T 2 2 2 2 2 2 2140 70 7 = + = + = + = 00 2 1 70 5 70 2 2 154 2 2 +( ) = = = d d T T . , km Questão 09 – Letra A Comentário: Esse exercício aborda o conceito de velocidade vetorial média. Deve ser observado que a velocidade vetorial média de um corpo é dada pela razão entre o deslocamento do corpo e o intervalo de tempo gasto nesse deslocamento. O deslocamento de um carro de Fórmula 1 em uma volta completa do circuito é nulo, pois as posições final e inicial do movimento são coincidentes. Logo, a velocidade vetorial média do carro de Fórmula 1 ao longo de uma volta completa é nula. Questão 13 – Letra D Comentário: Novamente, temos uma questão que envolve o clássico triângulo pitagórico de lados proporcionais a 3, 4 e 5. Se o barco gasta 0,5 h para atravessar um rio de 4 km de largura, isso implica que ele desenvolve uma velocidade de 8 km/h em relação à margem. Para que o barco possa atravessar o rio na menor distância possível, é necessário que ele esteja orientado, conforme mostra a figura a seguir. O vetor vc representa a velocidade da correnteza, o vetor vr representa a velocidade do barco em relação à margem, e o vetor vb representa a velocidade do barco em relação à correnteza. Se os dois primeiros têm módulos de 6 km/h e 8 km/h, então o vetor vb deve ter módulo igual a 10 km/h. vb vr vc P Q Questão 15 – Letra B Comentário: A forma da trajetória do movimento de um corpo depende do referencial em que esse movimento é observado. A forma da trajetória do movimento de uma gota de chuva, não sujeita a ventos, é retilínea, considerando que esse movimento seja observado no referencial do solo. Se o movimento dessa gota de chuva for observado a partir de um trem em movimento, a forma da trajetória descrita pela gota de chuva será diferente. Isso se deve ao fato de a gota de chuva apresentar um movimento horizontal em relação ao trem: se o trem se move para a direita em relação ao solo, temos que a gota de chuva se move para a esquerda em relação ao trem. Logo, o movimento da gota de chuva em relação ao trem é composto de dois movimentos independentes, um na direção vertical para baixo e outro na direção horizontal para a esquerda. A partir do instante em que a gota atinge a velocidade limite (velocidade máxima de queda), sua velocidade de queda permanece constante e seu movimento passa a ser retilíneo uniforme, considerando que a gota não esteja sujeita a ventos. Logo, tendo em vista a discussão anterior, temos que a figura que melhor representa o movimento da gota de chuva é a da alternativaB. Seção Enem Questão 01 – Letra A Eixo cognitivo: I Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: A figura da questão apresenta somas de vetores e, portanto, deve representar apenas grandezas vetoriais, isto é, que necessitam de módulo, direção e sentido para ficarem definidas. As alternativas apresentam três grandezas escalares (tempo, volume e massa); logo, a figura não pode representar tais grandezas. Tendo em vista a definição de velocidade relativa de um corpo A em relação a um corpo B, vAB = vA – vB, temos que os vetores resultantes da figura do exercício não são coerentes com a relação anterior; logo, a figura não pode representar a velocidade relativa de veículos. As operações vetoriais mostradas na figura são coerentes com a soma de deslocamentos sucessivos realizados por um corpo. Assim, a alternativa correta é a A. Questão 02 – Letra B Eixo cognitivo: III Competência de área: 6 5 Editora Bernoulli FÍ SI C A Habilidade: 20 Comentário: A imagem a seguir representa o vetor velocidade da água do rio a diferentes distâncias da margem. Observe que no meio do rio a velocidade da correnteza é maior, quando comparada à velocidade da correnteza próxima à margem. Com esse perfil de velocidades, é mais econômico subir o rio pelas margens, uma vez que a redução da velocidade do barco será menor, e descer o rio pela sua parte central, para aproveitar a maior velocidade da correnteza nessa parte do rio. Questão 03 – Letra D Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: Os vetores v0x e v0y são frutos da decomposição ortogonal do vetor v0 e, por isso, não possuem existência concomitante a este. Assim, apenas Isabela está certa. MÓDULO – A 04 Lançamento horizontal e lançamento oblíquo Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra D Comentário: No ponto mais alto da trajetória de uma flecha que percorre uma trajetória parabólica vertical, nem a velocidade nem a aceleração são nulas, pois tanto a aceleração quanto a componente horizontal da velocidade são constantes e não nulas durante todo o movimento, supondo que não haja resistência do ar. Somente a componente vertical da velocidade possui valor nulo no ponto mais alto da trajetória. Logo, a alternativa correta é a D. Questão 02 – Letra B Comentário: A situação apresentada nessa questão é explorada em muitos outros exercícios que discutem a relatividade do movimento. Na questão, a bola e o skatista apresentam a mesma velocidade horizontal no momento do lançamento e, como não há resistência do ar, a velocidade horizontal de ambos permanece constante e igual. Logo, ambos têm o mesmo movimento horizontal e, consequentemente, a bola retornará à mão do skatista no mesmo ponto em que foi lançada, isto é, no ponto L. Questão 03 – Letra D Comentário: A questão discute alguns aspectos relativos ao lançamento oblíquo de um projétil. Porém, somente a afirmativa feita na alternativa D está correta, pois a aceleração resultante que atua sobre o projétil é constante e igual à aceleração da gravidade. Questão 04 – Letra E Comentário: O enunciado do problema afirma que o valor da velocidade da bola no ponto mais alto da trajetória era de 20 m/s. Isso indica que o valor da componente horizontal da velocidade é de 20 m/s (esse valor permanece constante durante todo o movimento, considerando que não haja resistência do ar). Temos, então, o ângulo de lançamento e o valor da componente horizontal. Logo, para determinar a velocidade de lançamento da bola, podemos aplicar a relação: v = vhor/cos θ ⇒ v = (20 m/s)/(cos 60º) = 20/0,5 = 40 m/s Questão 05 – Letra A Comentário: Deve ser observado na resolução desse exercício que o rapaz lança a bola verticalmente para cima em relação a ele. Entretanto, em relação ao solo, o rapaz lança a bola obliquamente. Como a resistência do ar, nessa situação, pode ser desprezada, a altura máxima atingida pela bola pode ser calculada por meio da equação v2 = v20 + 2gh. Logo: v2 = v20 + 2gh ⇒ 0 = 182 + 2(–10)h = =h 324 20 16 2, m Para calcularmos o deslocamento horizontal da bola, precisamos determinar o tempo total de permanência da bola no ar. O tempo de subida da bola é dado por: v = v0 + gt ⇒ 0 = 18 + (–10)ts = =t s 18 10 1 8, s Considerando que a bola tenha sido lançada e recolhida à mesma altura, os tempos de subida e de descida do movimento são iguais. Logo, o tempo total de permanência da bola no ar é t = 3,6 s. Assim, temos que o deslocamento horizontal da bola é dado por: x = vt ⇒ x = 5.3,6 ⇒ x = 18 m Logo, a alternativa correta é a A. Exercícios Propostos Questão 01 – Letra B Comentário: Para a resolução dessa questão, deve ser observado que o movimento da caminhonete é acelerado. No instante em que o passageiro da caminhonete lança a bola para cima, em relação a ele, a bola possui a mesma velocidade horizontal que o passageiro e a caminhonete. Entretanto, após a bola ser lançada, o módulo da velocidade da caminhonete continua a aumentar, pois o movimento desta é acelerado, mas a componente horizontal da velocidade da bola permanece constante. Logo, a caminhonete percorre uma distância horizontal maior que a bola, durante o tempo em que esta permanece no ar. Assim, temos que a figura que melhor representa a trajetória da bola em relação a uma pessoa parada no acostamento da estrada é a da alternativa B. 6 Coleção Estudo FÍ SI C A Questão 02 – Letra A Comentário: O intervalo de tempo em que uma bola permanece no ar, quando lançada obliquamente, está associado à altura que ela atinge. A distância horizontal percorrida pela bola está associada à velocidade horizontal desta. A imagem da questão mostra que a trajetória mais alta foi descrita pela bola Q. Logo, a bola Q permanece mais tempo no ar. As trajetórias descritas pelas bolas P e R são semelhantes em termos de alturas; logo, também o serão em termos dos intervalos de tempo gastos no ar. Questão 03 – Letra C Comentário: Sabemos que, quanto maior for a velocidade inicial na direção horizontal, maior será a distância horizontal percorrida pelo objeto durante uma queda. Sabe-se também que, quanto mais alta for a posição dos blocos no plano inclinado da mesa, maior será a velocidade com que eles chegarão à base da mesa e, consequentemente, maior será a velocidade inicial horizontal. Desse modo, podemos dizer que: maior altura de partida do bloco ⇒ maior velocidade horizontal durante o movimento subsequente ⇒ maior distância horizontal percorrida. Isso nos leva a concluir que o bloco de massa m chegará mais longe, seguido pelos blocos de massas 5 m, 2 m e 3 m, respectivamente. Questão 06 – Letra D Comentário: A questão apresenta uma figura na qual duas esferas caem de uma mesma altura, uma solta e outra lançada horizontalmente. Como a altura e a velocidade inicial na direção vertical são as mesmas, o intervalo de tempo de queda deve ser o mesmo. Porém, a esfera lançada horizontalmente apresentará uma maior velocidade final, uma vez que sua velocidade apresenta as componentes vertical e horizontal, enquanto a esfera solta apresenta apenas a componente vertical da velocidade, de módulo igual à componente vertical da velocidade da bola lançada horizontalmente. Questão 07 – Letra A Comentário: De acordo com o gráfico da questão, a altura da bola no momento do lançamento era de 20 m. Isso indica que o intervalo de tempo de queda da bola será de 2 s ( em 1 s, 5 m; em 2 s, 20 m; em 3 s, 45 m, etc.). Logo, se em 2 s a bola percorre 30 m horizontalmente, em movimento uniforme, a partir da equação D = vt, podemos concluir que a sua componente horizontal de velocidade tem valor igual a 15 m/s. Questão 09 – Letra A Comentário: Para que a bola atinja a plataforma B, é necessário que ela percorra uma distância horizontal igual a D, em um intervalo de tempo equivalente ao da queda vertical de uma altura H. O intervalo de tempo pode ser determinado pela expressão H = gt2/2, pois o movimento na direçãovertical é um movimento uniformemente acelerado. Logo: H = gt 2 2 ⇒ t = 2H g Entretanto, na direção horizontal, o movimento é uniforme. Diante disso, podemos utilizar o valor do tempo calculado na expressão anterior e aplicá-lo em: D = v0t ⇒ v0 = D/t = D g H2 Questão 14 Comentário: A) A partir da observação do gráfico, é possível avaliar que o centro de gravidade de Daiane dos Santos atingiu uma altura máxima de 1,55 m em relação ao solo. B) A velocidade horizontal média do salto é dada pela razão entre a distância horizontal percorrida e o intervalo de tempo gasto para percorrê-la. Tendo em vista que a distância percorrida na direção horizontal foi de 1,3 m e que o tempo total de permanência no ar foi de 1,1 s, temos que a velocidade horizontal média do salto de Daiane foi de: v d t v m m = = 1 3 1 1 , , vm = 1,2 m/s C) A velocidade vertical de Daiane na saída do solo pode ser calculada por meio da equação v2 = v20 + 2gh, observando que a velocidade vertical de Daiane é nula no ponto mais alto da trajetória. Sendo assim, temos: v2 = v20 + 2gh ⇒ 0 = v20 + 2(–10)1,55 v0 = ¹31 = 5,5 m/s Questão 15 Comentário: A) Para determinar o intervalo de tempo de voo da bola, devemos determinar, primeiramente, o intervalo de tempo de subida e, posteriormente, o intervalo de tempo de descida. Esse tempo é determinado pelo movimento vertical da bola. Na subida, ela se move 31,25 cm e, na descida, 125 cm. • tempo de subida dos 31,25 cm: d = (½)gt2 ⇒ 0,3125 = 5t2 ⇒ t = 0,25 s • tempo de descida dos 125 cm: d = (½)gt2 ⇒ 1,25 = 5t2 ⇒ t = 0,5 s • tempo total = 0,75 s B) Em 0,75 s (intervalo de tempo total), a bola percorreu uma distância horizontal de 24 m; logo, sua velocidade horizontal será: v = d/∆t ⇒ v = 24 m/0,75 s = 32 m/s Seção Enem Questão 01 – Letra B Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 20 Comentário: Nessa questão, aplica-se um método semelhante ao utilizado por Galileu para estudar a queda dos corpos sem a resistência do ar. Primeiramente, desenha-se a trajetória do corpo lançado como se não houvesse gravidade e, posteriormente, determina-se a posição de queda livre. As alturas h1, h2 e h3 correspondem às alturas de queda de um 7 Editora Bernoulli FÍ SI C A corpo abandonado em queda livre. Para calcular os valores dessas alturas, basta aplicar a equação d = gt2/2, o que resultará em 5 m, 20 m e 45 m, respectivamente, para os intervalos de tempo de 1 s, 2 s e 3 s. Questão 02 – Letra A Eixo cognitivo: III Competência de área: 6 Habilidade: 20 Comentário: Todas as afirmativas da questão estão corretas e relacionadas ao movimento de um projétil. Porém, a única afirmativa que explica as duas observações mencionadas no enunciado é a A. O alcance de um projétil, lançado obliquamente, é dado por: A = v g sen 20 2 − ( )θ Sendo assim, conclui-se que o alcance do projétil será máximo quando 2θ = 90º, ou seja, o alcance é máximo quando o projétil é lançado com um ângulo θ = 45º. A partir da equação anterior, podemos concluir, também, que o alcance do projétil, lançado obliquamente com dois ângulos diferentes, será o mesmo, caso o projétil seja lançado com ângulos complementares (15º e 75º, 30º e 60º, etc.). Portanto, da discussão anterior, conclui-se que a distância horizontal percorrida pelo projétil é diretamente proporcional ao valor do seno do dobro do ângulo de lançamento. Questão 03 – Letra D Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 20 Comentário: A figura 2 dessa questão mostra o registro das posições verticais de queda da esfera. Figura 1 Figura 2 X Placa registradora Observando essa figura, verificamos que a distância entre duas posições sucessivas ocupadas pela esfera se mantém, aparentemente, constante. Como o movimento vertical de queda da esfera é acelerado, para que a distância entre duas posições sucessivas ocupadas pela esfera se mantenha constante, os deslocamentos horizontais feitos pela placa tem de ser cada vez menores. Sendo assim, a alternativa correta é a D. MÓDULO – B 03 Calorimetria Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra E Comentário: Desprezando as perdas de calor para o ambiente, a soma do calor cedido pelo bloco de ferro (QC: calor negativo) com o calor absorvido pela água (QR: calor positivo) é zero. Assim: QC + QR = 0 ⇒ mFecFe(TE − T0, Fe) + mAcA(TE − T0, A) = 0 ⇒ 500.0,1.(TE − 42) + 500.1.(TE − 20) = 0 A solução dessa equação fornece a temperatura de equilíbrio TE = 22 °C. Note que a temperatura do bloco de ferro diminuiu de 20 °C, enquanto a temperatura da água aumentou de apenas 2 °C. A variação de temperatura da água foi 10 vezes menor que a do ferro, pois a capacidade térmica da massa de água (CA = mAcA = 500 cal/°C) é 10 vezes maior que a capacidade da massa de ferro (CFe = mFecFe = 50 cal/°C). Questão 02 – Letra D Comentário: O material desconhecido (massa 1 250 g), ao se resfriar de 540 °C para 30 °C, cede calor para a água do recipiente (3 000 g) e para as paredes de madeira do recipiente (5 000g). Assim, a soma do calor cedido pelo material desconhecido (calor negativo) com os calores absorvidos pela água e pelas paredes (calores positivos) vale zero: 1 250.c.(30 − 540) + 3 000.1,0.(30 − 10) + 5 000.0,42.(30 − 10) = 0 Resolvendo essa equação, obtemos c = 0,16 cal/g°C. De acordo com a tabela dada, o material ensaiado é feito de vidro. Questão 03 – Letra D Comentário: I. De fato, como o gelo desaparece com o aumento da temperatura da atmosfera do planeta sem que a água na fase líquida seja observada, conclui-se que o gelo passa diretamente para o estado de vapor, e o contrário quando o gelo reaparece nas estações frias. Essas mudanças de fase são denominadas de sublimação. II. A sublimação ocorre quando uma substância é aquecida ou resfriada abaixo da pressão do ponto triplo, fato que pode ser notado facilmente através do diagrama de fases. Essa pressão, para a água, é muito baixa e vale apenas 4,579 mmHg (cerca de 0,6% da pressão atmosférica da Terra, 760 mmHg = 1 atm). Logo, a pressão atmosférica em Marte é muito baixa. III. Conforme discutido no item II, o gelo não sofre fusão. Isso ocorre devido ao fato de a pressão em Marte ser muito pequena, não porque a temperatura em Marte seja sempre inferior à temperatura de fusão do gelo. 8 Coleção Estudo FÍ SI C A Questão 04 – Letra B Comentário: O 1º patamar horizontal mostrado no gráfico representa a fusão (liquefação) de 1,0 g de gelo à temperatura de 0 °C. Do gráfico, tiramos que a quantidade de calor absorvida pelo gelo a –50 °C até a fusão completa a 0 °C é de 105 calorias, das quais 25 calorias são usadas no aquecimento do gelo de –50 °C até 0 °C e 80 calorias são usadas na fusão do gelo. Professor, comente com os alunos que o valor 105 calorias faz sentido, pois o calor latente de fusão do gelo a 0 °C é 80 cal/g e, como o calor especifico do gelo é 0,50 cal/g°, o calor para aquecer uma massa de 1,0 g de gelo de –50 °C a 0 °C é: Q = (1,0 g).(0,50 cal/g°C).(50 °C) = 25 cal A 2ª reta inclinada mostrada no gráfico representa a elevação da temperatura da água líquida de 0 °C a 100 °C. Do gráfico, tiramos que a quantidade de calor absorvida para ela ser aquecida de 0 °C até 100 °C é 100 calorias. Professor, comente com os alunos que esse valor faz sentido, pois, como o calor especifico da água líquida 1,0 cal/g°, o calor para aquecer 1,0 g de água líquida de 0 °C a 100 °C é: Q = mc∆t = 1,0 g 1,0 cal/g°C 100 °C = 100 cal Questão 05 – Letra C Comentário: A temperatura de equilíbrio pode ser obtida por meio do seguinte balanço de energia: 2 000.1.(TE – 35) + 200.0,5.[0 – (–4)] + 200.80 + 200.1.(TE – 0) = 0 Nessa equação, a primeira parcela é o calor cedido pela água quente para que ela se resfrie até a temperatura de equilíbrio TE. As outras três parcelas são referentes ao calor recebido pelo gelo para ser aquecido de –4 °C até 0 °C (ponto de fusão), ao calor absorvido pelo gelo para fundir-se e aocalor absorvido pela água, proveniente da fusão do gelo, para que esta se aqueça de 0 °C até a temperatura TE. Resolvendo essa equação, obtemos TE = 24,4 °C. Podemos confirmar que esse resultado é coerente, calculando o calor cedido pela água quente e as três parcelas de calor recebido, verificando a igualdade entre o calor cedido (QC) e o calor recebido (QR). Fazendo isso, obtemos: QC = 2 000.1.(24,4 – 35) = –21 200 cal (o sinal negativo indica que a água cedeu calor) QR = 200.0,5.[0 – (–4)] + 200.80 + 200.1.(24,4 – 0) ⇒ QR = 21 280 cal A pequena diferença entre os dois valores (0,4% apenas) se deve ao fato de a temperatura de 24,4 °C ter sido aproximada com apenas uma casa decimal de precisão. O gráfico a seguir (fora de escala) é um bom resumo desse exercício, e você, professor, deve apresentá-lo aos alunos. T (ºC) Q (kcal) 35 0,4 16,4 21,3 Resfriamento da água quente Fusão do gelo 24,4 Aquecimento da água fria Exercícios Propostos Questão 01 – Letra B Comentário: De acordo com o enunciado da questão, os blocos de ferro e de alumínio estão inicialmente à mesma temperatura (temperatura ambiente), possuem a mesma massa e recebem a mesma quantidade de calor. Entretanto, o calor específico do alumínio é maior que o calor específico do ferro. Assim, o bloco de ferro se aquecerá mais que o bloco de alumínio, pois o ferro necessita de menor quantidade de calor por unidade de massa para sofrer uma variação unitária de temperatura (cFe < cAl). Logo, se após o processo de aquecimento os blocos forem colocados em contato, haverá transferência de calor do bloco de ferro para o bloco de alumínio, pois o bloco de ferro estará a uma temperatura maior que a do bloco de alumínio. Questão 02 – Letra D Comentário: 60% da energia mecânica provenientes de N = 50 marteladas são convertidos em energia térmica Q para aquecer de ∆T = 10 °C um prego de ferro de massa m = 50 g e calor específico c = 0,1 cal/g°C. Assim, para calcular a energia mecânica E de uma só martelada, podemos expressar a conversão de energia mecânica do martelo em energia térmica do prego pela seguinte equação: 60% da energia mecânica total = mc∆t ⇒ 0,60.(50.E) = 50 g.(0,1.4,2 J/g°C).10 °C ⇒ E = 7 J Questão 03 – Soma = 22 Comentário: A água tem calor especifico maior que o da terra. Por isso, durante o dia, a água do mar demora mais para esquentar do que o solo. À noite, a água do mar demora mais para se resfriar do que a terra. Portanto: 01. Falso 02. Verdadeiro 16. Verdadeiro Durante o dia, a terra está mais quente do que o mar. Por isso, o ar sobre a terra se aquece, torna-se menos denso e se eleva. Então, o ar mais frio e denso que se acha sobre o mar sopra em direção ao o litoral. Durante a noite, ocorre o inverso. O mar é que está mais quente do que a terra. Por isso, o ar sobre o mar se aquece, torna-se menos denso e se eleva. Então, o ar mais frio e denso que se acha sobre a terra sopra em direção ao mar. Portanto: 04. Verdadeiro 08. Falso Questão 04 – Letra D Comentário: Se denominarmos o calor específico do bloco por c, o calor específico da água será 10c. O balanço de energia relativo ao contato do bloco com a primeira massa 9 Editora Bernoulli FÍ SI C A de água é: QC + QR = 0 ⇒ 100.c.(T − 90) + 10.10c.(T’ − 0 ) = 0 ⇒ T = 90 − T’ O bloco, na temperatura T, deve ser transferido para a segunda massa de água. Ao ser inserido na segunda massa de água, o bloco e a água atingem o equilíbrio a uma temperatura T’. Essa é a temperatura que queremos determinar. O balanço de energia após o equilíbrio térmico ser atingido é: QC + QR = 0 ⇒ 100.c.(T’ − T) + 10.10c.(T’ − 0) = 0 ⇒ 2T’ = T Resolvendo o sistema de equações, achamos: T = 60 ºC e T’ = 30 ºC. Portanto, a temperatura do bloco no momento em que ele é transferido para a segunda massa de água é 60 ºC. Questão 05 – Letra D Comentário: O calor cedido pelo leite quente (aquecido pela resistência elétrica) que atravessa a serpentina do trocador de calor é igual ao calor recebido pelo leite frio que passa pela caixa onde está a serpentina. As vazões do leite frio e do leite quente são iguais, uma vez que um líquido é uma substância, praticamente, incompressível. Assim, o balanço de energia no trocador de calor é: QR + QC = 0 ⇒ vazão.c.(T − 5) + vazão.c.(20 − 80) = 0 Cancelando as vazões e o calor específico dos dois escoamentos e resolvendo a equação, obtemos T = 65 ºC. Questão 06 – Letra C Comentário: Desprezando as perdas de calor para o ambiente, a soma do calor cedido pela massa de 150 g de água quente a 100 °C (QC: calor negativo) com o calor absorvido pela massa de 125 g da xícara a 9 °C (QR: calor positivo) é zero. Assim, resolvendo essa equação, obtemos a temperatura de equilíbrio da mistura: QC + QR = 0 ⇒ 150. c .(TE – 100) + 125. c 5 .(TE – 9) = 0 ⇒ 175TE = 15 225 ⇒ TE = 87 °C Questão 07 – Letra C Comentário: O corpo de cada rapaz está a uma temperatura maior do que a temperatura da água da piscina. Assim, a água, em contato com a pele, absorve calor, por condução térmica, do corpo de cada rapaz. Por isso, eles sentem frio. Quando os jovens saem da água, a pele de cada um está molhada. Essa água, em contato com o ar seco, tende a evaporar. Como a evaporação demanda absorção de calor pela água, concluímos que o corpo de cada rapaz cede calor para a água evaporar. É por isso que, nesse momento, os rapazes sentem frio. Portanto, diante da discussão anterior, conclui-se que a alternativa correta é a C. Questão 09 – Letra C Comentário: De acordo com o enunciado da questão, os objetos possuem a mesma massa e estão, inicialmente, à mesma temperatura e no estado sólido. Entretanto, os objetos são constituídos por materiais diferentes. A partir da análise do gráfico, verificamos que, no estado sólido, o material S sofre maior elevação de temperatura que o material R, para uma mesma quantidade de calor recebido. Logo, tendo em vista que os objetos possuem a mesma massa, conclui-se que o calor específico do material R é maior que o do material S, cR > cS. Observamos, também, a partir do gráfico, que a quantidade de calor necessária para que o objeto de material R sofra fusão completa é menor do que a quantidade de calor necessária para que o objeto de material S sofra fusão completa. Sabendo que os objetos possuem a mesma massa, podemos concluir que o calor latente de fusão do material R é menor que o do material S, LR < LS. Logo, a alternativa correta é a C. Questão 10 – Letra D Comentário: Inicialmente, vamos calcular a quantidade de calor que a massa de 5 g de água deveria ceder, caso sofresse um resfriamento de 20 ºC até 0 ºC e fosse totalmente solidificada. Esse calor seria: Q = mc∆T + mLS = 5.1.(0 − 20) + 5.(−80) = −500 cal Agora, vamos verificar o grau de aquecimento que a massa de 120 g de gelo deveria sofrer caso recebesse a quantidade de calor calculada anteriormente. Para isso, devemos igualar o valor de 500 cal ao calor sensível recebido pelo gelo: 500 = mc∆T ⇒ 500 = 120.0,5.[T −(−15)] ⇒ T = −6,7 ºC Portanto, na situação de equilíbrio, haverá gelo no recipiente a uma temperatura entre −6,7 ºC e 0 ºC. Questão 11 – Letra D Comentário: A linha que separa as regiões de sólido e de líquido no diagrama de fases é a curva de fusão da água. Cada ponto dessa linha indica, para uma dada pressão, o valor da temperatura de fusão do gelo. Essa curva deve ser inclinada para a esquerda, como nas figuras das alternativas B e D, pois, assim, um aumento de pressão implicará uma menor temperatura de fusão. Como em baixas temperaturas a água apresenta-se sempre na fase sólida, a alternativa D é a mais adequada, pois, como podemos ver, para baixas temperaturas, a água acha-se no estado sólido para qualquer pressão. Questão 12 – Letra B Comentário: Como as massas das esferas são iguais, mas o volume da esfera de cobre é menor que o da esfera de alumínio, concluímos que a densidade do cobre é maior que a densidadedo alumínio. A massa de gelo fundido é muito maior no caso da esfera de alumínio, que afundou dentro do bloco de gelo. Isso significa que houve uma maior transferência de calor da esfera para o bloco de gelo nessa situação. Esse calor é dado pela equação Q = mc∆T. Tendo em vista que a massa m é a mesma para as duas esferas e que a variação de temperatura ∆T também é igual para as duas esferas (∆T é igual à temperatura ambiente menos 0 ºC, que é o ponto de fusão do gelo), concluímos que o calor específico do alumínio deve ser maior que o do cobre. Portanto, a alternativa correta é a B. Questão 13 – Letra A Comentário: A capacidade térmica de um objeto é definida operacionalmente pelo quociente C = Q/∆T (calor absorvido / cedido dividido pela variação de temperatura). Como os dois objetos receberam a mesma quantidade de calor e sofreram a mesma variação de temperatura, concluímos que suas capacidades térmicas são iguais. Professor, comente ainda com os alunos que a capacidade térmica também pode ser 10 Coleção Estudo FÍ SI C A determinada pelo produto C = m.c (massa do objeto multiplicada pelo calor específico do material). Como o calor específico do cobre é menor que o do alumínio, concluímos que, para as capacidades térmicas serem iguais, a massa do objeto de cobre é maior que a do objeto de alumínio (a rigor, 2,44 vezes maior, que é a razão entre os calores específicos do alumínio e do cobre). Questão 14 – Letra B Comentário: Inicialmente, a água líquida foi resfriada de 5 ºC até 0 ºC, cedendo calor para o bloco de gelo, que teve a sua temperatura aumentada. Após atingir a temperatura de 0 ºC, a água continuou cedendo calor para o gelo, de modo que a água começou a sofrer solidificação e se agregar ao bloco de gelo. Quando a massa de água solidificada atingiu o valor de 64 g, a temperatura global do bloco de gelo atingiu 0 ºC, de forma que o processo de transferência de calor da água para o bloco de gelo foi interrompido. O gráfico a seguir ilustra a troca de calor desde o instante em que a água estava a 5,0 ºC e o gelo estava à temperatura inicial T0 até o instante final, quando os dois corpos atingiram o equilíbrio térmico a 0 ºC. Resfriamento e fusão da água Aquecimento do gelo Q (cal) T (ºC) 5,0 0 T0 A massa inicial de água é mA = 2 500 g, a massa de água solidificada é mS = 64 g, e a massa inicial do gelo é mG = 725 g. O calor latente de solidificação da água é L = −80 cal/g (o sinal negativo indica que a água deve ceder calor para se solidificar), o calor específico da água é c e o calor específico do gelo é c/2. Substituindo esses valores no balanço de energia desse exercício, obtemos a seguinte temperatura inicial para o gelo: QA + QS + QG = 0 ⇒ 2 500.c.(0 − 5,0) + 64.(−80) + 725.(c/2).(0 − T0) Resolvendo essa equação, obtemos T0 = −48,6 ºC. Questão 15 Comentário: A quantidade de calorias ingeridas ao comer o chocolate foi de 200 kcal, que, convertida para joules, é igual a: E = 200 kcal. 4 200 J kcal = 8,4 x 105 J Durante a corrida, dissipando energia na taxa P = 500 J/s, a pessoa gastará o seguinte tempo para dissipar uma energia equivalente à do chocolate: P E t x t t s= = =500 8 4 10 1 680 5, Na velocidade v = 1,5 m/s, a pessoa percorrerá, nesse intervalo de tempo, a seguinte distância: d = v.∆t = 1,5.1 680 = 2 520 m = 2,52 km Seção Enem Questão 01 – Letra A Eixo cognitivo: I Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: Essa questão é um ótimo exemplo de item do Enem: uma situação-problema (o conceito popular e incorreto de “calor” e “temperaturas”), o enunciado do item (que limitações essa falsa conceituação pode acarretar?) e as opções (todas fisicamente corretas, mas uma delas conflitante com o conceito popular de calor e temperatura). A primeira coisa que você, professor, deve explicar aos alunos é que todas as cinco opções de respostas desse item são afirmativas fisicamente corretas. Por isso, alguns alunos podem ter dificuldades para resolver essa questão. Se a temperatura fosse uma medida de quantidade de calor de um corpo, a temperatura de um corpo sempre deveria aumentar quando um corpo recebesse calor. Assim, durante a ebulição da água à pressão constante, a temperatura não poderia ficar constante. Por isso, o conceito popular de calor e temperatura entra em conflito com a constância da temperatura durante a mudança de fase de substâncias puras à pressão constante. Questão 02 – Letra D Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 21 Comentário: A água é uma substância pura. O ponto de ebulição de uma substância pura depende da pressão a que a substância é submetida. Quanto maior for a pressão sobre a superfície livre de um líquido, maior será a temperatura na qual o líquido irá ferver, ou seja, maior será a temperatura na qual ele entrará em processo de ebulição. Por exemplo, sob a pressão atmosférica de 1 atm, típica das cidades ao nível do mar, a água inicia o processo de fervura quando sua temperatura atinge 100 °C. Em uma localidade de maior altitude, a pressão atmosférica é menor do que 1 atm, e, consequentemente, o ponto de ebulição da água é menor do que 100 °C. Por exemplo, na cidade de Belo Horizonte, que se acha a 850 m acima do nível do mar, a pressão atmosférica média vale 0,89 atm e a temperatura de ebulição da água é de 97 °C. No experimento descrito nessa questão, a água da seringa voltou a ferver porque o levantamento do êmbolo provocou uma diminuição na pressão interna da seringa. Consequentemente, o ponto de ebulição da água também diminuiu. Por exemplo, digamos que a água dentro da seringa estava a 90 °C (a água se esfriou um pouco, depois de ser retirada da panela e ser introduzida na seringa). Nessa temperatura, a pressão de ebulição da água é de 0,73 atm. Essa pressão pode ser obtida facilmente, bastando levantar um pouco o êmbolo da seringa. Quando a pressão atingir esse valor, considerando que a temperatura da água se mantenha a 90 °C, a água volta a ferver. Essa experiência pode ser realizada de forma mais simples, sem a necessidade de aquecimento do líquido. Para isso, a água deve ser substituída por éter etílico (produto cuja venda é controlada). O ponto de ebulição do éter etílico é baixo; a 1 atm, ele ferve a 35 °C. Por isso, o éter, à temperatura ambiente, pode ser introduzido na seringa, de forma que um pequeno deslocamento do êmbolo já é capaz de provocar a ebulição do líquido. Questão 03 – Letra A Eixo cognitivo: III Competência de área: 6 Habilidade: 21 Comentário: A potência solar S (nessa questão, S = 800 W/m2) não é definida com base na área real exposta aos raios solares, ela é definida com base em uma área perpendicular aos raios 11 Editora Bernoulli FÍ SI C A solares. Nessa questão, a área projetada do espelho parabólico é um retângulo de área A = b.h, em que a base b vale 6 m e a altura h é o valor procurado (veja figura). h b = 6 m h b = 6 m Em uma 1 hora, o espelho parabólico recebe e reflete para o tubo com óleo a seguinte quantidade de energia: E = S.(área projetada).(tempo) = 800 W/m2.(h.6 m). (3 600 s) = 1,728 x 107 h Essa energia será dada em joules, desde que o comprimento h seja dado em metros. A energia E deve ser usada para aquecer 1 m3 de água (massa = 1 000 kg) de 20 °C a 100 °C, conforme informado na questão. Usando a equação para calcular o calor sensível e sabendo que o calor específico da água é c = 4 200 J/(kg°C), podemos determinar a energia necessária para aquecer a massa de água. Q = m.c.∆T = (1 000 kg).(4 200 J/kg°C).