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@projetopolicia
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Pertence a Luana Alves de Morais luanna.95@hotmail.com
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Aula 00 
Aplicação da Lei Penal Militar 
 
 
 
 
Cargo e órgão 
Prof. Jonatas Jorge 
Apostila PMGO
matéria
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facebook e instagram.com.br
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Evolução Histórica 
 
Antes de iniciar a explicação sobre os artigos que compõem o Direito Penal Militar, é importante 
compreender o processo de evolução que levou à elaboração do Código Penal Militar Brasileiro. 
Surgimento do Direito Penal Militar 
Não é possível determinar, de forma exata, quando nasceu o Direito Penal Militar. É normal afirmar que seu 
nascimento ocorreu em tempos remotos, com o surgimento dos primeiros exércitos e sempre baseado nos 
rígidos princípios de hierarquia e disciplina. Ambas características bases da vida militar, dado que era vital 
manter os militares coesos e disciplinados para seu devido exercício. 
 
Entretanto, o Direito Penal Militar (DPM) só adquiriu autonomia na Roma Antiga com o Direito Romano, 
quando a violação do dever militar alcançou fundamentos científicos e virou uma ciência jurídica. Os romanos 
chamavam a Justiça Militar de Castrensis, em vista dela ser realizada no próprio acampamento militar. Isso 
levou ao uso ainda atual do termo “vida castrense” para se referir à vida militar. 
 
Com o advento da Revolução Francesa de 1789, ocorreu uma regulamentação das relações e atividades 
referentes ao militar e ao civil, despontando os princípios da jurisdição militar moderna. 
Direito Penal Militar Brasileiro 
O Direito Penal Militar Brasileiro tem seu início, como não poderia deixar de ser, no Direito Português, tendo 
em vista que o Brasil era colônia de Portugal na época. Por volta do século 18, o nobre Sebastião José de 
Carvalho e Melo, Marquês de Pombal no reinado de D. José, convidou, por indicação dos ingleses, o oficial 
alemão Frederico Guilherme Ernesto de Eschaumburgo-Lippe. 
 
Conhecido como Conde Lippe, suas primeiras medidas visaram à disciplina, procurando corrigir desvios de 
conduta e colocar um fim ao alto número de deserções. Em 1763 foi elaborado os famosos Artigos da Guerra 
do Conde Lippe, incorporados às Ordenações Filipina. 
 
Com a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil, em 1808, foi organizado o primeiro Tribunal do Brasil 
que a Nação conheceu: o Supremo Conselho Militar e de Justiça, que, posteriormente, se transformou no 
Superior Tribunal Militar (STM), que atualmente tem sede em Brasília e jurisdição em todo o território 
nacional. 
 
No Brasil, mesmo após sua independência, os “Artigos da Guerra” continuaram a ter vigência. Em 07 de 
março de 1891, entrou em vigor o Código Penal da Armada, o primeiro normativo brasileiro a falar sobre o 
DPM, que depois foi estendido para o Exército em 1899 e para a Força Aérea em 1941. 
 
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  Com o Advento do Decreto-Lei nº 6.277/44, é instituído o Código Penal Militar, que vigorou até 31 de 
dezembro de 1969; 
  Atualmente vigora o Decreto-Lei nº 1.001/69, o atual Código Penal Militar. 
Conceitos de Direito Penal Militar 
O ramo do Direito Público, composto por um conjunto de normas jurídicas elaboradas pelo Legislativo, prevê 
e regulamenta coercitivamente as condutas humanas, comissivas ou omissivas, objetificando resguardar os 
interesses das instituições militares, cominando nas respectivas penas e medidas de segurança. 
 
Tem-se na Justiça Especial alguns ramos: militar, eleitoral e do trabalho. Trata-se, como especial, não apenas 
porque se aplica a uma classe ou categoria, mas também por sua natureza do bem jurídico tutelado. 
 
Logo, o Direito Penal Militar, cujo corpo de normas se volta à instituição de infrações penais militares, com 
as sanções pertinentes, está voltado a garantir os princípios basilares das Forças Armadas. 
 
Bem Jurídico 
 
Bem jurídico, sob o ponto de vista Penal Militar, consiste em um conjunto complexo de normas jurídicas que 
asseguram a relação de atividades essencialmente militares. Ou seja, é aquilo que o Estado visa tutelar. 
Apesar dos princípios basilares das Forças Armadas não serem os únicos bens jurídicos, ao resguardar os 
demais bens, o Estado também protegerá, de forma direta ou indireta, os princípios base da vida militar. 
 
Justiça Militar 
Competência e organização da Justiça Militar 
1) Justiça Militar da União (Art. 122 a 124, Constituição Federal/88) 
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Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. 
Parágrafo Único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça 
Militar 
 
Os crimes militares podem ser cometidos tanto por militar quanto por civil. Logo, a prerrogativa de julgar 
estes crimes cometidos por civis é unicamente da Justiça Militar da União. 
 
2) Justiça Militar Estadual (Art. 125 § 3º, 4º e 5º - Constituição Federal/88) 
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observando os princípios estabelecidos nesta 
Constituição. 
 
§3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar 
Estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em 
segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que 
o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes. 
§ 4º Compete à Justiça Militar Estadual processar e julgar os militares dos estados, nos crimes 
militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a 
competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda 
do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. 
 
Assim como foi pontuado no parágrafo III, os únicos estados brasileiros com número de militares efetivos 
superior a 20 mil, e consequentemente os únicos com um Tribunal de Justiça Militar, são: São Paulo, Minas 
Gerais e Rio Grande do Sul. 
 
• Crimes militares 
cometidos por:
• Militares das Forças 
Armadas e Civis
Justiça 
Militar da 
União
• Crimes militares 
cometidos por:
• Militares Estaduais
Justiça 
Militar 
Estadual
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Importante pontuar que a Justiça Militar Estadual não julga civil. Desta forma, é necessário entender quem 
são os Militares considerados Estaduais. 
 
3) Militares Estaduais (Art. 42 – CF/88) 
O entendimento desses indivíduos como militares se deu através da Emenda Constitucional nº 18, de 1988. 
Logo, o termo “Força Auxiliar” não é mais utilizado para definir Policiais Militares e Corpo de Bombeiros 
Militares. 
Art. 42. Os membros das Polícias Militares e Corpo de Bombeiros Militares, instituições organizadas 
com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. 
 
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APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR 
Doutrinas e Conceitos dos Crimes Militares
 
Doutrina Clássica Separa os crimes militares em propriamente militares, aqueles que só podem ser 
praticados por militares, e impropriamente militares, os quais só podem ser praticados por civis. 
Entretanto, existe uma problemática nesta doutrina: 
 
O crime de insubmissão é considerado um crime propriamente militar, porém pode ser cometido por um civil. 
Você deve estar se perguntando, mas como assim? Quando o homem, ainda considerado civil, é convocado 
a incorporaras Forças Armadas e decide não aparecer, ele está cometendo um crime propriamente civil. 
Porém, a Doutrina Militar não consegue explicar essa incoerência. 
 
Isso acontece porque uma parte desta doutrina entende que é um crime propriamente militar por estar 
relacionado à vida militar, entretanto é cometido por civil por ter acontecido antes da incorporação do 
indivíduo. 
 
Buscando solucionar esta questão, analisemos a seguinte doutrina:
Doutrina Jorge Alberto Romeiro Propõe que o Crime Propriamente Militar é aquele que a ação 
penal só pode ser proposta contra militar.
Ou seja, segundo esta doutrina, quando o indivíduo foragido por fugir do processo de incorporação for detido, 
ele será incorporado às Forças Armadas e então responderá ao processo pelo crime de insubmissão. 
Doutrina Topográfica Visualiza os crimes propriamente militares como aqueles previstos somente 
no CPM, ou seja, sem paralelos no Código Penal comum (CP). Os demais, como roubo, por exemplo, 
seriam considerados como crimes impropriamente militares. 
Doutrina Tricotômica divide os crimes em três categorias. 
I. Crimes propriamente militares: praticado somente por militares; 
II. Crimes tipicamente militares: previstos somente no CPM; 
III. Impropriamente militares: previstos tanto no CP comum quanto no CPM. 
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Artigos Importantes do CPM: 
Agora, iniciaremos um assunto extenso, mas muito importante para sua prova. Trataremos dos 28 artigos 
mais importantes e, consequentemente, os mais cobrados pelas bancas. 
 
Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. 
O referido artigo obedece ao Princípio da Legalidade, um princípio do Direito Penal comum, e, uma vez que 
não há pena sem prévia cominação legal, também não existe medida de segurança a ser aplicada. 
 
Lembrando que Medida de Segurança, no CPM, é uma pena acessória e não apenas uma sanção penal como 
no CP comum. 
Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando, em 
virtude dela, a própria vigência de sentença condenatória irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de 
natureza civil. 
 
§1° A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente, aplica-se retroativamente, ainda 
quando já tenha sobrevindo sentença condenatória irrecorrível. 
§ 2° Para se reconhecer qual a mais favorável, a lei posterior e a anterior devem ser consideradas 
separadamente, cada qual no conjunto de suas normas aplicáveis ao fato. 
 
Este artigo é uma vedação expressa à combinação de leis, situação que não existe no Código Penal comum. 
 
Essa ausência é compensada pela Súmula 501 do STJ, que proíbe a combinação de leis, a fim de evitar a 
junção do melhor de uma lei A, com o melhor de uma lei B, para aplicar em casos concretos. 
Querendo ou não, isso criaria uma lei C, sendo vedado ao poder judiciário a edição de leis, uma vez que se 
trata de competência do poder legislativo. 
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(Questão elaborada pelo professor) Julgue os tens a seguir, relativos ao direito penal militar e sua aplicação.
O Código Penal Militar permite o cotejo de leis. 
◯ Certo ◯ Errado 
Resolução: 
Diferentemente do Código Penal comum, o CPM veda, de forma expressa, a combinação de leis. 
Gabarito: Errado. 
Art. 3º As medidas de segurança regem-se pela lei vigente ao tempo da sentença, prevalecendo, 
entretanto, se diversa, a lei vigente ao tempo da execução. 
É importante estar atento às questões que queiram cobrar o assunto deste artigo, pois, quando relacionado 
à doutrina, a resposta seria errada. Isso porque a corrente majoritária afirma que tal dispositivo seria 
inconstitucional, uma vez que ele entende a aplicação da medida de segurança à época da sentença. 
 
Por outro lado, se cobrado com relação à literalidade, a resposta passa a ser correta, pois não há, por parte 
do STF, uma declaração de que esse dispositivo seja realmente inconstitucional , apenas no ponto de vista 
doutrinário. 
 
Art. 4º A lei excepcional ou temporária (mesma regra do CP), embora decorrido o período de sua 
duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua 
vigência. 
Utilizemos um exemplo para melhor explicar esse dispositivo: 
 
Exemplo: Uma lei temporária é criada em uma situação de guerra. Ao final da guerra, essa lei deixa de existir. 
Porém, caso o indivíduo tenha cometido um crime na referida época, mesmo que seja detido apenas ao final 
deste período de vigência da lei temporária, ele ainda responderá a esta antiga lei. 
 
Entretanto, existe uma exceção. De acordo com a Súmula 711 do STF, em crimes permanentes ou 
continuados, a conduta criminosa se prolonga no tempo. Logo, se no decorrer da conduta criminosa houver 
uma lei mais grave, essa lei será aplicada até a cessação da conduta criminosa. 
 
Exemplo: O indivíduo comete o crime de deserção aos 20 anos e só é detido aos 23 anos. Apesar do crime ter 
acontecido antes dos 21 e o CPM ter determinados dispositivos de redução de pena pra menores de 21 e 
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maiores de 70 anos, não será aplicado a cláusula de redução, uma vez que a conduta criminosa dele cessa aos 
23 anos. Sendo assim, o crime esteve sendo praticado dos 20 aos 23, pois deserção é um crime permanente. 
 
Art. 5º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o do 
resultado. 
Este artigo se refere à Teoria da Atividade, cujo conceito será descrito logo abaixo. 
Art. 6° Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo 
ou em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-
se o resultado. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria realizar-
se a ação omitida. 
Conceitos Importantes: 
  Lugar do Crime → está relacionado a crimes à distância; 
  Crimes transnacionais onde a conduta criminal começa em um lugar e o resultado em outro. 
Existem duas teorias que são aplicadas aqui: 
 
Teoria da 
Ubiquidade/Mista
Crimes comissivos
considera-se tanto o 
local da ação quanto 
do resultado
Teoria da 
Atividade
Crimes omissivos
considera-se apenas 
aquele em que a ação 
omitida deveria ter 
sido realizada
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Art. 7º Aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito 
internacional, ao crime cometido, no todo ou em parte no território nacional, ou fora dele, ainda que, 
neste caso, o agente esteja sendo processado ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira 
 
§ 1º Para efeitos da lei penal militar consideram-se como extensão do território nacional as aeronaves 
e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando militar ou militarmente utilizados 
ou ocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda que de propriedade privada. 
 
§ 2º É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves ou navios 
estrangeiros, desde que em um lugar sujeito à administração militar, e o crime atente conta as 
instituições militares. 
 
§ 3º Para efeito da aplicação desde Código, considera-se navio toda embarcação sob comando militar. 
 
Quanto à territorialidade, é adotado o princípio de Territorialidade Temperada, pois a lei penal é aplicada 
aos crimes cometidos no Brasil, porém sem prejuízo às regras estabelecidas em convenções e tratados de 
direito internacional. 
 
Visando o seu melhor rendimento na prova, é recomendado memorizar a literalidade deste dispositivo, ou 
seja, memorizar, para efeitos da lei penal militar, o que é território pelo conceito de extensão (parágrafo §2º) 
e pelo conceito de navio(parágrafo §3º). 
 
Indicamos estudar a literalidade, pois, uma vez que Lei Penal Militar será aplicada sobre crimes cometidos 
por militares brasileiros dentro ou fora do território nacional, não há necessidade de o CPM dar a definição 
de território. 
Art. 8º A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando 
diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 
O conteúdo deste dispositivo também pode ser chamado de Detração Penal, que tem a função de evitar a 
vedação ao “Bis in Idem”, ou seja, para não correr o risco de julgar o mesmo crime duas vezes, devido à 
territorialidade incondicionada. 
 
O próximo artigo é fruto de uma alteração legislativa em 2017, logo é um dispositivo constitucional que pode 
ser cobrado em prova mesmo não sendo tão recente. 
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz: 
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I - Os crimes de que trata este Código, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou nela 
não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial; (analisado com base na 
doutrina topográfica, esses crimes citados são os propriamente militares, porque são crimes que 
existem apenas no CPM) 
 
II — Os crimes previstos neste Código e os previstos na legislação penal, quando praticados: (Redação 
dada pela Lei n° 13.491, de 2017) 
 
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situação ou 
assemelhado; 
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à administração militar, 
contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; 
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, ou em 
formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou 
reformado, ou civil; 
d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, ou reformado, ou 
assemelhado, ou civil; 
e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a administração 
militar, ou a ordem administrativa militar; 
O STF entende que, quando o militar desconhece a situação militar do outro, não há crime militar. 
Diferentemente do Superior Tribunal Militar que vai no sentido oposto, onde, conhecendo ou não a situação 
de militar do outro, o militar estará sujeito à justiça militar. 
 
Conceitos importantes para entendimento do Art. 9 : 
 
  Assemelhado → servidor civil que presta serviços para as Forças Armadas e, logo, está sujeito ao 
comando daquela instituição militar. 
Porém, não existe mais o termo assemelhado, porque eles são regidos agora pela Lei 8.112/90 → são 
servidores civis das Forças Armadas da União, ou seja, servidores estatutários, e não estão sujeitos ao 
princípio da hierarquia e disciplina. 
 
