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Natureza, Campo e Métodos da Climatologia

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Natureza, campo e métodos da 
climatologia
Apresentação
Clima e tempo são conceitos relacionados à Climatologia. Entender o tempo de uma determinada 
região é entender o comportamento da atmosfera em diferentes intervalos de tempo, somando a 
ação de diversas variáveis atmosféricas, como a chuva, o sol e o vento, em um limitado e curto 
período de tempo. Já o clima de uma região equivale ao comportamento médio da atmosfera por 
um longo período de tempo (meses ou anos). Em resumo, ao nos referirmos, por exemplo, a um dia 
chuvoso logo ao amanhecer, devemos dizer que o tempo, e não o clima, está chuvoso. 
Antigamente, o estudo do clima e do tempo era restrito a quem trabalhava diretamente com o 
assunto, ou a quem planejasse viagens de férias e quisesse saber sobre as condições climáticas dos 
seus destinos. Hoje, assuntos relacionados ao clima e ao tempo estão diariamente nas páginas dos 
jornais, na televisão e, também, no cinema. Após a difusão do tema aquecimento global na mídia, o 
assunto tornou-se tão popular a ponto de permear as conversas cotidianas.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre a evolução da ciência meteorológica em 
paralelo à evolução do homem. Ainda, você vai identificar os métodos de análise climatológica e vai 
entender a relação dessa importante ciência com a Geografia. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever as principais teorias da Climatologia e as origens dos estudos climáticos no Brasil.•
Identificar os métodos de análise climatológica mais usados no Brasil.•
Definir a relação entre a Climatologia e a Geografia.•
Desafio
Exitem diferentes tipos de climas, ou tipos climáticos, na superfície terrestre. O reconhecimento da 
existência de um sistema climático global é um dos mais importantes resultados do trabalho 
realizado na segunda metade do século XX. Cada região do planeta tem seu próprio clima devido a 
fatores climáticos como massas de ar, relevo, temperatura, umidade e, até, tipo de vegetação, os 
quais podem interferir ou modificar as condições climáticas.
Eduarda e Raquel eram colegas de trabalho, quando Raquel recebeu uma oferta para trabalhar em 
outro estado, a uma distância de mais de 2.000km. Após um tempo, Raquel voltou para visitar a 
família e reencontrou Eduarda. A seguir, veja um trecho da conversa entre elas.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Com base no diálogo, responda, justificando suas respostas:
1. Os tipos de climas encontrados nas regiões onde Eduarda e Raquel moram são considerados 
mesoclimas, macroclimas ou microclimas?
2. Quais são os tipos de climas das cidades onde Eduarda e Raquel moram?
3. Qual o modelo de classificação climática utilizado para classificar o clima em território nacional?
Infográfico
O interesse do homem em compreender a atmosfera terrestre vem de épocas muito remotas. 
Inicialmente, condições como ventos, relâmpagos e tempestades eram explicadas pela ações de 
divindades. O desenvolvimento do conhecimento científico proporcionou a compreensão cada vez 
maior das características reais da atmosfera terrestre. Assim, com o avanço dos conhecimentos do 
homem, surgiu a Climatologia, ciência que estuda os padrões de comportamento da atmosfera em 
um longo período de tempo.
A seguir, no Infográfico, veja mais informações sobre a Climatologia.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/52b0e0c2-c1f0-4563-a643-d0470e365d08/61c8111e-3436-4461-b2aa-cf462e63f5f1.jpg
Conteúdo do livro
Conhecer a atmosfera da Terra é um objetivo buscado pela humanidade desde tempos remotos. O 
homem produz e registra o conhecimento sobre os componentes da natureza desde quando 
primeiro tomou consciência da interdependência entre as condições climáticas naturais e aquelas 
resultantes da sua intervenção.
No capítulo Natureza, campo e métodos da climatologia, da obra Climatologia, você vai 
compreender melhor os conceitos relacionados à Climatologia, sua evolução histórica e sua relação 
com a Geografia.
Boa leitura.
CLIMATOLOGIA
Ronei Tiago Stein
Natureza, campo e 
métodos da climatologia
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Descrever as principais teorias da climatologia e as origens dos estudos 
climáticos no Brasil.
  Identificar os métodos de análise climatológica mais usados no Brasil.
  Definir a relação da climatologia com a ciência geográfica.
Introdução
Para que serve a climatologia? O clima e os eventos meteorológicos 
interferem nas atividades humanas, como a agricultura, a gestão de 
recursos hídricos e a segurança do próprio homem. Assim, ao longo de 
sua evolução, o Homo sapiens foi acumulando conhecimento prático 
sobre meteorologia, permitindo compreender melhor como os diferentes 
fenômenos meteorológicos ocorrem.
Estes fenômenos são estudados tanto pela meteorologia como pela 
climatologia; porém, existe uma diferença entre ambas. Costuma-se definir 
meteorologia como a ciência da atmosfera, relacionada ao seu estado 
físico e a seus fenômenos, principalmente para a previsão do tempo. A 
climatologia, como subdivisão da geografia física, preocupa-se mais em 
estudar a evolução dos fenômenos atmosféricos e sua especialização, 
ou seja, trata do estudo geográfico dos climas.
Neste capítulo, iremos entender como ocorreu o avanço da 
climatologia ao longo da história do homem, tanto em nível mundial 
quanto em nível nacional. Iremos estudar também como a climatologia 
foi dividida (métodos climatográficos) e qual a relação desta importante 
ciência com a geografia.
