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PCC A ETICA ESPINOSA

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RESENHA DO LIVRO ÉTICA: SPINOZA
EBOOK KINDLE POR BARUCH SPINOZA (AUTOR)
A ÉTICA ESPINOSA
1. INTRODUÇÃO 
Com certeza, a Ética, escrita por Espinosa, é uma das produções mais importantes da filosofia moderna! Contudo, escrita em latim e de maneira geométrica, é surpreendentemente difícil. Isso significa que axiomas, definições, demonstrações, corolários, proposições e escólios são usados na explicação. Sim, filosofia pensada e exposta com a linguagem da matemática. Talvez por isso tantos tropecem e desistam logo nas primeiras páginas.
Alguns diriam que a Ética não é para ser lida, mas estudada. Entretanto, outros dizem que ela é a encarnação da potência pura do pensamento prático, quente como o fogo! Deleuze, por exemplo, a considera o maior livro já escrito! Mas realmente, não é fácil passar por entre axiomas, definições e proposições sem algumas dificuldades. Por isso criamos esta série, e com ela, esperamos esclarecer um pouco mais o árduo percurso pela Ética.
Num primeiro momento, seguimos o caminho que começa em Deus e o conhecimento de sua natureza, em seguida passamos pela concatenação e a relação entre mente e corpo, tudo para finalmente deixar a servidão e alcançar a liberdade. O conhecimento dos afetos é inegavelmente a parte essencial deste percurso. E teremos como aliado a força do pensamento para regulá-los e moderá-los, buscando atingir uma perfeição cada vez maior.
Para Spinoza o que os seres humanos pensam reflete diretamente na sua maneira de viver. Foi nessa obra que o filósofo trata do tema das superstições relacionadas com Deus, tentando provar a natureza racional de Deus, donde este seria o próprio Universo.
2. Desenvolvimento 
Conceito 
Espinosa (1632-1677), filósofo racional, cuja obra fundamental - Ética (1677) – constitui a síntese do seu pensamento ontológico, epistemológico, antropológico e ético, surge com um carácter profundamente inovador e revolucionário face à sua época – Renascimento – em que, apesar de se assistir ao emergir de uma nova sensibilidade científica e filosófica, ainda era profundamente marcada por um espírito de religiosidade fortemente acentuado, do qual o próprio Espinosa foi alvo e que esteve na origem da publicação póstuma da Ética (1677). 
Com efeito, Espinosa não construiu o seu sistema filosófico em resposta à religiosidade cristã, tentando provar a existência de Deus, como era prática entre os filósofos da época, preferindo erigir, antes, um pensamento que tivesse em consideração a realidade humana:
Rompendo com os preconceitos e com a crença de que o sujeito é senhor das suas determinações, Espinosa substitui na Ética a postura moralista pela de cientista natural. Os afetos ganham status, pois não são de modo algum neutros, afinal, o desejo, a alegria, a tristeza, o amor, o ódio e todos os afetos que colorem nossa existência, possuem causas determinantes e efeitos necessários dignos de conhecimento. (Filho 8, p. 48).
É, nesse sentido, que a sua obra Ética (1677) aparece como uma proposta de libertação do sujeito e das suas afeções negativas, as paixões, sempre através da razão, assente no pressuposto fundamental de que quanto maior for o conhecimento que o sujeito detiver dos mecanismos afetivos aos quais está sujeito, maior será a sua capacidade de intervenção neles e de se poder libertar das afeções negativas, substituindo-as por outras maiores e mais positivas.
 Não se tratava, portanto, de provar a dependência do humano face ao divino, mas de acordar a capacidade do humano face à sua própria transformação com vista ao alcançar da liberdade máxima, o bem supremo.
3. Biografia 
ÉTICA: Spinoza
Baruch Spinoza, foi um filósofo holandêz. Um dos grandes racionalistas e filósofos do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, ao lado de René Descartes e Gottfried Leibniz. Spinoza acreditava que Deus era a engrenagem que movia o Universo, e que os textos bíblicos nada mais eram que símbolos, os quais dispensam qualquer abordagem racional.
