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Controle da ventilação Apresentação A respiração espontânea é produzida pela descarga rítmica de neurônios motores que inervam os músculos respiratórios. Tais descargas são totalmente dependentes de impulsos nervosos do encéfalo. Nessa unidade de aprendizagem, abordaremos as estruturas que controlam a respiração e suas funções específicas. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer a organização geral do sistema de controle da respiração;• Identificar os centros que geram o ritmo espontâneo da respiração;• Descrever as funções das estruturas responsáveis pelo controle da respiração.• Desafio Vamos ao desafio! Para o controle respiratório, o organismo dispõe de centros reguladores localizados no sistema nervoso central, principalmente no tronco cerebral, que são chamados de centros respiratórios. O centro respiratório controla a respiração através de estímulos captados pelos receptores e, a partir daí, modula a frequência, a profundidade e o ritmo respiratório. Assim, questiona-se: Qual o estímulo mais importante para a ventilação de uma pessoa saudável? Infográfico O esquema mostra a organização geral do sistema de controle respiratório. Conteúdo do livro BIOFÍSICA E FISIOLOGIA Mariluce Ferreira Romão Controle da ventilação Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Reconhecer a organização geral do sistema de controle da respiração. � Identificar os centros que geram o ritmo espontâneo da respiração. � Descrever as funções das estruturas responsáveis pelo controle da respiração. Introdução Os mecanismos nervosos, humorais e quimiorreceptores, apesar de sua complexidade, conseguem ajustar adequadamente a frequência e a profundidade dos eventos respiratórios, respondendo ao metabolismo corporal. Vários circuitos nervosos fazem a retransmissão das informações, que se originam nos centros superiores encefálicos, nos pulmões e em outras aferências espalhadas pelo corpo, controlando a ventilação. Neste capítulo, você vai estudar a organização geral do sistema de controle da respiração, bem como os centros que geram o ritmo espon- tâneo da respiração. Também vai ver quais são as funções das estruturas responsáveis pelo controle da respiração. Organização geral do controle da respiração A respiração é um processo com cadência própria, que, na maior parte do tempo, acontece de forma involuntária, como ocorre, por exemplo, no ritmo cardíaco. Isso é o oposto do que acontece na musculatura esquelética, que não tem excitação própria e a tensão não pode acontecer de maneira espontânea. O início da ação no músculo esquelético inicia por estímulo de neurônios motores somáticos, controlados pelo sistema nervoso central (SILVERTHORN, 2017). No sistema respiratório, a contração diafragmática e dos músculos asso- ciados e auxiliares começa por estímulo de neurônios com origem no tronco encefálico, que iniciam potenciais de ação de forma espontânea, conforme apresentado na Figura 1. Os eventos respiratórios acontecem de maneira automática durante a vida, e têm controle voluntário limitado. As sinapses complexas são responsáveis pelos ciclos de inspiração e ex- piração. Os neurônios sofrem interferências sensoriais, especialmente de quimiorreceptores com sensibilidade ao dióxido de carbono (CO2), ao oxi- gênio (O2) e aos íons de hidrogênio (H +). O padrão de ventilação tem grande dependência de CO2, O2 e H + no sangue arterial e no líquido extracelular (SILVERTHORN, 2017). Figura 1. O controle reflexo da ventilação. Os quimiorreceptores centrais e periféricos monitoram os gases sanguíneos e o pH. As redes de controle no tronco encefálico regulam a atividade dos neurônios motores somáticos que inervam os músculos respiratórios. Fonte: Adaptada de Silverthorn (2017, p. 580). LEGENDA Neurônios sensoriais aferentes Quimiorreceptores carótidos e aórticos Intercostais externos Intercostais internos Músculos abdominais Diafragma ExpiraçãoInspiração Neurônios motores somáticos (inspiração) Neurônios motores somáticos (expiração) Quimiorreceptores bulbares Emoções e controle voluntário Bulbo e ponte Músculos escaleno e esternocleidomastóideo CO 2 O2 e pH Sensores Centros integradores Neurônios eferentes AlvosNeurônios aferentes Estímulo Sistema límbico Centros encefálicos superiores Controle