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Exemplo 1
“Semântica e pragmaticamente, aliás, toda a intertextualidade, mesmo quando aparenta circunscrever-se a uma simples atividade lúdica, a um divertimento gratuito, nunca é ideologicamente inocente ou asséptica, reenviando sempre, embora muitas vezes de modo dissimulado, oblíquo e até oculto, a uma cosmovisão, a um universo simbólico em que se acredita ou se denega.” (SILVA, 1999: 633)
Exemplo 2
“Segundo Fetzner, registrar a situação de conflito é fundamental para delimitar a questão sobre a qual se argumentará. Isso porque serão fornecidos os elementos indispensáveis para compor o caso concreto e inseri-lo no contexto jurídico. Nesta, o orador definirá a centralidade da questão jurídica que estará sob apreciação, isto é, o fato jurídico. Em seguida, identificará as partes envolvidas na lide, devidamente qualificadas, determinando aquele que, em tese, repre-senta o sujeito passivo e o que será considerado sujeito ativo. Por fim, estabelecerá quando e onde esta ocorreu.”
_______________________________________________________
Embora contemplem assuntos bastante diferentes (o exemplo 1 é uma citação retirada de dissertação de mestrado em Letras e o 2, parte de material didático de curso de Direito), os dois textos acima possuem alguns elementos comuns, quais sejam:
São destinados a leitores específicos, em áreas determinadas do universo acadêmico, e não ao público em geral.
Utilizam terminologia própria da área na qual estão inseridos, fazendo uso de uma linguagem precisa, muitas vezes específica, recorrendo a jargões ou a termos técnicos.
Não existe, em princípio, a preocupação de tornar os conteúdos atraentes, ou ao menos acessíveis, para pessoas leigas, que não façam parte dos estudiosos da área em questão.
Desde a metade final do século XVIII, vigora no Ocidente a ideia de que o conhecimento científico deve ser acessível não apenas aos sábios e aos acadêmicos, mas também às pessoas leigas. De início, os responsáveis pela difusão dessa ideia foram os filósofos iluministas europeus, especialmente os franceses, como Rousseau e Voltaire. Foi também na França que a pretensão de levar o saber racional a todas as camadas letradas da sociedade conduziu à publicação da Encyclopédie (Enciclopédia), em 33 volumes.
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Exemplos de divulgadores científicos seriam o americano Carl Sagan e o brasileiro Marcelo Gleiser (na Astronomia), assim como o também americano Stephen Jay Gould (Evolucionismo).
A partir de iniciativas como essa, de colocar ao alcance de um público não especializado as recentes descobertas científicas e tecnológicas, surgiram os textos de divulgação científica.
Muitos cientistas contemporâneos se consagraram ao publicar obras que, através de um formato atraente e uma linguagem acessível às pessoas ditas leigas, permitiam que o conhecimento saísse dos laboratórios, dos gabinetes das universidades, e chegasse até as mãos de leitores comuns, desejosos de se manterem informados sobre as novidades da ciência moderna.

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