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SUFRÁGIO UNIVERSAL – tratase de mecanismo de controle de índole eminentemente política. Em nosso país, o sufrágio estáprevisto no art. 14 “caput” da CRFB/88, que assegura ainda o voto direto e secreto, de igual valor para todos (princípio da universalidadedo sufrágio). Constituise no direito de escolha dos representantes ede ser escolhido pelos seus pares, visando a escolha de pessoas para atuar em nome do povo, através de mandatos com períodos determinados; PLEBISCITO – é o primeiro dos instrumentos de democracia participativa posto à disposição do povo (art.14, I, da CRFB/88). Consiste na possibilidade de o eleitorado decidir uma determinada questão de relevo para os destinos da sociedade, pelo voto, com efeito vinculante para as autoridades públicas atingidas, funcionando como uma espécie de consulta popular prévia à pratica de certos atos administrativos ou legiferantes. Sua previsão e prática caracteriza a espécie de democracia semidireta, pois o povo decide diretamente, sem intermediários ou representantes; REFERENDO – o referendum também importa na participação do povo, mediante voto, mas com o fim específico de confirmar, ou não, um ato governamental. A decisão do referendo, assim como a do plebiscito, tem eficácia vinculativa, não podendo ser desrespeitada pelo administrador. É procedimento formal regulado em lei, pois a Constituição assim o determina (Lei 9709/98), o qual apresenta finalidade específica de confirmação de ato do corpo legislativo e, como o plebiscito, funciona como instrumento probatório de uma democracia semidireta. INICIATIVA POPULA – este procedimento consiste no desencadeamento do processo legiferante feito diretamente pelo povo, mediante proposição de determinado projeto de lei ou emenda constitucional apoiada e apresentada por certo número de eleitores, na forma do inciso III do art. 14 e do § 2ºdo art. 61 da CRFB/88, bem como de acordo com os preceitos da Lei 9709/98; VETO POPULAR – representado pelo prazo de 60 dias dado aos eleitores, após a aprovação de um projeto pelo Legislativo, para que requeiram sua aprovação popular; RECALL – revogação de uma eleição, por exemplo, identificada na forma dos artigos 212, 222 e 224 da Lei 4737/65 (Código Eleitoral), ou caracterizada pela revogação de mandato de legislador, por exemplo, na forma do art. 55 da CRFB/88;g) Ação popular: instrumento processual próprio da democracia participativa, estabelecido pelo inciso LXXIII, do art. 5º da CRFB/88 e regulamentado pela Lei 4717/65 (Lei da Ação Popular), onde diretamente o cidadão (eleitor) objetiva garantir a proteção da “res pública”, como forma de exercício e garantia da soberania popular. AÇÃO POPULAR - Ação que se destina a anular atos lesivos ao patrimônio de entidades públicas. O titular da ação é o cidadão, ou seja, qualquer brasileiro dotado de direitos políticos. A ação deve ser movida contra aqueles que, em nome da entidade pública prejudicada, praticaram o ato ilícito. saberjuridico.com.br SISTEMA MAJORITÁRIO - Pode ser por maioria simples, para eleições para Senadores – art. 46 da CRFB/88 - ou por maioria absoluta para eleições dos Chefes do Poder Executivo,Senadores, Presidente, Governadores, Prefeitos Senadores e juízes de Paz. Exceto nos os Municípios com menos de 200 mil eleitores – art. 29, II da CRFB/88. SISTEMA PROPORCIONAL - O sistema visa assegurar a representação de todas as ideologias políticas, mesmo as minoritárias. Neste sentido, se coaduna com o pluralismo partidário. O sistema proporcional pode ser em lista aberta ou fechada. Vagas de Parlamentares Dep. Federais e Estaduais, Distritais e Vereadores. SISTEMA MISTO - Neste sistema, cada partido apresenta uma lista fechada de candidatos para representar os Estados e um candidato por distrito. Assim, cada voto é computado de modo a eleger nominalmente o candidato do distrito e também a legenda partidária. SISTEMA DISTRITAL - Neste sistema, o território nacional é dividido em distritos e cada eleitor somente pode escolher o candidato do distrito onde tem domicílio eleitoral. Proporcional – adotado no Brasil para as eleições de Deputados Federais, Estaduais e Vereadores; Majoritário – adotado no Brasil para as eleições de Senadores da República, Chefes do Executivo e Juízes de Paz; FILIAÇÃO PARTIDÁRIA A filiação partidária é o ato pelo qual um eleitor aceita, adota o programa e passa a integrar um partido político. Esse vínculo que se estabelece entre o cidadão e o partido é