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Aula 02

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RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 1
Resumão de Direito Constitucional 
Auditor-Fiscal da Receita Federal 
Olá futuros Auditores-Fiscais da Receita Federal!
Prontos para o SEU salário de R$ 13.600,00 e para ocupar um cargo em 
um dos melhores órgãos da Administração Pública Federal? 
Continuamos voando baixo! Chegou a hora da superação!! De ultrapassar 
todos os seus limites!! 
Antes de começar, quero que vocês assistam novamente a esse vídeo: 
https://www.youtube.com/watch?v=HNfUR0tD0XY&feature=plcp�
�
Gostaram? Então vamos começar! 
Este é o nosso segundo encontro. Os assuntos de hoje são os seguintes: 
Aula 02 – Organização do Estado + Organização dos poderes: 
Poderes Legislativo (+TCU), Executivo e Judiciário; Funções 
Essenciais à Justiça. 
Temos muito conteúdo para cobrir hoje! Vamos seguindo no mesmo ritmo da 
aula demonstrativa, com exercícios da ESAF escolhidos a dedo especialmente 
para essa revisão final. 
Caso necessário, enviem suas dúvidas, sugestões, pedidos especiais, 
comentários sobre o material etc. para o email 
robertoconstitucional@gmail.com.�
Sem mais blá blá blá! Vamos nessa! 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 2
I. ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 
Todos se lembram do conceito de “Estado”? Ele pode ser resumido naquela 
clássica equação: Estado = Povo + Território + Soberania. Cuidado com a 
ESAF e as suas definições sofisticadas, tentando sempre arranjar palavras 
difíceis para te confundir! Deixo com vocês os elegantes conceitos de Bresser 
Pereira: “O Estado compreende o sistema constitucional-legal, que regula a 
população nos limites de um território. É a organização burocrática que tem o 
monopólio da violência legal, é o aparelho que tem o poder de legislar e 
tributar a população de um determinado território”.
Vamos iniciar nossa revisão encarando algumas questões sobre forma de 
Estado, forma e sistema de governo, e regime político. Você verá que os 
maiores perigos são as famosas pegadinhas. Vamos ficar atentos! 
1. (ESAF/AFTN-RN/2005) O Estado unitário distingue-se do Estado federal em 
razão da inexistência de repartição regional de poderes autônomos, o que não 
impede a existência, no Estado unitário, de uma descentralização 
administrativa do tipo autárquico. 
Certo. Os Estados unitários são aqueles que não possuem 
descentralização político-administrativa, ou seja, o governo é exercido 
somente pelo governo central. Eles possuem governo único, conduzido 
por uma única entidade política, que exerce, de forma centralizada, o 
poder político. 
O Estado unitário pode ser centralizado, ou seja, todos os atos de 
governo estão a cabo do governo central, ou descentralizado, ou seja, 
apesar de haver divisões administrativas, as decisões políticas são 
efetivamente tomadas pelo governo central. Assim, em um Estado 
unitário descentralizado, existe um governo local, mas ele é 
dependente do governo central, não havendo descentralização política. 
2. (ESAF/AFTN-RN/2005) Em um Estado federal temos sempre presente uma 
entidade denominada União, que possui personalidade jurídica de direito 
público internacional, cabendo a ela a representação do Estado federal no 
plano internacional. 
Errado. A união não possui personalidade jurídica internacional, 
apenas interna. Além disso, chamar essa entidade central de União é 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
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uma característica do Brasil. Esse nome pode mudar em outros 
Estados. 
3. (ESAF/AFC-CGU/2006) Não é elemento essencial do princípio federativo a 
existência de dois tipos de entidade - a União e as coletividades regionais 
autônomas.
Errado. Essa é uma das características mais marcantes do federalismo: 
a descentralização política, com a soberania do Estado Federal e 
autonomia dos entes federados. 
4. (ESAF/Analista Jurídico-SEFAZ-CE/2007) A República é a forma de organização 
do Estado adotada pela Constituição Federal de 1988. Caracteriza-se pela 
temporariedade do mandato dos governantes e pelo processo eleitoral 
periódico.
Errado. Olha a primeira pegadinha: A república é uma forma de 
governo e não de Estado.
5. (ESAF/AFTN-RN/2005) O presidencialismo é a forma de governo que tem por 
característica reunir, em uma única autoridade, o Presidente da República, a 
Chefia do Estado e a Chefia do Governo. 
Errado. Mais uma pegadinha para ficarmos ligados! O presidencialismo 
é um SISTEMA de governo e não forma de governo. Lembre-se: 
x Forma de Estado: FEDERAÇÃO 
x Forma de Governo: República 
x Sistema de Governo: Presidencialismo 
x Regime de Governo (ou Regime Político): Democracia.
6. (ESAF/AFRF/2001) De uma Constituição que adota uma chefia dual do 
Executivo, com um Chefe de Estado e um Chefe de Governo, em que a 
permanência deste no cargo depende da confiança do Poder Legislativo, pode-
se dizer que adota característica típica do presidencialismo. 
Errado. Essas são características do Parlamentarismo e não do 
presidencialismo. Vamos recordar: 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
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- Presidencialismo - Independência entre os poderes / relações rígidas
- Chefia monocrática
Sistemas de - Mandato por prazo certo
Governo - Responsabilidade do governo perante o povo 
- Parlamentarismo - Cooperação entre os poderes (Legislativo e Executivo) 
- Chefia dual
- Mandato por prazo indeterminado 
- Responsabilidade do governo perante o Parlamento 
7. (ESAF/AFC-CGU/2006) O princípio republicano tem como características 
essenciais: a eletividade, a temporariedade e a necessidade de prestação de 
contas pela administração pública. 
Certo. Todas essas são características da forma republicana de 
governo. Vamos revisar: 
 - República - Eletividade - Direta
- Indireta 
- Temporalidade no exercício do poder 
Formas de Governo - Necessidade de legitimidade popular 
- Representatividade popular 
- Dever do governante de prestar contas 
- Monarquia - Hereditariedade 
- Vitaliciedade 
- Não representatividade popular 
- Representa uma linhagem 
- Ausência de prestação de contas pelo governante 
8. (ESAF/MPU/2004) Nos termos da Constituição de 1988, o Brasil adota a 
república como sistema de governo, elegendo, portanto, o princípio 
republicano como um dos princípios fundamentais do Estado brasileiro. 
Errado. O sistema de governo brasileiro é o presidencialismo. A 
República é a FORMA de governo. Não podemos cair nessa armadilha! 
9. (ESAF/AFT/2006) A forma republicana não implica a necessidade de 
legitimidade popular do presidente da República, razão pela qual a 
periodicidade das eleições não é elemento essencial desse princípio. 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
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Errado. A temporalidade no exercício do poder e consequente 
periodicidade das eleições, além da necessidade de representação 
popular são características da forma republicana de governo. 
***Conseguiram relembrar os conceitos acima? Eles são muito importantes. 
Vamos seguir a nossa revisão, abordando os entes que compõem a federação 
brasileira segundo a Constituição Federal. 
10. (ESAF - 2008 - MPOG - Especialista em Políticas Públicas e Gestão 
Governamental) Assinale a opção que contempla todos os entes da 
organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, nos 
termos da Constituição. 
a) União, Estados, Distrito Federal e Municípios, todos soberanos. 
b) União, Estados, Distrito Federal, Territórios Federais e Municípios, todos 
soberanos.
c) União, Estados, Distrito Federal, Territórios Federais e Municípios, todos 
independentes. 
d) União, Estados, Distrito Federal, Territórios Federais e Municípios, todos 
autônomos.e) União, Estados, Distrito Federal e Municípios, todos autônomos. 
Gabarito: E. Os entes federados são: União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios. Segundo o art. 18: “A organização político-administrativa 
da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta 
Constituição”.
Lembre-se de que os entes federados possuem AUTONOMIA, 
caracterizada pela autoadministração, autogoverno e auto-
organização, e não soberania, a qual diz respeito apenas à República 
Federativa do Brasil. 
Os Territórios Federais não são entes federados. São meras 
descentralizações administrativas pertencentes à União, possuindo 
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natureza jurídica de autarquia territorial. Além disso, os territórios não 
possuem autonomia política.