  Militar → tem o seu conceito estabelecido no Art.22. do CPM. Todavia, ele está em desuso por não 
incluir os policiais e bombeiros militares. Além disso, o conceito de militar em atividade também está 
inadequado por excluir os cadetes, alunos e recrutas. 
 
Portanto, é necessário ir ao Estatuto dos Militares, na Lei 6.880/1980, para ter um conceito mais preciso. E, 
mesmo assim, ela ainda deixa os militares dos estados de fora. 
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A solução, para que a conduta seja considerada praticada por um militar, é que o indivíduo esteja vinculado 
às instituições militares, logo sujeito ao regime do militarismo e aos princípios de hierarquia e disciplina. 
 
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz: 
 
III - os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as instituições 
militares, considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos 
seguintes casos: 
 
a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem administrativa militar; 
 
b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de atividade ou assemelhado, 
ou contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça Militar, no exercício de função inerente ao seu 
cargo; 
 
c) contra militar em formatura, ou durante o período de prontidão, vigilância, observação, exploração, 
exercício, acampamento, acantonamento ou manobras; 
 
d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra militar em função de natureza 
militar, ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia e preservação da ordem pública, 
administrativa ou judiciária, quando legalmente requisitado para aquele fim, ou em obediência a 
determinação legal superior. 
O inciso III pode cair, mas geralmente apenas em questão de literalidade! 
§ 1º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares contra 
civil, serão da competência do Tribunal do Júri. (militar estadual) 
 
§ 2º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares das 
Forças Armadas contra civil, serão da competência da Justiça Militar da União, se praticados no 
contexto: 
 
 I — do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo Presidente da República ou pelo 
Ministro de Estado da Defesa; 
 
II — de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de missão militar, mesmo que não 
beligerante; ou 
 
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III — de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e da ordem ou de 
atribuição subsidiária, realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da Constituição Federal 
e na forma dos seguintes diplomas legais: 
 
a) Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro de Aeronáutica; 
 
b) Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999; 
 
c) Decreto-Lei nº 1.002, de 21 de outubro de 1969 - Código de Processo Penal Militar; e 
 
d) Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral. 
 
Crimes militares em tempo de guerra 
 
Com relação ao conteúdo dos seguintes artigos, dificilmente se cobra algo além de sua literalidade. 
 
Art. 10 Consideram-se crimes militares, em tempo de guerra: 
 
I – os especialmente previstos neste Código para o tempo de guerra; 
 
II – os crimes militares previstos para o tempo de paz; 
 
III - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal comum 
ou especial, quando praticados, qualquer que seja o agente: 
 
a) em território nacional, ou estrangeiro, militarmente ocupado; 
 
b) em qualquer lugar, se comprometem ou podem comprometer a preparação, a eficiência ou as 
operações militares ou, de qualquer outra forma, atentam contra a segurança externa do País ou 
podem expô-la a perigo; 
 
IV – os crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora não previstos neste Código, quando 
praticados em zona de efetivas operações militares ou em território estrangeiro, militarmente 
ocupado. 
 
 
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Assim como foi citado no inciso I, os crimes militares em tempo de guerra estão previstos no Art. 355 do 
Código Penal Militar. Estes crimes são os mesmos do tempo de paz, porém muito mais severos e podendo 
chegar até a pena de morte. 
 
Desta forma, se alguma penalidade não é prevista na lei penal militar, mas é prevista no código penal ou na 
legislação especial, se também ocorrer em zona de operações militares ou em território estrangeiro 
militarmente ocupado, este crime militar seria considerado como crime em tempo de guerra. 
 
Militares estrangeiros 
 
Art. 11 Os militares estrangeiros quando em comissão ou estágio nas forças armadas, ficam sujeitos 
à lei penal militar brasileira, ressalvando o dispositivo em tratados ou convenções internacionais. 
 
O militar estrangeiro em comissão ou estágiono território brasileiro responderá à lei brasileira ou à lei do país 
do referente militar, sendo esta uma exceção caso haja um tratado ou convenção previamente estabelecido. 
Equiparação a militar da ativa 
 
Art. 12. O militar da reserva ou reformado, empregado na administração militar, equipara-se ao 
militar em situação de atividade, para o efeito da aplicação da lei penal militar. 
A regra é que militar da reserva ou reformado será equiparado a civil. Porém, a exceção diz que, em alguns 
casos, ele será equiparado a militar da ativa quando trabalhar para administração militar. 
 
O artigo 12 não se aplica ao militar que estiver executando determinada tarefa por determinado tempo certo. 
Essa exceção se encontra no Estatuto dos Militares, contudo o estatuto não é conteúdo que cairá na prova. 
 
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Militar da reserva ou reformado 
 
Art. 13. O militar da reserva, ou reformado, conserva as reponsabilidade e prerrogativas do posto ou 
graduação, para o efeito da aplicação da lei penal militar, quando pratica ou contra ele é praticado 
crime militar. 
Dois termos que não são cobrados, mas são importantes de entender: 
  Militar da reserva militar que prestou serviço militar ativo e que, após prestar esse serviço, passa 
para a inatividade, mas que pode ser convocado novamente. Além disso, a reserva pode ser remunerada 
ou não. 
 
  Militar reformado militar que, por um problema de saúde, precisou ser reformado e que não está 
mais na ativa, ou seja, está definitivamente aposentado. 
 
Militar na reserva ou reformado só pratica crime se for de acordo com o Art. 9º, Inciso III. 
 
Defeito de incorporação 
Art. 14. O defeito do ato de incorporação não exclui a aplicação da lei penal militar, salvo se alegado 
ou conhecido antes da prática do crime. 
Um exemplo clássico é no caso do arrimo de família (nome que se dá à única pessoa responsável pelos meios 
de subsistência da família). Desta forma, o indivíduo não pode ser convocado pelo alistamento militar 
obrigatório. 
Porém, se ele não alegar isso no ato da incorporação, em caso de crimes cometidos depois, não poderá alegar 
que não sabia. 
 
Tempo de Guerra 
Art.15. O tempo de guerra, para os efeitos da aplicação da lei penal militar, começa com a declaração 
ou o reconhecimento do estado de guerra, ou com o decreto de mobilização se nele estiver 
compreendido aquele reconhecimento; e termina quando ordena a cessação das hostilidades. 
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  Tempo de guerra tempo entre a declaração ou reconhecimento do estado de guerra até quando é 
dada a ordem de cessação das hostilidades. 
 
Contagem de prazo 
Art. 16. No cômputo dos prazos inclui-se o dia do começo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo 
calendário comum. 
O calendário comum citado pelo artigo é o calendário gregoriano. 
Além disso, o termo prazo penal propõe que o dia do início deve ser incluso, enquanto que, no prazo 
processual, acontece o contrário.
LEGISLAÇÃO ESPECIAL - SALÁRIO MÍINIMO
Art. 17. As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei penal militar especial, 
se esta não dispõe de modo diverso. Para os efeitos penais, salário-mínimo é o maior mensal vigente 
no país, ao tempo da sentença. 
Importante observação: não existe mais pena de multa no Direito Penal Militar 
 
Crimes praticados em prejuízo de país aliado 
Art. 18. Ficam sujeitos às disposições deste Código os crimes praticados em prejuízo de país em guerra 
contra país inimigo do Brasil: 
 
I - se o crime é praticado por brasileiro; 
 
II - se o crime é praticado no território nacional, ou em território estrangeiro, militarmente ocupado 
por força brasileira, qualquer que seja o agente. 
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Por curiosidade, o CPM é de 1969. Logo, esse dispositivo não tem aplicação, pois o Brasil adotará primeiro a 
territorialidade temperada e segundo a extraterritorialidade incondicionada. 
Mas, para questões de prova, é bom conhecer o artigo 18. 
 