Os estudos climáticos no mundo
Conhecer a atmosfera do planeta Terra é uma aspiração perseguida pela 
humanidade desde os tempos mais remotos. Sabemos que o clima de qualquer 
lugar consiste na síntese de todos seus elementos, determinada pela interação dos 
controles e dos processos climáticos (como temperatura, umidade, direção dos 
ventos, dentre outros). Assim, existe uma rica variedade de climas ou de tipos 
climáticos sobre a superfície do planeta. Os elementos climáticos se apresentam 
das mais variadas maneiras na superfície da Terra, e desta forma, difi cilmente 
encontraremos dois lugares no mundo que tenham o clima exatamente igual.
Nos primórdios da humanidade, porém, o conhecimento sobre a atmosfera 
era extremamente pobre. Atribuía-se os fenômenos atmosféricos aos caprichos 
de deuses. Por milênios, raios, trovões, chuvas torrenciais, secas, dentre outros 
fatores, eram foram como entidades mitológicas em si ou a elas relacionados.
Com o passar dos anos, o homem começou a adquirir maior conhecimento 
e a buscar explicações lógicas para os fenômenos naturais. O regime de cheias 
do rio Nilo, por exemplo, levou os egípcios a refletir sobre possíveis elementos 
atmosféricos, como a chuva, como sendo responsável pela fertilidade dos 
solos de várzeas do rio. Porém, o que ocorre realmente é que as águas do rio 
levam consigo sedimentos de outros locais, e ao sair do seu leito normal, estes 
sedimentos são depositados, fertilizando o solo.
O rio Nilo é um dos maiores rios do mundo, estendendo-se por aproximadamente 6.650 
km. De vital importância histórica, principalmente para o Egito Antigo, fez com que 
este povo desenvolvesse diferentes técnicas de pesca e agricultura. Nos períodos de 
chuva, o rio transbordava, deixando o solo fértil e apropriado para o desenvolvimento 
de diferentes culturas agrícolas em suas margens.
Mas apesar dos avanços no Egito, os gregos são considerados pioneiros na 
produção de conhecimentos e registro de fenômenos atmosféricos, observando 
diferenças locais ao navegarem pelo mar Mediterrâneo (MENDONÇA; DANNI-
OLIVEIRA, 2007). Na verdade, muitos princípios que regem o conhecimento 
sobre a atmosfera, e que até hoje são utilizados, surgiram nesta época. Exemplo 
disso é a divisão do planeta em zonasTórrida, Temperada e Fria.
Natureza, campo e métodos da climatologia2
Os gregos acreditavam que a origem da vida estava ligada à atmosfera, e algumas 
obras e pesquisadores que seguiam essa crença ficaram mundialmente conhecidos, 
como Hipócrates, que escreveu a obra Ares, águas e lugares (em 400 a.C.), e Aristóteles, 
que escreveu a obra intitulada Meteorológica (em 350 a.C.).
Com o domínio dos romanos sobre os gregos, houve uma grande perda na 
produção intelectual, não apenas em relação ao estudo meteorológico, mas 
de outras áreas também. Isso ocorreu porque os romanos, diferentemente dos 
gregos, tinham como objetivo a expansão do império.
Quando a Igreja Católica começou a impor o cristianismo como religião 
ocidental em diferentes partes do mundo, os estudos de compreensão da 
natureza foram praticamente nulos, pois a igreja proibia esta prática, impondo 
que Deus criou a Terra. Logo, qualquer estudo era visto como uma afronta 
pelos líderes religiosos, e os envolvidos deviam ser cruelmente castigados ou 
mesmo mortos, além de toda produção e registros acabarem sendo queimados. 
Este obscurantismo religioso medieval levou a ciência a uma estagnação de 
aproximadamente mil anos.
Com os movimentos do Renascimento, as preocupações com a atmosfera 
foram retomadas, visando desvendar seu funcionamento. Após este período, 
os saltos foram cada vez mais rápidos e intensos, pois o conhecimento 
sistemático e detalhado da natureza era imperativo ante a necessidade de 
expansão capitalista, principalmente com o advento da Revolução Industrial.
O Renascimento teve grande interesse na matemática e nas ciências da natureza. 
Foi um movimento cultural, econômico e político que surgiu na Itália do século XIV, 
estendendo- se por toda a Europa até o século XVII. 
Inspirado nos valores da Antiguidade Clássica, resultou na reformulação total da 
vida medieval, dando início à Idade Moderna (DIANA, 2018).
3Natureza, campo e métodos da climatologia
Com o passar dos séculos, a agricultura começou a se transformar, exigindo 
cada vez mais conhecimento sobre o clima. Isso ocorreu principalmente após 
a Revolução Industrial, pois com o aumento populacional, era necessária 
produção em grande escala. O aprimoramento desse conhecimento foi mais 
marcante durante as duas guerras mundiais, no século XX, pela importância 
do monitoramento da dinâmica atmosférica para a preparação de ataque e 
defesa das tropas.
Nos últimos cem anos, a evolução do conhecimento a respeito do clima foi 
enorme. No período pós-guerra, foram inventados inúmeros aparelhos para 
mensuração dos elementos atmosféricos com maior confiabilidade. Exemplo 
disso foi o lançamento de satélites meteorológicos a partir da década de 1960, 
que possibilitou o monitoramento minuto a minuto das condições atmosféricas, 
tanto em escala regional quanto planetária.