 De acordo com sua visão, os textos aí contidos não traduzem a realidade que envolve o Criador e sua criação. Na esfera da sociedade protestante que dominava a Holanda não havia espaço para um pensamento considerado herético como esse, portanto os líderes judeus, recebidos com clemência por estes religiosos, não podiam tolerar uma atitude que investia contra os próprios alicerces do Cristianismo. Spinoza foi acusado de blasfemador e afastado da Sinagoga de Amsterdã, sendo deserdado pela família. O livro Ética – Demonstrada à maneira dos geômetras, concluído em 1675. é a sua obra-prima e influenciou, e continua influenciando, o pensamento de inúmeros grandes filósofos.
Nascido em Amsterdã, na Holanda, em 24 de novembro de 1632, Baruch Spinoza (ou Benedito Espinoza) era descendente de judeus de origem portuguesa.
Seu pai, um comerciante bem-sucedido chamado Michael, tentou que o filho ocupasse a mesma posição no comércio, no entanto, desde pequeno Spinoza demostrou grande interesse pelos estudos.
Aprofundou suas pesquisas nas áreas da teologia, línguas, filosofia e política. No entanto, suas ideias consideradas ateístas, resultaram na excomungação de Spinoza em 27 de julho de 1656 pela comunidade judaica de Amsterdã, da qual fazia parte.
Diante disso, resolver abandonar Amsterdã passando a viver em diversos locais na Holanda: Rijnsburg, Voorburg, Haia, Leyden e Utrecht.
Ao ser excluído da comunidade judaica e vivendo em outros lugares, Spinoza teve que ganhar dinheiro, o que o levou a trabalhar no comércio e na área da pintura, ministrando aulas de desenho durante um tempo.
Embora tenha sido convidado para ser professor da Universidade de Heidelberg, Spinoza preferiu estudar e escrever sobre suas teorias e pensamentos.
Faleceu em Haia com 44 anos em 21 de fevereiro de 1677, vítima de tuberculose.
Algumas de suas frases:
· Quem vive dirigido pela razão, se esforça, tanto quanto pode, por compensar pelo amor e pela generosidade, o ódio o desprezo que tem outrem por ele.”
· “Tenho evitado cuidadosamente rir-me dos atos humanos, ou desprezá-los; o que tenho feito é tratar de compreendê-los.”
· “As coisas nos parecem absurdas ou más porque delas só temos um conhecimento parcial e estamos na completa ignorância da ordem e da coerência da natureza como um todo.”
· “Os homens enganam-se quando se acreditam livres; essa opinião consiste apenas em que eles estão conscientes das suas ações e ignorantes relativamente às causas pelas quais são determinadas.”
· “O homem livre não pensa em nada a não ser na morte; e a sua sabedoria é uma meditação não sobre a morte, mas sobre a vida.”
· “A paixão sem a razão é cega, a razão sem a paixão é inativa.”
A ética segundo Spinoza
A Ética não é apenas um clássico e a importância de uma publicação como a oferecida pela Autêntica transborda o universo daqueles que se interessam pela história do pensamento. 
Ela é uma porta para uma nova cultura, onde a ética diz respeito a uma complexa lógica de afetos e não respeito a uma lógica do dever com a qual tentou-se aparentá-la insistentemente.
 Desde esse anagrama dos afetos, a Ética de Spinoza permite pensar o que aumenta ou diminui a potencia da vida, os encontros que potencializam ao máximo a capacidade de ser afetado de um ser humano.
 Ela permite reconsiderar as forças que fazem que alguém se torne o que se é, as relações nas quais vale a pena apostar nos projetos de vida individual e coletivos. Um evento e tanto. Agora e em qualquer outro momento. Aqui e em qualquer outro espaço.
Ainda que não tenha publicado sua obra “Ética” em vida, ela foi publicada postumamente. Sua teoria em torno desse tema esboça seu pensamento racionalista radical.
A edição ainda contém o original em latim estabelecido por Carl Gebhardt em 1925, na edição da Opera Posthuma (1677). 
O texto de Gebhardt é a referência das principais traduções contemporâneas: as francesas de Charles Appuhn (publicada em 1904 e atualizada em 1934, após o trabalho de Gebhardt), Guérinot (de 1930, a preferida de Deleuze), Caillois (para a prestigiadacoleção Pléiade, de 1954), Pautrat (1988, que também contém o texto latino) e Misrahi (1990); a inglesa de Curley (1988); e a espanhola de Atilano Dominguez (2000). 
