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RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 1 Resumão de Direito Constitucional Auditor-Fiscal da Receita Federal Olá futuros Auditores-Fiscais da Receita Federal! Prontos para o SEU salário de R$ 13.600,00 e para ocupar um cargo em um dos melhores órgãos da Administração Pública Federal? Continuamos voando baixo! Chegou a hora da superação!! De ultrapassar todos os seus limites!! Antes de começar, quero que vocês assistam novamente a esse vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=HNfUR0tD0XY&feature=plcp� � Gostaram? Então vamos começar! Este é o nosso segundo encontro. Os assuntos de hoje são os seguintes: Aula 02 – Organização do Estado + Organização dos poderes: Poderes Legislativo (+TCU), Executivo e Judiciário; Funções Essenciais à Justiça. Temos muito conteúdo para cobrir hoje! Vamos seguindo no mesmo ritmo da aula demonstrativa, com exercícios da ESAF escolhidos a dedo especialmente para essa revisão final. Caso necessário, enviem suas dúvidas, sugestões, pedidos especiais, comentários sobre o material etc. para o email robertoconstitucional@gmail.com.� Sem mais blá blá blá! Vamos nessa! RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 2 I. ORGANIZAÇÃO DO ESTADO Todos se lembram do conceito de “Estado”? Ele pode ser resumido naquela clássica equação: Estado = Povo + Território + Soberania. Cuidado com a ESAF e as suas definições sofisticadas, tentando sempre arranjar palavras difíceis para te confundir! Deixo com vocês os elegantes conceitos de Bresser Pereira: “O Estado compreende o sistema constitucional-legal, que regula a população nos limites de um território. É a organização burocrática que tem o monopólio da violência legal, é o aparelho que tem o poder de legislar e tributar a população de um determinado território”. Vamos iniciar nossa revisão encarando algumas questões sobre forma de Estado, forma e sistema de governo, e regime político. Você verá que os maiores perigos são as famosas pegadinhas. Vamos ficar atentos! 1. (ESAF/AFTN-RN/2005) O Estado unitário distingue-se do Estado federal em razão da inexistência de repartição regional de poderes autônomos, o que não impede a existência, no Estado unitário, de uma descentralização administrativa do tipo autárquico. Certo. Os Estados unitários são aqueles que não possuem descentralização político-administrativa, ou seja, o governo é exercido somente pelo governo central. Eles possuem governo único, conduzido por uma única entidade política, que exerce, de forma centralizada, o poder político. O Estado unitário pode ser centralizado, ou seja, todos os atos de governo estão a cabo do governo central, ou descentralizado, ou seja, apesar de haver divisões administrativas, as decisões políticas são efetivamente tomadas pelo governo central. Assim, em um Estado unitário descentralizado, existe um governo local, mas ele é dependente do governo central, não havendo descentralização política. 2. (ESAF/AFTN-RN/2005) Em um Estado federal temos sempre presente uma entidade denominada União, que possui personalidade jurídica de direito público internacional, cabendo a ela a representação do Estado federal no plano internacional. Errado. A união não possui personalidade jurídica internacional, apenas interna. Além disso, chamar essa entidade central de União é RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 3 uma característica do Brasil. Esse nome pode mudar em outros Estados. 3. (ESAF/AFC-CGU/2006) Não é elemento essencial do princípio federativo a existência de dois tipos de entidade - a União e as coletividades regionais autônomas. Errado. Essa é uma das características mais marcantes do federalismo: a descentralização política, com a soberania do Estado Federal e autonomia dos entes federados. 4. (ESAF/Analista Jurídico-SEFAZ-CE/2007) A República é a forma de organização do Estado adotada pela Constituição Federal de 1988. Caracteriza-se pela temporariedade do mandato dos governantes e pelo processo eleitoral periódico. Errado. Olha a primeira pegadinha: A república é uma forma de governo e não de Estado. 5. (ESAF/AFTN-RN/2005) O presidencialismo é a forma de governo que tem por característica reunir, em uma única autoridade, o Presidente da República, a Chefia do Estado e a Chefia do Governo. Errado. Mais uma pegadinha para ficarmos ligados! O presidencialismo é um SISTEMA de governo e não forma de governo. Lembre-se: x Forma de Estado: FEDERAÇÃO x Forma de Governo: República x Sistema de Governo: Presidencialismo x Regime de Governo (ou Regime Político): Democracia. 6. (ESAF/AFRF/2001) De uma Constituição que adota uma chefia dual do Executivo, com um Chefe de Estado e um Chefe de Governo, em que a permanência deste no cargo depende da confiança do Poder Legislativo, pode- se dizer que adota característica típica do presidencialismo. Errado. Essas são características do Parlamentarismo e não do presidencialismo. Vamos recordar: RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 4 - Presidencialismo - Independência entre os poderes / relações rígidas - Chefia monocrática Sistemas de - Mandato por prazo certo Governo - Responsabilidade do governo perante o povo - Parlamentarismo - Cooperação entre os poderes (Legislativo e Executivo) - Chefia dual - Mandato por prazo indeterminado - Responsabilidade do governo perante o Parlamento 7. (ESAF/AFC-CGU/2006) O princípio republicano tem como características essenciais: a eletividade, a temporariedade e a necessidade de prestação de contas pela administração pública. Certo. Todas essas são características da forma republicana de governo. Vamos revisar: - República - Eletividade - Direta - Indireta - Temporalidade no exercício do poder Formas de Governo - Necessidade de legitimidade popular - Representatividade popular - Dever do governante de prestar contas - Monarquia - Hereditariedade - Vitaliciedade - Não representatividade popular - Representa uma linhagem - Ausência de prestação de contas pelo governante 8. (ESAF/MPU/2004) Nos termos da Constituição de 1988, o Brasil adota a república como sistema de governo, elegendo, portanto, o princípio republicano como um dos princípios fundamentais do Estado brasileiro. Errado. O sistema de governo brasileiro é o presidencialismo. A República é a FORMA de governo. Não podemos cair nessa armadilha! 9. (ESAF/AFT/2006) A forma republicana não implica a necessidade de legitimidade popular do presidente da República, razão pela qual a periodicidade das eleições não é elemento essencial desse princípio. RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 5 Errado. A temporalidade no exercício do poder e consequente periodicidade das eleições, além da necessidade de representação popular são características da forma republicana de governo. ***Conseguiram relembrar os conceitos acima? Eles são muito importantes. Vamos seguir a nossa revisão, abordando os entes que compõem a federação brasileira segundo a Constituição Federal. 10. (ESAF - 2008 - MPOG - Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental) Assinale a opção que contempla todos os entes da organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, nos termos da Constituição. a) União, Estados, Distrito Federal e Municípios, todos soberanos. b) União, Estados, Distrito Federal, Territórios Federais e Municípios, todos soberanos. c) União, Estados, Distrito Federal, Territórios Federais e Municípios, todos independentes. d) União, Estados, Distrito Federal, Territórios Federais e Municípios, todos autônomos.e) União, Estados, Distrito Federal e Municípios, todos autônomos. Gabarito: E. Os entes federados são: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Segundo o art. 18: “A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição”. Lembre-se de que os entes federados possuem AUTONOMIA, caracterizada pela autoadministração, autogoverno e auto- organização, e não soberania, a qual diz respeito apenas à República Federativa do Brasil. Os Territórios Federais não são entes federados. São meras descentralizações administrativas pertencentes à União, possuindo RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 6 natureza jurídica de autarquia territorial. Além disso, os territórios não possuem autonomia política. 