(100 °C – 20 °C) ⇒ Q = 3,36 x 108 J Igualando os valores de E e de Q (admitindo um coletor solar com eficiência 100% e que o tubo possua capacidade térmica desprezível), obtemos o valor de h: E = Q ⇒ 1,726 x 107 h = 3,36 x 108 ⇒ h = 19,4 m Questão 04 – Letra C Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 21 Comentário: A transformação mencionada no texto é a evaporação, pois, quando a água líquidaabsorve calor, de modo que algumas moléculas de água se soltam do líquido e sobem para a atmosfera, tais moléculas passam do estado líquido para o estado de vapor. Professor, explique que a evaporação da água é a passagem do estado líquido para o estado de vapor de forma lenta e sem turbulência e que pode ocorrer, para uma dada pressão, a temperaturas diferentes. Já a ebulição da água é a passagem do estado líquido para o estado de vapor de forma mais turbulenta e que ocorre, para uma dada pressão, apenas em certa temperatura. Por exemplo, a 1 atm, a água ferve apenas se a temperatura for de 100°C. Questão 05 – Letra D Eixo cognitivo: III Competência de área: 6 Habilidade: 22 Comentário: O processo de dessalinização da água descrito na montagem desta questão é constituído de duas etapas. Na 1ª delas, a água sofre evaporação depois de absorver energia solar. A 2ª etapa do processo é a condensação do vapor de água, que, ao entrar em contato com o plástico da cobertura, libera calor para o meio externo. Por isso, o vapor condensa. A mesma energia absorvida pela água na evaporação é cedida pelo vapor na condensação, pois o calor latente de vaporização é igual ao calor latente de condensação. Questão 06 – Letra C Eixo cognitivo: III Competência de área: 3 Habilidade: 21 Comentário: O piso da quadra deve ter alta capacidade térmica, pois um corpo com tal característica pode receber uma quantidade significativa de calor sem sofrer muita elevação de temperatura. O exemplo clássico disso é o mar. Além da grande massa do mar, a água tem um calor específico alto, de modo que a capacidade térmica do mar é muito alta. Por isso, durante o dia, a temperatura da água do mar não sofre grandes elevações. Usando a mesma ideia, o piso da quadra dever ser feito de um material denso, para que a massa do piso seja alta, e de elevado calor específico. Questão 07 – Letra B Eixo cognitivo: III Competência de área: 6 Habilidade: 21 Comentário: A suposta massa de gelo dos polos, derretida por ano devido ao aquecimento global, pode ser estimada por meio da equação Q = m.L, em que m é a massa procurada, Q = 1,6 x 1022 J é a quantidade de calor fornecido ao gelo anualmente e L = 3,2 x 105 J/kg é calor latente de fusão do gelo. Substituindo esses valores na equação, obtemos: 1,6 x 1022 J = m.3,2 x 105 J/kg ⇒ m = 50 x 1015 kg Portanto, a alternativa correta é a B. Questão 08 – Letra B Eixo cognitivo: III Competência de área: 4 Habilidade: 14 Comentário: A água, para evaporar, deve receber calor. Por isso, quando transpiramos, evaporando água do nosso corpo para o ar através dos poros, o nosso corpo cede calor para essa água. O elevado calor latente de vaporização da água (LV = 540 cal/g) indica que mesmo uma pequena quantidade de água necessita ganhar muito calor para sofrer vaporização. Por isso, a transpiração consiste em um dos mais eficientes mecanismos biológicos que permitem regular a nossa temperatura corpórea. Questão 09 – Letra B Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 21 Comentário: Conforme foi explicado na resolução da questão 01, a temperatura de ebulição da água depende da pressão que é exercida sobre sua superfície livre. Quanto maior for essa pressão, maior será a temperatura de fervura da água. Em uma panela de pressão, quando a água ferve, a pressão interna na panela é próxima a 2 atm. Do gráfico dado nessa questão, vemos que a temperatura de ebulição para essa pressão é cerca de 120 °C. Portanto, o cozimento de alimentos é mais rápido em uma panela de pressão simplesmente porque a temperatura de ebulição da água nessa panela é maior do que aquela que seria observada em uma panela aberta. Por exemplo, ao nível do mar, a pressão vale 1 atm, e a temperatura de ebulição da água é de 100 °C. Esse valor pode ser observado no gráfico dessa questão. Da discussão anterior, conclui-se que a alternativa correta é a B. 12 Coleção Estudo FÍ SI C A Questão 10 – Letra E Eixo cognitivo: II Competência de área: 3 Habilidade: 8 Comentário: À pressão constante, depois que a água atinge o ponto de ebulição, a temperatura da água não se altera mais. No caso de uma panela de pressão, conforme foi explicado na resolução da questão 04, essa temperatura é cerca de 120 °C. Por isso, podemos abaixar o fogo sob a panela de forma apenas a manter a fervura da água, que a temperatura da água permanecerá constante. Há pelo menos duas vantagens em fazer isso. A primeira é que haverá significativa economia de energia, pois, como a temperatura da água continuará sendo de 120 °C, o alimento será cozido no mesmo tempo, independentemente de o fogo estar alto ou mais baixo. A outra vantagem é que, a fogo baixo, a água levará mais tempo para secar, reduzindo o risco de o alimento queimar por falta de água. Assim, a alternativa correta é a E. Questão 11 – Letra C Eixo cognitivo: III Competência de área: 6 Habilidade: 21 Comentário: Vamos analisar as alternativas separadamente. A) A confirmação da existência de água no estado de vapor na atmosfera de um planeta não garante que a água possa também existir no estado líquido nesse planeta, pois o estado da água, e de outras substâncias puras, depende da pressão e da temperatura da substância. É possível que, em alguma parte do planeta, os valores de temperatura e de pressão proporcionem as condições necessárias para a existência de água líquida. Por exemplo, para p = 5 atm e T = 200 °C, a água está no estado líquido, conforme indica o ponto M no diagrama de fases da água apresentado a seguir. Porém, não há a garantia da existência de água líquida apenas pela constatação da existência de vapor de água na atmosfera do planeta. Pr es sã o (a tm ) 1 5 S ól id o M Líquido Ponto triplo Ponto de ebulição a 1 atm Vapor 100 Temperatura (ºC)200 B) A temperatura de ebulição da água depende da pressão. De fato, como pode ser observado no diagrama anterior, para a pressão de 1 atm, a temperatura de ebulição da água vale 100 °C. Mas a temperatura de ebulição da água é maior que 100 °C quando a pressão exercida sobre sua superfície livre é maior que 1 atm, e menor que 100 °C para pressões menores que 1 atm. C) O calor de vaporização é uma propriedade termodinâmica que depende da substância e da pressão exercida sobre esta. No caso da água, submetida à pressão de 1 atm, a temperatura de ebulição é de 100 °C. Nessas circunstâncias, uma quantidade de calor igual a 5,4 x 105 cal é necessária para vaporizar 1 kg de água no estado líquido. Esse valor é chamado de calor latente de vaporização. D) À certa pressão, quando uma temperatura igual ou maior do que a temperatura de ebulição do líquido é atingida, o líquido abre fervura, com a formação de bolhas em seu interior. E) Mesmo quando o aquecimento da água ocorre com a máxima variação de temperatura, de 0 °C a 100 °C, o tempo para vaporizá-la completamente é maior do que o tempo para aquecê-la. A vaporização da água é 5,4 vezes mais demorada do que o aquecimento dela de 0 °C a 100 °C. Para obtermos esse valor, basta dividirmos o calor de vaporização QV = m.L (m é a massa, e L = 540 cal/g é o calor latente de vaporização da água) pelo calor sensível de aquecimento, QA = m.c.∆T (c = 1,0 cal/(g°C) é o calor específico da água líquida, e ∆T = 100 °C é a elevação de temperatura da água). A razão de 5,4 entre QV e QA é também a razão entre os tempos de aquecimento e de vaporização da água, pois a taxa de fornecimento de calor é constante durante todo o processo. Observe que a massa m é cancelada, pois ela é a mesma no aquecimento e na vaporização, uma vez que a vaporização é completa. Por fim, veja o gráfico da temperatura em função do tempo mostrado na figura 6, do Módulo B 03 do Caderno Principal. Parte dele ilustra esse processo. O gráfico também ilustra o aquecimento e a fusão do gelo. Neste gráfico, veja que o tempo de fusão também é superior ao tempo de aquecimento do gelo. Porém, como o calorlatente de fusão (L = 80 cal/g) não é tão grande quanto o de vaporização, e como o calor específico do gelo (c = 0,5 cal/g°C) é da ordem do calor específico da água líquida, o tempo de fusão não é muito maior do que o tempo de aquecimento do gelo. De fato, se o aquecimento do gelo principiasse de uma temperatura muito baixa (menor do que −160 °C), o tempo de aquecimento do gelo seria maior do que o tempo de fusão dele. Das análises anteriores, conclui-se que a alternativa correta é a C. MÓDULO – B 04 Gases Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra D Comentário: Um gás real comporta-se como gás ideal (ou seja, a equação pV = nRT é válida para esse gás) quando suas moléculas acham-se suficientemente distantes umas das outras para que não ocorra interação entre elas. Para se ter essa condição, o gás deve ter uma densidade baixa, e isso ocorre cada vez mais à medida que a pressão do gás é reduzida e a temperatura é aumentada. O critério que garante um comportamento de gás ideal é o seguinte: p << pressão crítica e T >> temperatura crítica. Em muitos casos, apenas a primeira condição já é suficiente para o gás se comportar idealmente. Questão 02 – Letra B Comentário: Primeiramente, vamos calcular o volume da bola cheia: V = 4πR3/3 = 4.3.(20 cm/2)3/3 = 4 000 cm3 = 4 L Agora, usando a lei de gás ideal, vamos calcular a quantidade de ar na bola: pV = nRT ⇒ 1,0 atm.4 L = n.(0,080 atm.L/mol.K).300 K ⇒ n = 5/30 mol Por fim, vamos calcular a massa de ar na bola: n = m/M ⇒ m = (5/30 mol).(30 g/mol) = 5,0 g 13 Editora Bernoulli FÍ SI C A Questão 03 – Letra B Comentário: Antes de usar a relação de gás ideal para comparar o estado inicial (1) e o estado final (2) do ar no pneu, é preciso converter as pressões manométricas do ar para pressões absolutas. Uma pressão manométrica é a diferença entre a pressão absoluta do fluido e a pressão atmosférica local. Portanto, somando-se as pressões manométricas do ar com o valor da pressão atmosférica local p0, acharemos as pressões absolutas do ar. Considerando p0 = 1 atm = 1,01 x 105 Pa ≈ 100 kPa, as pressões absolutas do ar no pneu serão p1 = 300 kPa e p2 = 360 kPa. Agora, podemos usar a relação de gás ideal pV/T = constante para comparar os estados 1 e 2 do ar. Lembrando que a temperatura nessa fórmula é expressa na escala absoluta, temos: p V T p V T V T V T K2 2 2 1 1 1 1 2 1 2 360 1 10 300 263 347 74= = = = . , . ooC Questão 04 – Letra B Comentário: No processo a → b, a pressão p varia proporcionalmente com a temperatura absoluta T. Como p = (nR/V)T, concluímos que a fração nR/V é constante, implicando que o volume V do gás é constante. Por leitura direta, vemos que o processo b → c é isobárico e o processo c → a é isotérmico. Assim, no diagrama p x V, o processo a → b deve ser uma reta vertical, com a pressão aumentando. O processo b → c deve ser uma reta horizontal, com o volume diminuindo. Podemos explicar que Tc < Tb, notando que o produto pV para o ponto c é menor do que esse produto para o ponto b. Por fim, o processo c → a é uma hipérbole, com a pressão diminuindo. Essa curva representa uma função inversa que, nesse caso, é a função p = C/V, em que C = nRT é constante porque T é constante. Da discussão anterior, conclui-se que o diagrama correto está representado na alternativa B. Questão 05 – Soma = 23 Comentário: 01. V n pV R T x mols= = =4 98 10 1 2 8 3 300 24 4, . , , . 02. V N = n.NA = 24.6 x 1023 = 1,44 x 1025 moléculas 04. V u 3 2 KT 3 2 = = .1,4 x 10–23 .300 = 6,3 x 10–21 J 08. F Mantendo inalterados o volume e a quantidade de gás, a pressão é diretamente proporcional à temperatura em escala Kelvin, e não na escala Celsius. Assim, embora o valor da temperatura cresça de 100% ao passar de 27°C para 54°C, na escala Kelvin, a temperatura passa de 300 K para 327 K, correspondendo a um aumento de apenas 9%. Esse é o aumento da pressão, que passa de 49,8 kPa para 54,3 kPa. 16. V Mantendo inalterados a temperatura e o volume, a pressão é diretamente proporcional à quantidade de gás. Assim, duplicando o número de mols, a pressão do gás também duplica. Exercícios Propostos Questão 01 – Letra D Comentário: O ar começará a entrar no pneu assim que a pressão na bomba for ligeiramente maior que a pressão do ar pré-existente no pneu: 3 x 105 N/m2. Como o processo de compressão do ar na bomba é isotérmico, a seguinte relação entre o estado inicial (1) e final (2) do ar pode ser empregada para resolver este exercício (p é a pressão e V é o volume de ar dentro da bomba; A e L são a área da seção transversal da bomba e o comprimento do espaço cilíndrico ocupado pelo ar dentro da bomba, respectivamente): p2 V2 = p1 V1 ⇒ p2 (A .L2) = p1 (A .L1) ⇒ p2 L2 = p1 L1 Substituindo os valores dados, obtemos: 3 x 105 L2 = 105 L1 ⇒ L1/L2 = 3 Substituindo L1 = 42 cm (1ª figura do exercício) nessa relação, obtemos L2 = 14 cm. Da 2ª figura do exercício, vemos que o deslocamento da bomba é d L1 – L2 = 42 − 14 = 28 cm. Questão 02 – Letra B Comentário: De acordo com o enunciado da questão, o êmbolo pode deslizar sem atrito. Logo, a pressão a que o gás está submetido, durante todo o processo, é a pressão atmosférica. Sendo assim, o gás sofre uma transformação isobárica. Utilizando a equação de estado de um gás ideal, temos: V T V T Ah T Ah T h h T T 1 1 2 2 1 1 2 2 2 1 2 1 = = = Assim, a altura do êmbolo é de 22 cm quando o gás encontra-se à temperatura de 60 ºC. Logo, a altura do êmbolo sofre uma variação de 10% nessa transformação. Questão 03 – Letra D Comentário: De acordo com a equação de Clapeyron (equação geral dos gases ideais), o número de mols de nitrogênio no volume de 3,0 L, temperatura T e pressão de 5,0 atm e o número de mols de oxigênio no volume de 2,0 L, temperatura T e pressão de 4,0 atm são iguais a: n RT RT e n RT RTN O2 2 5 0 3 0 15 4 0 2 0 8 0 = = = = , . , , . , , Se esses gases forem misturados em um recipiente de 10 L, o número de mols total será: n n n 23 RT2 2N O = + = de forma que a fração molar de nitrogênio será 15/23 = 0,652 (65,2%) e a de oxigênio será e 34,8%. Assim, como a massa molar do nitrogênio vale 28 g/mol e a do oxigênio vale 32 g/mol, a massa molar desta mistura será: M 65,2.28 34,8.32 100 29,4 g / mol mist = + = Por fim, a pressão da mistura gasosa será: = = =pV nRT p.10 23 RT RT p 2,3atm Questão 05 – Letra E Comentário: A relação entre as temperaturas nos estados A, B e C pode ser determinada por: p V T p V T A A A B B B = ⇒ 2 3 1 1 1 1/ / = / /p V T p V T A B ⇒ 2TB = 3TA p V T p V T B B B C C C = ⇒ / / = / /p V T p V T B C 1 1 1 1 3 ⇒ TB = 3TC TB = �TA e TB = 3TC ⇒ �TA = 3TC ⇒ TA = 2TC Logo, a alternativa correta é a E. 14 Coleção Estudo FÍ SI C A Questão 06 – Letra C Comentário: De acordo com a equação p = nRT/V, em que nRT é constante (processo isotérmico), p e V são inversamente proporcionais. Por isso, o gráfico III pode representar um processo isotérmico. De acordo com a equação V = (nR/p)T, em que nR/p é constante (processo isobárico), V é diretamente proporcional a T. Por isso, o gráfico IV pode representar um processo isobárico. De acordo com a equação p = (nR/V T, em que nR/V é constante (processo isovolumétrico), p é diretamente proporcional a T. Por isso, o gráfico II pode representar um processo isovolumétrico. Os gráficos I e V representam processos politrópicos, em que p, V e T variam. No gráfico V, por exemplo, se a pressão aumentar (e o volume diminuir), primeiro a temperatura irá aumentar até um valor máximo e depois diminuirá, podendo voltar ao valor inicial, conforme sugere o diagrama a seguir (no gráfico p x V, assim como no gráfico V x p, as isotérmicas mais externas também representam as maiores temperaturas). V p 320 K 300 K Questão 07 – Letra C Comentário: Nesse tipo de problema, é comum a temperatura do lago ser considerada constante, de forma que a transformação do gás (em geral,uma bolha de ar que sobe do fundo para a superfície) é isotérmica. Nesse caso, a pressão p e o volume V são inversamente proporcionais (Lei de Boyle-Mariotte). No presente problema, a temperatura do lago é variável, pois o volume do balão diminuiu para pouco menos da metade quando a pressão dobrou de valor (na superfície, pS = 1 atm e, na profundidade de 10 m, pP = 1 + 1 = 2 atm). De acordo com a equação geral dos gases ideais, como o volume é dado por V = nRT/p, concluímos que, para o volume V sofrer uma redução mais significativa, T deve diminuir. Assim, TP < TS. Uma maneira interessante de constatar essa resposta é por meio do diagrama p x V a seguir. Observe as duas curvas isotérmicas de temperaturas TP e TS. A curva referente a TS é mais externa em relação à origem, porque TS > TP. Agora, observe a transformação 1 → 2, que é isotérmica e que seria a transformação que ocorreria se o lago tivesse temperatura uniforme. Veja que V2 = V1/2, pois p2 = 2p1. Por último, observe a transformação 1 → 3, a que, de fato, ocorreu durante a descida do balão. Veja que V3 é um pouco menor do que V1/2. Isso ocorreu porque, durante o processo, o gás sofreu um resfriamento. p (atm) V3V2 V1 TS V TP 1,0 2,0 1 2 3 Questão 08 – Letra C Comentário: Lembrando que a temperatura na equação dos gases ideais é expressa na escala absoluta, podemos usar a seguinte relação para obter a temperatura no fundo do lago: p V T p V T V T V T K Co1 1 1 2 2 2 1 1 3 0 8 4 300 281 8= = = =. , . Questão 09 – Letra E Comentário: Na 1ª transformação, que foi uma compressão isotérmica, na qual o volume o inicial V0 foi reduzido para V0/2, não houve variação de temperatura, que se manteve igual a T0 (temperatura absoluta). Porém, de acordo com a equação de gás ideal, mantidas inalteradas a quantidade de gás e a temperatura, a pressão varia inversamente com o volume. Portanto, nessa 1ª transformação, a pressão aumentou de p0 para 2p0. Na transformação seguinte, que foi isobárica, o volume tornou-se 2V0. Portanto, nessa 2ª transformação, o volume foi multiplicado por 4. De acordo com a equação de gás ideal, mantidas inalteradas a quantidade de gás e a pressão, a temperatura absoluta é proporcional ao volume. Assim, na 2ª transformação, a temperatura absoluta aumentou de T0 para 4T0. O gráfico a seguir da pressão versus volume apresenta as duas transformações deste exercício. Professor, não deixe construir este gráfico para os alunos. Pressão Volume 2p0 p0 V0/2 V0 2V0 T0 4T0 Questão 10 – Letra C Comentário: À medida que o balão sobe, atingindo maiores altitudes, a pressão externa diminui, pois o ar é mais rarefeito em grandes altitudes. A temperatura do ar também diminui, pois as camadas mais altas da atmosfera recebem uma menor quantidade do calor transmitido por convecção da superfície da Terra (lembrando também que os raios solares atravessam a atmosfera, sendo pouco absorvidos por esta). Assim, se, por um lado, o volume do balão tende a aumentar devido à redução da pressão, por outro lado, o volume tende a diminuir devido à contração térmica. Como na equação V = nRT/p a temperatura é dada na escala absoluta, uma redução de vários graus Celsius em T pode corresponder a uma pequena variação percentual na escala Kelvin. Nesse problema, é isso que ocorre, de forma que o efeito da redução da temperatura é menos significativo do que o efeito da redução da pressão, e o resultado é que o volume do balão aumenta. Seria conveniente confrontar valores numéricos para ilustrar esse comportamento. Ao nível do mar, para p = 1 atm e T = 20 ºC = 293 K, a quantidade de 0,1 mol de gás do balão ocupa o seguinte volume: V nRT p L= = =0 1 0 082 293 1 2 4, . , . , A 5 mil metros de altitude, por exemplo, a pressão atmosférica é cerca de 0,5 atm e a temperatura é cerca de −30 ºC (243 K). Nesse caso, o volume do gás é: V nRT p L= = =0 1 0 082 243 0 5 4 0, . , . , , Questão 11 – Letra D Comentário: O resfriamento do ar ocorre a volume constante. Por isso, a pressão interna diminui de um fator igual à razão entre a temperatura absoluta final (−18 ºC = 255 K) e a temperatura absoluta inicial (27 ºC = 300 K). Portanto, se a pressão inicial é p0 (pressão atmosférica), a pressão interna depois do resfriamento é: p p p= =255 300 0 85 0 0 , 15 Editora Bernoulli FÍ SI C A Isso quer dizer que, para abrir a porta, uma pessoa deve exercer uma força que gere uma pressão suplementar de, pelo menos, 15% da pressão p0. Essa pressão, somada à pressão interna (que vale 85% de p0), produzirá uma pressão igual à externa. Se admitirmos uma área A = 0,20 m2 (esse é um valor típico para a área de uma porta do compartimento superior de uma geladeira duplex), e considerando p0 = 105 N/m2 (≈ 1 atm), então a força feita pela pessoa será: p = F A = Pressão suplementar ⇒ F = p.A F = 0,15 x 105.0,20 = 3 x 103 N = 300 kgf Essa é uma força muito grande. Uma pessoa comum não consegue exercer uma força de tal intensidade. Logo após o fechamento da porta, como existe muita diferença de pressão entre o lado interno e o ambiente, uma massa de ar atmosférico acaba passando pelas brechas de vedação da porta, fazendo com que a pressão interna volte a ser 1 atm, permitindo a abertura da porta. Calcular o valor da massa de ar que entra no freezer após seu fechamento é um bom desafio para ser colocado na sala de aula. Para calcular essa massa, devemos calcular, primeiramente, a quantidade de ar (em mols) correspondente, substituindo o volume do freezer (280 L), a temperatura de 255 K e a pressão de 1 atm (que é restabelecida) na equação geral de estado dos gases ideais. Usando a massa molar do ar (29 g/mol), podemos calcular o valor dessa massa de ar. Questão 12 – Letra C Comentário: A energia cinética média de translação (u) de um gás ideal é proporcional à temperatura absoluta do gás (T), mas não à temperatura em graus Celsius. Esse comportamento independe do tipo de gás e também independe da massa do gás. A energia cinética total é que depende da massa do gás. Portanto, a alternativa correta é a C. Questão 13 – Letra A Comentário: O aumento da energia cinética média (u) é decorrente de um aumento na temperatura, pois u = 3KT/2. Para uma transformação a volume constante, quando T aumenta, p também aumenta. Logo, a alternativa correta é a A. Questão 15 Comentário: A) A pressão no fundo é dada pela equação fundamental da hidrostática: p = p0 + ρgH = 1,0 x 105 + 1,0 x 103.10.30 = 4,0 x 105 N/m2 = 4,0 atm B) Uma vez que a Lei de Boyle relaciona as pressões e os volumes iniciais e finais de um gás à temperatura constante, conhecendo-se o valor da pressão inicial po e a relação entre os volumes inicial V0 (volume do pulmão na superfície) e final V1 (volume do pulmão a uma profundidade de 30 m), e considerando-se que V1 poderá atingir uma contração máxima correspondente a 25% de V0, pode-se escrever V1 = (25/100)x V0 = 0,25xV0. Substituindo os valores na expressão da Lei de Boyle (p0V0 = p1V1), podemos calcular a pressão que comprime o volume do pulmão no valor máximo de 25%: p2V2 = p1V1 ⇒ p2 = P1V1/V2 ⇒ p2 = 1,0 x 105.V1/V2 ⇒ p2 = 1,0 x 105.V1/0,25V1 ⇒ p1 = 1,0 x 105/0,25 = 4,0 x 105 N/m2 Como essa pressão é exatamente a pressão no mergulhador a 30 m, ele não poderá descer além dessa profundidade sem riscos para o seu pulmão. Seção Enem Questão 01 – Letra A Eixo cognitivo: III Competência de área: 3 Habilidade: 8 Comentário: De acordo com o enunciado, o vapor de água presente na atmosfera exerce uma pressão parcial, que é a pressão de vapor na temperatura ambiente (valor dado: 3,6 x 103 Pa) multiplicada pela umidade relativa (valor dado: 0,50). Assim, temos pV = 1,8 x 103 Pa. Essa pressão é muito baixa (muitas vezes menor do que a pressão crítica da água), de forma que o vapor de água pode ser tratado como gás ideal. Então, usando a equação de gás ideal com a pressão pV = 1,8 x 103 Pa, a temperatura ambienteT = 300 K e o volume V = 2 000 m3 (tanto o ar como o vapor ocupam todo o volume do ambiente), obtemos a seguinte quantidade de vapor de água (em mols) misturada no ar: n pV RT x x mol= = =1 8 10 2 000 8 300 1 5 10 3 3, . . , Como a massa molar da água vale 18 g/mol (0,018 kg/mol), concluímos que há a seguinte massa de água presente no ar: m = n.M = 1,5 x 103 mol.0,018 kg/mol = 27 kg Como a densidade da água (no estado líquido) vale 1 kg/L, é possível, teoricamente, condensar 27 L de água desse ambiente. Isso pode ser feito passando o ar por serpentinas de resfriamento que se acham a uma temperatura igual ou menor do que a temperatura de condensação da água presente no ar (ponto de orvalho). À medida que essa água é extraída, o ponto de orvalho torna-se cada vez mais baixo. O mesmo ocorre com a umidade do ar. Por isso, quando a umidade for muito baixa, o processo de extração de água se tornará muito difícil e oneroso. Na prática, não será viável extrair toda a água do ambiente. Questão 02 – Letra A Eixo cognitivo: I Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: Esta questão aborda o conceito de umidade do ar e pode ser resolvida com certa facilidade usando apenas as informações dadas no gráfico e no texto da questão. A) Professor, muitos alunos raciocinam que a insolação faz evaporar a água do solo e de lagos, causando um aumento da quantidade de vapor presente no ar. Nesse caso, a umidade do ar realmente poderia aumentar com a insolação. Porém, em temperaturas ambientes muito baixas, como no caso desta questão (observe que as temperaturas variam entre 3 °C e 10 °C), praticamente não há evaporação de água. Nesta questão, o aluno deve se ater às informações dadas no gráfico, que mostra claramente que a umidade relativa do ar aumenta quando a temperatura do ar diminuiu, e que essa umidade diminui quando a temperatura aumenta. Há indícios dessa relação inversa entre a umidade e a temperatura em todos os trechos do gráfico: entre 0 e 6 horas da manhã, a temperatura do ar diminuiu e a umidade relativa do ar aumenta; das 6 horas às 16 horas, a temperatura aumenta, e a umidade diminui; das 16 às 24 horas, a temperatura diminui, e a umidade aumenta. B) Professor, conforme explicado na alternativa A, no caso do ar desta questão, quando a temperatura aumenta, quase não há evaporação de água e, portanto, não há incorporação de vapor no ar. O que acontece é que, com o aumento da temperatura, o ar aumenta a sua capacidade de armazenar vapor antes de ficar saturado. 16 Coleção Estudo FÍ SI C A O aumento da temperatura “abre” mais espaço entre as moléculas. Uma massa de ar frio e com uma umidade relativa de 90% está quase que saturada. Porém, se aquecido, o ar aumenta a capacidade de armazenar vapor, de modo que a umidade relativa pode abaixar, por exemplo, para 80%. C) Como discutido na alternativa A, a relação entre a umidade relativa do ar e a temperatura não é direta, mas inversa. D) Existe uma grandeza física chamada de umidade absoluta. Ela sim indica a quantidade de vapor presente na atmosfera. No entanto, a umidade relativa indica outra coisa. Conforme explicado no texto desta questão, a umidade relativa é uma medida da quantidade de vapor presente no ar em relação à quantidade máxima de vapor que esse ar pode conter. Nesta questão, quando a temperatura do ar aumenta, a umidade relativa do ar diminui, mas a umidade absoluta não se altera. E) A variação na umidade relativa do ar ao longo do dia se verifica tanto no inverno (como no caso desta questão), como no caso do verão. Nesse último caso, o efeito da evaporação da água também deve ser levado em conta, de modo que a curva de variação da umidade relativa do ar em função da temperatura ambiente é mais complexa. Questão 03 – Letra B Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 21 Comentário: O ar aprisionado dentro do frasco acha-se à pressão de 1 atm, pois o frasco foi fechado em uma cidade que encontra-se ao nível do mar. Essa pressão pode ser avaliada pela expressão p = nRT/V, em que n é a quantidade de ar aprisionado em mols, R é a constante universal dos gases, T é a temperatura absoluta, e V é o volume ocupado pelo ar. Durante a viagem, a pressão exercida pelo ar aprisionado varia muito pouco, pois o volume e a massa desse ar não variam e a sua temperatura, que pode mudar um pouco, exerce pequena influência sobre a pressão, pois é medida na escala kelvin. Ainda que na escala Celsius uma variação de temperatura possa ser significativa, na escala kelvin, essa variação tem uma importância muito menor. Por exemplo, se a temperatura do ar aprisionado mudar de 298 K (25°C) para 288 K (15°C), haverá uma variação de apenas 10 K em 298 K, ou seja, uma variação de apenas 3,3% na temperatura absoluta (na escala Celsius, essa variação seria de 40%). Como a pressão depende diretamente da temperatura absoluta, concluímos, nesse caso, que a pressão também sofre a pequena diminuição de 3,3%. Durante a viagem, à medida que altitudes mais altas são atingidas, a pressão atmosférica externa diminui de valor. Em Belo Horizonte, essa pressão vale 0,9 atm, ou seja, a pressão externa é 10% menor do que a pressão interna (caso esta continue valendo 1 atm). Mesmo que a pressão interna sofra uma pequena redução devido à diminuição da temperatura, a tendência é que a pressão interna seja maior do que a pressão externa. É por isso que a tampa do frasco se abre, fazendo com que o xampu derrame dentro da mala. Uma maneira prática de evitar isso seria comprimir um pouco o frasco, antes de ele ser fechado na cidade praiana. Assim, as paredes do frasco ficariam encurvadas para dentro do recipiente, de modo que essas paredes é que voltariam à posição normal quando altitudes maiores fossem atingidas. Então, o ar aprisionado internamente se expandiria e passaria a exercer uma pressão menor debaixo da tampa, de forma que não haveria mais um desequilíbrio exagerado entre as pressões interna e externa. MÓDULO – C 03 Espelhos esféricos Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra C Comentário: O professor deve calcular a distância da imagem ao espelho côncavo usando as equações de Gauss e da ampliação para mostrar que a imagem é duas vezes maior que o objeto, mas deve também chamar a atenção dos alunos para o fato de que não há necessidade de realizar esses cálculos para responder a questão. Veja a solução a seguir: A distância focal do espelho côncavo é f = 1,0 m e o caminhão está colocado a DO = 0,5 m do espelho. Assim, a imagem é virtual, maior e invertida lateralmente (porém, sem inversão vertical). O espelho plano, por sua vez, produz da imagem formada pelo côncavo outra imagem de mesmo tamanho, com inversão lateral (porém, sem inversão vertical). Como temos duas inversões laterais, a imagem será direta na horizontal. Dessa forma, a imagem final será maior que o objeto, sem inversões lateral e vertical. Questão 02 – Letra D Comentário: Observe que a imagem é real e invertida. O único espelho que forma esse tipo de imagem é o côncavo. Como a imagem é real e maior que o objeto, este deve estar posicionado entre o foco e o centro de curvatura do espelho. Questão 03 – Letra B Comentário: A figura a seguir mostra a luz que incide e reflete no espelho (passando pelo foco F). Observe os “triângulos” coloridos. Eles representam o feixe de energia que refletiu no espelho. Veja que a frigideira P4 recebe toda a energia do feixe e, por isso, vai atingir a maior temperatura. As frigideiras P3 e P5 absorvem o mesmo percentual de energia do feixe refletido. Esse percentual é menor que o absorvido pela frigideira P4. A frigideira P2 recebe percentual de energia menor que P3. A frigideira P1 recebe o menor percentual de energia de todas. Assim, para cada frigideira, a ordem de temperaturas será: P4 > P3 = P5 > P2 > P1. F P1 P2 P3 P4 P5 C 17 Editora Bernoulli FÍ SI C A Questão 04 – Letra E Comentário: Para facilitar o entendimentodo aluno, o professor deve substituir a janela por uma lâmpada. A imagem formada pela superfície interna do vaso, que funciona como espelho côncavo, será real, invertida e estará à frente da superfície interna do vaso (I1). A imagem formada pela superfície externa do vaso, que funciona como espelho convexo, será virtual, direta e estará atrás da superfície externa do vaso (I2). Veja a seguir. Superfície interna Superfície externa I1 I2C Dessa forma, a alternativa correta é a E. Questão 05 – Letra C Comentário: A figura a seguir mostra os espelhos, a primeira imagem formada por cada um deles e as dimensões relevantes. F1 E1 F2 I1 I2 E2 O 40 cm 60 cm 20 cm 30 cm 30 cm Veja que o objeto (O) se encontra a uma distância Do = 2f do espelho 1 e, dessa forma, sua imagem (I1) se forma sob o objeto. A equação de Gauss (1/f = 1/Do + 1/Di) determina a imagem do espelho 2, ou seja: 1/20 = 1/60 + 1/Di ⇒ Di = 30 cm. Logo, a distância entre as primeiras imagens será D = 30 cm. Exercícios Propostos Questão 02 – Letra A Comentário: A imagem formada por um espelho côncavo de um objeto entre o foco e o vértice do espelho é virtual, direta e maior que o objeto. As alternativas C e D estão erradas por apresentarem um espelho convexo, que deve formar imagens menores que o objeto. A alternativa B é incorreta, pois a imagem de um objeto entre o centro de curvatura e o foco de um espelho côncavo deve estar à frente do espelho. Portanto, a alternativa correta é a A. Questão 03 – Letra C Comentário: Podemos ver pelas figuras que a imagem fornecida pelo espelho da figura 1 é virtual, direta e menor que o boneco. Logo, conclui-se que o espelho utilizado na figura 1 é convexo, pois somente espelhos desse tipo podem produzir imagens com essas características. A imagem fornecida pelo espelho da figura 2 é virtual, direta e maior que o objeto. Logo, o espelho utilizado nessa figura é côncavo, pois o único tipo de espelho que pode produzir uma imagem virtual e maior que o objeto é o espelho côncavo. Podemos concluir também que o objeto, nessa situação, deve estar posicionado entre o foco e o vértice do espelho, pois o espelho somente irá produzir uma imagem com as características citadas se o objeto estiver posicionado nessa região. Questão 04 – Letra B Comentário: A imagem de um objeto formada por um espelho convexo é virtual, encontra-se atrás do espelho e está localizada entre o foco e o vértice. Portanto, o ponto em que, mais provavelmente, a imagem da lâmpada será formada é o ponto L. Questão 07 – Letra A Comentário: Como HI = 9HO ⇒ DI = 9DO. Sendo DI = +4,0 m (imagem real) ⇒ DO = (4/9) m. Usando a equação de Gauss, temos: 1 f 1 D 1 D = + O I ⇒ 1 f 9 1= + 4 4 ⇒ f = 0,40 m Questão 09 – Letra D Comentário: O lado do quadrado sobre o centro de curvatura do espelho tem sua imagem formada sob o centro de curvatura, e essa imagem possui o mesmo tamanho que o lado do quadrado. O lado do quadrado que está entre o centro de curvatura e o foco do espelho tem sua imagem formada além do centro de curvatura, sendo esta maior que o lado do quadrado e estando mais distante do espelho que este. Assim, a imagem formada, um trapézio, está mostrada na figura a seguir. C F Espelho côncavo Questão 11 – Letra A Comentário: O objeto luminoso está entre o foco e o vértice do espelho côncavo. Assim, a sua imagem é virtual, direta, maior e encontra-se atrás do espelho, a uma distância maior deste do que a distância do objeto ao espelho. Os raios refletidos pelo espelho têm os seus prolongamentos se encontrando na posição em que a imagem é formada. Prolongando os raios da alternativa A, encontramos as características necessárias aos raios luminosos, nessa situação. Veja a seguir. O I Portanto, a alternativa correta é a A. Questão 13 – Letra E Comentário: Como a imagem possui a mesma altura que o objeto, este deve estar posicionado sobre o centro de curvatura do espelho. Assim, R = 2f = 40 cm. Logo, a distância focal desse espelho é igual a 20 cm. Colocando-se o objeto muito distante do espelho, a imagem se forma praticamente sobre seu foco, ou seja, a 20 cm do espelho. Questão 15 Comentário: A questão permite duas soluções: uma gráfica (solicitada na questão) e outra analítica. Considere que o objeto e a sua imagem sejam verticais, extensos e que seus “pés” se encontrem sobre o eixo (EP). A altura do objeto é o dobro da altura da imagem (logo, DO = 2DI). Veja, ainda, que a imagem é invertida, sendo, portanto, real. A distância da imagem ao espelho é menor que a distância do objeto ao espelho. Assim, o espelho deve estar à direita da imagem (objeto e imagem à frente do espelho). Vamos considerar a unidade de medida (u) como sendo o tamanho de cada quadriculado. A luz que vai da cabeça do objeto ao espelho, passando pelo centro de curvatura, reflete sobre si mesma e vai em direção à cabeça da imagem. Assim, a linha OI determina o centro de curvatura (C) do espelho. Uma vez que DO = 2DI, o espelho deve estar na posição mostrada na figura (DI = 6u e DO = 12u) – parte mais importante da solução geométrica (veja os dois triângulos destacados da esquerda e da direita. Eles devem apresentar a mesma proporção). Logo, o foco (F) fica no ponto médio entre o espelho (E) e o centro (C). Isso permite desenhar os raios incidentes e refletidos que vão formar a imagem. Outra solução: uma vez determinado o centro C, o restante da montagem, por simetria entre as suas partes esquerda e direita em relação à imagem, determina a posição do espelho (E) e do seu foco (F). 