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DESAFIOS LICENCIAMENTO AMBIENTAL

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Desafio 1 - Histórico, conceitos, objetivos e tipos de licença
A função principal do licenciamento ambiental é garantir que não ocorram impactos ambientais negativos no meio ambiente, ou então que estes sejam minimizados por meio de ações que devem ser descritas e respeitadas. Para isso, diferentes tipos de licenças são implantadas, cada uma apresentando diferentes funções e exigências.
1- Com base nas informações obtidas na área, seu chefe quer saber se a licença prévia será deferida ou indeferida. Justifique sua escolha.
2- Quais serão os impactos ambientais que podem ocorrer na área com a implantação do empreendimento? Apresente três impactos ambientais positivos e três impactos ambientais negativos.
Padrão de resposta esperado
1- Com base nas informações obtidas, a licença prévia será deferida, desde que seja respeitada a faixa mínima de vegetação às margens do recurso hídrico. Como este possui 3 m de largura, deve-se respeitar 30 m de cada lado do córrego, pois essa área é considerada uma área de preservação permanente (APP), defendida pela Lei Federal nº 12.651/2012, popularmente conhecida como Novo Código Florestal, a qual estabelece, entre outros, normas gerais sobre a proteção de vegetação e APPs.
2- Os impactos ambientais que podem ocorrer na área com a implantação do empreendimento são:
IMPACTOS AMBIENTAIS POSITIVOS:
Aumento da empregabilidade.
Com o surgimento de um novo empreendimento, novas vagas de trabalho serão abertas.
Aumento da arrecadação de impostos municipais.
Por meio dos impostos, o município irá arrecadar mais dinheiro, que poderá ser utilizado em melhorias a toda comunidade, como nas pavimentações, no ensino, na saúde, na educação, entre outras.
Projetos de educação ambiental.
A empresa poderá realizar projetos que incentivem a preservação do meio ambiente, tanto com seus colaboradores como com a sociedade em geral.
IMPACTOS AMBIENTAIS NEGATIVOS:
Retirada da vegetação nativa.
Mesmo a vegetação no local sendo de pequeno porte, indicativo de atividades antrópicas recentes, poderá ocorrer a erosão dos solos, diminuindo a fertilização dele. Os sedimentos podem percorrer longas distâncias, ocasionando o assoreamento de recurso hídrico próximo, caso não sejam tomados cuidados.
Contaminação do solo em razão do derramamento de produtos químicos.
Como consequência do derramamento de produtos químicos (como óleo de máquinas de terraplanagem), irão ocorrer alterações nas características químicas do solo.
Alteração do relevo natural da área.
Com a alteração do relevo (em razão da terraplanagem no local) e a impermeabilização da área, a infiltração da água da chuva irá diminuir e, consequentemente, poderá haver interferência em recursos hídricos superficiais e subterrâneos.
Desafio 2 - Importância do licenciamento
O Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) foi instituído pela Lei n.º 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto 99.274, de 06 de junho de 1990, sendo constituído pelos órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e pelas Fundações instituídas pelo Poder Público e responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental.
Seu desafio agora é explicar a Ricardo quais as vantagens que o empreendimento dele pode obter com o encaminhamento do licenciamento ambiental. Apresente três benefícios ambientais e três benefícios econômicos, e não esqueça que os benefícios devem estar de acordo com o empreendimento em questão.
Padrão de resposta esperado
Ao obter o licenciamento ambiental, o empreendimento de Ricardo poderá ter os benefícios a seguir.
Benefícios ambientais
1. Redução do consumo de água: como, atualmente, o sistema de tratamento de efluentes não atende à legislação, o proprietário deverá realizar melhorias a fim de que o efluente atente aos parâmetros mínimos exigíveis. Com essas melhorias pode-se também trabalhar o reuso de água para outras atividades, como limpeza do piso, descargas sanitárias, irrigação, entre outras.
2. Correto gerenciamento dos resíduos sólidos: com o licenciamento em mãos, o empreendimento poderá procurar empresas que recolham as embalagens plásticas de produtos de higiene. Muitas empresas responsáveis pelo recolhimento e pelo correto destino de resíduos só aceitam os materiais se as empresas possuírem licenciamento ambiental.
3. Diminuição de perdas: o licenciamento pode ajudar a reduzir perdas na produção como, por exemplo, vazamentos, pois todo o processo produtivo deverá ser analisado. Obviamente que o licenciamento não objetiva descrever como exatamente ocorre a produção. No entanto, visto que a mesma funciona como uma ferramenta de gestão ambiental, poderão ser identificados alguns gargalos.
Benefícios econômicos/sociais
1. Redução da conta de água: após o reuso de água e o controle de possíveis vazamentos, a conta de água será reduzida, uma vez que se estará deixando de consumir água potável para utilizar água que já foi servida para fins menos nobres.
2. Marketing verde: com o licenciamento, a empresa poderá obter mais clientes, uma vez que suas atividades estarão conforme mandam os critérios ambientais.
3. Melhora do espaço ocioso: após o recolhimento das embalagens (resíduos), haverá mais espaço livre nas imediações do empreendimento. Com isso, será possível melhorar o layout da empresa, agilizando a lavagem de objetos, por exemplo.
