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Educação Musical Educação Musical AtraAtravés do vés do TecladoTeclado
  
  
GonçalvesGonçalves, Maria , Maria de Lourdes Junqueira.de Lourdes Junqueira.
G635 G635 Educação Educação musical musical através através do do teclado teclado / / Maria Maria de de LourdesLourdes
Junqueira Junqueira Gonçalves. Gonçalves. 3. 3. ed. ed. digital, digital, modernizada modernizada e e revisada revisada porpor
Tiago Tiago Batistone Batistone e Ie Ingrid ngrid BarancosBarancoski. ki. Rio dRio de e Janeiro Janeiro : U: UNIRIO,NIRIO,
2019.2019.
v. : il.v. : il.
Conteúdo: v.1. Musicalização - Manual do professor.Conteúdo: v.1. Musicalização - Manual do professor.
ISBN: ISBN: 978-85-61066-81-9978-85-61066-81-9..
1. Música - Instrução e estudo. 2. Instrumentos de teclado -1. Música - Instrução e estudo. 2. Instrumentos de teclado -
Instrução e estudo. I. BatiInstrução e estudo. I. Batistone, Tiago. II. Barancoski, Ingrid.stone, Tiago. II. Barancoski, Ingrid.
III. Universidade Federal do Estado Rio III. Universidade Federal do Estado Rio de Janeiro.de Janeiro. CDD 780.7CDD 780.7
  
VIIVIIManual do professorManual do professor
volume 1volume 1
IntroduçãoIntrodução
Conheci a professora Maria de Lourdes Junqueira Gonçalves (1924-2015) no ano deConheci a professora Maria de Lourdes Junqueira Gonçalves (1924-2015) no ano de
2007, quando a convidei para ministrar uma palestra 2007, quando a convidei para ministrar uma palestra para os alunos da disciplina Pedagogia dopara os alunos da disciplina Pedagogia do
 piano (oferta temát piano (oferta temática de Processica de Processos de musicalos de musicalização) na UNIização) na UNIRIO. Desde a dRIO. Desde a década de 1écada de 1980 ti-980 ti-
nha curiosidade em conhecê-la, pois todos os meus amigos - nha curiosidade em conhecê-la, pois todos os meus amigos - colegas de graduação em Curitibacolegas de graduação em Curitiba
que davam aula de música - erque davam aula de música - eram entusiasmados com o seu métodoam entusiasmados com o seu método Educação musical através Educação musical através
do tecladodo teclado (ou EMaT, como será referido), escrito em coautoria com a compositora Cacilda (ou EMaT, como será referido), escrito em coautoria com a compositora Cacilda
Borges Barbosa (1914-2010) (GONÇALVES; BARBOSA, 2001, 2002, 2004, 2007a, 2007b).Borges Barbosa (1914-2010) (GONÇALVES; BARBOSA, 2001, 2002, 2004, 2007a, 2007b).
As primeiras edições do EMaT foram publicadas a partir de 1985. Logo após o lançamento,As primeiras edições do EMaT foram publicadas a partir de 1985. Logo após o lançamento,
Maria de Lourdes passou a percorrer as escolas do Brasil disseminando o material com suasMaria de Lourdes passou a percorrer as escolas do Brasil disseminando o material com suas
ideias inovadoras, trazendo a metodologia do piano em ideias inovadoras, trazendo a metodologia do piano em grupo, e aliando ensino do igrupo, e aliando ensino do instrumentonstrumento
com educação musical. com educação musical. Como nesta época eu cursava duas faculdadesComo nesta época eu cursava duas faculdades, além de cumprir estágio, além de cumprir estágio
de trabalho em outra área, não pude de trabalho em outra área, não pude participar destes seminários, o que fazia crescer ainda maisparticipar destes seminários, o que fazia crescer ainda mais
minha curiosidade.minha curiosidade.
Quando entrei para a UNIRIO em 1998 - primeiro como pesquisadora do CNPq eQuando entrei para a UNIRIO em 1998 - primeiro como pesquisadora do CNPq e
em 1999 como docente -, me dei conta que o em 1999 como docente -, me dei conta que o nome EMaT também era bastante presente nestanome EMaT também era bastante presente nesta
instituição, pois o método tinha sido em grande parte desenvolvido como projeto de pesquisainstituição, pois o método tinha sido em grande parte desenvolvido como projeto de pesquisa
no período em que Maria de Lourdes foi cedida temporariamente pela UFRJ para a UNIRIO,no período em que Maria de Lourdes foi cedida temporariamente pela UFRJ para a UNIRIO,
no início da década de 1980. O no início da década de 1980. O Professor Silvio MerhyProfessor Silvio Merhy, meu estimado colega de universidade,, meu estimado colega de universidade,
fazia parte da equipe de pesquisa junto com Maria de Lourdes e Maria José Michalski, e umfazia parte da equipe de pesquisa junto com Maria de Lourdes e Maria José Michalski, e um
outro produto do projeto foi a estruturação e criação da disciplina Harmonia de teclado pelooutro produto do projeto foi a estruturação e criação da disciplina Harmonia de teclado pelo
  
VIIIVIII
EMEMaaTT
MusicalizaçãoMusicalização
 professor Sílvio.  professor Sílvio. Esta Esta disciplina idisciplina integra ntegra até até hoje hoje as as grades grades curriculares dos curriculares dos nossos cursos nossos cursos dede
graduação em músicagraduação em música11..
Já nesta primeira visita, em 2007, Maria de Lourdes nos alertou que o ideal seria estu-Já nesta primeira visita, em 2007, Maria de Lourdes nos alertou que o ideal seria estu-
dar metodologias de ensino e também experimentá-las na prática, caso contrário dar metodologias de ensino e também experimentá-las na prática, caso contrário o entendimen-o entendimen-
to poderia ficar limitado. Pois bem, toto poderia ficar limitado. Pois bem, tomei coragem e montei um curso de extensão de piano emmei coragem e montei um curso de extensão de piano em
grupo que funcionou entre 2008 e 2012 na grupo que funcionou entre 2008 e 2012 na UNIRIO, e o EMaT estava entre UNIRIO, e o EMaT estava entre os materiais utiliza-os materiais utiliza-
dos, principalmente para o grupo de crianças até 8 anos. Os dos, principalmente para o grupo de crianças até 8 anos. Os cursistas de extensão eram alunoscursistas de extensão eram alunos
da Escola Municipal Minas Gerais, e as aulas eram ministradas por discentes da UNIRIO queda Escola Municipal Minas Gerais, e as aulas eram ministradas por discentes da UNIRIO que
tinham já cursado Pedagogia do piano. Contei também com a valiosa colaboração da Profa Liliatinham já cursado Pedagogia do piano. Contei também com a valiosa colaboração da Profa Lilia
Manfrinato Justi em 2009, então cumprindo seu estágio docente como doutoranda na área deManfrinato Justi em 2009, então cumprindo seu estágio docente como doutoranda na área de
Educação musical. Lilia trouxe uma vasta Educação musical. Lilia trouxe uma vasta experiência de ensino na utilização do experiência de ensino na utilização do método EMaTmétodo EMaT,,
e orientou os alunos da UNIRIO e orientou os alunos da UNIRIO que usavam-no para ministrar as aulas. Foram anos de muitque usavam-no para ministrar as aulas. Foram anos de muitoo
trabalho e aprendizado para toda a equipe.trabalho e aprendizado para toda a equipe.
 Na disciplina  Na disciplina Pedagogia do Pedagogia do piano e piano e no curso no curso de extensão de de extensão de píano em píano em grupo fui grupo fui co-co-
nhecendo o EMaT em detalhes, com instigantes questionamentos trazidos pelos alunos, e ob-nhecendo o EMaT em detalhes, com instigantes questionamentos trazidos pelos alunos, e ob-
servando a eficácia dos conceitos pedagógicos. Em paralelo, os volumes intituladosservando a eficácia dos conceitos pedagógicos. Em paralelo, os volumes intitulados  Manual Manual
do professor do professor  foram importantes para entender a estrutura do método e a metodologia do EPG foram importantes para entender a estrutura do método e a metodologia do EPG
(ensino de piano em (ensino de piano em grupo), como pode-se observar nesta reedição do grupo), como pode-se observar nesta reedição do primeiro volume. Alémprimeiro volume. Além
do mais, trazem conselhos práticos de dinâmica de aula, decorrente de muitos anos de expe-do mais, trazem conselhos práticos de dinâmica de aula, decorrente de muitos anos de expe-
riência didática da Professora Maria riência didática da Professora Maria de Lourdes. Adotei vários textos dos manuais como leiturade Lourdes. Adotei vários textosdos manuais como leitura
  