11. (ESAF - 2009 - Receita Federal - Técnico Administrativo - Agente Técnico Administrativo) Marque a opção correta. a) Os Estados-membros se auto-organizam por meio da escolha direta de seus representantes nos Poderes Legislativo e Executivo locais, em que haja qualquer vínculo de subordinação por parte da União. b) Ao exercitarem o seu poder constituinte derivado-decorrente, os Estados- membros, a teor do disposto na Constituição Federal, respeitam os princípios constitucionais sensíveis, princípios federais extensíveis e princípios constitucionais estabelecidos. c) Os Estados-membros em sua tríplice capacidade garantidora de autonomia se autoadministram normatizando sua própria legislação e regras de competência. d) A autonomia estadual também se caracteriza pelo autogoverno, uma vez que ditam suas respectivas Constituições. e) Os Estados poderão, mediante lei complementar federal, instituir regiões metropolitanas, constituídas por regiões administrativas limítrofes. Gabarito: B Item A – ERRADO. Os entes federados são autônomos, ou seja, podem agir de forma livre (dentro dos limites constitucionais) não havendo hierarquia e nem subordinação entre eles. Portanto, os estados membros não são subordinados à União. Além disso, lembre-se de que a autonomia é caracterizada pela auto-organização e legislação própria, autoadministração e autogoverno. A auto-organização é a capacidade dos estados para elaborar suas respectivas Constituições Estaduais, fruto do Poder Constituinte Derivado Decorrente. Por outro lado, a possibilidade de organizar seus poderes e de eleger seus representantes nos Poderes Executivo e Legislativo locais diz respeito ao autogoverno e à autoadministração. Portanto, o correto seria SEM QUE HAJA qualquer vínculo de subordinação por parte da União. RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 7 Item B – CERTO. O poder constituinte derivado decorrente, ou seja, o poder de os estados se auto-organizarem e editarem suas constituições estaduais, possui limites estabelecidos pela própria Constituição Federal. Esses limites são: os princípios constitucionais sensíveis (aqueles que, se violados autorizam a intervenção federal - art. 34, VII), os princípios extensíveis (aqueles que se referem à organização da federação e estão relacionados ao princípio da simetria, como por exemplo, as normas relativas ao processo legislativo) e os princípios estabelecidos ou organizatórios (funcionam como balizas reguladoras da capacidade de auto-organização dos estados). Item C – ERRADO. De fato, uma das capacidades garantidoras da autonomia é a de elaborar sua própria legislação. No entanto, essa capacidade se refere à elaboração de leis estaduais e não de regras de competência. As regras de competência dos Estados são determinadas pela CF. Lembre-se que a competência dos estados é residual ou remanescente, ou seja, o que não for competência da União e nem dos municípios será competência estadual. Além da competência residual, a CF estabelece expressamente algumas poucas competências aos estados, como a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios (art. 18, §4º); a exploração de gás canalizado (art. 25, §2º); a instituição de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões (art. 25, §3º) e organização de sua própria justiça (art. 125). Item D – ERRADO. O autogoverno compreende a possibilidade de os Estados-membros elegerem seus governantes e elaborarem suas próprias políticas públicas. A capacidade de elaborar suas respectivas Constituições Estaduais caracteriza a auto-organização. Item E – ERRADO. Os Estados podem instituir regiões metropolitanas, mediante lei complementar estadual, e não federal (art. 25, §3º). 12. (ESAF - 2009 - SEFAZ-SP - Analista de Finanças e Controle) Os Estados podem instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 8 organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Certo. Perceberam que é a mesma cobrança do item da prova anterior? Atenção então para este dispositivo, disposto no art. 25, §3º. Lembre- se que a instituição das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões deve ser realizada mediante lei complementar estadual. 13. (ESAF - 2010 - SUSEP - Analista Técnico) Os Territórios Federais transformados em Estados não podem mais restabelecer a situação anterior. Errado. É possível que o Território Federal transformado em Estado seja reintegrado ao Estado de origem, conforme o art. 18, §2º. 14. (ESAF - 2010 - SUSEP - Analista Técnico) Poderá ocorrer a fusão entre Estados. Nesse caso, nem todos perdem a primitiva personalidade, pois, ao surgir o Estado novo, este adquire a personalidade de um deles. Errado. A fusão entre Estados pode resultar na formação de um novo Estado. Logo, o Estado novo não adquire necessariamente a personalidade de um dos Estados anteriores. 15. (ESAF - 2010 - SUSEP - Analista Técnico) Qualquer processo de transformação do Estado deve passar por um pronunciamento plebiscitário favorável à alteração, devendo o processo ser remetido ao Senado, a quem cabe a aprovação das alterações, mediante lei. Errado. A questão está errada porque o processo de transformação do Estado é remetido ao Congresso Nacional, a quem cabe aprovar as alterações mediante lei complementar (art. 18, § 3º). 16. (ESAF - 2009 - Receita Federal - Técnico Administrativo - Agente Técnico Administrativo (ATA) Marque a opção incorreta. a) É vedado aos Estados manter relação de aliança com representantes de cultos religiosos ou igrejas, resguardando-se o interesse público. b) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento dos Estados far-se- ão por lei complementar federal, após divulgação dos Estudos de Viabilidade, apresentados e publicados na forma da lei. RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 9 c) Incluem-se entre os bens dos estados as terras devolutas não compreendidas entre as da União. d) O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados. e) Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. Gabarito: B Item A – CERTO. A Constituição, no art. 19, I, estabelece expressamente a vedação aos entes federados de estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou ALIANÇA, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. Item B – ERRADO. Segundo o art.18, §3º, “os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar”. Os Estudos de Viabilidade Municipal são exigidos para a criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios, o que será feito por lei estadual (art. 18, §4º). O item tenta confundir, misturado os parágrafos 3º e 4º do art. 18. Item C – CERTO. É exatamente o que dispõe o art. 26, IV. Item D – CERTO. O art. 27, de fato, estabelece essa regra, mas a assertiva está incompleta. Lembre-se que a parte final do artigo dispõe que “atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze”, ou seja, atingido o limite de 36 deputados estaduais, será acrescido um deputado estadual, para cada Deputado Federal acima do número de doze. Mesmo incompleto, o item foi considerado correto. Item E – CERTO. É a cópia do art. 25, §2º. RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 10 17. (ESAF - 2009 - MPOG - Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental) Assinale a opção incorreta relativamente à organização do Estado político-administrativo na Constituição Federal de 1988. a) A organização político-administrativa da União compreende os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos na forma do disposto na própria Constituição Federal. b) Brasília é a Capital Federal. c) Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. d) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. e) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far- se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. Gabarito: A Item A – ERRADO. A União é um ente federado autônomo, como os demais entes federados: Estados, Distrito Federal e Municípios. Segundo o art. 18, “A organização política-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos os autônomos, nos termos desta Constituição”. Item B – CERTO. É o que dispõe o art. 18, §1º. Item C – CERTO. É a dicção do art. 18, §2º. Lembre-se de que os territórios não são entes federados, portanto, não possuem autonomia. Os territórios são meras descentralizações administrativas pertencentes à União, possuindo natureza jurídica de autarquia territorial. Item D – CERTO. Cópia do art. 18, §3º. Item E – CERTO. É o que dispõe o art. 18, §4º. RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 11 ***Agora vamos adentrar na parte mais “temida” deste nosso assunto: a repartição de competências. Trata-se de um tema meio “decoreba”, mas se entendermos o espírito do constituinte na repartição de competências e fizermos um bom número de exercícios, temos totais condições de garantir os pontos na prova. Vamos nessa! 