11. (ESAF - 2009 - Receita Federal - Técnico Administrativo - Agente Técnico 
Administrativo) Marque a opção correta. 
a) Os Estados-membros se auto-organizam por meio da escolha direta de seus 
representantes nos Poderes Legislativo e Executivo locais, em que haja 
qualquer vínculo de subordinação por parte da União. 
b) Ao exercitarem o seu poder constituinte derivado-decorrente, os Estados-
membros, a teor do disposto na Constituição Federal, respeitam os princípios 
constitucionais sensíveis, princípios federais extensíveis e princípios 
constitucionais estabelecidos. 
c) Os Estados-membros em sua tríplice capacidade garantidora de autonomia 
se autoadministram normatizando sua própria legislação e regras de 
competência.
d) A autonomia estadual também se caracteriza pelo autogoverno, uma vez 
que ditam suas respectivas Constituições. 
e) Os Estados poderão, mediante lei complementar federal, instituir regiões 
metropolitanas, constituídas por regiões administrativas limítrofes. 
Gabarito: B
Item A – ERRADO. Os entes federados são autônomos, ou seja, podem 
agir de forma livre (dentro dos limites constitucionais) não havendo 
hierarquia e nem subordinação entre eles. Portanto, os estados 
membros não são subordinados à União. Além disso, lembre-se de que 
a autonomia é caracterizada pela auto-organização e legislação 
própria, autoadministração e autogoverno. A auto-organização é a 
capacidade dos estados para elaborar suas respectivas Constituições 
Estaduais, fruto do Poder Constituinte Derivado Decorrente. Por outro 
lado, a possibilidade de organizar seus poderes e de eleger seus 
representantes nos Poderes Executivo e Legislativo locais diz respeito 
ao autogoverno e à autoadministração. Portanto, o correto seria SEM
QUE HAJA qualquer vínculo de subordinação por parte da União. 
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Item B – CERTO. O poder constituinte derivado decorrente, ou seja, o 
poder de os estados se auto-organizarem e editarem suas 
constituições estaduais, possui limites estabelecidos pela própria 
Constituição Federal. Esses limites são: os princípios constitucionais 
sensíveis (aqueles que, se violados autorizam a intervenção federal - 
art. 34, VII), os princípios extensíveis (aqueles que se referem à 
organização da federação e estão relacionados ao princípio da 
simetria, como por exemplo, as normas relativas ao processo 
legislativo) e os princípios estabelecidos ou organizatórios (funcionam 
como balizas reguladoras da capacidade de auto-organização dos 
estados).
Item C – ERRADO. De fato, uma das capacidades garantidoras da 
autonomia é a de elaborar sua própria legislação. No entanto, essa 
capacidade se refere à elaboração de leis estaduais e não de regras de 
competência. As regras de competência dos Estados são determinadas 
pela CF. 
Lembre-se que a competência dos estados é residual ou remanescente,
ou seja, o que não for competência da União e nem dos municípios 
será competência estadual. Além da competência residual, a CF 
estabelece expressamente algumas poucas competências aos estados, 
como a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de 
municípios (art. 18, §4º); a exploração de gás canalizado (art. 25, 
§2º); a instituição de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e 
microrregiões (art. 25, §3º) e organização de sua própria justiça (art. 
125).
Item D – ERRADO. O autogoverno compreende a possibilidade de os 
Estados-membros elegerem seus governantes e elaborarem suas 
próprias políticas públicas. A capacidade de elaborar suas respectivas 
Constituições Estaduais caracteriza a auto-organização. 
Item E – ERRADO. Os Estados podem instituir regiões metropolitanas, 
mediante lei complementar estadual, e não federal (art. 25, §3º).
12. (ESAF - 2009 - SEFAZ-SP - Analista de Finanças e Controle) Os Estados podem 
instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, 
constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
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organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse 
comum. 
Certo. Perceberam que é a mesma cobrança do item da prova anterior? 
Atenção então para este dispositivo, disposto no art. 25, §3º. Lembre-
se que a instituição das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas 
e microrregiões deve ser realizada mediante lei complementar 
estadual. 
13. (ESAF - 2010 - SUSEP - Analista Técnico) Os Territórios Federais 
transformados em Estados não podem mais restabelecer a situação anterior. 
Errado. É possível que o Território Federal transformado em Estado 
seja reintegrado ao Estado de origem, conforme o art. 18, §2º.
14. (ESAF - 2010 - SUSEP - Analista Técnico) Poderá ocorrer a fusão entre 
Estados. Nesse caso, nem todos perdem a primitiva personalidade, pois, ao 
surgir o Estado novo, este adquire a personalidade de um deles. 
Errado. A fusão entre Estados pode resultar na formação de um novo 
Estado. Logo, o Estado novo não adquire necessariamente a 
personalidade de um dos Estados anteriores. 
15. (ESAF - 2010 - SUSEP - Analista Técnico) Qualquer processo de transformação 
do Estado deve passar por um pronunciamento plebiscitário favorável à 
alteração, devendo o processo ser remetido ao Senado, a quem cabe a 
aprovação das alterações, mediante lei. 
Errado. A questão está errada porque o processo de transformação do 
Estado é remetido ao Congresso Nacional, a quem cabe aprovar as 
alterações mediante lei complementar (art. 18, § 3º). 
16. (ESAF - 2009 - Receita Federal - Técnico Administrativo - Agente Técnico 
Administrativo (ATA) Marque a opção incorreta. 
a) É vedado aos Estados manter relação de aliança com representantes de 
cultos religiosos ou igrejas, resguardando-se o interesse público. 
b) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento dos Estados far-se-
ão por lei complementar federal, após divulgação dos Estudos de Viabilidade, 
apresentados e publicados na forma da lei. 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
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c) Incluem-se entre os bens dos estados as terras devolutas não 
compreendidas entre as da União. 
d) O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da 
representação do Estado na Câmara dos Deputados. 
e) Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços 
locais de gás canalizado, vedada a edição de medida provisória para a sua 
regulamentação. 
Gabarito: B
Item A – CERTO. A Constituição, no art. 19, I, estabelece 
expressamente a vedação aos entes federados de estabelecer cultos 
religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o 
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de 
dependência ou ALIANÇA, ressalvada, na forma da lei, a colaboração 
de interesse público.
Item B – ERRADO. Segundo o art.18, §3º, “os Estados podem 
incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se 
anexarem a outros ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, 
mediante aprovação da população diretamente interessada, através de 
plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar”. Os Estudos 
de Viabilidade Municipal são exigidos para a criação, incorporação, 
fusão e desmembramento de Municípios, o que será feito por lei 
estadual (art. 18, §4º). O item tenta confundir, misturado os 
parágrafos 3º e 4º do art. 18. 
Item C – CERTO. É exatamente o que dispõe o art. 26, IV. 
Item D – CERTO. O art. 27, de fato, estabelece essa regra, mas a 
assertiva está incompleta. Lembre-se que a parte final do artigo dispõe 
que “atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos 
quantos forem os Deputados Federais acima de doze”, ou seja, 
atingido o limite de 36 deputados estaduais, será acrescido um 
deputado estadual, para cada Deputado Federal acima do número de 
doze. Mesmo incompleto, o item foi considerado correto. 
Item E – CERTO. É a cópia do art. 25, §2º. 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
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17. (ESAF - 2009 - MPOG - Especialista em Políticas Públicas e Gestão 
Governamental) Assinale a opção incorreta relativamente à organização do 
Estado político-administrativo na Constituição Federal de 1988. 
a) A organização político-administrativa da União compreende os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos na forma do disposto na 
própria Constituição Federal. 
b) Brasília é a Capital Federal. 
c) Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em 
Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei 
complementar.
d) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se 
para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios 
Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio 
de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
e) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-
se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar 
Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações 
dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade 
Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
Gabarito: A
Item A – ERRADO. A União é um ente federado autônomo, como os 
demais entes federados: Estados, Distrito Federal e Municípios. 
Segundo o art. 18, “A organização política-administrativa da República 
Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, todos os autônomos, nos termos desta 
Constituição”.
Item B – CERTO. É o que dispõe o art. 18, §1º. 
Item C – CERTO. É a dicção do art. 18, §2º. Lembre-se de que os 
territórios não são entes federados, portanto, não possuem autonomia. 
Os territórios são meras descentralizações administrativas 
pertencentes à União, possuindo natureza jurídica de autarquia
territorial. 
Item D – CERTO. Cópia do art. 18, §3º. 
Item E – CERTO. É o que dispõe o art. 18, §4º. 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
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***Agora vamos adentrar na parte mais “temida” deste nosso assunto: a 
repartição de competências. Trata-se de um tema meio “decoreba”, mas se 
entendermos o espírito do constituinte na repartição de competências e 
fizermos um bom número de exercícios, temos totais condições de garantir os 
pontos na prova. Vamos nessa! 
