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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
CÂMPUS DE JABOTICABAL
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
DEPARTAMENTO DE FITOSSANIDADE
unesp
Ecotoxicologia dos Agrotóxicos e Saúde Ocupacional
4a. Aula – Toxicologia dos agrotóxicos – Ago/2018
Dr. Joaquim Gonçalves Machado Neto – Prof. Responsável
Doutoranda Ana Carla Coleone de Carvalho
4ª Aula -TOXICOLOGIA DOS AGROTÓXICOS
1 - Introdução
2 - Toxicidade aguda e crônica
3 - Testes de avaliação da toxicidade aguda e crônica
4 - Classificação toxicológica dos agrotóxicos
5 - Resíduos de agrotóxicos em alimentos
PRÁTICA:
Leitura de rótulos e bulas de embalagens de agrotóxicos.
1947 – assinado 1º 
ato sobre praguicidas 
(EUA)
TOXICOLOGIA DOS AGROTÓXICOS
É a ciência que estuda os efeitos 
adversos de substâncias químicas 
sobre os organismos, com a finalidade 
principal de prevenir o aparecimento 
destes efeitos e estabelecer o uso 
seguro destas substâncias químicas.
TOXICOLOGIA
A maioria das substâncias químicas, consideradas
como agentes tóxicos, são substâncias exógenas aos
organismos, conhecidas como XENOBIÓTICOS.
Derivado do grego xeno (estranho). É usado para 
indicar uma substância estranha ao organismo. 
Os xenobióticos podem produzir efeitos:
BENÉFICOS - Ex.: Medicamentos.
ADVERSOS - Agentes tóxicos (Medicamentos / Agrotóxicos)
A maioria das substâncias químicas, consideradas
como agentes tóxicos, são substâncias exógenas aos
organismos, conhecidas como XENOBIÓTICOS.
Derivado do grego xeno (estranho). É usado para 
indicar uma substância estranha ao organismo. 
Os xenobióticos podem produzir efeitos:
BENÉFICOS - Ex.: Medicamentos.
ADVERSOS - Agentes tóxicos (Medicamentos / Agrotóxicos)
“Todas as substâncias são venenos, não existe nada que não seja 
veneno. Somente a DOSE correta diferencia o veneno do remédio.”. 
PARACELSO - [1493(Suíça) -1541(Áustria)]. 
Nome: Phillipus Aureolus Theophrastus Bombastus von 
Hohenheim - Médico, Alquimista, Físico, Astrólogo ,Ocultista 
Químico, Bioquímico e Toxicologista
TOXICOLOGIA DOS AGROTÓXICOS
DOSE
É a quantidade da substância que deve ser administrada a um 
sistema vivo para produzir um determinado EFEITO.
EFEITO
É a expressão de uma mudança biológica, em um indivíduo ou uma 
população, relacionada à expressão ou dose de um produto tóxico.
EFEITO TÓXICO: 
É o produto final de um grande número de ações provocadas pela substância, 
atingindo pontos biológicos suscetíveis de serem modificados.
IN
T
O
X
IC
A
Ç
Ã
O
 C
O
M
 O
S
 A
G
R
O
T
Ó
X
IC
O
S
EFEITO TÓXICO: 
É o produto final de um grande número de ações provocadas pela substância, 
atingindo pontos biológicos suscetíveis de serem modificados.
IN
T
O
X
IC
A
Ç
Ã
O
 C
O
M
 O
S
 A
G
R
O
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X
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O
S
Necessidades básicas do processo de 
intoxicação
Uma substância química (agente) capaz de 
produzir uma determinada resposta em um 
organismo vivo,
Um sistema biológico identificado (organismo) 
sobre o qual a substância irá interagir;
Uma resposta (efeito) considerada
nociva ao sistema com o qual a 
substância interagiu.
TOXICIDADE DOS AGROTÓXICOS
TOXICIDADE :
É a capacidade de uma substância química de 
produzir lesões físicas, químicas, genéticas ou
neuropsíquicas; com repercussões comportamentais, 
em organismos vivos, com maior ou menor efeito 
nocivo, em condições padronizadas de uso.
