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___________________________________________________________________________________ Prof. Carlos Eduardo Magalhães dos Santos 96 8.4 - Modelo estatístico O delineamento em quadrado latino apresenta o seguinte modelo estatístico: Yij(k) = m + li + cj + tk + e em que, ij(k) Yij(k) m é média de todas as unidades experimentais para a variável em estudo; é o valor observado para a variável em estudo referente ao k-ésimo tratamento, na i-ésima linha e na j-ésima coluna; li c é o efeito da linha i; j t é o efeito da coluna j; k e é o efeito do tratamento k; ij(k) Admitindo-se I tratamentos, conseqüentemente I linhas e I colunas, o esquema da análise de variância fica: é o erro experimental. F.V. G.L. Exemplo 1 Exemplo 2 Exemplo 3 Linhas I - 1 4 3 5 Colunas I – 1 4 3 5 Tratamentos I – 1 4 3 5 Resíduo (I – 1)(I – 2) 12 6 20 Total I2 24 - 1 15 35 Considerando Li C = Total da linha i; j T = Total da coluna j; k G = total geral; = Total do tratamento k; as somas de quadrados são dadas por: CRP 194 – Estatística Experimental – 2011/II _____________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 97 8.5 – Exercícios 8.5.1 - Num experimento de competição de variedades de cana forrageira foram usadas 5 variedades: A=CO290; B=CO294; C=CO297; D=CO299 e E=CO295, dispostas em um quadrado latino 5x5. O controle feito através de blocos horizontais e verticais teve por objetivo eliminar influências devidas a diferenças de fertilidade em duas direções. As produções, em kg/parcela, foram às seguintes: Considerando α = 5% , pede-se: a. Análise de Variância b. Qual a variedade a ser recomendada? Utilize teste de Tukey, se necessário. 8.5.2 - Em um experimento no delineamento em quadrado latino com 5 tratamentos, são dados: a. Verificar se existe efeito significativo de tratamentos, pelo teste F, e concluir para α = 5% . b. Qual o tratamento deve ser recomendado nos seguintes casos: b.1. Se estivéssemos avaliando a produção de uma certa cultura (em kg/ha)? b.2. Se estivéssemos avaliando a perda de grãos, durante a colheita, de uma certa cultura (em g/parcela)? Obs.: Utilize α = 5% e o Teste de Duncan (se necessário) Capítulo 9 – Experimentos Fatoriais _____________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 98 9.0 – EXPERIMENTOS FATORIAIS 9.1– Introdução Experimentos fatoriais são aqueles em que se estudam simultaneamente dois ou mais fatores, cada um deles com dois ou mais níveis. O fatorial é um tipo de esquema, ou seja, uma das maneiras de organizar os tratamentos e não um tipo de delineamento, que representa a maneira pela qual os tratamentos são distribuídos às unidades experimentais. Na verdade, os experimentos fatoriais são montados segundo um tipo de delineamento experimental, como por exemplo: o DIC e o DBC. Nos experimentos fatoriais, os tratamentos são obtidos pelas combinações dos níveis dos fatores. Num experimento fatorial completo, cada nível de um fator combina com todos os níveis dos outros fatores. A principal aplicação de experimentos fatoriais é quando se quer saber sobre o efeito de diversos fatores que influenciam na variável em estudo e o relacionamento entre eles. A simbologia comumente utilizada, para experimentos fatoriais é indicar o produto dos níveis dos fatores em teste. Por exemplo: Experimento Fatorial 2 x 4 x 6. O produto 2 x 4 x 6 informa que no experimento foram testados simultaneamente 3 fatores. O primeiro possui 2 níveis, o segundo 4 níveis e o terceiro 6 níveis. Quando o número de níveis é igual para todos os fatores, pode-se utilizar a seguinte simbologia: nF, em que F é o número de fatores n é o número de níveis de cada fator. Por exemplo: Experimento Fatorial 43. A potência 43 informa que o experimento tem 3 fatores com 4 níveis cada um. 9.2 – Vantagens e Desvantagens Vantagens a) Permite o estudo dos efeitos principais e o efeito da interação entre os fatores. b) O nº de grau de liberdade associado ao resíduo é alto quando comparado com os experimentos simples dos mesmos fatores, o que contribui para diminuir a variância residual, aumentando a precisão do experimento. Desvantagem a) Requer maior nº de unidades experimentais em relação ao experimento simples. CRP 194 – Estatística Experimental – 2011/II _____________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ Prof. Carlos Eduardo Magalhães dos Santos 99 9.3 - Tipos de efeitos avaliados em um experimento fatorial Nos experimentos fatoriais, podem ser estudados os seguintes efeitos: - Efeito Principal: é o efeito de cada fator, independente do efeito dos outros fatores; - Efeito de Interação: é o efeito simultâneo dos fatores sobre a variável em estudo. Dizemos que ocorre interação entre os fatores quando os efeitos dos níveis de um fator são modificados pelos níveis do outro fator. O efeito da interação pode ser mais facilmente compreendido por meio de gráficos. Para ilustrar o efeito da interação, considere um experimento fatorial 3x2, em que os fatores em testes são Variedade (V) e Espaçamento (E). Os tratamentos para este experimento são os seguintes: V1E1 V2E1 V3E1 V1E2 V2E2 V3E2 Suponha os seguintes resultados fictícios, para a variável altura de plantas (cm), deste experimento, nas seguintes situações: 1) Não há interação Quando não há interação as diferenças entre os resultados dos níveis de um fator são estatisticamente iguais para todos os níveis do outro fator. ] Capítulo 9 – Experimentos Fatoriais _____________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 100 2) Há interação Quando há interação as diferenças entre os níveis de um fator dependem dos níveis do outro fator. 9.4 - Quadro de tabulação de dados Uma maneira de tabular os dados de um experimento fatorial, com dois fatores A e B, com I e J níveis, respectivamente, instalados segundo o DIC, com K repetições, é fornecida a seguir: Deste quadro, pode-se tirar algumas informações que posteriormente serão úteis na análise de variância: CRP 194 – Estatística Experimental – 2011/II _____________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ Prof. Carlos Eduardo Magalhães dos Santos 101 Pode-se montar um quadro auxiliar contendo os totais de tratamentos, cujos valores são obtidos pela soma de todas as repetições para o tratamento em questão. Este quadro facilita o cálculo das somas de quadrados devido aos fatores A e B, e da interação entre eles. Para a situação citada, o quadro de totais de tratamentos é do seguinte tipo: 9.5 - Modelo estatístico Considere um experimento fatorial, com dois fatores: o fator A com I níveis e o fator B com J níveis, instalados segundo o DIC, com K repetições. O modelo estatístico para um experimento como este é: Yijk = m + αi + β j + (αβ)ij + e em que, ijk Yijk m é a média de todas as unidades experimentais para a variável em estudo; é o valor observado para a variável em estudo referente a k-ésima repetição da combinação do i-ésimo nível do