IX IX Manual do professorManual do professor
volume 1volume 1
obrigatória para as turmas de Pedagogia do piano, textos esses que passaram a integrar a bi-obrigatória para as turmas de Pedagogia do piano, textos esses que passaram a integrar a bi-
 bliografia  bliografia referencial da referencial da disciplina (GONÇdisciplina (GONÇALALVES, 198VES, 1985, 19875, 1987, 1988, , 1988, 1989). 1989). E gradativamE gradativamenteente
compreendi a importância do material no desenvolvimento do ensino da música no Brasil. Er-compreendi a importância do material no desenvolvimento do ensino da música no Brasil. Er-
melinda Paz sucintamente descreve o EMaT: “uma conjunção perfeita de melinda Paz sucintamente descreve o EMaT: “uma conjunção perfeita de práticas que semprepráticas que sempre
são contempladas em todas as aulas, nas quais o aluno vê, ouve, toca, canta e cria, utilizsão contempladas em todas as aulas, nas quais o aluno vê, ouve, toca, canta e cria, utilizando-seando-se
de conhecimentos já aprendidos e de novos conceitos de de conhecimentos já aprendidos e de novos conceitos de uma forma global, uma forma global, revestida de musi-revestida de musi-
calidade, extremamente prazenteira e calidade, extremamente prazenteira e agradável à criança” agradável à criança” (P(PAZ, 2013:146).AZ, 2013:146).
Depois de 2007, a Professora Maria de Lourdes nos visitou mais algumas vezes naDepois de 2007, a Professora Maria de Lourdes nos visitou mais algumas vezes na
UNIRIO, sempre despertando reflUNIRIO, sempre despertando reflexões sobre práticas de ensexões sobre práticas de ensino. ino. O EMaT foi escrito idealmen-O EMaT foi escrito idealmen-
te para a situação de te para a situação de piano em grupo (EPG), que era o piano em grupo (EPG), que era o tema central das suas falas. Num destestema central das suas falas. Num destes
encontros, em 2009, Maria de Lourdes distribuiu um texto encontros, em 2009, Maria de Lourdes distribuiu um texto escrito por ela, onde descrevendo oescrito por ela, onde descrevendo o
 professor ideal d professor ideal desta metodologia, aesta metodologia, afirmava que ele firmava que ele deveria:deveria:
saber, saber ser, saber fazer e, ainda, usando a metodologia de saber, saber ser, saber fazer e, ainda, usando a metodologia de EPG, saber ensinar aEPG, saber ensinar a
- tocar (piano, evidentemente... Nada contra tocar outro instrumento ou - tocar (piano, evidentemente... Nada contra tocar outro instrumento ou outros instrumentos);outros instrumentos);
- cantar;- cantar;
- dançar (se necessário);- dançar (se necessário);
- harmonizar (de improviso, quando necessário);- harmonizar (de improviso, quando necessário);
- transportar (idem);- transportar (idem);
- acompanhar (e criar um acompanhamento de improviso, quando necessário);- acompanhar (e criar um acompanhamento de improviso, quando necessário);
- tocar e reger e/ou dar orientação(ões) ao mesmo tempo;- tocar e reger e/ou dar orientação(ões) ao mesmo tempo;
- usar fluentemente a linguagem das durações e qualquer outro tipo de verbalização (quando- usar fluentemente a linguagem das durações e qualquer outro tipo de verbalização (quando
necessária);necessária);
- ler pelo intervalo (verbalizando);- ler pelo intervalo (verbalizando);
- improvisar e ensinar a improvisar ao piano;- improvisar e ensinar a improvisar ao piano;
- conhecer muito bem o livro-texto que vai adotar;- conhecer muito bem o livro-texto que vai adotar;
- planejar: uma aula, aulas abertas, apresentações comemorativas, de meio e de fim de ano;- planejar: uma aula, aulas abertas, apresentações comemorativas, de meio e de fim de ano;
- manter a disciplina em sala de aula (sem que isto signifique não saber sorrir ou mesmo,- manter a disciplina em sala de aula (sem que isto signifique não saber sorrir ou mesmo,
rir de qualquer acontecimento inesperado e realmente cômico que aconteça durante a aula);rir de qualquer acontecimento inesperado e realmente cômico que aconteça durante a aula);
- ensinar o comportamento de um artista, quando no palco;- ensinar o comportamento de um artista, quando no palco;
- usar corretamente os inst- usar corretamente os instrumentos da Bandinha Rítmica, bem como comportar-se como urumentos da Bandinha Rítmica, bem como comportar-se como umm
  
X X 
EMEMaaTT
MusicalizaçãoMusicalização
instrumentista dessa Bandinha;instrumentista dessa Bandinha;
- demonstrar a aprendizagem por imitação;- demonstrar a aprendizagem por imitação;
- ensinar a tocar de ouvido;- ensinar a tocar de ouvido;
- orientar a leitura verbalizada, tanto melódica quanto rítmica;- orientar a leitura verbalizada, tanto melódica quanto rítmica;
- insinuar, levando à análise fraseológica até chegar à - insinuar, levando à análise fraseológica até chegar à análise morfológica;análise morfológica;
- ensinar a memorizar uma peça;- ensinar a memorizar uma peça;
- estimular a criatividade, ensinar - estimular a criatividade, ensinar a criar e criar, ele ma criar e criar, ele mesmo;esmo;
- fazer arranjos;- fazer arranjos;
- estimular o trabalho de grupo e a execução em conjunto, com ou sem solista;- estimular o trabalho de grupo e a execução em conjunto, com ou sem solista;
- organizar e desenvolver um ensaio;- organizar e desenvolver um ensaio;
- dominar procedimentos e estratégias - dominar procedimentos e estratégias específicos do EPG (GONÇALespecíficos do EPG (GONÇALVES, 2009).VES, 2009).
Uma listagem que surpreendeu a todos. Transparece o dinamismo e a ousadia dasUma listagem que surpreendeu a todos. Transparece o dinamismo e a ousadia das
autoras do EMaT, e nos dá uma ideia da riqueza das atividades e da visão ampla de formaçãoautoras do EMaT, e nos dá uma ideia da riqueza das atividades e da visão ampla de formação
musical que norteia o trabalho.musical que norteia o trabalho.
 Na primeira década deste século, a  Na primeira década deste século, a publicação dos livros já estava esgotada a publicação dos livros já estava esgotada a muitosmuitos
anos, e Maria de Lourdes vendia os livros do EMaT em sua residência, a partir de encomen-anos, e Maria de Lourdes vendia os livros do EMaT em sua residência, a partir de encomen-
das que recebia por correio eletrônico ou por telefone. Era um processo demorado, pois oradas que recebia por correio eletrônico ou por telefone. Era um processo demorado, pois ora
ela imprimia em casa, ora se utilizava de serviços de uma copiadora - tudo sempre feito comela imprimia em casa, ora se utilizava de serviços de uma copiadora - tudo sempre feito com
muito capricho, papel de qualidade e boa impressão, inclusive com a capa em cores e papel demuito capricho, papel de qualidade e boa impressão, inclusive com a capa em cores e papel de
maior gramatura, detalhes maior gramatura, detalhes nunca dispensnunca dispensados. ados. Numa certa época MNuma certa época Maria de Lourdes tambaria de Lourdes tambémém
teve exemplares em consignação na Livraria Bossa Nova em Copacabana, e na Livraria teve exemplares em consignação na Livraria Bossa Nova em Copacabana, e na Livraria OscarOscar
Arani no centro do Rio. Arani no centro do Rio. Este cenário limitava o acesso aos livros do Este cenário limitava o acesso aos livros do EMaTEMaT, principalmente para, principalmente para
os interessados que residiam em outros estados e que não tinham os contatos da professora.os interessados que residiam em outros estados e que não tinham os contatos da professora.
Ficou ainda mais restrito depois do fFicou ainda mais restrito depois do falecimento das autoras, reduzido desde então a cópias xe-alecimento das autoras, reduzido desde então a cópias xe-
rográficas para os amigos de quem já tinha o material ou rográficas para os amigos de quem já tinha o material ou usuários de algumas bibliotecas com ousuários de algumas bibliotecas com o
EMaT no acervo, como a Biblioteca Nacional. Mesmo assim, os livros tem sido objeto EMaT no acervo, como a Biblioteca Nacional. Mesmo assim, os livros temsido objeto de váriasde várias
  
XIXIManual do professorManual do professor
volume 1volume 1
 pesquisas, e  pesquisas, e já foram tratados em já foram tratados em muitos trabalhos acmuitos trabalhos acadêmicos, artigos e adêmicos, artigos e outras publicaçõoutras publicaçõeses22..
Maria de Lourdes nunca parou de Maria de Lourdes nunca parou de pesquisar e produzir, indepenpesquisar e produzir, independente de receber ou nãodente de receber ou não
qualquer apoio. Fiquei surpresqualquer apoio. Fiquei surpresa ao saber que, na época, a ao saber que, na época, reedições recentes sereedições recentes sequer tinham sidoquer tinham sido
 publicadas por uma editora,  publicadas por uma editora, sem ter sem ter tido nenhuma divulgação: em 2002 tido nenhuma divulgação: em 2002 ela tinha finalizado ela tinha finalizado aa
segunda edição do quarto volume, Habilidades funcionais A, e em segunda edição do quarto volume, Habilidades funcionais A, e em 2004 o quinto 2004 o quinto volume, Habi-volume, Habi-
lidades funcionais B, decorrente de lidades funcionais B, decorrente de um desmembramento dos quatro volumes originais. Propusum desmembramento dos quatro volumes originais. Propus
a ela um lançamento, o que não foi aceito. Escrevi então uma ra ela um lançamento, o que não foi aceito. Escrevi então uma resenha, texto que ela mesmo re-esenha, texto que ela mesmo re-
visou, sugerindo correções e acrescentando informações importantes (BARANCOSKI, 2013).visou, sugerindo correções e acrescentando informações importantes (BARANCOSKI, 2013).
 Na  Na sua sua última última década de década de vida vida Maria Maria de de Lourdes prLourdes preparava mais eparava mais um um volume volume para para oo
EMaT, com repertório comentado para o nível intermediário, e ainda iniciava uma nova sérieEMaT, com repertório comentado para o nível intermediário, e ainda iniciava uma nova série
de ensino de piano para adultos – de ensino de piano para adultos – ambos ficaram inacabadosambos ficaram inacabados. Ela também . Ela também dava aulas semanaisdava aulas semanais
22Cito aqui alguns destes títulos:Cito aqui alguns destes títulos:
BASTOS, Maria Bernadete Berno.BASTOS, Maria Bernadete Berno. O educador e o processo de musicalização através de teclado acústico eO educador e o processo de musicalização através de teclado acústico e
eletrônico.eletrônico. Dissertação de Mestrado. CBM, Rio de Janeiro, 1999. Dissertação de Mestrado. CBM, Rio de Janeiro, 1999.
CARVALHO, Thaiane Cavalcante.CARVALHO, Thaiane Cavalcante. Aplicações práticas da  Aplicações práticas da teoria de aprendizagem de Jerome Bruner no teoria de aprendizagem de Jerome Bruner no métodométodo
 Educação  Educação Musical Musical através através do do TTeclado eclado de de Maria Maria de de Lourdes Lourdes Junqueira Junqueira Gonçalves Gonçalves e e Cacilda Cacilda Borges Borges Barbosa.Barbosa.
Monografia de Licenciatura em Música. UNIRIO, Rio de Janeiro, 2019.Monografia de Licenciatura em Música. UNIRIO, Rio de Janeiro, 2019.
DUCATTI, Regina Harder.DUCATTI, Regina Harder. A composição na  A composição na aula de piano aula de piano em grupo: uma em grupo: uma experiência com alunas experiência com alunas do curso dedo curso de
licenciatura em músicalicenciatura em música. Dissertação de . Dissertação de Mestrado. UNICAMPMestrado. UNICAMP, Campinas, 2005., Campinas, 2005.
FITTIPALDI, Valéria Prestes.FITTIPALDI, Valéria Prestes. Musicalização através  Musicalização através do teclado do teclado e as e as novas tecnologias novas tecnologias do século do século XXI.XXI. Dissertação Dissertaçãode Mestrado. UNIRIO, Rio de Janeiro, 2005.de Mestrado. UNIRIO, Rio de Janeiro, 2005.
MONTMONTANDON, Maria ANDON, Maria Isabel.Isabel. Aula de piano e ensino de música:  Aula de piano e ensino de música: análise da proposta de reavaliação da aula deanálise da proposta de reavaliação da aula de
 piano e sua  piano e sua relação com as concepções pedagógicas de relação com as concepções pedagógicas de Pace, VPace, Verhaalen e Gonçalves.erhaalen e Gonçalves. Dissertação de Mestrado. Dissertação de Mestrado.
UFRGS, Porto Alegre, 1992.UFRGS, Porto Alegre, 1992.
PPAZ, AZ, Ermelinda A.Ermelinda A. Pedagogia musical brasileira no século XX – metodologias e tendências. Pedagogia musical brasileira no século XX – metodologias e tendências. 2ª. Edição. Brasília: 2ª. Edição. Brasília:
Musimed, 2013.Musimed, 2013.
REINOSO, Ana REINOSO, Ana Paula Teixeira.Paula Teixeira. O ensino de piano em grupo em universidades públicas brasileiras.O ensino de piano em grupo em universidades públicas brasileiras. Dissertação Dissertação
de Mestrado. UNIRIO, Rio de Janeiro, 2012.de Mestrado. UNIRIO, Rio de Janeiro, 2012.
REIS, Luiz Néri Pfützenreuter Pacheco dos Reis e VREIS, Luiz Néri Pfützenreuter Pacheco dos Reis e VASCONCELOS, Lúcia de Fátima Ramos. ASCONCELOS, Lúcia de Fátima Ramos. Exercícios deExercícios de
criação na aula de piano em grupo. In:criação na aula de piano em grupo. In: XXIII Congresso da ANPPOM  XXIII Congresso da ANPPOM , 2013, Natal., 2013, Natal.
SANTOS, Aline Rodrigues dos.SANTOS, Aline Rodrigues dos. O ensino de piano em grupo no município do Rio de Janeiro.O ensino de piano em grupo no município do Rio de Janeiro. Dissertação de Dissertação de
Mestrado. UFRJ, Rio de Janeiro, 2008.Mestrado. UFRJ, Rio de Janeiro, 2008.
SILVA, Jonas Almeida Buarque e.SILVA, Jonas Almeida Buarque e. Educação musical  Educação musical e ensino e ensino de piano: de piano: estratégias para estratégias para o desenvolvimento o desenvolvimento dede
aulas de instrumento em grupo.aulas de instrumento em grupo. Monografia de Licenciatura em Música. UFRN, Natal, 2014. Monografia de Licenciatura em Música. UFRN, Natal, 2014.
  