Desafio 3 - Legislação ambiental pertinente
Os profissionais da área ambiental devem procurar o órgão ambiental competente sempre que necessitarem realizar um licenciamento ambiental.
Sabendo que o produtor visa a respeitar os mesmos 17 metros de distância do recurso hídrico para a construção do novo aviário, seu desafio consiste em responder aos seguintes questionamentos:
I. Com base em que legislação você, como engenheiro agrícola, poderá ajudar seu cliente?
II. O órgão ambiental municipal está certo ou errado em não querer renovar a licença ambiental do aviário já existente? Qual a faixa mínima de área de preservação permanente (APP) que o produtor terá que respeitar?
III. Qual a importância do cadastro ambiental rural (CAR) no processo de licenciamento ambiental?
IV. Há alguma possibilidade de seu cliente conseguir a licença ambiental do aviário novo?
Justifique suas respostas.
Padrão de resposta esperado
I. Nesse caso, o licenciamento ambiental deverá estar baseado no Novo Código Florestal (Lei n.º 12.651, de 25 de maio de 2012, regulamentada pelo Decreto n.º 7.830, de 17 de outubro de 2012).
II. A prefeitura municipal está totalmente equivocada em não querer renovar o licenciamento ambiental do aviário já existente, pois, de acordo com o Novo Código Florestal (Lei n.º 12.651/2012), o produtor rural encontra-se em uma área rural consolidada (área com ocupação antrópica anterior a 22 de julho de 2008). Além disso, conforme essa mesma lei, as áreas rurais consolidadas apresentam faixas mínimas de preservação ambiental diferentes às margens de recursos hídricos. No caso do produtor rural, ele já tem o aviário há mais de 20 anos, logo, a faixa mínima que ele terá que respeitar é de 5 metros, visto que ele tem apenas 10 hectares de terra, estando inserido dentro da faixa de até 1 módulo fiscal descrito pelo Novo Código Florestal. Assim, a benfeitoria não se encontra ilegal e deverá ter sua licença renovada, pois está distante 17 metros do recurso hídrico.
III. Antes de requer o licenciamento ambiental, o produtor rural deverá realizar o cadastro ambiental rural (CAR) de suas terras. O CAR é a principal ferramenta prevista na nova lei ambiental (Lei n.º 12.651/2012) para conservação do meio ambiente, adequação ambiental de propriedades, combate ao desmatamento ilegal e monitoramento de áreas em restauração, auxiliando no cumprimento das metas nacionais e internacionais para manutenção de vegetação nativa e restauração ecológica de ecossistemas. Além disso, o órgão municipal ambiental não poderá liberar o licenciamento de atividades rurais sem ser apresentado o recibo de inscrição no cadastro ambiental rural.IV. Como o produtor visa a respeitar apenas 17 metros do recursos hídricos, o órgão ambiental municipal está correto em não querer liberar a licença ambiental dentro da área de preservação permanente (APP). O Novo Código Florestal deixa claro que atividades antrópicas anteriores a 22 de julho de 2008 devem respeitar uma faixa mínima de 5 metros de recursos hídricos para propriedades de até 1 módulo fiscal. O novo aviário não se enquadra nesse critério e deverá respeitar faixa mínima de 30 metros do recursos hídricos, pois o recurso hídrico tem 2 metros de largura, ou seja, a única forma do produtor conseguir construir o novo aviário é se ele ficar distante no mínimo 30 metros do córrego.
Desafio 4 - Autorizações ambientais
As autorizações são concedidas para estabelecer as condições de realização ou operação de empreendimentos, atividades, pesquisas e serviços de caráter temporário ou para executar obras que não caracterizem instalações permanentes.
Nesse caso, visando auxiliar seu cliente, responda às perguntas a seguir:
a) O que seu cliente deverá providenciar visando ao transporte e à comercialização dessas madeiras?
b) Quais os principais objetivos dessa nova autorização?
c) Caso não haja tempo suficiente para cortar a vegetação e a autorização municipal venha a perder a validade, poderá ser requerida uma renovação dela? Justifique sua resposta.
Padrão de resposta esperado
a) Em primeiro lugar, cabe ressaltar que o órgão ambiental municipal concedeu a autorização visando à supressão da vegetação, sendo que nessa autorização deverá constar se a madeira poderá ou não ser comercializada e transportada. Caso a comercialização e o transporte sejam permitidos pelo órgão ambiental, é necessário uma outra autorização, emitida pelo Ibama, conhecida como documento de origem florestal. Esse documento é instituído pela Portaria n° 253, de 18 de agosto de 2006, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), e representa a licença obrigatória para o controle do transporte de produto e subproduto florestal de origem nativa, inclusive o carvão vegetal nativo, em substituição à autorização de transporte de produtos florestais (ATPF).
b) O DOF acompanhará, obrigatoriamente, o produto ou subproduto florestal nativo, da origem ao destino nele consignado, por meio de transporte individual: rodoviário, aéreo, ferroviário, fluvial ou marítimo. A disponibilização do DOF no Portal Nacional de Gestão Florestal proporciona diversos objetivos, tais como:
- Descobrir quais os produtos de origem florestal explorados no Brasil.
- Analisar os principais polos produtores e consumidores.
- Analisar o fluxo dos produtos de origem florestal no âmbito interestadual e intermunicipal.