Infrações disciplinares 
Art. 19. Este Código não compreende as infrações dos regulamentos disciplinares. 
As infrações disciplinares não são uma conduta criminosa. É um ilícito administrativo, como, por exemplo, 
apresentar-se ao serviço sem estar decentemente trajado e em condições satisfatórias de higiene pessoal, 
sendo que passará por penalidades administrativas como repreensão oral e escrita. 
Não há contravenção, multa e infração disciplinar no CPM, pois ele vai tratar apenas de questões criminais. 
 
Crimes praticados em tempo de guerra 
Art. 20. Aos crimes praticados em tempo de guerra, salvo disposição especial, aplicam-se as penas 
cominadas para o tempo de paz, com o aumento de um terço. 
Relembrar o artigo 10 ajuda a entender a exceção deste artigo ao dizer que, mesmo um crime que não esteja 
previsto em tempo de guerra, será aplicada a legislação referente a este período. 
O aumento de pena é referente aos crimes citados no artigo 10. 
 
Assemelhado 
Art.21. Considera-se assemelhado o servidor, efetivo ou não, dos Ministérios da Marinha, do Exército 
ou da Aeronáutica, submetido a preceito de disciplina militar, em virtude de lei ou regulamento. 
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Art. 22. É considerada militar, para efeito da aplicação deste Código, qualquer pessoa que, em tempo 
de paz ou guerra, seja incorporada às forças armadas, para nelas servir em posto, graduação, ou 
sujeitos à disciplina militar. 
  Posto é para oficial 
  Graduação é para praça 
Importante lembrar que este artigo é restritivo e desatualizado pelos motivos comentados no artigo 9º. 
 
Equiparação a comandante 
Art. 23. Equipara-se ao comandante, para o efeito da aplicação da lei penal militar, toda autoridade 
com função de direção. 
  Comandante → autoridade que tem função de direção. 
 
Conceito de superior 
Art. 24. O militar que, em virtude da função, exerce autoridade sobre outro de igual posto ou 
graduação, considera-se superior, para efeito da aplicação da lei penal militar. 
Superior pode ter igual posto ou igual graduação, porém é ele quem exerce autoridade. 
 
Crime praticado em presença do inimigo 
Art. 25. Diz-se crime praticado em presença do inimigo, quando o fato ocorre em zona de efetivas 
operações militares, ou na iminência ou em situação de hostilidade. 
Com relação a este artigo, pode ser cobrada sua literalidade. 
Pessoa considerada militar 
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Art. 26. Quando a lei penal militar se refere a “brasileiro” ou “nacional”, compreende as pessoas 
enumeradas como brasileiros na Constituição do Brasil. 
Tudo aquilo que é estabelecido na Constituição Federal de 1988 sobre nacionalidade, seja nato ou 
naturalizado, se aplica ao Código Penal Militar. 
 
Estrangeiros 
Parágrafo único. Para os efeitos da lei penal militar, são considerados estrangeiros os apátridas e os 
brasileiros que perderam a nacionalidade. 
  Apátrida → indivíduo que não possui nacionalidade legalmente. 
 
Os que se compreendem como funcionários da Justiça Militar 
Art. 27. Quando este Código se refere a funcionários, compreende, para efeito da sua aplicação, os 
juízes, os representantes do Ministério Público, os funcionários e auxiliares da Justiça Miliar. 
É importante ter em mente que o termo de Justiça Militar não abrange os servidores estatutários. 
 
Casos de prevalência do Código Penal Militar 
Art. 28. Os crimes contra a segurança externa do país ou contra as instituições militares, definidos 
neste Código, excluem os da mesma natureza definidos em outras leis. 
Em outras palavras, se o indivíduo atentar contra a segurança do país,ele responderá ao CPM. 
É necessário tomar cuidado pois os crimes citados neste artigo são de competência e serão julgados pela 
Justiça Federal da União. 
Os que atentam contra a segurança externa do país não são mais de responsabilidade da Justiça Militar, desde 
a alteração feita pela Lei 7.710/83. 
 