XIIXII
EMEMaaTT
MusicalizaçãoMusicalização
gratuitas em sua casa para uma vizinha, Ana Lúcia se bem me gratuitas em sua casa para uma vizinha, Ana Lúcia se bem me recordo, colocando as ideias emrecordo, colocando as ideias em
 prática à  prática à medida qmedida que ia eue ia escrevendo screvendo o livro pao livro para adultos. ra adultos. Numa tarde Numa tarde em 2009, em 2009, ela me ela me telefonoutelefonou
 perguntan perguntando se algum aluno meu teria interesdo se algum aluno meu teria interesse em assistir estas aulasse em assistir estas aulas. O convite era irrecusá-. O convite era irrecusá-
vel e eu mesma me candidatei. Nestes encontros também discutíamos sobre questões pedagó-vel e eu mesma me candidatei. Nestes encontros também discutíamos sobre questões pedagó-
gicas, estratégias de ensino, as diferenças entre o ensino de crianças e gicas, estratégias de ensino, as diferenças entre o ensino de crianças e de adultos, relações entrede adultos, relações entre
repertório e habilidades funcionais, soluções de problemas motores, resposta da aluna, entrerepertório e habilidades funcionais, soluções de problemas motores, resposta da aluna, entre
outros. outros. Ao mesmo tempo, uma grande Ao mesmo tempo, uma grande amizade foi se desenvoamizade foi se desenvolvendo. Descolvendo. Descobri naquela se-bri naquela se-
nhora de quase 90 anos uma vitalidade intelectual invejável, uma curiosidade sagaz, um grandenhora de quase 90 anos uma vitalidade intelectual invejável, uma curiosidade sagaz, um grande
 prazer pela  prazer pela vida, além do vida, além do humor implacável e humor implacável e uma sinceridade sem uma sinceridade sem igual (que igual (que podia assustarpodia assustar
algumas pessoaalgumas pessoas). s). Passei também a ouvir muitas histórias sobre a compositora Cacilda BorPassei também a ouvir muitas histórias sobre a compositora Cacilda Borgesges
Barbosa, e sobre como elas desenvolveram juntas o trabalho que culminou na publicação doBarbosa, e sobre como elas desenvolveram juntas o trabalho que culminou na publicação do
EMaT. Segundo o que Maria de Lourdes me contou, ela se concentrava mais na estruturaçãoEMaT. Segundo o que Maria de Lourdes me contou, ela se concentrava mais na estruturação
 pedagógica dos livros, enquanto que Cacilda compunpedagógica dos livros, enquanto que Cacilda compunha as peças de acordo com os elementosha as peças de acordo com os elementos
musicais específicos de cada lição e atividade. Maria de Lourdes me incentivou a conhecermusicais específicos de cada lição e atividade. Maria de Lourdes me incentivou a conhecer
os volumes doos volumes do  Diorama Diorama para piano de Cacilda Borges Barbosa (BARBOSA, 1984), que eu para piano de Cacilda Borges Barbosa (BARBOSA, 1984), que eu
incorporei nas minhas aulas de instrumento, e osincorporei nas minhas aulas de instrumento, e os Cadernos de ritmo e somCadernos de ritmo e som (BARBOSA, 1987,(BARBOSA, 1987,
1991, 1996a, 1996b, 2001), que eram novidade para mim1991, 1996a, 1996b, 2001), que eram novidade para mim. Maria de . Maria de Lourdes demonstrava umaLourdes demonstrava uma
grande admiração por Cacilda, e em grande admiração por Cacilda, e em 2011 acom2011 acompanhei seu empenho em organizar um concertopanhei seu empenho em organizar um concerto
em homenagem à compositora na Escola de Música da UFRJ (Cacilda tinha falecido em 2010).em homenagem à compositora na Escola de Música da UFRJ (Cacilda tinha falecido em 2010).
A parceA parceria entre Maria ria entre Maria de Lourdes e Cacilda se de Lourdes e Cacilda se manteve até o ano de manteve até o ano de 2000, quando Cacilda se2000, quando Cacilda se
mudou do Rio de Janeiro para Volta Redonda. Em consideração, Maria de Lourdes manteve osmudou do Rio de Janeiro para Volta Redonda. Em consideração, Maria de Lourdes manteve os
  
XIIIXIIIManual do professorManual do professor
volume 1volume 1
dois nomes em todas as edições e reedições de EMaT posteriores a esta data, incluindo tambémdois nomes em todas as edições e reedições de EMaT posteriores a esta data, incluindo também
vários estudos dovários estudos do Diorama Diorama como repertório nos volumes quarto e quinto de Habilidades fun- como repertório nos volumes quarto e quinto de Habilidades fun-
cionais.cionais.
Maria de Lourdes acompanhava de perto as Maria de Lourdes acompanhava de perto as novas tecnologias, as novidades do merca-novas tecnologias, as novidades do merca-
do, lançamentos fonográficos e bibliográficos, agenda de concertos da do, lançamentos fonográficos e bibliográficos, agenda de concertos da cidade, e planejava criarcidade, e planejava criar
um blog sobre piano em grupo para fomentar a um blog sobre piano em grupo para fomentar a discussão sobre o assunto e incentivar a práticadiscussão sobre o assunto e incentivar a prática
no Brasil, que ela considerava ainda incipiente. Também comentava comigo que seria melhorno Brasil, que ela considerava ainda incipiente. Também comentava comigo que seria melhor
se os livros do se os livros do EMaT ficassem disponíveiEMaT ficassem disponíveis online, e chegou a s online, e chegou a me pedir opinião sobre possibili-me pedir opinião sobre possibili-
dades que ela vinha pesquisando de hospedagem em sites de partituras.dades que ela vinha pesquisando de hospedagem em sites de partituras.
Continuo a oferecer Pedagogia do piano na UNIRIO, Continuo a oferecer Pedagogia do piano na UNIRIO, em média a cada dois em média a cada dois semestres.semestres.
Além de leituras teóricas sobre pedagogia do instrumento, a apreciação de materiais didáticosAlém de leituras teóricas sobre pedagogia do instrumento, a apreciação de materiais didáticos
sempre fazem parte do conteúdo programático. Procuro variar as referências, mas o EMaT nun-sempre fazem parte do conteúdo programático. Procuro variar as referências, mas o EMaT nun-
ca deixa de estar presente. Quando ministrei a disciplina no segundo semestre de 2017, o dis-ca deixa de estar presente. Quando ministrei a disciplina no segundo semestre de 2017, o dis-
cente Tiago Batistone, entusiasmado com os livros do EMaT, ao final do semestre propôs umacente Tiago Batistone, entusiasmado com os livros do EMaT, ao final do semestre propôs uma
 pesquisa d pesquisa de iniciação e iniciação científica para científica para preparar uma preparar uma edição onlinedição online, modernizada e, modernizada e atualizadae atualizada, so-, so-
licitando a minha orientação. licitando a minha orientação. Uma excelente ideia! Mal sabia eu que TUma excelente ideia! Mal sabia eu que Tiago seria o editor ideal,iago seria o editor ideal,
trazendo uma segunda formação em arquitetura (coincidentemente eu também trago), e portrazendo uma segunda formação em arquitetura (coincidentemente eu também trago), e por
conseguinte sensibilidade desenvolvida para as questões de programação e tratamento visual.conseguinte sensibilidade desenvolvida para as questões de programação e tratamento visual.
Fernando Gonçalves, sobrinho-neto da Maria de Lourdes, gentilmente me passou os arquivosFernando Gonçalves, sobrinho-neto da Maria de Lourdes, gentilmente me passou os arquivos
dos livros em formato dos livros em formato pdf e nos deu carta pdf e nos deu carta branca para uma reedição e disponibilização online.branca para uma reedição e disponibilização online.
O projeto me levou a O projeto me levou a entrar em contato também com a família entrar em contato também com a família de Cacilda Borges Bar-de Cacilda Borges Bar-
  