Com o aumento da velocidade do sistema de comunicação planetária 
possibilitado pela Internet, principalmente a partir da década de 1990, 
inaugurou-se um período de intensa circulação de informações, o que facilita a 
difusão de dados meteorológicos e climáticos. Este fácil acesso a informações, 
além de possibilitar um conhecimento mais dinâmico sobre a atmosfera, 
contribuiu para a elaboração de pesquisas, popularizando a climatologia. A 
climatologia é uma subdivisão da Geografia Física que se preocupa em estudar 
a evolução dos fenômenos atmosféricos e sua espacialização, ou seja, trata do 
estudo geográfico dos climas (STEINKE, 2012).
Até a segunda metade do século XX, a abrangência do efeito do clima nas 
condições do planeta era limitada aos índices de temperatura em superfície. 
Com a utilização de satélites e aeronaves, a identificação dos fenômenos via 
mapeamento das temperaturas de áreas urbanas em relação a outros lugares 
do mundo foi facilitada. Nesse período, começou um novo campo de estudo 
sobre áreas tropicais (ASSIS, 2005).
Estudos climáticos em território nacional
O Brasil é considerado um país tropical, e o conhecimento científi co sobre a 
zona tropical do planeta foi iniciado muito tardiamente, devido à colonização, 
em comparação à zona temperada, área onde se encontram os países de mais 
expressivo desenvolvimento socioeconômico. Até meados dos anos 1970, os 
elementos atmosféricos no Brasil eram observados e mensurados por aparelhos 
fabricados nos países da zona temperada e aferidos para nossa realidade. Além 
disso, as bases teóricas utilizadas para explicar os fenômenos atmosféricos tropicais 
e seu dinamismo tinham como foco original a zona temperada, provocando erros.
Natureza, campo e métodos da climatologia4
Atualmente, encontram-se em território nacional mais de 400 estações meteorológicas, 
as quais são administradas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Os dados 
coletados (precipitação, ventos, umidade relativa do ar, pressão, etc.) são enviados 
para a sede da entidade, localizada em Brasília, que, por sua vez, envia estes dados 
por satélite para todo o mundo (PREVISÃO..., 2019).
Não existe um marco exato e definitivo na história brasileira para o início 
dos estudos climáticos. Talvez o marco inicial, porém, tenha sido 1827, ano 
em que foi criado do Observatório Astronômico Imperial do Rio de Janeiro. 
Foi neste local que tiveram início os trabalhos científicos que proporcionaram 
o surgimento da climatologia no Brasil (SANT’ANNA NETO, 2001). 
A partir desse momento, começam a surgir vários estudos climáticos. Em 
meados da década de 1930, a abordagem do clima segundo a dinâmica das 
massas de ar ganhou importância entre alguns estudiosos. Em 1942, Adalberto 
Serra e Leandro Ratisbona publicaram a obra titulada Massas de ar na América 
do Sul, marco inicial para a compreensão da dinâmica atmosférica do continente 
sul-americano (MENDONÇA; DANNI-OLIVEIRA, 2007).
Estes mesmos autores mencionam que a climatologia brasileira também 
foi impulsionada na década de 1940, com a fundação do Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística (IBGE). Em 1950, observa-se o deslocamento dos 
estudos climáticos, até então voltados ao Sudeste brasileiro, para as regiões 
Nordeste e Centro-Oeste do país. Com a evolução do sistema produtivo, a 
intensificação da urbanização e maior preocupação com questões ambientais, os 
problemas sociais derivados da degradação da qualidade de vida e do ambiente 
tornaram-se mais evidentes. Este contexto, evidenciado principalmente pelos 
movimentos socioambientais de 1970 e 1970, exigiu dos climatologistas uma 
maior participação, fazendo com que o clima passasse a ser abordado de um 
ponto de vista mais holístico, ou seja, o ambiente climático como um todo.
No Brasil, a análise rítmica é o método mais adotado e o mais detalhado 
para análise da climatologia geográfica. Este método foi proposto pelo 
geógrafo Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro (um dos principais geógrafos 
e climatologistas brasileiros), e nele os elementos do clima são analisados 
diariamente ao longo do ano. Desta forma, é possível entender e comparar os 
dados recém-obtidos com os de outros anos, verificando possíveis alterações 
5Natureza, campo e métodos da climatologia
climáticas. Nesse sentido, Almeida (2007) menciona que, dentre outros 
elementos, podem ser analisados:
  Temperatura: traduz a sensação de calor ou frio experimentada 
pelo corpo humano. Os instrumentos utilizados para determinar a 
temperatura são denominados termômetros e baseiam-se no princípio 
de que muitas substâncias se dilatam quando submetidas a uma elevação 
da temperatura.
  Umidade atmosférica: quantidade de vapor d’água existente na 
atmosfera.
  Precipitação: água em forma de gotículas ou cristais de gelo que provém 
da atmosfera e atinge a Terra, podendo ocorrer em forma de chuva, 
chuvisco, neve, granizo, geada, dentre outros. O método mais simples 
de medir a precipitação é por meio de um udômetro (ou pluviômetro).
  Vento: A direção do vento é determinada por aparelhos denominados 
cata-ventos e a sua velocidade por meio de anemômetros.A aplicação de novos equipamentos e novas tecnologias, como o uso de imagens 
de radar e satélites, promoveu avanços na climatologia brasileira, principalmente nos 
últimos 20 anos.
