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Natureza, campo e métodos da climatologia Apresentação Clima e tempo são conceitos relacionados à Climatologia. Entender o tempo de uma determinada região é entender o comportamento da atmosfera em diferentes intervalos de tempo, somando a ação de diversas variáveis atmosféricas, como a chuva, o sol e o vento, em um limitado e curto período de tempo. Já o clima de uma região equivale ao comportamento médio da atmosfera por um longo período de tempo (meses ou anos). Em resumo, ao nos referirmos, por exemplo, a um dia chuvoso logo ao amanhecer, devemos dizer que o tempo, e não o clima, está chuvoso. Antigamente, o estudo do clima e do tempo era restrito a quem trabalhava diretamente com o assunto, ou a quem planejasse viagens de férias e quisesse saber sobre as condições climáticas dos seus destinos. Hoje, assuntos relacionados ao clima e ao tempo estão diariamente nas páginas dos jornais, na televisão e, também, no cinema. Após a difusão do tema aquecimento global na mídia, o assunto tornou-se tão popular a ponto de permear as conversas cotidianas. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre a evolução da ciência meteorológica em paralelo à evolução do homem. Ainda, você vai identificar os métodos de análise climatológica e vai entender a relação dessa importante ciência com a Geografia. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Descrever as principais teorias da Climatologia e as origens dos estudos climáticos no Brasil.• Identificar os métodos de análise climatológica mais usados no Brasil.• Definir a relação entre a Climatologia e a Geografia.• Desafio Exitem diferentes tipos de climas, ou tipos climáticos, na superfície terrestre. O reconhecimento da existência de um sistema climático global é um dos mais importantes resultados do trabalho realizado na segunda metade do século XX. Cada região do planeta tem seu próprio clima devido a fatores climáticos como massas de ar, relevo, temperatura, umidade e, até, tipo de vegetação, os quais podem interferir ou modificar as condições climáticas. Eduarda e Raquel eram colegas de trabalho, quando Raquel recebeu uma oferta para trabalhar em outro estado, a uma distância de mais de 2.000km. Após um tempo, Raquel voltou para visitar a família e reencontrou Eduarda. A seguir, veja um trecho da conversa entre elas. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Com base no diálogo, responda, justificando suas respostas: 1. Os tipos de climas encontrados nas regiões onde Eduarda e Raquel moram são considerados mesoclimas, macroclimas ou microclimas? 2. Quais são os tipos de climas das cidades onde Eduarda e Raquel moram? 3. Qual o modelo de classificação climática utilizado para classificar o clima em território nacional? Infográfico O interesse do homem em compreender a atmosfera terrestre vem de épocas muito remotas. Inicialmente, condições como ventos, relâmpagos e tempestades eram explicadas pela ações de divindades. O desenvolvimento do conhecimento científico proporcionou a compreensão cada vez maior das características reais da atmosfera terrestre. Assim, com o avanço dos conhecimentos do homem, surgiu a Climatologia, ciência que estuda os padrões de comportamento da atmosfera em um longo período de tempo. A seguir, no Infográfico, veja mais informações sobre a Climatologia. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/52b0e0c2-c1f0-4563-a643-d0470e365d08/61c8111e-3436-4461-b2aa-cf462e63f5f1.jpg Conteúdo do livro Conhecer a atmosfera da Terra é um objetivo buscado pela humanidade desde tempos remotos. O homem produz e registra o conhecimento sobre os componentes da natureza desde quando primeiro tomou consciência da interdependência entre as condições climáticas naturais e aquelas resultantes da sua intervenção. No capítulo Natureza, campo e métodos da climatologia, da obra Climatologia, você vai compreender melhor os conceitos relacionados à Climatologia, sua evolução histórica e sua relação com a Geografia. Boa leitura. CLIMATOLOGIA Ronei Tiago Stein Natureza, campo e métodos da climatologia Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Descrever as principais teorias da climatologia e as origens dos estudos climáticos no Brasil. Identificar os métodos de análise climatológica mais usados no Brasil. Definir a relação da climatologia com a ciência geográfica. Introdução Para que serve a climatologia? O clima e os eventos meteorológicos interferem nas atividades humanas, como a agricultura, a gestão de recursos hídricos e a segurança do próprio homem. Assim, ao longo de sua evolução, o Homo sapiens foi acumulando conhecimento prático sobre meteorologia, permitindo compreender melhor como os diferentes fenômenos meteorológicos ocorrem. Estes fenômenos são estudados tanto pela meteorologia como pela climatologia; porém, existe uma diferença entre ambas. Costuma-se definir meteorologia como a ciência da