TOXICIDADE CRÔNICA: É aquela oriunda de repetidas exposições, 
de longa duração, a várias doses subletais.
- MEDE-SE OS EFEITOS SUBLETAIS SOBRE:
- Crescimento / Fisiologia / Bioquímica / Reprodução
- Carcinogênicos / Mutagênicos / Teratogênicos
DETERMINA-SE AS DOSES E CONCENTRAÇÕES SEM EFEITOS
NOEL – Nível de Efeito Não Observável (NIVEL EXPOSIÇÃO SEGURA)
TOXICIDADE DOS AGROTÓXICOS
TOXICIDADE AGUDA: É aquela oriunda de uma exposição única, de 
curta duração e uma dose única. 
- MEDE-SE O EFEITO LETAL (Poder letal das substâncias tóxicas)
- DL50 (Dose Letal a 50% dos animais expostos no teste)
- CL50 (Concentração Letal a 50% dos animais expostos)
DADOS TOXICOLÓGICOS: São informações sobre as 
características tóxicas de um composto químico, obtidas em
experimentação com animais de laboratório ou pelo registro
de caso de uso indevido e conseqüente intoxicação humana.
- Dados Toxicol. Agudos – Medem o poder Letal (DL50)
- Dados Toxicol. Crônicos – Medem a toxicidade cumulativa
TOXICIDADE DOS AGROTÓXICOS
AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA:
É a análise dos dados toxicológicos de um agente tóxico, 
com o OBJETIVO DE COLOCÁ-LO EM CLASSES TOXICOLÓGI-
CAS e fornecer informações a respeito da forma correta de seu
emprego, BEM COMO AS MEDIDAS PREVENTIVAS E CURATIVAS
para os casos de uso indevido e conseqüente intoxicação.
TOXICIDADE DOS AGROTÓXICOS
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS / TOXICOLÓGICAS E 
ECOTOXICOLÓGICAS DOS COMPOSTOS QUÍMICOS E SEUS EFEITOS
REGISTRO DE AGROTÓXICOS NO BRASIL –
MODELO TRIPARTITE (Lei 7.802 de 11/07/1989 )
MAPA
Avaliação da 
eficiência 
Agronômica
IBAMA
Avaliação da 
Ecotoxicidade - PPA
ANVISA
Avaliação da 
Toxicidade
REGISTRO
MAPA
MAPA
Portaria No 03, de 16 de janeiro de 1992 
O DIRETOR DO DEPARTAMENTO TÉCNICO-NORMATIVO - SUBSTITUTO, da 
Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, no uso da competência que lhe foi 
delegada pelo Ministro de Estado da Saúde, nos termos da Portaria no1.816, de 16 de setembro de 1991, tendo em vista a 
proposta apresentada pela Divisão de Produtos, resolve:
Ratificar os termos das "Diretrizes e orientações referentes à autorização de registros, renovação de registro e extensão 
de uso de produtos agrotóxicos e afins - no 1, de 9 de dezembro de 1991", publicadas no D.O.U. em 13 - 12 -91.
Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União, revogadas as disposições em 
contrário, em especial as Portarias no 4, 5 e 25, da Divisão Nacional de Vigilância Sanitária de Saneantes 
Domissanitários - DISAD de 30 de abril de 1980, 6 de maio de 1980 e de 23 de outubro de 1987, respectivamente.
Paulo Roberto Miele
MINISTÉRIO DA SAÚDE
SECRETARIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
DEPARTAMENTO TÉCNICO - NORMATIVO
DIRETRIZES E EXIGÊNCIAS REFERENTES À AUTORIZAÇÃO DE REGISTROS, 
RENOVAÇÃO DE REGISTRO E EXTENSÃO DE USO DE PRODUTOS 
AGROTÓXICOS E AFINS - No 1, de 09 de dezembro de 1991.
TOXICIDADE DOS AGROTÓXICOS
ESTUDOS TOXICIDADE
Os termos EFEITO E RESPOSTA, muitas vezes podem ser usados como 
sinônimos para denominar uma alteração biológica, num indivíduo ou numa 
população em relação a uma exposição ou dose. 
