Buscar

Aula 02

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 1 
Aula 2 
Aula 2 - 6. Tributos de Competência dos Estados. 7. Tributos de
Competência dos Municípios. 8. Simples. 9. Legislação Tributária. 9.1.
Constituição 9.2. Emendas à Constituição. 9.3. Leis Complementares. 9.4. Leis
Ordinárias. 9.5. Leis Delegadas. 9.6. Medidas Provisórias. 9.7. Tratados
Internacionais. 9.8. Decretos. 9.9. Resoluções 9.10. Decretos Legislativos 
9.11. Convênios 9.12. Normas Complementares. 10. Vigência da Legislação
Tributária. 11. Aplicação da Legislação Tributária. 12. Interpretação e
Integração da Legislação Tributária. 
Tributos de Competência dos Estados 
I. ITCMD 
1) “O fato gerador do imposto causa mortis se dá com a transmissão da 
propriedade, que, no direito pátrio, coincide com a morte, por força do 
direito de sucessão (art. 1.572 do CC/1916).” (REsp 752808; Min.Teori Albino 
Zavascki; 16/05/2007) 
Já foi cobrado: 
1. (FCC/2008/TCE-AL/Procurador) Considera-se ocorrido o fato gerador da
obrigação tributária principal, com a morte, para fins de imposto de
transmissão de bens causa mortis, sendo irrelevante para este fim a data da
abertura do inventário ou arrolamento. 
Correto. 
2) Súmula nº 331 do STF: É legítima a incidência do imposto de 
transmissão causa mortis no inventário por morte presumida. 
Já foi cobrado: 
2. (CESPE/2009/TCE-ES/Procurador) Em caso de inventário por morte
presumida, incide o ITCMD. 
Correto. 
Considera-se ocorrido o fato gerador do ITCMD com a morte, inclusive
a presumida. 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 2 
3) Súmula nº 114 do STF: O Imposto de Transmissão Causa Mortis não é 
exigível antes da homologação do cálculo. 
Já foi cobrado: 
3. (CESPE/2009/PC-RN/Delegado de Polícia/adaptada) Acerca do imposto de
transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos, é correto
afirmar que não é exigível antes da homologação do cálculo do valor devido. 
Correto. 
O fato gerador do imposto causa mortis é a morte, mas o tributo só é
exigível após a homologação judicial do cálculo. 
4) Súmula nº 115 do STF: Sobre os honorários do advogado contratado 
pelo inventariante, com a homologação do juiz, não incide o Imposto de 
Transmissão Causa Mortis. 
Já foi cobrado: 
4. (CESPE/2009/PC-RN/Delegado de Polícia/Adaptada) Acerca do imposto de
transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos, é correto
afirmar que não incide sobre os honorários do advogado contratado pelo
inventariante. 
Correto. 
5) Súmula nº 113 do STF: O Imposto de Transmissão Causa Mortis é 
calculado sobre o valor dos bens na data da avaliação. 
Já foi cobrado: 
5. (ESAF/2009/AFRF) Ainda sobre o imposto de transmissão causa mortis, o
cálculo do referido imposto deve operar-se sobre o valor dos bens na data da
avaliação. 
Correto. 
6) Súmula nº 112 do STF: O imposto de transmissão "causa mortis" é devido 
pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão. 
Já foi cobrado: 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 3 
6. (ESAF/2009/AFRF) Consoante entendimento do STF, o imposto de
transmissão causa mortis é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura
da sucessão e não ao tempo do início do processo de inventário e partilha. 
Correto. 
No tocante à constitucionalidade da progressividade do ITCMD, vale
lembrar que vimos na aula 0 que o STF ainda não tem entendimento pacífico,
proferindo decisões nos dois sentidos. 
7) Súmula nº 590 do STF: Calcula-se o imposto de transmissão "causa 
mortis" sobre o saldo credor da promessa de compra e venda de imóvel, no 
momento da abertura da sucessão do promitente vendedor. 
Por ocasião da morte do promitente vendedor, incidirá o ITCMD sobre o
valor que ainda falta receber do promitente comprador para completar o
valor da promessa de compra e venda do imóvel em questão, que foi
transmitido aos herdeiros. 
II. IPVA 
8) “IPVA. Lei estadual. Alíquotas diferenciadas em razão do tipo do veículo. Os 
Estados-membros estão legitimados a editar normas gerais referentes 
ao IPVA, no exercício da competência concorrente prevista no art. 24, § 
3º, da Constituição do Brasil. Não há tributo progressivo quando as alíquotas 
são diferenciadas segundo critérios que não levam em consideração a 
capacidade contributiva.” (RE 414.259-AgR, Rel. Min. Eros Grau, 24-6-2008) 
Já vimos essa na aula 0. 
À época da: 
Alíquota 
Valor dos bens 
Abertura da
Sucessão 
Data da avaliação 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 4 
Já foi cobrado: 
7. (ESAF/2010/ISS-RJ/Fiscal de Rendas) Lei estadual pode estabelecer
alíquotas diferenciadas em razão do tipo do veículo, já que os estados-
membros estão legitimados a editar normas gerais referentes ao IPVA, no
exercício da competência concorrente prevista no art. 24, § 3º, da
Constituição. 
Correto. 
9) “IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (CF, art. 155, 
III; CF 69, art. 23, III e § 13, cf. EC 27/85): campo de incidência que não 
inclui embarcações e aeronaves.” (RE 134509; Marco Aurélio; 28/05/2002) 
Já foi cobrado: 
8. (ESAF/2012/MDIC/Analista de Comércio Exterior) Consoante entendimento
do Supremo Tribunal Federal, o conceito de veículo automotor alcança
embarcações e aeronaves. 
Errado. 