condição de elegibilidade, conforme disposto no art. 14, § 1º, V, da Constituição . Nos termos do art. 16 da Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995), só pode filiar-se a partido o eleitor que estiver no pleno gozo de seus direitos políticos. Para concorrer a cargo eletivo, o eleitor deve estar filiado ao partido pelo menos um ano antes da data fixada para as eleições, conforme dispõem os arts. 18 e 20 da referida lei (vide art. 9º da Lei nº 9.504, de 1997) FIDELIDADE PARTIDÁRIA O termo fidelidade partidária, no Direito eleitoral, trata da obrigação de que um político deve ter para com seu partido, tendo por base a tese de que se no Brasil todos os candidatos a cargos eletivos precisam de partidos políticos para se eleger, eles não podem se desvincular do partido para o qual foram eleitos, sob pena de perderem o mandato. A Constituição de 1967 tratava do tema, e a lei dos partidos, de 1971, punia com a perda de mandato, o descumprimento de diretrizes ou deliberações das direções ou convenções partidárias. Desde a redemocratização do Brasil nos anos 80, a troca de partidos após a eleição foi prática corriqueira, gerando protestos em diversos setores da sociedade civil. Isso gerou durante a década de 1990 à elaboração de diversos esboços de reforma política que instituiriam a fidelidade partidária, mas que nunca saíram do papel. Porém, em 27 de março de 2007, mesmo sem uma lei formal, o TSE, respondendo a uma consulta do DEM, decidiu que o mandato pertencia ao partido, o que levou aos partidos que se sentiram prejudicados com o troca-troca a requerer a cassação do mandato dos infiéis e sua posterior substituição por seus suplentes. Em 4 de outubro de 2007, o STF estabeleceu o entendimento de que a fidelidade partidária passa a ser a norma, porém só valendo a cassação dos mandatos de parlamentares que trocaram de partido após a decisão do TSE. O Tribunal Superior Eleitoral editou a Resolução-TSE nº 22.610, de 25.10.2007, alterada pela Resolução-TSE nº 22.733, de 11.3.2008, que disciplina o processo de perda de cargo eletivo e de justificação de desfiliação partidária. De acordo com a resolução, o partido político interessado pode pedir, na Justiça Eleitoral, a decretação da perda de cargo eletivo em decorrência de desfiliação partidária sem justa causa. Conforme o § 1º do art. 1º da Resolução-TSE nº 22.610/2007, considera-se justa causa a incorporação ou fusão do partido, a criação de novo partido, a mudança substancial ou o desvio reiterado do programa partidário e a grave discriminação pessoal. Podem formular o pedido de decretação de perda do cargo eletivo o partido político interessado, o Ministério Público Eleitoral e aqueles que tiverem interesse jurídico, de acordo com a norma. O TSE é competente para processar e julgar pedido relativo a mandato federal. Nos demais casos, a competência é do Tribunal Eleitoral do respectivo estado. Princípios norteadores da propaganda Politica De acordo com a classificação de Olivar Coneglian (2006: 69 et seq.), os princípios norteadores da propaganda política são: I) Legalidade: A propaganda é regulada exclusivamente por lei federal de competência privativa da União. Toda propaganda que não é vedada pela lei é lícita. II) Generalidade Legal: A generalidade decorre da legalidade: não havendo lei específica para eleição específica, a legislação existente deve ser aplicada em todas as circunscrições eleitorais. III) Liberdade: Não havendo vedação legal, é livre a propaganda política. IV) Proibição da propaganda na pré-candidatura: Antes do términodo prazo para a escolha dos candidatos em convenção, que se dá em 5 de julho do ano do pleito, não é permitido que se faça propaganda eleitoral. Há, entretanto, a possibilidade de propaganda intrapartidária na quinzena anterior à convenção. V) Responsabilidade: Toda propaganda deve ter um responsável por ela, seja ele o beneficiado ou seu organizador. VI) Igualdade formal e proporcionalidade: Todos os candidatos e partidos políticos têm direito à propaganda, paga ou gratuita. A igualdade é formal, pois partidos com maior número de membros dispõem de mais tempo, na proporção de sua representatividade. VII) Disponibilidade: Decorrente dos princípios da liberdade e da igualdade, este princípio informa que o partido e o candidato podem dispor da propaganda, desde que lícita. VIII) Controle judicial da propaganda: A Justiça Eleitoral possui poder de polícia para controlar a propaganda.
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