18 Coleção Estudo FÍ SI C A O EP C I F E HOHO A solução analítica seria a seguinte: HI = HO/2 ⇒ DI = DO/2. Usando a equação de Gauss, temos: (1/f) = (1/DI) + (1/DO) ⇒ (1/f) = (2/DO) + (1/DO) = (3/DO) ⇒ DO = 3f e DI =3f/2. Observe que, para qualquer posição do espelho, a diferença entre as distâncias do objeto e da imagem ao espelho (DO – DI) será igual a 6u (distância entre objeto e sua imagem). Ou seja: DO – DI = 6 ⇒ 3f – 2f/2 = 6 ⇒ f = 4u. Assim, DO = 12u e DI =6u. Seção Enem Questão 01 – Letra B Eixo cognitivo: II Competência de área: 3 Habilidade: 8 Comentário: O Sol está muito distante da Terra e o espelho concentrador formará uma imagem no seu plano focal. Assim, DI = f nos dois casos. Quanto menor o tamanho dessa imagem, mais concentrada estará a energia que chega ao cano absorvedor. Usando a equação da ampliação, temos: HI = HO.DI/DO ⇒ HI = HO.f/200HO ⇒ HI = f/200. Dessa forma, a imagem formada pelo espelho nas alternativas 1 e 2 será, respectivamente, H1 = 1,0 cm e H2 = 2,0 cm. Como os canos absorvedores têm 1,0 cm de diâmetro, toda a energia fornecida pelo concentrador seria absorvida pela água, apenas, na proposta 1. Uma vez que essa imagem vai se formar no plano focal, o cano deve ficar sobre esta linha, ou seja, a 2,0 m de distância do centro do concentrador. Da discussão anterior, conclui-se que a alternativa correta é a A. Questão 02 – Letra A Eixo cognitivo: III Competência de área: 3 Habilidade: 8 Comentário: A imagem formada nos detectores será real, uma vez que ela é obtida pelo cruzamento dos próprios raios refletidos pelos espelhos. Observe que o espelho convexo converge a radiação que incide sobre ele. Para que isso aconteça, ela deve dirigir-se ao ponto P, tal que VP < f. Essa conclusão pode ser extraída das duas primeiras figuras da questão. Observe que na primeira figura, ponto P entre F e C, a luz refletida pelo espelho convexo está divergindo e, na segunda, na qual o ponto P está sobre F, ela sai paralela ao eixo principal. Portanto, para a luz convergir para o detector, o ponto P deve estar entre V e F. Outra forma de se chegar a essa conclusão seria desenhar os raios incidentes, a normal e os raios refletidos, conforme mostra a figura a seguir. N N P V F C RR RR MÓDULO – C 04 Refração da luz Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra B Comentário: Quando a luz incide de um meio mais refringentepara outro de índice de refração menor, dependendo do ângulo de incidência, ela pode sofrer reflexão total e, consequentemente, não haverá refração. Portanto, a alternativa correta é a B. Questão 02 – Letra A Comentário: Veja a figura a seguir: 60° 20 cm ¹143 cm θθ Uma vez que o raio de luz reflete no fundo do tanque, os triângulos destacados são congruentes. Assim, seus lados inferiores são iguais a L = 10 cm, a hipotenusa (H) do 1º triângulo será: H2 = 143 + 100 ⇒ H = 15,58 cm, e o seno do ângulo de refração será: sen θ = L/H = 10/15,58. Pela Lei de Snell, temos que: nL.sen θ = nAR.sen 60º ⇒ nL / nAR = sen 60º / sen θ ⇒ nL / nAR = 0,866 / (10 / 15,58) ⇒ nL / nAR = 1,35. Questão 03 – Letra B Comentário: Em todas as opções o raio incidente sofre refração (aproxima-se da normal). O raio refratado, ao chegar à face inferior da placa, pode ou não sofrer outra refração de acordo com o ângulo de incidência e com ângulo limite entre o vidro e o ar. A alternativa B está incorreta. Nela, o primeiro raio refratado sofre reflexão total na face inferior e, dessa forma, deve sofrer outra reflexão total ao retornar à face superior da placa (como indicado na alternativa D). Na opção C, o raio sofre reflexão parcial e refração na face inferior. Quando esse raio chega à face direita da lâmina, ele pode sofrer reflexão total, uma vez que o ângulo de incidência, nessa face, é maior que o ângulo de incidência na face inferior. Na alternativa E, o raio refratado chega à face inferior segundo o ângulo limite e, assim, sofre reflexão parcial e refrata tangente à superfície (o mesmo acontece na face superior). O professor deve aproveitar a questão para estimular os alunos a explicarem por que os raios inclinados para a direita, na parte superior da alternativa A, são paralelos. Questão 04 – Letra A Comentário: A Lei de Snell diz que, para um determinado ângulo de incidência, quanto menos refringente for uma substância, menor será o seno do ângulo de refração dentro dela (sen θR = sen θi.ni/nR). Para ângulos entre 0° e 90°, quanto menor seu valor, menor será o seu seno. Uma vez que o índice de refração do vidro diminui com o aumento do comprimento de onda, para a nova radiação o vidro apresenta menor índice de refração. Assim, o ângulo de refração será menor e, dessa forma, o desvio sofrido pela luz será também menor. Observe, por último, que o segundo raio refratado, que sai do prisma, deve-se afastar da normal no sentido oposto ao do raio incidente nessa superfície. Questão 05 – Letra B Comentário: Na figura a seguir, θ e α são os ângulos de incidência e de refração, respectivamente. Nela, os dois ângulos α são congruentes. O ângulo β = 2α (soma dos ângulos internos não adjacentes) e θ = β (ângulos correspondentes). Lembrando que sen 2α = (2sen α.cos α) e usando a Lei de Snell, temos: 19 Editora Bernoulli FÍ SI C A n α α N θ β n.sen α = nAr.sen θ ⇒ n.sen α = nAr.sen (2α) ⇒ n.sen α = 1.2sen α.cos α ⇒ n = 2cos α Exercícios Propostos Questão 01 – Letra B Comentário: A figura a seguir mostra os ângulos formados entre o raio de luz e as normais aos pontos de interface entre os meios 1, 2 e 3. Observe que θ3 > θ1 > θ2. A velocidade do raio de luz é proporcional ao seno do ângulo formado com a normal. Logo, quanto maior o ângulo, maior será a velocidade. Portanto, v3 > v1 > v2. θ1 θ2 θ3 Meio 1 Meio 2 Meio 3 Questão 02 – Letra B Comentário: Como o índice de refração do ar é menor que o da água, a luz deve afastar-se da normal ao sofrer a refração. Observe que os ângulos formados pelos raios incidentes com a normal são diferentes, sendo θ2 > θ1. Portanto, de acordo com a Lei de Snell, o ângulo de refração do raio 2 (com a normal) deve ser maior que o do raio 1. Assim, o raio 2 deve afastar-se da normal mais que o raio 1, como está representado na figura seguinte. N N 1 2N N 1 Questão 04 – Letra D Comentário: I. Falso. A velocidade da luz, em qualquer meio material, nunca pode ser maior do que a velocidade dela no vácuo. II. Verdadeiro. O desvio do raio de luz não vai ocorrer se ele incidir sobre a normal, ângulo de incidência 0°, qualquer que seja o sentido da propagação da luz. III. Falso. Para qualquer incidência oblíqua do raio de luz, este será desviado, independentemente de quais são os meios de incidência e de refração. IV. Verdadeiro. Se o meio é menos refringente, o ângulo de refração do raio luminoso é maior que o de incidência. Questão 05 – Letra A Comentário: Como o índice de refração da água é maior para a luz azul, essa radiação vai sofrer o maior desvio ao entrar e sair da gota de água. Veja a seguir. Luz branca Luz azul Luz vermelha N Dessa forma, o diagrama correto para explicar os fenômenos que ocorrem na formação de um arco-íris está representado na alternativa A. Questão 06 – Letra B Comentário: Para que a luz não escape do rabdoma (reflexão interna total), é necessário que n > n0. Observe a figura. Nela, θ e 90º são os ângulos de incidência e refração, respectivamente. Os ângulos θ e φ são complementares (sen θ = cos φ). Usando a Lei de Snell, temos: n0 n Rabdoma φ N 90º θ n.sen θ = n0.sen 90º ⇒ n.cos φ = n0.1 ⇒ cos φ = n0/n Logo, a alternativa correta é a B. Questão 08 – Letra A Comentário: A imagem da folha de papel, vista através da placa de vidro, está um pouco acima da superfície da mesa e abaixo da superfície superior da placa de vidro. Assim, para que a fotografia continue com a mesma nitidez, a máquina deve ser afastada do papel (aumentar a altura H) de uma distância menor que 5 cm. Questão 10 – Letra C Comentário: Observe que os sistemas ópticos 1 e 2 estão direcionados para o ponto D (onde se localiza a imagem da estrutura do tecido a ser analisada). Esssa imagem se localiza acima da posição real do objeto. Dessa forma, o objeto (estrutura do tecido) se encontra no ponto C (abaixo da sua imagem). Questão 11 – Letra C Comentário: De acordo com o gráfico, o índice de refração do material é menor para a frequência f1 (veja o gráfico). Sabemos que a velocidade de propagação da luz em um dado meio é inversamente proporcional ao índice de refração da luz nesse meio. Assim, nessa substância, a luz de frequência f1 terá maior velocidade. Seção Enem Questão 01 – Letra E Eixo cognitivo: II Competência de área: 1 Habilidade: 1 Comentário: Para que o indígena visualize o peixe, este deve ser iluminado por uma fonte de luz (provavelmente o Sol), a luz deve ser refletida pelo peixe e propagar-se em direção à superfície do lago. Ao atravessar a superfície água + ar, indo em direção ao ar, o feixe de luz sofre refração e aumenta sua velocidade, e a sua inclinação em relação à normal aumenta. Haverá, portanto, a formação de uma imagem virtual acima do peixe e, por essa razão, o índio deve mirar abaixo da imagem que ele enxerga. Questão 02 – Letra D Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: Na refração convencional, o feixe de luz, para uma incidência oblíqua, atravessa a reta normal, ou seja, os raios incidentes encontram-se de um lado da reta normal, e os raios refratados encontram-se do outro lado desta. No entanto, na refração da luz em um metamaterial, os raios incidentes e os raios refletidos encontram-se do mesmo lado da reta normal. Observe a Lei de Snell: nAr.sen θAr = nMEIO. sen θMEIO. Se nAr e sen θAr são positivos e nMEIO é negativo, o sen θMEIO deverá ser negativo. Dessa forma, a luz deve refratar, ficando do mesmo lado da reta normal que a luz incidente. 20 Coleção Estudo FÍ SI C A Questão 03 – Letra A Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 22 Comentário: Segundo o texto introdutório da questão, a fibra óptica possui um revestimento e um núcleo, que transmite a luz. Para que a luz não escape do núcleo (seja transmitida), ela deve sofrer somente reflexões (reflexões totais) na interface que separa o núcleo do revestimento. A reflexão total é um fenômeno que só é possível de acontecer quandoa radiação se propaga de um meio de maior índice de refração para outro de menor índice. Portanto, a alternativa correta é a A. Um fato matemático interessante de ser discutido é que, como sabemos, o ângulo limite (θL), a partir do qual a incidência de luz no dioptro só resulta reflexão, pode ser calculado por sen θL = n2/n1. Para que essa relação seja verdadeira, devemos ter, obrigatoriamente, n2 ≤ n1, de forma que 0 ≤ sen θL ≤ 1. Assim, o meio em que a luz se propagava, cujo índice de refração é n1, deve ser mais refringente que o outro. Na questão, n1 seria o índice do núcleo e n2, do revestimento. Questão 04 – Letra B Eixo cognitivo: II Competência de área: 1 Habilidade: 1 Comentário: A imagem vista pelos detetives é formada após a luz sofrer refração no vidro. Se o objeto é visto perpendicularmente à superfície do vidro, a sua imagem está nessa perpendicular. Caso o objeto seja visto numa posição oblíqua, a sua imagem está ligeiramente deslocada em relação à posição do objeto. Tal deslocamento será tanto maior quanto mais espesso for o vidro. O professor deve fazer um desenho mostrando isso. Para que o vidro possa parecer um espelho para o interrogado, deve haver muita luminosidade nesse ambiente, de modo que exista muita luz refletida e, dessa forma, ofusque a visão do ambiente fora da sala. Para os detetives enxergarem o que passa dentro da sala de interrogatório, o ambiente externo deve ser pouco iluminado, de modo que a luz que refrata forme imagens nítidas do interrogado. Havendo pouca luminosidade fora da sala, as imagens formadas por reflexão são quase imperceptíveis aos detetives. O professor deve chamar a atenção dos alunos no sentido de observarem, durante a noite, as imagens formadas, no vidro liso e transparente de uma janela, quando a luz ambiente está acesa e apagada. Dessa forma, fica mais fácil a percepção da resposta da questão. MÓDULO – D 04 Trabalho e potencial elétrico Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra C Comentário: No trecho AB, a força elétrica não realiza trabalho, pois o potencial elétrico nesse caminho é constante. Por isso, como a velocidade da carga é constante, o trabalho da força externa também deve ser nulo. No trecho BC, há variação no potencial elétrico, de modo que o trabalho da força elétrica é igual a: WBC = VBC.q = (3,0 – 1,0).1,0 x 10–6 = 2,0 x 10–6 J Atenção, esse é o trabalho da força elétrica. O enunciado se refere ao trabalho da força externa. Como a velocidade deve ser constante, o trabalho total deve ser nulo. Assim, no trecho BC, o trabalho da força externa deve ser igual, mas de sinal oposto, ao trabalho da força elétrica. Questão 02 – Letra D Comentário: Substituindo V = +30 V e r = 3 cm (3 x 10–2 m) na equação V = KQ/R, obtemos o seguinte valor para a carga Q: +30 = 9,0 x 109.Q/(3,0 x 10–2) ⇒ Q = +1,0 x 10–10 C = +0,1 x 10 –9 C Questão 03 – Letra A Comentário: O potencial elétrico é uma grandeza escalar. Logo, o potencial elétrico resultante em um ponto P, devido a um conjunto de cargas, é calculado somando-se algebricamente os potenciais elétricos de cada uma das cargas que compõem o conjunto. Questão 04 – Letra C Comentário: A velocidade do próton no ponto 2 (v2) pode ser calculada pelo teorema trabalho-energia cinética: W = 1 2 m(v22 – v12) O trabalho W, realizado pela força elétrica, pode ser obtido pela definição da diferença de potencial elétrico: V1 – V2 = ∆V = W q Substituindo a carga do próton q = 1,6 x 10–19 C e a diferença de potencial ∆V = 32 V nessa expressão, obtemos: W = 32.1,6 x 10–19 = 5,12 x 10–18 J Substituindo esse trabalho, a massa (m = 1,6 x 10–27 kg) e a velocidade inicial do próton (v1 = 0, pois o próton parte do repouso) na 1ª equação, obtemos a velocidade desejada: v2 = 2 2 5 12 10 1 6 10 18 27 W m x x = . , , – – = 8,0 x 104 m/s Professor, havendo tempo, mostre para os alunos que este problema pode ainda ser resolvido combinando a equação de Torricelli (v2 2 = 2.a.d) com as equações da 2ª lei de Newton (F = m.a) e do trabalho (W = F.d): = = = = =v 2. F m .W F 2W m v 2W m 2.5,12x10 1,6x10 8,0 x 10 m/s 2 2 2 –18 –27 4 Nesta solução, como na primeira, não foi necessário usar a distância d = 0,6 m entre os pontos 1 e 2. Esse valor só seria usado se, por exemplo, fosse pedido o valor do campo elétrico na região dada. Esse campo pode ser calculado pela expressão: ∆V = E.d ⇒ 32 = E.0,6 ⇒ E = 53 V/m Questão 05 – Letra C Comentário: A energia potencial elétrica de um sistema com várias cargas é a soma das energias potencias elétricas das cargas tomadas duas a duas em arranjo. Assim, para o sistema triplo desta questão, temos: E K Q.Q L K Q.Q L K Q.Q 2L 5KQ 2L 2,5KQ Lpe 2 2 = + + = = Exercícios Propostos Questão 01 – Letra A Comentário: O trabalho realizado por qualquer força conservativa, que é o caso da força elétrica, não depende da trajetória, mas apenas dos níveis inicial e final de potencial associado ao campo de forças. Por isso, os três trabalhos são iguais. Questão 02 – Letra B Comentário: A questão não especifica que força irá realizar o trabalho ao longo do deslocamento 2-5-6. Muitas questões sobre campo e potencial elétrico omitem essa importante informação. Em geral, nesses casos, o trabalho 21 Editora Bernoulli FÍ SI C A pedido é o trabalho realizado pela força elétrica (ou por uma força externa ao campo elétrico e que se opõe à força elétrica, de modo que a resultante de forças sobre a carga é zero, e o deslocamento se dá à velocidade constante). Esse trabalho é dado pela expressão: W = q.(diferença de potencial elétrico entre o ponto de partida e o ponto de chegada da carga) O ponto de chegada (6) se acha sobre a superfície equipotencial A, de potencial de VA = 50 V, enquanto o ponto de partida (2) acha-se sobre a superfície de potencial VC = 150 V. Então, o trabalho realizado pela força elétrica sobre a carga q = 1,0 x 10−6 C é: W = 1,0 x 10−6.(150 − 50) = 1,0 x 10−4 J Note que o valor do campo elétrico, E = 4,0 x 102 V, que também foi dado nessa questão, não foi utilizado em sua solução. Esse valor poderia ser usado para calcular a distância d entre as superfícies equipotenciais adjacentes, indicadas na figura, por meio da equação VAB = Ed. Vale a pena mostrar esse cálculo a fim de explorar mais a questão e, ao mesmo tempo, mostrar aos alunos que, às vezes, as questões de vestibulares apresentam informações supérfluas. Questão 04 – V F F F F Comentário: Verdadeiro. De acordo com a expressão W∞1 = (V∞ − V1)q, o trabalho será nulo, pois o potencial no infinito vale zero e o potencial V1 também vale zero. Esse último é dado pela soma algébrica dos potenciais das cargas positiva e negativa, que, sendo iguais e equidistantes do ponto 1, produzem potenciais iguais e de sinais opostos. Por isso, a soma desses dois valores é nula. Falso. O módulo do primeiro trabalho, que é dado por W∞2 = |V∞ − V2|q, é menor do que o módulo do segundo trabalho, W∞3 = |V∞ − V3|q, porque V∞ = 0 e V2 < V3. Essa desigualdade ocorre porque os pontos 2 e 3 estão equidistantes da carga positiva, mas o ponto 2 está mais próximo à carga negativa. Assim, o efeito dessa carga tende a diminuir o potencial final no ponto 2. Falso. O campo elétrico no ponto 1 é a soma vetorial dos campos que a carga positiva e a carga negativa criam nesse ponto. Como esses dois campos são voltados para a esquerda (o campo da carga positiva diverge dessa carga, enquanto que o outro campo converge para a carga negativa), a soma dos dois vetores resulta em um vetor também voltado para a esquerda. Por isso, a resultante não é zero. Falso. Conforme discutido no segundo item, os potenciais nos pontos 2 e 3 são diferentes. Falso. O módulo do primeiro trabalho é W43 = |V4 − V3|q, e o do outro é W21 = |V2 − V1|q. Apesar da aparente simetria dos pontos 1, 2, 3 e 4 e da carga positiva, os potenciais desses pontos são diferentes, de forma que não há um motivo óbvio de que ostrabalhos W43 e W21 sejam iguais em módulo. Podemos calcular esses trabalhos para verificar isso. Vamos chamar as distâncias entre os pontos 1 e 2, entre o ponto 2 e a carga positiva, entre esta carga e o ponto 3 e entre o ponto 3 e o ponto 4 de x. Então, a distância da carga negativa ao ponto 1 vale 2x. Logo, os potenciais dos pontos 1, 2, 3 e 4 serão V1 = 0, V2 = 2KQ/3x, V3 = 4KQ/5x e V4 = KQ/3x. Esses valores decorrem da expressão do potencial de uma carga pontual, V = KQ/r, em que Q é a carga geradora do potencial (no caso, a carga positiva e a carga negativa da figura), e r é a distância da carga ao ponto. Considerando KQ/x = 10 (em volts, por exemplo) e substituindo esses valores nas expressões dos trabalhos, obtemos W43 = 14/3 V.q e W21 = 20/3 V.q. Portanto, os trabalhos são diferentes. Questão 05 – Soma = 17 Comentário: 01. Verdadeiro. Se QA + QB = 0, então as cargas são iguais e de sinais opostos, criando potenciais iguais e de sinais opostos no ponto P. Logo, como a soma algébrica desses potenciais é zero, o potencial resultante em P vale zero. 02. Falso. O potencial gravitacional é a soma dos potenciais gravitacionais das massas. Sendo sempre positivas, as massas irão gerar potenciais gravitacionais de sinais idênticos. Portanto, a soma desses potenciais, que é o potencial resultante, não pode ser nula. 04. Falso. Se QA + QB = 0, então, as cargas possuem módulos iguais e sinais opostos. Os campos gerados por QA e por QB no ponto P têm a mesma intensidade. Entretanto, possuem direções diferentes. Logo, esses campos não podem se anular. 08. Falso. O campo gravitacional gerado por uma massa é um vetor que aponta no sentido da massa. A figura a seguir indica os dois vetores que representam os campos gravitacionais das duas massas no ponto P. Naturalmente, o campo gravitacional resultante não é vertical, mas horizontal e voltado para a esquerda. QA gA QB a a P gBgR 16. Verdadeiro. A figura anterior também pode representar o campo elétrico em P, gerado por cada uma das duas cargas, caso elas sejam negativas e de módulos iguais. O campo resultante, é claro, será horizontal e voltado para a esquerda. Questão 06 – Letra E Comentário: Aplicando as equações do campo e do potencial elétrico gerados por uma carga pontual, e substituindo os dados desta questão, obtemos um sistema de duas equações e duas incógnitas, a carga Q e a distância D, conforme apresentado abaixo: Campo elétrico: E KQ D 360 KQ D KQ 360.D 2 2 2= = = Potencial elétrico: V KQ D 180 KQ D = = Substituindo a 1ª equação na 2ª equação, obtemos: 180 360 0 50 2 = = . ,D D D m Portanto, KQ = 180.0,50 = 90 ⇒ 9,0 x 109.Q = 90 ⇒ Q = 10 x 10–9 C Como 1 n (1 nano) = 10–9, então Q = 10 nC Questão 07 – Letra E Comentário: Vamos considerar que os quadrinhos tenham lados iguais a 1 unidade de distância. O potencial no ponto K é: VK = +K.2q/2 − Kq/1 = 0 E no ponto L é: VL = +K.2q/6 − Kq/3 = 0 Poderíamos ter verificado a nulidade dos potenciais nos pontos K e L simplesmente observando que os potenciais das duas cargas são opostos, pois elas apresentam sinais opostos, e que os módulos desses potenciais são iguais em pontos onde a distância à carga menor (−q) é igual à metade da distância à carga maior (+2q), pois o potencial de uma carga pontual é inversamente proporcional à distância a ela. 22 Coleção Estudo FÍ SI C A Assim, VK = 0 porque a distância do ponto K à carga −q é a metade da distância desse ponto à carga +2q. A mesma relação de distância ocorre no ponto L e, por isso, VL também é nulo. Questão 08 – Soma = 29 Comentário: 01. Verdadeiro. Uma carga elétrica positiva, abandonada em um campo elétrico, comporta-se de forma semelhante a uma massa abandonada em um campo gravitacional. Da mesma forma que a massa cai, buscando potenciais gravitacionais mais baixos, a carga elétrica positiva desloca-se para pontos onde o potencial elétrico é mais baixo. Uma carga negativa, ao contrário, ao ser abandonada em um campo elétrico, desloca-se para potenciais mais elevados. Professor, você pode até mesmo especular com os alunos, dizendo que, se existisse massa negativa, quando essa fosse solta a certa altura do solo, ela seria repelida pela Terra, e subiria, buscando potenciais gravitacionais mais altos. 02. Falso. Uma carga elétrica imersa em uma região onde existe um campo elétrico sofre uma força elétrica proveniente desse campo elétrico. Se a carga for positiva, essa força elétrica terá a mesma direção e o mesmo sentido do vetor campo elétrico no ponto onde a carga se acha, ou no ponto por onde a carga está passando, caso essa esteja em movimento. Se a carga for negativa, a força elétrica terá sentido oposto ao do vetor campo elétrico. No caso específico de uma carga ser abandonada do repouso em um campo elétrico uniforme (linhas de campo retilíneas e paralelas entre si), a carga irá entrar em movimento retilíneo uniformemente variado, cuja direção será a mesma das linhas do campo elétrico. O movimento será no sentido das linhas de campo elétrico se a carga for positiva, e no sentido oposto, se a carga for negativa. 04. Verdadeiro. Como o nome sugere, uma superfície equipotencial é uma superfície onde o potencial elétrico é constante, isto é, todos os pontos dessa superfície acham-se no mesmo potencial elétrico. Portanto, quando uma carga se desloca ao longo de uma superfície equipotencial, o trabalho do campo elétrico é nulo, uma vez que a diferença de potencial entre pontos dessa superfície, definida pelo quociente trabalho/ carga, é nulo. Para isso ocorrer, a força elétrica sobre a carga deve ser perpendicular ao deslocamento da carga. Assim, o campo elétrico, cuja direção é a mesma da força elétrica, é também perpendicular à superfície equipotencial. 08. Verdadeiro. Todo campo de força conservativa é associado ao conceito de potencial e também ao conceito de energia potencial. O exemplo mais famoso é o campo gravitacional da Terra, que é associado à energia potencial gravitacional. A denominação de campo de força conservativa deve-se ao fato de que a energia potencial, associada ao campo, é convertida em energia cinética ou vice-versa sempre que um corpo de prova se desloca nesse campo. Esse corpo de prova pode ser uma massa (no caso do campo gravitacional), uma carga elétrica (no caso de um campo elétrico), um bloco ligado em uma mola elástica (no caso de um campo de forças elásticas), etc. 16. Verdadeiro. Uma característica marcante de um campo conservativo é o fato de o trabalho do campo depender apenas do potencial inicial e do potencial final referentes ao deslocamento de um corpo, e não da trajetória desse deslocamento. Na mecânica, um exemplo famoso é a queda de um corpo de peso P abandonado de uma altura h e a descida desse corpo por um plano inclinado de mesma altura, de comprimento L e com um ângulo de inclinação θ em relação à horizontal. O trabalho realizado pelo peso na queda é W = P.h, enquanto o trabalho do peso na descida pelo plano vale W’ = P.senθ.L. Como h = L.senθ, o trabalho é o mesmo nos dois casos. O trabalho não depende da trajetória, mas sim do nível inicial de energia potencial do objeto (Epg = mgh) e do nível final (Epg = 0). Professor, explique para os alunos que a mesma coisa acontece quando uma carga se desloca em um campo elétrico. Por exemplo, na figura abaixo, quando uma carga q sai do ponto A, onde potencial elétrico é VA, e chega no ponto B, onde o potencial elétrico é VB, os trabalhos realizados pelo campo nos três caminhos são iguais, e dados por WAB = (VA – VB).q. A B I II III Questão 09 – Letra E Comentário: A energia potencial elétrica existente entre duas cargas, q1 e q2, separadas por uma distância r, é dada por E = Kq1q2/r. Logo, a energia potencial elétrica existente entre as duas cargas é diretamente proporcional ao produto das cargas e inversamente proporcional à distância. Sendo assim, ao dobrarmos o valor de cada carga,a energia tende a aumentar quatro vezes, considerando que a distância permaneça constante. Por outro lado, ao quadruplicarmos a distância, a energia tende a diminuir quatro vezes, considerando que os valores das cargas são mantidos constantes. Ao realizarmos as duas variações ao mesmo tempo, dobrarmos os valores das duas cargas e quadruplicarmos o valor da distância, o valor da energia permanecerá constante, pois uma variação anula o efeito da outra. Questão 10 – Letra A Comentário: Como a carga Q geradora de campo elétrico é pontual, a circunferência tracejada mostrada na figura deste exercício está contida sobre uma superfície equipotencial esférica de raio R, cujo potencial elétrico é V = KQ/R2. Esse valor representa os potenciais elétricos dos pontos A e B. Assim, como não há diferença de potencial elétrico entre os pontos A e B, o trabalho realizado pela força elétrica no deslocamento da carga q de A até B vale zero. Professor, comente ainda que, na 1ª metade do deslocamento (trecho AC mostrado na abaixo), a carga passa de um potencial VA para um potencial VC < VA (supondo Q > 0), uma vez que a distância de C até a carga Q é menor que a distância de A ou B até a carga Q. Logo, VAC = VA – VC < 0, de modo que o trabalho da força elétrica WAC na 1ª metade do deslocamento é negativo. Na 2ª metade do deslocamento (trecho CB), o trabalho WCB da força elétrica é positivo, pois VB > VC. Os trabalhos WAC e WCB apresentam módulos iguais e sinais opostos, de modo que WAC + WCB = 0. Esse resultado é lógico, pois essa soma representa o trabalho WAB. Essa é outra maneira de ver que o trabalho elétrico de A até B vale zero. V V V KQ RC A B < = = B Q C R A q Questão 11 – Letra A Comentário: A energia potencial de um sistema de cargas pontuais é a soma algébrica das energias parciais das cargas, tomadas duas a duas em arranjo. Assim, para três cargas, a energia do sistema é: E = KQ1Q2/r12 + KQ1Q3/r13 + KQ2Q3/r23 Para Q1 = Q2 = Q3 = Q, e para r12 = r13 = r23 = L (lado do triângulo), a expressão anterior se torna: E = 3KQ2/L Portanto, a alternativa correta é a A. 23 Editora Bernoulli FÍ SI C A Questão 12 – Letra A Comentário: A carga positiva q = +40 x 10–6 C, de massa m = 10–3 kg, ao ser acelerada desde o repouso a partir do ponto A (potencial VA = 300 V) até o ponto B (potencial VB = 100 V), colide no anteparo com a energia cinética: ECB = WAB = (VA – VB).q = (300 − 100).40 x 10–6 = 8,0 x 10–3 J Essa energia cinética corresponde à seguinte velocidade: E mv x v v m s CB B B B = = = 1 2 8 0 10 1 2 10 42 3 3 2, /– – Questão 14 – Letra C Comentário: A) Usando a equação V = E.d, temos: VAB = E.dAB = 100.0,10 = 10 V VBC = 0, pois os pontos B e C acham-se sobre uma mesma superfície equipotencial (planos perpendiculares às linhas de força do campo elétrico). VAC = VAB = 10 V, pois os pontos B e C estão sobre a mesma superfície equipotencial. B) Usando a equação E = F/q, temos: 100 = F/1,0 x 10–6 ⇒ F = 1,0 x 10–4 N O trabalho pode ser calculado por: WAC = WAB + WBC = F.dAB + 0 = 1,0 x 10–4.0,10 = 1,0 x 10–5 J Ou, ainda, por: VAC = WAC /q ⇒ 10 = WAC /1,0 x 10–6 ⇒ WAC = 1,0 x 10–5 J Questão 15 Comentário: O potencial em B é dado por: VB = 60 V = KQ/1 − KQ/2 Aqui, podemos usar as distâncias das cargas ao ponto B em cm, porque não vamos usar o valor numérico da constante K. Vamos usar a equação anterior apenas para calcular o produto KQ. Resolvendo a equação, obtemos KQ = 120 V.cm. Agora, vamos calcular o potencial no ponto A: VA = KQ/1 − KQ/4 = 3KQ/4 Substituindo KQ = 120 V.cm nessa expressão, obtemos VA = 3.120/4 = 90 V. Seção Enem Questão 01 – Letra D Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 21 Comentário: O campo elétrico E, entre duas nuvens ou entre o solo e uma nuvem, pode ser considerado uniforme, e a voltagem V entre esses elementos é dada por V = E.d, sendo d a distância entre os elementos. No início do relâmpago, independentemente de esse ser entre duas nuvens, de uma nuvem para o solo, ou do solo para uma nuvem, o valor do campo é constante e igual à rigidez dielétrica do ar, 3,0 x 106 N/C. Portanto, V é diretamente proporcional a d. Assim, no início do relâmpago, a voltagem entre duas nuvens próximas é menor do que a voltagem entre uma nuvem e o solo (ou entre o solo e uma nuvem), pois a distância entre as nuvens é menor do que a distância entre a nuvem e o solo. Usando a equação anterior, podemos estimar a voltagem entre uma nuvem e o solo, considerando que a nuvem esteja a uma altitude de 1 km, e vice-versa, no momento inicial de um relâmpago: V = 3,0 x 106.1 000 = 3,0 x 109 volts (ordem de bilhões de volts) Essa voltagem decresce à medida que o relâmpago tem continuidade, pois as cargas dos dois elementos participantes do fenômeno diminuem, com uma tendendo a anular a outra. Antes de o relâmpago ocorrer, há cargas, campo elétrico e d.d.p. entre os elementos. O relâmpago ainda não ocorreu porque o campo elétrico ainda não atingiu o valor da rigidez dielétrica do ar. Questão 02 – Letra D Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: Podemos calcular a potência elétrica gerada pelo sistema Terra / Ionosfera por meio da expressão P = W/∆t, em que W é o trabalho realizado pelo campo elétrico da Terra, e ∆t é o intervalo de tempo gasto na realização desse trabalho. Esse intervalo é o tempo gasto no bombeamento da carga Q da atmosfera para a superfície da Terra. O trabalho W pode ser avaliado pela equação W = Q.V = Q.(E.d), em que V e E são a voltagem e o campo elétrico entre a superfície da Terra e a ionosfera. O fator d é a distância entre a superfície da Terra e a ionosfera. Na verdade, a equação V = E.d é válida para E constante. Porém, de acordo com o enunciado da questão, o campo elétrico da Terra pode ser considerado constante, em uma primeira aproximação. Então, substituindo E por 100 V/m, Q por 3,0 x 105 C, d por 50 km e ∆t por 5 minutos (todos esses valores foram dados na questão), e fazendo as devidas adequações nas unidades (a unidade de minutos deve ser convertida para segundos, e a de quilômetros, para metros), obtemos: P = (3,0 x 105 C).(100 V/m).(50 x 103 m)/(5,60 s) = 5 x 109 wat ts = 5 x 10 3 MW ( lembrando que 1 M = 1 mega = 106) Essa potência é bem alta, cerca de 2,5 vezes maior que a potência elétrica total das usinas nucleares de Angra dos Reis, que totalizam cerca de 2 000 MW. MÓDULO – D 05 Condutores Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra D Comentário: Vamos analisar as afirmativas da questão. Afirmativas 1 e 2: Em um condutor eletrizado, mas em equilíbrio eletrostático, não há movimento direcionado de cargas livres. Isso ocorre porque o campo elétrico é nulo no interior do condutor. Na superfície do condutor, o campo possui valor não nulo, mas é perpendicular à superfície. Assim, a força elétrica, que age sobre uma carga livre na superfície, também é perpendicular à superfície e não produz deslocamento ordenado na carga. Dessa forma, a força elétrica não realiza trabalho sobre as cargas livres do condutor, seja porque a força é zero (interior do condutor), seja porque ela é perpendicular à superfície do condutor. Por isso, não há diferença de potencial elétrico no condutor. Afirmativa 3: Em um condutor eletrizado, a carga tende a se acumular nas regiões pontiagudas. Portanto, a densidade superficial de carga é maior em pontos de raio de curvatura menor. Em virtude disso, o campo elétrico próximo às pontas do condutor é muito mais intenso que nas proximidades das regiões mais planas. Diante da discussão anterior, conclui-se que as três afirmativas são corretas. 24 Coleção Estudo FÍ SI C A Questão 02 – Letra C Comentário: A carga elétrica (positiva ou negativa) de uma esfera metálica em equilíbrio eletrostático (maciça ou oca) acha-se distribuída na superfície da esfera. Nessas circunstâncias, não há movimento de elétrons livres na casca esférica em nenhumadireção preferencial, de modo que o campo elétrico dentro da casca esférica é nulo (e também na parte oca). Como não há campo elétrico, não há força elétrica sobre cargas no interior da esfera, de modo que não há trabalho elétrico sobre essas cargas. Portanto, não há diferença de potencial elétrico no interior da esfera, ou seja, todos os pontos da esfera acham-se no mesmo potencial elétrico. Os pontos na superfície da esfera também apresentam esse mesmo valor de potencial elétrico. Para justificar isso, pense em uma carga movendo-se sobre a superfície da esfera. Como a força elétrica é perpendicular à superfície, pois o campo elétrico é perpendicular à superfície, a força é perpendicular ao deslocamento, de modo que não há realização de trabalho elétrico. Logo, não há diferença de potencial elétrico na superfície da esfera. Professor, não deixe de esboçar, no quadro da sala, a figura abaixo, que resume o mapeamento do campo e do potencial elétrico em uma esfera condutora em equilíbrio eletrostático. A figura mostra que o campo é nulo e que o potencial é constante dentro da esfera, mas que o campo decai a partir da superfície externa com o inverso do quadrado da distância ao centro da esfera, enquanto que o potencial decai com o inverso dessa distância. Q V K Q R = 0 V K Q r = 0 E r r V R Questão 03 – Letra C Comentário: Professor, depois de discutir o Exercício de Fixação 2, faça o Exercício de Fixação 3 que é uma continuação da discussão anterior. Na parte externa da esfera condutora eletrizada, há campo e potencial elétrico. Ambos diminuem em função do aumento da distância r ao centro da esfera: E K Q r e V K Q r0 2 0 = = Para Q = 2 μC = 2 x 10–6 C (carga da esfera), K0 = 9 x 109 N.m2/C2 (constante eletrostática do vácuo, e que é aproximadamente igual à do ar) e r = 3 cm = 3 x 10–2 m (distância do ponto P ao centro da esfera), temos: E = 9 x 10 2 x 10 (3 x 10 ) = 2 x 10 N/C e V = 9 x 10 2 x 10 3 x 10 = 6 x 10 V P 9 –6 –2 2 7 P 9 –6 –2 5 A força elétrica sobre uma carga q = 5 nC = 5 x 10–9 C colocada em P é: FP = EPq = 2 x 107.5 x 10–9 = 1 x 10–1 N Professor, depois de concluir esse exercício, comente que a carga q é muito menor que a carga Q (Q/q = 1 000 vezes menor). Assim, a carga q praticamente não altera a distribuição de cargas na superfície da esfera. É por isso que nós podemos usar o campo elétrico dado pela equação E = K0Q/r2 para calcular a força elétrica sobre a carga q. Questão 04 – Letra C Comentário: Todo invólucro metálico protege os objetos em seu interior contra efeitos elétricos gerados exteriormente. Quando o pente eletrizado é aproximado da peneira metálica, há uma redistribuição das cargas livres na superfície desta, de forma que o campo elétrico resultante em seu interior – criado pelo pente e pela distribuição de cargas na superfície da peneira – seja nulo. Ou seja, a peneira de metal cria uma blindagem eletrostática para os objetos em seu interior. Questão 05 – Soma = 01 Comentário: 01. Verdadeiro. As carga elétrica induzida em um objeto condutor tende a se acumular mais nas partes com menor raio de curvatura. Por isso, nas vizinhanças das partes pontiagudas desse objeto, o campo elétrico é mais intenso. Esse fato, conhecido como o poder das pontas, explica porque um raio tende a cair preferencialmente sobre objetos pontiagudos, como os pára-raios, uma árvore alta, um poste e até mesmo uma pessoa que está de pé em um terreno descampado. 