10) “Não se admite a alíquota diferenciada de IPVA para veículos 
importados e os de procedência nacional. O tratamento desigual 
significaria uma nova tributação pelo fato gerador da importação.” (AgR-RE 
367785; Min. Eros Grau, 09/05/2006) 
Embora a CF/88 autorize que o IPVA tenha alíquotas diferenciadas em
função do tipo e utilização, essa diferença não pode levar em conta a origem
nacional ou importada do veículo, sob pena de estar violando o princípio da
vedação da discriminação tributária em razão da procedência ou destino. 
Já foi cobrado: 
9. (CESPE/2008/PGE-PB/Procurador de Estado) Quanto à autorização para
alíquotas diferenciadas conforme o tipo de veículo, é possível diferenciação
entre carros nacionais e importados. 
Errado. 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 5 
III. ICMS 
11) “Conforme orientação firmada pelo STF, depende de lei autorizadora a 
correção monetária de créditos escriturais do ICMS. Orientação que 
também se aplica aos casos de créditos acumulados, transpostos de um 
período de apuração aos sucessivos.” (AI388888;Joaquim Barbosa;31/8/2010) 
Já foi cobrado: 
10. (ESAF/2006/SEFAZ-CE/AFRE) Em relação aos créditos escriturais do
Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços, da competência
estadual e do Distrito Federal, é correto afirmar-se que sobre eles não incide a
correção monetária quando a legislação estadual não contiver tal previsão. 
Correto. 
No decorrer de suas atividades, o contribuinte registra os créditos
gerados relativos ao ICMS para futura compensação com o imposto devido. 
Não cabe correção monetária desses créditos, chamados escrituriais, no
momento dessa compensação, nem mesmo sobre os acumulados ao longo do
tempo sem a devida compensação, a não ser que haja lei estadual
autorizativa para tanto. 
12) Súmula nº 661 do STF: Na entrada de mercadoria importada do exterior, 
é legítima a cobrança do ICMS por ocasião do desembaraço aduaneiro. 
Na importação, o aspecto temporal do fato gerador do ICMS não é a
entrada ou saída do estabelecimento, mas o momento do desembaraço
aduaneiro. 
13) "O ICMS cabe ao Estado em que localizado o porto de desembarque e o 
destinatário da mercadoria, não prevalecendoa forma sobre o 
conteúdo, no que procedida a importação por terceiro consignatário 
situado em outro Estado e beneficiário de sistema tributário mais favorável." 
(RE 268.586, Rel. Min. Marco Aurélio, 24-5-2005) 
14) "O sujeito ativo da relação jurídico-tributária do ICMS é o Estado onde 
estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário 
jurídico da mercadoria; pouco importando se o desembaraço aduaneiro 
ocorreu por meio de ente federativo diverso." (RE 299.079, Rel. Min. Ayres 
Britto, 30-6-2004) 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 6 
Já foi cobrado: 
11. (ESAF/2012/MDIC/Analista de Comércio Exterior) O ICMS cabe ao Estado
em que estiver localizado o porto de desembarque e o destinatário da
mercadoria, não prevalecendo a forma sobre o conteúdo, no que procedida a
importação por terceiro consignatário situado em outro Estado e beneficiário
de sistema tributário mais favorável. 
12. (ESAF/2012/MDIC/Analista de Comércio Exterior) O sujeito ativo da
relação jurídico-tributária do ICMS é o Estado onde estiver situado o domicílio
ou o estabelecimento do destinatário jurídico da mercadoria, pouco importando
se o desembaraço aduaneiro ocorreu por meio de ente federativo diverso. 
As duas assertivas estão corretas. 
Na minha opinião, a primeira decisão está mal formulada, mas ela tem
exatamente o mesmo teor da segunda. 
O fato gerador ocorre no momento do desembaraço aduaneiro, mas o
imposto é devido ao Estado de destino da mercadoria, ou seja, onde o
adquirente esteja estabelecido ou domiciliado. 
Caso o ICMS fosse devido ao Estado do porto de desembarque, eles
estariam sendo favorecidos pela distribuição de competência tributária,
simplesmente por sua posição geográfica. 
15) “A imunidade do ICMS relativa à exportação de produtos industrializados 
abrange todas as operações que contribuíram para a exportação, 
independentemente da natureza da moeda empregada.” (RE 248.499, 
Rel. Min. Cezar Peluso, 27-10-2009) 
Nesse caso, houve a edição de um decreto que restringia a imunidade
em tela a operações de exportação realizadas com moeda estrangeira. Tal
restrição foi considerada inconstitucional, visto que a imunidade independe da
moeda empregada na operação. 
16) Súmula nº 431 do STJ: É ilegal a cobrança de ICMS com base no valor 
da mercadoria submetido ao regime de pauta fiscal. 
Já foi cobrado: 
13. (ESAF/2009/SEFAZ-SP/APOF) É ilegal a cobrança de ICMS com base em
valores previstos em pauta fiscal. 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 7 
Correto. 
A utilização de pauta fiscal (uma tabela com valores pré-definidos) é uma
forma de arbitramento do valor da operação. Isso não pode ser feito como
regra geral, mas apenas quando sejam omissos ou não mereçam fé as
declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos
pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado (art. 148, CTN). 
Essa assertiva está bem generalizada, pois é possível sim a utilização de
pauta fiscal. Porém, como a ESAF costuma copiar as decisões e súmulas,
devemos entendê-la como correta. 
Vejamos as decisões no sentido da incidência do ICMS: 
17) “ICMS. Incidência sobre softwares adquiridos por meio de 
transferência eletrônica de dados (art. 2º, § 1º, item 6, e art. 6º, § 6º, 
ambos da Lei impugnada). Possibilidade. Inexistência de bem corpóreo 
ou mercadoria em sentido estrito. Irrelevância. O Tribunal não pode se 
furtar a abarcar situações novas, consequências concretas do mundo real, com 
base em premissas jurídicas que não são mais totalmente corretas. O apego a 
tais diretrizes jurídicas acaba por enfraquecer o texto constitucional, pois não 
permite que a abertura dos dispositivos da Constituição possa se adaptar aos 
novos tempos, antes imprevisíveis.” (ADI 1945 MC; Min. Octavio Gallotti; 
26/05/2010) 
É legítima a incidência de ICMS sobre a aquisição de software por meio
de transferência eletrônica de dados, como download. 