XIXIVV
EMEMaaTT
MusicalizaçãoMusicalização
 bosa, e d bosa, e desenvolver esenvolver paralelamente uparalelamente um trabalho de m trabalho de resgate de sresgate de suas obras, uas obras, graças à graças à generosidadegenerosidade
da família Borges Barbosa que da família Borges Barbosa que tem nos concedido o acesso aos tem nos concedido o acesso aos arquivos da compositora. Estearquivos da compositora. Este
segundo projeto foi abraçado com o mesmo entusiasmo pelo discente Luiz Eduardo Fonseca.segundo projeto foi abraçado com o mesmo entusiasmo pelo discente Luiz Eduardo Fonseca.
As duas bolsas foram concedidas pela UNIRIO, e começamos a trabalhar em agosto de 2018As duas bolsas foram concedidas pela UNIRIO, e começamos a trabalhar em agosto de 2018
em equipe. Nos encontros de orientação, muitas histórias e conselhos da Maria de Lourdes meem equipe. Nos encontros de orientação, muitas histórias e conselhos da Maria de Lourdes me
voltaram à memória. Um que eu não esqueço: “Ingrid, a aula de música, para valer a pena, temvoltaram à memória. Um que eu não esqueço: “Ingrid, a aula de música, para valer a pena, tem
que ter alegria!”que ter alegria!”
Que esta nova edição do métodoQue esta nova edição do método Educação musical a Educação musical através do tecladotravés do teclado continue a ins- continue a ins-
 pirar au pirar aulas colas com muita m muita alegria. alegria. Muito oMuito obrigada Mbrigada Maria de aria de Lourdes Lourdes Junqueira Junqueira Gonçalves Gonçalves e Ce Cacildaacilda
Borges Barbosa!Borges Barbosa!
Ingrid BarancoskiIngrid Barancoski
Rio de Janeiro, junho de 2019Rio de Janeiro, junho de 2019
ReferênciasReferências
BARANCOSKI, Ingrid. Gonçalves, Maria de Lourdes Junqueira, e Barbosa, Cacilda Borges.BARANCOSKI, Ingrid. Gonçalves, Maria de Lourdes Junqueira, e Barbosa, Cacilda Borges.
Educação musical através do teclado – 4º. Volume – Habilidades funcionais A e 5º. VolumeEducação musical através do teclado – 4º. Volume – Habilidades funcionais A e 5º. Volume
 –Habilidades funcionais B  –Habilidades funcionais B – 1º. – 1º. 2º. 3º. 2º. 3º. e 4º. e 4º. Blocos de Blocos de atividades. Segunda edição ratividades. Segunda edição revisada eevisada e
ampliada. Rio de Janeiro: 2002 e ampliada. Rio de Janeiro: 2002 e 2004. Resenha.2004. Resenha. ClavesClaves 8, vol.1, jun 2013, p. 110-112. 8, vol.1, jun 2013, p. 110-112.
BARBOSA, Cacilda BARBOSA, Cacilda Borges.Borges. Diorama Diorama. 4 volumes. Rio de Janeiro, edição da autora, 1984.. 4 volumes. Rio de Janeiro, edição da autora, 1984.
 __________ __________.. Estudos de ritmo e  Estudos de ritmo e som - Preparatóriosom - Preparatório. 9ª. edição. Rio de Janeiro: edição da au-. 9ª. edição. Rio de Janeiro: edição da au-
tora, 1996a.tora, 1996a.
 __________ __________..  EstudosEstudos de de ritmo ritmo e e som som - - 1º.ano1º.ano. 7ª. edição. Rio de Janeiro: edição da autora,. 7ª. edição. Rio de Janeiro: edição da autora,
2001.2001.
 __________ __________..  Estudos  Estudos de de ritmo ritmo e e som som - - 2º.ano.2º.ano. 3ª. edição. Rio de Janeiro: edição da autora, 3ª. edição. Rio de Janeiro: edição da autora,
1987.1987.
 __________ __________..  Estudos  Estudos de de ritmo ritmo e e som som - - 3º.ano.3º.ano. 3ª. edição. Rio de Janeiro: edição da autora, 3ª. edição. Rio de Janeiro: edição da autora,
1991.1991.
 __________ __________..  Estudos  Estudos de de ritmo ritmo e e som som - - 4º.ano4º.ano. 2ª. edição. Rio de Janeiro: edição da autora,. 2ª. edição. Rio de Janeiro: edição da autora,
1996b.1996b.
  
XVXVManual do professorManual do professor
volume 1volume 1
GONÇALVES, Maria de Lourdes Junqueira.GONÇALVES, Maria de Lourdes Junqueira. Educação musical atravé Educação musical através do s do teclado – Manualteclado – Manual
do professor do professor . 1º. volume -. 1º. volume - Musicalização Musicalização. 2ª. edição. Rio . 2ª. edição. Rio de Janeiro: edição da autora, 1985.de Janeiro: edição da autora, 1985.
 __________ __________.. Educação musical  Educação musical através através do tdo teclado – eclado – Manual do Manual do professorprofessor.. 2º. volume - 2º. volume - Nas Nas
teclas brancasteclas brancas. 2ª. edição. Rio . 2ª. edição. Rio de Janeiro: edição da autora, 1988.de Janeiro: edição da autora, 1988.
 __________ __________.. Educação musical  Educação musical através através do tdo teclado – eclado – Manual do Manual do professorprofessor.. 3º. volume - 3º. volume - Nas Nasteclas brancas e pretas.teclas brancas e pretas. Rio de Janeiro: edição da autora, 1987. Rio de Janeiro: edição da autora, 1987.
 __________ __________.. Educação musical através do teclado – Manual d Educação musical através do teclado – Manual do professoro professor.. 4º. volume - 4º. volume - Habi- Habi-
lidades funcionaislidades funcionais. Rio de Janeiro: edição da autora, 1989.. Rio de Janeiro: edição da autora, 1989.
 __________ __________.. Material de palestra. Material de palestra. Rio de  Rio de Janeiro, 2009. ArquiJaneiro, 2009. Arquivo pessoal da autora.vo pessoal da autora.
GONÇALVES, Maria de Lourdes Junqueira e BARBOSA, Cacilda Borges.GONÇALVES, Maria de Lourdes Junqueira e BARBOSA, Cacilda Borges. Educação musical Educação musical
através do tecladoatravés do teclado.. 1º. volume - Musicalização1º. volume - Musicalização. 8ª. Edição. Rio de . 8ª. Edição. Rio de Janeiro: edição das autoras,Janeiro: edição das autoras,
2007a.2007a.
 __________ __________.. Educação  Educação musical através musical através do teclado. do teclado. 2º. volume 2º. volume - Nas - Nas teclas brancasteclas brancas. 4ª. edição.. 4ª. edição.
Rio de Janeiro: edição das Rio de Janeiro: edição das autoras, 2007b.autoras, 2007b.
 __________ __________.. Educação musical através  Educação musical através do teclado. 3º. do teclado. 3º. volume - volume - Nas teclas Nas teclas brancas e pretas.brancas e pretas.  
2ª. edição ampliada. Rio de Janeiro: edição das 2ª. edição ampliada. Rio de Janeiro: edição das autoras, 2001.autoras, 2001.
 __________ __________.. Educação musical através do teclado. 4º. volume - Habilidades funcionais  Educação musical através do teclado. 4º. volume - Habilidades funcionais AA. 2ª.. 2ª.
edição revisada e ampliada. Rio de Janeiro: edição das edição revisada e ampliada. Rio de Janeiro: edição das autoras, 2002.autoras, 2002.
 __________ __________.. Educação musical através do teclado. 5º. volume - Habilidades funcion Educação musical através do teclado. 5º. volume - Habilidades funcionais Bais B. 2ª.. 2ª.
edição revisada e ampliada. Rio de Janeiro: edição das edição revisada e ampliada. Rio de Janeiro: edição das autoras, 2004.autoras, 2004.
PPAZ, ErAZ, Ermelinda A.melinda A. Pedagogia  Pedagogia musical brasmusical brasileira no ileira no século XX século XX – – metodologias metodologias e tendênciase tendências. 2ª.. 2ª.
edição. Brasília: Musimed, 2013.edição. Brasília: Musimed, 2013.
  
XVXVII
EMEMaaTT
MusicalizaçãoMusicalização
  
XVIIXVIIManual do professorManual do professor
volume 1volume 1
PrefácioPrefácio
Esta terceira edição doEsta terceira edição do Manual  Manual do prdo professor – ofessor – 1. Musicalização1. Musicalização de autoria de Maria de de autoria de Maria de
Lourdes Junqueira Gonçalves faz parte da sérieLourdes Junqueira Gonçalves faz parte da série Educação musical através do teclado Educação musical através do teclado e, como e, como
nas edições anteriores, acompanha o livro do aluno do mesmo nível – no caso a nona ediçãonas edições anteriores, acompanha o livro do aluno do mesmo nível – no caso a nona edição
dede 1º.volume – Musicalização1º.volume – Musicalização de Maria de Lourdes Junqueira Gonçalves e Cacilda Borges de Maria de Lourdes Junqueira Gonçalves e Cacilda Borges
Barbosa (BARANCOSKI; BATISTONE, 2019). Estas duas publicações são edições digitais,Barbosa (BARANCOSKI; BATISTONE, 2019). Estas duas publicações são edições digitais,
modernizadas e modernizadas e revisadas.revisadas.
O texto foi revisado, digitalizado e formatado seguindo a premissa de fidelidade aoO texto foi revisado, digitalizado e formatado seguindo a premissa de fidelidade ao
original, com mínimas intervenções necessárias. original, com mínimas intervenções necessárias. Ampliamos o índice já Ampliamos o índice já existente, incluindo asexistente, incluindo as
 páginas de cada  páginas de cada uma das harmonizações com uma das harmonizações com os acompanhamentos para as os acompanhamentos para as peças do livro peças do livro dodo
aluno (Anexo I). Foi mantido o aluno (Anexo I). Foi mantido o uso de minúsculas/maiúsculas, sublinhauso de minúsculas/maiúsculas, sublinhado, aspas, itálico, a or-do, aspas, itálico, a or-
ganização dos parágrafos, e foram feitas ganização dos parágrafos, e foram feitas algumas poucas correções de pontuação e acentuaçãoalgumas poucas correções de pontuação e acentuação
segundo as normas ortográficas vigentes. Números de páginas do livro do aluno menciona-segundo as normas ortográficas vigentes. Números de páginas do livro do aluno menciona-
dos no texto foram atualizados segundo a nova edição digital (BARANCOSKI; BATISTONE,dos no texto foram atualizados segundo a nova edição digital (BARANCOSKI; BATISTONE,
2019). As notas de fim foram transformadas em notas de rodapé para facilitar o manuseio do2019). As notas de fim foram transformadas em notas de rodapé para facilitar o manuseio do
manual.manual.
Quanto ao conteúdo propriamente dito, inserimos comentários e informações atuali-Quanto ao conteúdo propriamente dito, inserimos comentários e informações atuali-
zadas e/ou adicionais em notas de rodapé [N. do R.], por exemplo, quanto aos equipamentoszadas e/ou adicionais em notas de rodapé [N. do R.], por exemplo, quanto aos equipamentos
necessários para aulas de piano em grupo na página 14. No Quadro 4 – Contagem silábica,necessários para aulas de piano em grupo na página 14. No Quadro 4 – Contagem silábica,
fizemos pequenas revisões na ordem e organização com o objetivo de facilitar a compreensãofizemos pequenas revisões na ordem e organização com o objetivo de facilitar a compreensão
e leitura: o e leitura: o item ‘pausas’ foi deslocado para o início e ‘anacruse’ foi tratado como um item item ‘pausas’ foi deslocado para o início e ‘anacruse’ foi tratado como um item emem
  