18. (ESAF/CGU/2008) Estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional 
de viação e promover programas de construção de moradias e a melhoria das 
condições habitacionais e de saneamento básico são competências materiais 
comuns da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Errado. Essa estava fácil! “Princípios”, “normas gerais”, “diretrizes”, 
“bases”, tudo isso é da União! Por outro lado, promover programas de 
construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de 
saneamento básico são competências materiais comuns da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
19. (ESAF/CGU/2008) Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive 
habitação, saneamento básico e transportes urbanos e cuidar da saúde e 
assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de 
deficiência são competências materiais comuns da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios. 
Errado. Cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia 
das pessoas portadoras de deficiência é competência comum. No 
entanto, instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive 
habitação, saneamento básico e transportes urbanos é competência da 
União. Lembre-se: “diretrizes”, “bases”, “normas gerais” é da União! 
20. (ESAF/TCU/2001) Configura hipótese de competência legislativa concorrente o 
caso da delegação, pelos Estados-membros, da sua competência legislativa 
privativa para a União, com reserva de iguais poderes. 
Errado. Apesar de antiga, essa questão ainda é muito boa! É a União 
quem pode delegar suas competências privativas aos estados e DF, e 
não o contrário. Além disso, caso haja a delegação por parte da União, 
as competências ainda serão privativas da União. Elas não mudam de 
titularidade somente por causa da delegação. Fique atento! 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
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II. PODER EXECUTIVO 
*** Vamos começar agora a revisão do glorioso Poder Executivo! De todos os 
três poderes, esse é o assunto mais tranquilo. Vamos lá: 
21. (ESAF - 2004 - MPU - Técnico Administrativo) Acerca do Poder Executivo, 
marque a única opção correta. 
a) Celebrar tratados, convenções e atos internacionais e conceder indulto e 
comutar penas são atribuições indelegáveis do presidente da República. 
b) O presidente da República ficará suspenso de suas funções se, no caso de 
acusação de prática de infrações penais comuns, for admitida a acusação, pela 
Câmara dos Deputados, por quorum qualificado. 
c) O presidente da República, na vigência do seu mandato, não pode ser 
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. 
d) Os seis cidadãos brasileiros natos que integram o Conselho da República são 
eleitos para um mandato de três anos, vedada a recondução. 
e) São membros natos do Conselho de Defesa Nacional os líderes da maioria e 
da minoria, no Senado Federal e na Câmara dos Deputados. 
Gabarito: C
Item A - ERRADO. Celebrar tratados, convenções e atos internacionais 
são, conforme o art. 84, VIII, da CF, atribuições privativas e, via de 
regra indelegáveis. Porém, segundo o parágrafo único art. 84: “O
Presidente da República pode delegar aos Ministros de Estado, 
Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União as 
funções de: 
VI – dispor, mediante decreto (autônomo), sobre: 
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de 
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos 
instituídos em lei; 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
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XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir 
somente se estiver vago – decreto autônomo) 
Item B - ERRADO. Cuidado! Nos crimes comuns (e que guardem 
pertinência com o mandato), assim como nos crimes de 
responsabilidade, para que o processo seja instaurado, há necessidade 
de autorização de 2/3 dos membros da Câmara dos Deputados. No 
entanto, autorizada a instauração do processo, o presidente só ficará 
suspenso após o recebimento dadenúncia ou queixa-crime pelo STF.
Isso é o que a CF estabelece no art. 86 § 1º: “O Presidente ficará 
suspenso de suas funções: I - nas infrações penais comuns (que 
guardem pertinência com o mandato), se recebida a denúncia ou 
queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal.” 
Item C - CERTO. Ele responderá por eventual crime que não tenha 
conexão com o exercício da presidência somente após o término do 
mandato, perante a Justiça Comum. Trata-se de uma 
irresponsabilidade temporária. 
Item D - ERRADO. Dentre os seis integrantes da Conselho da 
República, apenas quatro são eleitos, sendo os demais nomeados pelo 
presidente. Segundo o art. 89 da CF: “O Conselho da República é órgão 
superior de consulta do Presidente da República, e dele participam: 
VII – seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos 
de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois 
eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, 
todos com mandato de três anos, vedada a recondução.”
Item E - ERRADO. Atenção! A questão confunde a composição do 
Conselho da República com o Conselho de Defesa Nacional. Segundo o 
art. 89 da CF: 
“O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente 
da República, e dele participam: 
I - o Vice-Presidente da República; 
II - o Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - o Presidente do Senado Federal; 
IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados; 
V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal; 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
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VI - o Ministro da Justiça; 
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo 
dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois 
eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a 
recondução.” 
Vamos ver o que a CF nos diz sobre o Conselho de Defesa Nacional? 
Conforme o art. 91: “O Conselho de Defesa Nacional é órgão de 
consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a 
soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele 
participam como membros natos: 
I - o Vice-Presidente da República; 
II - o Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - o Presidente do Senado Federal; 
IV - o Ministro da Justiça; 
V - o Ministro de Estado da Defesa; 
VI - o Ministro das Relações Exteriores; 
VII - o Ministro do Planejamento. 
VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.” 
22. (ESAF - 2004 - MPU - Analista) Sobre o Poder Executivo, marque a única opção 
correta. 
a) O presidente da República pode delegar a Ministro de Estado sua 
competência para dispor, mediante decreto, sobre a extinção de funções ou 
cargos públicos vagos. 
b) Se, por qualquer motivo, o presidente da República não tomar posse na 
data fixada no texto constitucional, o cargo será declarado vago, após dez 
dias, contados dessa data. 
c) O vice-presidente da República substituirá o presidente da República no caso 
de vacância do cargo e, nessa hipótese, responderá pela presidência da 
República nos afastamentos do titular, sucessivamente, o presidente da 
Câmara dos Deputados, o presidente do Senado Federal e o presidente do 
Supremo Tribunal Federal. 
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d) Será considerado eleito presidente da República, em primeiro turno, o 
candidato que atingir uma votação que seja igual ou superior à maioria 
absoluta dos votos apurados na eleição. 
e) Para a constitucionalidade da declaração de guerra, pelo presidente da 
República, no caso de agressão estrangeira, ela terá que ser, sempre, 
submetida ao referendo do Congresso Nacional. 
Gabarito: A
Item A - CERTO. Segundo o parágrafo único art. 84: “O Presidente da 
República pode delegar aos Ministros de Estado, Procurador-Geral da 
República ou ao Advogado-Geral da União as funções de:
VI – dispor, mediante decreto (autônomo), sobre: 
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de 
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos 
instituídos em lei; 
XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir 
somente se estiver vago – decreto autônomo) 
Item B - ERRADO. Salvo motivo de força maior, o cargo será declarado 
vago se o Presidente ou o Vice não assumirem em 10 dias. Não será 
por qualquer motivo, como afirma o item. 
Item C - ERRADO. Os impedimentos são os afastamentos temporários
do Presidente. Nesse caso, o Vice o substitui. Já a vacância é o 
afastamento definitivo do chefe do Poder Executivo devido à morte, 
renúncia ou perda do cargo. Já nesse caso, ele será sucedido pelo Vice, 
que assumirá o mandato pelo tempo restante. Assim, por exemplo, se 
o Presidente da República morre, o vice assumirá a presidência pelo 
tempo restante do seu mandato sem Vice-Presidente. A questão está 
errada, pois, no caso de vacância, o Vice SUCEDE o Presidente da 
República, e não substitui, como afirma a questão.
Item D - ERRADO. Segundo o art. 77, § 2º “Será considerado eleito 
Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a 
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maioria absoluta de votos, NÃO COMPUTADOS OS EM BRANCO E OS 
NULOS.” Essa informação é importante! 
Item E - ERRADO. A declaração de guerra deve, em regra, ser 
AUTORIZADA pelo Congresso Nacional. No entanto, caso o Parlamento 
esteja em recesso, o Presidente primeiro declara a guerra e, depois, o 
Congresso a REFERENDA (aprova). Observe o art. 84, XIX: “declarar 
guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso 
Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das 
sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou 
parcialmente, a mobilização nacional.” 
23. (ESAF/ENAP/2006) Nos termos da Constituição Federal, uma vez convocado, 
pelo Presidente da República, para pronunciar-se sobre questões relevantes 
para a estabilidade das instituições democráticas, as manifestações do 
Conselho da República serão vinculativas das decisões e das ações executivas 
do governo. 
Errado. O Conselho de Defesa Nacional e o Conselho da República são 
órgãos consultivos, ou seja, não vinculam a tomada de decisão do 
Presidente da República. 
24. (ESAF/ENAP/2006) Admitida a acusação contra o Presidente da República, por 
dois terços da Câmara dos Deputados, por infrações penais comuns ou por 
crimes de responsabilidade, ficará o Presidente da República, em consequência 
da admissão da acusação, suspenso das suas funções até o término do 
processo. 