18) Súmula nº 391 do STJ: O ICMS incide sobre o valor da tarifa de energia 
elétrica correspondente à demanda de potência efetivamente utilizada. 
Agora, vejamos as decisões no sentido da não incidência do ICMS: 
19) “O perfil constitucional do ICMS exige a ocorrência de operação de 
circulação de mercadorias (ou serviços) para que ocorra a incidência e, 
portanto, o tributo não pode ser cobrado sobre operações apenas porque elas 
têm por objeto „bens‟, ou nas quais fique descaracterizada atividade mercantil-
comercial.” (ADI 4.565-MC, Min. Joaquim Barbosa, 7-4-2011) 
Quando não ocorre a circulação de mercadorias, não há que se falar em
ICMS. Nesse sentido, vejamos: 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 8 
20) "A importação de aeronaves e/ou peças ou equipamentos que as 
componham em regime de leasing não admite posterior transferência ao 
domínio do arrendatário. A circulação de mercadoria é pressuposto de 
incidência do ICMS. O imposto – diz o art. 155, II, da CF – é sobre „operações 
relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as 
operações e as prestações se iniciem no exterior‟. Não há operação relativa 
à circulação de mercadoria sujeita à incidência do ICMS em operação 
de arrendamento mercantil contratado pela indústria aeronáutica de grande 
porte para viabilizar o uso, pelas companhias de navegação aérea, de 
aeronaves por ela construídas." (RE 461.968, Min. Eros Grau, 30-5-2007) 
Já foi cobrado: 
14. (ESAF/2012/MDIC/Analista de Comércio Exterior/Adaptada) Na entrada de
bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, é
correto afirmar que há operação relativa à circulação de mercadoria sujeita à
incidência do ICMS em operação de arrendamento mercantil contratado pela
indústria aeronáutica de grande porte para viabilizar o uso, pelas companhias
de navegação aérea, de aeronaves por ela construídas. 
Errado. 
O entendimento do STF e do STJ é no sentido de que não há incidência
do ICMS em operações de arrendamento mercantil, porquanto não há
transferência de propriedade. 
21) “O STF fixou entendimento no sentido de que o simples deslocamento 
da mercadoria de um estabelecimento para outro da mesma empresa, 
sem a transferência de propriedade, não caracteriza a hipótese de 
incidência do ICMS.” (RE 596.983-AgR, Min. Eros Grau, 12-5-2009) 
Já foi cobrado: 
15. (CESPE/2011/TJ-PB/Juiz) O ICMS tem como fato gerador o deslocamento
de mercadorias, inclusive de um estabelecimento para outro do mesmo
contribuinte. 
Errado. 
Ainda nesse rumo: 
22) Súmula nº 573 do STF: Não constitui fato gerador do imposto de 
circulação de mercadorias a saída física de máquinas, utensílios e implementos 
a título de comodato. 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 9 
Já foi cobrado: 
16. (FGV/2010/ICMS-RJ/Fiscal de Rendas) De acordo com o entendimento do
Supremo Tribunal Federal não constitui fato gerador do ICMS a saída física de
máquinas e utensílios a título de comodato. 
Correto. 
No comodato, uma coisa é emprestada para ser, futuramente, restituída.
Não ocorre transferência de propriedade. 
23) Súmula nº 334 do STJ: O ICMS não incide no serviço dos provedores 
de acesso à Internet. 
Já foi cobrado: 
17. (CESPE/2009/TCE-ES/Procurador) O entendimento do STJ é de que o ICMS
incide no serviço de provedores de acesso à Internet. 
Errado. 
24) Súmula nº 350 do STJ: O ICMS não incide sobre o serviço de 
habilitação de telefone celular. 
Já foi cobrado: 
18. (CESPE/2009/AGU/Advogado)Segundo jurisprudência do STJ, é ilegítima a
cobrança do ICMS sobre o serviço de habilitação de telefone celular. 
Correto. 
Não são considerados como serviços de comunicação os serviços dos
provedores de acesso à internet e habilitação de telefone celular. 
25) Súmula nº 237 do STJ: Nas operações com cartão de crédito, os 
encargos relativos ao financiamento não são considerados no cálculo do 
ICMS. 
26) Súmula nº 457 do STJ: Os descontos incondicionais nas operações 
mercantis não se incluem na base de cálculo do ICMS. 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 10 
O desconto é incondicional quando não se exige nenhuma condição
para que ele ocorra. Caso seja necessário o pagamento à vista, por exemplo, o
desconto é condicional. 
27) Súmula nº 432 do STJ: As empresas de construção civil não estão 
obrigadas a pagar ICMS sobre mercadorias adquiridas como insumos em 
operações interestaduais. 
Já foi cobrado: 
19. (CESPE/2009/TCE-ES/Procurador) Segundo o STJ, é legítima a cobrança de
ICMS sobre operações interestaduais realizadas por empresa de construção
civil, quando da aquisição de bens necessários ao desempenho de sua
atividade fim. 
Errado. 
Os materiais adquiridos como insumos de uma construção sofrem
incidência do ISS, e não do ICMS, pois são considerados como parte do
serviço de construção (atividade fim de empresas de construção civil). 
28) “Não incidência sobre a prestação de serviços de transporte aéreo, 
de passageiros - intermunicipal, interestadual e internacional. 
Inconstitucionalidade da exigência do ICMS na prestação de serviços 
de transporte aéreo internacional de cargas pelas empresas aéreas 
nacionais, enquanto persistirem os convênios de isenção de empresas 
estrangeiras.” (ADI 1600; Min. Sydney Sanches; 26/11/2001) 
A jurisprudência nos diz que: 
 Não incide ICMS sobre transporte aéreo de passageiros
(intermunicipal, interestadual e internacional), nem sobre transporte 
aéreo internacional de cargas. 