- Analisar o tipo de transporte usado para essa atividade.
- Descobrir qual o principal fim desses produtos.
c) Sim, a autorização poderá ser renovada. Porém, cabe ressaltar que, como se trata de uma autorização, sua validade máxima não pode passar de um ano, ou seja, como o município já concedeu a autorização inicial com validade de 90 dias (três meses), a renovação pode ser de no máximo nove meses. É importante ressaltar que não é o proprietário que irá julgar qual o novo prazo de supressão da vegetação, e sim o próprio órgão ambiental. Essa renovação da autorização só irá ocorrer caso a atividade esteja respeitando todas as condicionantes descritas na autorização.
Desafio 5 - Crimes ambientais
Crime ambiental é ocasionado para toda e qualquer ação que causar poluição, de qualquer natureza, que resulte ou possa resultar em danos à saúde ou em impactos ambientais, que provoque a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora.
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Seu desafio, como futuro profissional da área ambiental, consiste em redigir um pequeno texto informando se ocorreu ou não um crime ambiental, bem como justificar sua resposta. Em caso afirmativo, quais tipos de crimes ambientais poderiam enquadrar-se nesse cenário e qual medida deve ser adotada visando a recuperação da área?
Padrão de resposta esperado
A resposta para esse cenário é SIM, com toda certeza ocorreu crime ambiental. De acordo com a Lei n.º 9.605/98, a qual dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, todas as agressões ao meio ambiente e seus componentes, que ultrapassam os limites estabelecidos por lei, são considerados crimes ambientais. Além disso, poderá ser estabelecido crime ambiental toda conduta que ignora normas ambientais legalmente estabelecidas, mesmo que não sejam causados danos ao meio ambiente.
Nesse caso específico, os seguintes tipos de crimes ambientais foram cometidos diretamente:
Crime contra a flora: destruir vegetação nativa sem a devida autorização implica em um crime ambiental. Dessa forma, mesmo não havendo supressão de árvores ou espécies vegetais de maior porte, André retirou a cobertura vegetal nativa, uma vez que o bioma pampa se caracteriza por apresentar esse tipo de vegetação mais rala.
Poluição e outros crimes ambientais: pelo fato do produtor rural ter retirado a vegetação nativa e introduzido exemplares arbóreos exóticos, como pinus e eucalipto, esse tipo de crime é aplicado.
Crime contra o patrimônio cultural: devido ao fato de a atividade invadir uma unidade de conservação, esse tipo de crime é aplicado. As unidades de conservação (UC) são espaços territoriais, incluindo seus recursos ambientais, com características naturais relevantes, que têm a função de assegurar a representatividade de amostras significativas e ecologicamente viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas do território nacional e das águas jurisdicionais, preservando o patrimônio biológico existente.
Infrações administrativas: o Secretário Municipal do Meio Ambiente não solicitou o licenciamento ambiental, apresentando, sobretudo, os impactos ambientais que poderiam ocorrer com tal atividade, não respeitando os princípios básicos, como a impessoalidade e a moralidade, principalmente. Não importa se André auxiliou na campanha política do atual prefeito, perante a lei, todos são iguais.
Além do produtor rural pagar multa, ele deverá realizar a prestação de serviços à comunidade. Segundo art. 23º da Lei n.º 9.605/98, um desses serviços será a recuperação de áreas degradadas. Ou seja, deverá ser elaborado, por profissionais habilitados, um projeto ambiental descrevendo quais as medidas adotadas visando a recuperar as características físicas, químicas e biológicas da área o mais rápido possível. Além disso, deverá ser entregue um cronograma com as atividades propostas.
Desafio 6 - Procedimentos para a obtenção das licenças ambientais
É comum, principalmente em municípios de pequeno porte, serem contratadas empresas (mediante processo de licitação) para a realização de pareceres técnicos de projetos de licenciamento ambiental, projetos de recuperação de áreas degradadas (PRAD), entre outros.
Dessa forma, como biólogo responsável do Departamento Municipal do Meio Ambiente, responda:
- Qual a primeira medida que você deverá tomar em relação a esse projeto ambiental?
- Além da medida, você deverá apresentar um parecer técnico. Ele será favorável ou desfavorável? O parecer deve estar baseado nas informações apresentadas no projeto ambiental. Justifique sua resposta.
Padrão de resposta esperado
Como o requerente entregou toda a documentação necessária para iniciar os tramites no órgão ambiental, visando a obter a licença ambiental, a primeira medida que se deve tomar é ir até a área. Jamais o responsável técnico do órgão poderá se basear unicamente nas informações descritas no projeto ambiental. Ou seja, deve-se fazer uma visita técnica analisando a área num todo e seu entorno e os impactos ambientais que poderão ocorrer com a implantação do empreendimento. Por se tratar de uma licença prévia, deve-se tomar muito cuidado para nada passar despercebido. Após a vistoria, deve-se analisar o projeto ambiental entregue e se ele realmente está de acordo coma realidade.