 
Referência a “Brasileiro” ou “nacional” 
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Questões de prova comentadas 
1. CESPE / CEBRASPE – DPU – Defensor Público Federal – 2010 
Diversamente do direito penal comum, o direito penal militar consagrou a teoria da ubiquidade ao considerar, 
como o tempo do crime, tanto o momento da ação ou omissão do agente quanto o momento em que se 
produziu o resultado. 
◯ Certo ◯ Errado 
RESOLUÇÃO: 
Quanto ao tempo do crime, o CPM adotou a teoria da atividade. 
Resposta: Errado. 
2. MS CONCURSOS – SEDS PE – Sargento – 2010 
Diz o artigo 1º do Código Penal Militar: 
"Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal." 
O artigo supracitado trata de qual Princípio Geral do Direito Penal Militar: 
A) Princípio da legalidade. 
B) Princípio da culpabilidade. 
C) Princípio da proporcionalidade. 
D) Princípio da ofensividade. 
E) Princípio da adequação social. 
RESOLUÇÃO: 
Ao dizer que não há crime e nem pena, pode-se completar que também não há medida de segurança devido 
ao princípio da Legalidade. Além disso, diferentemente de CP comum, essa medida no CPM é pena acessória. 
Resposta: Letra “A”. 
3. CESPE / CEBRASPE – STM – Analista Judiciário – 2011 
Com relação ao direito penal militar, julgue os itens: 
Considere que um militar em atividade se ausente de sua unidade por período superior a quinze dias, sem a 
devida autorização, sendo que, no decorrer de sua ausência, lei nova, mais severa e redefinindo o crime de 
deserção, entre em vigor. 
Nessa situação, será aplicada a lei referente ao momento da conduta de se ausentar sem autorização, 
porquanto o CPM determina o tempo do crime de acordo com a teoria da atividade. 
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◯ Certo ◯ Errado 
RESOLUÇÃO: 
Lembrando que a deserção é um crime permanente, logo aplica-se a Súmula 711 – STF). Sendo assim, a 
questão está errada, pois a lei aplicada será aquela vigente à cessação da conduta delitiva. 
Resultado: Errado. 
4. CESPE / CEBRASPE – STM – Analista Judiciário – 2011 
Julgue os itens a seguir, relativos ao direito penal militar. 
No Código Penal Militar, para efeitos de incidência da norma penal castrense, consideram-se como extensão 
do território nacional as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando militar 
ou militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda que de 
propriedade privada. E, também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves ou 
navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração militar, e o crime atente contra as 
instituições militares. 
◯ Certo ◯ Errado 
RESOLUÇÃO: 
Tendo em mente o artigo 7º, percebe-se que é cobrada a literalidade dele na questão. Lembrando de tomar 
cuidado pois o CPM utiliza a extraterritorialidade incondicionada, enquanto o CP comum utiliza a 
condicionada. 
Resposta: Certo 
5. CESPE / CEBRASPE – STM – Analista Judiciário – 2011 
Julgue os itens a seguir, relativos ao direito penal militar. 
A lei penal militar excepcional ou temporária possui disciplinamento diverso do contido no Código Penal (CP) 
comum, uma vez que preconiza, de forma expressa, a ultratividade da norma e impõe a incidência da 
retroatividade da lei penal mais benigna. 
◯ Certo ◯ Errado 
RESOLUÇÃO: 
Não existe disciplinamento diverso do ponto de vista de Lei excepcional e temporária entre o CP e o CPM. 
Essa questão está baseada no artigo 4º do CPM 
Resposta: Errado. 
6. CESPE / CEBRASPE – STM – Juiz Auditor Substituto – 2013 
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Com relação a tempo e lugar do crime, bem como à territorialidade e extraterritorialidade da lei penal militar, 
assinale a opção correta à luz do CPM e da doutrina de referência. 
A) No que se refere à aplicação da lei penal militar no espaço, adota-se no CPM, de forma expressa, os 
princípios da justiça universal ou cosmopolita, da personalidade ou nacionalidade e da defesa real. 
B) No CPM, e adotada a teoria mista em relação ao tempus delictis, considerando-se praticado o crime tanto 
no momento da conduta ou omissão quanto no momento do resultado do crime. 
C) Para os crimes permanentes e continuados, é estabelecida no CPM regra específica em relação ao tempo 
do crime, adotando-se a teoria da atividade, que se fundamenta nos princípios constitucionais da legalidade 
e da ultratividade da lei penal mais favorável ao réu. 
D) Diferentemente do sistema adotado no CP, no CPM considera-se lugar do crime apenas o lugar onde se 
tenha produzido ou deveria produzir-se o resultado, consoante a teoria do resultado. 
E) A extraterritorialidade da lei penal militar constitui regra geral no CPM, a qual se aplica, inclusive, ao caso 
de o agente de qualquer nacionalidade ter praticado crime militar e estar sendo processado ou ter sido 
julgado por justiça estrangeira. 
RESOLUÇÃO: 
A) Errado - os princípios citados não possuem nenhuma relação com o que foi dito no enunciado 
B) Errado - a teoria adotada não é a mista, mas a Teoria da Atividade 
C) Errad0 - para crimes permanentes, a lei aplicada será aquela vigente na cessação da conduta criminosa, e 
não a mais favorável ao réu. 
D) Errado - existem duas situações para crimes: os omissivos e os comissivos. Sendo assim, as teorias 
envolvidas são a Mista e a da Atividade, não a Teoria do Resultado. 
Resposta: Letra “E” 
7. CESPE / CEBRASPE – STM – Juiz Auditor Substituto – 2013 
Assinale a opção correta a respeito da aplicação da lei penal militar no tempo e das leis penais excepcionais e 
temporárias. 
A) As normas do CPM relativas aos crimes militares praticados em tempo de guerra não constituem exemplo 
de lei penal temporária. 
B) Aos condenados por crimes praticados em tempo de guerra serão aplicadas as penas mais severas 
estabelecidas, ainda que a sentença condenatória seja proferida depois da cessação do estado de guerra. 
C) Ao contrário do que ocorre no direito penal comum, no direito penal militar, a lei posterior que deixa de 
considerar determinado fato como crime estende-se aos efeitos de natureza civil. 
D) De acordo com o CPM, para se reconhecer qual a lei mais favorável, a lei posterior e a anterior devem ser 
combinadas, extraindo-se de cada uma delas o dispositivo que mais beneficie o réu. 
E) O princípio da retroatividade benigna não é aplicável às medidas de segurança. 
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RESOLUÇÃO: 
A) Errado - as leis penais em tempo de guerra são temporárias. 
B) Certo - pois se trata da lei excepcional. 
C) Errado - o CPM não é o contrário do CP comum, pois, no Código Penal Militar, os efeitos civis não são 
atingidos, apenas os efeitos penais. 
D) Errado – é proibido o cotejo, ou seja, a combinação de leis 
E) Errado - uma vez que medida de segurança é pena, o princípio da retroatividade benigna é aplicado. 
Resposta: Letra “B” 
8. CESPE / CEBRASPE – STM – Juiz Auditor Substituto – 2013 
A respeito da lei penal militar no espaço, do lugar do crime e da pena cumprida no estrangeiro, assinale a 
opção correta. 
A) O CPM pune o infrator aos seus preceitos, qualquer que seja sua nacionalidade ou o lugar onde tenha 
delinquido, dentro ou fora do território nacional, processado ou julgado por justiça estrangeira. 
B) Os prédios das embaixadas não são considerados, para o direito penal militar, como extensão do territórionacional, visto que pertencem aos Estados que representam. 
C) Para a verificação do lugar do crime, o CPM adotou, apenas, a teoria da atividade, considerando praticado 
o fato no lugar em que se tiver desenvolvido a atividade criminosa. 
D) A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou 
nesta é computada, quando idênticas. Assim, se for mais severa, a pena cumprida no estrangeiro funcionará, 
por não ser idêntica, apenas como uma atenuante, não podendo ser computada na pena aqui imposta. 
E) Da mesma forma que o CP, o CPM adota, como regra, o princípio da territorialidade e, como exceção, o 
princípio da extraterritorialidade. 
RESOLUÇÃO: 
A) Certo - Define exatamente da lei da Extraterritorialidade Incondicionada. 
B) Errado - se o prédio for de uso militar, independentemente do Estado ao qual pertence, será considerado 
como extensão do território nacional pelo conceito da extraterritorialidade incondicionada. 
C) Errado - quando se trata de lugar do crime, não se adota apenas a teoria da atividade, também se utiliza a 
teoria mista. 
D) Errado - se a pena cumprida no estrangeiro for mais severa, será computada na pena nacional imposta. 
E) Errado - o princípio da extraterritorialidade não é adotado como exceção, mas como regra. 
Resposta: Letra “A” 
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9. FUMARC – TJM MG – Oficial de Justiça – 2013 
O Direito Penal Militar consagra, no Código Penal Militar, o Princípio da Reserva Legal como um dos direitos 