Contudo, na Toxicologia se diferenciam: 
EFEITO - Para denominar uma alteração biológica (Fisiológicos / 
Bioquímicos).
RESPOSTA - Para indicar a proporção de uma população que manifesta
um efeito definido (mortalidade).
(DL50 ou CL50).
DL50 -VIAS: oral, dérmica (mg/kg)
CL50 - Via respiratória (mg/L ar/h)
ANIMAIS: rato, camundongo, coelho, cão, etc.
TESTE: rato albino macho: 12 ratos / dose 
testada, observação por até 14 dias.
TOXICIDADE AGUDA:
CLASSES TOXICOLÓGICAS DAS FORMULAÇÕES DE AGROTÓXICOS, 
COM BASE NOS DADOS TOXICOLÓGICOS (Portaria N. 03/92 – ANVISA/MS)
Dados 
Toxicológicos
Classe I Classe II Classe III Classe IV
DL50 Oral (mg/kg)
Formulação 
Líquida
≤ 20 20 – 200 200 – 2000 > 2000
Formulação 
Sólida
≤ 5 5 – 50 50 – 500 > 500
DL50 Dérmica (mg/kg)
Formulação 
Líquida
≤ 40 40 – 400 400 – 4000 > 4000
Formulação 
Sólida
≤ 10 10 – 100 100 – 1000 > 1000
CL50 Inalatória (mg i. a./L ar/h)
mg i.a./L/h < 0,2 0,2 – 2,0 2,0 – 20,0 >20,0
CLASSES TOXICOLÓGICAS DAS FORMULAÇÕES DE AGROTÓXICOS, 
COM BASE NOS DADOS TOXICOLÓGICOS (Portaria N. 03/92 – ANVISA/MS)
Dados 
Toxicológicos
Classe I Classe II Classe III Classe IV
DL50 Oral (mg/kg)
Formulação 
Líquida
≤ 20 20 – 200 200 – 2000 > 2000
Formulação 
Sólida
≤ 5 5 – 50 50 – 500 > 500
DL50 Dérmica (mg/kg)Formulação 
Líquida
≤ 40 40 – 400 400 – 4000 > 4000
Formulação 
Sólida
≤ 10 10 – 100 100 – 1000 > 1000
CL50 Inalatória (mg i. a./L ar/h)
mg i.a./L/h < 0,2 0,2 – 2,0 2,0 – 20,0 >20,0
TESTES DE AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA: 
Teste de sensibilidade dérmica: cobaia -12: - 6 por contato
- 6 intradérmico
Teste de lesão ocular e de lesão dérmica: coelho albino (6/prod.)
TESTES DE AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA: 
Teste de lesão ocular : coelho albino (6/prod.)
TESTES DE AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA: 
Teste de lesão ocular : coelho albino (6/prod.)
TESTES DE AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA: 
Teste de lesão dérmica: coelho albino (6/prod.)
TESTES DE AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA: 
Teste de lesão dérmica: coelho albino (6/prod.)
Teste de sensibilidade dérmica: Cobaia -12 animais
- 6 por contato - 6 intradérmico
CLASSES TOXICOLÓGICAS DAS FORMULAÇÕES DE AGROTÓXICOS, COM 
BASE NOS DADOS TOXICOLÓGICOS
Dados Toxico-
lógicos
Classe I Classe II Classe III Classe IV
Lesões 
oculares
Opacidade 
reversível ou 
não dentro de 
7 dias ou 
irritação 
persistente 
Sem 
opacidade.
Irritação 
reversível 
em 7 dias.
Sem 
opacidade.
Irritação 
reversível 
em 72 h.
Sem 
opacidade. 
Irritação 
reversível 
em 24 h.
Lesões 
dérmicas
Provoquem 
Corroção ou 
ulceração
Irritação 
severa 
Nota: ≥ 5 
(Draze e 
cols).
Irritação 
moderada 
Nota: ≥ 3 –
5 (Draze e 
Cols.)
Irritação 
leve 
Nota: < 3 
(Draze e 
Cols.)