atmosfera, relacionada ao seu estado físico e a seus fenômenos, principalmente para a previsão do tempo. A climatologia, como subdivisão da geografia física, preocupa-se mais em estudar a evolução dos fenômenos atmosféricos e sua especialização, ou seja, trata do estudo geográfico dos climas. Neste capítulo, iremos entender como ocorreu o avanço da climatologia ao longo da história do homem, tanto em nível mundial quanto em nível nacional. Iremos estudar também como a climatologia foi dividida (métodos climatográficos) e qual a relação desta importante ciência com a geografia. Os estudos climáticos no mundo Conhecer a atmosfera do planeta Terra é uma aspiração perseguida pela humanidade desde os tempos mais remotos. Sabemos que o clima de qualquer lugar consiste na síntese de todos seus elementos, determinada pela interação dos controles e dos processos climáticos (como temperatura, umidade, direção dos ventos, dentre outros). Assim, existe uma rica variedade de climas ou de tipos climáticos sobre a superfície do planeta. Os elementos climáticos se apresentam das mais variadas maneiras na superfície da Terra, e desta forma, difi cilmente encontraremos dois lugares no mundo que tenham o clima exatamente igual. Nos primórdios da humanidade, porém, o conhecimento sobre a atmosfera era extremamente pobre. Atribuía-se os fenômenos atmosféricos aos caprichos de deuses. Por milênios, raios, trovões, chuvas torrenciais, secas, dentre outros fatores, eram foram como entidades mitológicas em si ou a elas relacionados. Com o passar dos anos, o homem começou a adquirir maior conhecimento e a buscar explicações lógicas para os fenômenos naturais. O regime de cheias do rio Nilo, por exemplo, levou os egípcios a refletir sobre possíveis elementos atmosféricos, como a chuva, como sendo responsável pela fertilidade dos solos de várzeas do rio. Porém, o que ocorre realmente é que as águas do rio levam consigo sedimentos de outros locais, e ao sair do seu leito normal, estes sedimentos são depositados, fertilizando o solo. O rio Nilo é um dos maiores rios do mundo, estendendo-se por aproximadamente 6.650 km. De vital importância histórica, principalmente para o Egito Antigo, fez com que este povo desenvolvesse diferentes técnicas de pesca e agricultura. Nos períodos de chuva, o rio transbordava, deixando o solo fértil e apropriado para o desenvolvimento de diferentes culturas agrícolas em suas margens. Mas apesar dos avanços no Egito, os gregos são considerados pioneiros na produção de conhecimentos e registro de fenômenos atmosféricos, observando diferenças locais ao navegarem pelo mar Mediterrâneo (MENDONÇA; DANNI- OLIVEIRA, 2007). Na verdade, muitos princípios que regem o conhecimento sobre a atmosfera, e que até hoje são utilizados, surgiram nesta época. Exemplo disso é a divisão do planeta em zonasTórrida, Temperada e Fria. Natureza, campo e métodos da climatologia2 Os gregos acreditavam que a origem da vida estava ligada à atmosfera, e algumas obras e pesquisadores que seguiam essa crença ficaram mundialmente conhecidos, como Hipócrates, que escreveu a obra Ares, águas e lugares (em 400 a.C.), e Aristóteles, que escreveu a obra intitulada Meteorológica (em 350 a.C.). Com o domínio dos romanos sobre os gregos, houve uma grande perda na produção intelectual, não apenas em relação ao estudo meteorológico, mas de outras áreas também. Isso ocorreu porque os romanos, diferentemente dos gregos, tinham como objetivo a expansão do império. Quando a Igreja Católica começou a impor o cristianismo como religião ocidental em diferentes partes do mundo, os estudos de compreensão da natureza foram praticamente nulos, pois a igreja proibia esta prática, impondo que Deus criou a Terra. Logo, qualquer estudo era visto como uma afronta pelos líderes religiosos, e os envolvidos deviam ser cruelmente castigados ou mesmo mortos, além de toda produção e registros acabarem sendo queimados. Este obscurantismo religioso medieval levou a ciência a uma estagnação de aproximadamente mil anos. Com os movimentos do Renascimento, as preocupações com a atmosfera foram retomadas, visando desvendar seu funcionamento. Após este período, os saltos foram cada vez mais rápidos e intensos, pois o conhecimento sistemático e detalhado da natureza era imperativo ante a necessidade de expansão capitalista, principalmente com o advento da Revolução Industrial. O Renascimento teve grande interesse na matemática e nas ciências da natureza. Foi um movimento cultural, econômico e político que surgiu na Itália do século XIV, estendendo- se por toda a Europa até o século XVII. Inspirado nos valores da Antiguidade Clássica, resultou na reformulação total da vida medieval, dando início à Idade Moderna (DIANA, 2018). 