individuais fundamentais. São princípios decorrentes deste: 
A) O princípio da legalidade, o princípio da ultra atividade da lei penal e o princípio da territorialidade. 
B) O princípio da irretroatividade da lei penal, o princípio da legalidade e o princípio da extraterritorialidade. 
C) O princípio da anterioridade da lei penal, o princípio da irretroatividade da lei penal e o princípio da 
retroatividade da lei mais benéfica ao réu. 
D) O princípio da retroatividade da lei penal, o princípio da aplicação da lei excepcional e o princípio da 
legalidade. 
RESOLUÇÃO: 
Os três princípios citados são decorrentes do Princípio da Reserva Legal, como solicitado pela questão. 
Resultado: Letra “C” 
10. CESPE / CEBRASPE – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – 2014 
Julgue o item que se segue, a respeito da Justiça Militar. 
O crime militar cometido no exterior é enquadrado na lei penal militar brasileira, de acordo com o Código 
Penal Militar. 
◯ Certo ◯ Errado 
RESOLUÇÃO: 
Pelo princípio, novamente, da extraterritorialidade incondicionada. Previsão do art. 7º, parágrafos 1º e 2º do 
CPM. 
Resposta: Certo. 
11. CESPE / CEBRASPE – STM – Analista Judiciário – 2018 
À luz do Código Penal Militar, julgue o item a seguir, no que diz respeito a aplicação da lei penal, 
imputabilidade penal, crime e extinção da punibilidade. 
Situação hipotética: Um soldado das Forças Armadas, no cumprimento das atribuições que lhe foram 
estabelecidas pelo ministro de Estado da Defesa, cometeu crime doloso contra a vida de um civil. 
Assertiva: Nessa situação, o autor do delito deverá ser processado e julgado pela justiça militar da União. 
◯ Certo ◯ Errado 
RESOLUÇÃO: 
A assertiva está correta, de acordo com o artigo 9º do CPM. 
Pertence a Luana Alves de Morais luanna.95@hotmail.com
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Resposta: Certo 
12. MS CONCURSOS – SEDS PE – Sargento – 2010 
Tício comete um crime durante a vigência de uma lei temporária. A citada lei agravava a pena ao fato 
praticado por Tício. Na época de seu julgamento, tal lei já não estava mais em vigor. 
Diante da situação hipotética apresentada, assinale a alternativa CORRETA: 
A) A lei temporária, embora decorrido o prazo de sua duração, aplica-se ao fato praticado durante sua 
vigência. 
B) A lei temporária não poderá ser aplicada após ultrapassado seu período de vigência. 
C) A lei temporária só poderá ser aplicada se mais benéfica ao réu. 
D) Na época do julgamento, deve-se observar a lei mais benéfica ao réu. 
E) Deve ser aplicada a lei vigente à época do julgamento, independente se mais grave ou não ao réu. 
RESOLUÇÃO: 
Importante saber que a lei excepcional ou temporária, comentada no enunciado, terá característica de ultra 
atividade. Significa, que ela será aplicada mesmo após ela ter saído de vigor. 
B) Errado - esta lei pode sim ser aplicada após seu período de vigência. 
C) Errado - mesmo não sendo benéfica ao réu, ela pode ser aplicada. 
D) Errado - por dizer que se deve observar a lei mais benéfica ao réu. 
E) Errado - no caso de crime contra uma lei temporária, não será aplicada a lei vigente à época do julgamento. 
Resposta: Letra “A” 
13. CESPE / CEBRASPE – MPE ES – Promotor de Justiça – 2010 
Assinale a opção correta com base no direito penal militar. 
A) Os crimes contra a administração militar são crimes militares próprios, ou seja, não são perpetrados por 
civis. 
B) No tocante ao lugar do crime, o CPM aplica a teoria da ubiquidade para os crimes comissivos e omissivos, 
do mesmo modo que o CP. 
C) O CPM admite retroatividade de lei mais benigna e dispõe que a norma penal posterior que favorecer, de 
qualquer outro modo, o agente deve ser aplicado retroativamente, ainda quando já tenha sobrevindo 
sentença condenatória irrecorrível. O referido código determina também que, para se reconhecer qual norma 
é mais benigna, a lei posterior e a anterior devem ser consideradas separadamente, cada qual no conjunto de 
suas normas aplicáveis ao fato. 
Pertence a Luana Alves de Morais luanna.95@hotmail.com
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D) No sistema penal castrense, a ação penal é, em qualquer hipótese, pública e incondicionada, por expressa 
disposição do CPM. 
RESOLUÇÃO: 
A) Errado - os crimes contra a administração militar podem ser cometidos por civis, com base no artigo 9º, 
inciso III do CPM, pois eles são crimes militares impróprios. 
B) Errado - o CPM aplica as teorias da ubiquidade e da atividade para os crimes comissivos e omissivos, 
respectivamente. 
C) Certo - retrata uma previsão expressa do CPM sobre ser proibida a combinação de leis. 
D) Errado - pois não é em qualquer hipótese, há exceção. 
Resposta: Letra “C” 
14. CESPE / CEBRASPE – DPU – Defensor Público Federal – 2015 
Ainda com relação ao direito penal militar, julgue o item que se segue. 
Considere a seguinte situação hipotética. Um grupamento do Exército Brasileiro estava em determinada 
comunidade urbana realizando atividade de policiamento, em apoio a processo de ocupação e pacificação da 
região, quando, em determinado dia, um civil desacatou um dos militares do referido grupamento. Nessa 
situação hipotética, segundo o entendimento do STF, a lei penal militar deverá ser aplicada e a conduta do 
civil será considerada crime militar. 
◯ Certo ◯ Errado 
RESOLUÇÃO: 
O civil cometeu crime militar, pois se enquadrou no art. 9º, inciso III do CPM, ou seja, crime contra instituições 
militares. No caso, instituição das Forças Armadas da União. Se fosse contra um policial militar, por exemplo, 
seria julgado pela justiça comum. 
Resposta: Certo. 
15. MPE PB – Promotor de Justiça – 2011 
Para efeitos da lei penal militar, considera(m)-se: I - território nacional por extensão, as aeronaves brasileiras 
onde quer que estejam, desde que sejam de propriedade das Forças Armadas do Brasil. II - praticado o delito 
militar no momento da conduta ou do resultado, diferentemente do que estabelece o Código Penal. III - navio, 
toda embarcação sob comando militar. IV - todos os crimes praticados contra a segurança externa do país, 
procedíeis mediante ação penal pública incondicionada. 
A) Apenas I e III estão erradas. 
B) Apenas I está correta. 
C) Apenas I, II e IV estão erradas. 
Pertence a Luana Alves de Morais luanna.95@hotmail.com
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facebook e instagramD) Apenas IV está correta. 
E) (Abstenção de resposta - Seção VIII, item 11, do Edital do Concurso). 
RESOLUÇÃO: 
Essa questão é para podermos discutir, uma vez que ela foi mal escrita. 
Afirmação I está errada, pois as aeronaves também podem ser de propriedade privada; 
Afirmação II está errada, incoerente; 
Afirmação III está certa; 
Afirmação IV está errada, pois os crimes contra a segurança externa do país são de competência da Justiça 
Federal, e não da Justiça Militar. 
Resposta: Letra “C” 
16. CRS – PM MG – 2019 
Para os efeitos da aplicação da lei penal militar, é CORRETO afirmar: 
a) O militar da reserva conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto ou graduação, somente 
quando contra ele é praticado crime militar. 
b) O oficial da reserva, ou reformado, conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto, quando pratica 
ou contra ele é praticado crime militar, o que não ocorre com a praça, por não haver tais prerrogativas em 
relação à sua graduação. 
c) O militar da reserva, ou reformado, empregado na administração militar, equipara-se ao militar em 
situação de atividade, para o efeito da aplicação da lei penal militar. 
d) O militar da reserva ou reformado não goza de prerrogativas do posto ou da graduação relativas à aplicação 
da lei penal militar. 
RESOLUÇÃO: 
A) Errado - pelo uso da palavra “somente”. 
B) Errado - pois também acontece com a praça. 
D) Errado - o Militar da reserva ou reformada goza de prerrogativas do posto ou da graduação relativas à 
aplicação da lei penal militar. 
Resposta: Letra “C” 
17. PM MG – Aspirante da Polícia Militar – 2018 
Considerando o estabelecido no Código Penal Militar (CPM), Decreto-Lei n. 1.001/69, acerca do lugar do 
crime, analise as assertivas abaixo e, ao final, responda o que se pede. 
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I. Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou em parte, 
e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
Il. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação omitida. 
III. Aplica-se a teoria da atividade para os crimes comissivos e omissivos. 
IV. Aplica-se a teoria do resultado para os crimes comissivos e omissivos. 
Marque a alternativa CORRETA: 
a) Somente as assertivas I, II e III estão corretas. 
b) Somente as assertivas I e II estão corretas. 
c) Somente as assertivas II e III estão corretas. 