CLASSES TOXICOLÓGICAS DAS FORMULAÇÕES DE AGROTÓXICOS, 
COM BASE NOS DADOS TOXICOLÓGICOS (Portaria N. 03/92 – ANVISA/MS)
TOXICIDADE CRÔNICA: Exposições diárias a doses subletais
Determina-se o NOEL – Nível de efeito não observável (mg/kg/dia)
 Curto prazo: testes de 90 dias em rato albino (18/dose),
 Longo prazo: exposição por tempo superior à meia vida do 
animal, rato albino (32/dose)
Open Field
RATOS open field
test.mp4
RATOS open field test.mp4
TESTES DE AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE CRÔNICA: 
Teste de efeitos
neurotóxicos: 
galinhas Leghorn 
(12/dose)
TESTES DE AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE CRÔNICA: 
Teste de efeito carcinogênico: 32 ratos albinos/dose.
Teste de efeito teratogênico: 12 rato albino fêmea / dose.
- Aplicação entre o 6º e 16º dias de gravidez.
Teste de efeito mutagênico: rato albino 
fêmea (6/dose). Exposição aos 5 dias do pré
acasalamento.
Teste de efeito na reprodução: 
3 gerações de rato albino.
6 fêmeas e 7 machos
no 1º acasalamento/dose.
D. L. 4074 (04/01/2002) – Capítulo III - DOS REGISTROS Seção IV – DAS PROIBIÇÕES
Art. 31. É proibido o registro de agrotóxicos, seus componentes e 
afins:
III - considerados teratogênicos, que apresentem evidências 
suficientes nesse sentido, a partir de observações na espécie 
humana ou de estudos em animais de experimentação;
IV - considerados carcinogênicos, que apresentem evidências 
suficientes nesse sentido, a partir de observações na espécie 
humana ou de estudos em animais de experimentação;
D. L. 4074 (04/01/2002) – Capítulo III - DOS REGISTROS Seção IV – DAS PROIBIÇÕES
Art. 31. É proibido o registro de agrotóxicos, seus componentes e 
afins:
III - considerados teratogênicos, que apresentem evidências 
suficientes nesse sentido, a partir de observações na espécie 
humana ou de estudos em animais de experimentação;
IV - considerados carcinogênicos, que apresentem evidências 
suficientes nesse sentido, a partir de observações na espécie 
humana ou de estudos em animais de experimentação;
D. L. 4074 (04/01/2002) – Capítulo III - DOS REGISTROS Seção IV – DAS PROIBIÇÕES
Art. 31. É proibido o registro de agrotóxicos, seus componentes e afins:
V - considerados mutagênicos, capazes de induzir
mutações observadas em, no mínimo, dois testes,
um deles para detectar mutações gênicas,
realizado, inclusive, com uso de ativação
metabólica, e o outro para detectar mutações
cromossômicas;
VI - que provoquem distúrbios hormonais, danos ao
aparelho reprodutor, de acordo com procedimentos
e experiências atualizadas na comunidade
científica;
D. L. 4074 (04/01/2002) – Capítulo III – DOS REGISTROS
Seção IV – DAS PROIBIÇÕES
Art. 31. É proibido o registro de agrotóxicos, seus componentes e afins:
I - para os quais no Brasil não se disponha de métodos para 
desativação de seus componentes, de modo a impedir que os seus 
resíduos remanescentes provoquem riscos ao meio ambiente e à 
saúde pública;
II - para os quais não haja antídoto ou tratamento eficaz no Brasil;
D. L. 4074 (04/01/2002) – Capítulo III - DOS REGISTROS Seção IV – DAS PROIBIÇÕES
Art. 31. É proibido o registro de agrotóxicos, seus componentes e afins:
VII - que se revelem mais perigosos para o homem do que os testes de laboratório, 
com animais, tenham podido demonstrar, segundo critérios técnicos e científicos 
atualizados; e
§ 1º Devem ser considerados como "desativação de seus componentes" os processos de
inativação dos ingredientes ativos que minimizem os riscos ao meio ambiente e à saúde
humana.
