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Podologia Bovina Lesões, Tratamento e Controle Anderson Luiz de Araújo Introdução: Bovinocultura de leite Claudicação Mastite Infecção Uterina Perdas na Produção Perdas Econômicas: Cerca de 2% dos casos resultam em morte; Cerca de 20% de descarte para abate; Menor Desempenho Reprodutivo; Redução na produção de Leite; Aumento do Custo da Atividade com tratamentos e assistência técnica; Redução da eficiência da Mão-de-obra; Menor Longevidade Animal. Perdas Econômicas: Anatomia Básica: Vista frontal do casco Vista da Sola do casco Anatomia Básica: Vista Traseira do casco Vista lateral do casco Anatomia Básica: Corte lateral do casco 68% 12% 20% unha lateral unha medial outras partes 8% 92% membros anteriores membros posteriores Distribuição das afecções de cascos: Fatores predisponentes 1. Nutricionais 2. Ambientais 3. Genéticos; 4. Infecciosos. >> Cada fazenda possui suas características próprias Fatores predisponentes Nutricionais • São os principais fatores que predispõem a ocorrência de afecções de cascos, seja pelo excesso ou pela deficiência de nutrientes específicos; • Proteína, energia, vitaminas (Biotina) e minerais (Zinco); • A laminite é a principal ocorrência em casos de falhas no manejo alimentar; Fatores predisponentes Laminite • É uma inflamação nas laminas do casco, que prejudica a formação tecido que dá origem ao casco; • Estima-se que cerca de 60% das afecções relaciona-se com Laminite; • Ocorrência em casos de dietas ricas em carboidratos não estruturais; • Baixas percentagens de fibras na dieta; Fatores predisponentes Laminite • Laminite aguda fortes dores; são casos isolados; • Laminite crônica casos prolongados de laminite subclínica; presença de cascos achinelados; • Laminite subclínica Forma mais comum; Associada a úlceras, abscesso e hematoma. Fatores predisponentes Ambientais • Concreto, lama e cascalho; • Pisos novos são abrasivos; • Importante local de descanso; • Evitar ambientes úmidos; • Predispõem a outras lesões. Fatores predisponentes Ambientais Cascalho: Lesões na sola e espaço Interdigital Fatores predisponentes Infecciosos • Maior importância em confinamentos; • Relacionado a áreas com acúmulo de lama, fezes e urina; • Atenção dobrada para a verruga de casco. • Cuidado com instrumentos utilizados no casqueamento; • Uso do pedilúvio é de grande valia. Fatores predisponentes Genéticos • As características podais são hereditárias; • Devem ser levados em consideração na escolha de semem; • Ângulo de casco e conformação de pernas relacionados a longevidade; MELHORAMENTO GENÉTICO Monitoramento e diagnóstico: Exame dos animais durante a locomoção; Atenção a anormalidades como diminuição da produção; Atenção com os animais nos primeiros 60 dia pós-parto – Laminite. 1-Monitoramento da incidência e prevalência; 2-Duração dos casos; Lesões: Lesões na Sola Lesões no talão Lesões no tecido Interdigital Hematoma de Sola Úlcera de Sola Doença da linha branca Abscesso de Sola Erosão de talão Verruga de casco Filariose Gabarro Podridão de casco Hematoma de Sola: Derrame sanguíneo ocorrido acima da sola; Geralmente resultante de laminite subclínica; Os animais normalmente não apresentam claudição; Hematoma de sola • Não é recomendada a perfuração; • Tratamento baseado na utilização de pedilúvio. Úlcera de Sola Ferida circunscrita na sola do casco Muito comum; Causa grandes perdas; Associada à laminite e pisos de concreto Úlcera de Sola O tratamento se baseia na utilização do taco de madeira; Apresenta recuperação demorada; Casos graves: antibiótico parenteral Úlcera de Sola Doença da Linha Branca • É uma distensão da linha branca; • Geralmente provocada por corpos estranhos; Doença da Linha Branca • Prevenção através do casqueamento corretivo; • Importante o controle de umidade ambiente. Abscesso de Sola • Associado a ocorrência de Laminite; • Ocorre normalmente pela entrada de sujidades pela linha branca; • Causa