d) Somente as assertivas I e IV estão corretas 
RESOLUÇÃO: 
Afirmação I está correta; 
Afirmação II está correta; 
Afirmação III está errado, pois utiliza-se apenas para os crimes omissivos; 
Afirmação IV está errado pois as teorias aplicadas a esses crimes são a mista e a da atividade, 
respectivamente. 
Resposta: Letra “B”, com base no artigo 6º do CPM. 
18. VUNESP – PM SP – Oficial Tecnólogo de Administração – 2013 
Para o fim da aplicação da lei penal militar, nos termos do artigo 9.0 do Código Penal Militar, a expressão 
"militar em situação de atividade" refere-se a 
a) militar atuando em razão da função. 
b) militar em serviço. 
c) militar da ativa. 
d) militar da reserva. 
e) militar reformado. 
Resposta: Letra “A”. 
19. FUNIVERSA – PM DF – Soldado da Polícia Militar – 2013 
Um soldado da polícia militar fazia patrulhamento em via pública quando se deparou com pessoa que parecia 
portar drogas. Ao aproximar-se para efetuar busca pessoal, o abordado correu para evitar a prisão, momento 
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em que o soldado efetuou disparos com a arma de fogo da corporação para impedir a fuga, com isso 
provocando a morte do civil. 
Com base na situação descrita e considerando que o Código Penal Militar prevê que a conduta de matar 
alguém corresponde ao crime de homicídio simples, assinale a alternativa correta. 
a) O soldado praticou crime militar, motivo pelo qual será julgado pela Justiça Militar do Distrito Federal. 
b) Apesar de o ato praticado pelo soldado não ser crime militar, o julgamento será realizado perante a Justiça 
Militar. 
c) A conduta praticada pelo soldado não é crime, uma vez que agiu em exercício regular de direito. 
d) Por se tratar de crime doloso praticado contra a vida de civil, a conduta do soldado não caracteriza crime 
militar, razão pela qual o julgamento ocorrerá na Justiça Comum. 
e) A conduta praticada pelo soldado não é crime, uma vez que agiu no estrito cumprimento do dever legal. 
RESOLUÇÃO: 
Essa questão não é uma das melhores, pois, apesar de ser um crime que poderia ser enquadrado como militar, 
de acordo com o artigo 9º do CPM, por ter sido praticado em serviço, o soldado seria julgado pela Justiça 
Comum. Porém, a questão não considerou como um crime militar. 
A) Errado - crime doloso contra a vida, quando cometido por militar estadual, é julgado pelo Tribunal do Júri 
(ou Justiça Comum) 
B) Errado. 
C) Errado - não existe exercício regular direito de matar 
E) Errado - não existe dever legal de matar. 
Resposta: Letra “D”. 
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Lista de questões 
1. CESPE / CEBRASPE – DPU – Defensor Público Federal – 2010 
Diversamente do direito penal comum, o direito penal militar consagrou a teoria da ubiquidade ao considerar, 
como o tempo do crime, tanto o momento da ação ou omissão do agente quanto o momento em que se 
produziu o resultado. 
◯ Certo ◯ Errado 
2. MS CONCURSOS – SEDS PE – Sargento – 2010 
Diz o artigo 1º do Código Penal Militar: 
"Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal." 
O artigo supracitado trata de qual Princípio Geral do Direito Penal Militar: 
A) Princípio da legalidade. 
B) Princípio da culpabilidade. 
C) Princípio da proporcionalidade. 
D) Princípio da ofensividade. 
E) Princípio da adequação social. 
3. CESPE / CEBRASPE – STM – Analista Judiciário – 2011 
Com relação ao direito penal militar, julgue os itens: 
Considere que um militar em atividade se ausente de sua unidade por período superior a quinze dias, sem a 
devida autorização, sendo que, no decorrer de sua ausência, lei nova, mais severa e redefinindo o crime de 
deserção, entre em vigor. 
Nessa situação, será aplicada a lei referente ao momento da conduta de se ausentar sem autorização, 
porquanto o CPM determina o tempo do crime de acordo com a teoria da atividade. 
◯ Certo ◯ Errado 
4. CESPE / CEBRASPE – STM – Analista Judiciário – 2011 
Julgue os itens a seguir, relativos ao direito penal militar. 
No Código Penal Militar, para efeitos de incidência da norma penal castrense, consideram-se como extensão 
do território nacional as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando militar 
ou militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda que de 
propriedade privada. E, também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves ou 
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navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração militar, e o crime atente contra as 
instituições militares. 
◯ Certo ◯ Errado 
5. CESPE / CEBRASPE – STM – Analista Judiciário – 2011 
Julgue os itens a seguir, relativos ao direito penal militar. 
A lei penal militar excepcional ou temporária possui disciplinamento diverso do contido no Código Penal (CP) 
comum, uma vez que preconiza, de forma expressa, a ultratividade da norma e impõe a incidência da 
retroatividade da lei penal mais benigna. 
◯ Certo ◯ Errado 
6. CESPE / CEBRASPE – STM – Juiz Auditor Substituto – 2013 
Com relação a tempo e lugar do crime, bem como à territorialidade e extraterritorialidade da lei penal militar, 
assinalea opção correta à luz do CPM e da doutrina de referência. 
A) No que se refere à aplicação da lei penal militar no espaço, adota-se no CPM, de forma expressa, os 
princípios da justiça universal ou cosmopolita, da personalidade ou nacionalidade e da defesa real. 
B) No CPM, e adotada a teoria mista em relação ao tempus delictis, considerando-se praticado o crime tanto 
no momento da conduta ou omissão quanto no momento do resultado do crime. 
C) Para os crimes permanentes e continuados, é estabelecida no CPM regra específica em relação ao tempo 
do crime, adotando-se a teoria da atividade, que se fundamenta nos princípios constitucionais da legalidade 
e da ultratividade da lei penal mais favorável ao réu. 
D) Diferentemente do sistema adotado no CP, no CPM considera-se lugar do crime apenas o lugar onde se 
tenha produzido ou deveria produzir-se o resultado, consoante a teoria do resultado. 
E) A extraterritorialidade da lei penal militar constitui regra geral no CPM, a qual se aplica, inclusive, ao caso 
de o agente de qualquer nacionalidade ter praticado crime militar e estar sendo processado ou ter sido 
julgado por justiça estrangeira. 
7. CESPE / CEBRASPE – STM – Juiz Auditor Substituto – 2013 
Assinale a opção correta a respeito da aplicação da lei penal militar no tempo e das leis penais excepcionais e 
temporárias. 
A) As normas do CPM relativas aos crimes militares praticados em tempo de guerra não constituem exemplo 
de lei penal temporária. 
B) Aos condenados por crimes praticados em tempo de guerra serão aplicadas as penas mais severas 
estabelecidas, ainda que a sentença condenatória seja proferida depois da cessação do estado de guerra. 
C) Ao contrário do que ocorre no direito penal comum, no direito penal militar, a lei posterior que deixa de 
considerar determinado fato como crime estende-se aos efeitos de natureza civil. 
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D) De acordo com o CPM, para se reconhecer qual a lei mais favorável, a lei posterior e a anterior devem ser 
combinadas, extraindo-se de cada uma delas o dispositivo que mais beneficie o réu. 
E) O princípio da retroatividade benigna não é aplicável às medidas de segurança. 
8. CESPE / CEBRASPE – STM – Juiz Auditor Substituto – 2013 
A respeito da lei penal militar no espaço, do lugar do crime e da pena cumprida no estrangeiro, assinale a 
opção correta. 
A) O CPM pune o infrator aos seus preceitos, qualquer que seja sua nacionalidade ou o lugar onde tenha 
delinquido, dentro ou fora do território nacional, processado ou julgado por justiça estrangeira. 
B) Os prédios das embaixadas não são considerados, para o direito penal militar, como extensão do território 
nacional, visto que pertencem aos Estados que representam. 
C) Para a verificação do lugar do crime, o CPM adotou, apenas, a teoria da atividade, considerando praticado 
o fato no lugar em que se tiver desenvolvido a atividade criminosa. 
D) A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou 
nesta é computada, quando idênticas. Assim, se for mais severa, a pena cumprida no estrangeiro funcionará, 
por não ser idêntica, apenas como uma atenuante, não podendo ser computada na pena aqui imposta. 
E) Da mesma forma que o CP, o CPM adota, como regra, o princípio da territorialidade e, como exceção, o 
princípio da extraterritorialidade. 
9. FUMARC – TJM MG – Oficial de Justiça – 2013 
O Direito Penal Militar consagra, no Código Penal Militar, o Princípio da Reserva Legal como um dos direitos 
individuais fundamentais. São princípios decorrentes deste: 
A) O princípio da legalidade, o princípio da ultra atividade da lei penal e o princípio da territorialidade. 