E seguirá como referência, até a conclusão do projeto de reedição integral das obras do Spinoza, em curso na Europa e coordenado por Pierre-François Moreau (ENS/Lyon), com restabelecimento de textos, novas traduções e aparato crítico (já foram publicados o Tratado Teológico-Politico, em 1999, e o Tratado Político, em 2005, em Paris pela PUF). 
A presença do original e da tradução permite variantes e outras soluções aos cultos em latim, e a reavaliação contínua das soluções propostas pelo tradutor, e nos coloca no passo das edições internacionais — o que só favorecerá a ampliação da inteligência da obra deste que Deleuze considerou “o Príncipe dos filósofos”.
Mas, para um publico maior, iniciante ou não, a tradução oferece a sonoridade do “português-brasileiro contemporâneo”, no dizer do tradutor. Segundo Lucas, biógrafo de Spinoza, ele tinha “um ar português”. O próprio Carl Gebhardt cogitou que o filósofo pensava em português — e a hipótese, nada fantasista, é um antídoto aos excessos da filologia, que por vezes substitui a compreensão efetiva dos problemas, dos conceitos, do sistema e da originalidade de Spinoza (e das filosofias em geral). E também nos cura das mistificações sobre as relações entre língua e pensamento.
Nascido em uma família de judeus ibéricos residentes na Amsterdã, Spinoza teve no português e no espanhol os idiomas falados em casa e na rua. Nas escolas da comunidade judaica estudou hebraico. 
É certo que sabia holandês, como é certo que ignorou o inglês, o alemão e o grego. 
O aprendizado do latim foi tardio, um pouco anterior à sua exclusão da comunidade, em 1656 (o texto violento do anátema acompanha a presente edição, assim como o inventário de bens deixado pelo filósofo). Já se disse ele “não era Cícero”, que o latim da Ética “parece escolar”, e que seu vocabulário sofre de “penúria”. De fato, Spinoza tomou emprestado formas e conteúdos do latim, língua científica do seu tempo.
 Mas também se nutriu da cultura barroca espanhola e dos clássicos latinos (Terêncio, Ovídio), cujas fórmulas aparecem aqui e ali na Ética, vocalizadas com o léxico metafísico da era clássica dispondo todos esses elementos sob a ordem geométrica da exposição. 
Desse modo ele imprimiu novos sentidos e orientações ao pensamento, criando uma língua filosófica: a filosofia da imanência absoluta, ou o spinozano (como propôs F. Zourabichvili). É esta língua que o leitor brasileiro encontrará, ao ler e reler a Ética.
4. Bibliografia 
 AQUINO, J. Considerações acerca do problema moral em Espinosa e Nietzsche. Pp. 179-190. Disponível em: http://www.benedictusdespinoza.pro.br/Artigo_Jefferson_Aquino_Spinoza_Nietzsche.p df
ABBAGNANO, N. (1998). Dicionário de Filosofia, São Paulo, Martins Fontes. 
BITTENCOURT, R. Para uma compreensão da política dos afetos na filosofia de Espinosa. Revista Filosofia Capital. Vol. 3. Nº 7. Pp. 83-100. (2008). 
CARDOSO, H. Espinosa e Nietzsche: elos onto-práticos para uma ética da imanência. Anais do I Seminário de Filosofia Contemporânea. Nietzsche e o pensamento francês. Londrina-PR: IEL. Vol.1.Pp. 23-33. (2006).
 .CASTRO, F. (2006). Substância, Liberdade e existência. Impasses metafísicos em Spinoza. Revista Eletrónica Internacional. Disponível em: http://www.senspublic.org/IMG/pdf/SensPublic_FCaprio_Substancia_Liberdade_e_Exi stencia.pdf. 7.
CHALMERS, A. (2000). O que é ciência, afinal? (tradução Raul Fiker). São Paulo: Brasiliense. 
ESPINOSA, B. (1992). Ética. Lisboa: Relógio d’Água.
FEYERABEND, P. (1977). Contra o Método, Rio de Janeiro, Francisco Alves.

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