18. (ESAF/CGU/2008) Estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação e promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico são competências materiais comuns da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Errado. Essa estava fácil! “Princípios”, “normas gerais”, “diretrizes”, “bases”, tudo isso é da União! Por outro lado, promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico são competências materiais comuns da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 19. (ESAF/CGU/2008) Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos e cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência são competências materiais comuns da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Errado. Cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência é competência comum. No entanto, instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos é competência da União. Lembre-se: “diretrizes”, “bases”, “normas gerais” é da União! 20. (ESAF/TCU/2001) Configura hipótese de competência legislativa concorrente o caso da delegação, pelos Estados-membros, da sua competência legislativa privativa para a União, com reserva de iguais poderes. Errado. Apesar de antiga, essa questão ainda é muito boa! É a União quem pode delegar suas competências privativas aos estados e DF, e não o contrário. Além disso, caso haja a delegação por parte da União, as competências ainda serão privativas da União. Elas não mudam de titularidade somente por causa da delegação. Fique atento! RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 12 II. PODER EXECUTIVO *** Vamos começar agora a revisão do glorioso Poder Executivo! De todos os três poderes, esse é o assunto mais tranquilo. Vamos lá: 21. (ESAF - 2004 - MPU - Técnico Administrativo) Acerca do Poder Executivo, marque a única opção correta. a) Celebrar tratados, convenções e atos internacionais e conceder indulto e comutar penas são atribuições indelegáveis do presidente da República. b) O presidente da República ficará suspenso de suas funções se, no caso de acusação de prática de infrações penais comuns, for admitida a acusação, pela Câmara dos Deputados, por quorum qualificado. c) O presidente da República, na vigência do seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. d) Os seis cidadãos brasileiros natos que integram o Conselho da República são eleitos para um mandato de três anos, vedada a recondução. e) São membros natos do Conselho de Defesa Nacional os líderes da maioria e da minoria, no Senado Federal e na Câmara dos Deputados. Gabarito: C Item A - ERRADO. Celebrar tratados, convenções e atos internacionais são, conforme o art. 84, VIII, da CF, atribuições privativas e, via de regra indelegáveis. Porém, segundo o parágrafo único art. 84: “O Presidente da República pode delegar aos Ministros de Estado, Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União as funções de: VI – dispor, mediante decreto (autônomo), sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 13 XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver vago – decreto autônomo) Item B - ERRADO. Cuidado! Nos crimes comuns (e que guardem pertinência com o mandato), assim como nos crimes de responsabilidade, para que o processo seja instaurado, há necessidade de autorização de 2/3 dos membros da Câmara dos Deputados. No entanto, autorizada a instauração do processo, o presidente só ficará suspenso após o recebimento dadenúncia ou queixa-crime pelo STF. Isso é o que a CF estabelece no art. 86 § 1º: “O Presidente ficará suspenso de suas funções: I - nas infrações penais comuns (que guardem pertinência com o mandato), se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal.” Item C - CERTO. Ele responderá por eventual crime que não tenha conexão com o exercício da presidência somente após o término do mandato, perante a Justiça Comum. Trata-se de uma irresponsabilidade temporária. Item D - ERRADO. Dentre os seis integrantes da Conselho da República, apenas quatro são eleitos, sendo os demais nomeados pelo presidente. Segundo o art. 89 da CF: “O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam: VII – seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.” Item E - ERRADO. Atenção! A questão confunde a composição do Conselho da República com o Conselho de Defesa Nacional. Segundo o art. 89 da CF: “O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam: I - o Vice-Presidente da República; II - o Presidente da Câmara dos Deputados; III - o Presidente do Senado Federal; IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados; V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal; RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 14 VI - o Ministro da Justiça; VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.” Vamos ver o que a CF nos diz sobre o Conselho de Defesa Nacional? Conforme o art. 91: “O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele participam como membros natos: I - o Vice-Presidente da República; II - o Presidente da Câmara dos Deputados; III - o Presidente do Senado Federal; IV - o Ministro da Justiça; V - o Ministro de Estado da Defesa; VI - o Ministro das Relações Exteriores; VII - o Ministro do Planejamento. VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.” 22. (ESAF - 2004 - MPU - Analista) Sobre o Poder Executivo, marque a única opção correta. a) O presidente da República pode delegar a Ministro de Estado sua competência para dispor, mediante decreto, sobre a extinção de funções ou cargos públicos vagos. b) Se, por qualquer motivo, o presidente da República não tomar posse na data fixada no texto constitucional, o cargo será declarado vago, após dez dias, contados dessa data. c) O vice-presidente da República substituirá o presidente da República no caso de vacância do cargo e, nessa hipótese, responderá pela presidência da República nos afastamentos do titular, sucessivamente, o presidente da Câmara dos Deputados, o presidente do Senado Federal e o presidente do Supremo Tribunal Federal. RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 15 d) Será considerado eleito presidente da República, em primeiro turno, o candidato que atingir uma votação que seja igual ou superior à maioria absoluta dos votos apurados na eleição. e) Para a constitucionalidade da declaração de guerra, pelo presidente da República, no caso de agressão estrangeira, ela terá que ser, sempre, submetida ao referendo do Congresso Nacional. Gabarito: A Item A - CERTO. Segundo o parágrafo único art. 84: “O Presidente da República pode delegar aos Ministros de Estado, Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União as funções de: VI – dispor, mediante decreto (autônomo), sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver vago – decreto autônomo) Item B - ERRADO. Salvo motivo de força maior, o cargo será declarado vago se o Presidente ou o Vice não assumirem em 10 dias. Não será por qualquer motivo, como afirma o item. Item C - ERRADO. Os impedimentos são os afastamentos temporários do Presidente. Nesse caso, o Vice o substitui. Já a vacância é o afastamento definitivo do chefe do Poder Executivo devido à morte, renúncia ou perda do cargo. Já nesse caso, ele será sucedido pelo Vice, que assumirá o mandato pelo tempo restante. Assim, por exemplo, se o Presidente da República morre, o vice assumirá a presidência pelo tempo restante do seu mandato sem Vice-Presidente. A questão está errada, pois, no caso de vacância, o Vice SUCEDE o Presidente da República, e não substitui, como afirma a questão. Item D - ERRADO. Segundo o art. 77, § 2º “Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 16 maioria absoluta de votos, NÃO COMPUTADOS OS EM BRANCO E OS NULOS.” Essa informação é importante! Item E - ERRADO. A declaração de guerra deve, em regra, ser AUTORIZADA pelo Congresso Nacional. No entanto, caso o Parlamento esteja em recesso, o Presidente primeiro declara a guerra e, depois, o Congresso a REFERENDA (aprova). Observe o art. 84, XIX: “declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional.” 23. (ESAF/ENAP/2006) Nos termos da Constituição Federal, uma vez convocado, pelo Presidente da República, para pronunciar-se sobre questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas, as manifestações do Conselho da República serão vinculativas das decisões e das ações executivas do governo. Errado. O Conselho de Defesa Nacional e o Conselho da República são órgãos consultivos, ou seja, não vinculam a tomada de decisão do Presidente da República. 