XVIIIXVIII
EMEMaaTT
MusicalizaçãoMusicalização
separado. Completamos alguns arcos de frase separado. Completamos alguns arcos de frase nas partituras dos acompanhamentos (Anexo I).nas partituras dos acompanhamentos (Anexo I).
 Nas duas peças onde fizemos alte Nas duas peças onde fizemos alterações na letra rações na letra (Pão quentinho e I(Pão quentinho e Imagina), incluímos a magina), incluímos a letraletra
original abaixo da partitura para informação do leitor. Um novo anexo (Anexo III) traz a bio-originalabaixo da partitura para informação do leitor. Um novo anexo (Anexo III) traz a bio-
grafia da Professora Maria de Lourdes, texto escrito por ela grafia da Professora Maria de Lourdes, texto escrito por ela e resgatado entre os arquivos do seue resgatado entre os arquivos do seu
antigo antigo site site (www(www.pianoemgrupo.mu.pianoemgrupo.mus.br).s.br).
O desenho gráfico acompanha as características gerais da edição digital do livro doO desenho gráfico acompanha as características gerais da edição digital do livro do
aluno, seguindo o mesmo sistema de cores (vermelho para este primeiro volume), e com umaaluno, seguindo o mesmo sistema de cores (vermelho para este primeiro volume), e com uma
linguagem visual modernizada. linguagem visual modernizada. A diagramaçãA diagramação foi fo foi feita em formato eita em formato retrato (como no original).retrato (como no original).
As partituras do Anexo I foram As partituras do Anexo I foram repaginadas com uma peça por página, sempre que repaginadas com uma peça por página, sempre que possível, fa-possível, fa-
cilitando a leitura e cilitando a leitura e a performance. A a performance. A paginação foi formatada para impressão em frente paginação foi formatada para impressão em frente e verso.e verso.
O manual pode ser imO manual pode ser impresso e encadernado na lateral esquerda, ou ainda trabalhado em tablets.presso e encadernado na lateral esquerda, ou ainda trabalhado em tablets.
Agradecemos:Agradecemos:
- o - o apoio do Instituto Villa-Lobos e da Pró-reitoria de apoio do Instituto Villa-Lobos e da Pró-reitoria de pós-graduação, pesqupós-graduação, pesquisa e ino-isa e ino-
vação da UNIRIO;vação da UNIRIO;
- aos professores Silvio Merhy e Ermelinda Paz que integraram conosco a mesa de- aos professores Silvio Merhy e Ermelinda Paz que integraram conosco a mesa de
debates no pré-lançamento do material, em judebates no pré-lançamento do material, em julho de 2019 na lho de 2019 na UNIRIO, fornecendo importantesUNIRIO, fornecendo importantes
informações nas suas falas sobre o desenvolvimento da sérieinformações nas suas falas sobre o desenvolvimento da série  Educação  Educação musical musical através através dodo
teclado -teclado - a tr a transcrição dos arquivos de áudio referentes a este anscrição dos arquivos de áudio referentes a este evento serão utilizados eventual-evento serão utilizados eventual-
mente como material anexo nos próximos volumes;mente como material anexo nos próximos volumes;
- aos familiares detentores de direitos autorais da professora Maria de Lourdes Jun-- aos familiares detentores de direitos autorais da professora Maria de Lourdes Jun-
queira Gonçalves na pessoa de Fernando Gonçalves, que cedeu os direitos de reedição;queira Gonçalves na pessoa de Fernando Gonçalves, que cedeu os direitos de reedição;
  
XIXIX X Manual do professorManual do professor
volume 1volume 1
- a Gustavo Fittipaldi, que nos encaminhou arquivos resgatados do antigo site sobre- a Gustavo Fittipaldi, que nos encaminhou arquivos resgatados do antigo site sobre
 piano em grupo no Brasil de autoria da professora Maria de Lourdes (incluindo a biografia do piano em grupo no Brasil de autoria da professora Maria de Lourdes (incluindo a biografia do
anexo III), que já estava fora do ar a muitos anexo III), que já estava fora do ar a muitos anos.anos.
Acreditamos na contribuição deste manual não só como aporte ao livro Acreditamos na contribuição deste manual não só como aporte ao livro do aluno, masdo aluno, mas
também como fonte bibliográfica referencial para a também como fonte bibliográfica referencial para a área de Pedagogia do piano no área de Pedagogia do piano no Brasil. De-Brasil. De-
sejamos bom proveito para sejamos bom proveito para professores, alunos e pesquisadores.professores, alunos e pesquisadores.
Tiago BatistoneTiago Batistone
Ingrid BarancoskiIngrid Barancoski
Dezembro de 2019Dezembro de 2019
ReferênciasReferências
BARANCOSKI, Ingrid e BATISTONE, Tiago, org.BARANCOSKI, Ingrid e BATISTONE, Tiago, org. Educação musical a Educação musical através do teclado – través do teclado – 1º.1º.
Volume MusicalizaçãoVolume Musicalização. BARBOSA, Cacilda Borges e GONÇALVES, Maria de Lourdes Jun-. BARBOSA, Cacilda Borges e GONÇALVES, Maria de Lourdes Jun-
queira. 9ª. edição digital, modernizada e revisada. Rio de queira. 9ª. edição digital, modernizada e revisada. Rio de Janeiro: UNIRIO, 2019. http://www.Janeiro: UNIRIO, 2019. http://www.
unirio.br/cla/ivl/publicacunirio.br/cla/ivl/publicacoes/EMAoes/EMAT1livrodoalunoFINAL.pT1livrodoalunoFINAL.pdfdf
  
ÍndiceÍndice
  
11Manual do professorManual do professor
volume 1volume 1
Educação Musical através do Teclado caracteriza-se pelo enfoque dado à correlaçãoEducação Musical através do Teclado caracteriza-se pelo enfoque dado à correlação
entre executar, criar e ouvir entre executar, criar e ouvir música, atividades que, requerendo uma diversidade de música, atividades que, requerendo uma diversidade de comporta-comporta-
mentos musicais, podem ser mentos musicais, podem ser integradas no processo ensino/aprendizagem.integradas no processo ensino/aprendizagem.
O embasamento filosófico desta linha de educação musical pode assim ser resumido:O embasamento filosófico desta linha de educação musical pode assim ser resumido:
- o talento - o talento musical é difícil musical é difícil de diagnosticar precocemente;de diagnosticar precocemente;
- a aptidão musical pode ser hierarquizada e, em seu mais alto grau, é encontrada- a aptidão musical pode ser hierarquizada e, em seu mais alto grau, é encontrada
em poucos indivíduos;em poucos indivíduos;
- a educação musical deve ser - a educação musical deve ser dada a todos, sem objetivos preconcebidos de orien-dada a todos, sem objetivos preconcebidos de orien-
tação para a profissão ou para o lazer, e sim por seu valor no enriquecimento da vidatação para a profissão ou para o lazer, e sim por seu valor no enriquecimento da vida
das pessoas e da sociedade;das pessoas e da sociedade;
- o teclado não encontra paralelo como meio capaz de oferecer tantas oportunida-- o teclado não encontra paralelo como meio capaz de oferecer tantas oportunida-
des de experimentar, perceber, compreender a expressividade da música através dedes de experimentar, perceber, compreender a expressividade da música através de
elementos dela – melodia, ritmo elementos dela – melodia, ritmo e harmonia.e harmonia.
Com tais princípios, o movimento da Educação Musical através do Teclado reconduzCom tais princípios, o movimento da Educação Musical através do Teclado reconduz
o piano à sua condição de instrumento a serviço da Música e não apenas a o piano à sua condição de instrumento a serviço da Música e não apenas a serviço do virtuose.serviço do virtuose.
Objetiva a formação da pessoa musicalmente educada, que poderá vir a ser profissional ouObjetiva a formação da pessoa musicalmente educada, que poderá vir a ser profissional ou
amador, pianista ou não. Como a melhor situação em que sua metodologia se desenvolve é a daamador, pianista ou não. Como a melhor situação em que sua metodologia se desenvolve é a da
aula em grupo, Ensino de Piano em Grupo e Educação Musical através do Teclado passaram aaula em grupo, Ensino de Piano em Grupo e Educação Musical através do Teclado passaram a
integrar um mesmo movimento.integrar um mesmo movimento.
Este movimento tem uma tradição que data da primeira década do século XIX. AsEste movimento tem uma tradição que data da primeira década do século XIX. As
ApresentaçãoApresentação
  
22
EMEMaaTT
MusicalizaçãoMusicalização
 primeiras experiências documentada primeiras experiências documentadas de ensino de s de ensino de piano em grupo são devidas a piano em grupo são devidas a J. B. LogierJ. B. Logier
(1777-1846) que chamou “novo sistema de educação musical” sua maneira de usar o teclado(1777-1846) que chamou “novo sistema de educação musical” sua maneira de usar o teclado
como meio musicalizador,em aulas em grupos de até 12 como meio musicalizador, em aulas em grupos de até 12 alunos.alunos.
Aparentemente perdido, este movimento reaparece nos EUA no início Aparentemente perdido, este movimento reaparece nos EUA no início do século XX,do século XX,
constituindo-se em renovação do ensino musical e constituindo-se em renovação do ensino musical e desenvolvendesenvolvendo metodologia bastante espe-do metodologia bastante espe-
cífica.cífica.
A expansão deste movimento a outros países atingiu o Brasil há pouco mais de umaA expansão deste movimento a outros países atingiu o Brasil há pouco mais de uma
décadadécada11..
O presente trabalho é resultado de programa de pesquisa sobre a metodologia do en-O presente trabalho é resultado de programa de pesquisa sobre a metodologia do en-
sino de piano em grupo, iniciado na UFRJ e concluído na UNI-RIOsino de piano em grupo, iniciado na UFRJ e concluído na UNI-RIO22, onde a autora obteve, onde a autora obteve
maiores oportunidades de desenvolvimento e maiores oportunidades de desenvolvimento e experimentaçãoexperimentação..
O texto musical original foi O texto musical original foi confiado à compositora e educadora musical Cacilda Bor-confiado à compositora e educadora musical Cacilda Bor-
ges Barbosa.ges Barbosa.
A obra resultou num curso básico A obra resultou num curso básico para o ensino integrado para o ensino integrado música/instrumenmúsica/instrumento, elabo-to, elabo-
rado no sentindo de levar o aluno ao desenvolvimento de sua musicalidade total, tendo o tecladorado no sentindo de levar o aluno ao desenvolvimento de sua musicalidade total, tendo o teclado
como meio musicalizadorcomo meio musicalizador. Não se . Não se limita, como no ensino tradicional do limita, como no ensino tradicional do piano, a oferecer práti-piano, a oferecer práti-
ca de técnica e repertório. Cada volume ca de técnica e repertório. Cada volume é um livro-texto que leva é um livro-texto que leva o aluno a vencer etapas, o queo aluno a vencer etapas, o que
se processa através da musicalização, da alse processa através da musicalização, da alfabetização musical, da aprendizagem de conceitosfabetização musical, da aprendizagem de conceitos
e da prática de habilidades funcionais no uso do teclado, tudo isso feito em espiral, partindo doe da prática de habilidades funcionais no uso do teclado, tudo isso feito em espiral, partindo do
teclado para a página musical, numa intimidade com o som, com o ritmo, teclado para a página musical, numa intimidade com o som, com o ritmo, com a harmonia, comcom a harmonia, com
[N. do R.]: Como este texto foi escrito nos anos 80, esta frase refere-se aos anos 70.[N. do R.]: Como este texto foi escrito nos anos 80, esta frase refere-se aos anos 70.
  