02. Falso. As cargas elétricas durante uma descarga tendem a mover dos pontos de maior potencial elétrico para os pontos de menor potencial elétrico apenas quando essas cargas são positivas. Se elas forem negativas, ocorre justamente o contrário, as cargas tendem a se mover dos pontos de menor potencial para os de maior. 03. Falso. Uma onda eletromagnética é gerada a partir de cargas elétricas aceleradas. O exemplo clássico é a onda de rádio produzida a partir das oscilações de elétrons na antena da rádio transmissora. Os raios são formados por cargas elétricas submetidas a forças elétricas, de modo que essas cargas, de forma geral, apresentam acelerações. Por isso, o movimento acelerado dessas cargas gera ondas eletromagnéticas. 04. Falso. Uma descarga elétrica no ar ocorre quando este se torna condutor de eletricidade. Para isso, o campo elétrico no ar (uniforme ou não) deve ser maior (e não menor) que 3 x 106 N/C, valor conhecido como rigidez dielétrica do ar. 05. Falso. O trovão é um som, sendo, portanto, uma onda mecânica longitudinal. Ondas longitudinais não exibem polarização, que é um fenômeno típico das ondas transversais. Professor, sobre as afirmativas 03 e 05, comente-os apenas informando as características básicas das ondas eletromagnéticas e mecânicas. Explique que movimento ondulatório será posteriormente estudado na Frente C. 25 Editora Bernoulli FÍ SI C A Exercícios Propostos Questão 01 – Letra D Comentário: Vamos analisar, separadamente, as afirmativas. I. Verdadeira. A direção do campo elétrico é normal à superfície, de forma que não há componente do campo na direção tangente à superfície do condutor. Portanto, não há movimento ordenado das cargas livres na superfície do condutor. Logo, este encontra-se em equilíbrio eletrostático. II. Verdadeira. O trabalho (realizado pela força elétrica) relativo a um deslocamento sobre a superfície de um condutor em equilíbrio eletrostático vale sempre zero, pois o campo elétrico (e a força elétrica) é perpendicular à superfície. Sendo sempre zero, esse trabalho independe do valor do campo. III. Falsa. O potencial na superfície e no interior de um condutor em equilíbrio eletrostático é constante (por exemplo, para uma esfera de carga Q e raio R, o potencial em qualquer ponto da esfera é dado por V = KQ/R, sendo K a constante eletrostática do meio onde a esfera está imersa). Portanto, a superfície do condutor é uma superfície equipotencial. Questão 02 – Letra D Comentário: Vamos analisar as alternativas da questão. A) Sendo uma grandeza vetorial, o campo elétrico não é positivo ou negativo, mas, sim, um sentido para cima, para baixo, etc. O potencial elétrico é que apresenta esses sinais. B) A mesma observação feita no item A se aplica para a força elétrica. Sendo uma grandeza vetorial, a força elétrica pode apontar para cima, para baixo, etc., não possuindo, em geral, um sinal associado a ela. C) O potencial elétrico gerado por uma carga (pontual) em um ponto P é inversamente proporcional à distância à carga. O campo elétrico é que é inversamente proporcional ao quadrado da distância. D) O potencial elétrico é uma grandeza escalar, e o seu valor possui um sinal, que depende do sinal da carga que gera o potencial elétrico. Questão 03 – Letra B Comentário: Vamos analisar separadamente as alternativas. A) Como o potencial elétrico no interior da esfera é constante, não há diferença de potencial elétrico e nem há realização de trabalho elétrico quando uma carga se move entre dois pontos situados dentro da esfera, como acontece no deslocamento de uma carga indo do centro da esfera (r = 0) até um ponto situado na metade da distância do centro à superfície externa da esfera (r = R/2). B) O trabalho WAB realizado pela esfera condutora de raio R e carga Q sobre uma carga –q0, que se desloca de um ponto A muito distante da esfera (rA >> R), onde o potencial elétrico é VA ≈ 0, até um ponto B sobre a superfície da esfera (rB = R), onde o potencial é VB = K0Q/R, pode ser assim calculado: V – V W q 0 –K Q R W –q W –K Qq RA B AB _ 0 0 AB 0 AB 0 0= = = Portanto, o trabalho depende do raio da esfera. C) Durante o carregamento da esfera, esta não estará em equilíbrio eletrostático. Por isso, o potencial elétrico na esfera não apresentará o comportamento mostrado no gráfico. D) A densidade superficial de carga na esfera pode ser facilmente calculada a parir das informações dadas neste exercício.Para isso, basta dividir a carga da esfera (Q), que se acha uniformemente distribuída na sua superfície externa, pela área dessa superfície (4πR2): σ = Q/4πR2 E) Como o potencial elétrico é constante dentro da esfera, não há diferença de potencial nessa região. Logo, não há trabalho elétrico sobre uma carga livre que se desloca dentro da esfera. Isso mostra que a força elétrica nessa carga é zero. Portanto, o campo elétrico dentro da esfera é zero, não havendo sentido em definir uma direção para esse campo no interior da esfera. Questão 04 – Letra B Comentário: O campo elétrico em qualquer ponto interno à esfera vale zero. O potencial elétrico é constante dentro da esfera e é dado por: V = KQ/R = 9,0 x 109.2,0 x 10−8/0,10 = 1,8 x 103 V Questão 05 – Letra C Comentário: De acordo com o Princípio da Conservação da Carga Elétrica, a soma das cargas finais é igual à soma das cargas iniciais: Q1 + Q2 = 16Q − 4Q = 12Q (I) Além disso, no equilíbrio eletrostático, os potenciais das esferas são iguais: KQ1/R = KQ2/2R ⇒ Q2 = 2Q1 (II) Substituindo Q2 na equação (I), obtemos: Q1 + 2Q1 = 12Q ⇒ Q1 = 4Q Logo: Q2 = 2.4Q = 8Q Questão 06 – Letra D Comentário: O bastão eletrizado, ao ser aproximado da esfera, induz cargas opostas no lado esquerdo (−) e no lado direito (+) da esfera. A esfera atinge o equilíbrio eletrostático rapidamente, de forma que não haja mais movimentação de cargas em seu interior e em sua superfície. Isso mostra que o campo elétrico dentro da esfera é zero em qualquer ponto. Na superfície da esfera, o campo elétrico existe, mas é perpendicular à superfície, de forma que não há uma componente na direção tangente à esfera. É por isso que as cargas livres induzidas na superfície não sofrem deslocamentos em direções preferenciais. Portanto, da discussão anterior, conclui-se que a alternativa correta é a D. Questão 07 – Letra E Comentário: O campo elétrico é nulo no interior de qualquer condutor eletrizado e em equilíbrio eletrostático. Depois que esse equilíbrio é atingido, não há mais movimentação de cargas livres em nenhuma direção preferencial dentro do condutor. Isso demonstra que a carga do condutor, que se acha distribuída na superfície externa, não exerce força elétrica nas cargas internas. Por isso, o campo elétrico dentro do condutor é nulo. 26 Coleção Estudo FÍ SI C A Questão 08 – Letra D Comentário: De acordo com o texto deste exercício, o campo elétrico gerado pela ponta do dedo eletrizado é equivalente ao campo gerado por uma esfera de raio R = 6 mm, uniformemente eletrizada com a metade da carga do dedo (figura a seguir). Esfera de raio R = 6 mm 3 mm Superfície metálicar = 9 mm P Para calcular a carga no dedo, devemos impor que o campo elétrico gerado pelo dedo no ponto P situado sobre uma superfície metálica distante 3 mm do dedo seja igual à rigidez dielétrica do ar, E = 3 x 106 N/C. Substituindo os dados na equação do campo elétrico de uma esfera, obtemos a seguinte carga na esfera: E K Q r x x Q Q x C= = = 0 2 6 9 2 83 10 9 10 0 009 2 7 10 , , – A carga no dedo é a metade desse valor: q = Q/2 = 1,35 x 10–8 C. Professor, comente que este exercício é um excelente exemplo de modelo físico. É difícil, se não impossível, obter a fórmula para calcular o campo elétrico de um dedo eletrizado. No entanto, o campo elétrico do dedo, modelado como se fosse equivalente ao de uma esfera com o dobro de carga, pode produzir resultados com boa precisão. Questão 09 – Letra D Comentário: A figura a seguir mostra as linhas de força devido à distribuição de cargas nas duas esferas desse problema. Como a esfera está eletrizada com uma carga +q, as linhas de força devem obrigatoriamente sair de sua superfície. Não podendo convergir de volta à esfera, essas linhas obrigatoriamente devem convergir para a superfície interna da casca. Isso significa que uma carga negativa −q aparece (induzida) na parte interna da casca. Essa carga tem o mesmo módulo da carga na esfera porque o número de linhas que saem (ou chegam) de um corpo é proporcional à carga desse corpo. Como as linhas de força vão da esfera para a casca, o potencial elétrico decresce nesse sentido, ou seja, o potencial na esfera é sempre maior do que o potencial na parte interna da casca. É por isso que, fazendo o contato entre a esfera e a casca, toda a carga da esfera é transferida para a casca. ++ +q + + + + + + + – – – – – – – – O potencial elétrico final da casca será praticamente 104 V. O motivo disso é que a carga +q transferida da esfera para a casca é muito pequena, pois a esfera, apesar de pequena, apresentava um potencial de apenas +1 V, muito menor do que o potencial da casca. Esta, apesar de grande, apresentava um potencial inicial de +104 V (lembre-se de que uma esfera de pequeno raio tende a apresentar um elevado potencial elétrico e vice-versa, a menos que a carga da esfera seja pequena). Assim, sendo pequena, a carga +q quase não interfere no potencial da casca, que praticamente permanece valendo 104 V durante a transferência de carga. Naturalmente, o potencial interno também é igual a 104 V. Por isso, esse é o valor do potencial da esfera. Questão 11 Comentário: De acordo com o princípio da conservação da carga elétrica, a soma das cargas finais nas duas esferas deve ser igual à soma das cargas iniciais: Q1 + Q2 = 3,0 μC Além disso, depois de atingido o equilíbrio eletrostático, as esferas apresentam os mesmos potenciais elétricos: K Q R K Q R Q 5,0 Q 10,0 Q 2.Q 0 1 1 0 2 2 1 2 2 1 = = = Combinando as duas equações, obtemos Q1 = 1,0 μC e Q2 = 2,0 μC. Professor, não deixe de comentar que a resolução desse sistema pode ser feita sem a necessidade de converter as cargas de microcoulomb para coulomb, e nem as distâncias de centímetro para metro. Seção Enem Questão 01 – Letra B Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 21 Comentário: A melhor resposta para essa questão é a letra B, que associa o não funcionamento do celular ao fenômeno da blindagem eletrostática. Porém, a rigor, a blindagem eletrostática aplica-se apenas a situações em que existe um equilíbrio eletrostático de cargas, de forma que a configuração de campo elétrico do problema não varie no tempo. Esse é o caso, por exemplo, da clássica experiência em que um pente eletrizado não consegue exercer força de atração elétrica sobre pedacinhos de papel picados dentro de um invólucro metálico, como uma peneira de alumínio. No caso dessa questão, devemos nos lembrar de que uma antena transmite sinais de rádios em direção ao celular que se acha dentro da caixa metálica. Esses sinais são ondas eletromagnéticas do tipo UHF (frequência ultra-alta), de frequência entre 300 MHz e 3 000 MHz. Esses sinais, como qualquer outra onda eletromagnética, são formados por campos elétricos e magnéticos de intensidades variáveis no espaço e no tempo. Por isso, não existe equilíbrio eletrostático na caixa metálica que abriga o aparelho celular quando o sinal eletromagnético da antena tenta penetrar no interior da caixa. Mesmo assim, o sinal penetra muito pouco nas paredes da caixa, pois há uma espécie de aumento da resistência elétrica das paredes metálicas. Esse fenômeno é conhecido como efeito skin ou efeito pelicular. A resistência à penetração do sinal eletromagnético depende do material metálico da caixa, como também da frequência do sinal. Quando a frequência é muito alta, como a dos sinais de celulares, a penetração nas paredes de um invólucro metálico é muito pequena. Maiores detalhes e outros exemplos referentes ao efeito skin podem ser obtidos na leitura complementar apresentada no Caderno Extra do módulo D 05. 27 Editora Bernoulli FÍ SI C A Questão 02 – Letra D Eixo cognitivo: III Competência de área: 6 Habilidade: 21 Comentário: Durante uma tempestade, estando em casa, devemos nos afastar de janelas e de portas metálicas, pois esses corpos podem atrair descargaselétricas. O mesmo é valido para telefones com fios, que podem conduzir e transmitir descargas elétricas fatais ao usuário. Fora de casa, é importante evitar lugares descampados e topos de morros, pois uma pessoa de pé atuaria como um para-raios, atraindo descargas elétricas. É por isso que os jogadores de futebol em estádios desprovidos de para-raios costumam se jogar no chão quando ocorrem raios nas proximidades do campo. Durante uma tempestade com raios, não é uma boa ideia ficar debaixo de árvores, pois uma árvore alta age como um para-raios. Uma descarga elétrica que por ventura venha a atingir uma árvore tem grande chance de ser conduzida até a pessoa que se abriga sobre ela. Ao contrário, abrigar-se dentro de carros é uma boa ideia, pois o carro, sendo metálico, age como um escudo contra as descargas elétricas das tempestades. A explicação disso não é exatamente a blindagem eletrostática, embora muitos textos de Física tratem o problema sob essa óptica. A voltagem entre uma nuvem e o solo, logo que um raio principia, é muito grande. Ao final de uma fração de segundo, o raio desaparece e a voltagem entre a nuvem e o solo tende a zero. Por isso, o raio pode ser tratado como um sinal eletromagnético de frequência alta. A não penetração desse sinal dentro do carro, como explicado na resolução da questão 01, é devido ao efeito skin. Uma explicação mais detalhada da proteção que um carro metálico exerce contra descargas elétricas acha-se na leitura complementar do Caderno Extra, do módulo D 05. Questão 03 – Letra C Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 21 Comentário: O pente, eletrizado por atrito com a lã, atrai os pedacinhos de papel porque estes ficam polarizados devido à ação do pente. Surge, então, uma distribuição de cargas de sinais opostos nas extremidades dos pedacinhos de papel. Como o pente eletrizado cria um campo elétrico variável no espaço (e constante no tempo), a força de atração elétrica que age na extremidade mais próxima de um pedacinho de papel é maior do que a força de repulsão elétrica que age na outra extremidade. Quando os papéis são cobertos com a peneira metálica, ocorre uma redistribuição de cargas elétricas na superfície da peneira, de forma que a resultante entre o campo elétrico gerado por essa distribuição de cargas e o campo elétrico gerado pelo pente seja nula em todos os pontos do interior da peneira. Por isso, os pedacinhos de papel não são mais atraídos pelo pente. Esse fenômeno é conhecido como blindagem eletrostática. Quando uma peneira de plástico é usada, não há blindagem eletrostática sobre os pedacinhos de papel, pois, sendo a peneira constituída de um material isolante, as cargas elétricas em sua superfície não podem se movimentar e estabelecer uma redistribuição de cargas capaz de anular o campo elétrico do pente dentro da peneira. Por isso, os pedacinhos de papel são atraídos normalmente. MÓDULO – D 06 Corrente elétrica Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra E Comentário: A carga da bateria Q = 1 000 mAh, em coulombs, é igual a: Q x C s s C= =1 000 10 3 600 3 6003 – Essa carga corresponde a uma quantidade de elétrons igual a: Q = N.e ⇒ 3 600 C = N.1,6 x 10–19 C ⇒ N = 2,25 x 1022 elétrons Outra maneira de calcular este número de elétrons seria substituir a corrente de 1,000 A e o tempo de 3 600 s diretamente na fórmula da corrente elétrica: I Q t N e t N x N= = = =. , . , , – 1 000 1 6 10 3 600 2 25 19 xx elétrons 1022 Questão 02 – Letra C Comentário: A quantidade de carga transportada em 0,5 s por uma corrente de 300 000 A vale: Q = I∆t = 300 000.0,5 ⇒ Q = 150 000 C Essa carga representa a seguinte fração da carga QT da Terra: Q/QT = 150 000/600 000 = 0,25 Portanto, um raio de 300 000 A com duração de 0,5 s pode compensar 1/4 da carga elétrica total da Terra. Questão 03 – Letra A Comentário: Inic ialmente, a corrente elétr ica é I1 = 6/(400 x 103) = 15 x 10–6 A = 15 μA. Posteriormente, a corrente elétrica torna-se I2 = 6/(300 x 103) = 20 x 10–6 A = 20 μA. Portanto, a variação da corrente é ∆I = 5 μA. Questão 04 – Letra C Comentário: Vamos analisar as alternativas separadamente. A) A resistência elétrica da barra é a razão entre a voltagem e a corrente na barra: R = V/I = 0,5 x 10–3 V/11,40 A = 4,39 x 10–5 Ω (que é muito menor que 150 Ω) B) e D) A condutividade elétrica, assim como a resistividade elétrica, não depende da geometria do corpo, mas sim do material constituinte do corpo. C) A condutividade elétrica pode ser obtida por meio da equação: R L A = ρ Substituindo a resistência elétrica da barra e o seu comprimento e seção transversal nessa equação, obtemos a condutividade elétrica (1/ρ): 1 1 0 4 39 10 0 02 0 025ρ = = =L R A x , , .( , . , ) _ 5,70 x 107 Ω–1m–1 E) O voltímetro é essencial nesta experiência, pois ele fornece o valor da voltagem na barra. O amperímetro também é essencial, pois ele fornece a corrente elétrica. O quociente da voltagem pela corrente elétrica é a resistência elétrica, que, juntamente com a geométrica da barra, é usada para a determinação da condutividade elétrica da barra. 28 Coleção Estudo FÍ SI C A Questão 05 – Letra A Comentário: Vamos analisar as alternativas. A) Se o chuveiro for alimentado com uma tensão de 127 V, a potência do chuveiro será de 4 800 W, implicando um consumo de 4 800 J de energia elétrica a cada segundo de funcionamento do aparelho. B) e D) A corrente elétrica é I = P/V = 4 800/127 ≅ 38 A. C) A tensão nominal (adequada) do chuveiro é 127 V. Exercícios Propostos Questão 01 – Letra E Comentário: Os valores da ordenada deste gráfico, multiplicados pela carga e = 1,6 x 10–19 C, representam o fluxo de carga em C/s, portanto, a corrente elétrica que entra no detector de partículas. Assim, a área abaixo deste gráfico fornece a carga elétrica Q absorvida pelo detector: Q x x x x x= + +( ) . . , . , . – – –8 4 10 10 10 1 6 10 2 5 10 1 6 10 3 5 19 5 19 88 10 9 6 10 6 4 10 16 10 3 16 16 16 x x x x C – – – –, , = + = A corrente elétrica média no detector é: I Q t x x x A= = =16 10 8 0 10 2 10 16 3 13 , – – – Outra forma de fazer este exercício é usando os fluxos médios nos intervalos de tempo I (de 0 a 2 s), II (de 2 a 6 s) e III (de 6 a 8 s): 10 x 105 partículas/s, 15 x 105 partículas/s e 10 x 105 partículas/s, respectivamente. A média ponderada no tempo fornece o fluxo médio no intervalo total (de 0 a 8 s): Fluxo médio = ( . . . ) 10 2 15 4 10 2 10 8 5+ + =x 12,5 x 105 partículas/s Multiplicando esse fluxo pela carga elementar, obtemos a corrente elétrica média: I = 12,5 x 105.1,6 x 10–19 = 2 x 10–13 A Questão 02 – Letra B Comentário: A corrente total na lâmpada é determinada pela soma dos fluxos dos íons positivos e dos íons negativos, mesmo que os sentidos de movimento dessas cargas sejam opostos. De fato, podemos imaginar que o movimento dos íons negativos seja invertido, substituindo as cargas negativas por cargas positivas, de forma que os efeitos gerados por essas cargas sejam os mesmos do movimento real das cargas negativas. Por isso, a corrente de íons negativos deve ser somada à corrente de íons positivos. O cálculo para determinar essas correntes é simples e está indicado a seguir. I = I+ + I– ⇒ (1,0 x 1018 íons/s)1,6 x 10–19 C + (1,0 x 1018 íons/s)1,6 x 10–19 C ⇒ I = 0,32 C/s = 0,32 A Questão 03 – Letra E Comentário: A resistência elétrica de um condutor é dada por R = ρL/A, em que ρ é a resistividade elétrica do condutor, L é o comprimento do condutor, e A é a área da seção transversal do condutor. A área total A do condutor vale 70 mm2 (área de apenas um fio, 10 mm2, vezes o número de fios, 7). Podemos usar as unidades mm2 para A, porque ρ é dado em Ω.mm2/m. Substituindo os dados, obtemos: R = (2,1 x 10–2 Ω.mm2/m).1 000 m/(70 mm2) = 0,3 Ω Outra forma de fazer esse exercício é calcular a resistência elétrica de um único fio. Para isso, devemos tomarA = 10 mm2. O resultado é 2,1 Ω. Os sete fios estão ligados em paralelo, pois as suas extremidades serão ligadas a pontos comuns, como os polos de uma bateria. Logo, a resistência equivalente do cabo é Req = 2,1/7 = 0,3 Ω. Essa solução é mais complicada do que a primeira. Além disso, ela só pode ser apresentada aos alunos depois do estudo sobre associação de resistores (módulo D 08). Questão 04 – Letra C Comentário: A figura a seguir mostra os dois fios dentro do cabo telefônico, o ponto de contato causador do curto-circuito e um ohmímetro, que o técnico poderia ter usado para medir as resistências em cada extremidade do cabo. A leitura de 20,0 Ω, no lado esquerdo, corresponde a um comprimento igual a 2LE do condutor. A leitura na outra ponta é de 80,0 Ω e corresponde ao comprimento de 2LD. Como a resistência entre as extremidades R e S (lado direito) é quatro vezes maior do que entre as extremidades P e Q (lado esquerdo), e como a resistência é proporcional a L, pois R = ρL/A, o comprimento LD também deve ser quatro vezes maior do que o comprimento LE. Além disso, como LE + LD = 5,00 km, concluímos que LE = 1,00 km e LD = 4,00 km. COM OFF 2M 200 2k 20k 300k 20.0 Ω Ω Ω v mA 10A LDLE R S P Q Questão 08 – Letra B Comentário: Vamos analisar cada alternativa: A) De acordo com a fórmula P = V.I, como a voltagem V é constante (voltagem de alimentação da casa), a potência P é diretamente proporcional à corrente I. Como a potência do chuveiro é maior que a potência do ferro, a corrente elétrica no chuveiro é maior que a corrente no ferro. B) De acordo com a fórmula P = V2/R, como a voltagem V é constante, a potência P é inversamente proporcional à resistência R. Como a potência da lâmpada é menor que a potência do chuveiro, a resistência elétrica da lâmpada é maior que a do chuveiro. C) A tensão é a mesma em todos os pontos da casa (voltagem da casa). D) A potência da lâmpada (60 W) é menor que a potência do chuveiro (4 400 W). Questão 09 – Letra D Comentário: Durante 30 dias, sob as condições nominais 120 V e 4 000 W, o consumo de energia do chuveiro, que opera 30 minutos (0,5 h) por dia, é: E = P∆t = 4 kW(30.0,5 h) = 60 kWh Admitindo que a resistência R do chuveiro não varie, sob a tensão de 108 V, a nova potência P’ diminui para: R = V2/P = 1202/4 000 = 3,6 Ω ⇒ P’ = 108 3,6 2 = 3,24 kW Então, o novo consumo mensal de energia é: E’ = P’∆t = 3,24 kW(30.0,5 h) = 48,6 kWh Portanto, haverá uma diminuição de 11,4 kWh no consumo de energia. 29 Editora Bernoulli FÍ SI C A Questão 11 – Letra A Comentário: De acordo com a equação P = V2/R, ao ligar a lâmpada em uma tensão V menor, conclui-se que a potência P da lâmpada sofrerá uma redução (considerando que a resistência R permanecerá constante), de forma que o seu brilho será reduzido. A corrente na lâmpada, dada por I = V/R, também diminui de valor. Por isso, a durabilidade da lâmpada aumentará. Questão 12 – Letra A Comentário: De acordo com o gráfico deste exercício, tiramos que a potência elétrica da TV é de 600 W. A energia mensal economizada para cada 2 h que a TV fica desligada é: E = P.∆t = 0,600 kW.(2 h/dia).30 dias = 36 kW Ao custo de R$ 0,50 o kWh, a economia mensal é: 36 kWh.R$ 0,50 = R$ 18,00. Questão 13 – Letra B Comentário: Primeiro, vamos achar a resistência elétrica da torradeira: R = ρL/A = 1,2 x 10–6 Ωm.6,0 m/0,36 x 10–6 m2 = 20 Ω Agora, podemos achar a potência elétrica da torradeira: P = V2/R = 1202/20 = 720 W Em seguida, vamos calcular a energia consumida pela torradeira durante 1 mês: E = P∆t = 0,720 kW. 3 60 h/dia.30 dias = 1,08 kWh Ao custo de R$ 0,40 por kWh, o custo mensal da torradeira é: Custo = 1,08 kWh.R$ 0,40/kWh = R$ 0,432 Questão 14 – Letra C Comentário: A potência P e a corrente i relacionam-se com a resistência R, por meio das equações: P = V2/R e i = V/R Como V é constante, temos que P e i são grandezas inversamente proporcionais a R. Logo, quando R aumenta, tanto P quanto i diminuem. Questão 15 Comentário: Como a corrente elétrica é a taxa de cargas que atravessa uma seção transversal do condutor, conclui-se que a área sob a curva do gráfico de corrente elétrica versus tempo é numericamente igual à quantidade de carga que atravessa esse condutor. Isso pode ser usado para qualquer evolução temporal da corrente, sendo esta constante ou variável no tempo. Assim, a carga que atravessa uma seção transversal do condutor em 6,0 s é dada por: Q = 36,0.4 + (36,0.2/2) = 144 + 36 = 180 mC = 0,18 C Questão 16 Comentário: A) A corrente máxima que o disjuntor consegue suportar pode ser calculada pela expressão P = VI. Substituindo a tensão V = 120 V e a potência total P = 7,20 x 103 W, obtemos a corrente máxima I = 7,2 x 103/120 = 60 A. B) A energia diária, dada pelo produto entre a potência e o tempo de uso, vale: E = 4 kW.2 h + 6 kW.2 h + 2 kW.2 h = 24 kWh C) O consumo de energia mensal é igual ao valor calculado no item anterior vezes o número de dias existentes em um mês (vamos considerar 30 dias). Assim: Emensal = 24.30 = 720 kWh Pelo custo de R$ 0,50 por kWh, o gasto mensal é: Custo = 720 kWh.0,50 reais/kWh = R$ 360,00 Seção Enem Questão 01 – Letra E Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: Vamos apontar o erro de cada ligação. A) A1 B1 B2 B) C1 C) C2 D1 D) D2 E1 E) E2 A instalação da alternativa E está correta. Repare que a lâmpada inicialmente está desligada, mas, se colocarmos o interruptor na posição E1, ela acende. Da mesma forma, caso coloquemos o interruptor da esquerda na posição E2, a lâmpada também acende. Ou seja, mantendo-se o interruptor de um lado em uma posição qualquer e alterando-se a posição do outro, conseguimos acender e apagar a lâmpada, que é o objetivo da instalação. Veja que na figura da alternativa A o fio indicado por A1 não está ligado a nada, de forma que a lâmpada não está sujeita a nenhuma d.d.p. Portanto, é impossível que ela acenda. Nos interruptores da letra B, o fio que termina no interruptor da esquerda não está ligado a nada e, portanto, a lâmpada não está sujeita a nenhuma d.d.p. Caso esse interruptor seja alterado para a posição B1, então o fio que termina exatamente acima não estará sujeito a nenhuma d.d.p. Quanto ao interruptor da direita, repare que, na posição original, ele leva o fio ao interruptor da esquerda, já explicado anteriormente. Caso sua posição seja alterada para B2, o fio que chega da lâmpada a esse interruptor será desligado, não ficando a lâmpada sujeita a nenhuma d.d.p. Ou seja, não há configuração que faça a lâmpada acender. 30 Coleção Estudo FÍ SI C A Na alternativa C, no arranjo original, a lâmpada acende, porém, os dois interruptores têm de ficar exatamente como estão. Caso eles sejam alterados para a posição C1 ou C2, a lâmpada apaga; caso sejam alterados simultaneamente, a lâmpada também apaga. Lembrando o enunciado, que diz que a instalação requer que se possa apagar ou acender a lâmpada utilizando um interruptor, independentemente da posição do outro, considera-se essa instalação errada. Na alternativa D, a lâmpada acende se alterarmos o interruptor da direita para D2; contudo, se o interruptor da esquerda estivesse na posição D1, isso não seria possível. Ou seja, precisamos dos dois interruptores para ligar a lâmpada, o que torna essa instalação errada. Questão 02 – Letra E Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: A resistência elétrica de um condutor com comprimento L, cuja área de seção transversal e igual a A, é dada por R = ρL/A. O parâmetro ρ é a resistividade elétrica do condutor, valor que depende do material do qual o condutor é constituído. Uma unidade comum para a resistividade é o Ω.m/mm2, em que Ω (ohm) é a unidade de resistência elétrica. O inverso da resistividade é a condutividade σ, cuja unidade é o mm2/(m.Ω). Portanto, a equação anterior também pode ser escrita como R = (1/σ).L/A. Para doiscondutores de geometrias idênticas, isto é, com os mesmos valores de comprimento L e área de seção reta A, concluímos que a resistência R é inversamente proporcional à condutividade σ. Assim, um condutor de prata, material com a maior condutividade entre as substâncias listadas na tabela, será aquele que apresentará a menor resistência elétrica. Na prova original do Enem, a unidade da condutividade elétrica σ foi escrita como (S.m/mm2). O símbolo S é uma unidade denominada de siemens. Naturalmente, como a condutividade elétrica σ é o inverso da resistividade elétrica ρ, a unidade de σ também é o inverso da unidade de ρ, de forma que S.m/mm2 = m/(Ωmm2), ou seja S = 1/Ω = Ω–1. De qualquer modo, o uso de S ou de 1/Ω para compor a unidade da condutividade elétrica não interfere em nada na solução desta questão. Questão 03 – Letra E Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: De acordo com as figuras, a leitura atual do relógio medidor de energia elétrica é de 2 783 kWh e a leitura do mesmo relógio no mês passado foi de 2 563 kWh. Então, o consumo mensal, dado pela diferença entre esses valores, vale 220 kWh. Ao custo de R$ 0,20 por kWh consumido, concluímos que o preço da conta de luz referente ao mês é de R$ 44,00 (produto entre 220 kWh e R$ 0,20/kWh). Questão 04 – Letra D Eixo cognitivo: V Competência de área: 6 Habilidade: 23 Comentário: Primeiramente, vamos calcular a quantidade de calor QC gerada pela combustão direta de 1 litro de gasolina. Esse calor foi suficiente para gerar uma variação de temperatura de 35 °C em uma massa de água igual a 200 x 103 g. Portanto, podemos calcular QC por meio da equação do calor sensível: QC = mc∆t = 200 x 103.4,19.35 = 2,93 x 107 J Agora, vamos calcular a potência elétrica PE produzida pelo gerador, que consome 1 litro de gasolina por hora. Essa potência pode ser calculada por meio da voltagem V e da resistência R do resistor. PE = V2/R = 1102/11 = 1 100 J/s Em 1 hora, que é o tempo para o gerador consumir 1 litro de gasolina, temos a seguinte dissipação de energia E por efeito Joule: E = 3 600.1 100 = 3,96 x 106 J Portanto, a combustão direta de 1 litro de combustível produz mais energia útil do que o gerador. A razão entre essas energias é: QC/E = 2,93 x 107/3,96 x 106 = 7,4 Esse número indica que, para produzir o mesmo aquecimento em 200 litros de água, são necessárias 7,4 h de funcionamento do gerador, ou seja, o gerador consome uma quantidade de gasolina 7,4 vezes maior do que aquela usada no aquecimento da água por meio da combustão direta da gasolina. Questão 05 – Letra E Eixo cognitivo: V Competência de área: 6 Habilidade: 23 Comentário: Inicialmente, vamos calcular o consumo de energia mensal, em kWh. Para isso, basta multiplicar a potência de cada equipamento, em kW, pelo tempo de uso mensal, em h, e somar todas as parcelas referentes aos equipamentos. Assim: E = [1,5.8 + 3,3.(1/3) + 0,2.10 + 0,35.10 + 0,10.6].30 E = 576 kWh Ao custo de R$ 0,40/kWh, o gasto mensal de energia elétrica dessa casa é: Custo = 576.0,40 = R$ 230,40 Questão 06 – Letra D Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: O erro está na unidade de energia, megawatts por hora. A unidade correta, nesse caso, é megawatts vezes horas, pois a energia elétrica é o produto entre a potência elétrica nas usinas (dada, em geral, em megawatts) e o tempo de geração, em geral, dado em horas. Embora esse problema seja de resolução muito fácil, você pode, professor, estender a discussão do assunto, alertando seus alunos para o fato de que a energia é uma grandeza dada em muitas unidades diferentes. Existem dois motivos básicos para isso. O primeiro é que a energia tem forte presença em todos os fenômenos físicos e, por isso, ela se relaciona com diferentes conceitos físicos. O segundo motivo é que o valor da energia pode ser muito pequeno, como também muito grande, dependendo do processo estudado. Para ilustrar isso, sugerimos que você, professor, apresente a tabela a seguir. Nela, colocamos as principais unidades de energia usadas na Física, bem como os fatores de conversão entre essas unidades e alguns exemplos numéricos envolvendo valores energéticos. 