Métodos de análise climatológica mais 
utilizados
O estudo dos fenômenos atmosféricos é realizado pela meteorologia e pela 
climatologia. A climatologia baseia-se nos estudos da meteorologia, ciência 
que estuda a atmosfera e seus fenômenos, visando realizar o registro e a 
medição destes fenômenos com a fi nalidade de determinar as condições físicas 
sob as quais foram produzidos. De acordo com Barros e Zavattini (2009), a 
meteorologia está dividida em duas:
Natureza, campo e métodos da climatologia6
1. Meteorologia tradicional (também denominada de meteorologia 
analítico-separativa ou de análise rítmica): estuda os elementos 
atmosféricos de forma isolada. 
2. Meteorologia dinâmica: considera todos os elementos do meio 
atmosférico, e por isso atende melhor às necessidades da Geografia, 
ciência que se interessa mais pelas combinações do que por fatos 
isolados.
Conforme veremos a seguir, a climatologia encontra-se dentro do campo 
da Geografia Física, tendo como objeto de estudo os fenômenos da atmosfera 
em contato com a superfície terrestre e sua distribuição espacial. Dessa forma, 
também está relacionada com outras áreas da Geografia Física e da Geografia 
Humana.
No mundo, atualmente são considerados cinco modelos de classificação 
climática: Köppen, Thornthwaite, Strahler, Flohn e Budyko. Porém, entre 
os mais utilizados destacam-se o de Köppen e o de Strahler. O modelo de 
classificação climática feito por Kö ppen no ano de 1918 é relativamente simples 
e muito popular. Atualmente, mesmo depois de décadas, continua sendo 
adotado integralmente ou em uma de suas adaptações. Entretanto, isto não 
quer dizer que o modelo seja perfeito, até́ por ser muito antigo e desconsiderar 
a dinâmica das massas de ar, levando-o a não ser bem aceito pelos estudiosos 
atualmente (TORRES; MACHADO, 2011). 
Vladimir Köppen (1846-1940) foi um importante climatologista e meteorologista, 
sendo considerado o precursor da ciência meteorológica do mundo moderno, cujas 
descobertas influenciaram profundamente os rumos das ciências da atmosfera por 
todo o planeta.
Conforme menciona Ayoade (1996), Vladimir Köppen adota a climatologia 
tradicional, que é chamada de analítica. pois, para classificar os diferentes tipos 
de clima, considera separadamente os principais elementos que os caracterizam, 
isto é, temperaturas e chuvas. Desta forma, Köppen definiu letras maiúsculas 
para representar os cinco principais grupos climáticos 1a letra: A: tropicais 
7Natureza, campo e métodos da climatologia
úmidos; B: secos; C: climas mesotérmicos (temperados) úmidos e subúmidos; 
D: climas microtérmicos (frios) úmidos; E: climas polares (gelados).
Os subgrupos são diferenciados segundo a quantidade de chuvas (exceto 
nos climas polares) e são representados por letras minúsculas e algumas 
maiúsculas, conforme pode ser observado no Quadro 1.
 Fonte: Adaptado de Almeida e Rigolin (2002). 
Chuvas (2a letra)
Minúsculas Maiúsculas
f- sempre úmido S- Estepe
m- monçônico W- desértico
s- chuvas de inverno T- tundra
w- chuvas de verão F- gelo perpétuo
w’- chuvas de verão e de outono H- montanha
 Quadro 1. Subgrupos de acordo com a quantidade de chuvas 
As subdivisões são definidas pela temperatura (3a letra) e são representadas 
sempre com letras minúsculas, onde: a: verão quente; b: verão brando; c: frio; 
d: muito frio; h: quente; k: menos quente. Já para definir os principais tipos 
de clima, as letras devem ser combinadas conforme as características das 
regiões estudadas. Porém, apenas algumas combinações são possíveis, como 
ilustra o Quadro 2.
 Fonte: Adaptado de Almeida e Rigolin (2002). 
A B C D E
f
m
w-w’
W
S
--
s
w
f
s
w
f
T
F
H
--
--
--
--
h
k
a
b
c
--
a
b
c
d
--
--
--
--
 Quadro 2. Formas para definir os principais tipos de clima. 
Natureza, campo e métodos da climatologia8
A partir da combinação de grupos e subgrupos, temos os tipos de clima 
básicos, conforme Quadro 3.
 Fonte: Adaptado de Almeida e Rigolin (2002). 
Climas
Símbolos dos 
principais tipos
Características principais
A
Tropicais 
úmidos
Af Quente e úmido durante todo o ano
Aw Tropical típico, com uma estação 
úmida (verão) e outra seca (inverno)
B 
Desérticos
BS Poucas chuvas e verões quentes
BW Clima muito seco, com menos de 
400 mm de precipitações anuais
C
Mesotérmicos 
úmidos
Cw Temperado úmido, com 
chuvas de verão
Cs Temperado úmido, com 
chuvas de inverno
Cf Temperado úmido, sem estação seca
D
Microtérmicos 
úmidos
DF Inverno úmido e neve
Dw Inverno seco e neve
E 
Polares ou frios
ET Temperatura do mês mais quente 
inferior a 10ºC e superior a 0ºC
EF Todos os meses com temperaturas 
inferiores a 0ºC. Neves eternas
H
Montanha
-- Depende do fator altitude. Não 
importa a latitude em que a 
montanha esteja situada
 Quadro 3. Principais tipos climáticos na classificação de Köppen 
Em se tratando especificamente do Brasil, três macroclimas são encontrados: 
equatorial, tropical (semiárido, altitude e oceânico) e subtropical. Köppen 
definiu cinco tipos de climas, tomando por base a temperatura, a precipitação e 
a distribuição de valores de temperatura durante as estações do ano. O Quadro 
4 apresenta um resumo da classificação climática de Köppen para o Brasil.
