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Gabarito de Caso Concreto – Penal IV – Prof. Leonardo Paradela – 2013.1 – SEMANA 07 Avaliação A avaliação terá como premissa a resolução dos casos concretos constantes no plano de aula, ou seja, sua entrega tempestiva, participação no debate acerca do tema em sala de aula e, posterior aperfeiçoamento mediante a correção apresentada em sala pelo docente e, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudência pertinentes aos casos. Seguem, abaixo, sugestões de temas/respostas a serem abordados pelo discente ao solucionar os casos concretos propostos. Questão n.1 Sugestão de gabarito: Com o advento da Lei n.12015/2009, houve a revogação do art.224, do Código Penal, que versava sobre a presunção de violência, no caso, de menor de 14 anos e, consequentemente, a controvérsia acerca da revogação parcial da causa de aumento prevista no art. 9º, da Lei n.8072/1990, ou seja, o que concernia à presunção de violência, haja vista a tipificação do estupro de vulnerável, previsto no art.217-A, do Código Penal. A doutrina e jurisprudência têm se manifestado no sentido de deferir o reexame de pena com fulcro no disposto no art. 2°, parágrafo único, do Código Penal. Desta forma, deverá o discente analisar alguns pontos específicos da questão, mormente, no que concerne aos conflitos de Direito Intertemporal. Seguem, abaixo, algumas sugestões de tópicos a serem abordados: a) Com relação à presunção de inocência – deverá o discente identificar a revogação do art.224, do Código Penal e o novo tratamento jurídico-penal: a caracterização da vulnerabilidade e, conseqüente, descrição típica autônoma (art.217- A, do Código Penal). b)Com relação à Lei n. 8072/90 e a causa de aumento, prevista em seu art.9º: Discussão acerca da abolito criminis, face à revogação do art.224, do Código Penal. Ainda, sobre o tema, vide decisão proferida, em sede de hábeas corpus, pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul: EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL. ESTUPRO, ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR E ESTUPRO DE VULNERÁVEL. PRISÃO PREVENTIVA. MANUTENÇÃO. Colhem-se dos autos relevantes provas da materialidade e indícios da autoria em desfavor do paciente, dando conta das inúmeras práticas sexuais a que fora submetida a vítima, menor com idade entre 05 e 13 anos ao tempo dos eventos. A libertação do paciente neste momento representaria risco concreto não só à ordem pública como à própria ofendida, considerando que as violações se repetiram ao longo dos anos, sempre sob constante ameaça. Ademais, a experiência revela que, em casos de abuso praticado no âmbito familiar, é comum a existência de coação da vítima e das testemunhas, o que deve ser evitado, principalmente para resguardar o bem-estar da menor. ORDEM DENEGADA. (Habeas Corpus nº 70033386301, Sétima Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Relator: Naele Ochoa Piazzeta, Julgado em 03/12/2009). Questão 2. Letra A.
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