3Natureza, campo e métodos da climatologia Com o passar dos séculos, a agricultura começou a se transformar, exigindo cada vez mais conhecimento sobre o clima. Isso ocorreu principalmente após a Revolução Industrial, pois com o aumento populacional, era necessária produção em grande escala. O aprimoramento desse conhecimento foi mais marcante durante as duas guerras mundiais, no século XX, pela importância do monitoramento da dinâmica atmosférica para a preparação de ataque e defesa das tropas. Nos últimos cem anos, a evolução do conhecimento a respeito do clima foi enorme. No período pós-guerra, foram inventados inúmeros aparelhos para mensuração dos elementos atmosféricos com maior confiabilidade. Exemplo disso foi o lançamento de satélites meteorológicos a partir da década de 1960, que possibilitou o monitoramento minuto a minuto das condições atmosféricas, tanto em escala regional quanto planetária. Com o aumento da velocidade do sistema de comunicação planetária possibilitado pela Internet, principalmente a partir da década de 1990, inaugurou-se um período de intensa circulação de informações, o que facilita a difusão de dados meteorológicos e climáticos. Este fácil acesso a informações, além de possibilitar um conhecimento mais dinâmico sobre a atmosfera, contribuiu para a elaboração de pesquisas, popularizando a climatologia. A climatologia é uma subdivisão da Geografia Física que se preocupa em estudar a evolução dos fenômenos atmosféricos e sua espacialização, ou seja, trata do estudo geográfico dos climas (STEINKE, 2012). Até a segunda metade do século XX, a abrangência do efeito do clima nas condições do planeta era limitada aos índices de temperatura em superfície. Com a utilização de satélites e aeronaves, a identificação dos fenômenos via mapeamento das temperaturas de áreas urbanas em relação a outros lugares do mundo foi facilitada. Nesse período, começou um novo campo de estudo sobre áreas tropicais (ASSIS, 2005). Estudos climáticos em território nacional O Brasil é considerado um país tropical, e o conhecimento científi co sobre a zona tropical do planeta foi iniciado muito tardiamente, devido à colonização, em comparação à zona temperada, área onde se encontram os países de mais expressivo desenvolvimento socioeconômico. Até meados dos anos 1970, os elementos atmosféricos no Brasil eram observados e mensurados por aparelhos fabricados nos países da zona temperada e aferidos para nossa realidade. Além disso, as bases teóricas utilizadas para explicar os fenômenos atmosféricos tropicais e seu dinamismo tinham como foco original a zona temperada, provocando erros. Natureza, campo e métodos da climatologia4 Atualmente, encontram-se em território nacional mais de 400 estações meteorológicas, as quais são administradas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Os dados coletados (precipitação, ventos, umidade relativa do ar, pressão, etc.) são enviados para a sede da entidade, localizada em Brasília, que, por sua vez, envia estes dados por satélite para todo o mundo (PREVISÃO..., 2019). Não existe um marco exato e definitivo na história brasileira para o início dos estudos climáticos. Talvez o marco inicial, porém, tenha sido 1827, ano em que foi criado do Observatório Astronômico Imperial do Rio de Janeiro. Foi neste local que tiveram início os trabalhos científicos que proporcionaram o surgimento da climatologia no Brasil (SANT’ANNA NETO, 2001). A partir desse momento, começam a surgir vários estudos climáticos. Em meados da década de 1930, a abordagem do clima segundo a dinâmica das massas de ar ganhou importância entre alguns estudiosos. Em 1942, Adalberto Serra e Leandro Ratisbona publicaram a obra titulada Massas de ar na América do Sul, marco inicial para a compreensão da dinâmica atmosférica do continente sul-americano (MENDONÇA; DANNI-OLIVEIRA, 2007). Estes mesmos autores mencionam que a climatologia brasileira também foi impulsionada na década de 1940, com a fundação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 1950, observa-se o deslocamento dos estudos climáticos, até então voltados ao Sudeste brasileiro, para as regiões Nordeste e Centro-Oeste do país. Com a evolução do sistema produtivo, a intensificação da urbanização e maior preocupação com questões ambientais, os problemas sociais derivados da degradação da qualidade de vida e do ambiente tornaram-se mais evidentes. Este contexto, evidenciado principalmente pelos movimentos socioambientais de 1970 e 1970, exigiu dos climatologistas uma maior participação, fazendo com que o clima passasse a ser abordado de um ponto de vista mais holístico, ou seja, o ambiente climático como um todo. No Brasil, a análise rítmica é o método mais adotado e o mais detalhado para análise da climatologia geográfica. Este método foi proposto pelo geógrafo Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro (um dos principais geógrafos e climatologistas brasileiros), e nele os elementos do clima são analisados diariamente ao longo do ano. Desta forma, é possível entender e comparar os dados recém-obtidos com os de outros anos, verificando possíveis alterações 5Natureza, campo