31 Editora Bernoulli FÍ SI C A Note que o joule e a caloria são unidades muito pequenas para se medir o consumo mensal de energia elétrica em uma casa. Por isso, usamos o quilowatt-hora, que vale 3,6 milhões de joules. Por outro lado, o joule e a caloria são unidades grandes demais para serem usadas na quantificação de fenômenos atômicos. Nesse caso, é mais conveniente usarmos o elétron- volt, cujo valor é extremamente pequeno, 1 eV = 1,6 x 10–19 J. Unidades de Energia Fatores de conversões Exemplos joule (J) ____ 10 J – Energia potencial gravitacional de uma massa de 1 kg a uma altura de 1 m do solo. caloria (cal) 1 cal = 4,18 J 10 cal – Energia para aquecer 10 g de água de 1 °C. quilowatt- hora (kWh) 1 kWh = 3,6 x 106 J 10 kWh – Energia que uma lâmpada de potência 100 W consome em 100 horas de uso. elétron-volt (eV) 1 eV = 1,6 x 10–19 J 13,6 eV – Energia de ligação do elétron no átomo de hidrogênio. Questão 07 – Letra C Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 19 Comentário: O elevador deve elevar uma massa M = 1 400 kg (soma das massas do elevador e dos ocupantes) a uma altura H = 30 m. Para elevar essa carga com velocidade constante, a força F exercida pelo cabo que liga o motor ao elevador deve ser igual ao peso da carga. Assim, F = M.g = 1≈400.10 = 14 000 N. O trabalho W realizado por essa força durante a subida do elevador é dado por W = F.H = 14 000.30 = 420 000 J. O tempo ∆t que o elevador leva para subir a altura H com velocidade v = 4 m/s é igual a ∆t = H/v = 30/4 = 7,5 s. Então, a potência do motor que sustenta o elevador pode ser calculada por P = W/∆t = 420 000/7,5 = 56 000 W (ou 56 kW). Por fim, a corrente elétrica I que alimenta o motor vale I = P/V = 56 000/220 = 254,5 A. Questão 08 – Letra B Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: Como pode ser observado na conta de luz recebida pela estudante, o consumo de energia elétrica na residência dela foi de 260 kWh, pelo qual ela deve pagar uma quantia de R$ 130,00 mais a alíquota de 25%, R$ 32,50, referente ao imposto (ICMS). Portanto, conclui-se que o valor pago pela estudante por kwh de energia consumida é de R$ 0,50/kWh, mais impostos (25%). Caso a estudante compre um secador de cabelos de 1 000 W de potência e ela e suas três amigas passem a utilizá-lo por 15 minutos cada uma, durante 20 dias por mês, o aumento mensal no consumo de energia elétrica da residência será de: E P t E E = = ( ) = . .1 1 4 20 20 000.4 kWh Por esse aumento no consumo de energia elétrica mensal da residência a estudante deverá pagar a quantia de: valor valor R = + = 20 0 50 20 0 50 4 . , . , $ 12,50 Essa quantia é referente ao valor pago por kWh mais os impostos (ICMS). Rua Juiz de Fora, 991 - Barro Preto Belo Horizonte - MG Tel.: (31) 3029-4949 www.editorabernoulli.com.br 6V Física Volume 3 Bernoulli Resolve Su m ár io - F ís ic a Módulo A 05 3 Movimento circular 06 5 Leis de Newton Módulo B 05 7 1ª Lei da Termodinâmica 06 11 2ª Lei da Termodinâmica Módulo C 05 15 Lentes esféricas 06 17 Instrumentos ópticos Módulo D 07 19 Associação de resistores 08 21 Resistores no dia a dia 09 24 Instrumentos de medidas elétricas 3 Editora Bernoulli FÍ SI C A 3 Editora Bernoulli FÍ SI C A COMENTÁRIO E RESOLUÇÃO DE QUESTÕES MÓDULO – A 05 Movimento circular Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra A Comentário: Nesse exercício, há dois pontos de um mesmo disco, X e Y, girando com velocidades lineares de 50 cm/s e 10 cm/s, respectivamente. Como os dois pontos fazem parte do mesmo disco, eles possuem a mesma velocidade angular. Sendo assim, temos: ω ω x y x x y y x x x x x v r v r r r r r r = = = − − =50 10 20 50 101 000 == =1 000 40 25 cmr x Utilizando o valor de rx obtido anteriormente, podemos calcular o módulo da velocidade angular. ω ω ω ω = = = = = y x x x v r 50 25 2 0, rad/s Questão 02 – Letra A Comentário: A correta representação dos vetores velocidade e aceleração para o movimento circular uniformemente acelerado é a representação do ponto (2), pois, nela, o vetor velocidade é tangente à trajetória e o vetor aceleração está corretamente representado. Como o movimento é circular uniformemente acelerado, temos a presença de dois tipos de aceleração, a tangencial e a centrípeta, sendo o sentido da aceleração tangencial igual ao sentido da velocidade e o sentido da aceleração centrípeta para dentro da curva. Logo, a aceleração resultante está em uma direção oblíqua à da velocidade, conforme mostrado na representação do ponto (2). Questão 03 – Letra A Comentário: Na resolução desse exercício, iremos considerar que o ponteiro maior do relógio seja o ponteiro dos minutos. Tendo em vista que esse relógio atrasa 10 minutos a cada hora, conclui-se que, em um intervalo de tempo de uma hora real, o ponteiro maior percorre um ângulo de 2π(10/12) rad. Portanto, a velocidade angular do ponteiro maior do relógio é dada por: ω π ω π = ( ) = 2 10 12 3 600 2 160 rad/s Questão 04 – Letra E Comentário: Tendo em vista que o móvel parte do repouso e efetua um movimento circular uniforme de período igual a 8 s, conclui-se que, em um intervalo de tempo de 18 s, o móvel efetua duas voltas completas mais um quarto de volta. Sendo assim, o deslocamento angular do móvel foi de π/2 rad ou 90º. Logo, o módulo do vetor deslocamento do móvel é dado por: d R R d R R d R 2 2 2 2 2 2 = + = + = Questão 05 – Letra E Comentário: Nesse exercício, há duas polias, A e B, interligadas por meio de uma correia e não há escorregamento entre as polias e a correia. Dessa forma, a velocidade tangencial das polias possui o mesmo módulo da velocidade tangencial da correia, portanto, as duas polias possuem a mesma velocidade tangencial. Como as polias possuem raios diferentes (o raio da polia A, R, é menor que o raio da polia B, R’), conclui-se que as polias possuem velocidades angulares diferentes. Sendo R < R’, e como as polias possuem a mesma velocidade tangencial, conclui-se que a velocidade angular da polia A é maior que a da polia B. Esse fato pode ser verificado por meio das equações: v v R R R R A B A B A B = = ′ = ′ ω ω ω ω O termo R’/R é maior que 1, logo, ωA > ωB. Exercícios Propostos Questão 02 – Letra A Comentário: Ambas as bicicletas apresentam a mesma velocidade escalar. Desse modo, podemos afirmar que: vpai = vfilho ⇒ ωpaiRpai = ωfilhoRfilho Como Rpai = 2Rfilho, podemos concluir que: ωfilho = 2ωpai ⇒ ffilho = 2fpai Logo, a alternativa correta é a A. Questão 04 – Letra B Comentário: Se o centro do furacão avança a 150 km/h em direção ao norte, temos que o módulo da velocidade da extremidade leste do furacão é v’ = vf – vr , em que vf é o módulo da velocidade de deslocamento do centro do furacão em relação ao solo e vr é o módulo da velocidade escalar de rotação da extremidade do furacão em relação ao centro deste. Já o módulo da velocidade da extremidade oeste do furacão é v’’ = vf + vr. Resolvendo qualquer uma das duas equações anteriores, encontramos o módulo da velocidade escalar de rotação do furacão, vr = 50 km/h. Utilizando a relação v = ωR, encontramos o módulo da velocidade angular de rotação da massa gasosa: ω = v/R ⇒ ω = 50/100 ω = 0,5 rad/h 4 Coleção Estudo FÍ SI C A 4 FÍ SI C A Questão 06 – Letra D Comentário: A questão aborda o movimento circular não uniforme da pá de um ventilador que está cessando seu movimento. Como essa pá está parando, sobre ela atua uma aceleração tangencial em sentido oposto ao de seu vetor velocidade. Essa aceleração irá fazer com que o módulo da velocidade da pá diminua. Uma vez que a pá continua descrevendo um movimento circular, ela estará submetida a uma aceleração centrípeta. A soma dessas duas componentes da aceleração (tangencial e centrípeta) definirá a direção e o sentido do vetor aceleração da pá no ponto P, conforme mostrado na figura a seguir. P a at ac Questão 07 – Letra D Comentário: A relação entre os raios das engrenagens, apresentada no enunciado da questão, permite que utilizemos a relação entre o raio e o período das engrenagens, v = 2πR/T ⇒ T = 2πR/v. As engrenagens possuem a mesma velocidade tangencial, pois elas estão interligadas por suas periferias e não deslizam umas sobre as outras. Assim, o período de cada engrenagem será proporcional ao seu raio. Logo, T1 = T3 < T2. Como a cada ligação de engrenagens pela periferia temos a inversão de sentido do movimento circular, após duas ligações de engrenagens, o sentido de movimento se repete, ou seja, o sentido de movimento da primeira e da terceira engrenagem é o mesmo. Assim, E1 e E3 giram no mesmo sentido e com o mesmo período, sendo este menor que o período de E2. Questão 09 – Letra E Comentário: Para que o aluno resolva essa questão, é necessário que ele perceba que a curva descrita pelo líquido é um arco de circunferência de raio 6 cm. A esse arco corresponde um ângulo de 90º (um quarto da circunferência); portanto, seu comprimento será de, aproximadamente, 9,3 cm. O tempo gasto pelo líquido para percorrer esse trajeto corresponde a um quarto do período da engrenagem, cuja frequência é de 0,25 Hz. Como o período é o inverso da frequência, o líquido gastará 1 s para percorrer esse trajeto; assim, sua velocidade média será de 9,3 cm/s ou 9,3 × 10–2 m/s. Questão 10 – Letra C Comentário: Observe a figura a seguir. B C A O Eixo fixox ω De acordo com o enunciado do exercício, a esfera é lançada do ponto B do eixo x em direção ao centro do disco, quando o ponto A do disco passa pelo ponto B do eixo. A partir do instante em que é lançada, a esfera descreve um movimento retilíneo uniforme, e, após 6 s de movimento, a esfera abandona o disco no ponto C do eixo x, no exato instante em que o ponto A do disco passa pelo ponto C do eixo. Ainda de acordo com o enunciado do exercício, o disco gira com velocidade angular constante e o intervalo de tempo de 6 s é maior que o tempo necessário para o disco efetuar uma volta completa e menor que o intervalo de tempo necessário para o disco efetuar duas voltas. Tendo em vista os dados do enunciado e a figura anterior, podemos concluir que, durante o intervalo de tempo de 6 s, o disco efetuou 1,5 voltas. Logo, o período de rotação do disco é dado por: 1,5T = 6 s ⇒ T = 4 s Questão 13 – Letra A Comentário: Nesse exercício, há três polias interligadas por uma correia e não há escorregamento entre as polias e a correia. Logo, as três polias possuem velocidades lineares de mesmo módulo, que é igual ao módulo da velocidade linear da correia. A polia 1, R1 = 6 cm, possui uma frequência de rotação de 0,67 Hz (40 rpm). Portanto, seu período de rotação é dado por: T f T = = = 1 1 0 67 1 5 , , s Como as velocidades lineares das polias são iguais, podemos escrever a seguinte igualdade: v v R R R R 1 3 1 1 3 3 3 1 1 3 3 1 3 1 6 2 3 = = = = = ω ω ω ω ω ω ω ω De acordo com o resultado anterior, a velocidade angular da polia 3 é três vezes maior que a da polia 1. Como o período de rotação e a velocidade angular são grandezas inversamente proporcionais, ω = 2π/T, conclui-se que o período de rotação da polia 3 é três vezes menor que o da polia 1. Logo, o período de rotação da polia 1 é de 0,5 s. Questão 15 Comentários: A) De acordo com o enunciado do exercício, o disco gira sem atrito sobre uma mesa e completa 300 voltas em um minuto. Sendo assim, a frequência de rotação do disco é dada por: f f= =300 60 5 Hz Utilizando o resultado anterior, podemos calcular o módulo da velocidade linear do disco, por meio da equação v = 2πrf. Logo: v = 2.3.0,5.5 ⇒ v =15 m/s Observação: Na resoluçãodesse exercício, utilizamos a aproximação π = 3, de acordo com a orientação do enunciado. B) Do instante em que o fio se rompe no ponto A até o instante em que o disco abandona a mesa, o disco percorre uma distância de 0,70 m. Veja a figura a seguir: 0,5 m 2 m 1,4 m A v 0,7 m Sendo assim, temos que: d vt t d v t t = = = = / / s0 70 15 0 047, , Seção Enem Questão 01 – Letra C Eixo cognitivo: III Competência de área: 2 Habilidade: 6 Comentário: Para resolver esse exercício, basta observar que a prancha se move de A para B. Logo, as polias da parte superior, 1 e 2, movem-se no sentido anti-horário, e as polias da parte inferior, 3 e 4, movem-se no sentido horário. 5 Editora Bernoulli FÍ SI C A 5 Editora Bernoulli FÍ SI C A Questão 02 – Letra A Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 20 Comentário: O movimento de uma bicicleta se dá por meio do acoplamento entre uma roda dentada dianteira com uma roda dentada traseira, e esse acoplamento é feito por meio de uma corrente, não havendo deslizamento entre as rodas dentadas e a corrente. Sendo assim, conclui-se que as rodas dentadas da bicicleta possuem velocidades lineares de mesmo módulo, sendo este igual ao módulo da velocidade linear da corrente. Considerando uma pedalada uma volta completa da roda dentada dianteira e observando que as rodas dentadas possuem velocidades lineares de mesmo módulo, podemos escrever a seguinte igualdade: v v r r r r d t d d t t t d d t = = = ω ω ω ω De acordo com a equação anterior, quanto maior for a razão rd/rt, maior será a razão do número de voltas da roda traseira por pedalada, ωt/ωd. Portanto, a alternativa que representa a situação em que haverá o maior número de voltas por pedalada é a A. Questão 03 – Letra C Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 20 Comentário: Conforme analisado no exercício anterior, as rodas dentadas traseira e dianteira possuem velocidades lineares de mesmo módulo. Utilizando esse resultado e os dados fornecidos na figura do exercício, temos: v v r r r r d t d d t t t d d t t d t d = = = = = ω ω ω ω ω ω ω ω 15 5 0 3 0 , , De acordo com o resultado anterior, a velocidade angular da roda dentada traseira é três vezes maior que a da roda dentada dianteira, ou seja, enquanto a roda dentada dianteira efetua uma volta completa, a roda dentada traseira realiza três voltas completas. Como a roda dentada traseira está acoplada à roda traseira pelo mesmo eixo (ou seja, elas giram de forma conjunta), a distância percorrida pela bicicleta em uma pedalada é, aproximadamente: d = 3(2πR) ⇒ d = 3(2.3.0,40) ⇒ d = 7,2 m Questão 04 – Letra A Eixo cognitivo: III Competência de área: 1 Habilidade: 3 Comentário: Esse exercício faz algumas afirmações em relação a uma bicicleta de marchas. Vamos analisar cada uma das alternativas separadamente. I. Correta. A cada marcha de uma bicicleta está associada uma determinada coroa dianteira e uma determinada coroa traseira. Como nessa bicicleta há duas coroas dianteiras e cinco coroas traseiras, a bicicleta possui um total de dez marchas, cinco marchas associadas a uma das coroas dianteiras e cinco marchas associadas à outra coroa dianteira. II. Incorreta. Quando uma bicicleta encontra-se à alta velocidade, o número de voltas da roda traseira por pedalada é o maior possível. De acordo com o resultado obtido na resolução do exercício 01 dessa seção: ω ω t d d t r r = Para que tenhamos o maior número de voltas da roda traseira por pedalada, devemos ter a maior razão possível entre os raios das rodas dentadas dianteira e traseira. Sendo assim, devemos acionar a coroa dianteira de maior raio com a coroa traseira de menor raio. III. Correta. Em uma subida íngreme, convém utilizarmos uma marcha que minimize a força com a qual devemos acionar os pedais da bicicleta. Para obtermos esse resultado, devemos utilizar uma combinação de coroas dianteira e traseira que possibilite a maior razão possível entre o número de pedaladas por volta. Utilizando o fato de as coroas possuírem velocidades lineares de mesmo módulo, temos que: v v r r r r d t d d t t d t t d = = = ω ω ω ω Portanto, para que tenhamos a maior razão possível entre o número de pedaladas por volta, devemos utilizar a coroa traseira de maior raio e a coroa dianteira de menor raio. Tendo em vista a análise das afirmações, conclui-se que a alternativa correta é a A. MÓDULO – A 06 Leis de Newton Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra A Comentário: Esse exercício aborda uma questão clássica das Leis de Newton para o movimento: como pode um cavalo puxar uma charrete se a força que ele exerce sobre a charrete possui a mesma intensidade da força que a charrete exerce sobre ele? Realmente essas forças possuem módulos iguais, porém o cavalo também empurra o chão para trás e este empurra o cavalo para frente. Se a força para frente que o chão faz sobre o cavalo for maior que a força para trás que a charrete exerce sobre ele, então, o conjunto se moverá para frente. Tendo em vista essa explicação, a alternativa correta é a A. Questão 02 – Letra A Comentário: Sobre o caixote, atuam as forças peso P, normal N e força de atrito fa. A força peso possui direção vertical e sentido para o centro da Terra; logo, nos diagramas desse exercício, a força peso deve estar voltada para baixo. A força normal que atua sobre o caixote é perpendicular à carroceria do caminhão e possui sentido para cima. Já a força de atrito, exercida pela carroceria sobre o caixote possui direção tangente à carroceria e sentido oposto à tendência de movimento do caixote. À medida que o caminhão se move para frente, a tendência de movimento do caixote é a de se mover para trás, pois a componente tangencial da força peso que atua sobre ele o puxa nesse sentido. Como a força de atrito atua em sentido oposto ao da tendência de movimento, temos que essa força atua paralelamente à carroceria, no sentido de subida da rampa. Dessa forma, a alternativa que mostra um diagrama coerente com essas observações é a A. 6 Coleção Estudo FÍ SI C A 6 FÍ SI C A Questão 03 – Letra C Comentário: Se existe uma força resultante agindo sobre o corpo, como afirma o enunciado, então, obrigatoriamente, o movimento apresentado pelo objeto deve ser acelerado, de acordo com a 2ª Lei de Newton. A única alternativa que não apresenta essa possibilidade é aquela que menciona um corpo se movendo com velocidade constante e em linha reta. Logo, a alternativa em que não há uma força resultante agindo sobre o corpo é a C. Questão 04 – Letra B Comentário: Existe uma interação entre o ímã e a barra de ferro, e essa interação obedece às Leis de Newton. Isso indica que a força que o ímã faz sobre a barra de ferro deve ser igual, em módulo, à força que a barra de ferro faz sobre o ímã. Porém o fato de as forças possuírem módulos iguais não garante que ambos os corpos apresentem a mesma aceleração. Como a massa do ímã é duas vezes menor que a massa da barra de ferro, uma força de mesmo módulo, aplicada em ambos os corpos, provocará no ímã uma aceleração duas vezes maior do que na barra de ferro. Sendo assim, a alternativa correta é a B. Questão 05 – Letra B Comentário: Esse é um tipo de questão em que os alunos costumam ter bastante dificuldade. Os alunos costumam utilizar o senso comum de que a intensidade da força exercida sobre o dinamômetro dobra de valor quando duas pessoas exercem forças, de mesma intensidade, sobre as duas extremidades do dinamômetro. Uma boa alternativa didática para resolver esse problema é substituir um dos meninos por uma parede e mostrar que as situações são idênticas, em termos das forças que atuam sobre o dinamômetro, pois, em ambas as situações, o dinamômetro encontra-se em equilíbrio. Quando uma única pessoa puxa uma das extremidades de um dinamômetro com uma força de 100 N, o valor da força medida pelo instrumento é de 100 N, considerandoque esse esteja em equilíbrio. Logo, na situação representada na figura desse exercício, em que há dois meninos exercendo forças de 100 N sobre as extremidades de um dinamômetro, temos que a leitura do instrumento será de 100 N, pois ele está em equilíbrio. Exercícios Propostos Questão 01 – Letra B Comentário: O balão dirigível desse exercício encontra-se em equilíbrio, pois o balão voa a uma altitude constante, em linha reta e com velocidade de módulo constante. Portanto, a força resultante que atua sobre o balão é nula. Logo, os módulos das forças verticais que atuam sobre o balão, peso (P) e empuxo (E), são iguais, assim como são iguais os módulos das forças horizontais de resistência do ar (R) e força de propulsão dos motores (M). Sendo assim, a alternativa em que essas forças estão mais bem representadas é a B. Questão 02 – Letra C Comentário: Inicialmente, vamos representar as forças que atuam sobre as esferas. Sobre a esfera de baixo, temos: FM T P ⇒ FM = P + T Sobre a esfera de cima, atuam as seguintes forças: FM T' P ⇒ T' = P + FM Como as forças de atração magnética, FM, que atuam sobre as esferas formam um par de ação e reação, temos que seus módulos são iguais. Sendo assim, conclui-se que o módulo da força de tensão no fio de cima é maior do que o módulo da tensão no fio de baixo. Temos também que o módulo da tensão no fio de cima é maior que o módulo do peso do ímã preso a esse fio. Diante da discussão anterior, conclui-se que a alternativa correta é a C. Questão 05 – Letra C Comentário: Em um movimento de queda livre, a única força que age sobre o corpo é a força peso, e a única aceleração que atua sobre o corpo é a aceleração da gravidade. Assim, tanto no instante t1 quanto no instante t3, a força e a aceleração que atuam sobre a bola são verticais, com sentido para baixo. Somente a velocidade muda de sentido, uma vez que em t1 a bola estava descendo e em t3 ela estava subindo. Dessa forma, o diagrama em que a força resultante, a aceleração e a velocidade estão corretamente representadas nos instantes t1 e t3 é o da alternativa C. Questão 06 – Letra A Comentário: De acordo com o enunciado da questão, a esfera está em repouso em relação ao vagão. Logo, estando o vagão sujeito a uma aceleração a para a direita, em relação ao solo, temos que a esfera também está sujeita à mesma aceleração em relação ao solo. No referencial do solo, atuam sobre a esfera duas forças, seu peso (vertical, para baixo) e a força de tensão (paralela à direção do fio, no sentido da esfera para o teto), exercida pelo fio ao qual ela está presa. Realizando a soma vetorial de tais forças, obtemos uma força resultante horizontal para a direita, conforme era esperado, uma vez que a aceleração que atua sobre a esfera, no referencial do solo, também possui direção horizontal e sentido para a direita. Então, temos que as forças que atuam na esfera, no referencial do solo, são corretamente representadas no diagrama da alternativa A. Questão 08 – Letra B Comentário: Observando o gráfico do exercício, podemos ver que a posição da partícula varia linearmente com o tempo do instante inicial de observação do movimento até o instante τ, parte reta da curva que descreve a variação da posição da partícula em relação ao tempo. Como a posição da partícula varia linearmente com o tempo e como a trajetória da partícula é retilínea, conclui-se que a partícula não está sujeita à aceleração e, consequentemente, a força resultante que atua sobre ela é nula. Observando o gráfico do enunciado, podemos ver também que, do instante τ em diante, a posição da partícula varia com o quadrado do tempo, parte parabólica da curva que descreve a variação da posição da partícula em relação ao tempo. Dessa forma, podemos concluir que, do instante τ em diante, a partícula está sujeita a uma aceleração constante e, consequentemente, a força resultante que atua sobre a partícula também é constante. Logo, o gráfico que representa corretamente a relação entre o módulo da força resultante R e o tempo t é o da alternativa B. 7 Editora Bernoulli FÍ SI C A 7 Editora Bernoulli FÍ SI C A Questão 11 – Letra A Comentário: Durante todo o tempo em que o passarinho gira junto com o irrigador, atuam sobre ele três forças: a força peso, a força normal e a força de atrito estático, que exerce a função de força centrípeta. No instante em que o módulo da velocidade do irrigador torna-se maior que o módulo da velocidade v, para o qual o módulo da força centrípeta é igual à força de atrito estático máximo (Fat = Fc = mv2/R), o passarinho perde o contato com o irrigador e deixa de realizar o movimento circular. Não há nenhuma força que expulsa / arremessa o passarinho do irrigador. Ele simplesmente perde o contato com este, mas mantém o mesmo módulo de velocidade horizontal que possuía antes de perder o contato. A partir do momento em que o passarinho perde contato com o irrigador, a única força que atua sobre ele é seu próprio peso. Consequentemente, nessa situação, o passarinho está sujeito a uma única aceleração, a aceleração da gravidade. Diante da discussão anterior, conclui-se que a alternativa correta é a A. Questão 13 – Letra B Comentário: Esse exercício aborda questões relativas à Primeira e à Segunda Leis de Newton. Vamos analisar as afirmativas separadamente. I. Incorreta. No trecho BC, a força aplicada sobre o corpo é constante e diferente de zero. Pela 2ª Lei de Newton, isso implica que uma aceleração constante e não nula atua sobre o corpo. Portanto, o movimento é do tipo variado, não uniforme. II. Correta. Como consta no enunciado da questão, a velocidade no ponto A é zero. No que diz respeito ao trecho ABC, o gráfico nos mostra que a força que atua sobre o corpo é diferente de zero e atua sempre no mesmo sentido. Pela 2ª Lei de Newton, tal fato implica uma aceleração contínua do objeto, no mesmo sentido da força. Assim, o corpo experimentará, durante todo o trajeto mencionado, um aumento no módulo de sua velocidade. III. Incorreta. No trecho DE, não há força alguma atuando no corpo. Pela 1ª Lei de Newton, como o objeto estava em movimento, ele continuará em movimento retilíneo e uniforme (M.R.U). Portanto, a velocidade do corpo é constante e não nula. IV. Correta. Como explicitado, a Lei da Inércia explica o fato de o corpo continuar com o módulo da velocidade constante após a força atuante tornar-se nula. V. Incorreta. No trecho AB, a força atuante sobre o corpo não é constante, portanto, de acordo com a 2ª Lei de Newton, a aceleração envolvida também não será constante – ela segue aumentando. No movimento uniformemente variado (M.U.V.), a aceleração possui módulo constante e diferente de zero. Portanto, tal afirmação é completamente incorreta. Questão 16 – Letra A Comentário: Esta questão explora a 3ª Lei de Newton. Vamos analisar cada uma das proposições separadamente. I. Correta. A força em questão é a de atração gravitacional, uma força de campo. A força que a Terra exerce sobre a Lua e a força que a Lua exerce sobre a Terra formam um par ação-reação. Portanto, pela 3ª Lei de Newton, elas possuem o mesmo módulo ou intensidade, termo usado na questão. II. Correta. A força que o ímã exerce sobre o prego e a força que o prego exerce sobre o ímã formam um par ação-reação. Portanto, pela 3ª Lei de Newton, essas forças, além de atuarem em corpos distintos, possuem o mesmo módulo (intensidade) e direção, porém sentidos contrários. III. Incorreta. A força que permite um cavalo puxar uma carroça é a força que ele exerce sobre a carroça, e não a sua reação – que atua no cavalo e é exercida pela carroça. Diante da discussão anterior, conclui-se que a alternativa correta é a A. Seção Enem Questão 01 – Letra C Eixo cognitivo: I Competência de área: 6 Habilidade: 20 Comentário: O objetivo da questão é que identifiquemos a situação que está diretamente relacionada à 3ª Lei de Newton, Lei da Ação e Reação.Portanto, devemos identificar a alternativa em que ocorra uma situação na qual o atleta tire vantagem da correta aplicação da 3ª Lei de Newton. A alternativa C atende a esse requisito, uma vez que quanto mais água um nadador puxar para trás maior será a força que esse exerce sobre a água e, consequentemente, maior será a força que a água exercerá sobre ele, fazendo com que o nadador receba maior propulsão. Questão 02 – Letra C Eixo cognitivo: III Competência de área: 6 Habilidade: 20 Comentário: Vamos analisar as forças que atuam no bloco A nas duas situações. Essas forças são: o peso P, a normal N e a tensão T. O peso P e a normal N anulam-se mutuamente e, portanto, a força resultante que atua no bloco A é a tensão. Na situação da figura 1, o valor dessa tensão é dado por: T ma P T ma P ma mg ma a g B 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 5 = = = = = = – m/s22 1 2 5= =T mg N Na situação da figura 2, os valores da tensão e da aceleração são: T2 = F = 10 N ⇒ 10 N = ma2 ⇒ a2 = 10 m/s2 Da análise anterior, conclui-se que a alternativa correta é a C. MÓDULO – B 05 1a Lei da Termodinâmica Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra B Comentário: O sistema recebe uma quantidade de calor Q = +200 J e, ao mesmo tempo, cede uma quantidade de energia na forma de trabalho W = +10 cal. Os sinais positivos para o calor cedido e para o trabalho realizado pelo sistema são coerentes com a equação da 1ª Lei da Termodinâmica, que vamos usar para calcular a variação da energia interna do sistema: ∆U = Q – W. Convertendo o trabalho para a unidade joule (W = +41,86 J) e substituindo Q e W na equação da 1ª Lei, obtemos: ∆U = +200 – (+41,86) = +158,14 J 8 Coleção Estudo FÍ SI C A 8 FÍ SI C A Questão 02 – Letra C Comentário: O trabalho realizado pelo gás em cada um dos três processos é numericamente igual à área sob a curva dos respectivos processos no gráfico p x V. Dessa forma, W1 > W2 > W3. Todos esses trabalhos são positivos, pois os três processos são expansões. Como os estados iniciais e finais são coincidentes nos três processos, as energias internas inicial e final dos três processos são iguais. Logo, ∆U1, ∆U2 e ∆U3 são iguais. De acordo com a 1ª Lei da Termodinâmica, o calor é dado por Q = ∆U + W. Sendo ∆U constante, o calor é maior no processo em que o trabalho é maior. Portanto, Q1 > Q2 > Q3. Embora o exercício não explore o sentido do fluxo de calor, este é da vizinhança para o gás (sistema), pois Q > 0, uma vez que W > 0 e ∆U > 0. A variação da energia interna é positiva porque o produto pV aumenta nos três processos, indicando que a temperatura aumenta. Questão 03 – Letra E Comentário: I. Verdadeiro. O gás realiza trabalho positivo WBC na expansão BC, sofre um trabalho negativo WAB na compressão AB e não realiza e nem sofre trabalho no processo isovolumétrico CA. Como a área sob a expansão BC é maior que a área sob a compressão AB, o trabalho WBC é maior que o trabalho WAB. Por isso, o trabalho total durante o ciclo (WT = WBC + WAB) é positivo. II. Falso. A transformação AB é uma compressão isobárica, e não isotérmica. Além disso, o gás libera calor para a vizinhança. Como o volume diminui, a temperatura absoluta diminui proporcionalmente a diminuição do volume. Como a energia interna é proporcional à temperatura absoluta, concluímos que há redução na energia interna durante a compressão AB. Isso ocorre porque, mesmo recebendo energia na forma do trabalho WAB, o gás libera uma quantidade de calor QAB maior que o trabalho. III. Verdadeiro. A transformação CA é um resfriamento, pois, como o volume permanece constante, a temperatura absoluta diminui proporcionalmente à redução da pressão. Como a energia interna é proporcional à temperatura absoluta, concluímos que há redução na energia interna durante a transformação CA. Lembrando que não há trabalho nesse processo, a única forma de o gás se resfriar é cedendo uma quantidade de calor QCA para a vizinhança. Questão 04 – Letra D Comentário: O ar se expande rapidamente, de modo que o processo pode ser considerado adiabático. De acordo com a 1ª Lei da Termodinâmica (∆U = Q – W), sendo Q = 0 e sendo W positivo (trabalho de expansão), ∆U é negativo. Portanto, a energia interna do gás diminui e a temperatura também. De acordo com a equação de estado de um gás ideal, p = nRT/V, como T diminui e V aumenta, a pressão P deve diminuir. Portanto, a alternativa correta é a D. Questão 05 – V V F F V Comentário: 00. Verdadeiro. Podemos calcular a variação de temperatura do gás aplicando a equação de gás ideal para os estados inicial e final do gás: PV1 = nRT1 e PV2 = nRT2 Subtraindo essas equações membro a membro e explicitando a variação de temperatura, obtemos: =T P V nR A pressão do gás é P = 1,0 x 105 N/m2, a constante universal é R = 8,31 J/mol e a quantidade de gás (em mols) é: = = =n m n 20,0g 4,00g / mol 5,00mols A variação de volume é ∆V = A.∆x = 0,100 m2.(8,31x10−3 m/s.25 s). Substituindo esses valores na expressão de ∆T, obtemos: ∆T = 50 K 01. Verdadeiro. Os calores específicos molares a pressão constante e a volume constante relacionam-se por R = CP – CV. Como CV = 1,5R, concluímos que CP = 2,5R. 02. Falso. O calor Q é dado pela seguinte expressão: Q = nCP∆T = 5,00.2,5R.50 = 625R 03. Falso. A variação da energia interna do gás é dada pela 1ª Lei da Termodinâmica: ∆U = Q – W. Já sabemos que o calor é Q = 625 R (afirmativa III). O trabalho W realizado pelo gás é dado por: W = P∆V = nR∆T = 5,00.R.50 = 250R Logo, ∆U = 625R – 250R = 375R. 04. Verdadeiro. Conforme calculado antes, o trabalho realizado pelo gás é W = 250R. Exercícios Propostos Questão 01 – Letra C Comentário: Professor, antes de resolver essa questão, explique que, na maioria dos livros de física quantifica, a variação da energia interna de um sistema é definida como sendo a diferença entre o calor Q e o trabalho W trocados entre o sistema e a vizinhança (1ª Lei da Termodinâmica: ∆U = Q – W). Nesse caso, Q > 0 e W < 0 quando essas energias são fornecidas para o sistema e Q < 0 e W > 0 quando essas energias são cedidas pelo sistema. A 1ª Lei da Termodinâmica também pode ser escrita na forma ∆U = –Q –W, desde que os sinais para o calor Q e o trabalho W sejam coerentes. Por exemplo, se um sistema ganhar energia na forma de calor e de trabalho, a energia interna deverá aumentar, de modo que a variação de energia interna ∆U seja positiva. Para isso ocorrer, os sinais de Q e W deverão ser negativos. Assim, quando esses sinais forem multiplicados pelos sinais negativos pré-existentes na equação da 1ª Lei, o resultado será a soma de duas parcelas positivas, implicando o duplo efeito de aumento na energia interna do sistema. Obviamente, quando o sistema perder energia na forma de calor e trabalho, os sinais dessas energias deverão ser positivos. Portanto, se, numa transformação, o sistema absorve 6 J de calor e realiza um trabalho de 8 J (trabalho cedido pelo sistema), deveremos ter Q = –6 J e W = +8 J. Professor, continue a discussão da questão mostrando que, de acordo com a equação da 1ª Lei, a energia interna será: ∆U = –(–6) – (+8) = –2 J Comente que esse resultado é coerente, pois, se um sistema ganha 6 J de calor, mas perde 8 J na forma de trabalho, a variação no saldo de energia interna do sistema deve realmente ser negativa. 9 Editora Bernoulli FÍ SI C A 9 Editora Bernoulli FÍ SI C A Questão 02 – Letra C I. Falso. A transformação AB é um processo isovolumétrico e, por isso, não há trabalho. II. Falso. Embora a transformação BC seja isotérmica, o gás recebe calor nesse processo. Na verdade, como a temperatura do gás é constante, a energia interna do gás não varia. Como há liberação de energia na forma do trabalho WAB realizado na expansão BC, o gás deve receber a mesma quantidade de energia na forma do calor QAB. Assim, a perda de energia na forma de trabalho é compensada pelo ganho de calor, de modo que a energia interna do gás não varia.III. Verdadeiro. Na transformação CA, há um trabalho WCA de compressão. O gás recebe essa energia da vizinhança. Professor, comente que a temperatura do gás em C é menor que a temperatura em A, implicando redução na energia interna do gás. Embora receba o trabalho WCA da vizinhança, o gás libera uma quantidade de calor QCA para a vizinhança maior que o trabalho. Por isso, o gás se resfria. Questão 03 – Letra C No processo acb, os valores do calor Q = +100 cal e do trabalho W = +40 cal, substituídos na equação da 1ª Lei da Termodinâmica, levam à determinação da variação de energia interna: ∆U = Q – W = +100 cal – (+40 cal) = +60 cal No processo adb, a variação da energia interna é a mesma do processo acb, pois o estado inicial “a” e o estado final “b” são comuns aos dois processos. Logo, para o processo acb, podemos escrever: ∆U = Q – W ⇒ +60 = +72 cal – W ⇒ W = +12 cal Questão 04 – Letra A Comentário: Em uma expansão isobárica, o produto PV aumenta de forma que a temperatura do gás aumenta. O trabalho é realizado pelo gás, de forma que Wgás > 0. Por outro lado, o trabalho realizado pela atmosfera sobre o gás é negativo, pois a atmosfera é comprimida (o volume do ar na sala onde o sistema se acha fica menor depois da expansão do gás, de forma que ∆V da sala é negativo). Por isso, do ponto de vista da vizinhança, Watm < 0. Esse trabalho é dado por: Watm = p∆V = 105(–10 x 10–4.5,0 x 10–2) = –5,0 J Questão 05 – Letra B As variações de energia interna do gás no processo isocórico AC e no processo adiabático AB são iguais, pois as variações de temperatura são iguais nesses dois processos. Assim, como a variação da energia interna no processo AC é ∆UAC = –40 J, então, no processo AB, temos ∆UAB = –40,0 J. Como não há troca de calor no processo AB, concluímos que, de acordo com a equação da 1ª Lei da Termodinâmica (∆U = Q – W), que a variação de energia interna é igual ao recíproco do trabalho. Assim, WAB = +40,0 J. Professor, depois de concluir essa questão, comente que ∆U = Q no processo AC, pois não há trabalho no processo AC. Assim, de acordo com a equação da 1ª Lei, temos QAC = –40,0 J. Questão 07 – Letra D Comentário: No ciclo, o trabalho e o calor líquido são iguais, ∆U = 0. O trabalho líquido é negativo, pois o módulo do trabalho negativo na compressão CA é maior do que o módulo do trabalho positivo na expansão AB. Assim, concluímos que o calor líquido também é negativo, ou seja, há uma liberação líquida de calor no ciclo (essas são características de qualquer ciclo percorrido no sentido anti-horário no diagrama p x V; quando o ciclo é no sentido horário, o calor e o trabalho são igualmente positivos). Portanto, o calor absorvido, mencionado na questão, refere-se a uma parte do ciclo, e não ao ciclo completo. Esse calor é absorvido na sequência ABC, pois, nesse caso, temos W > 0 (trabalho de expansão) e ∆U > 0 (note que pV no estado C é maior do que no estado A). Para determinarmos o calor Q, vamos usar a 1ª Lei da Termodinâmica: Q = ∆U + W. O trabalho é W = +pV (área sob o processo ABC). Como a energia interna é dada por U = 3pV/2, a variação de energia interna entre os estado C e A vale: ∆U = UC – UA = 3.