9Natureza, campo e métodos da climatologia
 Fonte: Adaptado de Almeida (2007). 
Denominação Área de ocorrência Características principais
Am (equatorial) Maior parte da 
Amazônia
Temperaturas elevadas: 
médias entre 25ºC e 
27ºC. Pluviosidade 
elevada: médias de 
1.500 a 2.500 mm/ano
Aw (tropical) Brasil central, parte de 
Minas Gerais e Bahia
Temperatura média entre 
19ºC e 28ºC, pluviosidade 
média inferior a 2.000 
mm/ano. Duas estações 
bem definidas: o verão 
(chuvoso) e o inverno (seco)
Bsh (semiárido) Sertão nordestino Médias anuais térmicas 
superiores a 25ºC. 
Pluviosidade média anual 
inferior a 1.000 mm/ano 
com chuvas irregulares
Cwa (tropical 
de altitude)
Partes do Sudeste e sul 
do Mato Grosso do Sul
Médias térmicas entre 
19ºC e 27ºC. Pluviosidade 
média de 1.500 mm/
ano; chuvas de verão
Cf (subtropical) Sul do país Médias térmicas entre 
17ºC e 19ºC. Pluviosidade 
média de 1.500 mm/ano; 
chuvas bem distribuídas. 
Apresenta quatro estações 
do ano bem definidas
 Quadro 4. Classificação climática de Köppen para o Brasil 
Já no modelo de classificação de Strahler, os critérios usados são as 
características das massas de ar predominantes e de precipitação. Desta forma, 
trata-se uma classificação mais dinâmica, sendo o modelo mais utilizado atual-
mente (AYOADE, 1996; ALMEIDA; RIGOLIN, 2002). Strahler classificou os 
climas do planeta em três tipos principais, os quais são apresentados na Figura 1.
Natureza, campo e métodos da climatologia10
Figura 1. Classificação climática de Strahler. 
Fonte: Kundra/Shutterstock.com.
Climas das latitudes altas
Climas das
latitudes médias
Climas das
latitudes médias
Climas das latitudes altas
Climas das
latitudes baixas
1. Clima das latitudes baixas: regulado por massas de ar equatoriais e 
tropicais. Engloba os climas controlados pela dinâmica subtropical das 
células de alta pressão ou anticiclonais, fonte das massas de ar tropicais, 
e pela baixa equatorial situada entre elas, onde o ar convergente está 
em constante ascensão, originando a Convergência Intertropical (CIT);
2. Clima das latitudes médias: controlado por massas de ar tropicais e 
polares, inclui os climas situados na zona de intensa interação entre as 
massas tropicais que se movem em direção aos polos e as massas polares 
que se deslocam em direção ao equador, dando origem à frente polar. 
3. Clima das latitudes altas: controlado por massas de ar polares, 
compreende os climas sob domínio das massas de ar polares, árticas 
e antárticas. Esses climas se localizam entre os paralelos 50º e 70º de 
latitude,onde ocorre o encontro permanente das massas de ar árticas 
com o ar polar continental, ao longo da zona frontal ártica, criando 
uma série de ciclones que se movimentam na direção leste, resultando 
em baixas temperaturas, reduzidas precipitações e pouca evaporação.
11Natureza, campo e métodos da climatologia
Em se tratando dos métodos de análise climatográfica, é importante 
mencionar a importância dos climogramas. Os climogramas são gráficos 
utilizados para representar as variações climáticas de uma determinada região 
ao longo do um ano (Figura 2). Basicamente, sua função é compreender as 
variações de elementos atmosféricos (chuvas e temperaturas) ao longo de um 
ano, possibilitando assim comparar as dinâmicas climáticas de diferentes 
localidades (ALMEIDA; RIGOLIN, 2002).
Figura 2. Exemplo de um climograma, em que dados sobre chuvas e temperaturas obtidos 
ao longo de um ano inteiro podem ser comparados com outros anos. 
Fonte: INMET (2017, documento on-line).
Um climograma tem duas ordenadas, uma à esquerda, onde normalmente 
são representadas as precipitações, e outra à direita, onde são marcadas as 
temperaturas. No eixo das abcissas, são assinalados os meses do ano. As 
temperaturas são representadas por uma linha vermelha e as precipitações 
por barras azuis.
Climatologia e sua relação com a geografia
O surgimento da climatologia como um campo do conhecimento científi co 
com identidade própria deu-se algum tempo depois da sistematização da 
meteorologia. Voltada ao estudo da especialização dos elementos e fenômenos 
atmosféricos e de sua evolução, a climatologia integra-se como uma subdivisão 
da meteorologia e da geografi a. Esta última compõe o campo das ciências 
Natureza, campo e métodos da climatologia12
humanas e tem como propósito o estudo do espaço geográfi co a partir da 
interação da sociedade com a natureza. 
A Figura 3 apresenta um fluxograma da posição da climatologia no campo 
do conhecimento científico. De modo geral, percebe-se a climatologia consiste 
em um dos ramos da Geografia Física. Além disto, a climatologia relaciona-se 
com outras ciências (como a Geografia Física, Geografia Humana e Geografia 
Biológica), uma vez que as características do complexo atmosférico estão 
diretamente ligadas à existência e à articulação de todas as outras características 
da superfície terrestre (ZAVATTINI, 2000).