B) O princípio da irretroatividade da lei penal, o princípio da legalidade e o princípio da extraterritorialidade. 
C) O princípio da anterioridade da lei penal, o princípio da irretroatividade da lei penal e o princípio da 
retroatividade da lei mais benéfica ao réu. 
D) O princípio da retroatividade da lei penal, o princípio da aplicação da lei excepcional e o princípio da 
legalidade. 
10. CESPE / CEBRASPE – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – 2014 
Julgue o item que se segue, a respeito da Justiça Militar. 
O crime militar cometido no exterior é enquadrado na lei penal militar brasileira, de acordo com o Código 
Penal Militar. 
◯ Certo ◯ Errado 
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11. CESPE / CEBRASPE – STM – Analista Judiciário – 2018 
À luz do Código Penal Militar, julgue o item a seguir, no que diz respeito a aplicação da lei penal, 
imputabilidade penal, crime e extinção da punibilidade. 
Situação hipotética: Um soldado das Forças Armadas, no cumprimento das atribuições que lhe foram 
estabelecidas pelo ministro de Estado da Defesa, cometeu crime doloso contra a vida de um civil. 
Assertiva: Nessa situação, o autor do delito deverá ser processado e julgado pela justiça militar da União. 
◯ Certo ◯ Errado 
12. MS CONCURSOS – SEDS PE – Sargento – 2010 
Tício comete um crime durante a vigência de uma lei temporária. A citada lei agravava a pena ao fato 
praticado por Tício. Na época de seu julgamento, tal lei já não estava mais em vigor. 
Diante da situação hipotética apresentada, assinale a alternativa CORRETA: 
A) A lei temporária, embora decorrido o prazo de sua duração, aplica-se ao fato praticado durante sua 
vigência. 
B) A lei temporária não poderá ser aplicada após ultrapassado seu período de vigência. 
C) A lei temporária só poderá ser aplicada se mais benéfica ao réu. 
D) Na época do julgamento, deve-se observar a lei mais benéfica ao réu. 
E) Deve ser aplicada a lei vigente à época do julgamento, independente se mais grave ou não ao réu. 
13. CESPE / CEBRASPE – MPE ES – Promotor de Justiça – 2010 
Assinale a opção correta com base no direito penal militar. 
A) Os crimes contra a administração militar são crimes militares próprios, ou seja, não são perpetrados por 
civis. 
B) No tocante ao lugar do crime, o CPM aplica a teoria da ubiquidade para os crimes comissivos e omissivos, 
do mesmo modo que o CP. 
C) O CPM admite retroatividade de lei mais benigna e dispõe que a norma penal posterior que favorecer, de 
qualquer outro modo, o agente deve ser aplicado retroativamente, ainda quando já tenha sobrevindo 
sentença condenatória irrecorrível. O referido código determina também que, para se reconhecer qual norma 
é mais benigna, a lei posterior e a anterior devem ser consideradas separadamente, cada qual no conjunto de 
suas normas aplicáveis ao fato. 
D) No sistema penal castrense, a ação penal é, em qualquer hipótese, pública e incondicionada, por expressa 
disposição do CPM. 
14. CESPE / CEBRASPE – DPU – Defensor Público Federal – 2015 
Ainda com relação ao direito penal militar, julgue o item que se segue. 
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Considere a seguinte situação hipotética. Um grupamento do Exército Brasileiro estava em determinada 
comunidade urbana realizando atividade de policiamento, em apoio a processo de ocupação e pacificação da 
região, quando, em determinado dia, um civil desacatou um dos militares do referido grupamento. Nessa 
situação hipotética, segundo o entendimento do STF, a lei penal militar deverá ser aplicada e a conduta do 
civil será considerada crime militar. 
◯ Certo ◯ Errado 
15. MPE PB – Promotor de Justiça – 2011 
Para efeitos da lei penal militar, considera(m)-se: I - território nacional por extensão, as aeronaves brasileiras 
onde quer que estejam, desde que sejam de propriedade das Forças Armadas do Brasil. II - praticado o delito 
militar no momento da conduta ou do resultado, diferentemente do que estabelece o Código Penal. III - navio, 
toda embarcação sob comando militar. IV - todos os crimes praticadoscontra a segurança externa do país, 
procedíeis mediante ação penal pública incondicionada. 
A) Apenas I e III estão erradas. 
B) Apenas I está correta. 
C) Apenas I, II e IV estão erradas. 
D) Apenas IV está correta. 
E) (Abstenção de resposta - Seção VIII, item 11, do Edital do Concurso). 
16. CRS – PM MG – 2019 
Para os efeitos da aplicação da lei penal militar, é CORRETO afirmar: 
a) O militar da reserva conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto ou graduação, somente 
quando contra ele é praticado crime militar. 
b) O oficial da reserva, ou reformado, conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto, quando pratica 
ou contra ele é praticado crime militar, o que não ocorre com a praça, por não haver tais prerrogativas em 
relação à sua graduação. 
c) O militar da reserva, ou reformado, empregado na administração militar, equipara-se ao militar em 
situação de atividade, para o efeito da aplicação da lei penal militar. 
d) O militar da reserva ou reformado não goza de prerrogativas do posto ou da graduação relativas à aplicação 
da lei penal militar. 
17. PM MG – Aspirante da Polícia Militar – 2018 
Considerando o estabelecido no Código Penal Militar (CPM), Decreto-Lei n. 1.001/69, acerca do lugar do 
crime, analise as assertivas abaixo e, ao final, responda o que se pede. 
I. Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou em parte, 
e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
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Il. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação omitida. 
III. Aplica-se a teoria da atividade para os crimes comissivos e omissivos. 
IV. Aplica-se a teoria do resultado para os crimes comissivos e omissivos. 
Marque a alternativa CORRETA: 
a) Somente as assertivas I, II e III estão corretas. 
b) Somente as assertivas I e II estão corretas. 
c) Somente as assertivas II e III estão corretas. 
d) Somente as assertivas I e IV estão corretas 
18. VUNESP – PM SP – Oficial Tecnólogo de Administração – 2013 
Para o fim da aplicação da lei penal militar, nos termos do artigo 9.0 do Código Penal Militar, a expressão 
"militar em situação de atividade" refere-se a 
a) militar atuando em razão da função. 
b) militar em serviço. 
c) militar da ativa. 
d) militar da reserva. 
e) militar reformado. 
19. FUNIVERSA – PM DF – Soldado da Polícia Militar – 2013 
Um soldado da polícia militar fazia patrulhamento em via pública quando se deparou com pessoa que parecia 
portar drogas. Ao aproximar-se para efetuar busca pessoal, o abordado correu para evitar a prisão, momento 
em que o soldado efetuou disparos com a arma de fogo da corporação para impedir a fuga, com isso 
provocando a morte do civil. 
Com base na situação descrita e considerando que o Código Penal Militar prevê que a conduta de matar 
alguém corresponde ao crime de homicídio simples, assinale a alternativa correta. 
a) O soldado praticou crime militar, motivo pelo qual será julgado pela Justiça Militar do Distrito Federal. 
b) Apesar de o ato praticado pelo soldado não ser crime militar, o julgamento será realizado perante a Justiça 
Militar. 
c) A conduta praticada pelo soldado não é crime, uma vez que agiu em exercício regular de direito. 
d) Por se tratar de crime doloso praticado contra a vida de civil, a conduta do soldado não caracteriza crime 
militar, razão pela qual o julgamento ocorrerá na Justiça Comum. 
e) A conduta praticada pelo soldado não é crime, uma vez que agiu no estrito cumprimento do dever legal. 
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Gabarito 
 
1. Errado 
2. A 
3. Errado 
4. Certo 
5. Errado 
6. E 
7. B 
8. A 
9. C 
10. Certo 
11. Certo 
12. A 
13. C 
14. Certo 
15. C 
16. C 
17. B 
18. A 
19. D 
 
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Resumo Direcionado 
Código Penal Militar 
O CPM é o normativo brasileiro que compreende os Direitos Penais Militares. Estes, por sua vez, são um 
conjunto de normas jurídicas que prevê e regula as condutas humanas, objetificando resguardar os interesses 
das instituições militares. 
Organização da Justiça Militar 
Doutrinas e Conceitos 
Como foi dito anteriormente, os conceitos de crimes propriamente militar e impropriamente militar são 
importantes de serem estudamos e compreendidos. Logo, das quatro doutrinas mencionadas na aula, as que 
mais são cobradas em provas são as citadas abaixo. 
 
 
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Artigos Importantes do Código Penal Militar 
Lembrando que é importante ler com atenção os comentários feitos no decorrer dessa aula para cada um dos 
artigos que será citado a seguir. 
 
 
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