da ventilação2 O controle da respiração no tronco encefálico tem o comportamento similar a um gerador de padrão central, com ação rítmica intrínseca, que representa um “marca-passo” potencialmente instável. As aferências derivam de condições alteradas de CO2 e de outros quimiorreceptores, que aumentam a complexidade dessa receptividade. O conhecimento sobre o controle da ventilação tem origem, em parte, nas observações de doentes com lesões encefálicas. Outras fontes são de experiências com animais, nas quais são provocadas lesões nervosas entre as conexões neurais e regiões do tronco encefálico, ou em partes do encéfalo. Os estudos que envolvem o controle da respiração sob responsabilidade do sistema nervoso centram (SNC) não são simples de serem realizados, tendo em vista a complexidade das redes nervosas e suas topografias. O modelo contemporâneo considerado para compreender o controle da ventilação esta- belece o seguinte (SILVERTHORN, 2017): � Os músculos da inspiração e expiração são controlados pelos neurônios localizados no bulbo do tronco encefálico. � As informações aferentes têm interação com neurônios do bulbo, que influenciam a ventilação, mas são integrados na ponte. � O padrão rítmico da respiração tem origem no tronco encefálico, com ação involuntária e, portanto, automática. � A ventilação sofre interferências de reflexos associados a quimiorrecep- tores e mecanorreceptores, bem como de centros encefálicos superiores. Centros respiratórios espontâneos As descrições tradicionais do controle encefálico da ventilação dividiam o tronco encefálico em diversas áreas de controle. As descrições mais recentes são mais generalizadas e, portanto, atribuem funções menos específicas, considerando as interações complexas entre os neurônios em uma rede. Os neurônios envolvidos com a respiração têm localização bilateral, em duas regiões do bulbo do tronco encefálico, como mostra a Figura 2. 3Controle da ventilação Uma das áreas é denominada de núcleo do trato solitário (NTS), que contém o grupo respiratório dorsal (GRD) de neurônios, responsáveis pelo controle dos músculos da inspiração. Os sinais do GRD transitam pelos nervos frêni- cos até o músculo diafragma e pelos nervos intercostais para os respectivos músculos intercostais. O NTS recebe aferência dos quimiorreceptores e dos mecanorreceptores periféricos por meio dos nervos vago (X) e glossofaríngeo (IX). Os neurônios respiratórios localizados na ponte recebem aferências do GRD e sofrem interferências tanto no início quanto no final da inspiração. Os grupos respiratórios localizados na ponte (antes denominados de centro pneumotáxico) e outros neurônios pontinos são responsáveis por enviar sinais para o bulbo, com o objetivo de auxiliar na coordenação de um ritmo respi- ratório uniforme (SILVERTHORN, 2017). O grupo respiratório ventral (GRV) do bulbo possui várias regiões com diferentes funções. Uma área conhecida como complexo pré-Bötzinger tem neurônios com disparos espontâneos e que atuam como o “marca-passo”, considerado básico, do ritmo respiratório. Outras regiões são responsáveis pelo controle dos músculos solicitados na expiração ativa, ou “forçada”, como acontece no exercício vigoroso. Fibras nervosas com origem no GRV são responsáveis pela inervação dos músculos da laringe, faringe e língua, mantendo as aéreas superiores pérvias durante o ciclo respiratório. Quando esses músculos relaxam de forma inapropriada durante o sono, essa condição é favorável a uma disfunção dosono associada ao ronco e ao sono diurno em excesso, conhecida como a apneia obstrutiva do sono (SILVERTHORN, 2017). A integração dos centros de controle da respiração pode ser identificada acompanhando a atividade elétrica tanto do nervo frênico quanto de outros nervos motores, conforme a Figura 3. A respiração espontânea no repouso, reconhecida como um “marca-passo”, tem a responsabilidade de iniciar cada ciclo ventilatório, assim como os neurônios relacionados com a inspiração elevam, progressivamente, os estímulos dos músculos inspiratórios. Trata-se de uma “rampa”, devido à forma gráfica das ações neuronais inspiratórias. O disparo é dado por alguns neurônios envolvidos com a inspiração, que, a partir desse início, vão recrutando mais neurônios em um esquema conhecido como retroalimentação