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Aula 8 - Dos direitos politicos positivos

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Dos direitos políticos positivos 
I) ASPECTOS SOBRE CIRCUNSCRIÇÃO & DOMICÍLIO ELEITORAL 
 
1 - Natureza Jurídica da Circunscrição: trata-se de base física eleitoral territorial 
onde são colhidos e computados os votos nas diversas eleições. 
 
2 - Espécies de Circunscrição: nacional (União), regional (Estados e Distrito Federal) e 
local (Municípios), na forma do art. 86 da Lei 4737/65 (Código Eleitoral). 
 
 
3 - Domicílio Eleitoral (abrangência e visão conceitual): 
 
 O domicílio eleitoral não está composto pelo ânimo definitivo de permanência em 
determinado local (art. 42 da Lei 4737/65), assim, não se confunde com o domicílio civil 
(art. 70 do Código Civil). 
 
IMPORTANTE SABER QUE: 
1. o domicílio eleitoral se vincula à circunscrição eleitoral do cidadão e condiciona o 
exercício da elegibilidade nos seus três níveis, atingindo os candidatos nos diversos 
pleitos (ver art. 14, §3º da CRFB/88). 
2. o domicílio eleitoral pode ser caracterizado pela vinculação patrimonial e permite a 
escolha aos cidadãos de uma residência entre duas ou mais existentes. 
 
4 – Transferência de domicílio eleitoral e prazo mínimo para participação em 
pleito eleitoral: 
 
a) na Participação Ativa (alistamento eleitoral) o prazo deve ser superior a 150 dias (ver 
art. 91 da lei 9504/97), ou seja, realizada até o centésimo qüinquagésimo primeiro dia 
anterior às eleições; 
b) na Participação Passiva (elegibilidade) o prazo deve ser de pelo menos um ano antes 
do pleito, conforme art. 9º da Lei 9504/97. 
 
* OBSERVAÇÃO: ver art. 6º e 18 da Res. TSE nº 21538/03 que tratam da 
transferência de domicílio eleitoral (local de votação). 
 
* JURISPRUDÊNCIA DE DESTAQUE: DOMICILIO ELEITORAL: NÃO SE 
CONFUNDE COM O DOMICILIO CIVIL, A CIRCUNSTÂNCIA DE O ELEITOR RESIDIR EM 
DETERMINADO MUNICÍPIO NÃO CONSTITUIR OBSTÁCULO A QUE SE CANDIDATE EM 
OUTRA LOCALIDADE ONDE MANTÉM VÍNCULOS, NEGÓCIOS, PROPRIEDADES E 
ATIVIDADES POLÍTICOS (ACORDÃO 18124/00 – TSE). 
 
 
II) DA ALISTABILIDADE ELEITORAL (CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA) 
 
a) Visão conceitual e natureza jurídica do alistamento eleitoral: o alistamento 
representa a participação que caracteriza a capacidade eleitoral ativa, isto é, a 
possibilidade de escolha dos mandatários do povo e trata-se de procedimento 
administrativo permanente, diretamente ligado à aquisição da condição de cidadania 
que corresponde à primeira fase do processo eleitoral. 
 
NOTA IMPORTANTE: o alistamento eleitoral é um procedimento administrativo-
eleitoral que não pode ser realizados de ofício pelo juiz eleitoral. O alistamento eleitoral 
depende da iniciativa, do requerimento do nacional, conforme os requisitos legais, não 
podendo ocorrer por determinação ou “ex officio” da Justiça Eleitoral, cujo procedimento 
administrativo, instaurado perante os órgãos competentes da Justiça Eleitoral, transforma 
o nacional em eleitor, possibilitando o atingimento de suas condições e direitos políticos, 
ou seja, da sua condição de cidadania. 
 
 
b) Requisitos para o alistamento eleitoral: qualificação e inscrição eleitorais. 
 
c) Habilitação conferida pelo alistamento eleitoral: permite a participação do eleitor 
nos pleitos tanto no plano ativo quanto no plano passivo, conforme a área política 
desejada, desde que atendidas as exigências legais neste último caso. (ver artigo 71 do 
CE). O professor José Joel Cândido argumenta acerca do alistamento eleitoral que, “é 
através do alistamento, qualificando-se o indivíduo perante a Justiça Eleitoral, que se 
opera a sua inscrição no corpo eleitoral”. 
 