Errado. O presidente ficará suspenso até o termino do processo, mas 
existe um limite para essa suspensão, que é de 180 dias. Após o 
decurso deste tempo, o Presidente voltará às suas funções, sem 
prejuízo do andamento da ação. Veja no art. 86, §2º. 
25. (ESAF/ENAP/2006) Ocorrendo a vacância simultânea, nos últimos dois anos 
do período presidencial, dos cargos de Presidente e de Vice-Presidente da 
República, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da 
última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
Certo. Se as vagas ocorrerem nos dois primeiros anos do mandato,
haverá eleição DIRETA em até 90 dias depois de aberta a última vaga. 
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Eleição direta significa que o povo vai às urnas novamente para eleger 
o novo Presidente e Vice-Presidente da República. 
Por outro lado, caso as vagas surjam nos dois últimos anos do 
mandato, ocorrerá eleição INDIRETA peloCongresso Nacional em até 
30 dias depois de aberta a última vaga. Na eleição indireta, não é o 
povo que vai às urnas para votar, mas sim os representantes do povo 
(Congresso Nacional) que elegem o Presidente da República. 
Nos dois casos, o novo Presidente e Vice exercerão o mandato 
somente pelo tempo restante do mandato original (mandato tampão).
Observe o desenho: 
1º�ano�
Novo�mandato�
(mandatoͲtampão)
Vaga�nos�2�primeiros�anos:�
Eleição�direta�pelo�povo�
Novo�mandato�
(mandatoͲtampão)
1º�ano�
Vaga�nos�2�últimos�anos:�
Eleição�indireta�pelo�CN
26. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Por força de disposição constitucional, as posses 
do Presidente e do Vice-Presidente da República deverão ser sempre 
simultâneas, sob pena dos cargos serem declarados vagos. 
Errado. A Constituição estabelece no art. 78, Parágrafo único: “Se,
decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente OU O
Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o 
cargo, este será declarado vago.” Assim, um deles pode assumir o 
cargo e o outro não. Nem poderia ser diferente: imagine que o vice 
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sofra um acidente e esteja em coma. O Presidente não pode deixar de 
tomar posse por causa disso.
27. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Compete ao Presidente da República nomear, 
após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros dos Tribunais Superiores, o 
presidente e os diretores do Banco Central.
Certo. Atenção ao art. 84, XIV! O Presidente nomeará as autoridades 
citadas após a aprovação da maioria absoluta do Senado Federal.
28. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Nas infrações penais comuns e nos crimes de 
responsabilidade, o Presidente da República ficará suspenso de suas funções 
após a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da instauração do processo 
por crime de responsabilidade ou do recebimento da denúncia pelo Supremo 
Tribunal Federal, nos crimes comuns. 
Errado. Para que o Presidente da República seja julgado no STF (por 
crime comum) ou no Senado Federal (por crime de responsabilidade), 
é necessária autorização de 2/3 da Câmara dos Deputados. Esse é o 
“primeiro passo”. 
Para que os trabalhos se desenvolvam “mais tranquilamente e sem a 
interferência do Presidente”, a Constituição prevê que o Presidente da 
República ficará afastado de suas funções durante seu julgamento, 
seja ele onde for (no Senado ou no STF). Mas quando se inicia essa 
suspensão? Assim que a Câmara dos Deputados autorizar a 
instauração do processo? NÃO! O Presidente ficará suspenso a partir 
do momento em que o STF receber a queixa-crime ou denúncia (crimes 
comuns) ou após a instauração do processo no Senado Federal (crimes 
de responsabilidade). Confira o art. 86.
29. (ESAF/AFT/2004) Embora a Constituição Federal determine que a criação ou 
extinção de cargos, no âmbito do Poder Executivo, deva ocorrer por meio de 
lei, no caso do cargo estar vago, sua extinção poderá se dar por meio de 
Decreto do Presidente da República.
Certo. Esse é um dos atos que compõem o chamado “Decreto 
Autônomo”, previsto no art. 84, VI. Obviamente, o Presidente não 
pode extinguir um cargo ocupado. Ele tem que estar vago.
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30. (ESAF/MRE/2004) O presidente da República pode, por meio de decreto, 
conceder aumento de vencimentos aos servidores do Poder Executivo.
Errado. Ao conceder aumento de vencimentos, temos um “pequeno” 
efeito colateral: o aumento de despesa. E nós já sabemos que o 
Presidente não pode lançar mão do decreto autônomo se houver 
aumento de despesa, criação ou extinção de órgãos públicos ou 
extinção de cargos providos. 
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III. PODER LEGISLATIVO 
*** Continuando com nossa revisão, vamos agora relembrar pontos 
importantes do Poder Legislativo e junto com ele, da fiscalização COFOP. 
Vamos começar com uma das partes mais temidas: as competências: 
31. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle) É competência exclusiva 
do Congresso Nacional dispor sobre telecomunicações e radiodifusão. 
Errado. Essa não é uma competência exclusiva do Congresso Nacional, 
mas sim privativa. A disposição sobre telecomunicações e radiodifusão 
cabe ao Congresso Nacional e depende de sanção do Presidente da 
República (art. 48, XII), ou seja, essa matéria será objeto de lei. 
32. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle) Compete 
privativamente à Câmara dos Deputados a fixação da remuneração de seus 
servidores. 
Errado. É competência privativa da Câmara dos Deputados a iniciativa
de lei para fixação da remuneração de seus servidores (art. 51, IV). É 
importante entender bem a diferença entre iniciar uma lei sobre a 
remuneração e fixar a remuneração. A Câmara dos Deputados e o 
Senado Federal possuem o poder de INICIAR uma lei sobre a 
remuneração dos seus servidores. Isso significa que o Projeto de Lei 
vai tramitar pelas duas Casas do Congresso Nacional e ainda vai haver 
a sanção ou o veto o do Presidente da República.
Se essas Casas pudessem fixar a remuneração dos seus servidores, 
não precisariam de mais ninguém. Isso ocorre, por exemplo, quando o 
Congresso fixa os subsídios dos parlamentares, Presidente, Vice-
Presidente da República e Ministros de Estado. Neste caso, isso não 
será feito por uma lei (aprovação nas duas casas, sanção/veto, etc), 
mas sim diretamente, via Decreto Legislativo. 
33. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle) Compete 
privativamente ao Senado Federal autorizar operações externas de natureza 
financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Territórios e dos Municípios. 
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Certo. Conforme o art. 52, V. É muito importante lembrarmos de que o 
Senado tem muito mais competências do que a Câmara. Ele julgará 
autoridades, aprovará previamente as nomeações a serem realizadas 
pelo Presidente da República e tratará sobre questões financeiras,
como limites da dívida, operações de crédito, concessão de garantia, 
etc. Olho nesse artigo! 
34. (ESAF/CGU/2008) Compete privativamente à Câmara dos Deputados proceder 
à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao 
Congresso Nacional dentro de sessenta dias após abertura da sessão 
legislativa.
Certo. O Presidente deve apresentar suas contas ao Congresso 
Nacional dentro do prazo de 60 dias do início da sessão legislativa. 
Caso ele não o faça, compete à Câmara dos Deputados tomá-las (art. 
51, II). Essa é uma das poucas competências da Câmara dos 
Deputados! Vamos revisar? 
I - autorizar, por 2/3 de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-
Presidente da República e os Ministros de Estado; 
o No caso dos Ministros de Estado, a autorização da CD se restringe aos crimes 
comuns e de responsabilidade conexos com os da mesma natureza imputados ao 
Presidente da República (QCRQO 427/DF)
ƒ Se não houver conexão, os Ministros de Estado são processados e julgados 
pelo STF sem a necessidade de autorização da CD 
o Crimes de Responsabilidade: se a CD autorizar, o SF é obrigado a julgar. Já o STF 
pode arquivar se entender que não há elementos suficientes para a instauração do 
processo
o As demais autoridades (PSTF, PGR, AGU, CNMP e CNJ), quando o SF julga, não 
precisa de autorização da CD 
II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao CN 
dentro de 60d após a abertura da sessão legislativa; 
III - elaborar seu regimento interno; 
IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos 
cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativade lei para fixação da respectiva 
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. 
o Tanto a CD quanto o SF elegem membros do Conselho da República 
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35. (ESAF/CGU/2008) Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da 
República, fixar idêntico subsídio para Deputados Federais e Senadores, assim 
como para o Presidente, o Vice-Presidente da República e Ministros de Estado. 
Errado. Essa competência é exclusiva do Congresso Nacional e 
exercida mediante Decreto Legislativo, assim, não há a sanção do 
Presidente da República. 