positiva. Assim, maiores quantidades de fibras musculares esqueléticas vão sendo ativadas (SILVERTHORN, 2017). Controle da ventilação4 Figura 2. As redes neurais no tronco encefálico controlam a ventilação. GRP: grupo respiratório pontino; NTS: núcleo do trato solitário; GRD: grupo respiratório dorsal; GRV: grupo respiratório ventral. Fonte: Silverthorn (2017, p. 581). Com a contração do diafragma, o tórax se expande e, no fim da inspiração, a atividade nervosa cessa, de maneira que os músculos inspiratórios relaxam. Em seguida, acontece a expiração passiva, porque ocorre retração elástica da musculatura envolvida na inspiração e dos tecidos elásticos pulmonares. No entanto, pouca ação motora ainda pode ser detectada durante a expiração 5Controle da ventilação passiva, talvez devido à contração dos músculos relacionados com as vias aéreas superiores, que visam à redução da velocidade do fluxo de ar no sistema respiratório (SILVERTHORN, 2017). Figura 3. Atividade neural durante a respiração em repouso. Fonte: Adaptada de Silverthorn (2017). Tempo Diversos neurônios envolvidos com a expiração, especialmente os do grupo respiratório ventral, ficam inativos na respiração espontânea ou no repouso. Eles agem na respiração forçada exatamente no momento que os movimentos inspiratórios atingem maior amplitude e durante a expiração ativa. Nos instantes em que respiração é forçada, os músculos auxiliares são estimulados pelos neurônios inspiratórios, contribuindo para a expansão torácica e elevando tanto o osso esterno quanto as costelas superiores. No momento da expiração, os neurônios expiratórios do grupo respiratório ventral acionam os músculos intercostais internos e os músculos do abdome. Considera-se existir relação direta entre os neurônios inspiratórios e os neurônios expiratórios, por ser observado que os neurônios inspiratórios ficam inibidos na expiração ativa (SILVERTHORN, 2017). Acompanhe a Figura 4. Controle da ventilação6 Figura 4. Funções do centro respiratório bulbar no controle da (a) respiração tranquila normal e da (b) respiração forçada. Fonte: Tortora e Derrickson (2017, p. 467). (a) (b) Controle e regulação dos centros respiratórios O centro respiratório pode sofrer influências tanto de outras áreas do encéfalo quanto de receptores periféricos do sistema nervoso, entre outros fatores, visando à manutenção da homeostase respiratória (TORTORA; DERRICK- SON, 2016). Influências corticais na respiração O padrão da respiração pode ser alterado de forma voluntária, devido às conexões que o córtex cerebral tem com o centro respiratório. A respiração pode até ser cessada, rapidamente, por pouco tempo. O controle voluntário do centro respiratório é considerado protetor, porque torna possível que a água e/ou gases irritantes consigam penetrar nos pulmões. Entretanto, não respirar de maneira voluntária é uma ação limitada, por permitir acúmulo de dióxido de carbono (CO2) e de íons de hidrogênio (H +) nos tecidos corporais (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Caso a pressão parcial de dióxido de carbono (PCO2) e os níveis de H + se elevem, os neurônios do GRD do centro respiratório bulbar recebem estímu- los fortes, que são enviados através dos nervos frênico e intercostal até os músculos envolvidos com a inspiração, de maneira que a respiração retome, independentemente da vontade do indivíduo. Não é possível, por exemplo, que as crianças consigam manter a respiração presa por muito tempo, apesar de tentarem, para “chantagear” os pais e conseguir o que pretendem. Quando a respiração fica suspensa e causa desmaio, no momento que a pessoa fica 7Controle da ventilação inconsciente, a respiração é, automaticamente, retomada. O hipotálamo e o sistema límbico também estimulam os centros respiratórios, interferindo emo- cionalmente na respiração, como em situações de riso ou choro (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Regulação da respiração por quimiorreceptores Alguns estímulos químicos podem modular a respiração rápida e profunda. A atividade do sistema respiratório prioriza a manutenção de nível adequado de CO2 e oxigênio (O2), sendo muito sensível às alterações desses gases (TOR- TORA; DERRICKSON, 2016). Os neurônios que têm sensibilidade aos produtos químicos são conhecidos como quimiorreceptores. A Figura 