§ 2º Os testes, as provas e os estudos sobre mutagênese, carcinogênese e teratogênese,
realizados no mínimo em duas espécies animais, devem ser efetuados com a
aplicação de critérios aceitos por instituições técnico-científicas nacionais ou
internacionais reconhecidas.
VIII - cujas características causem danos ao meio ambiente.
Estas classificações têm pouca utilidade prática. São 
qualitativas e servem apenas como orientação e regulamen-
tação (Registro no MAPA), ou, algumas vezes, para responder a 
alguém de outra área, que pergunta: “Esta substância é muito 
tóxica?” ou ”Quão tóxica é esta substância?” 
EM SITUAÇÕES PRÁTICAS não se deve conhecer 
somente a toxicidade das substâncias, representadas geralmente 
pela DL50, POIS TÃO IMPORTANTE COMO CONHECER A 
TOXICIDADE dos agentes químicos, É CONHECER E 
SABER AVALIAR O RISCO TÓXICO de uma substância. 
TOXICOLOGIA DOS AGROTÓXICOS
RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS
- Limite Máximo de resíduo - LMR 
- Limite de Resíduo Estranho - LRE
- NOEL
- IDA e DRfa,
- Intervalo de segurança ou carência, e
- Intervalo de reentrada.
- Codex Alimentarius. Tolerância de resíduo
RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS
RESÍDUO: É qualquer quantidade da substância, ou mistura de 
substâncias, no alimento humano, ou na ração animal resultante do 
uso de agrotóxicos, incluindo quaisquer derivados específicos, tais
como produtos de degradação e conversão, metabólitos, produtos de 
reação e impurezas, considerados toxicologicamente significativos
(FAO / OMS, 1976).
RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS
RESÍDUOS DOS AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS
- INTENCIONAL: de produtos diretamente 
empregados na fase de produção.
- NÃO INTENCIONAL: de produtos não utilizados 
diretamente na produção. 
RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS
BOA PRÁTICA AGRÍCOLA: É o emprego correto e eficaz de um 
agrotóxico, considerado os riscos toxicológicos envolvidos em 
sua aplicacão, de modo que os resíduos sejam os menores 
possíveis e toxicologicamente aceitáveis.
LMR - LIMITE MÁXIMO DE RESÍDUO OU
TOLERÂNCIA DE RESÍDUO
Concentração máxima de resíduo, resultante do emprego do 
agrotóxico, segundo a boa prática agrícola, para a produção ou 
proteção do alimento para o qual o limite (LMR) é recomendado.
O LMR é definido no Codex Alimentarius.
RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS
LRE – LIMITE DE RESÍDUO ESTRANHO
Concentração máxima, aceitável toxicologicamente, de um 
resíduo proveniente de fontes outras que o uso do agrotó-
xico, direta ou indiretamente, para a produção do alimento.
Codex Alimentarius:
É uma coleção de normas alimentares para
aceitação internacional, discutidas e apresentadas pela
Comissão do Codex Alimentarius – que é um programa
conjunto FAO / OMS.
RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS
Codex Alimentarius:
Os Membros da Comissão constituem-se dos Estados
Membros Associados da FAO e/ou OMS, que tenham notificado às
suas respectivas organizações o desejo de que os considerem
Membros.
A finalidade do Programa Conjunto FAO/OMS sobre
NormasAlimentares é:
 proteger a saúde dos consumidores e assegurar o
estabelecimento de práticas uniformes no comércio dos produtos
alimentícios;
 fomentar a coordenação de todos os trabalhos que se
realizem sobre normas alimentares por organizações internacionais
governamentais e não governamentais;
 determinar prioridades, iniciar e orientar a preparação de
projetos de normas e, uma vez que estas sejam aceitas pelos
Governos, publicá-las em um Codex Alimentarius, seja como normas
regionais ou mundiais.
- Comitê do Codex sobre Produtos Cárneos Elaborados
- Comitê do Codex sobre Pescado e Produtos de Pesca
- Comitê do Codex sobre Produtos de Cacau e Chocolate
- Comitê do Codex sobre Resíduos de Pesticidas, - etc.