 Incide ICMS sobre transporte aéreo nacional de cargas 
29) Súmula Vinculante nº 32: O ICMS não incide sobre alienação de 
salvados de sinistro pelas seguradoras. 
“A alienação de salvados configura atividade integrante das operações de
seguros e não tem natureza de circulação de mercadoria para fins de
incidência do ICMS” (ADI 1.648). 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 11 
30) “O STF fixou entendimento no sentido da ilegitimidade da cobrança de 
ICMS sobre água encanada, uma vez que se trata de serviço público 
essencial e não mercadoria.” (AI 682.565-AgR, Min. Eros Grau, 23-6-2009) 
Tributos de Competência dos Municípios 
I. IPTU 
31) “Segundo o art. 34 do CTN, consideram-se contribuintes do IPTU o 
proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil ou o seu possuidor a 
qualquer título. A jurisprudência desta Corte Superior é no sentido de que 
tanto o promitente comprador (possuidor a qualquer título) do imóvel 
quanto seu proprietário/promitente vendedor (aquele que tem a 
propriedade registrada no Registro de Imóveis) são contribuintes 
responsáveis pelo pagamento do IPTU.[...]. Ao legislador municipal cabe 
eleger o sujeito passivo do tributo, contemplando qualquer das situações 
previstas no CTN. Definindo a lei como contribuinte o proprietário, o titular do 
domínio útil, ou o possuidor a qualquer título, pode a autoridade 
administrativa optar por um ou por outro visando a facilitar o 
procedimento de arrecadação.” (REsp 1110551; Ministro Mauro Campbell 
Marques; 10/06/2009) 
Já foi cobrado: 
20. (CESPE/2010/DPU/Defensor Público) Considere que o proprietário de
imóvel localizado na zona urbana de determinado município tenha firmado
contrato de promessa de compra e venda do bem com Maria. Nessa situação
hipotética, tanto a promitente compradora (possuidora a qualquer título) do
imóvel quanto o proprietário são contribuintes responsáveis pelo pagamento
do IPTU. 
Correto. 
32) “O STJ firmou o entendimento de que a celebração do contrato de 
arrendamento entre a empresa ora recorrida e a Companhia Docas do Estado 
de São Paulo - CODESP, relativamente à exploração de área pertencente ao 
Porto de Santos, cuja propriedade é da União, não dá à primeira a condição de 
contribuinte do IPTU, visto que não exerce a posse do referido imóvel 
com animus domini.” (AgRg-REsp 1198430; Min. Humberto Martins; 
23/11/2010) 
O contribuinte do IPTU pode ser o proprietário do imóvel, o titular do seu
domínio útil ou o seu possuidor a qualquer título. Entretanto, o STJ entende 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 12 
que é essencial que a posse seja exercida com animus domini, ou seja,
que haja a intenção de ser dono do imóvel. No caso em tela a posse é
precária. Ainda nesse sentido, vejamos: 
33) “O contribuinte do IPTU é o proprietário do imóvel, admitindo o CTN, por 
expressa determinação, possa figurar como contribuinte o titular do domínio 
útil ou o possuidor a qualquer título. A jurisprudência do STJ tem entendido 
que as hipóteses são estabelecidas pela lei, mas estão restritas às relações de 
direito real, excluindo-se da incidência o locatário, por exemplo, que é 
possuidor direto, mas não é contribuinte do IPTU” (REsp 810800; Min. 
Eliana Calmon; 17/08/2006) 
Já foi cobrado: 
21. (ESAF/2008/Prefeitura de Natal-RN/Auditor do Tesouro Municipal) Pode o
poder público exigir o pagamento do IPTU tanto do proprietário como do
locatário do imóvel, tendo em vista se tratar de obrigação de direito real. 
Errado. 
O locatário de imóvel, apesar de ser possuidor direto, não exerce a posse
com animus domini, logo não é contribuinte do IPTU. 
34) Súmula nº 589 do STF: É inconstitucional a fixação de adicional 
progressivo do imposto predial e territorial urbano em função do número de 
imóveis do contribuinte. 
35) Súmula nº 539 do STF: É constitucional a lei do município que reduz o 
imposto predial urbano sobre imóvel ocupado pela residência do proprietário, 
que não possua outro. 
Já foi cobrado: 
22. (ESAF/2010/ISS-RJ/Fiscal de Rendas) É inconstitucional a lei do município
que reduz o imposto predial urbano sobre imóvel ocupado pela residência do
proprietário, que não possua outro. 
Errado. 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 13 
II. ITBI 
36) Súmula nº 656 do STF: É inconstitucional a lei que estabelece 
alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens 
imóveis – ITBI com base no valor venal do imóvel. 
37) "Imposto de Transmissão de Imóveis, inter vivos – ITBI: alíquotas 
progressivas: a CF não autoriza a progressividade das alíquotas, 
realizando-se o princípio da capacidade contributiva proporcionalmente ao 
preço da venda." (RE 234.105, Min. Carlos Velloso, 15-4-2003) 
O ITBI não admite a técnica da progressividade, enquanto ausente
autorização constitucional expressa (AgReg-AI 456.768). 
Já foi cobrado: 
23. (FGV/2010/ICMS-RJ/Fiscal de Rendas) É inconstitucional a lei que
estabelece alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de
bens imóveis – ITBI, com base no valor venal do imóvel. 
Correto. 
III. ISS 
38) “A jurisprudência do STJ reconhece que a Lista de Serviços anexa ao 
Decreto-Lei 406/1968, para efeito de incidência de ISS sobre serviços 
bancários, é taxativa, mas admite uma leitura extensiva de cada item, a 
fim de se enquadrarem serviços idênticos aos expressamente previstos.” 