Após a vistoria na área e com base nas informações apresentadas nos documentos entregues, bem como no projeto ambiental, o parecer técnico (nesse caso específico) será desfavorável. Essa decisão baseia-se nos seguintes critérios:
- Como diagnóstico ambiental, o responsável técnico apresenta apenas o meio abiótico, deixando de lado o meio biótico e socioeconômico. Mesmo havendo uma vegetação nativa esparsa na área, deve ser entregue ao órgão ambiental um laudo descrevendo essa vegetação e ressaltando a quantidade de mudas e o local onde serão plantadas, visando à compensação vegetal. Deve-se analisar a situação socioeconômica, quais atividades se encontram nos arredores e se serão prejudicadas.
- A compactação do solo não é o único impacto ambiental da área. Por isso, deverá ser entregue um relatório de impactos ambientais. Esse relatório deve abordar a questão geológica da área, pois postos de gasolina têm tanques de armazenamento subterrâneo, com o que se deve tomar muito cuidado, pois, caso apresentem vazamentos, poderá haver contaminações gigantescas. Dessa forma, o laudo geológico, elaborado por um engenheiro de minas ou por um geólogo, visa a descrever o tipo de solo e a profundidade do lençol freático.
- Deverá ser entregue a anotação de responsabilidade técnica (ART) do responsável técnico (no caso, o engenheiro químico). Além disso, apenas esse profissional não tem habilidade técnica para elaborar o projeto ambiental sozinho. Deve ser entregue também a ART de um biólogo/engenheiro florestal (responsável pelo laudo da vegetação) e do engenheiro de minas/geólogo (responsável pelo laudo geológico). É fundamental que as ARTs estejam pagas, pois somente assim terá validade no respectivo conselho de classe (CREA, CrBio, CRQ).
No parecer técnico, deverá constar quanto tempo o empreendedor tem para providenciar as alterações e protocolá-las no órgão ambiental.
Desafio 7 - Condicionantes e prazos de validade
As condicionantes são compromissos assumidos pelos empreendedores, ainda durante o processo de licenciamento ambiental de seus empreendimentos, e têm como objetivo evitar, mitigar ou compensar os impactos ambientais e sociais que determinado empreendimento ou atividade poderá ocasionar.
Dessa forma, seu cliente precisa saber:
1. Se ele necessita encaminhar uma nova licença ambiental ao órgão ambiental, ou pelo fato do estabelecimento já possuir licenciamento, deverá esperar a licença em vigor vencer, e só então encaminhar as alterações?
2. Caso ocorra uma fiscalização ambiental, o órgão ambiental poderá impor algum tipo de sanção ao estabelecimento? Justifique suas respostas com argumentos plausíveis.
Padrão de resposta esperado
1. Se ele necessita encaminhar uma nova licença ambiental ao órgão ambiental, ou pelo fato do estabelecimento já possuir licenciamento, deverá esperar a licença em vigor vencer, e só então encaminhar as alterações?
O órgão ambiental deve ser informado das alterações que irão ocorrer no estabelecimento. TODAS as licenças ambientais colocam como condicionante que o estabelecimento deve informar ao órgão ambiental as alterações na área construída, capacidade de produção ou tratamento/destinação de resíduos, entre outros. Mesmo possuindo licenciamento ambiental, esta licença autoriza o funcionamento dos atuais 200m², especificando que a empresa possui capacidade máxima de tratamento de efluentes de 10m³ diários. Porém, a empresa irá mais que duplicar sua área construída, passando de 200m² para 450m². Com isso, tem-se uma aumento de 60% na capacidade de lavagem, passando dos atuais 600kg para 960kg diário. Além disso, a metragem cúbica de tratamento de efluente será totalmente alterada, passando de 8m³ para 12,8m³, aproximadamente 13m³. Ou seja, toda a estação de tratamento atual deverá ser redimensionada, pois não irá realizar o tratamento dos efluentes de forma correta e, dessa forma, não atendendo os parâmetros estipulados em legislações. Além disso, poderão ocorrer novos impactos ambientais negativos na área, os quais não estão descritos na licença em vigor. Com isso, a empresa irá alterar seu grau poluidor, além de passar de pequeno para médio porte.
Dessa forma, o órgão ambiental municipal deverá ser informado das alterações no estabelecimento, sendo encaminhado um pedido de obtenção de licença prévia e, após deferimento, deverá ser encaminhado um pedido de licença de instalação. Quando o estabelecimento solicitar a licença de operação, esta irá abordar toda a área do empreendimento, ou seja, dos futuros 450m³, além de descrever que o estabelecimento realiza o tratamento de 13m³ de efluentes diários.
2. Caso ocorra uma fiscalização ambiental, o órgão ambiental poderá impor algum tipo de sanção ao estabelecimento?
Caso a lavanderia não tenha informado ao órgão ambiental as alterações no empreendimento, ou então, caso o tenha, mas não está respeitando as condicionantes impostas na licença ambiental, o órgão ambiental poderá aplicar sanção. Estas sanções podem ser:
- Notificações, dando um prazo para a empresa apresentar projeto ou estudos adicionais.
- Sanções (multas em dinheiro).
- Caso a empresa não tenha apresentado as exigências impostas, poderá ter a licença ambiental suspensa temporariamente, e dessa forma, impedindo o funcionamento do estabelecimento até adequações, ou em casos mais graves, a cassação da licença ambiental por não estar respeitando as legislações ambientais em vigor.
Desafio 8 - Estudos ambientais: definição, objetivos e importância
Sabe-se que o licenciamento ambiental é um procedimento que envolve uma equipe multidisciplinar, pois é necessário analisar os impactos ambientais do meio abiótico e biótico. Veja a situação a seguir.