(4pV – pV)/2 = 9pV/2 Somando W e ∆U, obtemos Q = 11pV/2. Questão 08 – Letra C I. Falso. As variações de energia interna do gás no processo isobárico 2 e no processo isocórico 4 são iguais, pois as variações de temperaturas são iguais nos dois processos. II. Falso. O trabalho na expansão 2 é maior que o trabalho no processo isocórico 3, pois o trabalho no processo 2 é positivo, enquanto o trabalho é nulo no processo 3. III. Verdadeiro. A variação da energia interna no processo 2 é maior que no processo 3, pois, nos dois processos, a temperatura inicial T1 é a mesma, mas a temperatura final T3 no processo 2 é maior que a temperatura final T2 no processo 3. IV. Verdadeiro. No processo isocórico 4, o trabalho (W) é zero. Por isso, de acordo com a 1ª Lei da Termodinâmica (∆U = Q – W), a variação da energia interna é igual ao calor trocado entre o gás e o meio. Questão 09 – Letra A Comentário: Em um processo isovolumétrico, o trabalho realizado pelo gás é zero. Então, de acordo com a 1ª Lei da Termodinâmica, o calor deve ser igual à variação da energia interna (Q = ∆U). Usando a definição de calor Q = n.cv.∆T na 1ª Lei, obtemos cv = ∆U/n∆T. Nessa expressão, n é a quantidade de gás, em mols, cv é o calor específico molar a volume constante, e ∆T é a variação de temperatura. Substituindo os dados do problema, obtemos: cv = (1 000 – 500)/1(200 – 100) = 5 cal/mol.K Questão 10 – Letra B Comentário: Conforme discutido anteriormente (Exercício Proposto 07), a área dentro do ciclo no diagrama p x V é numericamente igual ao calor e ao trabalho líquido em um ciclo. Quando o ciclo é percorrido no sentido horário, esses valores são positivos. De acordo com o gráfico, Q = W = +600.J (área do retângulo interno ao ciclo). A variação de energia interna em qualquer ciclo é zero, pois o estado final é igual ao inicial. 10 Coleção Estudo FÍ SI C A 10 FÍ SI C A Questão 11 – Letra A Comentário: Vamos analisar as alternativas separadamente. A) Correta. Em uma compressão, o trabalho é realizado sobre o gás, de forma que W < 0. Como a compressão é isotérmica, a energia interna permanece constante, e ∆U = 0. De acordo com a 1ª Lei da Termodinâmica, Q = ∆U + W. Como a primeira parcela no lado direito da equação é zero e a outra é negativa, concluímos que o calor Q é negativo, ou seja, o gás cede calor para a vizinhança. Outra maneira de resolver o problema é pensar que se o gás é comprimido, ele recebe energia na forma de trabalho. Como a energia interna do gás não aumenta (pois a temperatura é constante), o gás cede uma quantidade de calor exatamente igual à quantidade de energia recebida na forma de trabalho. B) Incorreta. No aquecimento a volume constante, a pressão aumenta, de forma que o produto pV cresce, indicando um aumento na temperatura do gás (T = pV/nR). Logo, a energia interna também aumenta. C) Incorreta. Em uma expansão, o trabalho é realizado pelo gás, W > 0. Como o processo é adiabático, temos Q = 0. De acordo com a 1ª Lei, ∆U = –W, de forma que ∆U é negativo (pois W é positivo). Isso significa que a energia interna do gás diminui. Logo, a temperatura também diminui. Outra forma de ver o problema é simplesmente pensar que, se o gás não recebe calor do ambiente, então, ele usa a sua própria energia interna para realizar o trabalho de expansão e, portanto, sua temperatura diminui. D) Incorreta. Em uma expansão isobárica, o produto pV torna-se maior, indicando um aumento da temperatura. E) Incorreta. Em um ciclo, o trabalho realizado pelo gás é numericamente igual à área dentro do ciclo no diagrama p x V. Portanto, o trabalho não é zero em um ciclo. Já a variação da energia interna vale zero, pois, sendo uma função de estado, a energia interna final é igual à inicial. Questão 12 – Letra C Comentário: Em um processo adiabático, Q = 0, de modo que a variação da energia interna é igual ao recíproco do calor: ∆U = −W. Numa expansão adiabática, W > 0, de modo que a variação da energia interna é negativa, implicando redução de temperatura. Obviamente, a pressão do gás diminui na expansão adiabática, pois a temperatura e o volume do gás diminuem. Questão 13 – Letra B Comentário: Primeiro, vamos calcular a pressão final do gás por meio da Lei da Transformação Adiabática de um gás ideal PVg = constante. Substituindo os dados do problema, temos: P2.4,02 = 2,0.2,02 ⇒ P2 = 0,50 atm Agora, podemos determinar a temperatura final usando a equação de estado de um gás ideal: P2V2/T2 = P1V1/T1 ⇒ 0,50.4,0/T2 = 2,0.2,0/294 ⇒ T2 = 147 K = –126 °C Questão 14 – Letra A Comentário: Em uma expansão livre, não há resistência ao movimento do gás, de forma que W = 0. Se essa expansão também for adiabática, Q = 0. Logo, de acordo coma 1ª Lei da Termodinâmica, não há variação de energia interna do gás, pois o gás não troca calor nem trabalho com a sua vizinhança. Questão 16 Comentário: A) Como o processo AB é isovolumétrico, temos W = 0. B) A temperatura inicial pode ser determinada por meio da equação de estado de um gás ideal: TA = pAVA/nR = p0V0/nR = (150.8,3)/(0,5.8,3) = 300 K No processo isovolumétrico AB, como a pressão triplicou, concluímos que a temperatura absoluta também triplicou. Logo, TB = 3TA = 900 K. Para determinarmos a temperatura TC, é melhor pensarmos no processo isobárico CA, que mostra uma compressão isobárica, na qual o volume é reduzido à metade. Logo, TC = 2TA = 600 K. C) O calor absorvido pelo gás no processo AB é dado por Q = ncv∆T. Substituindo os dados do problema, encontramos Q = 0,5.10,0.(900 – 300) = 3,0 x 103 J. O calor no processo CA, na verdade, foi cedido pelo gás. O seu valor é dado por Q = ncp∆T. Substituindo os dados do problema, obtemos Q = 0,5.15,0.(300 – 600) = –2,25 x 103 J. Questão 17 Comentário: A) Para determinarmos o valor da pressão final, podemos usar a Lei da Transformação Adiabática (PVg = constante): PB.165/3 = 8.25/3 ⇒ PB = 8.(1/8)5/3 = 0,25 atm B) Para determinarmos a temperatura final, podemos usar a equação de estado de um gás ideal: PBVB/TB = PAVA/TA ⇒ TB = 0,25.16.400/(8.2) = 100 K Seção Enem Questão 01 – Letra A Eixo cognitivo: II Competência de área: 3 Habilidade: 10 Comentário: Devido à maior altitude das montanhas, à medida que o ar sobe pela encosta, a pressão atmosférica torna-se menor, causando uma expansão do ar. Como o movimento do ar é muito rápido, o processo pode ser considerado adiabático. Por isso, a expansão gera um resfriamento do ar. Essa frente fria provoca chuvas, de forma que um ar mais seco desce pela outra encosta. Sendo seco (higroscópico), esse ar absorve umidade do solo e da vegetação, causando a desertificação da região do outro lado da montanha. 11 Editora Bernoulli FÍ SI C A 11 Editora Bernoulli FÍ SI C A Questão 02 – Letra B Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 21 Comentário: Nesse exercício, a primeira transformação sofrida pelo ar foi isobárica, enquanto a segunda foi isovolumétrica. Como a variação de temperatura foi igual nas duas transformações, concluímos que a energia interna do ar aumentou a mesma quantidade nos dois casos. Porém, na primeira transformação sofrida pelo ar, o gás realizou um trabalho de expansão. Na segunda transformação, não houve realização de trabalho, pois não houve deslocamento do êmbolo. Dessa forma, o ar recebeu mais calor na transformação isobárica, já que o calor recebido pelo gás, nessa transformação, foi utilizado tanto para aumentar a energia interna do gás quanto para realizar o trabalho de elevação do êmbolo. Podemos imaginar valores para facilitar a compreensão desse problema. Por exemplo, imagine que a elevação da energia interna do ar nos dois casos tenha sido ∆U = 1 000 J e que o trabalho de expansão do ar tenha sido W = 200 J. Isso quer dizer que o ar, na transformação isobárica, recebeu um calor Q = 1 200 J, dos quais 1 000 J foram usados para elevar a energia interna e 200 J foram despendidos para erguer o êmbolo. Na transformação isovolumétrica, o calor foi apenas Q = 1 000 J, sendo esse valor totalmente utilizado para o ar ter a sua energia interna aumentada. O gráfico da pressão versus o volume mostrado a seguir também deve ser apresentado na resolução dessa questão, pois ele enriquece muito a discussão do problema. Observe que, tanto no processo isobárico quanto no processo isovolumétrico, as variações de temperatura do ar foram iguais e, portanto, as variações de energia interna do ar também foram iguais. Contudo, como já explicamos, o calor recebido pelo ar no processo isobárico foi maior porque o ar, nesse caso, realizou um trabalho de expansão. O valor desse trabalho é representado pela área abaixo da curva do processo isobárico, indicado pela linha horizontal que liga as duas isotermas de temperaturas inicial, T1, e final T2. No caso do processo isovolumétrico, note que não existe área sob a curva do processo, que está indicado pela linha vertical que une as duas isotermas. P W T1 T2 Isovolumétrica Isobárica V MÓDULO – B 06 2a Lei da Termodinâmica Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra B Comentário: Nessa questão, a máquina recebe um calor de 800 J e rejeita 200 J para o ambiente. Isso significa que 600 J são convertidos na forma de trabalho. O rendimento de uma máquina térmica é definido pelo quociente entre o trabalho produzido pela máquina e o calor fornecido a ela. Portanto, o rendimento da máquina dessa questão é η = 600/800 = 0,75 (75%). Caso essa máquina cedesse menos calor para o ambiente, o rendimento seria ainda maior que esse. Questão 02 – Letra D Comentário: Professor, use o gráfico dessa questão, associado à Figura 3 no texto do caderno principal, para explicar os 4 movimentos de subida / descida do êmbolo de um motor a combustão interna (ciclo Otto): 1º tempo (admissão OA), 2º tempo (compressão AD), 3º tempo (expansão CB) e 4º tempo (descarga AO). No processo AO, a válvula de admissão acha-se aberta, de modo que a mistura ar / combustível entra no motor. Depois, na compressão AD, essa mistura é comprimida adiabaticamente. O processo isovolumétrico DC corresponde à absorção de calor pelo motor. Esse calor decorre da explosão do combustível, que é induzida pela faísca elétrica que a vela produz dentro do motor. Essa faísca ocorre no ponto D. Em seguida, na expansão CB, os gases de combustão são expandidos adiabaticamente. Esse é o único tempo de força do motor. Nos outros tempos, o motor se move por inércia. No ponto B, a válvula de escape é aberta. No processo BA, o motor libera calor para a fonte fria. O processo AO corresponde ao escapamento dos gases de combustão, mas, desde o início do processo BA, os gases de combustão começam a sair do motor. Questão 03 – Letra A Comentário: Essa questão envolve o cálculo do rendimento de uma máquina térmica que opera segundo o Ciclo de Carnot. O rendimento dessa máquina pode ser calculado por: η = = =W Q 1 800 4 000 0 20 , Como a máquina opera segundo o Ciclo de Carnot, o rendimento pode ser calculado por: η = 1 – Q Q 2 1 ou η = 1 – T T 2 1 . η = 1 – Q Q 2 1 ⇒ 0,2 = 1 – Q 2 4 000 ⇒ 800 = 4 000 – Q2 ⇒ Q2 = 3 200 J η = 1 – T T 2 1 ⇒ 0,2 = 1 – 300 1 T ⇒ 0,2.T1 = T1 – 300 0,8.T1= 300 ⇒ T1 = 375 K Questão 04 – Letra E Comentário: De acordo com os dados fornecidos, o refrigerador dessa questão retira, por ciclo, um calor Q1 = 90 J da fonte fria (o interior da geladeira) e rejeita um calor Q2 = 100 J para a fonte quente (o meio ambiente). Portanto, um trabalho W = 10 J é requerido para fazer o refrigerador funcionar. Esse valor é a diferença entre os calores Q2 e Q1. A eficiência β do refrigerador é definida pelo quociente entre o calor retirado da geladeira e o trabalho fornecido. Portanto, nessa questão, β = Q1 / W = 90/10 = 9. Professor, comente que esse é um valor muito elevado para ser a eficiência de um refrigerador real. Na prática, β é um valor entre 2 e 3. Se houver tempo, use a figura seguinte para mostrar os 4 componentes básicos de uma geladeira: o evaporador (uma serpentina interna onde um fluido circula recebendo o calor Q1, pois o fluido está mais frio que o interior da geladeira), o condensador (uma serpentina externa onde o fluido circula cedendo o calor Q2, pois o fluido está mais quente que o meio ambiente), o compressor (onde o fluido recebe um trabalho W de compressão, aquecendo- se) e um dispositivo de estrangulamento (onde o fluido se expande, resfriando-se). 12 Coleção Estudo FÍ SI C A 12 FÍ SI C A Q1 Q2 Sensor de temperatura Líquido com um pouco de vapor a baixa pressão e temperatura Líquido a alta pressão e temperatura Vapor a alta pressão e temperatura Dispositivo deestrangulamento Condensador Vapor a baixa pressão e temperatura Compressor / motor elétrico Evaporador M ar ce lo C os ta WW Questão 05 – Letra B Comentário: Trata-se de um problema de solução simples, porém, se devidamente explorado na sala de aula, pode esclarecer aspectos importantíssimos concernentes ao funcionamento de máquinas térmicas. O rendimento real dessa máquina é dado por R = W/Q1. Portanto, R = 200/1 000 = 20%. Porém, caso essa máquina passasse a operar segundo o Ciclo de Carnot, entre as mesmas fontes, seu rendimento seria RC = 1 – T2/T1. A temperatura da fonte quente, T1, é de 327 °C = 600 K, e a da fonte fria, T2, 27 °C = 300 K. Assim, RC = 1 – 300/600 = 50%. Logo, a alternativa correta é a B. Exercícios Propostos Questão 02 – Letra D Comentário: O trabalho realizado pelo motor do carro é igual à variação da energia cinética deste, W = 500 x 102/2 = 2,5 x 104 J. Esse trabalho corresponde a 90% da energia recebida pelo motor elétrico. Portanto, o valor da energia recebida por esse motor é E = W/0,90 = 2,8 x 104 J. O calor rejeitado pelo motor equivale a 10% desse valor. Portanto, o calor perdido é 0,10.2,8 x 104 = 2,8 x 103 J. No caso do motor de combustão, W equivale a 25% do calor que o motor recebe de uma fonte quente. Portanto, esse calor é Q = W/0,25 = 1,0 x 105 J. O motor a combustão rejeita 75% desse calor. Portanto, o calor perdido por esse motor equivale a 0,75.1,0 x 105 = 7,5 x 104 J. Da discussão anterior, conclui-se que a alternativa correta é a D. Questão 05 – Letra C Comentário: O rendimento de um motor é a razão entre o trabalho W produzido pela máquina e o calor Q1 fornecido para a máquina: η = W/Q1. Nessa questão, Q1 = 1200 J e W = 400 J, pois o motor rejeita um calor Q2 = 800 J para a fonte fria. Assim, η = 400/1 200 = 0,333 (33,3%). Questão 06 – Letra B I. Verdadeiro. Todo ciclo de Carnot é constituído de duas transformações isotérmicas (processos em que a máquina troca calor com as fontes de calor), alternadas por duas transformações adiabáticas. II. Verdadeiro. O ciclo descrito nessa afirmativa corresponde ao ciclo de Carnot clássico de um motor a gás (gráfico pressão versus volume a seguir). Parte do calor Q1 fornecido pela fonte quente para o motor se converte em trabalho W (área do ciclo), enquanto o restante Q2 desse calor é perdido para a fonte fria. Fonte quente a temperatura T Fonte fria a temperatura T Q Q P V III. Falso. O rendimento de um motor de Carnot é dado por η = 1 − Tf/Tq, sendo Tf e Tq as temperaturas absolutas das fontes de calor. No caso dessa questão, Tf = 70 + 273 = 343 K e Tq = −40+273 = 233 K. Substituindo esses valores na equação do rendimento, obtemos η = 1 − 233/343 = 0,32 (32%). IV. Falso. A cada ciclo, para Qq = 1 000 J, o trabalho é 32% desse valor. Logo, o calor Qf rejeitado é 68% de Qq. Portanto, Qf = 680 J. Questão 07 – Letra C Comentário: Primeiramente, vamos calcular o rendimento de um motor de Carnot que opere entre essas mesmas temperaturas. Esse rendimento é η = 1 – 300/1 200 = 0,75. O rendimento do motor real equivale a 40% desse valor, ou seja, o rendimento do motor real é de 30%. A potência gerada no motor é, portanto, 30% da taxa de calor que a fonte quente fornece ao motor, 4,0 x 104 J/s (40 kW). Assim, a potência do motor é de 0,30.40 kW = 12 kW. Questão 08 – Letra A Comentário: O rendimento do motor dessa questão é η = W/Q1 = 10/40 = 0,25. Se esse motor operasse no ciclo de Carnot, o rendimento de 25% também deveria obedecer à seguinte relação η = 1 − T1/T2. Substituindo a temperatura T2 por 300 K (que é a temperatura de 27 °C da fonte fria) e η por 0,25, obtemos a temperatura da fonte quente T1 = 400 K. Essa temperatura, convertida para a escala Celsius, é igual a 127 °C. Questão 09 – Letra D Comentário: No processo isotérmico AB, o motor recebe o calor Q1 da fonte quente, que se encontra na temperatura T1. O fluido do motor acha-se praticamente na temperatura T1, que é inf in itesimalmente menor que esse valor. No processo isotérmico CD, o motor rejeita o calor Q2 para a fonte fria, que se acha na temperatura T2. O fluido do motor acha-se praticamente na temperatura T2, que é infinitesimalmente maior que esse valor. Os outros dois processos, BC e DA, são adiabáticos. Neles, o fluido do motor muda a sua temperatura de T1 para T2 e vice-versa. 13 Editora Bernoulli FÍ SI C A 13 Editora Bernoulli FÍ SI C A Questão 10 – Soma = 13 Comentário: Vamos analisar as afirmativas separadamente. 01. Verdadeira. A 1ª Lei da Termodinâmica expressa a conservação da energia em sistemas térmicos. 02. Falsa. De fato, não há fluxo líquido de calor entre corpos na mesma temperatura. Porém esse fato não é devido à conservação da energia (1ª Lei). Se o calor fluísse espontaneamente de um corpo a 20 ºC para outro a 20 ºC, a energia seria conservada, pois a energia que um corpo cederia, o outro receberia. A impossibilidade de isso ocorrer tem a ver com a 2ª Lei, e não com a 1ª Lei da Termodinâmica. 04. Verdadeira. A 2ª Lei da Termodinâmica trata da impossibilidade de existência de certos processos, mesmo que esses respeitem a 1ª Lei da Termodinâmica. A transferência de calor, espontânea, de um corpo frio para um corpo quente é um dos processos proibidos pela 2ª Lei. 08. Verdadeira. De acordo com a 2ª Lei, uma máquina térmica que opera em ciclos não pode converter todo o calor recebido em trabalho útil. 16. Falsa. A 2ª Lei tem a ver com a análise dos processos reversíveis e não reversíveis. Um processo reversível é uma transformação ideal, que, se invertida, não deixa pistas de que o processo possa ter ocorrido. Na natureza, os processos são irreversíveis. Se os gases, depois de misturados, retomassem a condição em que os gases estão separados, o processo de mistura teria sido revertido sem deixar vestígios. Isso implicaria um processo reversível, transformação que, na prática, não existe. Questão 12 Comentário: O calor que deve ser retirado do refrigerador é igual ao calor necessário para fundir m = 200 kg de gelo a 0 ºC. Esse calor é dado por Q = mL, em que L = 80 cal/g é o calor latente de fusão do gelo. Assim, substituindo a massa do gelo (em gramas) nessa expressão, obtemos Q = 200 x 103.80 = 1,6 x 107 cal. O trabalho que o refrigerador deverá consumir para retirar esse calor é dado por W = Q/β, sendo β o coeficiente de eficácia do refrigerador. De acordo com o problema, β = βC/7, em que o numerador é o coeficiente de eficácia do Ciclo de Carnot. Esse coeficiente é dado por βC = T2/(T1 – T2), em que T2 e T1 são as temperaturas da fonte fria (T2 = 0 ºC = 273 K) e da fonte quente (T1 = 39 ºC = 312 K). Substituindo esses valores nas expressões dos coeficientes, achamos βC = 7 e β = 1. Portanto, o trabalho consumido pelo refrigerador é igual ao calor retirado da fonte fria, ou seja, W = 1,6 x 107 cal. Questão 13 Comentário: A) Substituindo os valores das temperaturas das fontes (Tmín. = 27 ºC = 273 K e Tmáx. = 1 227 ºC = 1 500 K) na equação do rendimento de uma máquina de Carnot, obtemos ηC = 1 – 300/1 500 = 0,80. O rendimento real da usina é a metade desse valor: ηreal = 0,40. Portanto, a potência gerada é igual a 40% da taxa de calor fornecida. Essa taxa vale: (7 200 kg/3 600 s).(5,0 x 107 J/kg) = 1,0 x 108 W = 100 MW Assim, a potência gerada pela usina é de 40 MW. B) A taxa de calor rejeitado pela usina é igual a 60% da taxa de calor fornecida à usina, valendo, portanto, 60 MW. A água do rio recebe esse calor. Usando a expressão Q = mc∆T, e lembrando que 1 L de água tem massa igual a 1 kg, obtemos a seguinte elevação na temperatura da água do rio: Taxa de rejeição de calor = vazão de água.c.∆T ⇒ 60 x 106 = 5 000.4 000.∆T ⇒ ∆T = 3 ºC Seção Enem Questão 01 – Letra B Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 21 Comentário: De acordo com a 2ª Lei da Termodinâmica, o rendimento de um motor térmico é sempre inferior ao rendimento ideal máximode um motor de Carnot, cujo valor, ηCarnot = 1 − Tf/Tq, depende exclusivamente das temperaturas da fonte quente Tq e da fonte fria Tf. Embora um motor de Carnot não exista na prática, essa máquina é importante, pois ela serve de referência para limitar o rendimento de um motor operando entre as temperaturas Tq e Tf. Professor, comente que a mesma coisa se aplica para um refrigerador, cuja eficiência é limitada pela eficiência ideal máxima de um refrigerador de Carnot. Essa eficiência é dada por βCarnot = Tf/(Tq − Tf). Como ocorre com o motor de Carnot, a eficiência de um refrigerador de Carnot depende apenas das temperaturas das fontes de calor. Questão 02 – Letra D Eixo cognitivo: II Competência de área: 3 Habilidade: 8 Comentário: Chamamos de energia os recursos disponíveis na natureza que podem ser utilizados para realizar certo trabalho, como o carvão, o petróleo, o gás natural, a biomassa, os materiais físseis (urânio e tório), além da energia hídrica, eólica e solar. Na verdade, o gráfico apresentado nessa questão não contabiliza exatamente essas energias. A informação importante que extraímos do gráfico é que, aproximadamente, 33% da energia primária utilizada é orientada para a geração de eletricidade em usinas térmicas. A figura seguinte ilustra a produção de energia em uma usina térmica simples. Nessa figura, o calor usado para aquecer a água da caldeira pode vir da queima de carvão, de petróleo ou mesmo ser originado pela fissão de um material nuclear, como o urânio. Nesse último caso, a usina térmica é chamada de usina termonuclear ou, simplesmente, de usina nuclear. Como nos ensina a 2ª Lei da Termodinâmica, nem todo o calor fornecido à caldeira de uma usina térmica é convertido em trabalho para girar a turbina e acionar o gerador (energia útil). Uma boa parte dessa energia é perdida para uma fonte fria (essa fonte é o condensador de vapor, equipamento que foi omitido na figura). Por isso, as usinas térmicas apresentam um baixo rendimento. Isso pode ser constatado no gráfico dessa questão, que indica que cerca de 2/3 da energia primária fornecida às usinas de geração de eletricidade são perdidas na forma de calor, enquanto apenas 1/3 é convertido em energia útil (10% da energia total, como indicado no gráfico). Portanto, a resposta mais adequada para esta questão é a alternativa D, que reporta a baixa eficiência das usinas térmicas. Caldeira Turbina Gerador 14 Coleção Estudo FÍ SI C A 14 FÍ SI C A Questão 03 – Letra B Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 23 Comentário: O funcionamento do mecanismo da geladeira ocorre da seguinte maneira: na válvula de expansão, o fluido sofre um processo rápido e adiabático, no qual ele, na forma de líquido quente, tem sua pressão e sua temperatura diminuídas drasticamente. Na saída dessa válvula, a temperatura do fluído é tão baixa que ela é menor do que a temperatura da fonte fria (o interior da geladeira). Por isso, o fluido (uma mistura de líquido e vapor) atravessa o evaporador, retirando o calor Q2 da fonte fria. O vapor resultante entra no compressor, recebe um trabalho W (é a etapa do ciclo em que há consumo de energia) e sai quente e pressurizado. A temperatura desse vapor é maior do que a da fonte quente. Por isso, no condensador, o vapor rejeita o calor Q1 para a fonte quente (o exterior da geladeira). O líquido resultante, ainda quente, entra na válvula de expansão, e o ciclo recomeça. Vamos analisar as alternativas da questão separadamente. A) Incorreta. A expansão do gás na válvula de expansão é adiabática e, portanto, não há troca de energia com o exterior. B) Correta. O calor Q2 retirado da fonte fria e o calor Q1 rejeitado para a fonte quente ocorrem de forma espontânea, pois, no evaporador, o fluido está mais frio do que o interior da geladeira enquanto, no condensador, o fluido está mais quente do que o exterior da geladeira. Porém, globalmente, temos o calor passando da fonte fria para a fonte quente. Esse transporte de calor não é espontâneo. Ele ocorre à custa do consumo de energia W no compressor. C) Incorreta. Na geladeira, Q1 não é igual a Q2. O balanço de energia correto é Q2 + W = Q1. Isso quer dizer que a geladeira rejeita uma quantidade de calor maior do que aquela que foi retirada de seu interior. É por isso que uma geladeira não resfria a cozinha quando a sua porta é deixada aberta. D) Incorreta. Depois de alguns minutos de funcionamento, a temperatura dentro da geladeira torna-se baixa o suficiente para que os alimentos sejam bem acondicionados. Nesse momento, o compressor da geladeira é automaticamente desligado. Se a geladeira é mal isolada, o tempo para esse ponto ser atingido é maior. O compressor, funcionando por um tempo maior, consome mais energia, de modo que a eficiência do equipamento piora. Abrir a porta da geladeira com muita frequência provoca a migração de ar exterior quente para dentro da geladeira, ocasionando o mesmo efeito. E) Veja a explicação dada no item C. Questão 04 – Letra E Eixo cognitivo: III Competência de área: 6 Habilidade: 23 Comentário: Na resolução do exercício 2, apresentamos um esquema simplificado de uma usina térmica, bem como o princípio básico de funcionamento desse tipo de usina de eletricidade. Agora, no exercício 4, temos um esquema mais completo, no qual os principais componentes da usina térmica são mostrados. Na figura do exercício, podemos ver os 4 componentes principais da usina: (1) a caldeira, elemento que recebe a energia fornecida para a usina, (2) a turbina, elemento que gera energia útil para acionar o gerador elétrico, (3) o condensador, elemento no qual ocorre a perda de parte da energia fornecida para a usina para a água do lago (em alguns casos, o calor é rejeitado para as águas de um rio ou do mar e, em regiões desérticas, o calor é rejeitado para uma torre de arrefecimento) e (4) a bomba de água, elemento que garante a circulação do fluido de trabalho (água) dentro das tubulações e componentes da usina. O rendimento da usina é dado pela razão entre o trabalho líquido (trabalho realizado pela turbina menos o trabalho realizado pela bomba) e o calor fornecido para a caldeira. Por exemplo, se em certo intervalo de tempo, o calor recebido pela caldeira for igual a 1 000 (não importa a unidade), o trabalho gerado pela turbina for de 300 e o trabalho para acionar a bomba for de 50, o rendimento da usina será 25%, pois o trabalho líquido foi 250 (300 – 50), e esse valor é igual a 25% da energia recebida pela usina. Agora, vamos analisar cada uma das opções apresentadas para ver como essa eficiência da usina pode aumentar. A) A redução de combustível usado para aquecer a caldeira não aumenta o rendimento da usina. Reduzindo o combustível, a energia dada para a usina diminui, implicando, também, uma diminuição na produção de eletricidade. Por exemplo, essa redução poderia ser de 1 000 para 500. Nesse caso, o trabalho líquido poderia passar de 250 para 125. Note que, tanto antes quanto depois da redução do combustível, a usina apresentou o mesmo rendimento: 250/1 000 = 125/500 = 0,25 (ou 25%). B) A redução do volume de água não melhora o rendimento da usina. Na verdade, isso vai degradar o rendimento. A redução do volume de água provoca uma elevação na temperatura do lago, pois esse continua recebendo a mesma quantidade de rejeito térmico da usina. Segundo a equação do rendimento de uma máquina térmica de Carnot (η = 1 – T2/T1, em que T1 e T2 são as temperaturas absolutas da fonte quente e da fonte fria), quanto maior a temperatura T2 da fonte fria (nessa usina, a fonte fria é o lago, e a fonte quente é a chama do combustível), menor é o rendimento da máquina térmica, que, nesse caso, é a usina. Embora a usina não opere segundo o ciclo de Carnot, que é um ciclo puramente teórico, é fato que, quando o rendimento do ciclo teórico diminui, o rendimento do ciclo real também diminui. C) Usando uma bombamenor, a vazão de água no circuito é reduzida. O rendimento da usina não vai mudar com isso. Apenas os módulos do calor por unidade de tempo (calor fornecido e calor rejeitado) e do trabalho por unidade de tempo (trabalho gerado na turbina e trabalho consumido pela bomba) irão diminuir de valor. Essa relação de energia por unidade de tempo é denominada de potência: potência da turbina, potência térmica da caldeira, etc. Assim, usando uma bomba menor, a usina vai gerar uma potência elétrica menor, mas o seu rendimento térmico, em princípio, não é modificado. D) Todos os dutos do circuito, e não apenas os dutos de vapor, devem ser recobertos com material isolante a fim de evitar que a água quente que circula pelo sistema perca calor para o meio ambiente. Essa perda de calor, na prática, acaba ocorrendo um pouco e deve ser evitada ao máximo. E) Nem todo o calor gerado na combustão do combustível é transferido para a água dentro da caldeira. Uma parte expressiva desse calor é perdida por meio dos gases quentes que escapam pela chaminé. Esses gases poderiam ser usados para acionar uma turbina a gás, que, por sua vez, poderia acionar um pequeno gerador elétrico, aumentando, portanto, o rendimento do sistema. Isso é o que os engenheiros chamam de co-geração de energia. Da discussão anterior, conclui-se que a alternativa correta é a E. 15 Editora Bernoulli FÍ SI C A 15 Editora Bernoulli FÍ SI C A Questão 05 – Letra A Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 23 Comentário: Existem muitas perdas indicadas na figura, como a perda de 25% na caixa de marcha do carro (dos 12 kW que chegam à caixa, 3 kW são dissipados na forma de calor e som). É preciso ler bem a questão e ver que a pergunta refere-se à perda na conversão de calor em trabalho no motor. Essa perda está relacionada não só com a perda natural devida à 2ª Lei da Termodinâmica, mas também a outros fatores, como a queima incompleta do combustível. De acordo com os dados, dos 71 kW que chegam ao motor, 56,8 kW são perdidos. Esse valor corresponde a 80% da taxa de calor de 71 kW fornecida ao motor. Portanto, a alternativa correta é a A. Questão 06 – Letra D Eixo cognitivo: III Competência de área: 6 Habilidade: 23 Comentário: Vamos analisar as alternativas separadamente. I. Correta. O calor liberado pela reação nuclear, que ocorre dentro da pilha nuclear, aquece a água da caldeira, que se transforma em vapor a alta pressão e alta temperatura, que, por sua vez, aciona a turbina a vapor. Em uma usina térmica padrão, como a representada no exercício 3, o vapor quente é obtido por meio do aquecimento da caldeira, realizado por uma chama de gás, de carvão ou de um óleo combustível derivado de petróleo. II. Correta. A turbina aciona o gerador elétrico, que é um equipamento que opera com base na Lei da Indução Eletromagnética de Faraday. Caso o aluno ainda não tenha estudado essa lei, o professor pode adiantar a explicação um pouco. Porém isso não é relevante nessa questão. Basta que o aluno saiba que, em um gerador elétrico, ocorre a transformação de energia mecânica de rotação em energia elétrica. Maiores detalhes sobre essa transformação serão abordados futuramente no estudo do eletromagnetismo. III. Incorreta. No condensador, o vapor se transforma em água líquida, rejeitando, para isso, calor para a água do rio. Depois de liquefeita, a água é bombeada de volta para o reator nuclear, no qual o ciclo recomeça. Portanto, a água não recebe calor no condensador, ao contrário, ela libera calor ao atravessá-lo. A água que é aquecida é a água do rio. Dessa discussão, conclui-se que a alternativa correta é a D. Questão 07 – Letra C Eixo cognitivo: II Competência de área: 5 Habilidade: 21 De acordo com a Segunda Lei da Termodinâmica, um sistema nunca poderá converter integralmente em trabalho o calor recebido de uma fonte. Caso isso ocorresse, seria possível construir uma máquina com rendimento de 100%, o que sabemos muito bem ser impossível. Sendo assim, a alternativa correta é a C. MÓDULO – C 05 Lentes esféricas Exercícios de Fixação Questão 01 – Soma = 23 Comentário: Professor, chame a atenção para o fato de que não foi mencionado o meio que envolve os elementos do aparato, podendo ele ter índice de refração maior ou menor que o do vidro. Apesar disso, é correto afirmar que o índice de refração do prisma é maior que 1,0. É impossível que o prisma tenha índice de refração MENOR que 1 (a luz teria de se deslocar, dentro dele, com velocidade maior do que c. E, também, é impossível que o índice de refração do prima seja igual a 1 (pois isso faria com o meio externo a ele tivesse índice de refração MENOR que 1). A afirmativa contida em 08 está errada, pois as leis da reflexão também são aplicáveis ao espelho côncavo. O item 32 está incorreto, pois nem a velocidade e nem a frequência se alteram se o meio de propagação entre os elementos for não dispersivo. O que foi dito em 64 também é incorreto, pois a imagem formada pelo espelho côncavo será real (formada pelo encontro dos próprios raios vindos da lâmpada) independente da distância horizontal até a fonte luminosa. Questão 02 – Letra E Comentário: A microlente em questão pode ser considerada como sendo plano-convexa, que é uma lente convergente para nL > nmeio. Nesse caso, a distância focal (f) é diretamente proporcional ao raio (R) [1/f = (n – 1)(1/R)]. Observe que a microlente está se tornando cada vez mais curva com o tempo de aquecimento e, assim, o raio de curvatura (R) diminui com o tempo. Dessa forma, a distância focal (f) diminui. Questão 03 – Letra B Comentário: Quando se aumenta a espessura de uma lente, mantendo-se o seu tamanho, obtemos uma curvatura mais acentuada. Dessa forma, a distância focal da lente vai diminuir. A imagem formada sobre a tela é real. Assim, DI > 0. Vamos analisar a equação de Gauss nos dois procedimentos. I. Falsa. Para DO constante, temos: 1 f 1 D 1 D = + O I Constante positivaObserve que DI deve diminuir. II. Verdadeira. 1 f = 1 D O + 1 D I ← Constante positiva Veja que a distância do objeto à lente deve diminuir. Questão 04 – Letra C Comentário: O copo, na região onde o objeto (seta à esquerda) foi colocado, tem o formato de um cilindro. Assim, o copo funciona como lente convergente na direção horizontal, mas não na vertical. Dessa forma, a imagem vertical não sofrerá inversão. O termo “atrás do foco da lente”, citado na alternativa C significa DO > f. Se o objeto estiver a uma distância maior que a distância focal da lente convergente, esta formará uma imagem invertida horizontalmente. 