(AgRg-Ag 1.082.014, Min. Herman Benjamin, 01/09/2009) 
A LC 116/03, em sua lista anexa, define os serviços tributáveis pelo ISS,
por determinação constitucional (art.156, III). Segundo entendimento
jurisprudencial, essa lista é taxativa, mas admite a interpretação
extensiva de seus itens. 
Isso quer dizer que palavras como “congêneres” permitem a inclusão de
outros serviços que, embora não estejam expressos na lista, poderão ser
tributados pelo ISS. 
39) Súmula Vinculante nº 31: É inconstitucional a incidência do Imposto 
sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS sobre operações de locação de 
bens móveis. 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 14 
Já foi cobrado: 
24. (CESPE/2010/TCE-BA/Procurador) A pessoa jurídica que atue no ramo de
locação de automóveis utilitários e de passeio não estará obrigada a recolher o
ISSQN, uma vez que é inconstitucional a incidência do referido imposto sobre
operações de locação de bens móveis. 
Correto. 
Para o STF, considera-se “serviço”, para fins de incidência do ISS, a
obrigação de “fazer”, e não a obrigação de “dar” coisa, que é o caso de locação 
de bens. 
40) “O arrendamento mercantil compreende três modalidades, [i] o leasing 
operacional, [ii] o leasing financeiro e [iii] o chamado lease-back. No primeiro 
caso há locação, nos outros dois, serviço. A lei complementar não define o 
que é serviço, apenas o declara, para os fins do inciso III do artigo 156 da 
Constituição. Não o inventa, simplesmente descobre o que é serviço para os 
efeitos do inciso III do artigo 156 da Constituição. No arrendamento mercantil 
(leasing financeiro), contrato autônomo que não é misto, o núcleo é o 
financiamento, não uma prestação de dar. E financiamento é serviço, sobre 
o qual o ISS pode incidir, resultando irrelevante a existência de uma 
compra nas hipóteses do leasing financeiro e do lease-back.” (RE 
547245; Min. Eros Grau; 02/12/2009) 
Já foi cobrado: 
25. (CESPE/2010/DPU/Defensor Público) Compete aos municípios instituir o
ISS sobre o leasing financeiro, uma vez que o leasing é contrato complexo e
não se confunde com contratos de aluguel, compra e venda ou com operação
de crédito. 
Correto. 
26. (PUC-PR/2011/TJ-RO/Juiz) A incidência de imposto municipal sobre as
operações de leasing foi integralmente julgada inconstitucional pelo STF. 
Errado. 
É possível a incidência de ISS sobre leasing financeiro e lease-
back, pois são serviços de financiamento. Por outro lado, não é possível a
incidência sobre o leasing operacional, visto que é uma operação de locação. 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 15 
Ainda nesse sentido, mas de forma mais genérica: 
41) Súmula nº 138 do STJ: O ISS incide na operação de arrendamento 
mercantil de coisas móveis. 
42) Súmula nº 156 do STJ: A prestação de serviço de composição gráfica, 
personalizada e sob encomenda, ainda que envolva fornecimento de 
mercadorias, está sujeita, apenas, ao ISS. 
43) Súmula nº 167 do STJ: O fornecimento de concreto, por empreitada, 
para construção civil, preparado no trajeto até a obra em betoneiras 
acopladas a caminhões, é prestação de serviço, sujeitando-se à incidência 
do ISS. 
Não há jurisprudência relevante para nós sobre o SIMPLES. 
Legislação Tributária 
Pessoal, estou abordando a maior parte desse tópico dentro de outros
tópicos, ok? Já comentei nas aulas passadas diversas disposições sobre
emendas constitucionais, leis complementares, etc. 
44) “Os tratados ou convenções internacionais, uma vez regularmente 
incorporados ao direito interno, situam-se, no sistema jurídico brasileiro, nos 
mesmos planos de validade, de eficácia e de autoridade em que se 
posicionam as leis ordinárias, havendo, em conseqüência, entre estas e os 
atos de direito internacional público, mera relação de paridade normativa. (...) 
Os tratados internacionais celebrados pelo Brasil - ou aos quais o Brasil 
venha a aderir - não podem, em conseqüência, versar matéria posta sob 
reserva constitucional de lei complementar. É que, em tal situação, a 
própria Carta Política subordina o tratamento legislativo de determinado tema 
ao exclusivo domínio normativo da lei complementar, que não pode ser 
substituída por qualquer outra espécie normativa infraconstitucional, inclusive 
pelos atos internacionais já incorporados ao direito positivo interno” (ADI 
1480; Min. Celso De Mello; 26/06/2001) 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 16 
Os tratados internacionais que versem sobre matéria tributária terão
status de lei ordinária. Com efeito, não poderão versar sobre matéria
reservada à lei complementar. 
45) “O art. 98 do CTN permite a distinção entre os chamados tratados-
contratos e os tradados-leis. Toda a construção a respeito da prevalência da 
norma interna com o poder de revogar os tratados, equiparando-os à 
legislação ordinária, foi feita tendo em vista os designados tratados, 
contratos, e não os tratados-leis.” (REsp 426.945, Min. Teori Albino Zavascki, 
21/06/2004) 
Já foi cobrado: 
27. (ESAF/2007/PGFN/Procurador da Fazenda Nacional) O STJ, em matéria de
direito internacional tributário, tem entendido que os tratados-leis,
diferentemente dos tratados-contratos, não podem ser alterados pela
legislação interna. 
Correto. 
Não existe hierarquia entre lei ordinária e tratado internacional. Em
regra, resolvem-se os casos de incompatibilidade pelo critério temporal, ou
seja, a norma posterior prevalecerá sobre a mais antiga. 
Entretanto, o STJ faz uma diferenciação dos tipos de tratados, com base
no art. 98 do CTN: 
CTN, art. 98: “Os tratados e as convenções internacionais revogam ou
modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes
sobrevenha”. 