e métodos da climatologia climáticas. Nesse sentido, Almeida (2007) menciona que, dentre outros elementos, podem ser analisados: Temperatura: traduz a sensação de calor ou frio experimentada pelo corpo humano. Os instrumentos utilizados para determinar a temperatura são denominados termômetros e baseiam-se no princípio de que muitas substâncias se dilatam quando submetidas a uma elevação da temperatura. Umidade atmosférica: quantidade de vapor d’água existente na atmosfera. Precipitação: água em forma de gotículas ou cristais de gelo que provém da atmosfera e atinge a Terra, podendo ocorrer em forma de chuva, chuvisco, neve, granizo, geada, dentre outros. O método mais simples de medir a precipitação é por meio de um udômetro (ou pluviômetro). Vento: A direção do vento é determinada por aparelhos denominados cata-ventos e a sua velocidade por meio de anemômetros.A aplicação de novos equipamentos e novas tecnologias, como o uso de imagens de radar e satélites, promoveu avanços na climatologia brasileira, principalmente nos últimos 20 anos. Métodos de análise climatológica mais utilizados O estudo dos fenômenos atmosféricos é realizado pela meteorologia e pela climatologia. A climatologia baseia-se nos estudos da meteorologia, ciência que estuda a atmosfera e seus fenômenos, visando realizar o registro e a medição destes fenômenos com a fi nalidade de determinar as condições físicas sob as quais foram produzidos. De acordo com Barros e Zavattini (2009), a meteorologia está dividida em duas: Natureza, campo e métodos da climatologia6 1. Meteorologia tradicional (também denominada de meteorologia analítico-separativa ou de análise rítmica): estuda os elementos atmosféricos de forma isolada. 2. Meteorologia dinâmica: considera todos os elementos do meio atmosférico, e por isso atende melhor às necessidades da Geografia, ciência que se interessa mais pelas combinações do que por fatos isolados. Conforme veremos a seguir, a climatologia encontra-se dentro do campo da Geografia Física, tendo como objeto de estudo os fenômenos da atmosfera em contato com a superfície terrestre e sua distribuição espacial. Dessa forma, também está relacionada com outras áreas da Geografia Física e da Geografia Humana. No mundo, atualmente são considerados cinco modelos de classificação climática: Köppen, Thornthwaite, Strahler, Flohn e Budyko. Porém, entre os mais utilizados destacam-se o de Köppen e o de Strahler. O modelo de classificação climática feito por Kö ppen no ano de 1918 é relativamente simples e muito popular. Atualmente, mesmo depois de décadas, continua sendo adotado integralmente ou em uma de suas adaptações. Entretanto, isto não quer dizer que o modelo seja perfeito, até́ por ser muito antigo e desconsiderar a dinâmica das massas de ar, levando-o a não ser bem aceito pelos estudiosos atualmente (TORRES; MACHADO, 2011). Vladimir Köppen (1846-1940) foi um importante climatologista e meteorologista, sendo considerado o precursor da ciência meteorológica do mundo moderno, cujas descobertas influenciaram profundamente os rumos das ciências da atmosfera por todo o planeta. Conforme menciona Ayoade (1996), Vladimir Köppen adota a climatologia tradicional, que é chamada de analítica. pois, para classificar os diferentes tipos de clima, considera separadamente os principais elementos que os caracterizam, isto é, temperaturas e chuvas. Desta forma, Köppen definiu letras maiúsculas para representar os cinco principais grupos climáticos 1a letra: A: tropicais 7Natureza, campo e métodos da climatologia úmidos; B: secos; C: climas mesotérmicos (temperados) úmidos e subúmidos; D: climas microtérmicos (frios) úmidos; E: climas polares (gelados). Os subgrupos são diferenciados segundo a quantidade de chuvas (exceto nos climas polares) e são representados por letras minúsculas e algumas maiúsculas, conforme pode ser observado no Quadro 1. Fonte: Adaptado de Almeida e Rigolin (2002). Chuvas (2a letra) Minúsculas Maiúsculas f- sempre úmido S- Estepe m- monçônico W- desértico s- chuvas de inverno T- tundra w- chuvas de verão F- gelo perpétuo w’- chuvas de verão e de outono H- montanha Quadro 1. Subgrupos de acordo com a quantidade de chuvas As subdivisões são definidas pela temperatura (3a letra) e são representadas sempre com letras minúsculas, onde: a: verão quente; b: verão brando; c: frio; d: muito frio; h: quente; k: menos quente. Já para definir os principais tipos de clima, as letras devem ser combinadas conforme as características das regiões estudadas. Porém, apenas algumas combinações são possíveis, como ilustra o Quadro 2. Fonte: Adaptado de Almeida e Rigolin (2002). A B C D E f m w-w’ W S -- s w f s w f T F H -- -- -- -- h k a b c -- a b c d -- -- -- -- Quadro 2. Formas para definir os principais tipos de clima. Natureza, campo e métodos da climatologia8 A partir da combinação de grupos e subgrupos, temos os tipos de clima básicos, conforme Quadro 3. Fonte: