Buscar

anais-do-iiscme

Prévia do material em texto

Elton Luiz Scudeler 
Ana Silvia Gimenes Garcia 
Shelly Favorito de Carvalho 
Luiz Ricardo dos Santos Tozin 
Daniela Carvalho dos Santos 
 (Organizadores) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Estadual Paulista - UNESP 
Instituto de Biocências de Botucatu 
Botucatu 
2011 
ANAIS DO SIMPÓSIO DO CENTRO DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DO IBB 
Resumos apresentados durante o II Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB – II SCME 
 
II Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB – 28 a 30 de novembro de 2011 
 
Elton Luiz Scudeler 
Ana Silvia Gimenes Garcia 
Shelly Favorito de Carvalho 
Luiz Ricardo dos Santos Tozin 
Daniela Carvalho dos Santos 
 (Organizadores) 
 
 
 
Anais do Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB 
Resumos apresentados durante o II Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB – II SCME 
 
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO TÉC. AQUIS. TRATAMENTO DA INFORM. 
DIVISÃO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - CAMPUS DE BOTUCATU - UNESP 
BIBLIOTECÁRIA RESPONSÁVEL: ROSEMEIRE APARECIDA VICENTE 
Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB (2 : 2011 : Botucatu) 
 Anais [do] II Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB 
[recurso eletrônico], 28 a 30 de novembro de 2011 / Presidente Daniela 
Carvalho dos Santos; Organizadores Elton Luiz Scudeler ... [et at.]. – Botucatu: 
UNESP-IBB, 2011 
 ePUB 
 
 Bianual 
 Resumos 
 Disponível em: www.ibb.unesp.br/#!/unidades-auxiliares/centro-de-
microscopia-eletronica---cme/anais-scme/edicoes-anteriores/ 
 ISSN: 2525-7242 (recurso eletrônico) 
 
 1. Microscopia eletrônica - Pesquisa. 2. Ciências da vida. 3. Ciência dos 
materiais. 4. Resumos. 5. Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita 
Filho", Instituto de Biociências de Botucatu. I. Título. II. Scudeler, Elton Luiz. 
III. Garcia, Ana Silvia Gimenes. IV. Carvalho, Shelly Favorito de. V. Tozin, 
Luiz Ricardo dos Santos. VI. Santos, Daniela Carvalho dos. 
 
 CDD 578.45 
 
 
 
 
 
Universidade Estadual Paulista - UNESP 
Botucatu - SP 
II Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB – 28 a 30 de novembro de 2011 
 
COMISSÃO ORGANIZADORA DO SIMPÓSIO DO CENTRO DE 
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DO IBB – 2011 
Presidente: Dra. Daniela Carvalho dos Santos 
 
MEMBROS 
Ana Silvia Gimenes Garcia 
Daniela Carvalho dos Santos 
Elton Luiz Scudeler 
Lígia Barbosa Costa 
Maria Lúcia Negreiros Fransozo 
Silvia Rodrigues Machado 
Selma Maria Michelin Matheus 
Tatiane Maria Rodrigues 
 
COMISSÃO CIENTÍFICA 
Daniela Carvalho dos Santos, Maria Lúcia Negreiros Fransozo, Selma Maria Michelin 
Matheus, Silvia Rodrigues Machado, Tatiane Maria Rodrigues. 
 
Conselho do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB 
Membros titulares Realização 
Supervisor: Dra. Daniela Carvalho dos Santos 
Vice-supervisor: Elisa Aparecida Gregório 
Dra. Maria Lúcia Negreiros Fransozo 
Dra. Silvia Rodrigues Machado 
Dra. Selma Maria Michelin Matheus 
Claudete dos Santos Tardivo 
Elton Luiz Scudeler 
 
Membros suplentes Apoio 
Dra. Margarida Juri Saeki 
Dr. Alessandro Francisco Talamini do Amarante 
Dra. Patrícia Aline Boer 
Ligia Barbosa Costa 
Monique Campos Pereira 
 
II Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB – 28 a 30 de novembro de 2011 
 
APRESENTAÇÃO 
Prezados colegas, 
 
O Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB é um evento bianual, 
organizado pela Unidade Auxiliar de Estrutura Simples "Centro de Microscopia 
Eletrônica" do Instituto de Biociências de Botucatu - UNESP, e tem por objetivo 
proporcionar um ambiente para divulgação de pesquisas nas áreas de microscopia e 
microanálise, além de fornecer oportunidade de atualização e discussão sobre diferentes 
metodologias e aplicações destas ferramentas de estudo. 
Desde a sua criação, em 2009, priorizamos a definição de uma programação 
científica ampla, que abrangesse tanto áreas de ciências biológicas, quanto áreas de 
ciências de materiais; além de enfatizar a importância da consolidação deste evento como 
uma maneira de valorizar e difundir o conhecimento gerado com o uso de microscopia e 
microanálise, e assim divulgá-lo de forma permanente. 
O evento também oferece palestras técnicas e de aplicação, minicursos, 
apresentações dos trabalhos científicos de forma oral e/ou painéis, além de um concurso 
de fotografia científica. O público alvo é bastante heterogêneo e conta com a participação 
de alunos de graduação e pós-graduação, técnicos, profissionais, docentes e a comunidade 
científica em geral. 
A publicação dos “Anais do Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do 
IBB” é um marco na história de divulgação da Unidade Auxiliar "Centro de Microscopia 
Eletrônica", o qual conta com publicações seriadas, bianuais, contendo os resumos dos 
trabalhos científicos apresentados durante as edições deste evento. 
 