5 demonstra a localização de monitorização dos níveis de CO2, H + e O2, responsável por fornecer informações ao centro respiratório. Os quimiorreceptores centrais são encontrados no bulbo ou nas suas proximidades, tendo em vista o sistema nervoso central (SNC). Eles são responsivos às alterações dos níveis de H+ ou PCO2, ou ambos, no líquido cerebrospinal. Os quimiorreceptores no sistema nervoso periférico (SNP) são encontrados nos glomos para-aórticos e nos glomos caróticos. Os axônios aferentes dos glomos para-aórticos fazem parte do nervo vago (NC X), e as aferências dos glomos caróticos fazem parte dos nervos glossofaríngeos (NC IX) direito e esquerdo (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Glomos para-aórticos são aglomerados de quimiorreceptores localizados na parede do arco da aorta, e os glomos caróticos são nódulos ovais na parede das artérias carótidas comuns direita e esquerda, no ponto em que elas se dividem em artérias carótidas interna e externa. Os quimiorreceptores dos glomos para-aórticos estão localizados próximo dos barorreceptores aórticos (são receptores sensitivos que monitoram a pressão arterial. Estes quimiorreceptores fazem parte do sistema nervoso periférico e são sensíveis a alterações na PO2, H + e PCO2 no sangue), e os glomos caróticos estão localizados próximo dos barorreceptores do seio carótico (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Controle da ventilação8 Figura 5. Localização dos quimiorreceptores periféricos. Fonte: Adaptada de Tortora e Derrickson (2016). Bulbo Axônios sensitivos no nervo glossofaríngeo (NC IX) Glomo carótico Seio carótico Axônios sensitivos no nervo vago (X) Arco da aorta Glomos para-aórticos Coração A. carótida comum A. carótida interna A. carótida externa 9Controle da ventilação O CO2 consegue se difundir para as células, quando a anidrase carbônica (enzima que combinada com a água e forma o ácido carbônico [H2CO3]) está presente, por ser lipossolúvel. O H2CO3 cliva de forma rápida em H + e HCO3 –. Dessa maneira, a elevação de CO2 no sangue ocasiona o aumento dos níveis de H+ dentro da célula, e a redução do CO2 diminui as concentrações de H +. É frequente que a PCO2 no sangue arterial seja de 40 mmHg. Caso aumente, ainda que discretamente, a PCO2, por hipercapnia ou hipercarbia (retenção significativa de CO2), os quimiorreceptores centrais recebem estímulo para respostas vigorosas à elevação, que resulta no nível de H+. Os quimiorrecep- tores localizados na periferia também recebem estímulo tanto da PCO2 alta quanto da elevação de H+. Diferentemente dos quimiorreceptores centrais, os quimiorreceptores periféricos são responsivos à ausência ou à falta de oxigênio (TORTORA; DERRICKSON, 2016). A pressão parcial de oxigênio (PO2) no sangue arterial, ainda que caia de 100 mmHg, permanece maior do que 50 mmHg, estimulando osquimiorre- ceptores da periferia. A falta de O2 inibe a ação dos quimiorreceptores centrais e do GRD, pouco sensíveis a determinadas aferências, enviando menor quan- tidade de estímulo para a musculatura inspiratória. À medida que respiração reduz, ou cessa completamente, a PO2 também reduz progressivamente, com um desfecho fatal, na maioria dos casos. Isso sinaliza uma retroalimentação ou feedback positivo. Já os quimiorreceptores que participam do feedback negativo regulam as concentrações de CO2, O2 e H + no sangue. O resultado da elevação da PCO2 é a redução do pH, com aumento de H+, ou a diminuição da PO2, bem como das aferências, tanto dos quimiorreceptores centrais quanto dos periféricos, que ativam o GRD, elevando a frequência e a profundidade respiratória (TOR- TORA; DERRICKSON, 2016). Observe todo o processo na Figura 6. Controle da ventilação10 Figura 6. Regulação da respiração em resposta a mudanças na PCO2, PO2 e pH (H +) do sangue via controle de feedback negativo. Fonte: Tortora e Derrickson (2017, p. 468). 