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Gastroenterologia equina

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GASTROENTEROLOGIA EQUINA 
Síndrome Cólica 
A síndrome do abdômen agudo, ou cólica é uma 
afecção que afeta o gastroentérico, envolve um 
processo patológico doloroso de início repentino. 
Possui repercussão sistêmica e requer rápido 
diagnostico e tratamento. Tem origem no trato 
gastrointestinal, porém lesões em outros órgãos 
abdominais podem causar desconforto abdominal. 
Cólica verdadeira, onde tem origem no TGI, pode 
ser classificada como obstrutiva simples (só obstrui 
uma parte, por exemplo, o lúmen) ou estrangulativa 
(torção ou deslocamento) e como não obstrutiva 
(cólica por diarreia, gastrite). 
Cólica falsa, tem origem em outros órgãos 
abdominais, como por exemplo, problemas nos rins. 
Particularidades: reduzida capacidade estomacal, 
digestão bacteriana, mesentério longo, colón maior, 
variação do lúmen, alterações dentárias, temperatura 
ambiente. Baixo limiar a dor, idade, vícios (aerofagia), 
manejo inadequado, endoparasitas, hemoparasitoses, 
iatrogênica (Imidocarb, morfina, atropina, amitraz) 
Ion – Calcio + lidocaína, Metroclopamidra*, 
neotiguimina. 
Manejo 
Ingestão de grande volume de alimento de uma só 
vez, areia em excesso pesa e parar no fundo do 
colón - cólica por sablose, privação de água, água 
fria, alteração na alimentação 
 
A fisiologia digestiva do cavalo se caracteriza por 
intensa mastigação, grande rapidez do trânsito 
gástrico, uma breve digestão enzimática, porém 
intensa no intestino delgado, e 
prolongada ação microbiana a nível dos grandes 
reservatórios do intestino grosso. 
Anatomia 
- Boca: preensão do alimento, trituração, produção 
de saliva. Um equino adulto (400kg) pode produzir 
40litros/saliva/dia. 
 