 
Profa. Dra. Daniela Carvalho dos Santos 
Presidente da Comissão Organizadora do Simpósio do Centro de Microscopia 
Eletrônica e Supervisora da Unidade Auxiliar CME do IBB 
 
 
II Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB – 28 a 30 de novembro de 2011 
 
SUMÁRIO 
Resumos 
ALTERAÇÕES ULTRAESTRUTURAIS EM OVÁRIOS DE CARRAPATOS 
Rhipicephalus sanguineus Latreille. (Acari - Ixodidae) TRATADOS COM ÉSTERES 
DO ÁCIDO RICINOLÉICO DO ÓLEO DE MAMONA 
07 
 
CONECTIVO GLANDULAR EM UMA ESPÉCIE DE MALPIGHIACEAE: 
ASPECTOS MORFOLÓGICOS E CELULARES 
08 
1. 
EFEITO DA INGESTÃO DO ÓLEO DE NIM (Azadirachta indica, A. Juss) EM 
CÉLULAS ENDÓCRINAS DO MESÊNTERO DE LARVA DE Ceraeochrysa 
claveri (Navás, 1911) (NEUROPTERA: CHRYSOPIDAE) 
09 
2. 
ANÁLISE ULTRAESTRUTURAL DOS HEPATÓCITOS DE GIRINOS DE RÃS - 
TOURO (Lithobates catesbeianus) EXPOSTOS AO 17 -ETINILESTRADIOL 
10 
3. 
ANÁLISE ULTRAESTRUTURAL DO PROCESSO DE ESPERMIOGÊNESE EM 
Dianema urostriatum Miranda-Ribeiro (LORICARIOIDEI: CALLICHTHYIDAE: 
CALLICHTHYINAE) 
11 
4. 
USO DA MICROSCOPIA CONFOCAL A LASER PARA ESTUDO DAS 
JUNÇÕES NEUROMUSCULARES(JN) 
12 
5. 
RESPOSTAS SUBCELULARES DO SISTEMA SECRETOR DE PLÂNTULAS DE 
Copaifera langsdorffii Desf. (Leguminosae) MANTIDAS SOB DIFERENTES 
CONDIÇÕES DE LUMINOSIDADE 
13 
6. 
ESTRUTURA DO DISCO NECTARÍFERO DE Zeyheria montana Mart. 
(BIGNONIACEAE) DURANTE O DESENVOLVIMENTO FLORAL 
14 
7. 
ANATOMIA E ULTRA-ESTRUTURA DO SISTEMA VASCULAR DO PULVINO, 
PECÍOLO, RAQUE E NERVURA PRINCIPAL DE Mimosa rixosa Mart. (Fabaceae, 
Mimosoideae) 
15 
8. 
ULTRAESTRUTURA DA PROSTATA DE RATOS SUBMETIDOS A 
DESNUTRIÇÃO PROTEICA IN UTERO E EXPOSTOS A HORMÔNIOS 
ESTERÓIDES NA IDADE ADULTA 
16 
 
ULTRAESTRUTURA DA CÉLULA EPITELIAL DO LOBO PROSTÁTICO 
VENTRAL DE RATOS EXPOSTOS À CAFEÍNA 
 
17 
MATURAÇÃO NUCLEAR EM OÓCITOS DE OVINO DURANTE O CULTIVO 
IN VITRO 
18 
II Simpósio do Centro de Microscopia Eletrônica do IBB – 28 a 30 de novembro de 2011 
 
 
ANÁLISE DE COMPLEXOS CUMULUS-OÓCITOS IMATUROS DE OVINOS EM 
MICROSCÓPIO ELETRÔNICO DE TRANSMISSÃO 
19 
 
ANÁLISE MORFOLÓGICA E HISTOQUÍMICA DA AÇÃO DE ROUNDUP-
ORIGINAL® NO FÍGADO DE GIRINOS DE RÃS-TOURO 
20 
 
ULTRAESTRUTURA DE ESPERMATOZÓIDE APIRENE E EUPIRENE EM 
Diatraea saccharalis Fab. (Lepidoptera: Crambridae) 
21 
 
EFEITO DO LASER DE BAIXA INTENSIDADE (LLLT) SOBRE O MÚSCULO 
GASTROCNÊMIO DE RATOS SUBMETIDOS A DIETA NORMO E 
HIPERCALÓRICA 
22 
 
THE IMPORTANCE ELECTRON MICROSCOPY FOR MATERIAL SCIENCE: 
PREPARATION OF Ru/GDC FOR INTERNAL STEAM REFORMING ANODES 
IN SOLID OXIDE FUEL CELL 
23 
 
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA DE FERRITAS DE MANGANÊS E ZINCO COM 
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV) 
24. 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Realização Apoio 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os conteúdos dos resumos aqui publicados são de inteira responsabilidade de seus autores
28 A 30 de NOVEMBRO – UNESP – BOTUCATU/SP 
RESUMOS 
 
7 
 
 
ALTERAÇÕES ULTRAESTRUTURAIS EM OVÁRIOS DE CARRAPATOS 
Rhipicephalus sanguineus Latreille. (Acari - Ixodidae) TRATADOS COM 
ÉSTERES DO ÁCIDO RICINOLÉICO DO ÓLEO DE MAMONA. 
 
Bruno Rodrigues Sampieri1,*; Maria Izabel Camargo-Mathias1; Pablo Henrique 
Nunes1. 
(1)UNESP, Instituto de Biociências, Departamento de Biologia, Rio Claro, SP, Brasil. 
brunorsampieri@gmail.com 
 
O controle de carrapatos atualmente tem sido realizado por meio do uso de acaricidas 
químicos sintéticos, que se mal aplicados geraram resistência nas populações destes 
animais, além de contaminar o ambiente e agir toxicamente sobre organismos não-alvos. 
Desta forma, substâncias de origem vegetal vêm sendo importante objeto de estudo como 
opção aos acaricidas sintéticos. Dentre elas destacam-se os óleos e extratos de folhas de 
eucalipto e de “Neem”. Os ésteres do ácido ricinoléico do óleo de mamona, mais 
recentemente, em testes com bactérias contaminantes de fermentação etanólica mostrou-
se um agente biocida eficaz e estes quando adicionados a alimentação animal fornecida a 
coelhos hospedeiros apresentou ação sobre órgãos vitais de carrapatos R. sanguineus. 
Assim sendo, fazendo uso de técnicas de microscopia eletrônica de transmissão, foram 
avaliadas as alterações morfofisiológicas e ultrestruturais ocasionadas pelos ésteres do 
óleo de mamona nos ovários de fêmeas de carrapatos R. sanguineus, como aditivo 
alimentar na dieta de coelhos hospedeiros infestados artificialmente com esta espécie de 
carrapato. Os resultados mostraram a ação tóxica destas substâncias sobre as organelas, 
alterando sua morfologia e consequentemente influenciando na fisiologia das células 
germinativas e somáticas deste órgão, comprometendo inclusive o processo de 
vitelogênese. Assim, os ésteres do ácido ricinoléico do óleo de mamona se mostraram 
como um grupo de substâncias promissoras no combate e controle de carrapatos R. 
sanguineus. (FAPESP/CNPq) 
 