Observe que, nas competências privativas do Congresso estabelecidas 
no art. 48, existe a sanção presidencial (é uma lei), o que não ocorre 
com as competências exclusivas, previstas no art. 49. 
***Agora um pouco de comissões: 
36. (ESAF/Analista Administrativo - ANEEL/2006) As comissões parlamentares de 
inquérito no âmbito federal podem quebrar sigilo bancário de investigado 
independentemente de prévia autorização judicial. 
Certo. As CPIs possuem poderes investigativos próprios das 
autoridades judiciais e podem quebrar o sigilo bancário, fiscal e de 
dados do investigado. Para isso, o pedido de quebra deve ser 
fundamentado, deve ter lapso temporal definido e também deve ser 
aprovado pela maioria absoluta dos membros da CPI. 
IMPORTANTE: a CPI jamais poderá determinar a interceptação 
telefônica (escuta telefônica). Essa quebra somente pode ser feita por 
ordem JUDICIAL.
37. (ESAF/ENAP/2006) As Comissões Permanentes da Câmara dos Deputados e do 
Senado Federal poderão convocar qualquer autoridade ou cidadão para prestar 
depoimento sobre assunto previamente estabelecido. 
Errado. Essa questão foi bastante maldosa e misturou competências 
das comissões previstas no art. 50 com as do art. 58. 
O art. 50 prevê que “A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou 
qualquer de suas Comissões, poderão CONVOCAR Ministro de Estado 
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ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à 
Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações 
sobre assunto previamente determinado, importando crime de 
responsabilidade a ausência sem justificação adequada”.
Já o art. 58, § 2º, estabelece que às comissões, em razão da matéria 
de sua competência, cabe: V - SOLICITAR depoimento de qualquer
autoridade ou cidadão. Assim, as comissões podem SOLICITAR 
depoimento de qualquer cidadão, mas não CONVOCAR (que tem 
caráter de obrigatoriedade). 
38. (ESAF - 2004 - ANEEL - Técnico Administrativo) A Constituição proíbe 
expressamente que as Comissões Parlamentares de Inquérito exerçam os 
poderes de investigação próprios das autoridades judiciais. 
Errado. Exatamente ao contrário. A Constituição Federal estabelece 
que as Comissões Parlamentares de Inquérito possuem poderes 
investigativos próprios das autoridades JUDICIAIS. No entanto, os 
poderes das CPIs não são exatamente os mesmos poderes dos juízes: 
existem competências que somente os membros do Judiciário 
possuem (cláusula da reserva da jurisdição), como determinar 
medidas cautelares ou interceptação telefônica (escuta telefônica), 
por exemplo. 
39. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle) A Câmara dos 
Deputados e o Senado Federal poderão convocar Ministro de Estado ou 
quaisquer titulares de órgãos da Administração Pública Direta para prestarem, 
pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, 
importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada. 
Errado. Olho nos detalhes! Você não vai deixar a sua aprovação 
escapar porque leu uma questão com pressa, vai? Segundo o art. 50, a 
Câmara dos Deputados, o Senado Federal ou qualquer de suas 
Comissões podem convocar Ministros de Estado ou quaisquer titulares 
de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República, e não 
de quaisquer órgãos da Administração Pública Direta.
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*** Apenas uma questão para revisarmos um assunto bem chatinho, mas que 
não devemos deixar de lado: o estatuto dos parlamentares. 
40. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Se um Senador, após a posse, continuar como 
proprietário de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa 
jurídica de direito público, ele estará sujeito à perda de mandato, a ser 
declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de 
qualquer de seus membros, ou de partido político representado no Congresso 
Nacional, assegurada ampla defesa. 
Errado. Nesse caso, a perda do mandato é “decidida” pela Casa e não 
“declarada”. Assim, o parlamentar que praticar essa conduta pode ou 
não perder o mandato, a depender do que a Casa decidir. Vamos 
relembrar as hipóteses de perda de mandato dos parlamentares: 
Hipóteses de Perda de Mandato 
I – Infringir qualquer das proibições do art. 54 
II – Quebra de decoro parlamentar 
• Abuso de prerrogativas ou percepção de vantagens 
indevidas
• Judiciário não pode apreciar infringência ao decoro 
parlamentar – Exclusivo da Casa 
VI – Condenação criminal transitada em julgado 
• Não gera, por si só, a suspensão dos direitos políticos dos 
parlamentares 
• Exceção ao art. 15, III + 14,§ 3º, II 
• A Casa tem que decidir pela perda do mandato 
- Regra se aplica aos deputados estaduais 
- NÃO se aplica a - Vereadores 
- Executivo 
III – Faltar a 1/3 das SLO, salvo licença ou missão 
IV – Perder ou tiver suspensos seus direitos políticos 
V – Decretação da Justiça Eleitoral 
Sempre assegurada Ampla Defesa
- A perda do mandato não é 
automática
- Ela é DECIDIDA pelas 
Casas: Voto SECRETO e
MA
- Para que a Casa decida, 
deve haver provocação da 
Mesa ou de Partido Político 
com representação no CN
- A perda do mandato é 
DECLARADA pela Mesa da Casa 
respectiva 
- Declaração é feita de ofício ou por 
provocação de qualquer membro ou de 
Partido Político representado no CN 
- não há juízo de conveniência e 
oportunidade, como nos casos 
anteriores
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***Prestem atenção, pois o TCU é tema bastante comum nas provas da ESAF! 
41. (ESAF/CGU/2008) O ato de sustar a execução de contrato ilegal não é de 
competência do Tribunal de Contas da União porque deve ser adotado 
diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder 
Executivo as medidas cabíveis. 
Certo. Memorize essa informação: quem susta o ATO é o TCU e quem 
susta o CONTRATO é o CONGRESSO NACIONAL. Essa questão é 
bastante recorrente em provas! 
42. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Compete ao Tribunal de Contas da União apreciar, 
para fins de registro, a legalidade dos atos de concessão de aposentadorias, 
reformas e pensões, bem como a legalidade dos atos de concessão de 
melhorias posteriores, mesmo que delas não decorra alteração no fundamento 
legal do ato concessório. 
Errado. O art. 71, III, prevê que compete ao TCU: “apreciar para fins 
de registro as concessões de aposentadorias, reformas e pensões, 
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento 
legal do ato concessório”. Ou seja, ele aprecia a legalidade das 
concessões, mas no caso de melhorias posteriores que não afetem o 
fundamento da concessão, está dispensada a apreciação. 
43. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Nos termos da Constituição, compete ao Tribunal 
de Contas da União - TCU julgar as contas dos administradores e demais 
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e 
indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo PoderPúblico Federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou 
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. Quando o 
constituinte utiliza a expressão "julgar as contas", ele quer dizer que a 
natureza das decisões proferidas pelo TCU são jurisdicionais. 
Errado. Apesar de possuir nome de TRIBUNAL, o TCU não pertence ao 
Poder Judiciário e os seus julgamentos possuem natureza 
ADMINISTRATIVA e não jurisdicional. Apesar disso, o poder judiciário 
não pode adentrar no mérito dos julgamentos do TCU, mas pode 
apreciar sua legalidade. Assim, se o TCU julga uma conta “irregular”, o 
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judiciário não pode declará-la “regular”, podendo somente apreciar 
sua legalidade. 
44. (ESAF/ANA/2009) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional 
e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, 
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e 
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle 
externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. 
Certo. Essa é a literalidade do art. 70 da CF. Assim, cada poder deve 
ter o seu controle interno para fiscalizar a aplicação dos recursos 
públicos. Além do controle interno, existe o controle externo, a cargo 
do Congresso Nacional. 
45. (ESAF/Técnico - CGU/2008) As decisões do Tribunal de Contas da União de 
que resulte imputação de débito ou multa não terão eficácia de título 
executivo.
Errado. As decisões do Tribunal de Contas da União de que resulte 
imputação de débito ou multa terão eficácia de TÍTULO EXECUTIVO 
(EXTRAJUDICIAL) (art. 71 §3º). 
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IV. PODER JUDICIÁRIO 
*** Vamos começar agora a revisão do Poder Judiciário. Por ter muitos 
detalhes, esse tópico é um prato cheio para as famosas pegadinhas da Esaf. 
Vamos começar com as disposições gerais! 
46. (ESAF - 2002 - TJ-CE - Atendente Judiciário) Assinale a opção correta. 
a) O Ministério Público é considerado pela Constituição, de modo expresso, 
como órgão do Poder Judiciário. 
b) O Tribunal de Contas da União faz parte do Poder Judiciário. 
c) Todas as decisões dos órgãos do Poder Judiciário devem ser 
fundamentadas. 
d) Não é exigido concurso público para o provimento de cargo de Juiz 
Substituto. 
e) A Constituição garante aos juízes o livre exercício de atividades político-
partidárias.