claudicação intensa pela pressão no abscesso. Abscesso de Sola • Necessária a drenagem; • Pode acometer as falanges distais; • Bom resultado com utillização de taco de madeira Abscesso de Sola Erosão de Talão • Associada a ambientes sujos e úmidos; • Agente: Bacteroides nodosus; • Presença de exsudato fétido e escuro. Erosão de Talão • Necessário tratamento local. • Em casos graves utilização de antibió- ticos parenterais. Verruga de casco • Doença contagiosa; • Geralmente na região do talão; • Contágio rápido; • Morbidade pode chegar a 90 % Verruga de casco • Relacionada a presença de lama; • Higiene precária de instalações; • Alta densidade animal; • Introdução de novos animais no rebanho. Verruga de casco • Pedilúvio auxilia no controle; • Necessidade de tratamento local; • Oxitetraciclina e Lincomicina Filariose • Associada ao nematóide Stephanofilaria spp; • Causa uma dermatite ulcerativa; • Apresenta crostas. Filariose • Transmissão através de moscas; • Tratamento local; • Iodo 5% ou pasta com Organofosforado. Gabarro • Associado a ambiente sujo e úmido; • Pode estar associado a herança genética; • Reação proliferativa de tecido interdigital. Gabarro • Começa por lesão primária com objetos; • Gabarros pequenos não necessitam de tratamento. Gabarro • Gabarros maiores deve-se realizar a remoção cirurgica; • O pedilúvio auxilia no controle. Podridão do casco • Edema generalizado no espaço interdigital; • A origem geralmente é traumática; Podridão do casco • Várias bactérias estão envolvidas no processo; • Animal apresenta manqueira intensa. Podridão do casco • Tratamento baseado em antibióticoterapia parenteral; Casqueamento • Programa de caqueamento preventivo; • Geralmente na secagem dos animais Casqueamento Casqueamento preventivo: 1. Aparar as pinças das unhas maiores que 7,5 cm de comprimento 2.Rebaixar a pinça para que o animal se apóie mais na sola que no talão 3. Abrir o espaço interdigital, para facilitar a saída de sujidades; 4. Alinhar os tações para que tenha a mesma altura Casqueamento Corretivo Casqueamento Corretivo Antes Depois Casqueamento Corretivo Equipamentos Taco de Madeira • Tratamento eficiente em casos de lesões de sola; • Retorno do conforto animal e produtividade; • Consiste na fixação do taco na unha não afetada; • A fixação é feita com resina acrílica; • Apresenta altos índices de cura. Taco de Madeira • Maior duração de curativos; • Impede o desgaste da unha afetada; • Favorece o crescimento de tecido na unha afetada; • Normalmente fica de 20 a 30 dias; • A retirada deve ser realizada com a animal em estação. Prevenção e Controle • Minimizar os fatores predisponentes; • Utilização de pedilúvio; • Utilização de casqueamento preventivo; • Monitoramento da incidência de lesões podais; • Tratamento imediato de novos casos diagnosticados Pedilúvio • Excelente ferramenta de manejo para prevenção de afecções podais; • Cuidados Utilização de “lava-pés” Dimensionamento Localização Produtos químicos Concentrações Freqüência de utilização Pedilúvio Dimensões: Pedilúvio Dimensões: Pedilúvio Produtos químicos: • Produtos com características fungicidas e bactericidas; • Formol: possui característica mumificante, endurecendo o casco; • Sulfatode cobre: baixa resistência a presença de matéria orgânica; • Deve-se evitar mistura de produtos, pois não se conhecem as reações entre eles. Pedilúvio • É variável de acordo com o rebanho, época do ano e tipo de instalação; • Preventivo: duas a três vezes por semana Freqüência de utilização: Considerações Finais •As afecções podais causam enormes perdas na lucratividade da atividade • As lesões são multifatoriais • Como controle, destacam-se o pedilúvio e o casqueamento reventivo Considerações Finais •Importante o diagnóstico do problema para que a solução seja eficiente; •O conhecimento está levando a prevenção e tratamentos das afecções podais, cada vez mais eficientes OBRIGADO !!!
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