Palavras-chave: Carrapatos, Riphicephalus sanguineus, Controle, Esteres, Óleo de 
mamona. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
mailto:brunorsampieri@gmail.com
 
8 
 
 
 
CONECTIVO GLANDULAR EM UMA ESPÉCIE DE MALPIGHIACEAE: 
ASPECTOS MORFOLÓGICOS E CELULARES 
 
Clivia Carolina Fiorilo Possobom1*; Silvia Rodrigues Machado1 
(1) Universidade Estadual Paulista – UNESP, Instituto de Biociências de Botucatu – IBB, 
Departamento de Botânica, Laboratório de biologia e ecologia da secreção em plantas. 
Botucatu, SP, Brasil 
(2) cliviafiorilo@yahoo.com.br 
 
 
Malpighiaceae inclui 1300 spp de plantas tropicais e subtropicais, sendo a presença de 
diferentes estruturas glandulares uma característica com valor taxonômico e ecológico. 
Glândulas nas sépalas, pétalas e estames são comumente encontradas nesta família, mas 
com exceção das glândulas calicinais que produzem óleo como recurso floral, pouco se 
sabe sobre estas estruturas. Neste trabalho foram analisados aspectos morfológicos e 
celulares dos estames glandulares de Banisteriopsis cf campestris. Amostras foram 
processadas e analisadas em microscopia de luz (ML), microscopia eletrônica de 
varredura (MEV) e transmissão (MET). Os dez estames exibem conectivos 
desenvolvidos e glandulares no ápice, formados por células epidérmicas globulares e 
células parenquimáticas dispostas frouxamente. A superfície das células secretoras se 
torna vesiculada durante o desenvolvimento floral. Estas células possuem parede 
periclinal externa espessa, citoplasma abundante e vacúolo preenchido por material 
elétron-denso e granular. A superfície vesiculada é formada pela gradual evaginação da 
membrana plasmática e degradação da parede celular, ocorrendo protrusão do 
protoplasto. No citoplasma são observadas mitocôndrias abundantes, plastídeos com 
inclusões lipídicas, retículo endoplasmático rugoso extensivo, corpos protéicos e 
dictiossomos escassos. Na região da protrusão são observadas mitocôndrias, plastídios, 
gotas lipídicas e pequenos vacúolos com restos de membranas. As características 
ultraestruturais indicam que o conectivo glandular está envolvido na síntese de secreção 
de natureza mista, a qual é liberada através da cutícula na região protrundida do 
protoplasto. Considerando as características morfológicas e a secreção dos conectivos 
que podem estar relacionadas, respectivamente, ao aumento da atratividade floral e à 
adesão dos grãos de pólen ao corpo dos visitantes, sugerimos que o conectivo glandular 
tenha função essencial relacionada à polinização zoófila. (FAPESP, CNPq) 
 
 
Palavras-chave: conectivo glandular, Malpighiaceae, polinização, ultraestrutura. 
 
 
mailto:cliviafiorilo@yahoo.com.br
 
9 
 
 
EFEITO DA INGESTÃO DO ÓLEO DE NIM (Azadirachta indica, A. Juss) EM 
CÉLULAS ENDÓCRINAS DO MESÊNTERO DE LARVA DE Ceraeochrysa 
claveri (Navás, 1911) (NEUROPTERA: CHRYSOPIDAE) 
Elton Luiz Scudeler1; Ana Silvia Gimenes Garcia1; Daniela Carvalho dos Santos1,2 
(1) Departamento de Morfologia, Instituto de Biociências de Botucatu - IBB, 
Universidade Estadual Paulista - UNESP, Botucatu, SP, Brasil. escudeler@ibb.unesp.br 
(2) Centro de Microscopia Eletrônica, Instituto de Biociências de Botucatu - IBB, 
Universidade Estadual Paulista - UNESP, Botucatu, SP, Brasil. 
 
Células endócrinas, raramente observadas no epitélio do mesêntero, são relacionadas com 
o controle hormonal dos movimentos peristálticos, regulação da síntese e secreção 
enzimática, controle da proliferação e diferenciação das células regenerativas. A ingestão 
do óleo de nim e de seus derivados causa alterações em células colunares e regenerativas 
no mesêntero de inúmeras espécies de insetos, mas nenhuma descrição de efeitos sobre 
células endócrinas foi constatada na literatura. Assim, o presente trabalho teve como 
objetivo avaliar os efeitos da ingestão do óleo de nim nas células endócrinas de larvas de 
C. claveri. O experimento foi realizado a 25 ± 1ºC, UR de 70 ± 10% e fotofase de 12 
horas, onde larvas recém emergidas de C. claveri receberam como alimento durante todo 
período larval ovos de Diatraea saccharalis (Lep: Crambidae) imersos em solução de 
0,5; 1 e 2% de óleo de nim diluído em água destilada. Larvas controle foram alimentadas 
com ovos tratados apenas em água destilada. Para análise, larvas de terceiro ínstar foram 
dissecadas, isolado o mesêntero, fixado em Karnovsky e processado seguindo o protocolo 
de rotina para análise em microscopia eletrônica de transmissão. Células endócrinas 
foram visualizadas na base do epitélio, com formato cônico com citoplasma pouco denso, 
repleto de pequenos grânulos elétron-densos. Dois tipos de células endócrinas foram 
constatados: tipo 1, apresentando grânulos sólidos elétron-densos e tipo 2, apresentando 
grânulos aureolados. A ingestão do óleo de nim ocasionou somente nas células endócrinas 
do tipo 1 a formação de cisternas dilatadas do retículo endoplasmático rugoso, 
desenvolvimento do retículo endoplasmático liso e formação de espaços intercelulares 
entre células vizinhas. As três concentrações de óleo de nim avaliadas ocasionaram 
alterações nas células endócrinas, indicando efeito citotóxico deste óleo às células 
endócrinas do mesêntero. (FAPESP 2010/03606-9) 
 
Palavras-chave: crisopídeo, ultraestrutura, intestino médio. 
 
 
mailto:escudeler@ibb.unesp.br10 
 
 
ANÁLISE ULTRAESTRUTURAL DOS HEPATÓCITOS DE GIRINOS DE 
RÃS - TOURO (Lithobates catesbeianus) EXPOSTOS AO 17-
ETINILESTRADIOL 
 
Gisele Miglioranza Rizzi1,*; Rhayza Roberta Andretta2; Elton Luiz Scudeler3; Fábio 
Camargo Abdalla1; Monica Jones Costa1; Elaine C. M. Silva Zacarin1. 
(1) Universidade Federal de São Carlos Campus de Sorocaba – UFSCar, LABEF 
Laboratório de Biologia Estrutural e Funcional, SP, Brasil, gisele.m.rizzi@gmail.com 
(2) Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, Departamento de Morfologia. 
(3) Universidade Estadual Paulista – UNESP, Instituto de Biociências de Botucatu – IBB. 
 