Comitê do Codex sobre Resíduos de Pesticidas
- Comitê de Especialistas em Res. de Pesticidas
- Especialistas convidados FAO/WHO – Genebra
Reunião do Codex: Países Importadores x Exportadores. 
- Reúne-se a cada 2 anos em Haia
BRASIL – Portaria n. 318 – Min. Saúde, de 23/06/87
Reconhece integralmente os Limites de Resíduos do Codex Alimentarius
CODEX ALIMENTARIUS 
É uma comissão da FAO / WHO (Determinam os LMRs)
BRASIL – Portaria n. 318 – Min. Saúde, de 23/06/87 
LMR nos alimentos, segundo a legislação brasileira e a freqüência
com que foram estabelecidos até dez/99 (Caldas & Souza, 2000).
LMR (ppm)
Brasil 4o. Consumidor mundial de
agrotóxicos e o 8o / área aplicada
 2017 – 1º consumidor mundial
Até dez/99: 322 i.a. / 2.000 p.c.
2.300 LMR em 265 culturas
RESÍDUOS DOS AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
1 3 6 12 24
Dias após a aplicação
R
es
íd
u
o
 (
p
p
m
)
PERÍODO DE CARÊNCIA OU CARÊNCIA OU INTERVALO DE SEGURANÇA:
Período entre a aplicação do agrotóxico e a colheita do produto agrícola, ou consumo.
Dá segurança quanto ao valor do LMR.
CRITÉRIOS PARA ESTABELECER A TOLERÂNCIA DE RESÍDUOS 
(LMR) DE AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS:
1) Crítério toxicológico – não exceder a IDA,
2) Aplicação de acordo com a boa prática agrícola: a quantidade apli-
cada nunca dever ser superior à estritamente necessária para a 
eficiência agronômica do produto. 
RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS
Mesmo após uma boa prática agrícola os agrotóxicos deixam 
resíduo. Este é expresso sempre em ppm (partes por milhão), ou 
seja, miligramas do agrotóxico e/ou seus derivados por kg do 
produto tratado.
RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS
Mesmo após uma boa prática agrícola os agrotóxicos deixam 
resíduo. Este é expresso sempre em ppm (partes por milhão), ou 
seja, miligramas do agrotóxico e/ou seus derivados por kg do 
produto tratado.
RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS
Para cada agrotóxico é determinado uma DDA (Dose Diária 
Aceitável) ou IDA (Ingestão Diária Aceitável) – Parâmetro crônico
Def.: “A quantidade máxima que, ingerida diariamente durante toda
a vida, parece não oferecer do risco apreciável á saúde, á luz
dos conhecimentos atuais, expressa em mg do agrotóxico
por kg de peso corpóreo (mg/kg)”. 
Esse resultado (IDA) é determinado partindo-
se de dados de ensaios toxicológicos realizados em 
animais de laboratório (NOEL), em experimentação, e 
depois extrapolados para o homem.
NEL – No Effect Level e
NOEL = No Observable Effect Level
Dose máxima de uma substância que pode ser ingerida diariamente por 
um longo período, por animais de experimentação, sem efeito nocivo à 
saúde dos mesmos.
ADI – Acceptable Dally Intake
IDA – Ingestão Diária Aceitável
Quantidade máxima que, ingerida diariamente durante toda a vida, parece 
não oferecer risco apreciável à saúde, à luz dos conhecimentos atuais. 
Expressa em mg/kg do peso corpóreo/dia
RESÍDUOS DOS AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS
INTENCIONAL: de produtos diretamente empregados na fase de produção.
IDA = NOEL / 100 (100 = Fator de Segurança)
RESÍDUOS DOS AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS
INTENCIONAL: de produtos diretamente empregados na fase de produção.
IDA = NOEL / 100 (mg/kg/dia)
O fator de segurança pode ser:
< 100 – quando existem informações mais seguras.
(Ex. dados observados em humanos)
> 100 – quando as informações forem incompletas.
(Ex. estudos sobre comportamento 
bioquímico, metabólicos, etc).