16 Coleção Estudo FÍ SI C A 16 FÍ SI C A Questão 05 – Letra C Comentário: As duas lentes são convergentes. Uma maneira interessante de o aluno perceber, de forma mais natural, que a lente P é convergente, é lembrar da reversibilidade da luz (raios que chegam paralelo ao eixo, convergempara o foco da lente). Assim, os pontos P e Q correspondem aos focos das lentes 1 e 2, respectivamente. Veja, na figura, que a distância focal da lente 1 é menor que a da lente 2 (f1 < f2). Assim, como as lentes têm o mesmo tamanho, a primeira delas deve ter maior espessura (curvatura mais acentuada). Exercícios Propostos Questão 01 – Letra C Comentário: Para se queimar uma folha de papel com a luz do Sol, essa luz deve ser concentrada na menor área possível. Para isso, deve-se utilizar lentes convergentes, que correspondem aos perfis I e III, já que são lentes de vidro (nvidro > nar) e de borda mais fina que a parte central. Questão 02 – Letra D Comentário: Como o raio de luz que passa por P refrata paralelamente ao eixo óptico, sabemos que P corresponde ao foco da lente. Assim, o ponto Q, que está a 40 cm da lente (dobro da distância focal), corresponde ao ponto antiprincipal. Sabemos que a imagem de um objeto que está no ponto antiprincipal se forma no outro ponto antiprincipal da lente. Portanto, a imagem será formada em D, a 40cm da lente. Questão 04 – Letra D Comentário: A maior concentração (melhor focalização) dos raios solares corresponde à formação da imagem do Sol sobre a folha de papel. O Sol encontra-se muito afastado da lente e sua imagem se forma praticamente sobre o foco. Assim, DI = f = 20 cm (afirmativa I correta). Quando a lente é usada para ampliar as letras no relógio, a imagem formada é virtual e direta (afirmativa II incorreta). Usando a equação de Gauss, temos: 1 f 1 D 1 D 1 20 1 10 1 D = + = + = − O I I D cm I 20 Como DI = 2DO ⇒ HI = 2HO. Assim, a imagem é duas vezes maior (afirmativa III correta). Questão 07 – Letra C Comentário: Embora seja usual desenhar apenas dois raios luminosos para se determinar a imagem de um objeto, esta é formada por uma infinidade de raios de luz que chegam à lente. Se metade da lente é coberta, apenas metade da energia luminosa vai formar a imagem, que terá menor intensidade. Apesar disso, a imagem será formada na sua totalidade pelos diversos raios que passam pela parte inferior da lente. Questão 08 – Letra D Comentário: A convergência da lente utilizada pelo professor é C = +1,0 di. Como C = 1/f, a distância focal dessa lente será f = 1,0 m. A imagem é projetada em uma folha de papel que dista 1,20 m da lente (DI = 1,20 m). A questão pede a distância entre a janela e a folha (quadro de giz), que é igual à soma da distância do objeto (janela) à lente (DO) com a distância da lente à imagem (DI). Assim, utilizando a equação de Gauss, encontramos DO = 6,0 m, de forma que o valor pedido será DO + DI = 7,2 m. Questão 11 – Letra D Comentário: As duas lentes apresentam uma das faces plana (raio de curvatura infinitamente grande). Assim, (1/R) → 0 para tais faces. O índice de refração do meio é 1. A vergência (C) das lentes pode ser calculada, nesse caso, pela equação dos fabricantes, escrita como: C (n L = – 1) 1 R . A convergência (C) de duas lentes justapostas é: C C C n R n R = + = −( ) + −( ) −1 2 1 2 1 1 1 1 Resolvendo a equação, temos C = (n1 – n2)/R. Questão 13 – Letra D Comentário: O sistema óptico S produz uma imagem direta. Logo, a imagem é virtual, direta, menor que o objeto e encontra-se do mesmo lado que o objeto, em relação ao sistema óptico. Espelhos convexos não produzem imagens do mesmo lado que o objeto. Uma lente convergente produziria uma imagem do mesmo lado que o objeto, mas a imagem seria virtual e maior que o objeto. Lâminas de faces paralelas não alterariam o tamanho da imagem em relação ao objeto. Já uma lente divergente sempre produz imagens virtuais, diretas, menores que o objeto, formadas entre o foco e o centro óptico da lente e do mesmo lado que o objeto. Portanto, a alternativa correta é a D. Questão 14 – Letra D Comentário: A imagem formada é real, invertida e do mesmo lado que o objeto, em relação ao dispositivo óptico. Os únicos dispositivos capazes de formar imagens reais são a lente convergente e o espelho côncavo. Na lente, tal imagem está do lado oposto ao objeto, em relação à lente, e, no espelho, a imagem está do mesmo lado do objeto, em relação ao espelho. Assim, o dispositivo é um espelho côncavo. Questão 17 – Letra B Comentário: Veja no gráfico que p = DO = distância do objeto ao centro da lente e p’ = DI = distância da imagem à lente. Na lente convergente, a imagem tende ao infinito (p’ → ∞) quando o objeto se localiza no foco (p = f). Assim, a distância focal é f = 10 cm. Logo, a convergência da lente [C = 1/f (m)] será C = 1/0,1 = 10 di. Para objetos colocados entre a lente e o seu foco, as imagens formadas são virtuais, diretas e maiores que o objeto. Caso o objeto esteja a 50 cm da lente, a imagem terá (1/f) = (1/p) + (1/p’) ⇒ (1/10) = (1/50) + (1/p’) ⇒ (5/50) – (1/50) = 1/p’ ⇒ p’ = 50/4 = 12,5 cm. Veja que p’ = p/4 ⇒ HI = HO/4 Seção Enem Questão 01 – Letra E Eixo cognitivo: III Competência de área: 6 Habilidade: 22 Comentário: Como a imagem se forma praticamente sobre o foco da lente, temos DI = f = 2,0 m. Como HI = HO.DI/DO, temos: HI = HO.2,0/(200HO) = 1/100 = 0,01 m = 1,0 cm Assim, a área ocupada pela imagem será 100 vezes menor que a área da lente (que recebe a luz solar). Logo, a densidade superficial de energia fica aumentada em, aproximadamente, 10 000%. 17 Editora Bernoulli FÍ SI C A 17 Editora Bernoulli FÍ SI C A Questão 02 – Letra D Eixo cognitivo: III Competência de área: 6 Habilidade: 22 Comentário: Com o objetivo de concentrar a luz e a energia do Sol (que é um objeto real) sobre as velas, seria necessário o uso de espelhos côncavos ou lentes convergentes. Agora, é importante observar que, no enunciado, os romanos chegaram pelo oeste e no meio da tarde. Dessa forma, o Sol se encontrava a meia altura e à frente de Arquimedes. Logo, o uso de lentes não era indicado (uma vez que, se usadas, iriam convergir a luz para a cidade de Siracusa e não para as velas romanas). Logo, ele poderia ter usado espelhos côncavos. Uma vez que o Sol está infinitamente afastado, a luz converge para o foco do espelho e, dessa forma, os navios deveriam estar a uma distância (D) igual à distância focal (f) e o raio de curvatura dos espelhos seria R = 2D. Observação: 1. Arquimedes poderia ter usado uma enorme quantidade de espelhos planos, com diversos ângulos de inclinação, de modo a concentrar mais energia em cada vela. 2. Seria interessante o professor entrar em contato com o professor(a) de História, numa atividade multidisciplinar, para discutirem com os alunos a invenção dos espelhos e lentes esféricos que só aconteceu, conforme os conhecemos hoje, nos séculos XII e XIII, respectivamente. Questão 03 – Letra D Comentário: Primeiro, observe que as duas lentes são convergentes. É fácil o aluno perceber que a lente 1 é convergente. Os raios de luz emitidos pela fonte convergem para o ponto C, onde se localiza a imagem formada pela lente 1. Veja que as distâncias do objeto e sua imagem são iguais e, para isso, x = 2f1. Assim, f1 = x/2. Uma boa forma de o aluno perceber que a lente 2 é, de fato, convergente é usar a reversibilidade da luz. Pense na luz indo da direita para a esquerda. Ela atravessa a lente 2 e converge para o seu foco, ou seja, a distância focal da lente 2 é f2 = x (claro que isso acontece com a luz vindo da esquerda: ela chega à lente 2 no seu foco e sai paralela ao eixo principal). Como f1 < f2, a lente 1 tem curvatura das faces mais acentuadas que a lente 2, ou seja, a lente 1 é mais convergente que a lente 2. MÓDULO – C 06 Instrumentos ópticos Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra D Comentário: O olho com hipermetropia apresenta grande distância focal, pois o sistema córneo / cristalino converge pouco a luz que chega do exterior, formando imagens atrás da retina, principalmente para objetos próximos ao observador. Por isso, as pessoas devem usar lentes convergentes, de modo a trazer a imagem para a retina. Na cirurgia, o médico faz incisões radiais na parte central da córnea do paciente, de maneira a aumentar a sua curvatura e, dessa forma, diminuir o raio de curvatura dessa estrutura. Isso diminui a distância focal do sistema, que passa a convergir mais, formando imagens na retina, condição necessária para uma visão normal. Questão 02 – Letra A Comentário: A alternativa A está incorreta, pois a imagem de uma pessoa distante teria tamanho menor que o da pessoa. Questão 03 – Letra A Comentário: A lente formada pela gota será do tipo plano-convexa, terá um dos raios de curvatura igual a +2,5 mm (+2,5 x 10-3 m) e o outro tendendo para o infinito (1/R → 0). Considere que o meio externo à gota seja o ar (nAR = 1) e, assim, o índice de refração da glicerina, em relação ao ar, será n = 1,5. Para que a vergência seja obtida em di (dioptria), o raio deve estar no SI, ou seja, em metro. Dessa forma, tem-se: C = (1,5 – 1).[(1/2,5x10-3 m) + 0] = 0,5.103/2,5 = 200 di Questão 04 – Letra A Comentário: As lentes do telescópio são, ambas, convergentes. Segundoo texto, a primeira imagem é real (objetiva → convergente) e a segunda imagem é ampliada (ocular → convergente). Questão 05 – Letra D Comentário: Os raios que chegam paralelos, do astro observado até o espelho A, tentam convergir para um ponto que é o seu foco. Esse foco, onde se forma a imagem produzida pelo espelho A, fica atrás do espelho B, funcionado, para esse espelho, portanto, como objeto virtual. O espelho B, no telescópio newtoniano, é plano e a luz refletida por ele, em direção à ocular, obedece à lei da reflexão (como em qualquer espelho), que garante que os ângulos de incidência e reflexão sejam congruentes. Exercícios Propostos Questão 01 – Letra B Comentário: Quando um objeto é colocado a uma distância muito grande de uma lente (distância muito maior que a distância focal da lente), a imagem dele se forma em uma posição bem próxima do foco da lente. À medida que o objeto se aproxima da lente, a sua imagem se afasta da lente. Assim, tendo em vista que o filme deve ser posicionado sobre a linha tracejada para produzir a imagem de um objeto muito distante, temos que, para produzir a imagem de um objeto que se encontra próximo à lente, o filme deve ser afastado desta. Deve-se observar, também, que, como a imagem deve ser projetada sobre o filme, temos que a imagem deve ser real, ou seja, invertida. Logo, o diagrama que melhor representa o filme e a imagem da vela projetada pela lente é o da alternativa B. Questão 02 – Letra A Comentário: A lente para uma câmera fotográfica simples deve ser convergente (para formar imagens reais sobre o filme) e apresentar distância focal pequena (de modo que todo objeto esteja suficientemente longe da lente para que a imagem se forme próximo ao foco – onde deve estar o filme). A lente convergente é usada por quem apresenta hipermetropia. Portanto, o aluno escolheu a lente de uma pessoa com hipermetropia e de pequena distância focal. Questão 04 – Letra A Comentário: As lentes L1 e L2 são convergentes e podem corrigir hipermetropia. Veja que o ponto P é o foco de L1 – a luz que chega à lente passando pelo foco sai paralela ao eixo principal – e o ponto Q é o foco de L2 – a luz que chega paralela ao eixo converge para o foco da lente. Isso só acontece em lentes convergentes. 18 Coleção Estudo FÍ SI C A 18 FÍ SI C A Questão 05 – Letra E Comentário: A hipermetropia, no caso citado na questão, afeta a capacidade de enxergar objetos distantes, cujas imagens se formam atrás da retina. Logo, a pessoa necessita de lentes convergentes. O hipermétrope, com uma pequena acomodação visual, consegue enxergar objetos afastados sem necessidade de correção visual. Assim, nesse caso, basta uma lente com pequena vergência. A presbiopia afeta a capacidade de enxergar objetos que estão perto do usuário (as imagens desses objetos se formam atrás da retina) e exige correção com lentes convergentes. Como a distância do objeto é bem pequena, isso requer uma lente com vergência muito elevada. Logo, ambas as lentes receitadas pelo oculista apresentam vergências positivas, sendo que a lente para longe possui menor vergência que a lente para perto. Curiosidade: A pessoa com presbiopia pode, também, não enxergar objetos muito distantes. Nesse caso, ela deverá usar lentes divergentes para “longe”, de modo a aproximar do olho a imagem formada pela lente (que servirá de objeto para o olho do observador). Logo, essa pessoa deverá usar dois pares de óculos: um convergente para “perto” e outro divergente para “longe”. Questão 06 – Letra C Comentário: Vamos analisar as alternativas separadamente. A) Incorreta. A imagem formada pelo espelho plano é direta e virtual. B) Incorreta. A imagem formada sobre o filme da máquina é real e invertida. C) Correta. A imagem de um objeto visto com uma lupa, lente convergente com o objeto posicionado antes do foco, é virtual, direta e maior que o objeto. D) Incorreta. A imagem projetada sobre a tela tem de ser real, portanto, invertida. E) Incorreta. No olho humano, a imagem é projetada na retina e, por isso, deve ser real e invertida. Questão 07 – Letra D Comentário: Para que a imagem possa ser projetada na tela (real), a lente do projetor deve ser convergente. Observe na figura que x = 600 cm é a distância entre o objeto e sua imagem. Assim, x = DO + DI. A imagem é ampliada 59 vezes. Logo: HI = 59HO ⇒ DI = 59DO x = DO + DI ⇒ 600 = DO + 59DO ⇒ DO = 10 cm e DI = 590 cm Usando a equação de Gauss, temos: 1 1 1 1 1 10 1 590 59 590 1 590 9 8 f f f= + = + = + = D D O I , cm Questão 08 – Letra C Comentário: Para objetos distantes, a imagem se forma sobre o foco. Dessa forma, para objetos distantes, f' = DI = 2,5 cm. Para uma visão perfeita, a imagem deve se formar sobre a retina, para qualquer posição do objeto. Assim, para objetos a uma distância do olho igual a DO = 25 cm, a imagem deve estar a uma distância DI = 2,5 cm do cristalino. Usando a equação de Gauss, temos: 1 f" 1 D 1 D 1 f" 1 25 1 2,5 0 I = + = + f" = 25/11 cm Logo, a diferença ∆f = f" – f' = 25/11 – 2,5 = –2,5/11 cm. Questão 09 – Letra B Comentário: A questão, embora pareça complexa, pode ser resolvida com uma simples semelhança de triângulos. Veja a seguir: y x d DI x = distância entre três cones = 2 mm = 2 x 10–4 cm y = separação entre os objetos = 1 cm d = distância do objeto ao olho DI = distância da imagem à córnea = 2,5 cm Assim, temos d D y x d x d I = = = −2 5 1 2 10 125 4, m Questão 19 Comentário: A) HO = 60HI ⇒ DO = 60DI ⇒ DI = DO/60 Usando a equação de Gauss, temos: ( )= + = + = + = 1 f 1 D 1 D 1 5 1 D 1 D /60 1 D 60 D D 305 cm = 3,05 m O I O O O O O B) Como a lente é convergente e o objeto se encontra além da posição 2f daquela, a imagem formada é real, invertida e menor que o objeto. C) Lente O i Questão 20 Comentário: A) Como o míope possui o olho muito convergente (as imagens se formam antes da retina), ele deve usar lentes divergentes. B) No olho míope, a lente a ser usada deve ser capaz de formar, para objetos no “infinito”, imagens no ponto remoto do míope, ou seja, PR = –DI (a imagem é virtual, pois a lente é divergente). Assim, DI = –20 cm e essa imagem servirá de objeto para o olho do paciente. Como DO → ∞, (1/DO) → 0. Usando a equação de Gauss, temos: 1 1 1 1 0 1 20 20 f f f= + = − = − D D O I cm Seção Enem Questão 01 – Letra D Eixo cognitivo: III Competência de área: 6 Habilidade: 22 Comentário: Os cones são responsáveis pela visão das cores dos objetos e os bastonetes, pela visão da intensidade de luz que chega à retina. Assim, os bastonetes percebem imagens em tons de cinza que vão de um tom bem claro (para muita luminosidade) a outro bem escuro (quando a intensidade luminosa que chegar ao olho for pequena). Se o indivíduo possui deficiência nos cones da retina, ele não distinguirá cores, e, dessa forma, perceberá o objeto em tons de cinza. 19 Editora Bernoulli FÍ SI C A 19 Editora Bernoulli FÍ SI C A Questão 02 – Letra C Eixo cognitivo: II Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: A sensação que temos do “tamanho dos objetos” depende do seu tamanho real e da distância a que ele se encontra de nossos olhos. Logo, essa sensação depende do ângulo de visão segundo o qual o objeto é visto (ângulo formado pelos raios de luz que partem das extremidades do objeto e chegam ao nosso olho). Quanto menor for esse ângulo, menor vai nos parecer aquele objeto. Dessa forma, temos a impressão de que um objeto distante é menor do que ele é na realidade. Da mesma forma, um objeto menor (no caso, a imagem formada pelo espelho) vai nos parecer mais distante. Portanto, da discussão anterior, conclui-se que a alternativa correta é a C. Questão 03 – Letra C Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: Observe, nas figuras da questão, que o problema 1 se refere à miopia (o sistema córnea-cristalino converge os raios paralelos para um ponto antesda retina – olho muito convergente) e o problema 2 se refere à hipermetropia (o sistema córnea-cristalino converge os raios paralelos para um ponto após a retina – olho pouco convergente). A correção do problema 1 se faz com lentes divergentes e a do problema 2 com lentes convergentes. Portanto, a alternativa correta é a C. Questão 04 – Letra A Eixo cognitivo: II Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: A ampliação que os instrumentos ópticos fornecem está relacionada com o aumento do ângulo de visão em que vemos a imagem de um objeto. Isso pode acontecer quando vemos uma imagem ampliada em relação ao objeto ou quando a imagem é aproximada do observador. MÓDULO – D 07 Associação de resistores Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra B Comentário: Vamos analisar as alternativas separadamente. A) Incorreta. Em uma associação de resistores em paralelo, a corrente divide em proporção inversa da resistência. Estando os ramos da associação submetidos à mesma voltagem, aquele com a menor resistência total recebe a maior parcela de corrente. No caso dessa questão, o ramo inferior apresenta resistência igual a 6 Ω. Como essa é exatamente a resistência total do ramo superior (2 + 4 = 6 Ω), a corrente nos dois ramos da associação apresenta a mesma intensidade. B) Correta. Como a resistência do resistor 1 é igual à resistência equivalente dos resistores do outro ramo da associação, a potência dissipada no resistor 1 (taxa de transferência de calor ou calor gerado por segundo) é igual à soma das potências dissipadas nos resistores do outro ramo. C) Incorreta. Como o resistor 1 está conectado diretamente aos polos da bateria, e como esta é ideal (a voltagem entre seus polos não muda com a corrente), a voltagem de alimentação desse resistor não sofre qualquer alteração quando os resistores do outro ramo são modificados (queima de um deles, substituição de um por outro diferente, etc.). D) Incorreta. Como a resistência nos dois ramos da associação são iguais a 6 Ω, basta dividir esse valor por 2 para obtermos o valor da resistência equivalente do circuito. Assim, Req = 6/2 = 3 Ω. E) Incorreta. O ramo superior da associação está conectado diretamente aos polos da bateria. Qualquer modificação feita no ramo inferior (queima do resistor 1, troca por outro de valor diferente) não modificará as características elétricas (voltagem, corrente, etc.) no ramo superior da associação. Essa explicação é semelhante àquela dada na alternativa C. Questão 02 – Letra D Comentário: Na associação em série, a resistência equivalente é: R = R1 + R2 ⇒ R = (1 + x) + (1 – x) ⇒ R = 2 Na associação em paralelo, a resistência equivalente é: R = (R1.R2)/(R1 + R2) ⇒ R = [(1 + x).(1 – x)]/(R1 + R2) ⇒ R = [1 – x + x – x2]/2 ⇒ R = [1 – x2]/2 Questão 03 – Letra B Comentário: O circuito apresentado é um divisor de tensão. Veja os novos pontos A e B na figura a seguir. +5V + 0V A A BB 4k Ω 4k Ω 2k Ω 2k Ω O resistor de 4 kΩ da direita está em circuito aberto e não passa corrente por ele. Dessa forma, o ponto A está no potencial de +5 V. Os pontos B (direita e esquerda) estão no mesmo potencial, pois o fio que os interliga não tem resistência. Os resistores em paralelo (entre os pontos B e terra) apresentam resistência equivalente R = 1 Ω. Assim, devemos dividir uma tensão de 5 V entre dois resistores de resistências 4 Ω e 1 Ω, respectivamente. Logo, VAB = 4 V. 20 Coleção Estudo FÍ SI C A 20 FÍ SI C A Questão 04 – Letra C Comentário: Sejam A( ) e B(●) os potenciais positivo e negativo, respectivamente, da bateria. Veja, na figura, que os diversos ramos da iluminação estão na mesma d.d.p. (VAB) da fonte e, assim, estão em paralelo e cada um deles submetido a uma tensão VAB = 12 V. A potência total do circuito é 100 W e cada ramo dissipa 20 W. Assim, a corrente de cada ramo (e de cada lâmpada, pois elas estão em série) será: PR = VAB.IR ⇒ 20 = 12.IR ⇒ IR = 1,666 A ≈ 1,7 A 12V B B B BB B B B A A A Questão 05 – Letra B Comentário: O trecho do circuito por onde passam as correntes i1, i2 e i3 é uma ligação em paralelo. Como não há nenhuma resistência por onde passa a corrente i3 (existe apenas um pequeno fio condutor), esse trecho acha-se em curto-circuito. Toda a corrente que chega nessa associação em paralelo é direcionada para esse fio, de modo que as correntes i1 e i2, nos resistores de 3,0 Ω e 6,0 Ω são iguais a zero. A corrente i3 no fio condutor é a mesma corrente que passa pelo resistor de 10,0 Ω, que representa o limitador de corrente no circuito. Essa corrente é dada pela razão entre a voltagem da bateria e a resistência de 10 Ω, i3 = 12,0/10,0 = 1,20 A. Exercícios Propostos Questão 02 – Letra C Comentário: Considere os resistores como R1 e R2. Nas ligações em série e em paralelo, as resistências equivalentes são: R R R R R R R R R R R R R R s p = + = +( ) = + = +( ) 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 9 2 e Resolvendo o sistema, chegamos a uma equação do 2º grau para R2: R22 – 9R2 + 18 = 0. A solução dessa equação nos fornece os valores dos resistores, ou seja, 3,0 Ω e 6,0 Ω. Observação: O aluno pode resolver a questão por eliminação de alternativas e análise das opções. Cada resistência da ligação em paralelo é maior que a resistência equivalente. Assim, as alternativas A e B estão eliminadas. Se as resistências fossem iguais, o equivalente em paralelo seria a metade de cada uma. Logo, a alternativa E está descartada. Por tentativa, a alternativa B é a solução. Para resistências ligadas em paralelo, o produto delas dividido pela sua soma fornece a resistência equivalente (3,0.6,0/3,0 + 6,0 = 2,0). Questão 03 – Letra A Comentário: Essa questão envolve o reconhecimento de condutores ôhmicos por meio da análise de um gráfico de tensão (V) versus corrente (I), bem como as características de circuitos em paralelo. Sabe-se que V = RI. Em um gráfico V x I, para certo valor da corrente, quanto maior a tensão, maior será a resistência (R) do condutor. Portanto, analisando o gráfico da questão, conclui-se que a resistência do condutor A é maior do que a resistência do condutor B (RA > RB). No circuito representado, RA e RB estão em paralelo, por isso as tensões em seus terminais serão as mesmas, VA = VB. Como RA > RB e V = RI, conclui-se que IA < IB. Questão 04 – Letra E Comentário: A potência dissipada em um resistor pode ser calculada pela equação P = RI2. Veja a figura a seguir. Se a corrente que passa em cada resistor da esquerda for igual a I, a corrente no resistor da direita é igual a 2I. Dessa forma, o resistor da direita dissipa a maior potência individual, ou seja, 32 W. Assim, a potência dissipada por cada um dos outros dois deve ser, no máximo, igual 8,0 W, uma vez que a potência depende do quadrado da corrente. Portanto, a potência total máxima será de (32 + 8 + 8) W, ou seja, 48 W. R R R 2I 2I I I Questão 06 – Letra E Comentário: Observe que os resistores estão ligados em paralelo e a tensão nos extremos de cada um deles é a mesma (VAB = 12 V). Assim, não é necessário calcular a resistência equivalente. Usando V = RI, temos: No resistor de 2 Ω → i = V/R = 12/2 = 6,0 A. No resistor R → R = V/I = 12/3 = 4,0 Ω. Portanto, a alternativa correta é a E. Questão 09 – Letra C Comentário: Observe o gráfico da questão. A partir da análise dos seus dados, vamos calcular os valores das resistências R1 e R2 usando a equação V = RI. Para R1, vamos tomar a tensão d = 4 V → R1 = V/I = 4/2 = 2 Ω Para R2, vamos tomar a tensão e = 8 V → R2 = V/I = 8/1 = 8 Ω. Agora, veja o circuito. Os resistores R1 e R2 estão em série. Assim, a resistência total do circuito é R = 10 Ω. Como a tensão da fonte é V = 12 V, temos: I = V/R = 12/10 = 1,2 A 21 Editora Bernoulli FÍ SI C A 21 Editora Bernoulli FÍ SI C A Questão 10 – Letra D Comentário: Vamos resolver o exercíciousando, apenas, relações proporcionais. Observe os circuitos. No primeiro, com os resistores em série, a resistência total é R1 = 2R e a tensão é de 110 V. No segundo, os resistores estão em paralelo, a resistência total é R2 = R/2 e a tensão é de 220 V. Assim, a tensão V2 = 2V1 e R2 = R1/2. Como P = V2/R ⇒ P2 = 16P1 ⇒ P2 = 16.550 W = 8 800 W. Observação: Professor, incentive os seus alunos a usarem esse tipo de raciocínio. Ele desenvolve, nos alunos, habilidades muito cobradas nas provas do Enem. Questão 13 – Letra B Comentário: A resistência do fio é proporcional ao seu comprimento. Como a distância entre dois conectores adjacentes é a mesma, a resistência entre eles será, também, a mesma. Dessa forma, o sistema mostrado divide a tensão de alimentação em quatro partes iguais. Logo, a tensão entre quaisquer dois conectores adjacentes é 30 V. Questão 15 – Letra B Comentário: Dobrando as tiras 4, 5 e 6, em relação à parte direita do dispositivo, teremos a figura mostrada a seguir. Observe que as tiras 1, 2 e 3 estão em paralelo, assim como as tiras 4, 5 e 6. No entanto, o conjunto formado por cada trio de tiras encontra-se em série um com o outro. 1 3 4 2 5 Dessa forma, a associação que corresponde ao arranjo das tiras é a da alternativa B. Seção Enem Questão 01 – Letra C Eixo cognitivo: III Competência de área: 2 Habilidade: 5 Comentário: Se cada farol dissipa 55 W de potência, os dois juntos vão dissipar 110 W. Isso significa que a corrente máxima (I), que percorre o circuito, pode ser calculada por P = VI ⇒ I = P/V = 110/36 = 3,06 A. Assim, o fusível escolhido deve suportar esse valor de corrente ou aquele imediatamente superior a tal valor. Dessa forma, o fusível a ser escolhido deve ser o laranja. Questão 02 – Letra C Eixo cognitivo: III Competência de área: 2 Habilidade: 6 Comentário: Segundo o texto, a eficiência (e) é proporcional à quantidade de luz (LP) produzida dividida pelo consumo (P), ou seja: e α (LP/P) e que a luz produzida, para um mesmo tipo de lâmpada, é proporcional ao consumo. Veja, na tabela a seguir, tais grandezas para as lâmpadas em questão: Tipo Consumo (W) Luz Produzida (lm) e (lm/W) Incandescente 40 600 15 Fluorescente 40 3 000 75 Fluorescente 8 600 75 Questão 03 – Letra B Eixo cognitivo: III Competência de área: 2 Habilidade: 6 Comentário: Nas alternativas A e C, a chave está controlando apenas um dos resistores e o outro está permanentemente ligado. Nas demais alternativas, a chave controla os dois resistores ao mesmo tempo. Entretanto, nas alternativas D e E, os resistores associados estão em série e isso significa que a potência dissipada é pequena (P = V2/R), uma vez que V é constante. Logo, a resposta está na alternativa B, na qual os dois resistores são controlados pela chave e na qual os dois resistores estão em paralelo (resistência total pequena) e, consequentemente, apresentam elevada potência dissipada. MÓDULO – D 08 Resistores no dia a dia Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra D Comentário: Para que a lâmpada possa ser ligada pelos interruptores three-way P e Q (TWP, TWQ), a corrente deve passar no circuito fase-TWP-fase-TWQ-lâmpada-neutro ou no fase-TWP-neutro-TWQ-lâmpada-neutro, conforme as figuras a seguir. Assim, o circuito pode ser ligado / desligado de qualquer dos interruptores. Fase Neutro Lâmpada1 3 2 P Q 4 Fase Neutro Lâmpada1 3 2 P Q 4 Questão 02 – Letra B Comentário: Primeiro, o disjuntor deve estar sempre no fio fase (e só nele), de modo que, uma vez desligado, todo o circuito fique com potencial igual a zero. O interruptor deve ficar em série com o dispositivo a ser ligado / desligado pelo mesmo motivo anterior. Por fim, o dispositivo conectado ao circuito deve possuir a d.d.p. da rede e, por isso, cada extremidade do seu circuito deve estar, nos fios fase e neutro. Questão 03 – Soma = 03 Comentário: Observe que os pontos médios entre as lâmpadas 1 e 3 e entre 2 e 4 estão no mesmo potencial por causa do fio vertical central. Dessa forma, cada uma delas está submetida à mesma tensão (VAB/2) e, assim, a corrente de cada uma será i/2 e todas brilham com a mesma intensidade. Seja R a resistência de cada lâmpada. Logo, a resistência total do circuito será igual a R (R/2 + R/2) e a corrente total (i) será i = VAB /R. Desligando-se a lâmpada 1, a resistência total do circuito será: R + R/2 = 3R/2. Assim, a corrente total será: 22 Coleção Estudo FÍ SI C A 22 FÍ SI C A I = VAB/(3R/2) = 2VAB/3R = 2i/3. Logo, as lâmpadas 2, 3 e 4 serão percorridas por correntes iguais a 2i/3, i/3 e i/3, respectivamente. Veja que a lâmpada 2 terá o maior brilho. Questão 04 – Letra D Comentário: Nesse tipo de exercício, não é necessário calcular a corrente elétrica em cada aparelho. Melhor seria calcular a potência máxima do circuito (limitada pela corrente máxima que o fusível suporta). Assim, temos: P = VI ⇒ PMÁX = VIMÁX = 220.25 = 5 500 W A alternativa D exige uma potência total de: (950 + 1 200 + 3 000 + 1 100)W = 6 250 W Isso excede a potência máxima e o fusível vai queimar. Questão 05 – Letra C Comentário: Essa questão envolve análise de um circuito elétrico no qual houve um curto-circuito. Inicialmente, as três lâmpadas do circuito estão acesas; quando a chave S é fechada, verifica-se que a corrente não passará mais por L2 e L3 (elas foram curto-circuitadas pela chave S). Esse fato ocorre porque a resistência do fio pode ser considerada desprezível; assim, a corrente passará apenas por L1 e pela chave S. Portanto, quando a chave S é fechada, a lâmpada L1 permanece acesa, mas L2 e L3 se apagam. Exercícios Propostos Questão 01 – Letra D Comentário: Essa questão aborda conceitos relativos a corrente, tensão e potência elétrica. Como P = VI, a maior corrente circulará pelo circuito quando este dissipar a maior potência. Levando-se em conta que a geladeira já está conectada, a potência total máxima do circuito será: Pmáx. = 120 W (geladeira) + 900 W (micro-ondas) + 850 W (torradeira) ⇒ Pmáx. = 1 870 W Assim, a corrente máxima será: Imáx. = Pmáx./V = 1 870/120 = 15,6 A Assim, o fio escolhido deverá suportar 20 A Questão 05 – Letra E Comentário: Conforme indicado na figura do exercício, a resistência (r) dos fios de ligação está em série com os aparelhos da residência. Dessa forma, ela funciona como um divisor de tensão entre tal resistência e as resistências dos eletrodomésticos. Quando se aciona o chuveiro, por exemplo, a corrente no circuito aumenta consideravelmente. Dessa forma, a queda de tensão na resistência dos fios de ligação é alta (V = rI) e a tensão que “sobra” para os aparelhos fica menor. Isso justifica a diminuição do brilho das lâmpadas, por exemplo. Questão 06 – Letra C Comentário: O chuveiro está ligado a uma tensão que possui valor constante, independentemente de a chave seletora estar na posição inverno ou verão, que é a tensão da rede de alimentação (afirmativa IV incorreta). Logo, a potência dissipada é inversamente proporcional à resistência elétrica (P = V2/R). Dessa forma, as afirmações I e II estão incorreta e correta, respectivamente. A afirmação III é correta, uma vez que a temperatura do banho depende da vazão de água em qualquer potência dissipada. Questão 09 – Letra C Comentário: Para que uma lâmpada possa acender, é necessário que a corrente passe por ela através dos terminais A e B, mostrados a seguir. Dessa forma, tais terminais devem ser ligados aos polos positivo e negativo da pilha. Não interessa quais terminais são conectados a quais polos. Na montagem de Mateus, o terminal B está desconectado. Na montagem de Carlos, os dois polos da bateria estão ligados ao terminal B. Dessa forma, a lâmpada, nesses casos, não funciona. A B Questão 10 – Letra C Comentário: Para tensões iguais, a potência será inversamente proporcional à resistência equivalente (P = V2/R). A luminosidade fornecida por uma ou mais lâmpadas é tanto maior quanto maior for a potênciaefetivamente dissipada por elas. Como a tensão de alimentação é de 220 V e as lâmpadas foram fabricadas para funcionar em 110 V, existe a obrigação de dividir a tensão e, dessa forma, é necessário ter duas lâmpadas em série de modo a dividir a tensão de 220 V entre elas (cada uma com 110 V) e ter a menor resistência equivalente. A associação da alternativa C fornece os quesitos necessários de maior luminosidade sem que nenhuma das lâmpadas se queime. Questão 11 – Letra E Comentário: No esquema 1, as lâmpadas estão em série (divisor de tensão) e cada uma delas está submetida a uma tensão elétrica V = 220/3 V. Assim, nenhuma delas vai queimar. No esquema 3, todas em paralelo, a tensão aplicada a cada lâmpada é de 220 V e, portanto, todas vão queimar. No esquema 2, a lâmpada de baixo vai queimar (ligada a 220 V), mas as lâmpadas de cima vão exibir o brilho normal (elas dividem a tensão de alimentação, estando submetidas a 110 V cada uma). Questão 16 – Letra C Comentário: As lâmpadas estão ligadas em paralelo e, assim, a tensão (d.d.p.) é a mesma nas duas lâmpadas, V60 = V100. A corrente em cada lâmpada é calculada por I = P/V. Sabemos que V60 = V100. Assim, a corrente em cada uma das lâmpadas é proporcional à potência efetivamente dissipada por elas. Logo, I60 < I100. Observação: A solução pode ter essa simplicidade porque as lâmpadas estão em paralelo. Assim, mesmo que a d.d.p. da rede não seja a tensão nominal, esta continua a ser a mesma para as duas lâmpadas. Se elas estivessem ligadas em série, as resistências das lâmpadas teriam de ser analisadas. Questão 17 – Letra A Comentário: As duas lâmpadas formam um divisor de tensão e cada uma delas está submetida a uma tensão igual a V/2. Quando o reostato (lâmina bimetálica) arma o circuito, a lâmpada 2 fica em curto-circuito e apaga. O brilho das lâmpadas depende da potência dissipada por elas. Fechado o circuito, a tensão na lâmpada 1 dobra (fica igual a V) e, portanto, a potência dissipada pela lâmpada 1 será quatro vezes maior que a anterior (P = V2/R). Dessa forma, o seu brilho aumenta. 23 Editora Bernoulli FÍ SI C A 23 Editora Bernoulli FÍ SI C A Seção Enem Questão 01 – Letra A Eixo cognitivo: III Competência de área: 2 Habilidade: 6 Comentário: A potência máxima da torneira, quando ligada na tensão nominal, é de 5 500 W. Considere que a resistência da torneira (R1), quando ligada a 127 V, seja a mesma de quando a torneira é ligada em 220 V (R2). Como P = V2/R, temos: R2 = R1 ⇒ V22/P2 = V12/P1 ⇒ 2202/5 500 = 1272/P1 ⇒ P1 = 1 832 W. Sugestão: Fazer a solução indicada acima é trabalhoso, demanda tempo e o aluno tem uma elevada chance de errar alguma operação. Assim, convém que o professor estimule seus alunos a desenvolver a solução a seguir (menos trabalhosa). Considere que a resistência da torneira seja constante. A tensão de ligação (127 V) é “próxima” da metade da tensão nominal (220 V). Como a potência é proporcional ao quadrado tensão de alimentação (P = V2/R), a potência efetiva, da torneira será, aproximadamente, um quarto da potência nominal. Assim, a resposta seria P ≅ 5 500/4 = 1 375 W. Com esse resultado o aluno chega à resposta correta. Questão 02 – Letra C Eixo cognitivo: II Competência de área: 3 Habilidade: 8 Comentário: Sempre que um aparelho elétrico está em funcionamento, a corrente que o percorre passa pela fiação da casa. Assim, uma parte da energia é “perdida” na forma de calor nesses fios. Quatro das recomendações foram citadas com o objetivo de diminuir tais perdas. No caso do ferro de passar roupa, quando você o esquenta para passar uma peça e o desliga, parte da energia fornecida a ele será “perdida” sob a forma de calor, pois ele vai esfriar. Uma forma de economizar energia é acumular certa quantidade de roupa para ser passada de uma só vez, pois, dessa forma, o ferro irá “esfriar” apenas uma vez. Questão 03 – Letra D Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: Para se chegar à resposta da questão, basta analisar as duas linhas da tabela. Observe que não há necessidade de conhecimentos acerca de Eletricidade para se resolver a questão. A única exigência é saber que intensidade luminosa, nessa questão, é o mesmo que luminosidade média. Observe na tabela que, quando uma lâmpada de 60 W / 120 V é ligada a uma tensão de 127 V, essa lâmpada passa a dissipar uma potência maior que 60 W, a emitir uma luminosidade média maior que 750 lúmens e a ter vida útil média menor que 1 000 horas. Portanto, a alternativa correta é a D. Questão 04 – Letra E Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: A energia consumida pelos aparelhos elétricos (E = N.P.