 
Xenoestrógenos identificados nas análises de água podem agir como disruptores 
endócrinos nas espécies de anfíbios, os quais vêm sendo afetados pela exposição aos 
hormônios estrogênicos. O objetivo do presente trabalho foi avaliar, através da análise 
ultraestrutural, os efeitos do hormônio estrogênico 17-etinilestradiol no fígado de 
girinos de rãs-touro (Lithobates catesbeianus) submetidos a bioensaios ecotoxicológicos 
de exposição aguda (96h) e crônica (16 dias) à concentração de 10 ng/L. Após 96h, 3 
girinos no estágio 25 de Gosner de cada grupo, controle e exposto, foram dissecados para 
remoção do fígado e subsequente fixação em solução de glutaraldeído a 2,5% de 
concentração em tampão cacodilato de sódio a pH 7,2. Após fixação, o material foi 
preparado para Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET). Os mesmos 
procedimentos foram realizados para os indivíduos da exposição crônica. Os resultados 
revelaram que os hepatócitos do grupo controle apresentaram núcleo com cromatina 
descondensada, grânulos repletos de lipídio e presença de retículo endoplasmático liso 
(REL) e rugoso no citoplasma. No grupo exposto durante 96h os hepatócitos 
apresentaram maior quantidade de REL com cisternas dilatadas e presença de grânulos 
parcialmente preenchidos por lipídios, bem como aumento no número de mitocôndrias. 
Já no grupo exposto durante 16 dias, os hepatócitos apresentaram REL eletrondenso 
superior ao do grupo controle e do exposto a 96h. O REL apresentava-se na forma 
multilamelar. Observaram-se grânulos citoplasmáticos com morfologia similar aos do 
grupo controle. O maior grau de desenvolvimento do REL nos animais expostos ao 
xenoestrógeno, associado à grande quantidade de mitocôndrias, reflete aumento da 
atividade metabólica dos hepatócitos em resposta ao xenoestrógeno. Os dados 
preliminares do presente trabalho fornecerão dados importantes para a compreensão da 
ação de estrógenos no fígado de rãs-touro e fornecerão subsídios para futuros trabalhos 
com espécies nativas. 
 
Palavras-chave: anfíbios, estrógeno, fígado 
 
 
 
 
 
 
 
mailto:gisele.m.rizzi@gmail.com
 
11 
 
 
ANÁLISE ULTRAESTRUTURAL DO PROCESSO DE ESPERMIOGÊNESE 
EM Dianema urostriatum Miranda-Ribeiro (LORICARIOIDEI: 
CALLICHTHYIDAE: CALLICHTHYINAE) 
Maria Angélica Spadella1,*; Simone Pasquarelli Desan1; Claudio Oliveira2 
(1)Faculdade de Medicina de Marília – FAMEMA, Disciplina Embriologia Humana, 
Marília, SP, Brasil. maspadella@gmail.com 
(2) Universidade Estadual Paulista - UNESP, Instituto de Biociências de Botucatu - IBB, 
Departamento de Morfologia, Botucatu, SP, Brasil. 
 
A família Callichthyidae, bem como suas duas subfamílias Corydoradinae e 
Callichthyinae, têm sido consideradas monofiléticas com base em caracteres 
morfológicos e moleculares. Vários estudos têm discutido que os caracteres reprodutivos 
das espécies de peixes constituem uma boa fonte de informação filogenética e devem ser 
melhor explorados. Com esse propósito, a ultraestrutura da espermiogênese foi descrita 
em Dianema urostriatum, espécie de Callichthyinae. Testículos foram fixados em 
glutaraldeído 2% e paraformaldeído 4% e processados segundo a técnica convencional 
para microscopia eletrônica de transmissão. Nas espécies analisadas, as características 
ultraestruturais da espermiogênese revelam que nas espermátides iniciais, o citoplasma é 
simetricamente distribuído ao redor do núcleo, o qual apresenta contorno circular e 
contém cromatina de padrão homogêneo. O complexo centriolar, com o centríolo 
proximal lateral e em ângulo obtuso ao distal, situa-se lateralmente ao núcleo, ancorando-
se na membrana plasmática. O centríolo distal diferencia-se em corpo basal, formando o 
flagelo. A rotação nuclear ocorre e o flagelo assume posição medial ao núcleo. Durante a 
rotação nuclear, forma-se a fossa nuclear no contorno basal do núcleo. No final deste 
processo, o complexo centriolar insere-se totalmente na fossa nuclear. Simultaneamente 
à rotação nuclear, os centríolos movem-se em direção ao núcleo, trazendo com eles a 
membrana plasmática e o segmento inicial do flagelo e, como conseqüência forma-se o 
canal citoplasmático na região da peça intermediária. Na peça intermediária observam-se 
várias mitocôndrias e vesículas. Os flagelos não apresentam projeções laterais ou fins. 
Todo o processo de espermiogênese em D. urostriatum ocorre no interior de cistos, 
caracterizando uma espermatogênese cística. Os dados obtidos forneceram um conjunto 
maior de caracteres reprodutivos para Callichthyinae, que poderão servir de base para a 
elucidação do gênero mais basal nesta subfamília. (FAPESP) 
Palavras-chave: ultraestrutura, espermatogênese, espermátide, gônada, peixe. 
 