Visando a construção de uma Pequena Central Hidrelétrica-PCH, a empresa Construct, após 1 mês de muitos estudos ambientais, encaminhou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para o órgão ambiental estadual, uma vez que a área de inundação ultrapassa limites municipais. Após o corpo técnico do órgão estadual realizar vistoria e apresentação do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para a população, foi possível concluir o seguinte:
Percebe-se que a empresa analisou a fauna, a flora e as características da população vizinha ao empreendimento porém, você, como responsável pelo licenciamento ambiental do órgão estadual, julga que essa análise está correta? Você emitiria um parecer técnico favorável ou desfavorável à construção dessa hidrelétrica? Justifique suas respostas com argumentos plausíveis.
Padrão de resposta esperado
Com base nas informações, o parecer deverá ser DESFAVORÁVEL. São vários os erros cometidos nesse estudo ambiental, pois a fauna, a flora e as características da população vizinha foram analisadas de forma superficial. Entre os erros cometidos, pode-se citar:
Em relação à fauna:
Tempo de duração do estudo: o estudo ambiental levou apenas 1 mês para ser concluído, o que provavelmente não aborda boa parcela da realidade, principalmente em relação à fauna. Muitas espécies de animais são migratórias, principalmente as aves. Dessa forma, o estudo deve levar, no mínimo, 1 ano, analisando todos os animais presentes na área afetada. Além disso, muitas espécies de peixes sobem os rios para procriar (fenômeno conhecido como piracema), e isso não consta no respectivo estudo ambiental.
O estudo analisou unicamente os mamíferos presentes na área: de acordo com a Lei Federal n.º 5.197, de janeiro de 1967, art.1º: “os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase de seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora de cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são propriedades do Estado, sendo proibida sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha”. Dessa forma, é necessário analisar as espécies de aves, peixes, répteis, anfíbios e insetos também. Caso haja a presença de alguma espécie ameaçada de extinção, o empreendimento não poderá sair.
Em relação à flora:
Não se sabe ao certo qual é a altura da lâmina da água:este é um erro gravíssimo, interferindo nos impactos ambientais da área. É fundamental para o levantamento da cobertura vegetal e do cálculo de supressão saber qual é a área afetada.
Laudo geológico:
O solo no local é arenoso: este tipo de solo é extremamente sensível e vulneral à erosão, provocando o assoreamento do leito do rio e a perda de taludes.
População:
O sustento principal é a pesca: além da PCH afetar negativamente as espécies de peixes, os moradores também serão afetados. Estes provavelmente irão perder sua principal fonte de renda. Não é possível apenas pensar em um curto prazo de tempo para ajudar os moradores, dando emprego na construção da PCH. Deve-se pensar o que será feito para auxiliar essa população após o término das obras.
Indenização falha: como os moradores afetados caracterizam-se por terem mais de 50 anos, muitos nasceram e foram criados nesse local, não é possível apenas desapropriar suas terras. Deve haver uma preocupação com o futuro desses moradores.
Desafio 11 - Estudo de impacto ambiental (EIA)
A apresentação de EIA/RIMA deve ser feita apenas nos casos de atividades potencialmente causadoras de significativa degradação do meio ambiente.7 
Dessa forma, seu desafio consiste em responder se a construção do aeroporto necessita ou não da elaboração de um Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA). Justifique sua resposta, indicando a legislação que você usou para se basear.
Quais são os impactos ambientais negativos que um aeroporto poderia ocasionar (cite pelo menos três)?
Lembre-se que a construção do aeroporto é para pequenas aeronaves, principalmente agrícolas, e alguns voos esporádicos de passageiros.
Padrão de resposta esperado
A resposta para este desafio é SIM, o aeroporto, mesmo sendo de pequeno porte, com capacidade para pequenas aeronaves, precisará apresentar o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA).
Essa exigência está baseada na Constituição Federal, art. 225, IV, a qual exige a apresentação de EIA/RIMA apenas nos casos de “atividades potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente. Dessa forma, a Constituição Federal define que os aeroportos estão sujeitos a EIA/RIMA nos processos licenciatórios. Na secção V, artigo 43, da Lei n.º 7565, de 19 de dezembro de 1986, a qual dispõe sobre o código brasileiro de aeronaves, são descritas algumas restrições nas imediações de qualquer aeroporto. As restrições são relativas ao uso das propriedades quanto a edificações, instalações, culturas agrícolas e objetos de natureza permanente ou temporária, e tudo mais que possa embaraçar as operações de aeronaves ou causar interferência nos sinais dos auxílios à radionavegação ou dificultar a visibilidade de auxílios visuais.
Essa exigência de EIA/RIMA deve-se pois os aeroportos podem apresentar uma série de impactos ambientais, como, por exemplo:
Impactos ambientais decorrentes das aeronaves:
- Ruído aeronáutico: afetando a população vizinha ou mesmo interferindo na fauna local.
- Emissão de gases: oriundo da queima de combustíveis fósseis, como o monóxido de carbono e óxido de nitrogênio.
- Geração de resíduos sólidos e líquidos: derramamento de combustível ou resíduos de pneus e peças de manutenção das aeronaves.
