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CEL0014-WL-LC-Um Bom Desempenho Linguístico

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O sinal de pontuação ora atribuído ao título em evidência instiga-nos a uma 
reflexão acerca de um relevante assunto: a competividade que hoje impera no 
mercado de trabalho. Logo, a conclusão a que podemos chegar é, senão, esta: 
uma vez competitivo, revela-se também como exigente. 
 
Mediante tal pressuposto, propomo-nos, veementemente, a afirmar sobre a 
importância de o profissional estar apto a enfrentar tais exigências. Trata-se de 
um conjunto de atitudes e posicionamentos imprescindíveis a um bom 
desempenho pessoal e profissional, que, no momento, seriam impossíveis de 
serem descritos em sua totalidade. Assim, com base nessa premissa, 
direcionemos nossa discussão focando na importância do bom desempenho 
linguístico (apesar do domínio de outras línguas fazer o diferencial no 
currículo), em que o correto “manejo” no que tange à língua materna tem se 
revelado como fator preponderante. 
 
Atualmente, o que se percebe é que o Português Instrumental tem sido parte 
integrante das disciplinas ministradas em todos os cursos de graduação, dada 
essa necessidade. Dessa forma, a competência comunicativa começa a 
exercer seu poder de influência desde os mais tenros procedimentos 
burocráticos para se integrar a uma empresa, como é o caso da entrevista. 
Falando sobre ela, voltemos àquele conjunto de atitudes já mencionadas, e 
para sermos um tanto quanto precisos, citamos a forma pela qual nos 
expressamos por meio deste primeiro contato que, indubitavelmente, pode 
representar um passo decisivo para quem ora pleiteia a tão almejada vaga. 
 
Indícios de um mau domínio vocabular podem significar verdadeiros entraves 
no tocante a algumas tarefas desempenhadas, como, por exemplo, dificuldade 
de relacionamentos com clientes, dificuldade em redigir um e-mail, um relatório, 
fazer apresentações orais, enfim, são distintas as situações nas quais a falta 
destas habilidades pode se manifestar. 
 
Com base em tais pressupostos, o artigo em questão tem por objetivo priorizar 
aqueles considerados “desvios” que normalmente tendem a sobressair, sejam 
em circunstâncias comunicativas orais ou escritas. Para tanto, com vistas a 
proporcionar a devida orientação, analisemos algumas delas, assim 
evidenciadas: 
 
* O uso do gerundismo configura uma recorrência bastante significativa. 
“Vamos estar transferindo”, “Vamos estar conferindo”, são hábitos que não 
soam bem, portanto, merecem ser banidos do nosso discurso. Por que não 
dizermos: vamos transferir? Com certeza denotará uma ideia mais precisa e 
segura; 
 
* Prolixidade... como não evidenciá-la? Antes de tudo, para que a 
interlocução seja realizada de forma plausível, torna-se necessário que a 
mensagem esteja clara, objetiva e fluente. Sendo assim, é dispensável o 
emprego de repetições desnecessárias, mesmo porque as ideias deverão estar 
dispostas de forma coerente e harmoniosa; 
 
* O emprego da crase – Devemos conscientizar-nos de que a crase se 
encontra ligada a condições predeterminadas de uso, tais como: 
 
- Na indicação de horas. Ex.: Nós sairemos às duas horas. 
 
- Antes de palavras que exigem a preposição – Ex.: Os documentos foram 
entregues à secretaria da escola. Neste caso devemos analisar a transitividade 
do verbo entregar, pois sempre entregamos algo a alguém. 
 
Casos nos quais não se requisita o acento indicador: 
 
- Antes de palavras masculinas – Ex.: Percorremos a pé. 
 
- Antes de verbos – Ex.: Estou a pensar na proposta que me fizeste. 
 
- Antes de pronomes de tratamento – Ex.: Pedimos a Vossa Excelência uma 
solução para o problema apontado. 
 
* Incidências relacionadas com o verbo haver – Quando este representar 
impessoalidade, uma vez manifestada sob as seguintes circunstâncias: 
 
- Indicando tempo decorrido: Há três meses não visito este cliente. 
 
- Revelando o sentido de existir: Há recursos suficientes para a implantação 
deste sistema. 
 
* O mesmo acontece com o verbo fazer, uma vez retratado somente na 
terceira pessoa do singular por indicar: 
 
- Tempo decorrido. Ex.: Faz dias que enviamos todos os relatórios. 
 
- Fenômeno climático. Ex.: Aqui faz bastante calor. 
 
* Uso indevido da colocação pronominal – O uso da próclise, mesóclise e 
ênclise não poderá se efetivar de forma aleatória, pois obedece a determinados 
critérios. Analisemos, pois, algumas situações: 
 
- Quando transferir-se de estabelecimento, nos avise (forma inadequada), pois 
o correto seria dizermos: Quando se transferir de estabelecimento, avise-nos. 
Neste exemplo temos um caso relacionado à próclise e à ênclise. 
 
- Nós lhe entregaríamos todos os pedidos (forma inadequada), pois perante o 
padrão formal da linguagem, como se trata de um verbo expresso no futuro do 
pretérito, o que se recomenda é a mesóclise: Entregar-lhe-íamos todos os 
pedidos. 
 
* Problemas relacionados ao uso da vírgula – Eis que devemos nos mostrar 
familiarizados mediante as circunstâncias que exigem ou não tal sinal de 
pontuação. Sendo que atitudes frequentes têm se manifestado por meio de 
verbos separados de seus complementos, bem como a vírgula separando o 
sujeito do predicado. Ex.: 
 
- Todos os empregados, chegaram afoitos. (discurso inapropriado). O discurso, 
neste caso deveria ser assim reformulado: Todos os empregado chegaram 
afoitos. 
 
- Acreditamos, em fraude por parte dos fornecedores. Neste caso, o 
complemento não deve ser separado do verbo acreditar. Portanto, o correto 
seria dizermos: Acreditamos em fraude por parte dos fornecedores. 
 
Estas são algumas das ocorrências que se fazem presentes nas situações em 
discussão, precisando, portanto, serem reanalisadas por parte de muitos 
usuários, no intuito de que pelo menos um dos requisitos – aqui evidenciados – 
seja cotidianamente colocado em prática.

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