 
 
 
12 
 
 
USO DA MICROSCOPIA CONFOCAL A LASER PARA ESTUDO DAS 
JUNÇÕES NEUROMUSCULARES(JN) 
 
 Selma Maria Michelin Matheus 1; Paula Aiello Tomé de Souza2 
(1)Departamento de Anatomia/IBB/Unesp/Botucatu *micmath@ibb.unesp.br, 
(2)Programa de Pós-Graduação biologia Geral e Aplicada (IBB/Unesp/Botucatu) 
 
A junção neuromuscular (JNM) é uma sinapse química altamente especializada entre uma 
terminação nervosa motora e uma fibra muscular. Essas junções são passíveis de 
remodelação frente a diferentes estímulos, sejam eles fisiológicos (exercícios, dietas, 
envelhecimento, etc) ou experimentais. È possível caracterizá-las morfologicamente, 
através da microscopia de luz, microscopia eletrônica de transmissão e varredura 
fornecendo bases para melhor compreensão da sua morfofisiologia em diferentes: 
espécies animais e situações experimentais. Com essa finalidade, os músculos são fixados 
em Karnovsky, reduzidos na região do ponto motor e submetidos inicialmente a marcação 
das JN com esterase inespecífica a qual marca os sítios que contém a enzima 
acetilcolinesterase (presente na fenda sináptica) e outros locais que contém acetilcolina 
(região pré-sinaptica e pós-sináptica). Desse modo, ocorre marcação “inespecífica” de 
sítios esterase positivos, levando a evidenciação das regiões pré e pós-sinápticas e 
também da fenda sináptica, permitindo uma visualização da morfologia da JN. Levando-
se em conta a posição das JNMs em relação aos feixes musculares, é possível selecionar 
as áreas a serem reduzidas para análise ultra-estrutural. Para análise em MEV o material 
sofre digestão parcial ou total do conjuntivo permitindo observação da fenda sináptica 
primária e outros elementos. O advento do microscópio de varredura a laser confocal, 
comercialmente disponível a partir de 1987 provocou uma verdadeira revolução na 
micrsocopia óptica de fluorescência. O princípio da confocalidade possibilitada realizar 
tomografia e reconstruções tridimensionais da estrutura da JN, através da captação de 
uma série de imagens bidimensionais de plano de foco seqüenciais. Desse modo são 
realizados cortes ópticos seriados de espessura variada (cerca de 1,5 a 2um) possibilitando 
evidenciação de várias proteínas com uso de anticorpos fluorescentes. 
 
Palavras-chave: microscopia confocal, junção neuromuscular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
RESPOSTAS SUBCELULARES DOSISTEMA SECRETOR DE PLÂNTULAS 
DE Copaifera langsdorffii Desf. (Leguminosae) MANTIDAS SOB DIFERENTES 
CONDIÇÕES DE LUMINOSIDADE 
 
Tatiane Maria Rodrigues1; Amanda Gobette Coneglian2,*; Debora Crocomo dos 
Reis³; Plácido Fabrício Silva Melo Buarque4; Silvia Rodrigues Machado1 
(1) Universidade Estadual Paulista - UNESP, Departamento de Botânica - IB, Botucatu, 
SP, Brasil. 
(2) Universidade Estadual Paulista - UNESP, Curso de Ciências Biológicas, 
Departamento de Botânica - IB, Botucatu, SP, Brasil. Bolsista FAPESP IC (2010/1553-
9). amandagobette@yahoo.com.br. 
(3) Universidade Estadual Paulista - UNESP, Curso de Ciências Biológicas, 
Departamento de Botânica - IB, Botucatu, SP, Brasil. Bolsista IC Prope/UNESP. 
(4) Universidade Estadual Paulista - UNESP, Programa de Pós-graduação em Ciências 
Biológicas (Botânica) - IB, Botucatu, SP, Brasil. Bolsista CAPES. 
 
 
Copaifera langsdorffii é uma espécie nativa de ampla distribuição. Os terpenos 
produzidos por esta espécie vêm sendo explorados pelas indústrias de fármacos e 
cosméticos, além de fornecer a planta proteção contra herbivoria e patógenos. O espaço 
secretor no limbo dos eofilos e metatilos de C. langsdorffii é constituído por cavidades 
com epitélio unisseriado e lume amplo. Entretanto, não se conhece a influência de fatores 
ambientais sobre o desenvolvimento dessas estruturas. Este trabalho teve como objetivo 
investigar a influência da luz nos aspectos celulares das cavidades secretoras de óleo nos 
eofilos de C. langsdorffii. Para isso, plântulas obtidas a partir da germinação de sementes 
em laboratório foram mantidas em câmara de germinação sob fotoperíodo de 12h a 25ºC 
em diferentes condições de luminosidade: luz total (2500 lux); 50% de sombra (1250 
lux); 90% de sombra (250 lux). Amostras da região mediana dos folíolos basais dos 
eofilos foram processadas segundo técnicas usuais em microscopia eletrônica de 
transmissão. As células das cavidades secretoras dos eofilos de plântulas mantidas sob 
luz total se caracterizaram por apresentar paredes delgadas com plasmodesmos, 
membrana plasmática de contorno irregular, núcleo volumoso, citoplasma abundante e 
vacúolos pequenos. No citoplasma dessas células ocorrem poliribossomos, mitocôndrias 
com cristas desenvolvidas, dictiossomos hiperativos, abundância de retículo 
endoplasmático liso com cisternas dilatadas, plastídios polimórficos destituídos de 
membranas internas e numerosas vesículas. Com a diminuição da intensidade luminosa, 
observou-se um gradativo aumento de espessura das paredes das células epiteliais das 
cavidades, entretanto, essas células mantiveram características de intensa atividade 
secretora mostrando abundância ainda maior de vesículas e maior concentração de gotas 
de óleo, o que sugere uma proteção mais efetiva desses indivíduos contra herbivoria 
nessas condições. (FAPESP; PROPE/UNESP) 
 
Palavras-chave: copaíba, cavidades secretoras, célula, eofilo, luz 
 
 
 
mailto:amandagobette@yahoo.com.br
 
14 
 
 
ESTRUTURA DO DISCO NECTARÍFERO DE Zeyheria montana Mart. 
(BIGNONIACEAE) DURANTE O DESENVOLVIMENTO FLORAL 
Elza Guimarães1*; Silvia Rodrigues Machado1 
(1) Universidade Estadual Paulista – UNESP, Instituto de Biociências de Botucatu – IBB, 
Departamento de Botânica, Botucatu, SP, Brasil. 
 