- Estomago 
 
- Intestino Delgado: digestão enzimática, absorção de 
líquido, é muito vascularizado. Na auscultação, caso o 
intestino esteja parado, já sonda o animal. 
- Ceco: metade direita do abdome – até 30L de 
capacidade com cerca de 1m – base-corpo-ápice. 
Base em contato com o teto do abdome, possui 
fortes faixas musculares longitudinais – tênias. 
Esôfago em tensão, para entrar com uma sonda 
nasogástrico precisa colocar ar e introduzi, ar e 
introduzir. 
Etiopatogenia 
- Obstruções intraluminais sem estrangulamento 
vascular; 
- Obstruções intraluminais com estrangulamento 
vascular; 
- Obstruções vasculares sem estrangulamento; 
- Enterites, úlceras, colites e peritonites; 
- Dor com origem em outros órgãos. 
Composição dos fluidos orgânicos: não obstrutiva, 
obstrutiva não estrangulativa, obstrutiva 
estrangulativa. 
Sinais de dor: cava o chão, mordedura, rola no chão, 
fica olhando em direção ao flanco, inquieto. 
Caso ocorra lesões no trato gastrointestinal, suas 
funções vitais que incluem a absorção seletiva de 
nutrientes essenciais, ions não respondera, além da 
quebra de barreiras contra substância não nocivas e 
nocivas. 
Identificacao dos desequilíbrios 
FC – 28 a 40(bpm) 
FR – 12 a 20 (mrpm) 
Temperatura em jovens de 37,2 a 38,9 e adultos 
37,5 a 38,5. 
Lactato – relação com a severidade da desidratação, 
é o produto do metabolismo anaeróbico da glicose 
Anamnese, exame físico geral, auscultação intestinal, 
sondagem nasogástrico, palpação retal. 
Encarceramento retroesplanico 
Palpação – flexura pélvica, ceco, cólon esquerdo, 
cólon menor. 
Exames complementares: paracentese abdominal, 
ultrassonografia abdominal, exames laboratoriais, 
radiografia abdominal, laparoscopia. 
Afecções gástricas 
Gastrite 
Pode formar úlcera gástrica, acomete animais 
estressados (estabulados, treinamento intensivo, 
estresse de transporte), tem interferências de 
fatores nutricionais (tipo de alimento e 
conduta alimentar); utilização por períodos 
prolongados ou recorrente de 
anti-inflamatórios não esteroidais (Flunixin 
meglumine e fenilbutazona); 
Sinais: cólica intermitente, bruxismo e “brincar com a 
água”, salivação. 
Diagnostico: anamnese, exame físico, sondagem 
nasogástrica (muco e estrias de sangue), palpação 
retal, paracentese, fecha diagnostico é a gastroscopia. 
Tratamento 
- Sucralfato (10-20 mg/Kg TID); 
- Omeprazol (1 a 4 mg/Kg SID); 
- Antiácidos (hidróxido de magnésio ≥ 240ml, 4 a 
6 vezes ao dia); 
- Analgésico (Flunixin meglumine 1,1mg/kg/SID ou 
firocoxib 0,1 mg/kg/IV ou VO/ SID) 
- Suporte 
- Manejo alimentar e ambiental. 
Sucralfato, deve ser manipulado 22mg/kg/V.O TID; 
omeprazol por pelo menos 30 dias (1 a 4 mg/kg SID) 
antiácidos (hidróxido de magnésio) 
Impactação gástrica 
Acúmulo de material sólido no estômago, 
deixando-o dilatado e ressecado, impedindo o 
trânsito intestinal; tem relação com alterações 
odontológicas e alimentos de baixa qualidade; 
estenose de piloro e parasitas gástricos. 
Sinais de cólica agudos, o diagnóstico é através da 
anamnese, exame físico, sondagem gástrica (muito 
conteúdo com fibras longas e ressecado), ultrassom, 
palpação retal, paracentese. 
Tratamento 
- Lavagem gástrica até retirar todo 
conteúdo; 
- Omeprazol (4 mg/Kg SID) - se necessário. 
- Antiácidos (hidróxido de magnésio ≥ 240ml, 4 a 6 
vezes ao dia); 
- Analgésico (flunixin meglumine 1,1mg/kg/SID). 
- Hidratação - fluidoterapia e suporte. 
- Tratar causa primária. 
- Fluidoterapia, antiácido (também serve de laxante 1 
a 2L, 
- Hemograma, lactato sanguíneo e peritoneal 
- Sedação: Detomidina 0.,01 – 0,04mg/kg/IV 
- Impactação do colón – fluidoterapia e laxante 
- Laxantes via oral – sulfato de magnésio, docusato 
de sódio 
- Água morna 1 a 2l a cada um a duas horas via oral 
Duodeno jejunite/ Enterite anterior 
Inflamação do intestino delgado com grande 
secreção de líquido e eletrólitos em grandes volumes 
de refluxo enterogástrico, pode ocorrer por 
aumento sem adaptação no volume de concentrado, 
atonia intestinal. 
Salmonella, Clostridium perfrigrens, Clostridium 
difficile, Micotoxinas - fumonisina 
Sintomatologias: sinais de cólica agudo (dor moderada 
a severa), leva refluxo amarelado quente fétido, 
desidratação, lactato aumentado, mucosa desidratada 
congesta, febre. 
Diagnóstico: sondagem nasogástrica, palpação retal, 
ultrassonografia abdominal, paracentese abdominal. 
Tratamento 
Descompressão do estômago a cada 2 horas, 
fluidoterapia intensiva, alimento parenteral, glicose, 
lipídeos, aminoácidos e vitaminas; 
 
Flunixin meglumine - 0,25 mg/kg a cada 6 horas - 
dose antitoxêmica e analgésica 1,1 mg/kg/SID ou BID. 
Antibióticos: penicilinas (20 a 40.000 UI/kg) ou 
cefalosporinas (5,5 mg/kg) associadas a gentamicina 
(6,6 mg/kg). Metronidazol 15 a 30 mg/kg/IV BID ou 
TID, DMSO - radicais livres. Tratamento cirúrgico em 
alguns casos. É sempre importante lembrar que se 
deve estimular a motilidade. 
Impactacao do colón 
Colón esquerdo, conteúdo compactado no cólon, 
principalmente na flexura pélvica. 
Pode ser causada por verminoses 
(Strongylus), induzida por Amitraz, limitação de 
acesso a água por muito tempo, forragens 
grosseiras, problemas odontológicos, ausência de 
exercícios físicos, desidratação. 
 
Sinais clínicos: dor abdominal aguda ou 
intermitente, hipomotilidade intestinal nos cólons, 
alteração na palpação retal, hiporexia, desidratação, 
ausência ou diminuição do volume das fezes, fezes 
com muco. 
Diagnóstico: palpação retal, ultrassonografia, 
sondagem nasogástrica e paracentese abdominal. 
 
Tratamento clínico: 
laxativos - Sulfato de magnésio 0,1 mg/Kg 2 a 4l; 
Docusato de sódio - 6 a 12 g/500 Kg diluídos em 4l 
de água, fluidoterapia intensiva, hidratação enteral, 
restabelecer a motilidade - cálcio e Lidocaína (efeito 
pró cinético), hidróxido de magnésio, fluido, 
alotoxemico. 
Tratamento cirúrgico – enterotomia e desobstrução.

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