Impactos ambientais decorrentes da construção do aeroporto:
- Geração de resíduos sólidos e líquidos.
- Emissão de gases.
- Danos à fauna e à flora: destruição do ecossistema natural durante a construção.
Interferência nos recursos naturais, como solo ou recursos hídricos. Muitas vezes são utilizados poços artesianos para abastecimento dos aeroportos, o que pode provocar a contaminação do lençol freático se não houver cuidado.
Desafio 12 - Relatório de impacto ambiental (RIMA)
A construção do relatório de impacto ambiental (RIMA) deve ser feita da mesma forma que a construção do estudo de impacto ambiental (EIA), com os mesmos conteúdos e etapas. No entanto, o RIMA deve ser escrito com uma linguagem mais acessível, ou seja, da forma mais simples possível.
Você, como futuro profissional da área ambiental, concorda com as respostas dadas pelo técnico da prefeitura?
Existe alguma forma de os moradores terem suas dúvidas respondidas?
Mesmo se tratando de uma pequena central hidrelétrica (PCH), ela necessita ou não do EIA/RIMA?
Justifique suas respostas.
Padrão de resposta esperado
O responsável pela prefeitura está totalmente equivocado em suas respostas. Mesmo se tratando de uma PCH, o EIA/RIMA deve ser apresentado, pois, segundo a Constituição Federal, em seu art. 225, IV, atividades potencialmente causadoras de significativa degradação do meio ambiente devem apresentar o EIA/RIMA. Assim sendo, qualquer obra hidráulica para exploração de recursos hídricos (hidrelétricas), independentemente do porte, está sujeita a esse tipo de estudo ambiental.
O órgão ambiental municipal não é o responsável pela análise tanto do licenciamento ambiental quanto do EIA/RIMA. Nesse caso, isso compete ao órgão ambiental estadual.
Além disso, o senhor Geraldo e a comunidade, de modo geral, podem solicitar uma audiência pública, desde que pelo menos 50 ou mais cidadãos encaminhem um ofício ao órgão ambiental estadual solicitando a auditoria. Cabe ressaltar que essa audiência vai ocorrer no município vizinho, uma vez que a maior parcela dos impactos ambientais encontra-se em suas imediações.
Desafio 13 - Plano de controle ambiental (pca): conceitos, aplicabilidade, análise e discussão
Os materiais particulados (PM), ou também conhecidos como particulados, são partículas muito finas de sólidos ou líquidos suspensos no ar. Para ser considerado PM, suas dimensões (diâmetro) variam desde 20 micra até menos de 0,05 mícron. O material particulado causa perturbações na atmosfera, tornando o céu cinzento e causando a diminuição da visibilidade. O PM pode ser constituído de pó de cimento, poeira, partículas de carvão (produzidas pela queima incompleta de combustíveis), óxidos metálicos (originados de operações industriais), amianto e vários outros.
Imagine que você é o responsável técnico da indústria leiteira. Dessa forma, seu desafio consiste em:
1) Descrever em qual momento o PCA deve ser entregue ao órgão ambiental estadual e o que deverá constar nele.
2) Em relação à emissão de PM, o que você, como técnico, sugere para controlá-la?
Padrão de resposta esperado
1) O PCA é um estudo ambiental que deve identificar e propor as medidas mitigadoras e compensatórias dos impactos gerados por empreendimento tanto de médio como de grande porte, sendo que sua elaboração ocorre ainda durante a LP. Porém, o PCA deverá ser executado durante a LI.
2) As chaminés são amplamente utilizadas nas indústrias para aumentar a dispersão dos gases e dos PM por elas emitidos, ou seja uma forma de liberar resíduos tóxicos. É fundamental respeitar padrões de lançamentos de PM. Dentre as medidas mitigadoras, pode-se citar algumas medidas simples, como:
• Operar os equipamentos dentro da capacidade nominal.
• Boa operação e manutenção de equipamentos produtivos.
• Adequado armazenamento de materiais pulverulentos (como a madeira).
• Mudanças de processos, equipamentos e operações.
• Mudanças de combustíveis.
Além disso, em relação às medidas mitigadoras e compensatórias, existem legislações específicas sobre a altura das chaminés. Essas resoluções podem ser federais, estaduais e até mesmo municipais. Como exemplo, pode-se citar a Resolução SEMA (Secretaria Estadual do Meio Ambiente) do Paraná nº 054, de 2006. Esta estabelece, em seu art. 8º, que o lançamento de efluentes à atmosfera, por meio de dutos ou chaminés, deve ser realizado a uma altura mínima de 10 m acima do solo ou em altura superior definida por um dos seguintes critérios que resulte na maior altura calculada:
• 3 m acima da edificação onde a fonte potencialmente poluidora será instalada.
• A altura física da chaminé terá que ser determinada em função da taxa de emissão do poluente crítico e da elevação da pluma.• 5 m acima da altura da residência mais alta num raio de 300 m ou num raio de 30 vezes a altura da chaminé.
Além da altura da chaminé, outra medida mitigadora é a instalação de filtros, visando a capturar os poluentes e os PMs antes de estes serem emitidos na atmosfera. Dentre os filtros mais comuns, pode-se citar os filtros do tipo manga.