Adaptado de Almeida e Rigolin (2002). Climas Símbolos dos principais tipos Características principais A Tropicais úmidos Af Quente e úmido durante todo o ano Aw Tropical típico, com uma estação úmida (verão) e outra seca (inverno) B Desérticos BS Poucas chuvas e verões quentes BW Clima muito seco, com menos de 400 mm de precipitações anuais C Mesotérmicos úmidos Cw Temperado úmido, com chuvas de verão Cs Temperado úmido, com chuvas de inverno Cf Temperado úmido, sem estação seca D Microtérmicos úmidos DF Inverno úmido e neve Dw Inverno seco e neve E Polares ou frios ET Temperatura do mês mais quente inferior a 10ºC e superior a 0ºC EF Todos os meses com temperaturas inferiores a 0ºC. Neves eternas H Montanha -- Depende do fator altitude. Não importa a latitude em que a montanha esteja situada Quadro 3. Principais tipos climáticos na classificação de Köppen Em se tratando especificamente do Brasil, três macroclimas são encontrados: equatorial, tropical (semiárido, altitude e oceânico) e subtropical. Köppen definiu cinco tipos de climas, tomando por base a temperatura, a precipitação e a distribuição de valores de temperatura durante as estações do ano. O Quadro 4 apresenta um resumo da classificação climática de Köppen para o Brasil. 9Natureza, campo e métodos da climatologia Fonte: Adaptado de Almeida (2007). Denominação Área de ocorrência Características principais Am (equatorial) Maior parte da Amazônia Temperaturas elevadas: médias entre 25ºC e 27ºC. Pluviosidade elevada: médias de 1.500 a 2.500 mm/ano Aw (tropical) Brasil central, parte de Minas Gerais e Bahia Temperatura média entre 19ºC e 28ºC, pluviosidade média inferior a 2.000 mm/ano. Duas estações bem definidas: o verão (chuvoso) e o inverno (seco) Bsh (semiárido) Sertão nordestino Médias anuais térmicas superiores a 25ºC. Pluviosidade média anual inferior a 1.000 mm/ano com chuvas irregulares Cwa (tropical de altitude) Partes do Sudeste e sul do Mato Grosso do Sul Médias térmicas entre 19ºC e 27ºC. Pluviosidade média de 1.500 mm/ ano; chuvas de verão Cf (subtropical) Sul do país Médias térmicas entre 17ºC e 19ºC. Pluviosidade média de 1.500 mm/ano; chuvas bem distribuídas. Apresenta quatro estações do ano bem definidas Quadro 4. Classificação climática de Köppen para o Brasil Já no modelo de classificação de Strahler, os critérios usados são as características das massas de ar predominantes e de precipitação. Desta forma, trata-se uma classificação mais dinâmica, sendo o modelo mais utilizado atual- mente (AYOADE, 1996; ALMEIDA; RIGOLIN, 2002). Strahler classificou os climas do planeta em três tipos principais, os quais são apresentados na Figura 1. Natureza, campo e métodos da climatologia10 Figura 1. Classificação climática de Strahler. Fonte: Kundra/Shutterstock.com. Climas das latitudes altas Climas das latitudes médias Climas das latitudes médias Climas das latitudes altas Climas das latitudes baixas 1. Clima das latitudes baixas: regulado por massas de ar equatoriais e tropicais. Engloba os climas controlados pela dinâmica subtropical das células de alta pressão ou anticiclonais, fonte das massas de ar tropicais, e pela baixa equatorial situada entre elas, onde o ar convergente está em constante ascensão, originando a Convergência Intertropical (CIT); 2. Clima das latitudes médias: controlado por massas de ar tropicais e polares, inclui os climas situados na zona de intensa interação entre as massas tropicais que se movem em direção aos polos e as massas polares que se deslocam em direção ao equador, dando origem à frente polar. 3. Clima das latitudes altas: controlado por massas de ar polares, compreende os climas sob domínio das massas de ar polares, árticas e antárticas. Esses climas se localizam entre os paralelos 50º e 70º de latitude,onde ocorre o encontro permanente das massas de ar árticas com o ar polar continental, ao longo da zona frontal ártica, criando uma série de ciclones que se movimentam na direção leste, resultando em baixas temperaturas, reduzidas precipitações e pouca evaporação. 11Natureza, campo e métodos da climatologia Em se tratando dos métodos de análise climatográfica, é importante mencionar a importância dos climogramas. Os climogramas são gráficos utilizados para representar as variações climáticas de uma determinada região ao longo do um ano (Figura 2). Basicamente, sua função é compreender as variações de elementos atmosféricos (chuvas e temperaturas) ao longo de um ano, possibilitando assim comparar as dinâmicas climáticas de diferentes localidades (ALMEIDA; RIGOLIN, 2002). Figura 2. Exemplo de um climograma, em que dados sobre chuvas e temperaturas obtidos ao longo de um ano inteiro podem ser comparados com outros anos. Fonte: INMET (2017, documento on-line). Um climograma tem duas ordenadas, uma à esquerda, onde normalmente são representadas as precipitações, e outra à direita, onde são marcadas as temperaturas. No eixo das abcissas, são assinalados