33Manual do professorManual do professor
volume 1volume 1
a transposição, sendo dada ênfase à leitura e a transposição, sendo dada ênfase à leitura e à criatividade.à criatividade.
A obra vem responder ao apelo de participantes dos Cursos de A obra vem responder ao apelo de participantes dos Cursos de Extensão para Professo-Extensão para Professo-
res de Piano promovidos pela UNIRIOres de Piano promovidos pela UNIRIO33, no sentido de , no sentido de que fosse preenchida lacuna na literaturaque fosse preenchida lacuna na literatura
didático-instrumental brasileira, dentro da linha de educação musical através do teclado.didático-instrumental brasileira, dentro da linha de educação musical através do teclado.
AgradecimentoAgradecimentos são s são devidos a:devidos a:
- Cacilda Borges Barbosa, sem cuja colaboração a obra não teria - Cacilda Borges Barbosa, sem cuja colaboração a obra não teria se concretizado.se concretizado.
- Saloméa Gandelman, Coordenadora do Curso de Música do Centro de - Saloméa Gandelman, Coordenadora do Curso de Música do Centro de Letras e ArtesLetras e Artes
da UNIRIO, pelo incentivo para da UNIRIO, pelo incentivo para que a obra fosse elaborada.que a obra fosse elaborada.
- Ao Departamento Músico-Ins- Ao Departamento Músico-Instrumental do Curso de Música trumental do Curso de Música da UNIRIO, por conce-da UNIRIO, por conce-
der, à autora, dispensa de carga horária docente para que a obra fder, à autora, dispensa de carga horária docente para que a obra fosse concluída.osse concluída.
- Professoras Alina de Lourdes Mesqueita Pereira, Daisy Lucia Gomes de Oliveira,- Professoras Alina de Lourdes Mesqueita Pereira, Daisy Lucia Gomes de Oliveira,
Denise Voigt Kallás, Lais Figueiró, Maria Bernadete Berno Bastos, Maria José Michalski, Ma-Denise Voigt Kallás, Lais Figueiró, Maria Bernadete Berno Bastos, Maria José Michalski, Ma-
ria Leda de ria Leda de Morais Chini e Morais Chini e Professor Sílvio Augusto MerhyProfessor Sílvio Augusto Merhy, pela ajuda , pela ajuda na discussão e revisãona discussão e revisão
dos originais.dos originais.
Maria de Lourdes Maria de Lourdes Junqueira GonçalvesJunqueira Gonçalves
Rio, julho de 1985Rio, julho de 1985
33[N. do R.]: A Professora Maria de Lourdes promoveu e ministrou vários cursos de extensão para professores de[N. do R.]: A Professora Maria de Lourdes promoveu e ministrou vários cursos de extensão para professores de
 piano pelo Brasil n piano pelo Brasil nas décadas de 1980 e as décadas de 1980 e 1990. No texto 1990. No texto ela se refere ela se refere ao primeiro curso rao primeiro curso realizado, que aconteceuealizado, que aconteceu
em julho de 1982 na UNIem julho de 1982 na UNIRIO, ministrado por ela, pelos professores Silvio Merhy, Maria José Michalski, e tambémRIO, ministrado por ela, pelos professores Silvio Merhy, Maria José Michalski, e também
 pela discente Jane Borges de  pela discente Jane Borges de Oliveira. Posteriormente foram rOliveira. Posteriormente foram realizados cursos também na ealizados cursos também na Universidade do ParáUniversidade do Pará
em 1985, na Escola de Música e Belas Artes do Paraná em 1986 e 1988, na cidade de em 1985, na Escola de Música e Belas Artes do Paraná em 1986 e 1988, na cidade de São João del Rey em 1987,São João del Rey em 1987,
na Escola de Música de Brasília em 1988, em Maringá (PR) em 1988 e 1991, na Universidade de Ribeirão Pretona Escola de Música de Brasília em 1988, em Maringá (PR) em 1988 e 1991, na Universidade de Ribeirão Preto
(SP) e em Toledo (PR) em 1989, na Escola de Música da UFRJ em 1992, em Montenegro (RS) em 1991, 1992 e(SP) e em Toledo (PR) em 1989, na Escola de Música da UFRJ em 1992, em Montenegro (RS) em 1991, 1992 e
1993, e no Espírito Santo em 1992 (REINOSO, 2012).1993, e no Espírito Santo em 1992 (REINOSO, 2012).
  
55Manual do professorManual do professor
volume 1volume 1
O Ensino de Piano em Grupo (doravante EPG), desde suas origens, tem sido objetoO Ensino de Piano em Grupo (doravante EPG), desde suas origens, tem sido objeto
das mais acaloradas polêmicas e contestações, encontrando, por outro lado, os mais fervorososdas mais acaloradas polêmicas e contestações, encontrando, por outro lado, os mais fervorosos
adeptos.adeptos.
J. B. Logier sofreu tremenda campanha panfletáriaJ. B. Logier sofreu tremenda campanha panfletária44 quando do lançamento do seu sis- quando do lançamento do seu sis-
tema de ensino. Mas formou escola, tendo como adeptos professores de várias partes do tema de ensino. Mas formou escola, tendo como adeptos professores de várias partes do mundo.mundo.
Calvin B. Cady, considerado o pai do EPG nos EUA, causou escândalo com suas ideiasCalvin B. Cady, considerado o pai do EPG nos EUA, causou escândalo com suas ideias
revolucionárias sobre educação musical, que deixou documentadas em duas obras: Music edu-revolucionárias sobre educação musical, que deixou documentadas em duas obras: Music edu-
cation: an outline e Music education Monophony – a second book (CADY, 1904-2015, 1913).cation: an outline e Music education Monophony – a second book (CADY, 1904-2015, 1913).
Mas foi ele quem iniciou a tradição do EPG, mantida, até os dias de hoje, no Teachers CollegeMas foi ele quem iniciou a tradiçãodo EPG, mantida, até os dias de hoje, no Teachers College
da Universidade de Columbia em Nova Iorqueda Universidade de Columbia em Nova Iorque55..
Outros exemplos poderiam ser citados. A própria tentativa da autora de implantar oOutros exemplos poderiam ser citados. A própria tentativa da autora de implantar o
EPG na Escola de Música da UFRJ, como integração ensino e pesquisa, encontrou forte resis-EPG na Escola de Música da UFRJ, como integração ensino e pesquisa, encontrou forte resis-
tência. Só com a transferência da rtência. Só com a transferência da realização da pesquisa para a UNI-RIO foi ealização da pesquisa para a UNI-RIO foi possível concluí-lapossível concluí-la
em ambiente favorávelem ambiente favorável
66
. No momento, o EPG é . No momento, o EPG é uma realidade no Curso de Música da UNI-RIO,uma realidade no Curso de Música da UNI-RIO,
44 Dentre os que atacaram Logier, podem ser citDentre os que atacaram Logier, podem ser citados:ados:
KOLLMAN, A. F. C.KOLLMAN, A. F. C. Remarks on what Mr Remarks on what Mr. J. B. Logier calls his new system of musical education.. J. B. Logier calls his new system of musical education. Londres, 1824.Londres, 1824.
MONTI, H. de.MONTI, H. de. Strictures on mr. Logier’Strictures on mr. Logier’s system s system of musical educationof musical education. Glasgow, 1817.. Glasgow, 1817.
LOGIER, J. B.LOGIER, J. B. The Logerian System of teaching music carefully surveyed, analysed and exploded, by a master,The Logerian System of teaching music carefully surveyed, analysed and exploded, by a master,
member of the Royal Society of Musicians.member of the Royal Society of Musicians. Londres, 1818. Londres, 1818.
SMART, G. et al.SMART, G. et al. An exposition of  An exposition of the musical system the musical system of Mrof Mr. Logier with . Logier with strictures on strictures on his chiroplast his chiroplast . Londres, 1818.. Londres, 1818.
aos quais Logier respondeu nos livros:aos quais Logier respondeu nos livros:
LOGIER, J. B.LOGIER, J. B. A refutation of the fall A refutation of the fallacies and misrepreseacies and misrepresentations.ntations. Londres, 1818. Londres, 1818.
LOGIER, J. B.LOGIER, J. B. An authentic account of the examination of pu An authentic account of the examination of pupils.pils. Londres, 1818.Londres, 1818.
55[N. do R.]: O EP[N. do R.]: O EPG está presente, atualmente, em praticamente todos os programas de G está presente, atualmente, em praticamente todos os programas de ensino de piano e de educaçãoensino de piano e de educação
musical nas universidades americanas, assim como nas instituições de nível musical nas universidades americanas, assim como nas instituições de nível básico e escolas de música nos EUA.básico e escolas de música nos EUA.
[N. do R.]: A professora Maria de Lourdes foi cedida [N. do R.]: A professora Maria de Lourdes foi cedida para a UNIRIO em para a UNIRIO em 1982 (REINOSO, 2012).1982 (REINOSO, 2012).
I. EnsiI. Ensino indivino individual dual ou em ou em grupo?grupo?
  