Para essa Corte, quando for caso de tratado-lei, o tratado
prevalecerá, mesmo que a lei ordinária seja posterior. Quando for caso de
tratado-contrato, a lei ordinária prevalecerá, caso seja posterior ao
tratado. 
Vale ressaltar que o STF, recentemente, se pronunciou em sentido
diferente. Vejamos: 
46) “(...) Observou, ainda, que a recepção do art. 98 do CTN pela ordem 
constitucional independeria da desatualizada classificação em tratados-
contratos e tratados-leis.” (RE-460320 - Informativo nº 638 do STF - de 29 
de agosto a 2 de setembro de 2011) 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 17 
Vigência, aplicação, interpretação e integração da legislação tributária são
assuntos cobrados com base na letra da lei, não sendo necessário explorar
jurisprudência sobre eles. 
Interpretação e Integração da Legislação Tributária 
47) “Não se pode confundir analogia com interpretação analógica ou 
extensiva. A analogia é técnica de integração, vale dizer, recurso de que 
se vale o operador do direito diante de uma lacuna no ordenamento jurídico. 
Já a interpretação, seja ela extensiva ou analógica, objetiva desvendar o 
sentido e o alcance da norma, para então definir-lhe, com certeza, a sua 
extensão. A norma existe, sendo o método interpretativo necessário, apenas, 
para precisar-lhe os contornos.” (REsp 121428, Min. Castro Meira, 2004) 
É isso ai, pessoal. Ficamos por aqui! 
Dessa vez consegui cumprir o objetivo de fazer uma aula curta e objetiva. 
Um aviso. Vou ter que adiar a última aula (aula 3) para o dia 27 de
agosto, segunda-feira. Peço a compreensão de vocês. 
Um abraço a todos! 
STJ (entendimento mais antigo) 
STF (entendimento mais recente) 
Tratados-contratos 
Tratados-leis 
Prevalência: 
Tratado 
Lei, se for mais recente 
Tratados-contratos 
Tratados-leis 
Tratado 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 18 
Resumo da jurisprudênciaabordada 
Tributos de Competência dos Estados 
 Considera-se ocorrido o fato gerador da obrigação tributária principal,
com a morte, para fins de ITCMD, sendo irrelevante para este fim a
data da abertura do inventário ou arrolamento. 
 É legítima a incidência do ITCMD no inventário por morte
presumida. 
 O fato gerador do imposto causa mortis é a morte, mas o tributo só é
exigível após a homologação judicial do cálculo. 
 Sobre os honorários do advogado contratado pelo inventariante, com
a homologação do juiz, não incide o Imposto de Transmissão Causa
Mortis. 
 O Imposto de Transmissão Causa Mortis é calculado sobre o valor dos
bens na data da avaliação e é devido pela alíquota vigente ao tempo
da abertura da sucessão (morte). 
 Calcula-se o Imposto de Transmissão Causa Mortis sobre o saldo credor
da promessa de compra e venda de imóvel, no momento da abertura da
sucessão do promitente vendedor. 
 Os Estados-membros estão legitimados a editar normas gerais referentes
ao IPVA, no exercício da competência concorrente. 
 Não há tributo progressivo quando as alíquotas são diferenciadas
segundo critérios que não levam em consideração a capacidade
contributiva. 
 Não incide IPVA sobre embarcações e aeronaves. 
 Não se admite a alíquota diferenciada de IPVA para veículos importados
e os de procedência nacional. O tratamento desigual significaria uma
nova tributação pelo fato gerador da importação. 
 A correção monetária de créditos escriturais do ICMS e de créditos
acumulados, transpostos de um período de apuração aos sucessivos,
depende de lei autorizadora. 
 Na entrada de mercadoria importada do exterior, é legítima a cobrança
do ICMS por ocasião do desembaraço aduaneiro. 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 19 
 O ICMS cabe ao Estado em que localizado o porto de desembarque e o
destinatário da mercadoria, não prevalecendo a forma sobre o conteúdo,
no que procedida a importação por terceiro consignatário situado em
outro Estado e beneficiário de sistema tributário mais favorável. 
 O sujeito ativo da relação jurídico-tributária do ICMS é o Estado onde
estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário
jurídico da mercadoria; pouco importando se o desembaraço
aduaneiro ocorreu por meio de ente federativo diverso. 
 A imunidade do ICMS relativa à exportação de produtos industrializados
abrange todas as operações que contribuíram para a exportação,
independentemente da natureza da moeda empregada. 
 É ilegal a cobrança de ICMS com base no valor da mercadoria submetido
ao regime de pauta fiscal. 
 É legítima a incidência de ICMS sobre a aquisição de software por meio
de transferência eletrônica de dados, como download. 
 O ICMS incide sobre o valor da tarifa de energia elétrica correspondente
à demanda de potência efetivamente utilizada. 
 O perfil constitucional do ICMS exige a ocorrência de operação de
circulação de mercadorias (ou serviços) para que ocorra a incidência e,
portanto, o tributo não pode ser cobrado sobre operações apenas porque
elas têm por objeto „bens‟, ou nas quais fique descaracterizada atividade 
mercantil-comercial. 
 Não incide ICMS sobre: 
(i) Operações de arrendamento mercantil. 
(ii) O simples deslocamento da mercadoria de um estabelecimento para
outro da mesma empresa, sem a transferência de propriedade. 
(iii) A saída física de máquinas, utensílios e implementos a título de
comodato. 
(iv) O serviço dos provedores de acesso à Internet. 
(v) O serviço de habilitação de telefone celular. 
(vi) Os encargos relativos ao financiamento nas operações com cartão
de crédito. 
(vii) Os descontos incondicionais. 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 20 
(viii) As mercadorias adquiridas como insumos por empresas de
construção civil em operações interestaduais. 
(ix) Transporte aéreo de passageiros (intermunicipal, interestadual e
internacional), nem sobre transporte aéreo internacional de cargas
(incide ICMS sobre o transporte aéreo nacional de cargas). 