Néctar é um recurso essencial para manter a interação com polinizadores na maioria das 
espécies zoófilas, entretanto, os aspectos celulares da secreção são pouco conhecidos em 
espécies da flora neotropical. Em alguns gêneros de Bignoniaceae, como Zeyheria, este 
disco é reduzido e tem sido considerado não funcional. Este estudo objetiva esclarecer o 
papel do disco nectarífero em Zeyheria montana, um arbusto ornitófilo amplamente 
distribuído no Cerrado. Amostras do disco de botões florais, flores funcionais e flores 
senescentes foram coletadas em área de cerrado, em Botucatu, SP, e processadas segundo 
as técnicas usuais em microscopia de luz e eletrônica de transmissão. Na fase pré-
secretora, as células epidérmicas do disco reduzido apresentam citoplasma denso com 
numerosos amiloplastos e mitocôndrias volumosas; corpos de proteínas e grãos de amido 
dispersos; vesículas se fundindo à membrana plasmática caracterizando secreção 
granulócrina; numerosos plasmodesmos conectando as células epidérmicas e 
subepidérmicas. Nas flores funcionais, as células epidérmicas do disco possuem 
disposição compacta e citoplasma denso, e presença de secreção nas paredes anticlinais 
e espaços intercelulares com indícios de liberação de secreção via apoplasto. No disco 
das flores senescentes, a epiderme apresenta numerosos corpos proteicos e leucoplastos; 
mitocôndrias com cristas desenvolvidas e grânulos eletrondensos; cutícula com 
microcanais. As células do parênquima apresentam crescimento intrusivo, corpos de 
Golgi, RER e mitocôndrias em profusão, além de vacúolos e vesículas contendo 
substância lipofílica. Chama atenção a abundância de corpos de proteína nas células do 
parênquima subepidérmico. No disco rudimentar o floema é bem desenvolvido e se 
caracteriza pela abundancia de proteínas fibrilares no elemento de tubo crivado. As 
evidências ultraestruturais indicam que o disco rudimentar de Z. montana é ativo em 
secreção de néctar e proteínas. 
 
Palavras-chave: Zeyheria montana, nectário, ultrestrutura, desenvolvimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
ANATOMIA E ULTRA-ESTRUTURA DO SISTEMA VASCULAR DO 
PULVINO, PECÍOLO, RAQUE E NERVURA PRINCIPAL DE Mimosa rixosa 
Mart. (Fabaceae, Mimosoideae) 
Yve Canaveze1; Tatiane Maria Rodrigues1; Silvia Rodrigues Machado1 
(1) Universidade Estadual Paulista – UNESP, Instituto de Biociências de Botucatu – IBB, 
Departamento de Botânica, Botucatu, SP, Brasil. yve.canaveze@yahoo.com.br 
 
Evidências sugerem que, além das células motoras do pulvino, aparatos do sistema 
vascular dessa região também participam na redistribuição de íons e na transmissão do 
estímulo durante o movimento foliar. Mimosa rixosa é uma leguminosa que apresenta 
movimentos foliares seismonástico rápido e nictinástico e heliotrópico lentos. 
Investigamos a anatomia e ultra-estrutura do pulvino, pecíolo, raque e nervura principal 
de M. rixosa através de técnicas usuais em microscopia de luz e eletrônica de transmissão. 
O sistema vascular do pulvino é central, reduzido, pouco lignificado e circundado por 
uma bainha de fibras pericíclicas septadas. Já as demais regiões apresentam sistema 
vascular periférico, intensamente lignificado, circundado por uma bainha de fibras 
lignificadas entremeadas por fibras gelatinosas. Proteínas cristalinas foram encontradas 
no interior de plastídios em elementos de tubo crivado, principalmente no pulvino. A 
presença de elementos de tubo crivado com paredes nacaradas e de células de 
transferência no xilema (tipo C) foi comum a todas as regiões foliares. Plasmodesmos 
ocorreram com freqüência tanto nas fibras septadas, conectando-as entre si e com as 
células da endoderme, como nas células parenquimáticas do floema, conectando-as com 
os elementos de tubo crivado do pulvino. Tais características do pulvino relacionam-se 
com a rápida redistribuição de íons, corroborando com a hipótese de que o sistema 
vascular dessa região tem importante papel nos movimentos foliares. (FAPESP) 
 
Palavras-chave: Leguminosae, movimentos foliares, pulvino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
mailto:yve.canaveze@yahoo.com.br
 
16 
 
 
ULTRAESTRUTURA DA PROSTATA DE RATOS SUBMETIDOS A 
DESNUTRIÇÃO PROTEICA IN UTERO E EXPOSTOS A HORMÔNIOS 
ESTERÓIDES NA IDADE ADULTA 
 
Jaqueline Carvalho Rinaldi1,*; Lívia Maria Lacorte1; Flávia Karina Delella1; Luis 
Antônio Justulin2; Sérgio Luis Felisbino1 
(1) Universidade Estadual Paulista – UNESP, Institutode Biociências de Botucatu – IBB, 
Departamento de Morfologia, Botucatu, SP, Brasil. *jak.rinaldi@gmail.com 
(2) Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFMG, Departamento de Morfologia, 
Uberaba, MG, Brasil. 
 
 
A desnutrição proteica durante a gestação desencadeia atraso na instalação da puberdade, 
redução da testosterona sérica e da distância anogenital na prole de machos. Estudos 
mostram que a redução da testosterona torna órgãos andrógeno-dependentes, como é o 
caso da próstata, mais susceptíveis a desenvolver alterações. Assim, este trabalho analisou 
a próstata ventral (PV) de ratos que foram submetidos a desnutrição proteica durante o 
desenvolvimento intra-uterino e expostos a hormônios esteróides na idade adulta. 24 ratos 
Wistar, cujas mães receberam dieta padrão (NP=17% de proteína, n=12) ou dieta com 
hipoproteica (RP=6% de proteína, n=12) durante o período gestacional, foram expostos 
a hormonios esteróides (17-beta estradiol+testosterona) através de implante subcutaneo a 
partir da 16ª semana de vida. Na 35ª semana, os ratos foram sacrificados, a PV foi 
dissecada, pesada e processada para análise morfologica, morfometrica, imuno-
histoquimica e ultraestrutural. Os resultados demonstraram que a restrição proteica 
materna promoveu baixo peso ao nascimento, redução da distância ano-genital e redução 
da testosterona plasmática (p<0,05) da prole. Observou-se ainda, redução no peso 
corpóreo e no peso absoluto/relativo da próstata do rato adulto. A análise morfológica e 
morfométrica da PV dos grupos NP e RP diferiram quanto a altura do epitélio secretor, 
distribuição de colágeno no estroma, índice de proliferação e incidência de prostatite. 
Além disso, a ultraestrutura revelou vacuolização intra-epitelial, cisternas do retículo 
endoplasmático rugoso dilatadas, vesículas de secreção de diferentes densidades e 
descontinuidade nos microvilos. No estroma hipertrofiado, observou-se fibras colágenas 
de diferentes espessuras e células musculares lisas espinhosas com fenótipo secretor. Os 
resultados sugerem que as alterações endócrinas desencadeadas pela restrição proteica 
materna interferiram no desenvolvimento da próstata ventral, bem como em sua resposta 
à esteróides exógenos. (FAPESP: 09/50204-6) 
 