24. (ESAF/ENAP/2006) Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, por infrações penais comuns ou por crimes de responsabilidade, ficará o Presidente da República, em consequência da admissão da acusação, suspenso das suas funções até o término do processo. Errado. O presidente ficará suspenso até o termino do processo, mas existe um limite para essa suspensão, que é de 180 dias. Após o decurso deste tempo, o Presidente voltará às suas funções, sem prejuízo do andamento da ação. Veja no art. 86, §2º. 25. (ESAF/ENAP/2006) Ocorrendo a vacância simultânea, nos últimos dois anos do período presidencial, dos cargos de Presidente e de Vice-Presidente da República, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. Certo. Se as vagas ocorrerem nos dois primeiros anos do mandato, haverá eleição DIRETA em até 90 dias depois de aberta a última vaga. RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 17 Eleição direta significa que o povo vai às urnas novamente para eleger o novo Presidente e Vice-Presidente da República. Por outro lado, caso as vagas surjam nos dois últimos anos do mandato, ocorrerá eleição INDIRETA peloCongresso Nacional em até 30 dias depois de aberta a última vaga. Na eleição indireta, não é o povo que vai às urnas para votar, mas sim os representantes do povo (Congresso Nacional) que elegem o Presidente da República. Nos dois casos, o novo Presidente e Vice exercerão o mandato somente pelo tempo restante do mandato original (mandato tampão). Observe o desenho: 1º�ano� Novo�mandato� (mandatoͲtampão) Vaga�nos�2�primeiros�anos:� Eleição�direta�pelo�povo� Novo�mandato� (mandatoͲtampão) 1º�ano� Vaga�nos�2�últimos�anos:� Eleição�indireta�pelo�CN 26. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Por força de disposição constitucional, as posses do Presidente e do Vice-Presidente da República deverão ser sempre simultâneas, sob pena dos cargos serem declarados vagos. Errado. A Constituição estabelece no art. 78, Parágrafo único: “Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente OU O Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.” Assim, um deles pode assumir o cargo e o outro não. Nem poderia ser diferente: imagine que o vice RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 18 sofra um acidente e esteja em coma. O Presidente não pode deixar de tomar posse por causa disso. 27. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Compete ao Presidente da República nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros dos Tribunais Superiores, o presidente e os diretores do Banco Central. Certo. Atenção ao art. 84, XIV! O Presidente nomeará as autoridades citadas após a aprovação da maioria absoluta do Senado Federal. 28. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, o Presidente da República ficará suspenso de suas funções após a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da instauração do processo por crime de responsabilidade ou do recebimento da denúncia pelo Supremo Tribunal Federal, nos crimes comuns. Errado. Para que o Presidente da República seja julgado no STF (por crime comum) ou no Senado Federal (por crime de responsabilidade), é necessária autorização de 2/3 da Câmara dos Deputados. Esse é o “primeiro passo”. Para que os trabalhos se desenvolvam “mais tranquilamente e sem a interferência do Presidente”, a Constituição prevê que o Presidente da República ficará afastado de suas funções durante seu julgamento, seja ele onde for (no Senado ou no STF). Mas quando se inicia essa suspensão? Assim que a Câmara dos Deputados autorizar a instauração do processo? NÃO! O Presidente ficará suspenso a partir do momento em que o STF receber a queixa-crime ou denúncia (crimes comuns) ou após a instauração do processo no Senado Federal (crimes de responsabilidade). Confira o art. 86. 29. (ESAF/AFT/2004) Embora a Constituição Federal determine que a criação ou extinção de cargos, no âmbito do Poder Executivo, deva ocorrer por meio de lei, no caso do cargo estar vago, sua extinção poderá se dar por meio de Decreto do Presidente da República. Certo. Esse é um dos atos que compõem o chamado “Decreto Autônomo”, previsto no art. 84, VI. Obviamente, o Presidente não pode extinguir um cargo ocupado. Ele tem que estar vago. RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 19 30. (ESAF/MRE/2004) O presidente da República pode, por meio de decreto, conceder aumento de vencimentos aos servidores do Poder Executivo. Errado. Ao conceder aumento de vencimentos, temos um “pequeno” efeito colateral: o aumento de despesa. E nós já sabemos que o Presidente não pode lançar mão do decreto autônomo se houver aumento de despesa, criação ou extinção de órgãos públicos ou extinção de cargos providos. RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 20 III. PODER LEGISLATIVO *** Continuando com nossa revisão, vamos agora relembrar pontos importantes do Poder Legislativo e junto com ele, da fiscalização COFOP. Vamos começar com uma das partes mais temidas: as competências: 31. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle) É competência exclusiva do Congresso Nacional dispor sobre telecomunicações e radiodifusão. Errado. Essa não é uma competência exclusiva do Congresso Nacional, mas sim privativa. A disposição sobre telecomunicações e radiodifusão cabe ao Congresso Nacional e depende de sanção do Presidente da República (art. 48, XII), ou seja, essa matéria será objeto de lei. 32. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle) Compete privativamente à Câmara dos Deputados a fixação da remuneração de seus servidores. Errado. É competência privativa da Câmara dos Deputados a iniciativa de lei para fixação da remuneração de seus servidores (art. 51, IV). É importante entender bem a diferença entre iniciar uma lei sobre a remuneração e fixar a remuneração. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal possuem o poder de INICIAR uma lei sobre a remuneração dos seus servidores. Isso significa que o Projeto de Lei vai tramitar pelas duas Casas do Congresso Nacional e ainda vai haver a sanção ou o veto o do Presidente da República. Se essas Casas pudessem fixar a remuneração dos seus servidores, não precisariam de mais ninguém. Isso ocorre, por exemplo, quando o Congresso fixa os subsídios dos parlamentares, Presidente, Vice- Presidente da República e Ministros de Estado. Neste caso, isso não será feito por uma lei (aprovação nas duas casas, sanção/veto, etc), mas sim diretamente, via Decreto Legislativo. 33. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle) Compete privativamente ao Senado Federal autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios. RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 21 Certo. Conforme o art. 52, V. É muito importante lembrarmos de que o Senado tem muito mais competências do que a Câmara. Ele julgará autoridades, aprovará previamente as nomeações a serem realizadas pelo Presidente da República e tratará sobre questões financeiras, como limites da dívida, operações de crédito, concessão de garantia, etc. Olho nesse artigo! 34. (ESAF/CGU/2008) Compete privativamente à Câmara dos Deputados proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após abertura da sessão legislativa. Certo. O Presidente deve apresentar suas contas ao Congresso Nacional dentro do prazo de 60 dias do início da sessão legislativa. Caso ele não o faça, compete à Câmara dos Deputados tomá-las (art. 51, II). Essa é uma das poucas competências da Câmara dos Deputados! Vamos revisar? I - autorizar, por 2/3 de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice- Presidente da República e os Ministros de Estado; o No caso dos Ministros de Estado, a autorização da CD se restringe aos crimes comuns e de responsabilidade conexos com os da mesma natureza imputados ao Presidente da República (QCRQO 427/DF) Se não houver conexão, os Ministros de Estado são processados e julgados pelo STF sem a necessidade de autorização da CD o Crimes de Responsabilidade: se a CD autorizar, o SF é obrigado a julgar. Já o STF pode arquivar se entender que não há elementos suficientes para a instauração do processo o As demais autoridades (PSTF, PGR, AGU, CNMP e CNJ), quando o SF julga, não precisa de autorização da CD II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao CN dentro de 60d após a abertura da sessão legislativa; III - elaborar seu regimento interno; IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativade lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. o Tanto a CD quanto o SF elegem membros do Conselho da República RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 22 35. (ESAF/CGU/2008) Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, fixar idêntico subsídio para Deputados Federais e Senadores, assim como para o Presidente, o Vice-Presidente da República e Ministros de Estado. Errado. Essa competência é exclusiva do Congresso Nacional e exercida mediante Decreto Legislativo, assim, não há a sanção do Presidente da República. Observe que, nas competências privativas do Congresso estabelecidas no art. 48, existe a sanção presidencial (é uma lei), o que não ocorre com as competências exclusivas, previstas no art. 49. ***Agora um pouco de comissões: 36. (ESAF/Analista Administrativo - ANEEL/2006) As comissões parlamentares de inquérito no âmbito federal podem quebrar sigilo bancário de investigado independentemente de prévia autorização judicial. Certo. As CPIs possuem poderes investigativos próprios das autoridades judiciais e podem quebrar o sigilo bancário, fiscal e de dados do investigado. Para isso, o pedido de quebra deve ser fundamentado, deve ter lapso temporal definido e também deve ser aprovado pela maioria absoluta dos membros da CPI. IMPORTANTE: a CPI jamais poderá determinar a interceptação telefônica (escuta telefônica). Essa quebra somente pode ser feita por ordem JUDICIAL. 