os meses do ano. As temperaturas são representadas por uma linha vermelha e as precipitações por barras azuis. Climatologia e sua relação com a geografia O surgimento da climatologia como um campo do conhecimento científi co com identidade própria deu-se algum tempo depois da sistematização da meteorologia. Voltada ao estudo da especialização dos elementos e fenômenos atmosféricos e de sua evolução, a climatologia integra-se como uma subdivisão da meteorologia e da geografi a. Esta última compõe o campo das ciências Natureza, campo e métodos da climatologia12 humanas e tem como propósito o estudo do espaço geográfi co a partir da interação da sociedade com a natureza. A Figura 3 apresenta um fluxograma da posição da climatologia no campo do conhecimento científico. De modo geral, percebe-se a climatologia consiste em um dos ramos da Geografia Física. Além disto, a climatologia relaciona-se com outras ciências (como a Geografia Física, Geografia Humana e Geografia Biológica), uma vez que as características do complexo atmosférico estão diretamente ligadas à existência e à articulação de todas as outras características da superfície terrestre (ZAVATTINI, 2000). Figura 3. Posição da climatologia no campo do conhecimento científico. Fonte: Adaptada de Mendonça e Danni-Oliveira (2007). A climatologia constitui o estudo científico do clima. Ela trata dos padrões de comportamento da atmosfera em suas interações com as atividades humanas e com a superfície do planeta durante um longo período. Desta forma, a climatologia está ligada com a geografia, pois insere-se em um campo do conhecimento no qual as relações entre a sociedade e a natureza configuram-se como pressupostos básicos para a compreensão das diferentes paisagens do planeta, contribuindo para a intervenção mais consciente na organização do espaço (MENDONÇA; DANNI-OLIVEIRA, 2007). 13Natureza, campo e métodos da climatologia Geografia: ciência que tem por objetivo o estudo da superfície terrestre e a distribuição espacial de fenômenos significativos na paisagem. Pode ser dividida em: 1. Geografia humana: estudo e descrição da interação entre a sociedade e o espaço. 2. Geografia física (também denominada fisiografia): consiste no estudo das carac- terísticas naturais existentes na superfície terrestre. A geografia física pode ser dividida em diferentes ciências, como: Geomorfologia: estuda as irregularidades da superfície terrestre. Hidrologia: ciência que estuda a ocorrência, distribuição e movimentação da água no planeta Terra. Climatologia: ciência que descreve, explica e classifica os climas, investigando os seus fenômenos e influências. Biogeografia: estudo da distribuição das espécies e ecossistemas no espaço geográfico e ao longo do tempo geológico. Pedologia: estudo dos solos no seu ambiente natural. Meteorologia: ciência que estuda a atmosfera terrestre, com foco no estudo dos processos atmosféricos e previsão do tempo. Na sua particularidade geográfica, a climatologia situa-se entre as ciências humanas e as ciências naturais, estando mais relacionada à primeira do que à segunda. Os conceitos clássicos de clima revelam a preocupação em com- preender as características climáticas em termos do comportamento médio dos elementos atmosféricos, como a média térmica, pluviométrica e barométrica. A climatologia apresenta diferentes subdivisões, tanto em relação ao campo de atuação como em relação à escala. Em se tratando do campo de atuação, a climatologia se divide em: Climatologia regional: estudo do clima em área selecionadas. Climatologia sinótica: estudo do clima de uma área em relação ao padrão de circulação atmosférica. Climatologia física: estudo dos elementos do tempo em termos de princípios físicos. Climatologia dinâmica: estudo dos movimentos atmosféricos em diferentes escalas. Climatologia aplicada: aplicação dos conhecimentos climatológicos na solução de problemas que afetam os seres humanos. Climatologia histórica: estudo do clima ao longo dos tempos. Natureza, campo e métodos da climatologia14 Já em relação à escala, a climatologia pode ser dividida em: Macroclimatologia: estudo do clima em amplas áreas da Terra. Mesoclimatologia: estudo do clima em áreas menores (10 a 100 km de largura). Ex: eventos extremos como tornados e temporais. Microclimatologia: estudo do clima próximo à superfície terrestre e em áreas bem pequenas (menores que 100 m de extensão). Para entender a climatologia, é necessária a compreensão básica dos con- troles físicos do clima. Essencialmente, os fatores astronômicos juntamente com os fatores terrestres determinam a natureza dos climas na Terra ao longo do tempo. E é a influência combinada desses dois conjuntos de fatores, conhe- cidos como fatores do clima, que motiva a variação da quantidade de energia solar que chega à superfície terrestre, o que, por sua vez, é determinante na configuração das diferenças climáticas ao redor do globo (STEINKE, 2012). Tais