66
EMEMaaTT
MusicalizaçãoMusicalização
contando inclusive com um laboratório de pianos elétricos, o equipamento ideal para o contando inclusive com um laboratório de pianos elétricos, o equipamento ideal para o desen-desen-
volvimento de um programa de EPG volvimento de um programa de EPG numa escolanuma escola77..
Mas é necessário esclarecer que não é a Mas é necessário esclarecer que não é a situação de grupo o ponto situação de grupo o ponto mais importante domais importante do
movimento da educação musical através do teclado e sim, a metodologia que se desenvolveumovimento da educação musical através do teclado e sim, a metodologia que se desenvolveu
através do EPG.através do EPG.
A situação de grupo é mais A situação de grupo é mais dinâmica, mais econômica e, especialmente para dinâmica, mais econômica e, especialmente para crianças,crianças,
mais eficiente em termos do mais eficiente em termos do desenvolvdesenvolvimento da musicalidade, mais atraente e imento da musicalidade, mais atraente e divertida.divertida.
 No entanto, tudo o que se faz em grupo pode ser feito individualmente. Nes No entanto, tudo o que se faz em grupo pode ser feito individualmente. Neste caso, ote caso, o
 professor será ao mes professor será ao mesmo tempo mestre e colegmo tempo mestre e colega, procurando desa, procurando desempenhar o papeempenhar o papel que caberial que caberia
ao grupo, no decorrer da aula.ao grupo, no decorrer da aula.
77[N. do R.]: Este laboratório conta atualmente com um piano vertical Essenfelder acústico, um piano digital[N. do R.]: Este laboratório conta atualmente com um piano vertical Essenfelder acústico, um piano digital
YYamaha Clavinova e 12 teclados amaha Clavinova e 12 teclados Roland Juno para as Roland Juno para as aulas das disciplinas Harmonia de taulas das disciplinas Harmonia de teclado I a Ieclado I a IVV, que foi , que foi cri-cri-
ada pelo professor Silvio Merhy a partir ada pelo professor Silvio Merhy a partir da metodologia EMaT e dos conceitos do aprendizado do piano funcional.da metodologia EMaT e dos conceitos do aprendizado do piano funcional.
  
77Manual do professorManual do professor
volume 1volume 1
O jovem professor que deseje se iniciar no trabalho com crianças, em grupos, deveO jovem professor que deseje se iniciar no trabalho com crianças, em grupos, deve
considerar a importância de alguns fatores que caracterizam a considerar a importância de alguns fatores que caracterizam a metodologia do EPG.metodologia do EPG.
Os fatores considerados de maior importância para o sucesso do EPG, que serãoOs fatores considerados de maior importância para o sucesso do EPG, que serão
comentados, são:comentados, são:
- Planejamento- Planejamento
- Equipamento- Equipamento
- Procedimentos básicos de ensino- Procedimentos básicos de ensino
- Características metodológicas- Características metodológicas
III. EnsiI. Ensino de no de piano piano em grupem grupoo
PlanejamentoPlanejamento
Para o planejamento do grupo são de Para o planejamento do grupo são de considerar:considerar:
- o grau de musicalização- o grau de musicalização
- a faixa etária- a faixa etária
- o limite de vagas- o limite de vagas
- a cronometragem e f- a cronometragem e frequência das aulasrequência das aulas
Os comentários que se seguem endereçam-se à formação de grupos de crianças às quaisOs comentários que se seguem endereçam-se à formação de grupos de crianças às quais
é dedicado o 1º Vé dedicado o 1º Volume da Série Edolume da Série Educação Musical atucação Musical através do Través do Teclado (doreclado (doravante EMaT). Uavante EMaT). Umama
vez que esse volume se intitula Musicalização, as crianças que comporão o grupo não vez que esse volume se intitula Musicalização, as crianças que comporão o grupo não devem terdevem ter
tido qualquer tipo de musicalização prévia.tido qualquer tipo de musicalização prévia.
A experiência com o trabalho com grupos aconselha, como as que se evidenciaramA experiência com o trabalho com grupos aconselha, como as que se evidenciaram
A – Do grupoA – Do grupo
  
88
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MusicalizaçãoMusicalização
melhores, as seguintes faixas etárias (o melhores, as seguintes faixas etárias (o asterisco indica os grupos com maior asterisco indica os grupos com maior probabilidade deprobabilidade de
sucesso):sucesso):
- 6 anos* ou - 6 anos* ou 6/7 anos (se todos forem 6/7 anos (se todos forem alfabetizados)alfabetizados)
- 7 anos* ou 7/8 anos ou 7/9 anos- 7 anos* ou 7/8 anos ou 7/9 anos
- 8/9 anos* ou 8/10 anos- 8/9 anos* ou 8/10 anos
- 9/11 anos- 9/11 anos
O limite de O limite de vagas fica na dependência do equipamento e do espaço disponíveis, mas ovagas fica na dependência do equipamento e do espaço disponíveis, mas o
número ideal é de 4 alunos, sendo aceitável um máximo de 8 alunos por grupo.número ideal é de 4 alunos, sendo aceitável um máximo de 8 alunos por grupo.
A cronometragA cronometragem e a em e a frequência das aulas dependem da faixa etária. Com frequênciadas aulas dependem da faixa etária. Com pré-escola-pré-escola-
res, o ideal é dividir uma hora-aula duas vezes por semana. Com crianças maiores, uma hora-res, o ideal é dividir uma hora-aula duas vezes por semana. Com crianças maiores, uma hora-
-aula, uma vez por semana, é -aula, uma vez por semana, é suficiente.suficiente.
Mesmo com um cuidadoso planejamento do grupo, Mesmo com um cuidadoso planejamento do grupo, não espere ter grupos não espere ter grupos idealmenteidealmente
homogêneos em termos de personalidade, ritmo de aprendizagem ou aptidão. homogêneos em termos de personalidade, ritmo de aprendizagem ou aptidão. Este é um desafioEste é um desafio
que o professor de piano em grupo deve aceitar.que o professor de piano em grupo deve aceitar.
Procure homogeneidade em termos de interesse, grau de musicalização e faixa etáriaProcure homogeneidade em termos de interesse, grau de musicalização e faixa etária
(inclusive grau de escolaridade). Considere pré-requisitos para a formação de um grupo, na(inclusive grau de escolaridade). Considere pré-requisitos para a formação de um grupo, na
etapa de musicalização, estes três elementos, e não etapa de musicalização, estes três elementos, e não aceite alunos que não pediram para aceite alunos que não pediram para estudarestudar
música, não agrupe crianças com prévia musicalização e não-musicalizadas e ainda, não alar-música, não agrupe crianças com prévia musicalização e não-musicalizadas e ainda, não alar-
gue a faixa etária. Não agrupe adolescentes e crianças e, especialmente, não agrupe criançasgue a faixa etária. Não agrupe adolescentes e crianças e, especialmente, não agrupe crianças
alfabetizadas e alfabetizadas e não-alfabetizadasnão-alfabetizadas..
Para conseguir a satisfação destes pré-requisitos, não se limite a colher dados. Entre-Para conseguir a satisfação destes pré-requisitos, não se limite a colher dados. Entre-
viste responsáveis e crianças em viste responsáveis e crianças em separado.separado.
  
99Manual do professorManual do professor
volume 1volume 1
São de considerar:São de considerar:
- o conteúdo – para o planejamento do Curso- o conteúdo – para o planejamento do Curso
- a - a sequência – para a distribuição da matéria sequência – para a distribuição da matéria em Unidades Didáticasem Unidades Didáticas
- a distribuição das atividades – para o planejamento da aula- a distribuição das atividades – para o planejamento da aula
A série EMaT procura dar contribuição ao planejamento didático. É, aliás, uma dasA série EMaT procura dar contribuição ao planejamento didático. É, aliás, uma das
características do EPG, ter um características do EPG, ter um livro-texto que se desenvolva de acordo com livro-texto que se desenvolva de acordo com a metodologia doa metodologia do
 próprio EPG, e que  próprio EPG, e que deverá estar na deverá estar na posse de todoposse de todos os alunos ds os alunos do grupo.o grupo.
Quanto ao conteúdo, os 4 volumes de EMaTQuanto ao conteúdo, os 4 volumes de EMaT88 foram elaborados como um curso  foram elaborados como um curso básicobásico
que se propõe a levar o que se propõe a levar o aluno para prosseguir, dentro dos moldes tradicionais de ensino de pianoaluno para prosseguir, dentro dos moldes tradicionais de ensino de piano
ou de outro instrumento, ou, ou de outro instrumento, ou, simplesmente continuar usando o teclado para o lazer.simplesmente continuar usando o teclado para o lazer.
A sequência de aprendizagem, suave e regular, está orientada nos capítulos, que seA sequência de aprendizagem, suave e regular, está orientada nos capítulos, que se
apresentam como unidades didáticas. Não há qualquer intenção de estabelecer prazos paraapresentam como unidades didáticas. Não há qualquer intenção de estabelecer prazos para
cumprir cada capítulo, cabendo ao professor estimar a prontidão do grupo, para então prosse-cumprir cada capítulo, cabendo ao professor estimar a prontidão do grupo, para então prosse-
guir.guir.
Em cada capítulo há uma certa orientação para a aula. No entanto, o plano de aulaEm cada capítulo há uma certa orientação para a aula. No entanto, o plano de aula
é responsabilidade intransferível do professor, que não pode ter cerceada sua criatividade oué responsabilidade intransferível do professor, que não pode ter cerceada sua criatividade ou
minimizados seus critérios de seleção das atividades, do quanto usar em cada aula, de acordominimizados seus critérios de seleção das atividades, do quanto usar em cada aula, de acordo
com as características e necessidades do grupo e dos indivíduos que com as características e necessidades do grupo e dos indivíduos que o compõem.o compõem.
O que não pode ser ignorado é que a aula em grupo deve ser cuidadosamenteO que não pode ser ignorado é que a aula em grupo deve ser cuidadosamente
88
[N. do R.]: Posteriormente, [N. do R.]: Posteriormente, o volume 4 foi o volume 4 foi dividido em dois volumes: dividido em dois volumes: Habilidades Funcionais A Habilidades Funcionais A e Habilidadese HabilidadesFuncionais B. Sendo assim, hoje consideramos que Funcionais B. Sendo assim, hoje consideramos que o EMaT possui cinco volumes.o EMaT possui cinco volumes.
B - DidáticoB - Didático
  