37. (ESAF/ENAP/2006) As Comissões Permanentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão convocar qualquer autoridade ou cidadão para prestar depoimento sobre assunto previamente estabelecido. Errado. Essa questão foi bastante maldosa e misturou competências das comissões previstas no art. 50 com as do art. 58. O art. 50 prevê que “A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão CONVOCAR Ministro de Estado RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 23 ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada”. Já o art. 58, § 2º, estabelece que às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe: V - SOLICITAR depoimento de qualquer autoridade ou cidadão. Assim, as comissões podem SOLICITAR depoimento de qualquer cidadão, mas não CONVOCAR (que tem caráter de obrigatoriedade). 38. (ESAF - 2004 - ANEEL - Técnico Administrativo) A Constituição proíbe expressamente que as Comissões Parlamentares de Inquérito exerçam os poderes de investigação próprios das autoridades judiciais. Errado. Exatamente ao contrário. A Constituição Federal estabelece que as Comissões Parlamentares de Inquérito possuem poderes investigativos próprios das autoridades JUDICIAIS. No entanto, os poderes das CPIs não são exatamente os mesmos poderes dos juízes: existem competências que somente os membros do Judiciário possuem (cláusula da reserva da jurisdição), como determinar medidas cautelares ou interceptação telefônica (escuta telefônica), por exemplo. 39. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle) A Câmara dos Deputados e o Senado Federal poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos da Administração Pública Direta para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada. Errado. Olho nos detalhes! Você não vai deixar a sua aprovação escapar porque leu uma questão com pressa, vai? Segundo o art. 50, a Câmara dos Deputados, o Senado Federal ou qualquer de suas Comissões podem convocar Ministros de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República, e não de quaisquer órgãos da Administração Pública Direta. RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 24 *** Apenas uma questão para revisarmos um assunto bem chatinho, mas que não devemos deixar de lado: o estatuto dos parlamentares. 40. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Se um Senador, após a posse, continuar como proprietário de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ele estará sujeito à perda de mandato, a ser declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. Errado. Nesse caso, a perda do mandato é “decidida” pela Casa e não “declarada”. Assim, o parlamentar que praticar essa conduta pode ou não perder o mandato, a depender do que a Casa decidir. Vamos relembrar as hipóteses de perda de mandato dos parlamentares: Hipóteses de Perda de Mandato I – Infringir qualquer das proibições do art. 54 II – Quebra de decoro parlamentar • Abuso de prerrogativas ou percepção de vantagens indevidas • Judiciário não pode apreciar infringência ao decoro parlamentar – Exclusivo da Casa VI – Condenação criminal transitada em julgado • Não gera, por si só, a suspensão dos direitos políticos dos parlamentares • Exceção ao art. 15, III + 14,§ 3º, II • A Casa tem que decidir pela perda do mandato - Regra se aplica aos deputados estaduais - NÃO se aplica a - Vereadores - Executivo III – Faltar a 1/3 das SLO, salvo licença ou missão IV – Perder ou tiver suspensos seus direitos políticos V – Decretação da Justiça Eleitoral Sempre assegurada Ampla Defesa - A perda do mandato não é automática - Ela é DECIDIDA pelas Casas: Voto SECRETO e MA - Para que a Casa decida, deve haver provocação da Mesa ou de Partido Político com representação no CN - A perda do mandato é DECLARADA pela Mesa da Casa respectiva - Declaração é feita de ofício ou por provocação de qualquer membro ou de Partido Político representado no CN - não há juízo de conveniência e oportunidade, como nos casos anteriores RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 25 ***Prestem atenção, pois o TCU é tema bastante comum nas provas da ESAF! 41. (ESAF/CGU/2008) O ato de sustar a execução de contrato ilegal não é de competência do Tribunal de Contas da União porque deve ser adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. Certo. Memorize essa informação: quem susta o ATO é o TCU e quem susta o CONTRATO é o CONGRESSO NACIONAL. Essa questão é bastante recorrente em provas! 42. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Compete ao Tribunal de Contas da União apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessão de aposentadorias, reformas e pensões, bem como a legalidade dos atos de concessão de melhorias posteriores, mesmo que delas não decorra alteração no fundamento legal do ato concessório. Errado. O art. 71, III, prevê que compete ao TCU: “apreciar para fins de registro as concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório”. Ou seja, ele aprecia a legalidade das concessões, mas no caso de melhorias posteriores que não afetem o fundamento da concessão, está dispensada a apreciação. 43. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Nos termos da Constituição, compete ao Tribunal de Contas da União - TCU julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo PoderPúblico Federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. Quando o constituinte utiliza a expressão "julgar as contas", ele quer dizer que a natureza das decisões proferidas pelo TCU são jurisdicionais. Errado. Apesar de possuir nome de TRIBUNAL, o TCU não pertence ao Poder Judiciário e os seus julgamentos possuem natureza ADMINISTRATIVA e não jurisdicional. Apesar disso, o poder judiciário não pode adentrar no mérito dos julgamentos do TCU, mas pode apreciar sua legalidade. Assim, se o TCU julga uma conta “irregular”, o RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 26 judiciário não pode declará-la “regular”, podendo somente apreciar sua legalidade. 44. (ESAF/ANA/2009) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Certo. Essa é a literalidade do art. 70 da CF. Assim, cada poder deve ter o seu controle interno para fiscalizar a aplicação dos recursos públicos. Além do controle interno, existe o controle externo, a cargo do Congresso Nacional. 45. (ESAF/Técnico - CGU/2008) As decisões do Tribunal de Contas da União de que resulte imputação de débito ou multa não terão eficácia de título executivo. Errado. As decisões do Tribunal de Contas da União de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de TÍTULO EXECUTIVO (EXTRAJUDICIAL) (art. 71 §3º). RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 27 IV. PODER JUDICIÁRIO *** Vamos começar agora a revisão do Poder Judiciário. Por ter muitos detalhes, esse tópico é um prato cheio para as famosas pegadinhas da Esaf. Vamos começar com as disposições gerais! 