Figura 3. Posição da climatologia no campo do conhecimento científico.
Fonte: Adaptada de Mendonça e Danni-Oliveira (2007).
A climatologia constitui o estudo científico do clima. Ela trata dos padrões 
de comportamento da atmosfera em suas interações com as atividades humanas 
e com a superfície do planeta durante um longo período. Desta forma, a 
climatologia está ligada com a geografia, pois insere-se em um campo do 
conhecimento no qual as relações entre a sociedade e a natureza configuram-se 
como pressupostos básicos para a compreensão das diferentes paisagens do 
planeta, contribuindo para a intervenção mais consciente na organização do 
espaço (MENDONÇA; DANNI-OLIVEIRA, 2007).
13Natureza, campo e métodos da climatologia
Geografia: ciência que tem por objetivo o estudo da superfície terrestre e a distribuição 
espacial de fenômenos significativos na paisagem. Pode ser dividida em:
1. Geografia humana: estudo e descrição da interação entre a sociedade e o espaço.
2. Geografia física (também denominada fisiografia): consiste no estudo das carac-
terísticas naturais existentes na superfície terrestre. 
A geografia física pode ser dividida em diferentes ciências, como:
  Geomorfologia: estuda as irregularidades da superfície terrestre.
  Hidrologia: ciência que estuda a ocorrência, distribuição e movimentação da 
água no planeta Terra.
  Climatologia: ciência que descreve, explica e classifica os climas, investigando os 
seus fenômenos e influências.
  Biogeografia: estudo da distribuição das espécies e ecossistemas no espaço 
geográfico e ao longo do tempo geológico.
  Pedologia: estudo dos solos no seu ambiente natural.
  Meteorologia: ciência que estuda a atmosfera terrestre, com foco no estudo dos 
processos atmosféricos e previsão do tempo.
Na sua particularidade geográfica, a climatologia situa-se entre as ciências 
humanas e as ciências naturais, estando mais relacionada à primeira do que 
à segunda. Os conceitos clássicos de clima revelam a preocupação em com-
preender as características climáticas em termos do comportamento médio dos 
elementos atmosféricos, como a média térmica, pluviométrica e barométrica.
A climatologia apresenta diferentes subdivisões, tanto em relação ao campo 
de atuação como em relação à escala. Em se tratando do campo de atuação, 
a climatologia se divide em:
  Climatologia regional: estudo do clima em área selecionadas.
  Climatologia sinótica: estudo do clima de uma área em relação ao 
padrão de circulação atmosférica.
  Climatologia física: estudo dos elementos do tempo em termos de 
princípios físicos.
  Climatologia dinâmica: estudo dos movimentos atmosféricos em 
diferentes escalas.
  Climatologia aplicada: aplicação dos conhecimentos climatológicos 
na solução de problemas que afetam os seres humanos.
  Climatologia histórica: estudo do clima ao longo dos tempos.
Natureza, campo e métodos da climatologia14
Já em relação à escala, a climatologia pode ser dividida em:
  Macroclimatologia: estudo do clima em amplas áreas da Terra.
  Mesoclimatologia: estudo do clima em áreas menores (10 a 100 km de 
largura). Ex: eventos extremos como tornados e temporais. 
  Microclimatologia: estudo do clima próximo à superfície terrestre e 
em áreas bem pequenas (menores que 100 m de extensão).
Para entender a climatologia, é necessária a compreensão básica dos con-
troles físicos do clima. Essencialmente, os fatores astronômicos juntamente 
com os fatores terrestres determinam a natureza dos climas na Terra ao longo 
do tempo. E é a influência combinada desses dois conjuntos de fatores, conhe-
cidos como fatores do clima, que motiva a variação da quantidade de energia 
solar que chega à superfície terrestre, o que, por sua vez, é determinante na 
configuração das diferenças climáticas ao redor do globo (STEINKE, 2012).
Tais fatores são agentes causais que condicionam os elementos do clima 
(radiação solar, temperatura do ar, umidade do ar, pressão do ar, velocidade e 
direção do vento, tipo e quantidade de precipitação). A atuação dos diversos 
fatores faz com que os elementos do clima, ou meteorológicos, variem no 
tempo e no espaço. 
Ou seja, o clima e o tempo são conceitos totalmente relacionados à climato-
logia. De acordo com Almeida (2007), o tempo e o clima são conceitos usados 
em meteorologia para entender o comportamento da atmosfera em diferentes 
intervalos de tempo. O tempo atmosférico é definido como a soma da ação 
de diversas variáveis atmosféricas (chuva, sol, vento, etc.), num limitado e 
curto período de tempo, em um determinado local. Já o clima da referida 
região seria o comportamento médio da atmosfera por um longo período 
(anos de medições e comparações). A mais clara presença do clima em nossas 
vidas é o ciclo anual das estações: primavera, verão, outono e inverno (Figura 
4). Este ciclo é determinado pela posição da Terra (relativa a outros planetas) 
no Sistema Solar.
15Natureza, campo e métodos da climatologia
Figura 4. O clima é responsável por termos diferentes estações no ano.
Fonte: Mandritoiu/Shutterstock.com.
(a)
(c) (d)
(b)
Desta forma, pode-se dizer que a climatologia é uma ciência integrante 
da geografia, e concentra suas atenções na superfície do planeta, onde se 
dá a conexão dos processos atmosféricos, geomorfológicos, hidrológicos e 
biológicos, e onde o homem, vivendo em sociedade, produz e organiza seu 
espaço (CONTI, 2001). Esta ciência sempre despertou enorme interesse por 
parte do homem, e hoje, mais do que nunca, é indispensável em nossas vidas.