(x) A alienação de salvados de sinistro pelas seguradoras. 
(xi) Água encanada. 
Tributos de Competência dos Municípios 
 Tanto o promitente comprador (possuidor a qualquer título) do imóvel
quanto seu proprietário/promitente vendedor (aquele que tem a
propriedade registrada no Registro de Imóveis) são contribuintes
responsáveis pelo pagamento do IPTU. 
 O contribuinte do IPTU pode ser o proprietário do imóvel, o titular do seu
domínio útil ou o seu possuidor a qualquer título. Entretanto, o STJ
entende que é essencial que a posse seja exercida com animus
domini, ou seja, que haja a intenção de ser dono do imóvel. 
 O locatário de imóvel, apesar de ser possuidor direto, não exerce a
posse com animus domini, logo não é contribuinte do IPTU. 
 É inconstitucional a fixação de adicional progressivo do imposto predial
e territorial urbano em função do número de imóveis do contribuinte. 
 É constitucional a lei do município que reduz o imposto predial urbano
sobre imóvel ocupado pela residência do proprietário, que não possua
outro. 
 É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o 
ITBI com base no valor venal do imóvel. 
 A lista anexa à LC 116/03 é taxativa, mas admite a interpretação
extensiva de seus itens. 
 É inconstitucional a incidência do ISS sobre operações de locação de
bens móveis. 
 É possível a incidência de ISS sobre leasing financeiro e lease-back,
pois são serviços de financiamento. 
 Não é possível a incidência do ISS sobre o leasing operacional, visto que
é uma operação de locação. 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 21 
 O ISS incide na operação de arrendamento mercantil de coisas móveis. 
 A prestação de serviço de composição gráfica, personalizada e sob
encomenda, ainda que envolva fornecimento de mercadorias, está
sujeita, apenas, ao ISS. 
 O fornecimento de concreto, por empreitada, para construção civil,
preparado no trajeto até a obra em betoneiras acopladas a
caminhões, é prestação de serviço, sujeitando-se à incidência do ISS. 
 Os tratados internacionais que versem sobre matéria tributária terão
status de lei ordinária. Com efeito, não poderão versar sobre
matéria reservada à lei complementar. 
 O STJ, em matéria de direito internacional tributário, tem entendido que
os tratados-leis, diferentemente dos tratados-contratos, não podem
ser alterados pela legislação interna. Já o STF, recentemente
afirmou que a recepção do art. 98 do CTN pela ordem constitucional
independeria da desatualizada classificação em tratados-contratos e
tratados-leis. 
 Não se pode confundir analogia com interpretação analógica ou
extensiva. A analogia é técnica de integração, vale dizer, recurso de que
se vale o operador do direito diante de uma lacuna no ordenamento
jurídico. Já a interpretação, seja ela extensiva ou analógica, objetiva
desvendar o sentido e o alcance da norma, para então definir-lhe, com
certeza, a sua extensão. A norma existe, sendo o método interpretativo
necessário, apenas, para precisar-lhe os contornos. 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 22 
FG: morte, inclusive a presumida 
Exigível a partir da homologação do cálculo 
Alíquota 
Valor dos bens Data da avaliação 
Não incide sobre os honorários do
advogado 
Imposto 
causa mortis 
IPVA 
NÃO incide sobre embarcações e aeronaves 
NÃO diferencia veículos importados de nacionais 
À época da: 
Não incide ICMS sobre: 
O serviço dos provedores de acesso à Internet 
Operações de arrendamento mercantil 
A saída físicade máquinas, utensílios e implementos a título de comodato. 
O simples deslocamento da mercadoria de um estabelecimento para outro
da mesma empresa, sem a transferência de propriedade 
As mercadorias adquiridas como insumos por empresas de construção
civil em operações interestaduais 
Os encargos de financiamento nas operações com cartão de crédito 
Os descontos incondicionais 
O serviço de habilitação de telefone celular 
Transporte aéreo de passageiros (intermunicipal, interestadual e
internacional), nem sobre transporte aéreo internacional de cargas 
Abertura da
Sucessão 
Água encanada 
A alienação de salvados de sinistro pelas seguradoras 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 23 
STJ (entendimento mais antigo) 
STF (entendimento mais recente) 
Tratados-contratos 
Tratados-leis 
Prevalência: 
Tratado 
Lei, se for mais recente 
Tratados-contratos 
Tratados-leis 
Tratado 
Analogia Integração 
Preenche lacuna da
norma 
Interpretação
analógica Interpretação 
A norma existe,
não há lacuna 
Promitente comprador (possuidor) 
Promitente vendedor (proprietário) 
Não inclui o locatário, pois não há
animus domini 
IPTU - sujeito passivo 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 24 
Lista de questões 
1. (FCC/2008/TCE-AL/Procurador) Considera-se ocorrido o fato gerador da
obrigação tributária principal, com a morte, para fins de imposto de
transmissão de bens causa mortis, sendo irrelevante para este fim a data da
abertura do inventário ou arrolamento. 
2. (CESPE/2009/TCE-ES/Procurador) Em caso de inventário por morte
presumida, incide o ITCMD. 
3. (CESPE/2009/PC-RN/Delegado de Polícia/adaptada) Acerca do imposto de
transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos, é correto
afirmar que não é exigível antes da homologação do cálculo do valor devido. 
4. (CESPE/2009/PC-RN/Delegado de Polícia/Adaptada) Acerca do imposto de
transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos, é correto
afirmar que não incide sobre os honorários do advogado contratado pelo
inventariante. 
5. (ESAF/2009/AFRF) Ainda sobre o imposto de transmissão causa mortis, o
cálculo do referido imposto deve operar-se sobre o valor dos bens na data da
avaliação. 
6. (ESAF/2009/AFRF) Consoante entendimento do STF, o imposto de
transmissão causa mortis é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura
da sucessão e não ao tempo do início do processo de inventário e partilha. 