Outra medida mitigadora é realizar o plantio de árvores ao redor do empreendimento, criando um cinturão verde. Dessa forma, além de contar parcialmente com possíveis odores, estes poderão auxiliar na não dispersão dos materiais particulados.
Desafio 14 - Relatório de controle ambiental (rca): conceitos, aplicabilidade, análise e discussão
O RCA é um estudo ambiental exigido para empreendimentos/atividades que não têm grande capacidade de gerar impactos ambientais.
Dessa forma, você, como futuro profissional da área ambiental, concorda com as informações passadas para Jorge? Justifique sua resposta.
Padrão de resposta esperado
O funcionário da Secretaria Municipal do Meio Ambiente do município passou as informações de forma equivocada ao produtor rural. Para obter a licença ambiental, Jorge deverá entregar, além do termo de referência preenchido, o RCA, pois a atividade não apresenta impactos ambientais significativos. O EIA é exigido para empreendimentos que apresentam elevados impactos ambientais. Ou seja, o RCA é pedido quando houver a dispensa do EIA/RIMA, para que se possa obter a licença prévia (LP).
Em relação ao PCA, o funcionário da Secretaria Municipal do Meio Ambienta está correto, sendo que este deverá ser entregue objetivando obter a licença de instalação (LI). O PCA garante que o empreendimento contribuirá com o meio ambiente, cumprindo a legislação ambiental, em que deve-se realizar uma análise prévia dos impactos ambientas durante todo o processo do empreendimento, começando na instalação e atuando durante a sua operação, englobando os aspectos positivos e negativos associados a esse empreendimento.
Dentro do PCA, são discriminadas as medidas mitigadoras que diminuem ou compensam os danos ambientais causados pelo empreendimento. Um exemplo dessa compensação: após a retirada de algumas árvores de um local para a implantação de uma obra, deve ser proposto um reflorestamento em outro local. Ou, ainda, se o solo ficar exposto, pode-se plantar gramíneas para mitigar a erosão.
Um PCA só será efetivo se a consultora que estiver apresentando esse plano fizer o monitoramento das medidas mitigadoras propostas, analisando se elas são efetivas para minimizar os danos colaterais ao meio ambiente e se essas ações vão de encontro com os planos e os programas ambientais detalhados.
Desafio 15 - Cuidados, aspectos e estudos importantes do licenciamento ambiental
A Norma nº 10.004/2004 trata sobre a classificação dos resíduos sólidos, além de dividir os resíduos sólidos industriais em duas classes, I (perigosos) e II (não inertes e inertes), para que sejam gerenciados corretamente. Na grande maioria dos processos licenciatórios de atividades industriais, é exigida a apresentação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, para que o órgão ambiental competente saiba a quantidade de resíduos gerados, os tipos de resíduos e as formas de armazenamento e destinação final destes.
Supondo que você é o responsável pela elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), quais são suas sugestões para os seguintes questionamentos (justifique suas respostas):
1. Os resíduos gerados pelo empreendimento, durante a fase de construção, são perigosos ou não perigosos? São inertes ou não inertes?
2. Os resíduos de construção devem ser destinados a um aterro sanitário ou devem ser destinados a uma empresa especializada nesse tipo de reciclagem?
3. Quais as principais características dos resíduos do processo produtivo e qual a destinação mais apropriada destes?
Padrão de resposta esperado
1. Entulhos de demolição, pedras, areia e sucata de ferro têm a característica de não se decomporem e de não sofrerem qualquer alteração em sua composição com o passar do tempo. Logo, este tipo de resíduo é considerado não perigoso, pertencendo à classe de resíduos inertes, ou seja, ao entrarem em contato estático ou dinâmico com a água, não se solubilizam.
2. Esse tipo de resíduo pode ser disposto em aterros sanitários, pois não sofre qualquer tipo de alteração em sua composição com o passar do tempo. Porém, como se trata de resíduos industriais, caberá ao empreendedor encontrar empresas especializadas na reciclagem desse tipo de material, pois o município não é obrigado por lei a aceitar resíduos industriais em aterros sanitários. Entretanto, não quer dizer que todos os resíduos de construção civil pertençam à classe de resíduos inertes, vai depender do tipo de material.
3. Entre os principais resíduos gerados, tem-se latas de tintas, solventes e borra de tintas. Esses resíduos especificamente apresentam as seguintes características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade. Logo, são classificados como perigosos. São resíduos que, em função de suas propriedades físico-químicas e infectocontagiosas, podem apresentar risco à saúde pública e ao meio ambiente. Dessa forma, esses resíduos não podem ser destinados a um aterro sanitário, sendo o empreendedor responsável por encontrar empresas especializadas em tratamento e destinação ambientalmente corretos desse tipo de resíduo.
Os resíduos perigosos pedem mais atenção do empreendedor, já que essa classe de resíduos é causadora dos acidentes mais graves e de maior impacto ambiental.
Esses resíduos podem ser condicionados, armazenados temporariamente, incinerados, tratados ou dispostos em aterros de resíduos perigosos. Porém, o mais indicado é destinar esses resíduos para empresas especializadas no tratamento/reciclagem destes.
É fundamental que o empreendedor solicite os recibos de destinação dos resíduos para as empresas responsáveis pelo recolhimento, bem como deixe atualizada as planilhas de quantidade e destinação dos resíduos. Dessa forma, além de o empreendimento estar respeitando as condicionantes da licença ambiental, estará livre de sanções ou notificações, em caso de fiscalização.