Atualmente, com o uso de modernas tecnologias, sobretudo de satélites, 
a climatologiaoferece dados e informações extremamente precisas, entre os 
quais índices de precipitações pluviométricas, secas, temporais, furacões, 
geadas, dentre outros. Além disso, cada vez mais a climatologia vem aumen-
tando sua precisão, especialmente em previsões de médio e longo prazos. 
Além disso, foi pelo estudo da climatologia que se percebeu as alterações 
climáticas que estão ocorrendo ao redor do mundo, causadas principalmente 
por ações antrópicas, que acabam emitindo grande quantidade de poluentes 
diariamente na atmosfera.
Natureza, campo e métodos da climatologia16
ALMEIDA, D. H. C. Mudanças climáticas: premissas e situação futura. São Paulo: LCTE 
Editora, 2007.
ALMEIDA, L. M. A.; RIGOLIN, T. B. Geografia. São Paulo: Editora Ática, 2002.
ASSIS, E. S. A abordagem do clima urbano e aplicações no planejamento da cidade: reflexões 
sobre uma trajetória. Maceió: ENCACELACAC, 2005.
AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 
1996.
BARROS, J. R.; ZAVATTINI, J. A. Bases conceituais em climatologia geográfica. Mercator, 
Fortaleza, v. 8, n. 16, p. 255-161, out. 2009. Disponível em: http://www.mercator.ufc.br/
mercator/article/view/289. Acesso em: 28 jun. 2019.
CONTI, J. B. Geografia e climatologia. Revista GEOUSP, São Paulo, n. 9, p. 91-95, 2001. 
Disponível em: http://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/123516. Acesso em: 
28 jun. 2019.
DIANA, D. Renascimento: características e contexto histórico. Toda Matéria, [s. l.], 21 set. 
2018. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/renascimento-caracteristicas-
e-contexto-historico/. Acesso em: 28 jun. 2019.
INMET. Levantamento do comportamento da chuva, temperatura e umidade em Brasília-DF, 
em janeiro de 2017. Nota técnica. Brasília, DF: INMET, 2017. Disponível em: http://www.
inmet.gov.br/portal/notas_tecnicas/nota_tecnica_DF_01-2017.pdf. Acesso em: 28 
jun. 2019.
MENDONÇA, F.; DANNI-OLIVEIRA, I. M. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. 
3. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2007.
PREVISÃO do tempo. INMET, Brasília, DF, [2019]. Disponível em: http://www.inmet.gov.br/
portal/index.php?r=home/page&page=sm_previsao_tempo. Acesso em: 28 jun. 2019.
SANT’ANNA NETO, J. L. História da climatologia no Brasil: gênese, paradigmas e a 
construção de uma geografia do clima. 2001. Tese (Livre-Docência) – FCT, UNESP, 
Presidente Prudente, 2001. Disponível em: http://www2.fct.unesp.br/docentes/geo/
joaolima/clima2012/Historia%20da%20Climatologia.doc. Acesso em: 28 jun. 2019.
STEINKE, E. T. Climatologia fácil. São Paulo: Oficina de Textos, 2012.
TORRES, F. T. P.; MACHADO, P. J. O. Introdução a climatologia. São Paulo: Cengage Learning, 
2011.
ZAVATTINI, J. A. O paradigma da análise rítmica e a climatologia geográfica brasileira. 
Revista Geografia, Rio Claro, v. 25, n. 3, p. 25-43, 2000.
17Natureza, campo e métodos da climatologia
Leituras recomendadas
BARRY, R. G.; CHORLEY, R. J. Atmosfera, tempo e clima. 9. ed. Porto Alegre: Bookmann, 2013.
BOLIGIAN, L. Geografia: espaço e vivência. São Paulo: Atual, 2004.
CAVALCANTI, I. F. A. et al. Tempo e clima no Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2009.
FERREIRA, J. S. Teoria e método em climatologia. Climatologia: aportes teóricos, 
metodológicos e técnicos. Revista Geonorte, [s. l.], v.1, n. 5, p. 766-773, 2012. Disponível 
em: https://cipgeo.iesa.ufg.br/up/195/o/TEORIA_E_METODO_EM_CLIMATOLOGIA.
pdf. Acesso em: 28 jun. 2019.
GARTLAND, L. Ilhas de calor: como mitigar zonas de calor em áreas urbanas. São Paulo: 
Oficina de Textos, 2010.
Natureza, campo e métodos da climatologia18
Dica do professor
A Climatologia é o estudo científico do clima e trata dos padrões de comportamento da atmosfera 
em suas interações com as atividades humanas e com a superfície do planeta durante um longo 
período de tempo.
Em resumo, a Climatologia está relacionada à Geografia, pois esta é um campo do conhecimento no 
qual as relações entre sociedade e natureza configuram-se como pressupostos básicos para a 
compreensão das diferentes paisagens do planeta, contribuindo para a intervenção mais consciente 
na organização do espaço. A classificação climática define, em termos de temperatura, umidade e 
distribuições estacionais, os limites dos diferentes tipos climáticos que ocorrem em uma 
determinada área.
A seguir, na Dica do Professor, veja mais detalhes sobre a Climatologia.