46. (ESAF - 2002 - TJ-CE - Atendente Judiciário) Assinale a opção correta. a) O Ministério Público é considerado pela Constituição, de modo expresso, como órgão do Poder Judiciário. b) O Tribunal de Contas da União faz parte do Poder Judiciário. c) Todas as decisões dos órgãos do Poder Judiciário devem ser fundamentadas. d) Não é exigido concurso público para o provimento de cargo de Juiz Substituto. e) A Constituição garante aos juízes o livre exercício de atividades político- partidárias. Gabarito: C. Item A – ERRADO. O Ministério Público não é um órgão do Poder Judiciário, é instituição permanente essencial à função jurisdicional do Estado (art. 127). Vamos revisar os órgãos do Poder Judiciário: � - Supremo Tribunal Federal (STF) - Conselho Nacional de Justiça (CNJ) - Superior Tribunal de Justiça (STJ) - Tribunais Regionais Federais (TRFs) e Juízes Federais; - Tribunais e Juízes do Trabalho (TRTs) - Tribunais e Juízes Eleitorais (TREs) - Tribunais e Juízes Militares - Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.(TJEst) Item B – ERRADO. Apesar de se chamar “Tribunal”, o TCU é órgão auxiliar do Poder Legislativo (art. 71), não integrando o Judiciário. Ó rg ão s do P od er Ju d ic iá ri o (a rt . 9 2) RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 28 Item C – CERTO. É o que dispõe o art. 93, IX. Será nula a decisão não fundamentada exarada pelo Judiciário. Item D – ERRADO. Já imaginaram juiz sem concurso? O cargo inicial de ingresso na carreira do Poder Judiciário deve ser provido mediante concurso público de provas e títulos (art. 93, I). O novo integrante do Judiciário será, inicialmente, um juiz substituto. Item E – ERRADO. O exercício da atividade político-partidária é expressamente vedado aos juízes (art. 95, parágrafo único, III). 47. (ESAF - 2002 - TJ-CE - Atendente Judiciário) A garantia dada pela Constituição aos juízes de não serem removidos de suas comarcas, salvo por motivo de interesse público, é conhecida como garantia da: a) Inamovibilidade b) Irredutibilidade c) Improbidade d) Inatividade e) Vitaliciedade Gabarito: A Essa é a garantia da inamovibilidade (art. 95, II), que assegura que os magistrados somente serão removidos por iniciativa própria (e não de ofício, por iniciativa de qualquer autoridade). Assim, a regra é de que os magistrados somente podem ser removidos a pedido e nunca de ofício. Não se esqueça de que existem duas hipóteses excepcionais de remoção contra a vontade do magistrado: 1- Quando houver interesse público, somente pela decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ e assegurada ampla defesa (art. 95, II). 2 - Determinação do CNJ, a título de sanção administrativa, assegurada a ampla defesa (art. 103-B, §4º, III). RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 29 As demais garantias são a vitaliciedade e a irredutibilidade de vencimentos. 48. (ESAF/MPU/2004) Para concorrer à vaga de juiz em Tribunal Regional Federal, no quinto constitucional, o membro do Ministério Público deverá ter mais de dez anos de carreira e ser indicado, pelo seu órgão, em lista sêxtupla, a ser encaminhada ao respectivo tribunal. Certo. O procedimento para que um advogado ou membro do Ministério Público entre em um tribunal pelo quinto constitucional é bem simples: 1 - O órgão representativo da respectiva classe envia ao tribunal uma lista sêxtupla. 2 - O tribunal escolhe três nomes dessa lista sêxtupla, elaborando uma lista tríplice e a envia ao chefe do executivo. 3 - O chefe do executivo escolhe um dos três nomes em 20 dias. 49. (ESAF - 2004 - MPU - Técnico Administrativo) A declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo somente se dará pelo voto da maioria dos membros dos Tribunais. Errado. Há uma omissão nessa afirmação. Segundo o art. 97, a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo somente se dará pelo voto da MAIORIA ABSOLUTA de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial. Essa regra é a denominada cláusula de reserva de plenário. Sobre o órgão especial, lembre-se de que a CF permite sua criação nos Tribunais com mais de 25 julgadores, será constituído por no mínimo 11 e no máximo 25 membros e terá atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno (art. 93, XI). Uma dessas competências delegadas pode ser, justamente, a de declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo. 50. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle) Nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, provendo-se metade das vagas por merecimento e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno. RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 30 Errado. Essa foi de lascar! Realmente, os tribunais com mais de vinte e cinco julgadores podem constituir órgão especial, que contará com no mínimo onze e no máximo vinte e cinco membros. O provimento das vagas ocorre da seguinte maneira: metade por ANTIGUIDADE (e não por merecimento) e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno (art. 93, XI). *** Agora um pouco de CNJ 51. (ESAF - 2006 - ANEEL - Técnico Administrativo) Entre as competências do Conselho Nacional de Justiça não se inclui a de rever decisões judiciais do Supremo Tribunal Federal. Certo. A Constituição atribui expressamente ao CNJ a competência para exercer o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.Assim, o Conselho Nacional de Justiça não tem ingerência na atividade jurisdicional dos juízes e Tribunais, somente nas atividades administrativas e financeiras. Além disso, não esqueça que o CNJ não tem nenhuma competência sobre o STF e seus ministros (ADI 3.367/DF). 52. (ESAF - 2005 - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal) Não pode o Conselho Nacional de Justiça, quando da apreciação da legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, desconstituir os atos considerados irregulares, cabendo-lhe, apenas, fixar prazo para que sejam adotadas as providências necessárias para sua legalização. Errado. O CNJ, ao apreciar a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, pode desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei (art. 103-B, §4º, II). RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 31 *** Éssetêéfeeeee e STJ!! 53. (ESAF/ANA/Especialista/2009) Compete ao Superior Tribunal de Justiça, entre outras funções, processar e julgar, originariamente, nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Errado. Essa competência é originária do STF, conforme art. 102, I, “c”. Só não vale esquecer que se os crimes forem conexos com crimes de responsabilidade do Presidente da República e Vice, esse julgamento será realizado pelo Senado Federal. 54. (ESAF - 2008 - MPOG - Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental) O Supremo Tribunal Federal pode aprovar súmula que terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário, do Poder Legislativo e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. Errado. O STF pode aprovar súmula que terá efeito vinculante perante os demais órgãos do Poder Judiciário e perante a Administração Púbica direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. No entanto, a súmula NÃO terá efeito vinculante em relação ao Poder Legislativo e nem ao próprio STF. 55. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle) Se o recorrente, no recurso extraordinário, não demonstrar, nos termos da lei, a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, o recurso poderá não ser admitido, liminarmente, pelo Relator designado para o processo. Errado. De acordo com o art. 102, § 3º: “No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.” 56. (ESAF - 2005 - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal) Caberá ao Supremo Tribunal Federal julgar, mediante recurso extraordinário, decisão de Tribunal de Justiça que considerar válida lei estadual contestada em face da Constituição Federal ou contestada em face de lei federal. RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 32 Certo. Essa é uma competência do Supremo Tribunal Federal, de acordo com o art. 102, III, “c” e “d”. Fique atento! - Lei ou ato vs Constituição: Recurso Extraordinário no STF. - LEI local vs Lei Federal: Recurso Extraordinário no STF. - ATO local vs Lei Federal: Recurso Especial no STJ.� 57. (ESAF/ANA/Especialista/2009) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe, entre outras funções, processar e julgar, originariamente, a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias. Errado. Compete ao STJ a homologação de sentença estrangeira e a concessão de exequatur às cartas rogatórias e não ao STF (art. 105, I, “i”). 58. (ESAF - 2005 - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal) A concessão de exequatur às cartas rogatórias é competência do Supremo Tribunal Federal. Errado. Compete ao STJ a concessão de exequatur às cartas rogatórias e a homologação de sentenças estrangeiras (art. 105, I, “i”). 59. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle) As decisões do Conselho da Justiça Federal, relativas à supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal, tomadas no exercício de seu poder correicional, terão caráter vinculante. Certo. É o que dispõe o art. 105, parágrafo único, II. Lembre-se de que o Conselho da Justiça Federal funciona junto ao STJ, bem como a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados. 60. (ESAF - 2008 - MPOG - Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental) Um quinto dos lugares do Superior Tribunal de Justiça será composto de membros do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 33 Errado. O quinto constitucional não é aplicado na composição do STJ. Aplica-se somente aos Tribunais Regionais Federais, aos Tribunais de Justiça, ao Tribunal Superior do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho. A composição do STJ segue a seguinte regra (art. 104, parágrafo único, I e II): • 1/3 dos membros devem ser escolhidos entre juízes dos Tribunais Regionais Federais. Os juízes dos TRFs são os membros dos TRFs, tribunais de segundo grau. Assim, apesar do nome “juiz”, eles são os “desembargadores federais”. • 1/3 dos membros devem ser escolhidos entre os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e DF. Nos dois primeiros casos, o próprio STJ elabora a lista tríplice livremente e a envia ao Presidente da República, que escolherá um dos nomes da lista tríplice. • 1/3 dos membros são divididos da seguinte forma: o 1/6 de advogados o 1/6 de membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 34 V. FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA *** Finalizando nossa revisão de hoje, vamos às Funções Essenciais à Justiça. Começaremos com a mais importante delas: o Ministério Público. 61. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Os membros do Conselho Nacional do Ministério Público são nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, sem possibilidade de recondução. Errado. O CNMP é composto de 14 membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, ADMITIDA UMA ÚNICA RECONDUÇÃO. Lembre-se do esquema sobre a composição do CNMP: b) Composição - Nomeados pelo PR, depois de aprovada a escolha pela MA do SF - Admitida uma única recondução - 14 membros - PGR (presidente do CNMP) - 4 membros do MPU, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras - 3 membros do MP dos Estados - 2 juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ - 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB - O Presidente da OAB deve oficiar junto ao CNMP, dessa forma, não pode ser indicado a membro deste conselho - 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela CD e outro pelo SF 62. (ESAF/CGU/2008) O Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios é nomeado pelo respectivo governador, que o escolhe de lista tríplice elaborada pelos integrantes da carreira. Errado. Como MPDFT é organizado e mantido pela União, o PGJ do DF énomeado pelo Presidente da República e não pelo governador do DF, além disso, sua destituição deve ser aprovada pela maioria absoluta do Senado Federal e não da Câmara Legislativa do DF. RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 35 63. (ESAF/CGU/2006) São princípios institucionais do Ministério Público, previstos no texto constitucional, a unidade, a indivisibilidade, a autonomia decisória e a independência funcional. Errado. A autonomia decisória não está prevista como princípio institucional do Ministério Público. Observe o art. 127, § 1º “São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.” 64. (ESAF/CGU/2006) O membro do Ministério Público adquire vitaliciedade após dois anos de exercício e só poderá perder o cargo por decisão transitada em julgado do Conselho Nacional do Ministério Público, assegurada a ampla defesa. Errado. De fato, a vitaliciedade é adquirida após dois anos. No entanto, o membro do MP que a adquiriu somente pode perder o cargo em virtude de sentença JUDICIAL transitada em julgado. Observe que o CNMP não é um órgão do judiciário e não possui jurisdição. Aliás, nem mesmo o Conselho Nacional de Justiça possui a capacidade de dizer o direito. Assim, o membro do MP não pode perder o cargo por decisão do CNJ ou do CNMP. 65. (ESAF/CGU/2006) O impedimento para o exercício da advocacia junto ao juízo ou tribunal no qual atuava, antes de decorrido três anos de seu afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração não se aplica ao membro do Ministério Público. Errado. Essa vedação é denominada quarentena e se aplica tanto aos membros do MP quanto aos magistrados. Segundo ela, o membro do MP aposentado ou exonerado não pode advogar no juízo ou tribunal do qual se afastou antes de decorridos três anos de seu afastamento. Essa vedação tem o objetivo de evitar o tráfico de influências. 66. (ESAF/TCU/2006) A Constituição autoriza o Poder Executivo a, unilateralmente, ajustar a proposta orçamentária do Ministério Público Federal, se ela for encaminhada em desacordo com os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. Certo. O Ministério Público é dotado de autonomia financeira. Isso significa que ele elabora sua proposta orçamentária e não sofre RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 36 interferências dos outros poderes. No entanto, o MP deve obedecer à LDO e à legislação, não podendo ultrapassar os limites previstos. Além disso, caso o MP elabore a proposta em desacordo com a LDO, o Poder Executivo fará os ajustes necessários. Observe o art. 127, §§ 3º e 5º: § 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. § 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. 67. (ESAF/PGDF/2007) O Ministério Público tem o poder de, em procedimento de ordem administrativa, determinar a dissolução compulsória de associação que esteja sendo usada para a prática de atos nocivos ao interesse público. Errado. Essa questão é excelente, pois mistura as competências do MP com os direitos e garantias fundamentais. A Constituição determina, em seu art. 5º, XIX que “as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado”. Dessa forma, somente quem pode suspender as atividades ou dissolver uma associação é o Poder Judiciário e não o Ministério Público. 68. (ESAF/CGU/2006) É garantia do membro do Ministério Público, a inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, por voto de dois terços de seus membros, assegurada ampla defesa. Errado. Segundo a Constituição, a decisão é da maioria absoluta e não de 2/3 do órgão colegiado competente. Observe o art. 128 §5º, I, b: “inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa.” RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 37 69. (ESAF/CGU/2008) O Ministério Público possui a faculdade de propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, a política remuneratória e os planos de carreira. Certo. Essa faculdade decorre da autonomia administrativa conferida ao Ministério Público pela Constituição Federal. Lembre-se do esquema: - Autonomia - Adm - Criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares - Política remuneratória e os planos de carreira - Lembrando - Quem organiza - MP dos estados é o próprio estado e mantém o - MPDFT é a União - Lei de organização - Estadual: apresentadas nas Assembleias legislativas estaduais - do DFT: apresentado no Congresso Nacional - Financeira - Elabora a própria proposta orçamentária - limites da LDO - O MP não envia a proposta orçamentária diretamente ao Legislativo - O orçamento do MP está dentro do orçamento do Executivo i. Caso o MP não encaminhe a proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na LDO, o Executivo considerará, para fins de consolidação, os valores da LOA vigente ii. Se MP encaminhar proposta orçamentária em desacordo com os limites da LDO, o Executivo fará os ajustes necessários iii. É vedado ao MP realizar despesas ou assumir obrigações que extrapolem os limites da LDO, exceto se previamente autorizadas, mediante créditos suplementares ou especiais 70. (ESAF - 2002 - MRE - Assistente de Chancelaria) Sobre o Ministério Público é correto dizer: a) Tem competência constitucional para decretar prisão preventiva de pessoas por ele investigadas. b) Enquanto o Ministério Público Federal tem por chefe o Procurador-Geral da República, o Ministério Público da União é chefiado pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. c) Os membros do Ministério Público não estão sujeitos a processo criminal por fatos relacionados com o exercício do seu cargo. d) Somente o Ministério Público pode apresentar ação penal pública. RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 38 e) Somente o Ministério Público pode propor a ação civil pública. Gabarito: D Item A – ERRADO. Não confunda o Ministério Público com o Poder Judiciário. A Constituição Federal não confere ao MP competência para decretar prisão. Item B – ERRADO. O Procurador-Geral da República é o chefe do MPU e do MPF, que o integra. Item C – ERRADO. Não existe esta garantia constitucional. Vamos relembrar as garantias dos membros do Ministério Público?