RESÍDUOS DOS AGROTÓXICOS EM ALIMENTOS
INTENCIONAL: de produtos diretamente empregados na fase de produção.
Parâmetro agudo
Def:
- DRfa (dose de referência aguda) = quantidade estimada do resíduo
de agrotóxico presente nos alimentos que pode ser ingerida durante um
período de até 24 h, sem causar efeito(s) adverso(s) à saúde (mg
resíduo / kg de peso corpóreo (mg/kg p.c.).
- IMEA (ingestão máxima estimada aguda) - quantidade máxima
estimada de resíduo de agrotóxico em alimentos consumida durante um
período de até 24 horas (mg de resíduo / kg de peso corpóreo (mg/kg
p.c.).
- Primeira vez que a Anvisa monitora o
risco agudo para saúde;
- Avaliados 25 tipos de alimentos;
- 12.051 amostras monitoradas nos 27
estados / Distrito Federal;
- 98,89% das amostras (2013 e 2015):
sem risco agudo para a saúde.
PARA 2016
2016
Programa de Análises de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos 
– PARA - Resultados analíticos de 2002 (ANVISA, 2003).
ALFACE
Total de
Amostras
Amostras
Contamin.
% Amost.
Contam.
Resíduos
(ppm)
ANVISA
LMR (ppm)
acefato 126 1 0,79 0,93 -
carbaril 79 3 3,80 1,0 - 2,3 10,0
carbendazim 126 4 3,17 0,07 - 1,30 -
clorotalonil 162 4 2,47 0,47 - 4,27 -
clorpirifós 162 2 1,23 0,06 - 0,07 -
ditiocarbamatos 162 57 35,19 0,10 - 3,50 *
lambda-cialotrina 162 1 0,62 0,08 -
parationa metílica 162 2 1,23 0,26 - 0,40 -
procimidona 126 2 1,59 0,25 - 2,81 5,0
Programa de Análises de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos 
– PARA - Resultados analíticos de 2002 (ANVISA, 2003).
Cultura Total de
Amostras
Amostras
Contamin.
% Amost.
Contam.
Resíduos
(ppm)
ANVISA
LMR (ppm)
BANANA
carbendazim 92 6 6,52 0,01 - 0,27 -
ditiocarbamatos 92 1 1,09 0,01 *
BATATA
carbaril 83 1 1,2 1
carbofurano 83 4 4,82 0,06 - 0,60 0,5
clorfpirifós 176 47 26,7 0,01 - 0,35 1
tiabendazol 176 8 4,55 1,00 - 1,00 5
LARANJA
dicofol 141 2 1,42 0,20 - 0,81 5
ditiocarbamatos 141 1 0,71 0,31 *
metidationa 141 2 1,42 0,50 - 0,50 2
parationa metílica 141 1 0,71 1,41 -
triazofós 141 1 0,71 0,03 0,01
Programa de Análises de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos 
– PARA - Resultados analíticos de 2002 (ANVISA, 2003).
MAÇÃ
Total de
Amostras
Amostras
Contamin.
% Amos.
Contam.
Resíduos
(ppm)
ANVISA
LMR (ppm)
captana 30 3 10,00 0,10 - 0,70 25,0
carbendazim 69 1 1,45 0,72 0,8
clorpirifós 99 32 32,32 0,01 - 0,20 1,0
clorpirifós metil 99 6 6,06 0,01 - 0,27 -
diazinona 99 1 1,01 0,4 0,7
diclorvós 99 1 1,01 0,07 0,1
dicofol 99 4 4,04 0,01 - 0,25 5,0
dimetoato 69 22 31,88 0,05 - 0,8 2,0
ditiocarbamatos 99 68 68,69 0,04 - 2,10 -
fenitrotiona 99 11 11,11 0,01 - 0,44 0,5
iprodiona 30 1 3,33 0,35 5,0
pirimifós metílico 30 3 10,00 0,01 - 0,03 5,0
tetradifona 99 1 1,01 0,18 2,0
Programa de Análises de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos 
– PARA - Resultados analíticos de 2002 (ANVISA, 2003).