7. (ESAF/2010/ISS-RJ/Fiscal de Rendas) Lei estadual pode estabelecer
alíquotas diferenciadas em razão do tipo do veículo, já que os estados-
membros estão legitimados a editar normas gerais referentes ao IPVA, no
exercício da competência concorrente prevista no art. 24, § 3º, da
Constituição. 
8. (ESAF/2012/MDIC/Analista de Comércio Exterior) Consoante entendimento
do Supremo Tribunal Federal, o conceito de veículo automotor alcança
embarcações e aeronaves. 
9. (CESPE/2008/PGE-PB/Procurador de Estado) Quanto à autorização para
alíquotas diferenciadas conforme o tipo de veículo, é possível diferenciação
entre carros nacionais e importados. 
10. (ESAF/2006/SEFAZ-CE/AFRE) Em relação aos créditos escriturais do
Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços, da competência
estadual e do Distrito Federal, é correto afirmar-se que sobre eles não incide a
correção monetária quando a legislação estadual não contiver tal previsão. 
11. (ESAF/2012/MDIC/Analista de Comércio Exterior) O ICMS cabe ao Estado
em que estiver localizado o porto de desembarque e o destinatário da 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 25 
mercadoria, não prevalecendo a forma sobre o conteúdo, no que procedida a
importação por terceiro consignatário situado em outro Estado e beneficiário
de sistema tributário mais favorável. 
12. (ESAF/2012/MDIC/Analista de Comércio Exterior) O sujeito ativo da
relação jurídico-tributária do ICMS é o Estado onde estiver situado o domicílio
ou o estabelecimento do destinatário jurídico da mercadoria, pouco importando
se o desembaraço aduaneiro ocorreu por meio de ente federativo diverso. 
13. (ESAF/2009/SEFAZ-SP/APOF) É ilegal a cobrança de ICMS com base em
valores previstos em pauta fiscal. 
14. (ESAF/2012/MDIC/Analista de Comércio Exterior/Adaptada) Na entrada de
bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, é
correto afirmar que há operação relativa à circulação de mercadoria sujeita à
incidência do ICMS em operação de arrendamento mercantil contratado pela
indústria aeronáutica de grande porte para viabilizar o uso, pelas companhias
de navegação aérea, de aeronaves por ela construídas. 
15. (CESPE/2011/TJ-PB/Juiz) O ICMS tem como fato gerador o deslocamento
de mercadorias, inclusive de um estabelecimento para outro do mesmo
contribuinte. 
16. (FGV/2010/ICMS-RJ/Fiscal de Rendas) De acordo com o entendimento do
Supremo Tribunal Federal não constitui fato gerador do ICMS a saída física de
máquinas e utensílios a título de comodato. 
17. (CESPE/2009/TCE-ES/Procurador) O entendimento do STJ é de que o ICMS
incide no serviço de provedores de acesso à Internet. 
18. (CESPE/2009/AGU/Advogado) Segundo jurisprudência do STJ, é ilegítima a
cobrança do ICMS sobre o serviço de habilitação de telefone celular. 
19. (CESPE/2009/TCE-ES/Procurador) Segundo o STJ, é legítima a cobrança de
ICMS sobre operações interestaduais realizadas por empresa de construção
civil, quando da aquisição de bens necessários ao desempenho de sua
atividade fim. 
20. (CESPE/2010/DPU/Defensor Público) Considere que o proprietário de
imóvel localizado na zona urbana de determinado município tenha firmado
contrato de promessa de compra e venda do bem com Maria. Nessa situação
hipotética, tanto a promitente compradora (possuidora a qualquer título) do
imóvel quanto o proprietário são contribuintes responsáveis pelo pagamento
do IPTU. 
21. (ESAF/2008/Prefeitura de Natal-RN/Auditor do Tesouro Municipal) Pode o
poder público exigir o pagamento do IPTU tanto do proprietário como do
locatário do imóvel, tendo em vista se tratar de obrigação de direito real. 
.
JURISPRUDÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO PARA AFRF E ATRF - 2012
PROFESSOR: DIEGO ADERNE 
Prof. Diego Aderne www.pontodosconcursos.com.br 26 
22. (ESAF/2010/ISS-RJ/Fiscal de Rendas) É inconstitucional a lei do município
que reduz o imposto predial urbano sobre imóvel ocupado pela residência do
proprietário, que não possua outro. 
23. (FGV/2010/ICMS-RJ/Fiscal de Rendas) É inconstitucional a lei que
estabelece alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de
bens imóveis – ITBI, com base no valor venal do imóvel. 
24. (CESPE/2010/TCE-BA/Procurador) A pessoa jurídica que atue no ramo de
locação de automóveis utilitários e de passeio não estará obrigada a recolher o
ISSQN, uma vez que é inconstitucional a incidência do referido imposto sobre
operações de locação de bens móveis. 
25. (CESPE/2010/DPU/Defensor Público) Compete aos municípios instituir o
ISS sobre o leasing financeiro, uma vez que o leasing é contrato complexo e
não se confunde com contratos de aluguel, compra e venda ou com operação
de crédito. 
26. (PUC-PR/2011/TJ-RO/Juiz) A incidência de imposto municipal sobre as
operações de leasing foi integralmente julgada inconstitucional pelo STF. 
27. (ESAF/2007/PGFN/Procurador da Fazenda Nacional) O STJ, em matéria de
direito internacional tributário, tem entendido que os tratados-leis,
diferentemente dos tratados-contratos, não podem ser alterados pela
legislação interna. 
Gabarito 
1. C 7. C 13. C 19. E 25. C 
2. C 8. E 14. E 20. C 26. E 
3. C 9. E 15. E 21. E 27. C 
4. C 10. C 16.C 22. E 
5. C 11. C 17. E 23. C 
6. C 12. C 18. C 24. C

Outros materiais