Palavras-chave: prostata ventral, desnutrição proteica, hormônios esteróides, 
ultraestrutura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
ULTRAESTRUTURA DA CÉLULA EPITELIAL DO LOBO PROSTÁTICO 
VENTRAL DE RATOS EXPOSTOS À CAFEÍNA 
Lívia Maria Lacorte1,*; Carolina Sarobo1; Jaqueline de Carvalho Rinaldi1; Flavia 
Karina Delella1; Sérgio Luis Felisbino1 
(1) Universidade Estadual Paulista – UNESP, Instituto de Biociências de Botucatu – IBB, 
Departamento de Morfologia, Botucatu, SP, Brasil. *livia_lacorte@yahoo.com.br 
 
A próstata é um órgão andrógeno dependente e os principais andrógenos circulantes 
responsáveis pela diferenciação e regulação da morfologia glandular são a testosterona 
(T) e diidrotestosterona (DHT). Algumas fases da vida, o rápido crescimento da próstata 
em resposta ao aumento hormonal, são extremamente importantes para a fisiologia da 
glândula. Nestes períodos a próstata se torna susceptível a fatores exógenos que possam 
mimetizar/alterar a ação hormonal. A cafeína, considerada a droga psicoativa mais 
utilizada no mundo por estar presente em várias bebidas e alimentos do cotidiano das 
pessoas, pode atuar como um desregulador endócrino, entretanto os estudos que a 
correlacionam com a próstata são escassos. Assim, este trabalho avaliou a próstata ventral 
de ratos que foram expostos à cafeína durante a puberdade até a fase adulta. Para isto, 
ratos Wistar foram divididos em dois grupos: Cafeína, que receberam 20 mg/L de cafeína 
pela água de beber (n=12) e Controle: receberam apenas água. Os animais foram 
sacrificados com 25 semanas de vida, o lobo prostático ventral (PV) foi dissecado, 
pesado, e processado para análise morfológica, morfométrica, imuno-histoquimica e 
ultraestrutural. Os resultados demonstraram que nos animais que receberam cafeína 
houve o aumento do nível plasmático de T e DHT (p<0,05), o que refletiu no aumento do 
peso relativo da PV. Análises morfológicas e morfométricas revelaram que não houve 
mudanças significativas na estrutura da glândula bem como na expressão tecidual do 
receptor de andrógeno. A ultraestrutura revelou distribuição homogênea de organelas de 
síntese proteica em ambos os grupos, porém foi observado que as cisternas do retículo 
endoplasmático rugoso apresentaram-se dilatadas além de mudanças na adesão célula-
célula no epitélio da próstata dos animais expostos à cafeína. Com a senescência os níveis 
séricos de andrógenos caem e estes resultados sugerem que a ingestão crônica de cafeína 
pode garantir a homeostasia hormonal. 
 
Palavras-chave: cafeína, prostata ventral, ultraestrutura. 
 
 
 
18 
 
 
MATURAÇÃO NUCLEAR EM OÓCITOS DE OVINO DURANTE O CULTIVO 
IN VITRO 
 
Letícia Ferrari Crocomo1*; Wolff Camargo Marque Flho1; Midyan Daroz 
Guastali1; Mateus José Sudano1; Daniela Martin Paschoal1;Macedo, C.C. 1; 
Fernanda da Cruz Landim-Alvarenga1; Sony Dimas Bicudo1 
(1) Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária da Faculdade de 
Medicina Veterinária e Zootecnia da UNESP – Campus Botucatu, São Paulo. 
(*) Autor para correspondência: lfcrocomo@hotmail.com 
 
A eficiência da produção de embriões in vitro (PIV) está diretamente relacionada ao 
processo de maturação oocitária, que envolve maturação nuclear, citoplasmática e 
molecular. Em ovinos, os resultados obtidos através da PIV são insatisfatórios. Deste 
modo, este estudo visou avaliar a competência meiótica em oócitos de ovinos cultivados 
in vitro, baseado na progressão da maturação nuclear. Para isso, oócitos aspirados de 
ovários de ovelhas obtidos em frigorífico foram cultivados em meio de maturação 
constituído de TCM199, LH, FSH, piruvato, penicilina e cisteamina por 24 horas em 
estufa a 38,5ºC e atmosfera com 5% de CO2. Ao final do período de cultivo in vitro, os 
oócitos foram corados com Hoechst 33342 e a configuração cromossômica avaliada em 
microscópio de fluorescência Leica® DMIRB equipado com luz fluorescente ultra-
violeta. Elevada proporção dos oócitos estavam no estádio de metáfase II (79%), 
enquanto que apenas 8% e 6% permaneceram em metáfase I e quebra de vesícula, 
respectivamente. Além disso, 6% dos oócitos foram classificados como degenerados ou 
não identificados. A adequada segregação cromossômica ao longo da maturação nuclear 
é essencial para produção de gametas haplóides aptos a serem fecundados. Nossos 
achados demonstram que, nas condições de cultivo in vitro propostas neste experimento, 
houve adequada progressão da maturação nuclear em oócitos de ovinos com baixa taxa 
de oócitos degenerados ou não identificados. Logo, a competência meiótica não justifica 
a baixa eficiência da PIV em ovinos. Outros aspectos da maturação oocitária devem ser 
estudados para melhor compreensão dos mecanismos biológicos envolvidos no 
desenvolvimento oocitário e embrionário e, conseqüente, incremento biotecnológico 
(FAPESP, CAPES). 
 