MAMÃO Total de
Amostras
Amostras
Contamin.
% Amost.
Contam.
Resíduos
(ppm)
ANVISA
LMR (ppm)
azinfós etílico 144 1 0,69 0,2 0,2
clorotalonil 144 19 13,19 0,01 - 0,16 0,1
diazinona 144 1 0,69 0,45 0,5
diclorvós 144 1 0,69 - -
dicofol 144 24 16,67 0,01 - 0,01 -
dimetoato 144 1 0,69 0,19 -
ditiocarbamatos 144 58 40,28 0,10 - 2,14 -
fenitrotiona 144 4 2,78 0,03 - 1,06 0,5
metamidofós 144 5 3,47 0,01 - 0,26 -
parationa etílica 144 1 0,69 0,27 -
parationa metílica 144 1 0,69 0,07 -
Programa de Análises de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos 
– PARA - Resultados analíticos de 2002 (ANVISA, 2003).
MORANGO
Total de
Amostras
Amostras
Contamin
% Amost.
Contam.
Resíduos
(ppm)
ANVISA
LMR (ppm)
azoxistrobina 141 20 14,18 0,07 - 0,50 0,3
captana 141 7 4,96 0,67 - 6,05 20,0
diclorvós 141 1 0,71 1,1 0,1
dicofol 141 1 0,71 0,1 -
dimetoato 141 18 12,77 0,05 - 7,30 -
ditiocarbamatos 141 85 60,28 0,10 - 1,03 *
endosulfan 141 28 19,86 0,01 -0,90 -
fentiona 141 2 1,42 0,03 - 2,13 -
forato 141 2 1,42 - -
iprodiona 141 24 17,02 0,30 - 5,32 1,0
pirazofós 141 1 0,71 0,24 -
procimidona 141 51 36,17 0,1 – 3,0 3,0
procloraz 141 20 14,18 0,12 - 2,46 -
tetradifona 141 21 14,89 0,03 - 0,57 -
vinclozolina 141 1 0,71 0,45 -
Programa de Análises de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos 
– PARA - Resultados analíticos de 2002 (ANVISA, 2003).
TOMATE
Total de
Amostras
Amostras
Contamin.
% Amost.
Contam.
Resíduos
(ppm)
ANVISA
LMR (ppm)
acefato 189 2 1,06 0,76 - 0,78 0,5
captana 189 1 0,53 0,17 15,0
clorotalonil 189 2 1,06 0,20 - 0,20 1,0
clorfpirifós 189 4 2,12 0,06 - 0,17 0,5
dicofol 189 1 0,53 0,05 -
dieldrin 189 1 0,53 0,19 -
ditiocarbamatos 189 100 52,91 0,07 - 1,50 -
endosulfan 189 2 1,06 0,03 - 0,14 -
fentoato 189 2 1,06 0,09 - 0,28 0,1
lambda-cialotrina 189 3 1,59 0,08 - 0,36 0,05
metamidofós 189 47 24,87 0,10 - 2,33 0,3
metidationa 189 1 0,53 0,15 -
monocrotofós 189 10 5,29 0,10 - 0,61 -
permetrina 189 4 2,12 0,16 - 1,13 0,3
triazofós 189 7 3,70 0,04 - 0,87 0,04
Prática: Leitura de rótulos e bulas de embalagens de agrotóxicos.
1 - Nome do fabricante e nº do registro no MAPA 2 - Nome Comercial. 
3 - Nome químico. 4 - Nome comum.
5) Concentração do ingrediente ativo na formulação.
6) Classe de uso. 7) Tipo de formulação. 
8) Registrado para quais culturas. 
9) Cite pelo menos dois organismos que controla, a cultura, a dose e o volume de 
calda/ha.
10) Número de aplicação durante o ciclo da cultura, épocas e Intervalo de aplicação.
11) Equipamentos de aplicação.
12) Condições climáticas adequadas durante as aplicações.
13) Intervalo de segurança para as culturas.
14) Intervalo de reentrada de pessoas nas culturas e áreas tratadas.
15) Limitações de uso.

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