Desafio 16 - Plano de recuperação de áreas degradadas (prad)
O PRAD deve apresentar objetivos bem traçados e definidos, sendo que o principal é promover a recuperação ambiental de uma determinada área degradada.
Imagine que você é um consultor ambiental e o prefeito de uma pequena cidade lhe procurou para auxiliar na resolução de um problema ambiental, uma vez que foi construído um aterro sanitário, e agora o município visa a eliminar de vez o lixão, que não apresenta uma área muito extensa, presente na cidade.
Após firmar contrato de prestação de serviço com a prefeitura, foi solicitado a você:
- Definir qual o objetivo e a meta (ou metas).
- Definir quais critérios devem ser analisados para recuperar a área e qual metodologia (ou metodologias) pode ser utilizada para a recuperação desta.
Padrão de resposta esperado
Objetivo principal: recuperar a área a fim de torná-la propícia para diferentes usos, sem apresentar risco de contaminação para o meio ambiente e para a população que possa ter contato com a área.
Meta: primeiramente, deverá ser estimado um prazo, ou seja, em quanto tempo prevê-se que a área estará recuperada, ou então quanto tempo será gasto para transformar essa área em uma padrão mínimo esperado. A meta também deverá prever quais serão os usos dessa área após a recuperação. Por exemplo, se a área for transformada em um parque, o controle de qualidade dos solos deve ser extremamente criteriosa, pois a população terá contato direto com o solo.
Metodologia: as medidas a serem tomadas para recuperar a área variam de acordo com o tipo de solo, tamanho da área a ser recuperada, critérios exigidos, presença de recursos hídricos próximos, tipo de clima, tipo de vegetação nativa presente na área, entre outros fatores. Entre as principais medidasa serem tomadas, podemos citar:
• Como a área a ser recuperada não é muito extensa, deve-se retirar o maior número possível de resíduos (de preferência em sua totalidade) e transportá-los para um aterro sanitário.
• Analisar as características físicas, químicas e biológicas dos solos e, se necessário, estes devem ser removidos e transportados para um aterro de resíduos perigosos. Após, realizar medidas de recuperação e reposição dos solos.
• Realizar a cobertura vegetal da área, a fim de evitar a erosão e proporcionar a biodiversidade na área. É fundamental analisar a área com o passar do tempo, a fim de garantir o sucesso na recuperação dela.
Desafio 17 - Plano de gestão ambiental
As empresas, por meio de novas estrégias de marketing, precisam, constantemente, desenvolver novos produtos, de qualidade e que satisfaçam as necessidades do consumidor. Porém, um aspecto que está em voga para o consumidor é o da responsabilidade social, que as empresas precisam desenvolver dentro do mercado de atução e, assim, contribuir para a sociedade e o meio ambiente, criando uma imagem positiva dentro do mercado.
Desta forma, a direção visa a saber:
1. Quais serão os benefícios, além da melhora da imagem da empresa perante a sociedade, que poderão se obter?
2. Que atitudes a empresa deve tomar para conseguir se tornar mais ecológica?
3. Quais são os princípios que regem o marketing verde?
Padrão de resposta esperado
1. Além de o marketing verde melhorar a visão da empresa perante a sociedade, haverá uma série de outros benefícios para a empresa, como diminuição de perdas, aumento de produtividade, melhoria das condições de trabalho dos colaboradores, diminuição de perdas de matéria-prima, organização e beneficiamento no layout da empresa e aumento do faturamento.
2. Para poder investir em marketing verde, a empresa deve realizar mudança em todos os setores, e não apenas na área ambiental. Ou seja, deve haver um consenso e um diálogo entre todos os colaboradores, para que todos estejam familiarizados e cientes do marketing verde. A empresa deve dar total atenção a algumas letrinhas, como os três "Rs" (reduzir, reutilizar e reciclar), bem como os quatro "Ss": segurança, sustentabilidade, satisfação do consumidor e aceitação social.
Investindo nesses aspectos, a empresa irá não somente economizar energia e dinheiro nos processos produtivos e colaborar para um meio ambiente saudável, como também lucrar, não apenas em quantidade, mas também em qualidade. Por isso, é fundamental que o marketing verde seja pautado pela empresa em reais atitudes, e não somente um “discurso verde”. Empresas que investem nesse tipo de marketing devem incorporar práticas de responsabilidade ambiental, que levem o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável em consideração.
3. Para estar de acordo com o marketing ambiental, o empreendimento deve respeitar os seguintes princípios:
Ecologicamente correto: respeitar a legislação ambiental em vigor, bem como respeitar os parâmetros mínimos de lançamento de efluentes e encontrar formas corretas de deposição e destinação final de resíduos.
Economicamente viável: a empresa precisa obter lucros também, não bastam apenas as mudanças sem saber se financeiramente isso será viável, podendo, inclusive, ocasionar prejuízos.
Socialmente justo: as mudanças não podem prejudicar a sociedade.
Culturalmente aceito: a empresa precisa investir em marketing, informando seus clientes das mudanças. Ou seja, se houver um aumento na compra dos produtos, é porque a sociedade, de modo geral, vê com bons olhos a empresa.

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