fatores são agentes causais que condicionam os elementos do clima (radiação solar, temperatura do ar, umidade do ar, pressão do ar, velocidade e direção do vento, tipo e quantidade de precipitação). A atuação dos diversos fatores faz com que os elementos do clima, ou meteorológicos, variem no tempo e no espaço. Ou seja, o clima e o tempo são conceitos totalmente relacionados à climato- logia. De acordo com Almeida (2007), o tempo e o clima são conceitos usados em meteorologia para entender o comportamento da atmosfera em diferentes intervalos de tempo. O tempo atmosférico é definido como a soma da ação de diversas variáveis atmosféricas (chuva, sol, vento, etc.), num limitado e curto período de tempo, em um determinado local. Já o clima da referida região seria o comportamento médio da atmosfera por um longo período (anos de medições e comparações). A mais clara presença do clima em nossas vidas é o ciclo anual das estações: primavera, verão, outono e inverno (Figura 4). Este ciclo é determinado pela posição da Terra (relativa a outros planetas) no Sistema Solar. 15Natureza, campo e métodos da climatologia Figura 4. O clima é responsável por termos diferentes estações no ano. Fonte: Mandritoiu/Shutterstock.com. (a) (c) (d) (b) Desta forma, pode-se dizer que a climatologia é uma ciência integrante da geografia, e concentra suas atenções na superfície do planeta, onde se dá a conexão dos processos atmosféricos, geomorfológicos, hidrológicos e biológicos, e onde o homem, vivendo em sociedade, produz e organiza seu espaço (CONTI, 2001). Esta ciência sempre despertou enorme interesse por parte do homem, e hoje, mais do que nunca, é indispensável em nossas vidas. Atualmente, com o uso de modernas tecnologias, sobretudo de satélites, a climatologiaoferece dados e informações extremamente precisas, entre os quais índices de precipitações pluviométricas, secas, temporais, furacões, geadas, dentre outros. Além disso, cada vez mais a climatologia vem aumen- tando sua precisão, especialmente em previsões de médio e longo prazos. Além disso, foi pelo estudo da climatologia que se percebeu as alterações climáticas que estão ocorrendo ao redor do mundo, causadas principalmente por ações antrópicas, que acabam emitindo grande quantidade de poluentes diariamente na atmosfera. Natureza, campo e métodos da climatologia16 ALMEIDA, D. H. C. Mudanças climáticas: premissas e situação futura. São Paulo: LCTE Editora, 2007. ALMEIDA, L. M. A.; RIGOLIN, T. B. Geografia. São Paulo: Editora Ática, 2002. ASSIS, E. S. A abordagem do clima urbano e aplicações no planejamento da cidade: reflexões sobre uma trajetória. Maceió: ENCACELACAC, 2005. AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996. BARROS, J. R.; ZAVATTINI, J. A. Bases conceituais em climatologia geográfica. Mercator, Fortaleza, v. 8, n. 16, p. 255-161, out. 2009. Disponível em: http://www.mercator.ufc.br/ mercator/article/view/289. Acesso em: 28 jun. 2019. CONTI, J. B. Geografia e climatologia. 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História da climatologia no Brasil: gênese, paradigmas e a construção de uma geografia do clima. 2001. Tese (Livre-Docência) – FCT, UNESP, Presidente Prudente, 2001. Disponível em: http://www2.fct.unesp.br/docentes/geo/ joaolima/clima2012/Historia%20da%20Climatologia.doc. Acesso em: 28 jun. 2019. STEINKE, E. T. Climatologia fácil. São Paulo: Oficina de Textos, 2012. TORRES, F. T. P.; MACHADO, P. J. O. Introdução a climatologia. São Paulo: Cengage Learning, 2011. ZAVATTINI, J. A. O paradigma da análise rítmica e a climatologia geográfica brasileira. Revista Geografia, Rio Claro, v. 25, n. 3, p. 25-43, 2000. 17Natureza, campo e métodos da climatologia Leituras recomendadas BARRY, R. G.; CHORLEY, R. J. Atmosfera, tempo e clima. 9. ed. Porto Alegre: Bookmann, 2013. BOLIGIAN, L. Geografia: espaço e vivência. São Paulo: Atual, 2004. CAVALCANTI, I. F. A. et al. Tempo e clima no Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2009. FERREIRA, J. S. Teoria e método em climatologia. 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A classificação climática define, em termos de temperatura, umidade e distribuições estacionais, os limites dos diferentes tipos climáticos que ocorrem em uma determinada área. A seguir, na Dica do Professor, veja mais detalhes sobre a Climatologia. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/16000ad17ada14422d240988614919d2 Exercícios 1) Existem, pelo menos, cinco propostas para a classificação climática no Brasil, da qual podemos destacar a classificação climática de Köppen como sendo a mais conhecida. A respeito da classificação climática de Köppen assinale a alternativa correta. A) Trata-se de uma classificação que divide os climas de acordo com o fator de evapotranspiração, comparando-o com a precipitação. B) Quando aplicada ao Brasil essa classificação apresenta a seguinte divisão de climas no Brasil: equatorial, tropical, semiárido, tropical de altitude e subtropical. C) Classificação que divide os climas em cinco grandes grupos, sendo eles A, B, C, D e E, e em diversos subtipos. Cada clima é responsável por um conjunto variável de letras de 2 ou 3 caracteres. D) Classificação que divide os climas em sete zonas climáticas: zona equatorial de ventos do oeste, zona tropical de ventos, zona subtropical seca de ventos, zona subtropical de chuvas invernais, zona temperada dos ventos do oeste, zona subpolar de ventos do oeste e zona polar de ventos do oeste. E) Classificação que se baseia no balanço de energia, ou seja, nos valores do índice radioativo de aridez. 2) O homem sempre buscou compreender o universo e o ambiente em que vive, realizando estudos mais intensos em determinados períodos históricos. A respeito da Climatologia, assinale a alternativa correta. A) Ciência que visa ao estudo, à descrição e à interação entre a sociedade e o espaço. B) Ciência que estuda a ocorrência, distribuição e movimentação da água na Terra. C) Ciência que estuda a distribuição das espécies e dos ecossistemas no espaço geográfico e pelo tempo geológico. D) Ciência que estuda a atmosfera terrestre e que tem como foco o estudo dos processos atmosféricos e a previsão do tempo. E) Ciência que descreve, explica e classifica os climas, investigando os seus fenômenos e suas influências. 3) A Climatologia é de vital importância para o homem e, ao longo do tempo, foram desenvolvidos diferentes tipos de equipamentos para auxiliar na interpretação e na obtenção de dados meteorológicos. O equipamento que registra continuamente a direção e a velocidade instantânea do vento, bem como a distância total percorrida pelo vento com relação ao instrumento e as rajadas é definido como: A) Anemógrafo. B) Barógrafo. C) Heliógrafo. D) Piranógrafo. E) Termógrafo. 4) O estudo do clima em áreas relativamente pequenas (entre 10 a 100 quilômetros de largura, por exemplo), além do estudo do clima urbano e dos sistemas climáticos locais severos, tais como tornados e temporais, recebe o nome de: A) Nível mesoclimático. B) Nível macrolimático. C) Clima das latitudes médias. D) Nível microclimático. E) Meteorologia. 5) O território brasileiro apresenta diferentes tipos de clima. Dentre as alternativas a seguir, qual apresenta o clima que, devido à escassez de água, proporciona menos chances de desenvolvimento de culturas agrícolas? A) Clima equatorial. B) Clima tropical. C) Clima tropical atlântico. D) Clima subtropical. E) Clima semiárido. Na prática A maioria das atividades praticadas pelo homem moderno dependem, direta ou indiretamente, da meteorologia. Como exemplo, pode-se citar, uma reportagem sobre a previsão do tempo em um telejornal ou mesmo as previsões do clima, que afetam atividades econômicas como a agricultura, os transportes, o turismo, a pescae a comunicação, entre outros. Existem diferentes técnicas de coleta de dados meteorológicos, que vão desde observações convencionais realizadas por observadores à utilização de modernos satélites meteorológicos equipados com tecnologias sofisticadas. Em território nacional, essas observações são realizadas pela Rede de Estações Meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a qual administra mais de 400 estações espalhadas pelo País. Como funciona essa importante rede meteorológica espalhada pelo Brasil? A seguir, no Na Prática, veja mais informações sobre o assunto. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/dd40751c-35aa-439d-93ac-ff6d945fd9c6/d80eff0f-f2e9-4a11-a304-b19b3919ab00.jpg Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Teoria e método em Climatologia O estudo dos fenômenos atmosféricos é realizado pela Meteorologia e pela Climatologia. A seguir, veja no artigo as principais diferenças entre essas duas ciências. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Bases conceituais da Climatologia Geográfica. A Climatologia encontra suas bases na Meteorologia, que estuda a atmosfera e seus fenômenos e preocupa-se com o seu registro e a sua medição, para determinar as condições físicas sob as quais foram produzidos. Leia o artigo a seguir para saber mais. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Estudo de teleconexões atmosféricas e possibilidades de avanços na Climatologia Geográfica: conceitos, fontes de dados e técnicas Mesmo disponíveis desde a década de 1960, somente nos últimos anos o avanço da tecnologia permitiu o acesso a imagens de satélite, bem como a conjuntos de dados meteorológicos. A disponibilização de tais dados pode ser significativa no avanço dos estudos da Climatologia. Para saber mais, leia o artigo a seguir. https://cipgeo.iesa.ufg.br/up/195/o/TEORIA_E_METODO_EM_CLIMATOLOGIA.pdf http://www.mercator.ufc.br/mercator/article/view/289 Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://revistas.ufpr.br/revistaabclima/article/view/48870/29378
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