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Exercícios
1) Existem, pelo menos, cinco propostas para a classificação climática no Brasil, da qual 
podemos destacar a classificação climática de Köppen como sendo a mais conhecida. A 
respeito da classificação climática de Köppen assinale a alternativa correta. 
A) Trata-se de uma classificação que divide os climas de acordo com o fator de 
evapotranspiração, comparando-o com a precipitação. 
B) Quando aplicada ao Brasil essa classificação apresenta a seguinte divisão de climas no Brasil: 
equatorial, tropical, semiárido, tropical de altitude e subtropical. 
C) Classificação que divide os climas em cinco grandes grupos, sendo eles A, B, C, D e E, e em 
diversos subtipos. Cada clima é responsável por um conjunto variável de letras de 2 ou 3 
caracteres. 
D) Classificação que divide os climas em sete zonas climáticas: zona equatorial de ventos do 
oeste, zona tropical de ventos, zona subtropical seca de ventos, zona subtropical de chuvas 
invernais, zona temperada dos ventos do oeste, zona subpolar de ventos do oeste e zona 
polar de ventos do oeste. 
E) Classificação que se baseia no balanço de energia, ou seja, nos valores do índice radioativo de 
aridez. 
2) O homem sempre buscou compreender o universo e o ambiente em que vive, realizando 
estudos mais intensos em determinados períodos históricos. A respeito da Climatologia, 
assinale a alternativa correta.
A) Ciência que visa ao estudo, à descrição e à interação entre a sociedade e o espaço.
B) Ciência que estuda a ocorrência, distribuição e movimentação da água na Terra.
C) Ciência que estuda a distribuição das espécies e dos ecossistemas no espaço geográfico e 
pelo tempo geológico.
D) Ciência que estuda a atmosfera terrestre e que tem como foco o estudo dos processos 
atmosféricos e a previsão do tempo.
E) Ciência que descreve, explica e classifica os climas, investigando os seus fenômenos e suas 
influências.
3) A Climatologia é de vital importância para o homem e, ao longo do tempo, foram 
desenvolvidos diferentes tipos de equipamentos para auxiliar na interpretação e na 
obtenção de dados meteorológicos. O equipamento que registra continuamente a direção e 
a velocidade instantânea do vento, bem como a distância total percorrida pelo vento com 
relação ao instrumento e as rajadas é definido como:
A) Anemógrafo.
B) Barógrafo.
C) Heliógrafo.
D) Piranógrafo.
E) Termógrafo.
4) O estudo do clima em áreas relativamente pequenas (entre 10 a 100 quilômetros de largura, 
por exemplo), além do estudo do clima urbano e dos sistemas climáticos locais severos, tais 
como tornados e temporais, recebe o nome de:
A) Nível mesoclimático.
B) Nível macrolimático.
C) Clima das latitudes médias.
D) Nível microclimático.
E) Meteorologia.
5) O território brasileiro apresenta diferentes tipos de clima. Dentre as alternativas a seguir, 
qual apresenta o clima que, devido à escassez de água, proporciona menos chances de 
desenvolvimento de culturas agrícolas?
A) Clima equatorial.
B) Clima tropical.
C) Clima tropical atlântico.
D) Clima subtropical.
E) Clima semiárido.
Na prática
A maioria das atividades praticadas pelo homem moderno dependem, direta ou indiretamente, da 
meteorologia. Como exemplo, pode-se citar, uma reportagem sobre a previsão do tempo em um 
telejornal ou mesmo as previsões do clima, que afetam atividades econômicas como a agricultura, 
os transportes, o turismo, a pescae a comunicação, entre outros.
Existem diferentes técnicas de coleta de dados meteorológicos, que vão desde observações 
convencionais realizadas por observadores à utilização de modernos satélites meteorológicos 
equipados com tecnologias sofisticadas. Em território nacional, essas observações são realizadas 
pela Rede de Estações Meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a qual 
administra mais de 400 estações espalhadas pelo País.
Como funciona essa importante rede meteorológica espalhada pelo Brasil? A seguir, no Na Prática, 
veja mais informações sobre o assunto.
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código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/dd40751c-35aa-439d-93ac-ff6d945fd9c6/d80eff0f-f2e9-4a11-a304-b19b3919ab00.jpg
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Teoria e método em Climatologia
O estudo dos fenômenos atmosféricos é realizado pela Meteorologia e pela Climatologia. A seguir, 
veja no artigo as principais diferenças entre essas duas ciências.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Bases conceituais da Climatologia Geográfica.
A Climatologia encontra suas bases na Meteorologia, que estuda a atmosfera e seus fenômenos e 
preocupa-se com o seu registro e a sua medição, para determinar as condições físicas sob as quais 
foram produzidos. Leia o artigo a seguir para saber mais.
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Estudo de teleconexões atmosféricas e possibilidades de 
avanços na Climatologia Geográfica: conceitos, fontes de dados 
e técnicas
Mesmo disponíveis desde a década de 1960, somente nos últimos anos o avanço da tecnologia 
permitiu o acesso a imagens de satélite, bem como a conjuntos de dados meteorológicos. A 
disponibilização de tais dados pode ser significativa no avanço dos estudos da Climatologia. Para 
saber mais, leia o artigo a seguir.
https://cipgeo.iesa.ufg.br/up/195/o/TEORIA_E_METODO_EM_CLIMATOLOGIA.pdf
http://www.mercator.ufc.br/mercator/article/view/289
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://revistas.ufpr.br/revistaabclima/article/view/48870/29378

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