∆t) depende do número de aparelhos (N), de suas respectivas potências (P) e do tempo de funcionamento (∆t) deles. Assim, a fração percentual do consumo de energia elétrica de cada aparelho, em relação à conta total, dependerá desses mesmos fatores. Portanto, a alternativa correta é a E. Questão 05 – Letra C Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: A energia consumida pelo chuveiro será: E = 25%.300 = 75 kWh Dessa forma, o tempo total, mensal, dos banhos será: E = N.P.∆t ⇒ 75 = 1.5,0.∆t ⇒ ∆t = 15 h = 900 minutos Assim, o banho diário de cada morador possui uma duração média de: ∆t = 900/(30.4) = 7,5 minutos Questão 06 – Letra B Eixo cognitivo: II Competência de área: 2 Habilidade: 5 Comentário: Cada lâmpada apresenta a mesma resistência R. O circuito de lâmpadas pode ser desenhado conforme a figura (1). Dessa forma, as lâmpadas 5, 6, 7 e 8 fornecem uma resistência equivalente igual a Re = 2R.2R/(2R + 2R) = R. Assim, o circuito pode ser redesenhado conforme a figura (2). A corrente, após atravessar a lâmpada 1, encontra resistências iguais (2R) nos ramos superior e inferior do circuito (2) e, assim, divide-se igualmente entre tais ramos. Logo, as lâmpadas 2, 3 e 4 são percorridas pela mesma corrente. 1 4 2 Figura (1) 3 6 7 8 5 1 4 2 3 Re Figura (2) Questão 07 – Letra B Eixo cognitivo: III Competência de área: 2 Habilidade: 5 Comentário: A potência do chuveiro pode ser determinada por: P = VI. Como o disjuntor deve desarmar quando a corrente elétrica ultrapassar o maior valor de corrente que pode circular pelo chuveiro, devemos trabalhar com a maior potência, ou seja, P = 3 200 W. Logo, temos: PMÁX = VIMÁX ⇒ 3 200 = 110.IMÁX ⇒ IMÁX = 29,1 A Assim, devemos escolher o disjuntor que suporte esse valor (que não existe nas alternativas) ou um outro que seja imediatamente superior a ele. Logo, devemos escolher o disjuntor de 30 A. Questão 08 – Letra A Eixo cognitivo: II Competência de área: 6 Habilidade: 21 Comentário: A potência do chuveiro pode ser calculada por: P = V2/R. Para que os chuveiros apresentem a mesma potência (PB = PA), é necessário que: VB2/RB = VA2/RA ⇒ RA/RB = VA2/VB2 ⇒ RA/RB = 1272/2202 ⇒ 0,3. 24 Coleção Estudo FÍ SI C A 24 FÍ SI C A Questão 09 – Letra E Comentário: Veja os circuitos 1, 2, 3 e 4, a seguir, correspondentes à alternativa E. Na montagem 1, original, a lâmpada não funciona (circuito aberto). Virando a chave da esquerda (2), o circuito liga. Virando a chave da direita (3), ele desliga (circuito aberto novamente). Virando novamente (4) a chave da esquerda, o circuito volta a funcionar. 1. 2. 3. 4. MÓDULO – D 09 Instrumentos de medidas elétricas Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra C Comentário: Para se medir a corrente elétrica que passa através de um resistor, o aparelho de medição, o amperímetro, deve ser ligado em série com o resistor, pois, dessa forma, o aparelho será percorrido pela mesma corrente que atravessa o resistor. Para se medir a queda de potencial em um resistor, o aparelho de medição, o voltímetro, deve ser ligado em paralelo com o resistor, pois, dessa forma, o aparelho estará submetido à mesma voltagem do resistor. Tendo em vista as considerações anteriores, conclui-se que somente a afirmativaIII é correta. Questão 02 – Letra D Comentário: Para que a medição da corrente elétrica em um resistor tenha boa precisão, o aparelho de medição, o amperímetro, deverá ter uma resistência interna muito menor do que a resistência do resistor, pois, assim, a resistência equivalente do sistema resistor / amperímetro será praticamente igual à resistência do resistor. Consequentemente, a corrente elétrica a ser medida praticamente não sofrerá alteração. Para que a medição da voltagem em um resistor tenha boa precisão, o voltímetro deverá ter uma resistência interna muito maior do que a resistência do resistor, pois, assim, a resistência equivalente do sistema resistor / voltímetro será praticamente igual à resistência do resistor. Consequentemente, a voltagem a ser medida, praticamente, não terá o seu valor alterado. Tendo em vista a discussão anterior, conclui-se que a alternativa correta é a D. Questão 03 – Letra A Comentário: As conexões 1 e 2 são corretas. Um amperímetro deve ser ligado em série com o elemento do circuito cuja corrente elétrica queremos medir. Como a resistência elétrica interna de um amperímetro é muito pequena (na verdade, desprezível comparada à resistência do elemento de circuito), a resistência elétrica equivalente do conjunto elemento / amperímetro é praticamente igual à resistência do primeiro, de forma que a corrente registrada é praticamente igual à corrente que havia antes da introdução do amperímetro. Assim, as conexões 1 e 2 estão corretas, pois o amperímetro está ligado em série com a lâmpada (o elemento de circuito cuja corrente queremos medir). Ambas as conexões fornecem os mesmos valores para a corrente elétrica. A diferença é que, na conexão 1, a corrente elétrica convencional atravessa o amperímetro de baixo para cima e, na conexão 2, de cima para baixo. Professor, comente também as conexões 3 e 4, em que o amperímetro está ligado em paralelo com a lâmpada. Pior que isso, o amperímetro está ligado em paralelo com a pilha. Como a resistência do amperímetro é muito pequena, passará uma grande corrente pelo aparelho, que, por esse motivo, corre risco de ser danificado. As conexões 3 e 4 seriam corretas se o aparelho fosse um voltímetro, cuja resistência interna é muito alta e que deveria ser ligado em paralelo com a lâmpada a fim de medir a tensão elétrica nela. A figura seguinte mostra conexões corretas para se medir a corrente e a tensão na lâmpada por meio de um amperímetro A e um voltímetro V. LL A + B —+ B — conexão 1 V Questão 04 – Soma = 13 Comentário: 01. Verdadeira. A ponte está em equilíbrio quando os potenciais VC e VD dos pontos C e D são iguais. Nessas circunstâncias, não há corrente no trecho CD. 02. Falsa. Os resistores R1 e R2 não estão em série, pois a corrente elétrica proveniente da bateria, no ponto A, divise-se com parte passando pelo resistor R1 e parte pelo resistor R2. Essa fato ocorre tanto com a ponte equilibrada, quanto com a ponte não equilibrada. 04. Verdadeira. Conforme explicado em (01), a corrente i = 0 no galvanômetro ocorre quando VC = VD. 08. Verdadeira. Quando a ponte está equilibrada, os produtos das resistências opostas são iguais: R1.R4 = R2.R3. Nesse caso, realmente R1 = R2.R3/R4 = R3.(R2/R4). 16. Falsa. Conforme explicado em (08), para a ponte equilibrado, tem-se R1.R4 = R2.R3. Questão 05 – Letra C Comentário: A resistência elétrica de cada lâmpada pode ser calculada por: = = =P V R 1 10 R R 100 2 2 A lâmpada na parte de baixo do circuito está submetida à f.e.m. da bateria (VBat = 5,00 V). Portanto, a corrente elétrica que atravessa essa lâmpada, e que é registrada pelo amperímetro ligado em série com a lâmpada, vale = = = =I V R I 5,00 100 0,0500 A 50mA Agora, vamos calcular a corrente elétrica que passa na parte de cima do circuito, onde há duas lâmpadas ligadas em série. Por isso, a resistência equivalente nesse trecho vale 2R = 200 W. Essa resistência está submetida à f.e.m. VBat = 5,00 V. Logo, a corrente elétrica que passa pelas lâmpadas é = = =I' V 2R I' 5,00 200 0,0250 A A tensão em cada lâmpada é R.I’ = 100.0,0250 = 2,50 V. Esse resultado faz sentido, pois, como as lâmpadas são idênticas, cada uma recebe a metade da d.d.p total que alimenta o trecho: VBat/2 = 5,00/2 = 2,50 V. Essa d.d.p. é registrada pelo voltímetro ligado em paralelo com uma das lâmpadas. 25 Editora Bernoulli FÍ SI C A 25 Editora Bernoulli FÍ SI C A Exercícios Propostos Questão 01 – Letra A Comentário: A) Um amperímetro deve ser ligado em série com o elemento de circuito cuja corrente queremos medir. Para interferir minimamente na resistência equivalente do circuito, o amperímetro deve ter uma resistência pequena. B) Um fusível suporta correntes elétricas abaixo de certo valor. Quando percorrido por uma corrente maior, o fusível se rompe. C) Os resistores convertem energia elétrica em calor, como, por exemplo, em um aquecedor elétrico de casas. Há apenas conversão de energia nesse processo, e não uma economia de energia elétrica. Professor, aproveite o fato de que os alunos estão estudando a 2ª Lei da Termodinâmica no Módulo B 06 para explicar que uma bomba de calor pode aquecer a casa realmente com economia de energia elétrica. Parte do calor usado no aquecimento provém da energia elétrica de acionamento do compressor da bomba de calor, enquanto o restante provém gratuitamente do meio ambiente. No aquecedor de resistência elétrica, todo o calor provém da energia elétrica que alimenta o aquecedor. D) Conforme vimos no módulo anterior, a resistência interna de uma bateria aumenta com sua idade. Por isso, a f.e.m. da bateria torna-se menor, mas, ainda assim, a bateria pode gerar energia elétrica suficiente para alimentar os elementos do circuito, sobretudo quando a d.d.p. demandada não é tão grande. Por exemplo, uma pilha mais velha serve muito bem para acionar um controle remoto de TV. E) Um resistor converte a energia elétrica em calor. Todavia, outros receptores elétricos convertem a energia elétrica em outras formas de energia. Por exemplo, um motor elétrico converte energia elétrica em energia mecânica, uma bateria sendo carregada converte a energia elétrica em energia química, etc. Professor, peça para os alunos citarem outros exemplos de conversão de energia elétrica. Questão 03 – Letra E Comentário: A corrente elétrica na resistência R3 = 1,0 W é registrada pelo amperímetro, que marca I3 = 1,0 A. Então, a tensão nessa resistência é V3 = R3.I3 = 1,0.1,0 = 1,0 V. Essa é também a tensão na resistência R2 = 0,5 W, bem como na resistência equivalente entre as resistências R2 e R3, cujo valor é R23 = (1/R2 + 1/R3)−1 = 1/3 W. Então, a corrente nessa resistência é I’ = V3/R23 = 1/(1/3) = 3 A. Essa corrente é também a corrente elétrica que passa pela resistência R1. Logo, a tensão nessa resistência é V1 = R1.I’ = 4,0.3 = 12 V. A f.e.m. VBat fornecida pela bateria é a soma das tensões V1 e V3. Portanto, VBat = 1,0 + 12 = 13 V. Questão 04 – Letra B Comentário: Os amperímetros A1 e A4 indicam a mesma corrente, pois a corrente que sai da bateria, e que é registrada por A4, é igual à corrente que chega à bateria, e que é registrada pelo amperímetro A1. O valor dessa corrente é a f.e.m. da bateria dividida pela resistência equivalente do circuito: = = =I' V R 12 1,5 8ABat eq Os amperímetros A2 e A3 também registram valores iguais, pois a corrente I gerada na bateria se divide em duas correntes de 4 A, pois as resistências nos dois trechos em paralelo são iguais. Note que, no lado esquerdo, há uma resistência de 3 Ω, e, no lado direito, há uma resistência de 1 Ω e outra de 2 Ω ligadas em série, de modo que a resistência equivalente é 3 Ω. Questão 05 – Letra C Comentário: O amperímetro A deve ser ligado em série com o resistor R, enquanto o voltímetro V deve ser ligado em paralelo com o resistor R. Na opção C, o amperímetro está ligado em série com R, mas o voltímetro está ligado em paralelocom o conjunto R / A, e não com apenas com R. Isso não é um problema, desde que a resistência r do amperímetro seja muito menor que R. Nesse caso, a resistência equivalente do conjunto R / A é praticamente igual a R, de modo que a tensão, nesse conjunto, é praticamente igual à tensão de R. Professor, explique que outra opção para medir a corrente e a tensão no resistor seria fazer a ligação indicada a seguir. Nesse caso, o voltímetro está ligado em paralelo com R, mas o amperímetro está ligado em série com o conjunto R / V, e não apenas com R. Isso não é um problema, desde que a resistência do voltímetro seja muito maior que R. Nesse caso, a resistência equivalente do conjunto R / V é praticamente igual a R, de modo que a corrente, nesse conjunto, é praticamente igual à corrente que passa por R. A V R Questão 06 – Letra E Comentário: Se todos os dois aparelhos fossem ideais, a razão entre as leituras do voltímetro e do amperímetro, 10 V e 3,0 mA (0,0030 A), seria igual ao valor da resistência do resistor R (nesse caso, teríamos R = 10/3 kΩ). Como o voltímetro não é ideal e tem uma resistência de 10 kΩ, a razão calculada anteriormente representa a resistência equivalente do conjunto resistor / voltímetro. Como essa associação é em paralelo, a resistência equivalente (Req = 10/3 kΩ) se relaciona com a resistência do resistor R e com a resistência do voltímetro (RV = 10 kΩ) por: 1 1 1 1 10 3 1 1 10R R R R eq V = + = + ( ) Explicitando R, obtemos R = 5,0 kΩ. Questão 09 – Letra C Comentário: Primeiramente, vamos chamar de R a resistência equivalente do trecho superior direito do circuito, em que há três resistores de resistências X, 30 Ω e 120 Ω. Como a ponte está equilibrada, os produtos das resistências opostas são iguais. Assim, R.50 = 300.10, de forma que R = 60 Ω. Como essa resistência equivale a dois resistores em série, um de resistência 30 Ω e o outro de resistência X, ligados, por sua vez, em paralelo com um resistor de resistência 120 Ω, podemos expressar R como: 1 1 60 1 30 1 120R X = = + + Resolvendo essa equação, obtemos X = 90 Ω. Questão 10 Comentários: A) A corrente elétrica de menor intensidade (0,06 A) ocorre quando as resistências R1 e R2 são ligadas em série, pois, assim, a resistência equivalente é maior do que no caso em que os resistores são associados em paralelo. De fato, ligados em paralelo, a resistência equivalente é menor e a corrente é maior. Portanto, os esquemas com as associações das resistores R1 e R2 nas caixas C e C' são os seguintes: 26 Coleção Estudo FÍ SI C A 26 FÍ SI C A 3 V R1 R2 Caixa C (l = 0,06 A) 3 V R1 R2 Caixa C’ (l’ = 0,25 A) B) Para calcular R1 e R2, podemos montar o seguinte sistema de equações: 1ª montagem: 3/0,06 = 50 = R1 + R2 2ª montagem: 3/0,25 = 1 12 1 1 1 2 = + R R Resolvendo esse sistema, obtemos os valores 20 Ω e 30 Ω para as das resistências R1 e R2. Questão 11 Comentário: Com os dados iniciais, podemos calcular o valor ajustado para a resistência variável R. Esse valor é o quociente entre a d.d.p. de 1,50 V da bateria e a corrente de 1,0 x 10–3 A registrada no amperímetro. Assim, obtemos que R = 1,50 x 103 Ω. Esse é o circuito interno desse “ohmímetro” improvisado. Conectando a resistência R’, a corrente diminui para 0,30 x 10–3 A”. Essa iminuição da corrente ocorreu porque a resistência do circuito (R” = R + R’) aumentou. Essa resistência é dada por R” = 1,50/0,30 x 10–3 = 5,0 x 103 Ω. Logo, R vale 3,5 x 103 Ω. Questão 13 Comentário: A) Como a ponte está equilibrada, a seguinte igualdade deve ser verificada: R1R2 = R1R, ou simplesmente R = R2. Para R = 108 Ω, a temperatura T deve ser: R = R0(1 + αT) ⇒ 108 = 100(1 + 4,0 x 10–2 T) ⇒ T = 2,0 ºC B) A corrente que passa por R é a mesma que passa por R2, pois a ponte está equilibrada, de forma que não há desvio de corrente para o amperímetro. Logo, R e R2 estão em série. Portanto, a resistência equivalente vale 2R = 216 Ω. A d.d.p. VAC é o produto dessa resistência pela corrente, ou seja, VAC = 216.5,0 x 10–3 = 1,08 V. Seção Enem Questão 01 – Letra C Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: A tensão é medida em volts (V). Por isso, o outro terminal da tomada deve ser ligado ao borne onde se lê V (volt). Esse borne também deve ser usado se o multímetro for usado para medir uma resistência (que é dada em ohm, Ω) ou uma capacitância (que é dada em farad, F). As tomadas residenciais (que são de 127 V e 220 V) fornecem tensões alternadas (ora a polaridade da tomada possui um sentido, ora possui sentido oposto). Por isso, a chave do medidor deve ser girada para a posição V~, em que a letra V indica a unidade de tensão, o volt, e o símbolo ~ indica que o sinal de entrada, a tensão, é alternado. Da discussão anterior, conclui-se que a alternativa correta é a C. Questão 02 – Letra A Eixo cognitivo: III Competência de área: 5 Habilidade: 17 Comentário: A figura a seguir mostra, esquematicamente, o cabo com os dois fios PS e QR. Esses fios deveriam estar isolados um do outro, mas o cabo está danificado devido ao contato interno no ponto C. P S RQ C Como existe o contato interno entre os dois fios, se um ohmímetro for ligado entre os pontos • P e Q, ou R e S, então o aparelho irá registrar a resistência elétrica do trecho PCQ, ou RCS. Essa resistência é pequena, mas o seu registro significa que existe um contato C entre os dois fios. Se esse contato não existisse, a resistência elétrica entre P e Q, ou R e S, seria infinita, e o visor do ohmímetro daria uma indicação disso. Por isso, a letra A é a resposta para essa questão. • P e S, ou Q e R, então o aparelho irá registrar a resistência elétrica do trecho PCS, ou QCR, que é a própria resistência elétrica do fio PS, ou do fio QR. Mesmo que não houvesse o contato C entre os fios PS e QR, ainda assim o ohmímetro ligado entre os pontos P e S, ou Q e R, registraria o valor de resistência desse fio, valor idêntico ao da situação em que o contato existe. Portanto, não é uma boa ideia ligar o ohmímetro entre os pontos P e S, ou Q e R, para detectar a existência do contato interno. • P e R, então o aparelho irá registrar a resistência elétrica do trecho PCR. Uma indicação de valor infinito seria registrada se não houvesse o contato C entre os fios. Portanto, ligar o ohmímetro entre os pontos P e R é uma boa ideia para verificar a existência do contato interno. A opção C está errada por causa da afirmação de que o ohmímetro indica um valor infinito quando está ligado entre os pontos P e R, pois isso está em desacordo com a informação de existência de um contato interno entre os fios, dada no enunciado da questão. 27 Editora Bernoulli FÍ SI C A 27 Editora Bernoulli FÍ SI C A Rua Diorita, 43 - Prado Belo Horizonte - MG Tel.: (31) 3029-4949 www.editorabernoulli.com.br 6V Física Volume 4 Bernoulli Resolve is to ck ph ot o. co m Su m ár io - F ís ic a Módulo A 07 3 Forças de atrito 08 4 Aplicações das Leis de Newton Módulo B 07 7 Equilíbrio do ponto material 08 11 Equilíbrio de corpos extensos Módulo C 07 15 Movimento Harmônico Simples (MHS) 08 17 Introdução à Ondulatória Módulo D 10 18 Geradores, receptores e associações 11 23 Capacitores 12 26 Campo magnético 3 Editora Bernoulli FÍ SI C A 3 Editora Bernoulli FÍ SI C A COMENTÁRIO E RESOLUÇÃO DE QUESTÕES MÓDULO – A 07 Forças de atrito Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra B Comentário: Como o carro não derrapa, não há escorregamento entre as superfícies e o atrito é estático. Se o atrito não apontasse no sentido do movimento, este não ocorreria. Portanto, a alternativa correta é a letra B. Questão 02 – Letra D Comentário: A interação entre a folha de papel e a moeda se dá por meio da força de atrito. Caso o valor máximo da força de atrito seja menor que o produto da massa da moeda pela aceleração do sistema (moeda + papel), a moeda ficará sujeita à força de atrito cinético,nesse caso, haverá movimento relativo entre os objetos e a moeda deslizará sobre a folha e ficará sobre a mesa. Questão 03 – Letra A Comentário: O diagrama de forças para a situação descrita pelo enunciado está representado a seguir: Força de atrito Força peso Força de compressão normal F Para que o bloco permaneça em equilíbrio, é necessário que a força de atrito seja igual à força peso. A força F mínima para que o bloco não desça deve ter intensidade igual a: fa = P ⇒ µEN = mg ⇒ µEF = mg ⇒ F = mg/µE = 3,0.10/0,20 = 150 Ν Questão 04 – Letra A Comentário: Pelo gráfico da questão, podemos perceber que a intensidade máxima da força de atrito estático é igual a 15 N, e a intensidade da força de atrito cinético é igual a 10 N. Como o corpo não possui movimento vertical, podemos afirmar que o módulo da normal (N) é igual ao módulo do peso do corpo (50 N), já que somente essas forças atuam na vertical. Assim, o coeficiente de atrito estático pode ser calculado por: FAEMáx = µEN ⇒ 15 = µE.50 ⇒ µE = 0,30 Quando o módulo da força F for igual a 30 N, o módulo da força resultante sobre o corpo será de 20 N, na mesma direção e sentido de F. De acordo com a 2ª Lei de Newton, temos: FR = ma ⇒ a = F m R ⇒ a = 20 5 0, = 4,0 m/s2 Logo, a alternativa correta é a A. Questão 05 – Letra B Comentário: A partir do momento em que a força resistiva do ar alcança o valor do peso, a velocidade se mantém constante, já que a resultante torna-se zero. Nessa situação: P = F → 3,2 x 10–7 = 8 x 10–6 v² → v = 0,2 m/s Exercícios Propostos Questão 03 – Letra D Comentário: Na direção vertical, N = P = Mg. Já na direção horizontal FR= F – N.μ = F – Mgμ. Pela Segunda Lei de Newton, F – μMg = M.a → a = (F – μMg)/Μ Questão 05 – Letra B Comentário: Utilizando as equações da Cinemática para o Movimento Uniformemente Acelerado, podemos determinar a aceleração da caixa: v = v0 + at ⇒ 0 = 10 + a.5 ⇒ a = –2,0 m/s2 Podemos, agora, utilizar a Segunda Lei de Newton para encontrar o valor da força resultante, que será o valor da força de atrito: FR = FATRITO ⇒ ma = µN ⇒ ma = µP ⇒ ma = µmg ⇒ a = µg ⇒ 2,0 = µ.10 ⇒ µ = 0,20 Esse resultado é corretamente mostrado na letra B. Questão 06 – Letra A Comentário: Na direção vertical, N = P = Mg. Já na direção horizontal, FR = Fat , e assim, Ma = µMg e a = 5 m/s². Pela equação de Torricelli, o carro parará a 62,5 m do seu ponto inicial de frenagem, atropelando o cavalo. Questão 07 – Letra E Comentário: Para que a aposta seja ganha, o vaso tem que andar a distância (D – d) em um tempo t1 maior que o tempo t2 gasto pelo forro para andar a distância D. Logo, pela equação horário do MRUV, sabendo que a aceleração do forro é a e a aceleração do vaso é gµ, teremos: = = < µD at 2 e D– d at 2 2D a 2(D– d) g D D– d g2 2 1 2 4 Coleção Estudo FÍ SI C A 4 FÍ SI C A Questão 11 – Letra A Comentário: O gráfico da questão informa que o módulo da força de atrito cinético é igual a 0,8 N. Logo: FAC = µCN ⇒ 0,8 = µC.1,0 ⇒ µC = 0,8, pois N = P = mg = 0,100.10 = 1,0 Assim, a resposta correta é a A. Questão 12 – Letra C Comentário: Como MA= 2MB, PA=2PB. A velocidade se tornará constante quando a força resultante for zero, ou seja, quando F = P. Disso, temos: = = = = F P Kv PB (I) F P K 2PB (II) B B B 2 A A A 2 Dividindo II por I encontramos vA/vB= 2 Questão 14 – Letra A Comentário: Como entre t = 40 s e t = 70 s a velocidade é constante, temos que a força resultante sobre o paraquedista neste intervalo de tempo é nula. Questão 15 – Letra D Comentário: A melhor opção é a alternativa D, pois, na roda motriz (na qual temos a tração da roda), o pneu gira e empurra o solo para trás, que, por sua vez, empurra o pneu para frente. Questão 17 – Letra D Comentário: No ponto mais alto da trajetória, a velocidade e, por consequência, a força de resistência do ar são nulas. A aceleração é a da gravidade e ela não se anula no ponto mais alto. Logo, a alternativa D é a correta. Seção Enem Questão 01 – Letra A Eixo cognitivo: I Competência de área: 6 Habilidade: 20 Comentário: Para um veículo desprovido de freios ABS, supondo que houve deslizamento dos pneus em relação à pista, a frenagem pode ser dividida em dois instantes: no primeiro, o pneu ainda roda sem deslizar, estando, portanto, sujeito à ação de uma força de atrito estático crescente; no segundo, assim que o valor da força de atrito estático atinge seu valor limite (que depende do coeficiente de atrito estático entre os pneus e a pista), os pneus do carro passam a deslizar (sem girar) sob ação de uma força de atrito cinético. Lembre- se de que a intensidade da força de atrito cinético é sempre menor que a intensidade da força de atrito estático máxima. Os únicos gráficos que estão de acordo com essa discussão são os das alternativas A e E. Vamos, agora, analisar a situação em que um veículo com sistema ABS freia. Em uma pequena fração de tempo antes de as rodas travarem, o sistema libera o freio, ou seja, a força de atrito estático não atinge seu valor máximo. Logo em seguida, os freios são acionados novamente, repetindo esse processo, ou seja, as rodas são soltas antes de o atrito atingir o valor máximo. Repare que há um crescimento na intensidade da força de atrito até aproximadamente o valor máximo. Esse comportamento não é o retratado pela alternativa E, e sim pela A, que está correta. Questão 02 – Letra C Eixo cognitivo: III Competência de área: 2 Habilidade: 6 Comentário: Gabriel e Tomás estão errados. As observações feitas por eles referem-se ao aumento da área de contato dos pneus com o solo. No entanto, sabemos que o módulo da força de atrito não depende da área de contato. Questão 03 – Letra D Eixo cognitivo: III Competência de área: 6 Habilidade: 20 Comentário: A intensidade da força de resistência que atua na bola depende do valor da densidade do ar; logo, quando todas as outras condições estão constantes, a intensidade da força de resistência é diretamente proporcional à densidade do ar. Questão 04 – Letra C Eixo cognitivo: III Competência de área: 6 Habilidade: 20 Comentário: Para que as rodas não travem durante a frenagem do carro (como afirma o texto 1) é necessário que atue entre a roda e o solo uma força de atrito estático máxima, uma vez que cada ponto do pneu toca o solo, estando tais pontos momentaneamente em repouso. Por isso, é necessário que o módulo da força de atrito estático seja o maior possível, pois, caso o pneu trave (apresentando um movimento relativo com o solo), o valor da força de atrito passa a ser cinético e, portanto, de menor intensidade. MÓDULO – A 08 Aplicações das Leis de Newton Exercícios de Fixação Questão 01 – Letra A Comentário: Quando puxamos o bloco de baixo, surge uma tendência de escorregamento entre este e o bloco A, em que o bloco tende a escorregar para trás em relação a B. Logo, a força de atrito age em A para frente, pois esta se opõe à tendência de escorregamento. Questão 02 – Letra B Comentário: Pela figura 2, sabemos que o peso do carrinho na direção do plano inclinado vale 60 N. Essa componente do peso tem valor Px = P.sen 30°, de onde descobrimos que o peso do carrinho vale 120 N. Procedendo de modo análogo na primeira situação, o peso do conjunto na direção do plano inclinado vale 80 N, de onde descobrimos que o peso do conjunto é 160 N. Logo, o peso do bloco é de 40 N e sua massa de 4 kg. Questão 03 – Letra C Comentário: Como a balança está indicando um valor menor que 70 kg, conclui-se que a normal é menor que o peso e o elevador está acelerado para baixo. Logo, a resultante das forças que atuam sobre ele também está para baixo. Portanto, o elevador pode estar subindo, reduzindo a sua velocidade, ou descendo, aumentando a sua velocidade. Dessa forma, a alternativa correta é a C. 5 Editora Bernoulli FÍ SI C A 5 Editora Bernoulli FÍ SI C A Questão 04 – Letra D Comentário: O atleta sobe em movimento acelerado,logo, a resultante das forças que atuam sobre ele é dirigida para cima. Sobre ele atuam as forças peso (para baixo) e a tensão da corda (para cima). Aplicando a 2ª Lei de Newton, temos que: FR = ma ⇒ T – P = ma ⇒ T – mg = ma ⇒ T = m(a + g) Portanto, a alternativa correta é a D. Exercícios Propostos Questão 01 – Letra B Comentário: Considerando o conjunto formado pelos dois blocos e a corda como sistema, as forças externas a este são os pesos dos blocos e a normal exercida pelo plano. Essa normal se cancela com a componente y do peso do bloco 1, logo, a resultante sobre o sistema estará sobre o outro eixo e valerá o módulo da diferença do peso do bloco 2 com o peso na direção do plano do bloco 1. Assim: F = 10.10 – 8.10.0,8 = 36 N Como F = ma, e a m = 18 kg, a = 2 m/s². Questão 02 – Letra B Comentário: Considerando como o nosso sistema o conjunto formado pelos três blocos e as cordas, as forças externas sobre este são apenas os pesos dos blocos. É trivial perceber que o sistema está acelerado para baixo do lado direito, então, pela Segunda Lei de Newton: F = ma ⇒ 50 + 10m – 20 = (7 + m)5 ⇒ m = 1 kg Questão 04 – Letra A Comentário: Nessa situação, os dois blocos são colocados um sobre o outro, sobre o ponto P de um plano inclinado. Em seguida, os blocos são soltos e descem esse plano. De acordo com o enunciado da questão, as forças de atrito e de resistência do ar, nessa situação, são desprezíveis. Sendo assim, como os dois blocos estão sujeitos à mesma aceleração, pois estão apoiados sobre superfícies que apresentam a mesma inclinação em relação à horizontal, temos que esses blocos descem o plano inclinado juntos. Logo, o diagrama que melhor representa a situação, quando os blocos passam pelo ponto Q, é o da alternativa A. Questão 05 – Letra A Comentário: Essa questão trabalha com o conceito de peso aparente. No caso de o elevador subir com aceleração de 2,0 m/s2, temos que a intensidade da normal será maior que a intensidade do peso. O valor da normal é dado por: FR = ma ⇒ N – P = ma ⇒ N = ma + mg ⇒ N = m(a + g) = 60(2,0 + 10) ⇒ N = 720 N Tendo em vista que a balança “mede” a força normal N, o valor registrado pela balança, nessa situação, será 72 kg. No caso de o elevador descer com aceleração de 2,0 m/s2, temos que a intensidade da normal será menor que a intensidade do peso. A intensidade da normal será dada por: FR = ma ⇒ P – N = ma ⇒ N = mg – ma ⇒ N = m(g – a) = 60(10 – 2,0) ⇒ N = 480 N Tendo em vista o módulo da normal, nessa situação, temos que o valor registrado pela balança será 48 kg. A situação C é a mais simples de se resolver, uma vez que, estando em queda livre, a pessoa não pressiona a balança. Logo, o valor registrado será 0 kg. Dessa forma, os resultados são mostrados na alternativa A. Questão 06 – Letra A Comentário: Nessa situação, as forças que atuam sobre o bloco B são seu peso PB, a força normal NB e a de atrito FAB, exercidas pelo bloco A. B NB PB FAB As forças peso e normal se anulam; logo, a força resultante que atua sobre o bloco B é a força de atrito FAB. Tendo em vista a imposição de que o bloco B não deslize sobre o bloco A, temos que a máxima força horizontal que o bloco A pode exercer sobre o bloco B é a força de atrito estático máxima. Logo, a intensidade máxima da aceleração a que o sistema pode estar sujeito é dada por: FAB = mBa ⇒ mBa = µBNB ⇒ mBa = µBmBg ⇒ a = µBg Sobre o bloco A, atuam as seguintes forças: seu peso PA, a força de compressão exercida pelo bloco B, NB, a força normal, NA, exercida pela superfície, a força de atrito exercida pela superfície, FAS, a força de atrito exercida pelo bloco B, FAB, e a força F. F A NB PA NA FAB FAS A força peso PA, a força de compressão NB e a força normal NA anulam-se mutuamente. Temos, então, que a intensidade da força resultante que atua sobre o bloco A é dada por: FRA = mAasis = F – (FAB + FAS) ⇒ mAµBg = F – [µBmBg + µA(mA + mB)g] ⇒ mAµBg + µBmBg + µA(mA + mB)g = F ⇒ F = µBg(mA + mB) + µA(mA + mB)g ⇒ F = (µA + µB)(mA + mB)g Logo, a alternativa correta é a A. Questão 09 – Letra B Comentário: Sobre o bloco de massa m2 atuam as seguintes forças: seu peso P2, a força de compressão exercida pelo bloco de massa m1 (cuja intensidade é igual ao módulo do peso deste, P1), a força normal N2 exercida pela superfície do bloco de massa m3, a força de atrito F1,2 exercida pelo bloco de massa m1, a força de atrito F2,3 exercida pelo bloco de massa m3 e a força F. As forças P2, P1 e N2 são verticais, sendo P2 e P1 para baixo e N2 para cima. Já as forças F1,2, F2,3 e F são horizontais, sendo F1,2 e F2,3 para a esquerda e F para a direita. Logo, o diagrama que melhor representa as forças que atuam sobre o bloco de massa m2 é o da alternativa B. Questão 10 – Letra D Comentário: Se a balança registra 72 kg, é porque a reação normal que esta exerce sobre o homem vale 720 N. Logo, a resultante sobre ele vale 120 N, dirigida para cima, e sua aceleração é de 2 m/s², pela Segunda Lei de Newton. Aplicando a equação de Torricelli aos dados apresentados na opção D , considerando a = 2m/s², vimos que esse resultado é consistente. 6 Coleção Estudo FÍ SI C A 6 FÍ SI C A Questão 11 – Letra D Comentário: De acordo com o enunciado da questão, o sistema mostrado é um sistema ideal. Logo, a corda é inextensível e são desprezíveis as massas da corda, das roldanas e os atritos. Foi dito também que o sistema encontra-se em equilíbrio. Sendo assim, o peso da barra de aço é sustentado pelas forças de tração exercidas pelos quatro ramos da corda. Tendo em vista que estamos lidando com um sistema ideal e que esse sistema encontra-se em equilíbrio, temos que o módulo da força de tração T é igual ao módulo da força F, T = F. Dessa forma, o módulo do peso P da barra de aço é dado por: P = 4T = 4F ⇒ P = 4.1 000 ⇒ P = 4 000 N Questão 12 – Letra E Comentário: O bloco desliza quando a sua componente x do peso fica maior que a força de atrito estático máxima. Matematicamente, teremos: Px = P.sen θ Py = P.cos θ = N (equilíbrio na vertical) Fatmáx= N.μ = P.cos θ.μ Na situação limite, teremos, Px = Fatmáx Psen θ = Pcos θ.μ m= tg θ Questão 13 – Letra D Comentário: A adição de uma roldana móvel sempre divide por 2 a força necessária para manter o conjunto em equilíbrio. Logo, com duas roldanas, a força a ser feita é de P/4. Questão 14 Comentário: A) Sobre o balde atuam duas forças: a força peso do balde e a força de tração. Quando o balde encontra-se em repouso, o dinamômetro marca 100 N. Logo, nessa situação, o módulo da força de tração é de 100 N e, consequentemente, o módulo do peso do balde também é de 100 N. No momento em que o balde passa pelo ponto A, o dinamômetro marca 120 N; logo, o módulo da força de tração, nesse momento, é de 120 N. Sendo assim, o módulo da aceleração que atua sobre o balde nesse instante é dado por: FR = T – P ⇒ ma = T – P ⇒ a = (T – P)/m Considerando g = 10 m/s2, temos que a massa do balde é de 10 kg. Utilizando esse valor de massa na equação anterior, obtemos o módulo da aceleração: a = (120 – 100)/10 ⇒ a = 2,0 m/s2 B) Não é possível concluir, pois sabemos apenas que o vetor aceleração está direcionado para cima e que seu módulo é de 2,0 m/s2. Entretanto, não sabemos qual o sentido do vetor velocidade. Se o balde estiver subindo, seu movimento será acelerado. Se o balde estiver descendo, seu movimento será retardado. Seção Enem Questão 01 – Letra D Eixo cognitivo: I Competência de área: 6 Habilidade: 20 Comentário: Como o movimento das partículas é aleatório, na média um número igual de partículas colidirá com cada lado das palhetas. Assim, o movimento do eixo tende a ser nulo, já que um choque de um lado é balanceado por um choque do lado oposto. A utilidade da engrenagem é justamente impossibilitar que esse equilíbrio ocorra. Quando a palheta for atingida por uma partícula que a faça girar em um determinado