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EXERCÍCIOS Questão 1 (...) Diário é muito formal, eu vou te chamar de Di, afinal de contas, é super fofo você ter “apelidinhos” para seus amigos mais íntimos. E com você, Di, eu vou me abrir completamente, tenho certeza que você vai ser meu grande amigo e que você vai me compreender sempre. Coisa difícil, pois raramente as pessoas compreendem os adolescentes. Nem pai nem mãe compreendem às vezes. Minha mãe então, nem se fala... E a incompreensão em pessoa. Bom, é verdade que eu também às vezes falo demais e minha mãe não é tão sinistra quanto eu falo, tem mães muito piores por aí. O que eu diria da minha mãe é que ela é mãe. Aquela coisa de “não sai sem arrumar o quarto”, “já estudou?”, “se não fez isso vai ficar de castigo”... Pensando bem, na boa, estou tentando aliviar o lado dela, mas não dá não... (...) (PERISSÉ, Heloísa. O diário de Tati. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003, p. 5) Questão 1 A personagem “Tati” utiliza diferentes expressões na escrita de seu diário, como as sublinhadas nos fragmentos“Diário é muito formal, eu vou te chamar de Di, afinal de contas, é superfofo você ter “apelidinhos” para seus amigos mais íntimos” e “Aquela coisa de “não sai sem arrumar o quarto”, “já estudou?”. Essas duas expressões, traduzem, respectivamente, termos próprios da: a) idade de Tati e da idade adulta. b) fala culta e da fala coloquial. c) idade de Tati e da fala coloquial. d) fala coloquial e da fala adulta. Questão 2 Fragmento do poema A TERRA É NATURÁ / Patativa do Assaré: Esta terra é como o Só Que nace todos os dia Briando o grande, o menó E tudo que a terra cria. O só quilarêa os monte, Tombém as água das fonte, Com a sua luz amiga, Potrege, no mesmo instante, Do grandaião elefante A pequenina formiga. Esta terra é como a chuva, Que vai da praia a campina, Móia a casada, a viúva, A véia, a moça, a menina. Quando sangra o nevuêro, Pra conquistá o aguacêro, Ninguém vai fazê fuxico, Pois a chuva tudo cobre, Móia a tapera do pobre E a grande casa do rico. (Extraído de A terra é Naturá. Patativa do Assaré) Questão 2 No texto, há usos que caracterizam um tipo de variação lingüística. Essa variação ocorre em função: a) do sexo do falante. b) do espaço geográfico. c) da faixa etária. d) da profissão. Questão 3 Vício na fala Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Para pior dizem pió Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados (ANDRADE, Oswald. Disponível em www.secrel.com.br) Questão 3 Considerando a mensagem do poema de Oswald de Andrade, afirma-se que há uma defesa: a) às diferentes possibilidades de falar. b)às formas puras de uso da língua. c)à liberdade de fazer poesia. d)à postura cuidadosa da escrita Questão 4 “Muitos podem pensar que o fenômeno da variação ocorre no Brasil porque os brasileiros são desleixados. No entanto, isso não passa de preconceito, pois uma característica de todas as línguas do mundo é que elas não são uniformes. Todas elas apresentam variantes, isto é, não são faladas da mesma maneira nos diversos lugares, nos distintos grupos sociais, nas diferentes épocas, nas diferentes situações. A língua é o meio utilizado pelo homem para expressar suas idéias, as da sua geração, da sua comunidade. A variação ocorre porque a sociedade é composta por pessoas de diferentes idades, profissões, escolaridades etc. Cada falante é um agente modificador do seu idioma: a língua é um instrumento privilegiado da cultura de um povo.” (Adaptado de FIORIN, José Luiz. Painéis da variedade. Revista Língua Portuguesa, ano II, número 23, 2007.) Questão 4 Após a leitura do trecho anterior, é INCORRETO afirmar: a) Nenhuma língua do mundo apresenta-se de modo uniforme. b) As línguas variam de acordo com os grupos sociais, com a época e com a situação em que o indivíduo se encontra. c) A língua portuguesa varia no Brasil devido a problemas em nosso sistema educacional. d) As variedades de uso da língua não impedem a comunicação. Questão 5 “Pois é. U purtuguêis é muito fáciu di aprender, porquê é uma língua qui a gentiiscrevi ixatamenti cumu si fala. Num é cumu inglêis qui dá até vontadidi ri quandu a gentes discobricumu é qui si iscrevi algumas palavras. Importuguêis, é só prestátenção. U alemão purexemplu. Qué coisa mais doida? Num bate nada cum nada. Até nu espanhol qui é parecidu, si iscrevi muito diferenti. Qui bom qui a minha lingua é u purtuguêis. Quem soubéfalá, sabiiscrevê.” (Jô Soares, revista veja, 28 de novembro de 1990) (Disponível em http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/v00003.htm) Questão 5 Sobre o trecho de Jô Soares, é INCORRETO afirmar que o autor: a) diz, ironicamente, que é fácil escrever textos em língua portuguesa. b) sabe que nós não escrevemos exatamente como falamos. c) escreveu o seu texto levando em conta o modo como ele fala. d) desconhece a ortografia da língua portuguesa. Questão 6 O trecho de Jô Soares nos remete a pensar nas diferenças entre fala e escrita. A partir dos comentários feitos em nossas aulas, é INCORRETO afirmar: a) A fala e a escrita são modalidades diferentes de uso da língua. b) A escrita é superior à fala, pois é mais elaborada. c) Para adquirir a escrita, é necessário que o indivíduo frequente a escola. d) A fala é desenvolvida pela criança a partir do convívio com seus familiares. Questão 7 “O idioma está sendo deturpado” Aldo Rebelo A desnacionalização lingüística pode ser vista a olho nu nas ruas de nossas cidades. A minha intenção ao propor esse projeto foi evitar a descaracterização da língua portuguesa. Nosso idioma está sendo desfigurado por um excesso de estrangeirismo incorporados ao vocabulário de forma estranha à grafia e à pronúncia clássicas do português. [...] Questão 7 O povo brasileiro não tem obrigação de conhecer palavras ou idiomas estrangeiros. O poliglotismo é uma virtude que todos almejamos, mas nunca em prejuízo da língua materna em que fomos alfabetizados e pela qual expressamos melhor os nossos sentimentos. (Adaptado de O idioma está sendo deturpado. Jornal do Brasil, Caderno Política, 1° de abril 2001, p.4). Questão 7 O deputado Aldo Rebelo mostra-se indignado com os estrangeirismos na língua portuguesa. No entanto, vale destacar que: a) os estrangeirismos são fundamentais ao bom funcionamento da língua. b) a língua portuguesa, como todas as outras línguas do mundo, muda com o tempo. c) conhecer palavras estrangeiras facilita a comunicação em língua portuguesa. d) o uso de palavras estrangeiras na língua impede que a língua seja preservada.
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