� � - Vitaliciedade - Adquirida após dois anos de exercício - Após a vitaliciedade, só perde o cargo por sentença judicial transitada em julgado - Inamovibilidade - Regra: somente podem ser removidos a pedido e nunca ex oficio - Exceções - Por interesse público - MA do órgão colegiado competente do MP - Assegurada ampla defesa - Sanção administrativa - Determinação do CNMP, - Assegurada ampla defesa - Irredutibilidade de subsídios - Para evitar pressões externas e garantir a imparcialidade - Irredutibilidade nominal. - Não é assegurada a irredutibilidade real - Não protege o salário contra a inflação Item D – CERTO. A ação penal pública é de titularidade privativa do MP (art. 129, I). A Constituição garante, em caráter excepcional, a apresentação de ação penal privada subsidiária da pública por particular (em caso de morosidade),mas isto não retira a titularidade da ação penal do MP. Item E – ERRADO. A ação civil pública não é de titularidade exclusiva do MP. Podemos ver no art. 129, III que não houve reserva expressa. A lei 7347, que regula a ação civil pública conferiu a legitimidade ativa a diversos outros órgãos e instituições. G ar an ti as d os M em b ro s d o M P � 71. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Em razão de sua autonomia financeira e administrativa, durante a execução orçamentária do exercício, o Ministério RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 39 Público poderá, justificadamente, assumir obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, desde que já esteja em tramitação no Congresso Nacional pedido de abertura de crédito suplementar ou especial. Errado. A Constituição veda expressamente que o MP realize despesas ou assuma obrigações que extrapolem os limites da LDO, salvo se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. Assim, não basta que o Projeto de Lei de créditos suplementares ou especiais esteja em tramitação no Congresso Nacional, havendo a necessidade de que o mesmo já tenha sido aprovado. *** Rapidamente, vamos revisar alguns temas sobre as demais Funções Essenciais à Justiça: 72. (ESAF/TCU/2006) As Defensorias Públicas Estaduais, embora possuam autonomia funcional e administrativa, não têm a iniciativa de sua proposta orçamentária, a qual permanece sendo de competência do Poder Executivo estadual. Errado. O art. 134, §2º assegura a autonomia funcional e administrativa das Defensorias Públicas Estaduais, além da iniciativa de sua proposta orçamentária. Confira o texto da CF: “§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º.” 73. (ESAF/PGE-DF/2004) A configuração constitucional do princípio do acesso à justiça, quanto aos beneficiários do direito à assistência jurídica integral e gratuita prestada pela Defensoria Pública ou por quem lhe faça as vezes, apenas obriga o Estado e efetuar esse serviço aos que comprovarem insuficiência de recursos. Certo. O art. 5º, LXXIV, assegura a assistência jurídica aos que comprovarem insuficiência de recursos. O art. 134 institui a Defensoria Pública, que tem a incumbência de operacionalizar este mandamento constitucional. RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 40 74. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Cabe à Advocacia-Geral da União, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, representar, judicial e extrajudicialmente, e exercer as atividades de consultoria e assessoramento jurídico dos Poderes da União. Errado. O erro está num detalhe pequeno, mas ao qual devemos ficar sempre atentos. A Advocacia-Geral da União exerce atividades de consultoria e assessoramento jurídico somente do Poder Executivo, nos termos do art. 131. 75. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Aos integrantes da carreira de defensor público da União é garantida a inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. Certo. A inamovibilidade é uma garantia ao Defensor Público, ao passo que o exercício da advocacia fora das atribuições constitui uma vedação expressa pela Constituição. Veja o art.134, §1º. RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 41 Meus caros Auditores-Fiscais da Receita Federal, estamos chegando na reta fina! Está muito perto! Está na hora de estudar com todo o seu coração, com todas as suas forças, com toda a sua compreensão e com toda a sua alma! Ninguém nunca disse que iria ser fácil. Mas fique sabendo que VALE A PENA DEMAIS! Abraços a todos e até a próxima aula. Roberto Troncoso “Se você acha que pode ou se você acha que não pode, de qualquer maneira, você tem razão.” (Henry Ford)� RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 42 VI. QUESTÕES DA AULA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 1. (ESAF/AFTN-RN/2005) O Estado unitário distingue-se do Estado federal em razão da inexistência de repartição regional de poderes autônomos, o que não impede a existência, no Estado unitário, de uma descentralização administrativa do tipo autárquico. 2. (ESAF/AFTN-RN/2005) Em um Estado federal temos sempre presente uma entidade denominada União, que possui personalidade jurídica de direito público internacional, cabendo a ela a representação do Estado federal no plano internacional. 3. (ESAF/AFC-CGU/2006) Não é elemento essencial do princípio federativo a existência de dois tipos de entidade - a União e as coletividades regionais autônomas. 4. (ESAF/Analista Jurídico-SEFAZ-CE/2007) A República é a forma de organização do Estado adotada pela Constituição Federal de 1988. Caracteriza-se pela temporariedade do mandato dos governantes e pelo processo eleitoral periódico. 5. (ESAF/AFTN-RN/2005) O presidencialismo é a forma de governo que tem por característica reunir, em uma única autoridade, o Presidente da República, a Chefia do Estado e a Chefia do Governo. 6. (ESAF/AFRF/2001) De uma Constituição que adota uma chefia dual do Executivo, com um Chefe de Estado e um Chefe de Governo, em que a permanência deste no cargo depende da confiança do Poder Legislativo, pode- se dizer que adota característica típica do presidencialismo. 7. (ESAF/AFC-CGU/2006) O princípio republicano tem como características essenciais: a eletividade, a temporariedade e a necessidade de prestação de contas pela administração pública. 8. (ESAF/MPU/2004) Nos termos da Constituição de 1988, o Brasil adota a república como sistema de governo, elegendo, portanto, o princípio republicano como um dos princípios fundamentais do Estado brasileiro. RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 43 9. (ESAF/AFT/2006) A forma republicana não implica a necessidade de legitimidade popular do presidente da República, razão pela qual a periodicidade das eleições não é elemento essencial desse princípio. 10. (ESAF - 2008 - MPOG - Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental) Assinale a opção que contempla todos os entes da organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, nos termos da Constituição. a) União, Estados, Distrito Federal e Municípios, todos soberanos. b) União, Estados, Distrito Federal, Territórios Federais e Municípios, todos soberanos. c) União, Estados, Distrito Federal, Territórios Federais e Municípios, todos independentes. d) União, Estados, Distrito Federal, Territórios Federais e Municípios, todos autônomos. e) União, Estados, Distrito Federal e Municípios, todos autônomos. 11. (ESAF - 2009 - Receita Federal - Técnico Administrativo - Agente Técnico Administrativo) Marque a opção correta. a) Os Estados-membros se auto-organizam por meio da escolha direta de seus representantes nos Poderes Legislativo e Executivo locais, em que haja qualquer vínculo de subordinação por parte da União. b) Ao exercitarem o seu poder constituinte derivado-decorrente, os Estados- membros, a teor do disposto na Constituição Federal, respeitam os princípios constitucionais sensíveis, princípios federais extensíveis e princípios constitucionais estabelecidos. c) Os Estados-membros em sua tríplice capacidade garantidora de autonomia se autoadministram normatizando sua própria legislação e regras de competência. d) A autonomia estadual também se caracteriza pelo autogoverno, uma vez que ditam suas respectivas Constituições.
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