1010
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MusicalizaçãoMusicalização
 planejada, s planejada, sem o que o proem o que o professor perderá o cfessor perderá o controle da turma e ontrole da turma e do próprio desenvdo próprio desenvolvimento daolvimento da
aprendizagem.aprendizagem.
 Não será supé Não será supérfluo lembrar que um rfluo lembrar que um plano de aula não plano de aula não deverá ser tão rígido deverá ser tão rígido a ponto dea ponto de
desprezar algum motivo que surja no decorrer da desprezar algum motivo que surja no decorrer da aula, muitas vezes mais válido para a aula, muitas vezes mais válido para a apren-apren-
dizagem do que a atividade que havia dizagem do que a atividade que havia sido planejada.sido planejada.
Várias atividades devem ser desenvolvidas em uma aula. A ordem e o tempo dedicadoVárias atividades devem ser desenvolvidas em uma aula. A ordem e o tempo dedicado
a cada uma delas pode e deve variar.a cada uma delas pode e deve variar.
É da metodologia do EPG ocupar-se da aprendizagem de conceitos e da prática deÉ da metodologia do EPG ocupar-se da aprendizagem de conceitos e da prática de
habilidades funcionais no uso do teclado. Há uma estreita inter-relação entre ambas. Umahabilidades funcionais no uso do teclado. Há uma estreita inter-relação entre ambas. Uma
atividade de prática de habilidade pode preparar, fixar ou avaliar a apreensão do conceito. Aatividade de prática de habilidade pode preparar, fixar ou avaliar a apreensão do conceito. A
apresentação do conceito, por sua vez, pode preceder uma ou várias atividades.apresentação do conceito, por sua vez, pode preceder uma ou várias atividades.
O quadro 1 (ver página a seguir) – O quadro 1 (ver página a seguir) – Modelo de Ficha cumulativa de aula em grupo – dáModelo de Ficha cumulativa de aula em grupo – dá
uma ideia do que pode ser uma ideia do que pode ser feito numa aula, na etapa feito numa aula, na etapa de Musicalização.de Musicalização.
 Note-se que a partir do  Note-se que a partir do item Dever de Casa constará sempre: Pedir/Cobrar. Na rotinaitem Dever de Casa constará sempre: Pedir/Cobrar. Na rotina
do trabalho didático, isto se do trabalho didático, isto se refere a diferentes tarefas que podem ou refere a diferentes tarefas que podem ou não ser usadas na mesmanão ser usadas na mesma
aula. É importante que jamais se deixe de “cobrar” o que foi pedido na aula anterior, o queaula. É importante que jamais se deixe de “cobrar” o que foi pedido na aula anterior, o que
enfraqueceria a disciplina e a noção de enfraqueceria a disciplina e a noção de responsabilidadresponsabilidade que se espera do e que se espera do aluno.aluno.
Só muito raramente deixe de Só muito raramente deixe de pedir uma Composição, pois através da atividade criativapedir uma Composição,pois através da atividade criativa
o aluno se expressa e o aluno se expressa e usa o teclado livremente, além de usa o teclado livremente, além de demonstrar o quanto realmente concei-demonstrar o quanto realmente concei-
tuou do fato musical que tuou do fato musical que lhe foi apresentado.lhe foi apresentado.
  
1111Manual do professorManual do professor
volume 1volume 1
Conceito ou prática deConceito ou prática de
habilidadeshabilidades
DDaattaa:: DDaattaa:: DDaattaa:: DDaattaa::
ConceitoConceito * * * ** * * *
PreparaçãoPreparação
ApresentaçãoApresentação
FixaçãoFixação
Estimativa da prontidãoEstimativa da prontidão
AcompanhamentoAcompanhamento
TTopografia opografia do do TTecladoeclado
TTreireino no auditiauditivovo
RitmoRitmo
LeituraLeitura
RecreaçãoRecreação
Tarefas de aulaTarefas de aula
Dever de casaDever de casa
CobrarCobrar
PedirPedir
ComposiçãoComposição
CobrarCobrar
PedirPedir
TécnicaTécnica
CobrarCobrar
PedirPedir
RepertórioRepertório
Peças novasPeças novas
PrepararPreparar
ApresentarApresentar
CobrarCobrar
PPeças aneças antigastigas
PedirPedir
CobrarCobrar
   Q   Q
  u  u  a  a
   d   d
  r  r  o  o
   1   1
  -  -
   M   M
  o  o
   d   d
  e  e
   l   l  o  o
     F   F
   i   i  c  c
   h   h
  a  a
  c  c  u  u
  m  m
  u  u   l   l  a  a
   t   t   i   i  v  v
  a  a
   d   d
  e  e
  a  a
  u  u   l   l
  a  a
  e  e
  m  m
  g  g
  r  r  u  u
  p  p
  o  o
   *   *  o  o
  r  r   d   d
  e  e  m  m
   d   d
  a  a
  a  a   t   t
   i   i  v  v
   i   i   d   d
  a  a   d   d
  e  e
  
1212
EMEMaaTT
MusicalizaçãoMusicalização
É possível trabalhar bem com duplas numa sala equipada com 1 piano, onde, comÉ possível trabalhar bem com duplas numa sala equipada com 1 piano, onde, com
menos facilidade, até 4 crianças poderão ter menos facilidade, até 4 crianças poderão ter aulas em grupo.aulas em grupo.
Teclados silenciososTeclados silenciosos99 ajudam. Em alguns momentos, são até desejáveis. Mas são um ajudam. Em alguns momentos, são até desejáveis. Mas são um
recurso, não um substituto do piano.recurso, não um substituto do piano.
A sala ideal para o EPG deve ser equipada com um mínimo de 2 pianos para grupos deA sala ideal para o EPG deve ser equipada com um mínimo de 2 pianos para grupos de
até 8 crianças, sendo 4 o número ideal quando o até 8 crianças, sendo 4 o número ideal quando o professor trabalha sem assistenteprofessor trabalha sem assistente1010, principal-, principal-
mente aquele que tem pouca prática no mente aquele que tem pouca prática no trabalho com grupos.trabalho com grupos.
O mais sofisticado equipamento a serviço do EPG é o laboratório de pianos eletrôni-O mais sofisticado equipamento a serviço do EPG é o laboratório de pianos eletrôni-
coscos1111. No entanto, não é o mais . No entanto, não é o mais aconselhávaconselhável equipamento para iniciar crianças. Com um tecla-el equipamento para iniciar crianças. Com um tecla-
99O teclado silencioso é o mais antigo equipamento requerido no EPG. A princípio foram confeccionados em pa-O teclado silencioso é o mais antigo equipamento requerido no EPG. A princípio foram confeccionados em pa-
 pelão. Mais  pelão. Mais tarde, em tarde, em madeira, com madeira, com as teclas as teclas pretas elevadas pretas elevadas e, posteriormente, e, posteriormente, em matéria em matéria plástica. plástica. A A New SchoolNew School
for Music Study, a escola de Frances Clark, um dos centros de formação de professores de maior prestígio nafor Music Study, a escola de Frances Clark, um dos centros de formação de professores de maior prestígio na
América (EUA), tem a sala de aula para crianças equipada com teclados de madeira em carteiras individuais, alémAmérica (EUA), tem a sala de aula para crianças equipada com teclados de madeira em carteiras individuais, além
de dois pianos acústicos. [N. do R.]: Com o desenvolvimento tecnológico dos instrumentos de teclado no séculode dois pianos acústicos. [N. do R.]: Com o desenvolvimento tecnológico dos instrumentos de teclado no século
XX, XX, consequente desenvolvimenconsequente desenvolvimento dos pianos eletrônicos e, principalmente, dos pianos digitais a partir da décadato dos pianos eletrônicos e, principalmente, dos pianos digitais a partir da década
de 80, os teclados mudos caíram de 80, os teclados mudos caíram gradativamente em desuso.gradativamente em desuso.
1010A forma ideal de trabalhar com grupos é aquela em que o curso de EPG para crianças funciona como laboratórioA forma ideal de trabalhar com grupos é aquela em que o curso de EPG para crianças funciona como laboratório
 pedagógico para  pedagógico para alunos alunos de de Pedagogia do Pedagogia do Piano. Piano. Neste caso, Neste caso, há há um um professor rprofessor responsável pelo esponsável pelo grupo, grupo, que que temtem
como assistentes os alunos-mestres do Curso de Pedagogia.como assistentes os alunos-mestres do Curso de Pedagogia.
1111Os primeiros pianos eletrônicos surgiram nos anos 50. Este fato veio contribuir para o aperfeiçoamen-Os primeiros pianos eletrônicos surgiram nos anos 50. Este fato veio contribuir para o aperfeiçoamen-
to do EPG, que passa a ser a forma de ensino adotada nas universidades dos EUA, tanto para iniciantesto do EPG, que passa a ser a forma de ensino adotada nas universidades dos EUA, tanto para iniciantes
adultos como crianças. O Laboratório de Pianos Eletrônicos oferece a cada aluno seu instrumento produ-adultos como crianças. O Laboratório de Pianos Eletrônicos oferece a cada aluno seu instrumento produ-
tor de som. Com o recurso de fones, os alunos podem ouvir o que tocam, em solo ou em pequenos conjun-tor de som. Com o recurso de fones, os alunos podem ouvir o que tocam, em solo ou em pequenos conjun-
tos, sem perturbar outros na classe. Retirados os fones, podem ouvir uns aos outros ou tocar em conjun-tos, sem perturbar outros na classe. Retirados os fones, podem ouvir uns aos outros ou tocar em conjun-
to. Há um monitor para o professor, que permite demonstrações para toda a classe, ou ainda, comunicaçãoto. Há um monitor para o professor, que permite demonstrações para toda a classe, ou ainda, comunicação
individual, quando os alunos estão usando os fones. Os laboratórios podem ter até 24 pianos, mas o núme-individual, quando os alunos estão usando os fones. Os laboratórios podem ter até 24 pianos, mas o núme-ro de pianos que oferece mais eficiência, no trabalho com grupos, é de 8. Além do aperfeiçoamento de ensi-ro de pianos que oferece mais eficiência, no trabalho com grupos, é de 8. Além do aperfeiçoamento de ensi-
EquipamentoEquipamento
Sob o rótulo “Recreação” inclua na aula alguma atividade dinâmica, divertida, àsSob o rótulo “Recreação” inclua na aula alguma atividade dinâmica, divertida, às
vezes canções, às vezes jogos, mas que tenha um vezes canções, às vezes jogos, mas que tenha um objetivo didático relacionado ao conceito queobjetivo didático relacionado ao conceito que
está sendo objeto da fase de aprendizagem do grupo.está sendo objeto da fase de aprendizagem do grupo.
  
1313Manual do professorManual do professor
volume 1volume 1
do sob os dedos durante todo o tempo da aula, as crianças (e os adultos também...) são tentadosdo sob os dedos durante todo o tempo da aula, as crianças (e os adultos também...) são tentados
a “batucar”, o que, a “batucar”, o que, além de dispersar a além de dispersar a atenção, perturba, evidentemente, o bom andamento dosatenção, perturba, evidentemente, o bom andamento dos
trabalhos de classe.trabalhos de classe.
Outro argumento contra o uso de pianos eletrônicos com crianças é Outro argumento contra o uso de pianos eletrônicos com crianças é relativo ao própriorelativo ao próprio
instrumento. Os teclados são muito instrumento. Os teclados são muito leves, incapazes de gradação dinâmica através do toque, leves, incapazes de gradação dinâmica através do toque, dede
extensão reduzida e com sonoridade peculiar, muito diferente da sonoridade do piano acústicoextensão reduzida

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