d) Alistabilidade e capacidade eleitoral: a alistabilidade diz respeito à capacidade 
eleitoral ativa, isto é, capacidade de ser eleitor, cuja capacidade, incluindo o alistamento 
e o voto, se manifestam de duas maneiras, conforme os incisos I e II, da §1º do Art. 
14 de nossa Constituição Republicana, como: 
 
- Obrigatório: maiores de 18 anos; 
- Facultativo: analfabetos, maiores de 70 anos e nacionais entre 16 e 18 anos; 
- Vedado: aos conscritos e aos estrangeiros. 
 
 
IMPORTANTE DESTACAR QUE: ver art. 14 a 16 da Resolução 
21.538/03 do TSE que estabelece um detalhamento maior e especial aos 
nacionais com 15 anos que em ano de eleição, respeitado o prazo legal e com 
aniversário até o dia das eleições, inclusive, poderão se alistar, bem como trata 
acerca do prazo para alistamento de brasileiro naturalizado (até um ano após a 
naturalização), obrigatoriamente. 
 
e) Principais previsões normativas sobre o alistamento eleitoral: 
 
1. Art. 14, § 1º, da CR/88 (obrigatoriedade e faculdade no alistamento e no 
voto); 
2. Art. 14, §2º, da CRFB/88 (impedimento para o alistamento eleitoral aos 
estrangeiros e conscritos); 
3. Art. 60, § 4º, inciso II, da CRFB/88 (voto como cláusula pétrea); 
4. Art. 5º a 8º e 42 a 81 da Lei 4737/65 (normas atinentes ao alistamento 
eleitoral e condições do voto); 
5. Art. 91 da Lei 9504/97 (transferências de domicílio eleitoral e de alistamento 
eleitoral); 
6. Art. 9º a 17 e 80 a 85 da Res. TSE nº 21.538/03 (procedimentos e 
condições do alistamento eleitoral); 
7. Art. 19 e 22 a 26 da Res. TSE nº 21.538/03 (tratam da segunda via de título 
de eleitor e das características do título eleitoral); 
8. Art. 32 a 47 da Res. TSE nº 21538/03 (tratam do batimento, ou seja, do 
cruzamento de informações constantes do cadastro eleitoral para se verificar 
a existência de irregularidades em inscrição eleitoral, bem como das 
chamadas coincidências, isto é, de duplicidades ou pluralidades, como 
também das formas de regularização de tais coincidências); 
9. Art. 51 a 53 da Res. TSE nº 21538/03 (tratam das restrições aos direitos 
políticos); 
10. Art. 289 da Lei 4737/65 e 55 da Res. TSE nº 21538/03 (ilícito penal); 
11. Art. 58 a 76 da Res. TSE nº 21538/03 (que tratam da chamada revisão do 
eleitorado, o qual se caracteriza pelo procedimento de cadastramento dos 
eleitores de determinada zona eleitoral, ou seja, de determinado Município, 
onde se obriga o comparecimento do eleitor à Justiça Eleitoral, sobe pena de 
cancelamento da inscrição eleitoral, como, por exemplo, ocorreu no ano de 
2004, por força das eleições daquele ano, no Município de São Gonçalo); 
12. Art. 27 e 28 da Res. TSE nº 21538/03 (trata da ampla fiscalização dos 
partidos políticos acerca do ingresso do nacional no corpo eleitoral). 
 
� NORMAS DE DESTAQUE: art. 14 da CRFB/88; art. 5º, 6º, 7º, 8º, 42 e 71 da Lei 
4737/65, art. 91 da Lei 9504/97, arts. 9º ao 17, 32, 51, 58 e 80 ao 85 da Res. 
TSE 21.538/03. 
 
f) Principais funções do alistamento eleitoral: organizar o eleitorado, declarar o 
direito de sufrágio e qualificar e inscrever o cidadão. 
 