11Controle da ventilação A hiperventilação, ou respiração rápida e profunda, permite que mais oxi- gênio seja inspirado, até que a PCO2 e o H + normalizem. Caso a PCO2 arterial esteja menor do que 40 mmHg, indicando uma hipocapnia ou hipocarbia, não ocorre estímulo nos quimiorreceptores centrais e periféricos, e não são enviados impulsos para o GRD. Assim, os neurônios do GRD fazem a definição de um ritmo próprio moderado, até que ocorra o acúmulo de CO2, e a PCO2 atinja 40 mmHg. Os neurônios do GRD são estimulados de forma mais intensa com a elevação da PCO2 superior aos níveis normais do que quando a PO2 cai. Por isso acontece a hiperventilação voluntária, que resulta em hipocapnia, com possibilidades de prender a respiração por um período maior. Os nadadores já foram encorajados a hiperventilar um pouco antes de mergulhar para competir. No entanto essa prática é arriscada, porque o O2 pode cair a níveis perigosamente baixos e causar desmaios antes que a PCO2 aumente o suficiente para estimular a inspiração. Se você desmaiar em terra, você pode sofrer impactos e contusões, mas, se desmaiar na água, pode se afogar (TORTORA; DERRICKSON, 2016). SILVERTHORN, D. U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. Leituras recomendadas MAURER, M. H. Fisiologia humana ilustrada. 2. ed. Barueri, SP: Manole, 2014. MCARDLE, W. D.; KATCH, F. J.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: nutrição, energia e desempenho humano. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. WIDMAIER, E. P.; RAFF, H.; STRANG, K. T. Vander: fisiologia humana: os mecanismos das funções corporais. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. Controle da ventilação12 Dica do professor A seguir, você irá assistir a um vídeo que aborda o seguinte tópico: centro de controle da respiração. Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/27246da7a3b7809f6a995c24bc1a6f54 Exercícios 1) A velocidade dos movimentos respiratórios aumenta quando, no sangue, a concentração: A) De oxigênio é alta. B) De gás carbônico é alta. C) Do pH aumenta. D) De gás carbônico é baixa. E) Da oxi-hemoglobina é alta. 2) O controle da frequência respiratória humana é feito pelo _____, baseado na taxa de _____ sanguíneo, que é transportado, principalmente, na forma de _____ . Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, os espaços da frase anterior. A) Córtex cerebral / oxigênio / oxiemoglobina. B) Cerebelo / gás carbônico / carboemoglobina. C) Tronco encefálico /gás carbônico / bicarbonato. D) Cerebelo / oxigênio / oxiemoglobina. E) Córtex cerebral / gás carbônico / bicarbonato. 3) O ácido lático intravenoso aumenta a ventilação. Os receptores responsáveis por esse efeito estão localizados: A) No bulbo. B) No parênquima pulmonar. C) Nos barorreceptores aórticos. D) Na traqueia e nos grandes brônquios. E) Nos corpos carotídeos. 4) O grupo respiratório ventral: A) Não apresenta relação com o grupo respiratório dorsal. B) Inclui o marca-passo da respiração. C) Consiste apenas em neurônios inspiratórios. D) Consiste em neurônios expiratórios. E) Controla apenas a musculatura expiratória. 5) O controle central da respiração é realizado pelo (a): A) Bulbo e ponte. B) Cerebelo. C) Mesencéfalo. D) Lobo Occipital. E) Lobo da ínsula. Na prática Apneia do sono: suspensão involuntária da ventilação. Episódios de apneia durante o sono podem ser de origem central, devido à falta de disparos dos nervos que produzem a respiração; ou podem ocorrer devido à obstrução das vias aéreas (apneia obstrutiva do sono). A apneia pode ocorrer em qualquer idade e é produzida quando os músculos faringeanos relaxam durante o sono. Esses músculos têm a função de puxar a língua para a frente e, sem contração (ou contração fraca), a língua pode obstruir a via aérea. Depois de vários esforços respiratórios crescentemente fortes, o indivíduo acorda, faz algumas respirações normais e volta a dormir. Os episódios apneicos são mais comuns durante o sono REM, quando os músculos estão mais hipotônicos. Os sintomas são roncos altos, cefaleia matinal, fadiga e sonolência diurna. Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Ventilação pulmonar Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar. Quimiorreceptores centrais (em inglês) Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar. Capítulo 36 do BARRET, K; BARMAN S.; BOITANO, S. Fisiologia Médica de Ganong. 24°edição. Porto Alegre: Artmed, 2014. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Capítulo 24 do MARTINI, F; TIMMONS M.; TALLITSCH R. Anatomia Humana. 6° edição. Porto Alegre: Artmed, 2009. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! https://www.youtube.com/embed/YyI0JwizRvE https://www.youtube.com/embed/lVacrVMmJX8