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Embriologia do Sistema Digestivo

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Embriologia do Sistema Digestivo
(retirado do livro Biologia do Desenvolvimento - Scott F. Gilbert)
Posteriormente à faringe, o tubo digestivo se constringe para formar o esôfago, o qual é seguido na seqüência pelo estômago, intestino delgado e intestino grosso. As células endodérmicas geram somente o revestimento do tubo digestivo e de suas glândulas, pois células mesenquimatosas mesodérmicas irão rodear esse tubo provendo os músculos para o peristaltismo. Mais caudalmente, se desenvolvem os intestinos, e a conexão entre o intestino e o saco vitelínico é posteriormente cortada. Na terminação caudal do intestino forma-se uma depressão onde o endoderma encontra o ectoderma sobrejacente. Aqui, uma fina membrana cloacal separa os dois tecidos. Essa por fim se rompe, formando a abertura que irá originar o ânus.
	O endoderma também forma o revestimento de três órgãos acessórios que se desenvolvem imediatamente em posição caudal ao estômago. O divertículo hepático é o tubo de endoderma que se estende do intestino anterior para dentro do mesênquima circunjacente. O mesênquima induz o endoderma a se proliferar, ramificar e formar o epitélio glandular do fígado. Uma porção do divertículo hepático (aquela região mais próxima do tubo digestivo) continua a funcionar como um ducto de drenagem do fígado e um ramo desse ducto produz a vesícula biliar. O pâncreas se desenvolve da fusão dos divertículos dorsal e ventral distintos.
Ambos primórdios nascem do endoderma imediatamente caudal ao estômago, e à medida que eles crescem se aproximam um do outro, para finalmente se fundirem. Em seres humanos, somente o ducto ventral sobrevive para transportar enzimas para o intestino. Tal como outros órgãos endodérmicos, o pâncreas se desenvolve através de interações entre o epitélio e seu mesênquima associado. Ambos tecidos têm especificidades proporcionadas por sua posição ao longo do eixo ântero-posterior. Se o epitélio pancreático é cultivado num ambiente permissivo na ausência de mesênquima, ele se diferencia quase inteiramente em células de llhotas, secretoras de insulina e glucagon. Não são produzidas estruturas acinares (secretoras de quimotripsina ou amilase) nem ductos. Isso sugere que a condição de “ausência de comando” do epitélio pancreático é a de produzir hormônios endócrinos e que as células secretoras e os ductos característicos de sua função digestiva (exócrina) são resultado de suas interações com o mesênquima. O gene pdx-1 parece fornecer ao epitélio pancreático a capacidade de responder a seu mesênquima. O epitélio pancreático, portanto, pode ter capacidade endócrina autônoma, mas necessita interagir com o mesênquima para formar células exócrinas e os dutos que transportam suas secreções para o duodeno.

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