 
 
g) Do Alistamento Eleitoral mediante processamento eletrônico de dados e 
revisão eleitoral: realizado através da inserção direta dos dados do alistando no 
sistema de processamento eletrônico de dados da Justiça Eleitoral, na forma das Leis nº 
7444/85, 9504/97 e da Res. TSE nº 21538/03. 
 
 
h) Das Condições (requisitos) para realização do alistamento eleitoral: 
 
1a) estabelecidas no art. 5º do CE: analfabeto (não recepcionado), língua nacional (índios 
podem desde que falem a língua pátria), os que estiverem privados de direitos políticos 
não podem, a norma sobre cabos e soldados não foi recepcionada; 
2a) domicílio eleitoral e transferência; ver art. 42 e 55 ao 61 da Lei 4737/65 c/c art. 91 da 
Lei 9504/97; 
3a) impedimento havendo suspensão ou perda de direitos políticos: ver art. 15 da CR/88; 
4a) pluralidade de inscrições; 
5a) falecimento do eleitor; 
6a) abstenção em três eleições seguidas (turnos), haja vista que alternados podem (ver § 
3º do art. 7º do CE); 
7a) revisão do eleitorado: ver § 4º do art. 71 do CE c/c art. 92 da Lei 9504/97 e termos da 
Res. TSE 21538/03. 
 
i) Das Possibilidades de cancelamento das inscrições eleitorais: o art. 71 da Lei 
4737/65 (CE) e conforme a Res. TSE 21.538/03, cujasnormas elencam as seguintes 
possibilidades: 
 
I) Vicio no ato do alistamento que gera nulidade. 
II) Privação de direitos políticos, com sentença judicial criminal condenatória transmitida 
em julgado (ver art. 15 /88). 
III) Pluralidade de inscrições, pois, nosso SUFRÁGIO é universal e igual. 
IV) Óbito do eleitor, ver §3º do art. 71 CE c/c 292 CE; bem como art. 88, § único da Lei de 
Registros Públicos (L. 6015/73, que trata do desaparecimento). 
V) Não-votação a três eleições consecutivas, sem caráter de sanção, pois o eleitor não 
pagou a multa nem justificou a ausência. 
 
Nota Importante: ver art. 72 e 257 do CE (tais casos não necessitam de trânsito 
em julgado, pois, os recursos eleitorais apresentam apenas efeito devolutivo e não 
suspensivo). 
 
III) DA ELEGIBILIDADE ELEITORAL (CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA) 
a) Visão conceitual: a elegibilidade representa a capacidade de ser eleito, conforme as 
condições legais exigidas para exercício de um mandato eletivo, não bastando, portanto, 
ter capacidade eleitoral ativa somente, pois, além de outros requisitos como faixa etária, 
a elegibilidade plena não incide a possibilidade de qualquer fator causador de 
inelegibilidade. 
b) Condições de elegibilidade: ver art. 14, § 3º da CRFB/88. 
 
c) Principais previsões normativas sobre elegibilidade no país: 
 
1. art. 11 da Lei 9504/97, a data da idade é da posse (ver entendimento do TSE pela 
inconstitucionalidade de tal preceito, conforme Resoluções do TSE nº 14371/94 e a de 
nº. 16468/90). 
 
2. Resoluções do TSE nº 14371/94 e nº 16468/90, bem como, a Res. TSE nº 21.538/03. 
 
 
 
OBSERVAÇÕES FINAIS 
 
Leia as principais normas que tratam das convenções partidárias e do registro de 
candidatura política-eleitoral no país, dentre as quais se destacam: 
 
� art. 86 e 90 da Lei 4737/65 (partido, registro e circunscrição); 
 
� art. 88 da Lei 4737/65 (único cargo por candidato); 
 
� início dos procedimentos via requerimento à Justiça Eleitoral (Lei 9504/97 – art. 8º 
e 9º que tratam das convenções partidárias e, principalmente, os art. 10 ao 16 que 
estabelecem as regras para registro de candidatura política); 
 
� art. 8º a 16 da Lei 9504/97, trata das convenções partidárias e dos aspectos acerca 
do registro de candidatura político-eleitoral; 
 
� AIRC – art. 2º e seguintes da LC 64/90, que trata da impugnação de registro de 
candidatura, cuja ação judicial tramita no TRE quando for caso de registro de senador, 
deputado estadual, deputado federal e governador de Estado ou Distrito Federal; no caso 
de candidatura de Presidente da República a ação tramitará no TSE e para candidaturas 
de prefeitos e vereadores tramitará nos Juízes Eleitorais.

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