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UFF – UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Curso de Administração Pública Disciplina: Psicologia Organizacional Nome: Polo: Paracambi Matrícula: Atividade avaliativa 2 Em primeiro plano, observa-se que a concepção de aprendizagem organizacional está relacionada a um método continuado de obtenção de um tipo de conhecimento e a construção de novos saberes no âmbito: individual, grupal e organizacional, segundo Ruas (2005). Esse aspecto engloba todas as formas de aprendizagem, sejam elas formais ou informais, no contexto organizacional. É necessário que a cultura organizacional da empresa forneça instrumentos necessários para o aprendizado e o aperfeiçoamento laboral, como, por exemplo, oferta de cursos e projetos de capacitação profissional, disposição de ferramentas adequadas para o trabalho e condições favoráveis que contribuam para a construção de um ambiente organizacional participativo com o objetivo de otimizar as tarefas laborais. Destaca-se que, para Santos, ao ser estimulado na organização um ambiente aberto à inovação e à criatividade, será possível perceber um aumento no nível de satisfação dos colaboradores, bem como refletindo no bom desempenho dos resultados previstos. O objetivo desses programas de aprendizagem organizacional, conforme Abrucio (1997), é desenvolver ao máximo o capital intelectual da organização, com a finalidade de entregar aos clientes produtos e serviços com a melhor qualidade, de produzir o retorno do investimento aperfeiçoado para a organização e de constituir condições de realização pessoal para os trabalhadores. Ressalta-se que, ao longo do tempo, as organizações têm desenvolvido um comportamento mais flexível no ambiente de trabalho, transformando um eventual erro que poderia gerar custos extras em um episódio de aprendizado para o colaborador. Isso pode ser observado através de uma análise de correção posterior ao evento, por meio de feedback a fim de converter a experiência negativa em uma oportunidade para aprender. No campo da administração pública, pode ser observado, de forma sucinta, um processo de evolução em três modelos básicos de gestão: patrimonialista, baseado na 1 dominação tradicional, segundo Weber (2004), relacionava-se com a apropriação de recursos estatais por um grupo político ou segmento privado; burocrático, com o objetivo de separar interesses públicos dos privados, de modo racional, metódico e com regras específicas que ocasionalmente gerava lentidão, alto custo e ineficiência na gestão pública, de acordo com Bresser Pereira (1996); e gerencial, conforme Martins (1997), utilizou-se ferramentas da administração privada e ideais neoliberais, adotando uma postura de controlar os resultados posteriormente, fornecendo maior autonomia, flexibilidade e participação social nas ações políticas, além de outras características. Assim, convém mencionar que a implantação desse modelo gerencial tornou a gestão pública mais eficiente. Ao adotar instrumentos de organização da iniciativa privada, sendo devidamente adaptados para execução das atividades nos órgãos públicos, houve melhor rendimento nos atos da administração e nas ações estratégicas do governo. Algumas dessas ferramentas foram: accountability, envolvendo um conjunto de práticas, realizadas pelo gestor, a fim de servir de apoio na prestação de contas e na responsabilização por suas ações; planejamento estratégico nos planos de governo, por meio de instrumentos que auxiliem nos objetivos e no controle das atividades, como o plano plurianual (PPA), lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e lei orçamentária anual (LOA); avaliação e indicadores de desempenho; e outras formas. Vale citar os principais tipos de aprendizagem: estratégica, empreendedora, transformacional, tarefas, sistêmica, cultural, liderança e equipe. Essas aplicações desenvolvem as habilidades individual e organizacional orientando no processo de melhorias. Portanto, a aprendizagem organizacional aplicada na administração pública teve um papel fundamental no aprimoramento da gestão dos recursos públicos. Destaca-se que a adoção de práticas envolvendo aprendizagem e capacitação profissional dos servidores públicos contribui para celeridade das atividades e dos atos administrativos de modo eficiente. Nesse sentido, o contribuinte seria o maior beneficiado pelo bom serviço fornecido pelo administrador público. 2 Referências bibliográficas RUAS, Roberto Lima; ANTONELLO, Claudia Simone; BOFF, Luiz Henrique. Aprendizagem Organizacional e Competências. Porto Alegre: Bookman, 2005. ABRUCIO, F. L. O impacto do modelo gerencial na Administração Pública: Um breve estudo sobre a experiência internacional recente. Caderno ENAP, Brasília, n. 10, p. 1-52, 1997. BRESSER PEREIRA, L. C. (janeiro-abril de 1996). Da Administração Pública Burocrática à Gerencial. Revista do Serviço Público, v. 47, n.1, p. 7-29, 1996 WEBER, Max.Economia e Sociedade.São Paulo: UnB, 2004. MARTINS, Humberto Falcão.Revista do Serviço Público, Brasília, v. 48, n. 1, p. 43-79, jan./abr., 1997. SANTOS, Ânderson Ferreira dos. Evolução dos Modelos de Administração Pública no Brasil. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Edição 04. Ano 02, Vol. 01. pp 848-857. 3
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