Gabarito: C. 
Item A – ERRADO. O Ministério Público não é um órgão do Poder 
Judiciário, é instituição permanente essencial à função jurisdicional do 
Estado (art. 127). Vamos revisar os órgãos do Poder Judiciário: �
- Supremo Tribunal Federal (STF) 
- Conselho Nacional de Justiça (CNJ) 
- Superior Tribunal de Justiça (STJ) 
- Tribunais Regionais Federais (TRFs) e Juízes Federais; 
- Tribunais e Juízes do Trabalho (TRTs) 
- Tribunais e Juízes Eleitorais (TREs) 
- Tribunais e Juízes Militares
- Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.(TJEst) 
Item B – ERRADO. Apesar de se chamar “Tribunal”, o TCU é órgão 
auxiliar do Poder Legislativo (art. 71), não integrando o Judiciário. 
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Item C – CERTO. É o que dispõe o art. 93, IX. Será nula a decisão não 
fundamentada exarada pelo Judiciário. 
Item D – ERRADO. Já imaginaram juiz sem concurso? O cargo inicial de 
ingresso na carreira do Poder Judiciário deve ser provido mediante 
concurso público de provas e títulos (art. 93, I). O novo integrante do 
Judiciário será, inicialmente, um juiz substituto.
Item E – ERRADO. O exercício da atividade político-partidária é 
expressamente vedado aos juízes (art. 95, parágrafo único, III).
47. (ESAF - 2002 - TJ-CE - Atendente Judiciário) A garantia dada pela Constituição 
aos juízes de não serem removidos de suas comarcas, salvo por motivo de 
interesse público, é conhecida como garantia da: 
a) Inamovibilidade 
b) Irredutibilidade 
c) Improbidade 
d) Inatividade 
e) Vitaliciedade 
Gabarito: A 
Essa é a garantia da inamovibilidade (art. 95, II), que assegura que os 
magistrados somente serão removidos por iniciativa própria (e não de 
ofício, por iniciativa de qualquer autoridade). Assim, a regra é de que 
os magistrados somente podem ser removidos a pedido e nunca de 
ofício. 
Não se esqueça de que existem duas hipóteses excepcionais de 
remoção contra a vontade do magistrado: 
1- Quando houver interesse público, somente pela decisão da maioria
absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ e assegurada ampla defesa 
(art. 95, II).
2 - Determinação do CNJ, a título de sanção administrativa, assegurada a 
ampla defesa (art. 103-B, §4º, III). 
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As demais garantias são a vitaliciedade e a irredutibilidade de 
vencimentos.
48. (ESAF/MPU/2004) Para concorrer à vaga de juiz em Tribunal Regional Federal, 
no quinto constitucional, o membro do Ministério Público deverá ter mais de 
dez anos de carreira e ser indicado, pelo seu órgão, em lista sêxtupla, a ser 
encaminhada ao respectivo tribunal. 
Certo. O procedimento para que um advogado ou membro do 
Ministério Público entre em um tribunal pelo quinto constitucional é 
bem simples: 
1 - O órgão representativo da respectiva classe envia ao tribunal 
uma lista sêxtupla.
2 - O tribunal escolhe três nomes dessa lista sêxtupla, elaborando 
uma lista tríplice e a envia ao chefe do executivo. 
3 - O chefe do executivo escolhe um dos três nomes em 20 dias.
49. (ESAF - 2004 - MPU - Técnico Administrativo) A declaração de 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo somente se dará pelo voto da 
maioria dos membros dos Tribunais. 
Errado. Há uma omissão nessa afirmação. Segundo o art. 97, a 
declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo somente 
se dará pelo voto da MAIORIA ABSOLUTA de seus membros ou dos 
membros do respectivo órgão especial. Essa regra é a denominada 
cláusula de reserva de plenário. 
Sobre o órgão especial, lembre-se de que a CF permite sua criação nos 
Tribunais com mais de 25 julgadores, será constituído por no mínimo 
11 e no máximo 25 membros e terá atribuições administrativas e 
jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno (art. 93, 
XI). Uma dessas competências delegadas pode ser, justamente, a de 
declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo. 
50. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle) Nos tribunais com 
número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão 
especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, 
provendo-se metade das vagas por merecimento e a outra metade por eleição 
pelo tribunal pleno. 
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Errado. Essa foi de lascar! Realmente, os tribunais com mais de vinte e 
cinco julgadores podem constituir órgão especial, que contará com no 
mínimo onze e no máximo vinte e cinco membros. O provimento das 
vagas ocorre da seguinte maneira: metade por ANTIGUIDADE (e não 
por merecimento) e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno 
(art. 93, XI). 
*** Agora um pouco de CNJ 
51. (ESAF - 2006 - ANEEL - Técnico Administrativo) Entre as competências do 
Conselho Nacional de Justiça não se inclui a de rever decisões judiciais do 
Supremo Tribunal Federal. 
Certo. A Constituição atribui expressamente ao CNJ a competência 
para exercer o controle da atuação administrativa e financeira do 
Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.Assim, o Conselho Nacional de Justiça não tem ingerência na atividade 
jurisdicional dos juízes e Tribunais, somente nas atividades 
administrativas e financeiras. Além disso, não esqueça que o CNJ não 
tem nenhuma competência sobre o STF e seus ministros (ADI 
3.367/DF). 
52. (ESAF - 2005 - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal) Não pode o 
Conselho Nacional de Justiça, quando da apreciação da legalidade dos atos 
administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, 
desconstituir os atos considerados irregulares, cabendo-lhe, apenas, fixar 
prazo para que sejam adotadas as providências necessárias para sua 
legalização.
Errado. O CNJ, ao apreciar a legalidade dos atos administrativos 
praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, pode 
desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as 
providências necessárias ao exato cumprimento da lei (art. 103-B, 
§4º, II). 
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*** Éssetêéfeeeee e STJ!! 
53. (ESAF/ANA/Especialista/2009) Compete ao Superior Tribunal de Justiça, entre 
outras funções, processar e julgar, originariamente, nas infrações penais 
comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os 
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. 
Errado. Essa competência é originária do STF, conforme art. 102, 
I, “c”. Só não vale esquecer que se os crimes forem conexos com 
crimes de responsabilidade do Presidente da República e Vice, esse 
julgamento será realizado pelo Senado Federal. 
54. (ESAF - 2008 - MPOG - Especialista em Políticas Públicas e Gestão 
Governamental) O Supremo Tribunal Federal pode aprovar súmula que terá 
efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário, do Poder 
Legislativo e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, 
estadual e municipal. 
Errado. O STF pode aprovar súmula que terá efeito vinculante perante 
os demais órgãos do Poder Judiciário e perante a Administração 
Púbica direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. No 
entanto, a súmula NÃO terá efeito vinculante em relação ao Poder
Legislativo e nem ao próprio STF. 
55. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle) Se o recorrente, no 
recurso extraordinário, não demonstrar, nos termos da lei, a repercussão geral 
das questões constitucionais discutidas no caso, o recurso poderá não ser 
admitido, liminarmente, pelo Relator designado para o processo. 
Errado. De acordo com o art. 102, § 3º: “No recurso extraordinário o 
recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões 
constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o 
Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo 
pela manifestação de dois terços de seus membros.”
56. (ESAF - 2005 - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal) Caberá ao 
Supremo Tribunal Federal julgar, mediante recurso extraordinário, decisão de 
Tribunal de Justiça que considerar válida lei estadual contestada em face da 
Constituição Federal ou contestada em face de lei federal. 
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Certo. Essa é uma competência do Supremo Tribunal Federal, de 
acordo com o art. 102, III, “c” e “d”. 
Fique atento! 
- Lei ou ato vs Constituição: Recurso Extraordinário no STF. 
- LEI local vs Lei Federal: Recurso Extraordinário no STF.
- ATO local vs Lei Federal: Recurso Especial no STJ.�
57. (ESAF/ANA/Especialista/2009) Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe, entre outras funções, 
processar e julgar, originariamente, a homologação de sentenças estrangeiras 
e a concessão de exequatur às cartas rogatórias. 
Errado. Compete ao STJ a homologação de sentença estrangeira e a 
concessão de exequatur às cartas rogatórias e não ao STF (art. 105, 
I, “i”). 
58. (ESAF - 2005 - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal) A concessão 
de exequatur às cartas rogatórias é competência do Supremo Tribunal Federal. 
Errado. Compete ao STJ a concessão de exequatur às cartas rogatórias 
e a homologação de sentenças estrangeiras (art. 105, I, “i”). 
59. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle) As decisões do 
Conselho da Justiça Federal, relativas à supervisão administrativa e 
orçamentária da Justiça Federal, tomadas no exercício de seu poder 
correicional, terão caráter vinculante. 
Certo. É o que dispõe o art. 105, parágrafo único, II. Lembre-se de que 
o Conselho da Justiça Federal funciona junto ao STJ, bem como a 
Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados. 
60. (ESAF - 2008 - MPOG - Especialista em Políticas Públicas e Gestão 
Governamental) Um quinto dos lugares do Superior Tribunal de Justiça será 
composto de membros do Ministério Público, com mais de dez anos de 
carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com 
mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla 
pelos órgãos de representação das respectivas classes. 
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Errado. O quinto constitucional não é aplicado na composição do STJ. 
Aplica-se somente aos Tribunais Regionais Federais, aos Tribunais de 
Justiça, ao Tribunal Superior do Trabalho e aos Tribunais Regionais do 
Trabalho. A composição do STJ segue a seguinte regra (art. 104, 
parágrafo único, I e II): 
• 1/3 dos membros devem ser escolhidos entre juízes dos Tribunais 
Regionais Federais. Os juízes dos TRFs são os membros dos TRFs, tribunais 
de segundo grau. Assim, apesar do nome “juiz”, eles são os 
“desembargadores federais”. 
• 1/3 dos membros devem ser escolhidos entre os desembargadores dos 
Tribunais de Justiça dos Estados e DF. 
Nos dois primeiros casos, o próprio STJ elabora a lista tríplice
livremente e a envia ao Presidente da República, que escolherá um dos 
nomes da lista tríplice. 
• 1/3 dos membros são divididos da seguinte forma: 
o 1/6 de advogados 
o 1/6 de membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito 
Federal e Territórios
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V. FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA 
*** Finalizando nossa revisão de hoje, vamos às Funções Essenciais à Justiça. 
Começaremos com a mais importante delas: o Ministério Público. 
61. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Os membros do Conselho Nacional do Ministério 
Público são nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a 
escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois 
anos, sem possibilidade de recondução. 
Errado. O CNMP é composto de 14 membros nomeados pelo Presidente 
da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do 
Senado Federal, ADMITIDA UMA ÚNICA RECONDUÇÃO. Lembre-se do 
esquema sobre a composição do CNMP:
b) Composição - Nomeados pelo PR, depois de aprovada a escolha pela MA do SF
- Admitida uma única recondução 
- 14 membros - PGR (presidente do CNMP) 
- 4 membros do MPU, assegurada a representação de cada uma de 
suas carreiras 
- 3 membros do MP dos Estados
- 2 juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ
- 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB
- O Presidente da OAB deve oficiar junto ao CNMP, dessa 
forma, não pode ser indicado a membro deste conselho 
- 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, 
indicados um pela CD e outro pelo SF 
62. (ESAF/CGU/2008) O Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público dos 
Estados e o do Distrito Federal e Territórios é nomeado pelo respectivo 
governador, que o escolhe de lista tríplice elaborada pelos integrantes da 
carreira. 
Errado. Como MPDFT é organizado e mantido pela União, o PGJ do DF énomeado pelo Presidente da República e não pelo governador do DF, 
além disso, sua destituição deve ser aprovada pela maioria absoluta do 
Senado Federal e não da Câmara Legislativa do DF. 
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63. (ESAF/CGU/2006) São princípios institucionais do Ministério Público, previstos 
no texto constitucional, a unidade, a indivisibilidade, a autonomia decisória e a 
independência funcional. 
Errado. A autonomia decisória não está prevista como princípio 
institucional do Ministério Público. Observe o art. 127, § 1º “São 
princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a 
indivisibilidade e a independência funcional.”
64. (ESAF/CGU/2006) O membro do Ministério Público adquire vitaliciedade após 
dois anos de exercício e só poderá perder o cargo por decisão transitada em 
julgado do Conselho Nacional do Ministério Público, assegurada a ampla 
defesa.
Errado. De fato, a vitaliciedade é adquirida após dois anos. No entanto, 
o membro do MP que a adquiriu somente pode perder o cargo em 
virtude de sentença JUDICIAL transitada em julgado. Observe que o 
CNMP não é um órgão do judiciário e não possui jurisdição. Aliás, nem 
mesmo o Conselho Nacional de Justiça possui a capacidade de dizer o 
direito. Assim, o membro do MP não pode perder o cargo por decisão 
do CNJ ou do CNMP. 
65. (ESAF/CGU/2006) O impedimento para o exercício da advocacia junto ao juízo 
ou tribunal no qual atuava, antes de decorrido três anos de seu afastamento 
do cargo por aposentadoria ou exoneração não se aplica ao membro do 
Ministério Público. 
Errado. Essa vedação é denominada quarentena e se aplica tanto aos 
membros do MP quanto aos magistrados. Segundo ela, o membro do 
MP aposentado ou exonerado não pode advogar no juízo ou tribunal do 
qual se afastou antes de decorridos três anos de seu afastamento. 
Essa vedação tem o objetivo de evitar o tráfico de influências.
66. (ESAF/TCU/2006) A Constituição autoriza o Poder Executivo a, 
unilateralmente, ajustar a proposta orçamentária do Ministério Público Federal, 
se ela for encaminhada em desacordo com os limites estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias. 
Certo. O Ministério Público é dotado de autonomia financeira. Isso 
significa que ele elabora sua proposta orçamentária e não sofre 
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interferências dos outros poderes. No entanto, o MP deve obedecer à 
LDO e à legislação, não podendo ultrapassar os limites previstos. Além 
disso, caso o MP elabore a proposta em desacordo com a LDO, o Poder 
Executivo fará os ajustes necessários. 
Observe o art. 127, §§ 3º e 5º: 
§ 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária 
dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. 
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for 
encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do 
§ 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários
para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. 
67. (ESAF/PGDF/2007) O Ministério Público tem o poder de, em procedimento de 
ordem administrativa, determinar a dissolução compulsória de associação que 
esteja sendo usada para a prática de atos nocivos ao interesse público. 
Errado. Essa questão é excelente, pois mistura as competências do MP 
com os direitos e garantias fundamentais. A Constituição determina, 
em seu art. 5º, XIX que “as associações só poderão ser 
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por 
decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado”. 
Dessa forma, somente quem pode suspender as atividades ou 
dissolver uma associação é o Poder Judiciário e não o Ministério 
Público. 
68. (ESAF/CGU/2006) É garantia do membro do Ministério Público, a 
inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do 
órgão colegiado competente do Ministério Público, por voto de dois terços de 
seus membros, assegurada ampla defesa. 
Errado. Segundo a Constituição, a decisão é da maioria absoluta e não 
de 2/3 do órgão colegiado competente. Observe o art. 128 §5º, I, b: 
“inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante 
decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo 
voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa.”
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69. (ESAF/CGU/2008) O Ministério Público possui a faculdade de propor ao Poder 
Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, a política 
remuneratória e os planos de carreira. 
Certo. Essa faculdade decorre da autonomia administrativa conferida 
ao Ministério Público pela Constituição Federal. Lembre-se do 
esquema:
- Autonomia - Adm - Criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares 
- Política remuneratória e os planos de carreira
- Lembrando - Quem organiza - MP dos estados é o próprio estado 
e mantém o - MPDFT é a União 
- Lei de organização - Estadual: apresentadas nas Assembleias 
legislativas estaduais 
- do DFT: apresentado no Congresso 
Nacional 
- Financeira - Elabora a própria proposta orçamentária - limites da LDO 
- O MP não envia a proposta orçamentária diretamente ao Legislativo 
- O orçamento do MP está dentro do orçamento do Executivo 
i. Caso o MP não encaminhe a proposta orçamentária dentro do prazo 
estabelecido na LDO, o Executivo considerará, para fins de 
consolidação, os valores da LOA vigente 
ii. Se MP encaminhar proposta orçamentária em desacordo com os 
limites da LDO, o Executivo fará os ajustes necessários 
iii. É vedado ao MP realizar despesas ou assumir obrigações que 
extrapolem os limites da LDO, exceto se previamente autorizadas, 
mediante créditos suplementares ou especiais
70. (ESAF - 2002 - MRE - Assistente de Chancelaria) Sobre o Ministério Público é 
correto dizer: 
a) Tem competência constitucional para decretar prisão preventiva de pessoas 
por ele investigadas. 
b) Enquanto o Ministério Público Federal tem por chefe o Procurador-Geral da 
República, o Ministério Público da União é chefiado pelo Presidente do Supremo 
Tribunal Federal. 
c) Os membros do Ministério Público não estão sujeitos a processo criminal por 
fatos relacionados com o exercício do seu cargo. 
d) Somente o Ministério Público pode apresentar ação penal pública. 
