CCJ0001-WL-LC-Estudo Dirigido

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ESTUDO DIRIGIDO – DISCIPLINA FUNDAMENTOS CIÊNCIAS SOCIAIS 
 
Assunto: Introdução, Cultura, A emergência do pensamento social em bases científicas, 
Darwinismo social, Positivismo, Émile Durkheim, Max Weber. 
1. Defina Cultura a partir do conceito elaborado por Tylor. 
O antropólogo Edward Tylor definiu cultura como algo que depende de características 
existentes na sociedade. Através de seus estudos podemos afirmar que cultura não está 
relacionada à genética e sim ao meio social. “Cultura é aquele todo complexo que 
inclui conhecimento, crença, arte, moral, direito, costume, e outras capacidades e 
hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade” (Tylor). 
 
2. Como adquirimos cultura? 
Adquirimos cultura desde a infância através do meio social em que vivemos através de 
experiências vistas e vividas ao longo da vida. 
 
3. Discorra sobre a seguinte expressão: “Não é correto relacionar cultura com 
acesso à educação formal, ao conhecimento científico...”. 
A cultura não está relacionada à educação escolar ou conhecimentos científicos, visto 
que a mesma é algo adquirido ao longo da vida social. Todo e qualquer indivíduo 
possui cultura. 
 
4. Relacione Etnocentrismo e Relativismo Cultural. 
Etnocentrismo e Relativismo Cultural são conceitos opostos. O etnocentrismo é a 
tendência de utilizar como referência padrões culturais da sua própria cultura para 
julgar outras consideradas inferiores a ela. Pessoas etnocêntricas não aceitam nenhuma 
cultura diferente e além de não aceitar, não respeitam (Ex.: o nazismo). Já o 
Relativismo Cultural, também conhecido como Relatividade Cultural, defende que 
nenhuma sociedade e sua cultura podem servir de parâmetro para o julgamento de 
outras. 
 
5. Descreva com suas palavras a relação de pensamento simbólico e espírito 
especulativo. Inclua nessa síntese a questão egípcia e o milagre grego. 
O pensamento simbólico é uma característica humana. É um pensamento a respeito da 
vida e da natureza baseada no censo comum (fatores sociais, nas tradições, na 
resistência cultural entre outros). Já o espírito especulativo é a maneira de entender o 
mundo em sua objetividade, é querer se aprofundar no conhecimento para entender a 
existência humana. 
Na antiguidade os egípcios simbolizavam um povo com esse pensamento simbólico, 
visto que para eles era importante a crença religiosa, o pensamento mítico; para os 
egípcios tudo que acontecia era obra dos deuses. Já o espírito especulativo teve início 
na civilização grega. Os gregos buscavam o conhecimento além religião; romperam 
com o mundo mítico e com explicações fundamentadas na intervenção divina. A esse 
avanço do conhecimento humano deu-se o nome de milagre grego. 
 
6. Qual a influência das idéias e da teoria de Charles Darwin no pensamento 
sociológico positivista? 
Charles Darwin foi um naturalista inglês que viveu no séc. XVIII e questionava a 
razão da existência de diversas plantas e animais. Após alguns estudos Darwin chega à 
conclusão de que as espécies (plantas ou animais) se desenvolviam/aprimoravam de 
acordo com a necessidade e com o passar do tempo. 
Com base na teoria de Darwin a Europa com a intenção de “conquistar” novos 
mercados consumidores (continente africano e asiático), aplica o “darwinismo social” 
a fim de evoluir a sociedade em questão para o sistema capitalista. Seria necessário 
transformar toda estrutura social e econômica desses locais, para tanto os europeus 
lançam uma “missão civilizadora” a fim de convencer os habitantes desses continentes 
que o desenvolvimento era necessário. 
 
7. Quais os dois movimentos que Comte distinguia na sociedade? Como ele os 
relacionava? 
 
8. Como a idéia evolucionista da biologia transposta para as ciências sociais 
condicionou a visão dos europeus sobre as sociedades não européias com as quais 
entraram em contato a partir do expansionismo imperialista? 
 
9. Como você descreve o fato social, segundo a visão de Durkheim? Fale 
detalhadamente sobre as características dos fatos sociais. 
Segundo Émili Durkheim os fatos sociais é toda forma de se comportar, agir, pensar, 
vestir, se organizar em sociedade. Possui 03 características básicas: 
 Coerção Social (coercitividade) – é a força que os fatos sociais exercem sobre 
o indivíduo. Divide-se em sansões legais (regida pela legislação local) e 
sansões espontâneas (não é baseada num julgamento legal, mas social) 
 Exterioridade – são fatos exteriores ao individuo e independentes de suas 
consciências. 
 Generalidade – os fatos sociais não são restritos a único individuo e sim a uma 
coletividade; para toda a sociedade. 
 
10. Elabore um quadro que compare as definições de Weber e Durkheim em relação 
à função da sociologia, fato social, ação social, relação social, neutralidade do 
cientista, indivíduo e sociedade. 
 
WEBER DURKHEIM 
Teórico liberalista Teórico positivista 
Defende as liberdades individuais e de 
mercado. 
Defende que regras devem ser cumpridas 
sem questionamentos, mesmo que para isso 
seja necessário o uso de força. 
Objeto de estudo: Ações Sociais Objeto de estudo: Fatos Sociais 
Procura compreender o individuo e a 
sociedade 
Diz que todo individuo é “padronizado” 
Diz que um cientista não pode se abster de 
suas experiência em função de um estudo. 
Defende a neutralidade do cientista, diz que 
todo estudioso deve ver o mundo/situação 
sem colocar experiências próprias. Deve 
manter distância. 
 Consciência coletiva – o coletivo influencia o 
individual, não o contrário. 
 
 
11. O que é método compreensivo? 
É uma maneira de compreender a especificidade das ciências humanas como aquelas 
que estudam o homem como um ser diferente dos demais e, portanto, sujeito a leis de 
ação e comportamentos próprios. 
 
12. De que maneira o protestantismo, segundo Weber, gera condutas adequadas ao 
capitalismo? 
Através de estatísticas, Weber percebe que a maioria dos adeptos a Reforma 
Protestante eram homens de negócios, empresários bem-sucedidos e mão de obra 
qualificada. Os valores do protestantismo eram decisivos na decisão dos indivíduos. 
Enquanto o catolicismo prezava uma vida desregrada, sem luxos, voltada a oração, 
sacrifício e renuncia; o protestantismo segue o caminho contrário e defende que se o 
homem trabalha, ele tem o direito de usufruir de seu dinheiro, fazer poupança para 
obter lucros e almejar cargos superiores para salários melhores. 
Essas características protestantes movimentavam diretamente o capitalismo.