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e) Somente o Ministério Público pode propor a ação civil pública. 
Gabarito: D 
Item A – ERRADO. Não confunda o Ministério Público com o Poder 
Judiciário. A Constituição Federal não confere ao MP competência para 
decretar prisão.
Item B – ERRADO. O Procurador-Geral da República é o chefe do MPU e 
do MPF, que o integra. 
Item C – ERRADO. Não existe esta garantia constitucional. Vamos 
relembrar as garantias dos membros do Ministério Público?�
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- Vitaliciedade - Adquirida após dois anos de exercício
- Após a vitaliciedade, só perde o cargo por sentença judicial 
transitada em julgado 
- Inamovibilidade - Regra: somente podem ser removidos a pedido e nunca ex oficio 
- Exceções - Por interesse público - MA do órgão colegiado 
competente do MP 
- Assegurada ampla defesa 
- Sanção administrativa - Determinação do CNMP, 
- Assegurada ampla defesa 
- Irredutibilidade de subsídios - Para evitar pressões externas e garantir a imparcialidade
- Irredutibilidade nominal.
- Não é assegurada a irredutibilidade real 
- Não protege o salário contra a inflação 
Item D – CERTO. A ação penal pública é de titularidade privativa do MP 
(art. 129, I). A Constituição garante, em caráter excepcional, a 
apresentação de ação penal privada subsidiária da pública por 
particular (em caso de morosidade),mas isto não retira a titularidade 
da ação penal do MP. 
Item E – ERRADO. A ação civil pública não é de titularidade exclusiva 
do MP. Podemos ver no art. 129, III que não houve reserva expressa. 
A lei 7347, que regula a ação civil pública conferiu a legitimidade ativa 
a diversos outros órgãos e instituições. 
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71. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Em razão de sua autonomia financeira e 
administrativa, durante a execução orçamentária do exercício, o Ministério 
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Público poderá, justificadamente, assumir obrigações que extrapolem os 
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, desde que já esteja em 
tramitação no Congresso Nacional pedido de abertura de crédito suplementar 
ou especial. 
Errado. A Constituição veda expressamente que o MP realize despesas 
ou assuma obrigações que extrapolem os limites da LDO, salvo se 
previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos 
suplementares ou especiais. Assim, não basta que o Projeto de Lei de 
créditos suplementares ou especiais esteja em tramitação no 
Congresso Nacional, havendo a necessidade de que o mesmo já tenha 
sido aprovado. 
*** Rapidamente, vamos revisar alguns temas sobre as demais Funções 
Essenciais à Justiça: 
72. (ESAF/TCU/2006) As Defensorias Públicas Estaduais, embora possuam 
autonomia funcional e administrativa, não têm a iniciativa de sua proposta 
orçamentária, a qual permanece sendo de competência do Poder Executivo 
estadual.
Errado. O art. 134, §2º assegura a autonomia funcional e 
administrativa das Defensorias Públicas Estaduais, além da iniciativa 
de sua proposta orçamentária. Confira o texto da CF: “§ 2º Às 
Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e 
administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos 
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação 
ao disposto no art. 99, § 2º.”
73. (ESAF/PGE-DF/2004) A configuração constitucional do princípio do acesso à 
justiça, quanto aos beneficiários do direito à assistência jurídica integral e 
gratuita prestada pela Defensoria Pública ou por quem lhe faça as vezes, 
apenas obriga o Estado e efetuar esse serviço aos que comprovarem 
insuficiência de recursos.
Certo. O art. 5º, LXXIV, assegura a assistência jurídica aos que 
comprovarem insuficiência de recursos. O art. 134 institui a Defensoria 
Pública, que tem a incumbência de operacionalizar este mandamento 
constitucional.
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74. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Cabe à Advocacia-Geral da União, nos termos da 
lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, 
representar, judicial e extrajudicialmente, e exercer as atividades de 
consultoria e assessoramento jurídico dos Poderes da União.
Errado. O erro está num detalhe pequeno, mas ao qual devemos ficar 
sempre atentos. A Advocacia-Geral da União exerce atividades de 
consultoria e assessoramento jurídico somente do Poder Executivo,
nos termos do art. 131.
75. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Aos integrantes da carreira de defensor público da 
União é garantida a inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das 
atribuições institucionais.
Certo. A inamovibilidade é uma garantia ao Defensor Público, ao passo 
que o exercício da advocacia fora das atribuições constitui uma 
vedação expressa pela Constituição. Veja o art.134, §1º.
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Meus caros Auditores-Fiscais da Receita Federal, estamos chegando na reta 
fina! Está muito perto! Está na hora de estudar com todo o seu coração, 
com todas as suas forças, com toda a sua compreensão e com toda a 
sua alma!
Ninguém nunca disse que iria ser fácil. Mas fique sabendo que VALE A PENA 
DEMAIS!
Abraços a todos e até a próxima aula. 
Roberto Troncoso
“Se você acha que pode ou se você acha que não 
pode, de qualquer maneira, você tem razão.”
(Henry Ford)�
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VI. QUESTÕES DA AULA 
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 
1. (ESAF/AFTN-RN/2005) O Estado unitário distingue-se do Estado federal em 
razão da inexistência de repartição regional de poderes autônomos, o que não 
impede a existência, no Estado unitário, de uma descentralização 
administrativa do tipo autárquico. 
2. (ESAF/AFTN-RN/2005) Em um Estado federal temos sempre presente uma 
entidade denominada União, que possui personalidade jurídica de direito 
público internacional, cabendo a ela a representação do Estado federal no 
plano internacional. 
3. (ESAF/AFC-CGU/2006) Não é elemento essencial do princípio federativo a 
existência de dois tipos de entidade - a União e as coletividades regionais 
autônomas.
4. (ESAF/Analista Jurídico-SEFAZ-CE/2007) A República é a forma de organização 
do Estado adotada pela Constituição Federal de 1988. Caracteriza-se pela 
temporariedade do mandato dos governantes e pelo processo eleitoral 
periódico.
5. (ESAF/AFTN-RN/2005) O presidencialismo é a forma de governo que tem por 
característica reunir, em uma única autoridade, o Presidente da República, a 
Chefia do Estado e a Chefia do Governo. 
6. (ESAF/AFRF/2001) De uma Constituição que adota uma chefia dual do 
Executivo, com um Chefe de Estado e um Chefe de Governo, em que a 
permanência deste no cargo depende da confiança do Poder Legislativo, pode-
se dizer que adota característica típica do presidencialismo. 
7. (ESAF/AFC-CGU/2006) O princípio republicano tem como características 
essenciais: a eletividade, a temporariedade e a necessidade de prestação de 
contas pela administração pública. 
8. (ESAF/MPU/2004) Nos termos da Constituição de 1988, o Brasil adota a 
república como sistema de governo, elegendo, portanto, o princípio 
republicano como um dos princípios fundamentais do Estado brasileiro. 
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9. (ESAF/AFT/2006) A forma republicana não implica a necessidade de 
legitimidade popular do presidente da República, razão pela qual a 
periodicidade das eleições não é elemento essencial desse princípio. 
10. (ESAF - 2008 - MPOG - Especialista em Políticas Públicas e Gestão 
Governamental) Assinale a opção que contempla todos os entes da 
organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, nos 
termos da Constituição. 
a) União, Estados, Distrito Federal e Municípios, todos soberanos. 
b) União, Estados, Distrito Federal, Territórios Federais e Municípios, todos 
soberanos.
c) União, Estados, Distrito Federal, Territórios Federais e Municípios, todos 
independentes. 
d) União, Estados, Distrito Federal, Territórios Federais e Municípios, todos 
autônomos.
e) União, Estados, Distrito Federal e Municípios, todos autônomos. 
11. (ESAF - 2009 - Receita Federal - Técnico Administrativo - Agente Técnico 
Administrativo) Marque a opção correta. 
a) Os Estados-membros se auto-organizam por meio da escolha direta de seus 
representantes nos Poderes Legislativo e Executivo locais, em que haja 
qualquer vínculo de subordinação por parte da União. 
b) Ao exercitarem o seu poder constituinte derivado-decorrente, os Estados-
membros, a teor do disposto na Constituição Federal, respeitam os princípios 
constitucionais sensíveis, princípios federais extensíveis e princípios 
constitucionais estabelecidos. 
c) Os Estados-membros em sua tríplice capacidade garantidora de autonomia 
se autoadministram normatizando sua própria legislação e regras de 
competência.
d) A autonomia estadual também se caracteriza pelo autogoverno, uma vez 
que ditam suas respectivas Constituições.

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