Palavras-chave: oócito, ovelhas, fluorescência, maturação nuclear. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
mailto:lfcrocomo@hotmail.com
 
19 
 
 
ANÁLISE DE COMPLEXOS CUMULUS-OÓCITOS IMATUROS DE OVINOS 
EM MICROSCÓPIO ELETRÔNICO DE TRANSMISSÃO 
 
Letícia Ferrari Crocomo1*; Wolff Camargo Marque Flho1; Midyan Daroz 
Guastali1; Mateus José Sudano1; Daniela Martin Paschoal1; Macedo C.C. 1; 
Fernanda da Cruz Landim-Alvarenga1; Sony Dimas Bicudo1 
(1) Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária da Faculdade de 
Medicina Veterinária e Zootecnia da UNESP – Campus Botucatu, São Paulo. 
(*) Autor para correspondência:lfcrocomo@hotmail.com 
 
A qualidade dos complexos cumulus-oócitos (COCs) determina a eficiência produção de 
embriões in vitro (PIV). Em ovinos, no entanto, ainda há poucos relatos sobre aspectos 
ultraestruturais dos COCs. Deste modo, este estudo visou avaliar a qualidade 
ultraestrutural dos COCs imaturos de ovinos, baseado no aspecto e distribuição de 
organelas citoplasmáticas. Para isso, COCs foram aspirados de ovários de ovelhas obtidos 
em frigorífico. Logo após a aspiração, estes COCs foram fixados em glutaraldeído 2,5 % 
e encaminhados para o centro de microscopia eletrônica do Instituto de Biociências da 
UNESP – Botucatu onde foram processados conforme as técnicas usuais em microscopia 
eletrônica de transmissão. As imagens obtidas revelaram sinais característicos de 
imaturidade como células do cumulus compactas; presença dos prolongamentos 
citoplasmáticos das células do cumulus, os quais atravessam a zona pelúcida e 
estabelecem comunicação com a membrana plasmática do oócito através dos complexos 
juncionais; espaço perivitelínico pouco desenvolvido; membrana plasmática com poucas 
e pequenas microvilosidades; presença de aglomerados de mitocôndrias pleomórficas 
localizados principalmente na periferia do oócito; complexos de Golgi bem 
desenvolvidos e poucos grânulos corticais de coloração heterogênea organizados em 
grumos e dispersos por todo ooplasma. Também foi observada grande quantidade de 
retículo endoplasmático e grânulos de lipídeos associados às mitocôndrias, formando as 
unidades funcionais ou metabólicas. Além disso, havia poucas vesículas e figuras 
mielínicas. Os achados obtidos neste estudo concordam com o relatado em COCs 
imaturos de outras espécies animais como bovino, eqüino, suíno, búfalos, e serve como 
modelo para o estudo da progressão da maturação oocitária em estudos futuros (FAPESP, 
CAPES). 
 
Palavras-chave: oócito, ovelhas, ultraestrutura, microscopia eletrônica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
ANÁLISE MORFOLÓGICA E HISTOQUÍMICA DA AÇÃO DE ROUNDUP-
ORIGINAL® NO FÍGADO DE GIRINOS DE RÃS-TOURO 
Cristiane Ronchi de Oliveira¹; Elaine Cristina Mathias da Silva-Zacarin1*; Fábio 
Camargo Abdalla¹; Monica Jones Costa2. 
(1) Universidade Federal de São Carlos, campus Sorocaba, Laboratório de Biologia 
Estrutural e Funcional da UFSCar Sorocaba, Sorocaba, SP, Brasil. (2)Universidade 
Federal de São Carlos – UFSCar, Laboratório de Fisiologia da Conservação da UFSCar 
Sorocaba, Sorocaba, SP, Brasil. 
 
A redução das populações de anfíbios está associada a diversos fatores, dentre eles, 
alterações climáticas, poluição das águas causadas por pesticidas e despejos industriais, 
além da perda de hábitat associado à ação antrópica. Os herbicidas que contêm como base 
o glifosato são os mais utilizados no mundo, e vários estudos verificaram alterações nos 
anfíbios causadas pelo contato com o glifosato. Diante dos reconhecidos efeitos que os 
pesticidas podem causar aos animais expostos, o objetivo do presente estudo foi analisar 
morfológica e histoquimicamente os efeitos do herbicida Roundup-Original® no fígado 
de girinos de rãs-touro (Lithobates catesbeianus). Os girinos no estágio de 25 Gosner 
foram divididos aleatoriamente em aquários de 18L, sendo um grupo controle (CT; n = 
10) e um grupo exposto ao Roundup-Original® (RO; 1ppm do equivalente ácido; n = 10) 
durante um período de 96 horas, correspondente a exposição aguda. Após a exposição, os 
animais foram sacrificados e seus fígados coletados. Adicionalmente, os fígados foram 
fixados, desidratados e rotineiramente processados para embebição e inclusão em 
historesina. Os dados morfológicos do fígado dos girinos rã-touro expostos não 
evidenciaram alterações na estrutura histológica dos hepatócitos do fígado, exceto pelo 
aumento no nível de compactação dos núcleos dos hepatócitos dos animais expostos, bem 
como o aumento na freqüência de células melanomacrofágicas que formavam células 
polinucleadas, não observado no grupo controle. Também se visualizou áreas 
degeneradas nos ácinos dos hepatócitos no grupo exposto. A análise histoquímica 
comparativa entre os grupos controle e exposto indicou semelhanças na distribuição de 
proteínas totais, glicogênio e lipídios nos hepatócitos do fígado dos animais analisados. 
Conclui-se que a exposição à baixa dose de Roundup-Original® induz a formação de 
células melanomacrofágicas polinucleadas, provavelmente em resposta à degeneração de 
hepatócitos. 
Palavras-chave: ecotoxicologia, rãs-touro, fígado, exposição aguda, roundup-original. 
 
 
 
 
21 
 
 
ULTRAESTRUTURA DE ESPERMATOZÓIDE APIRENE E EUPIRENE EM 
Diatraea saccharalis Fab. (Lepidoptera: Crambridae) 
 
Monique Campos Pereira1,*; Daniela Carvalho dos Santos2 
(1) Departamento de Morfologia, Instituto de Biociências, Universidade Estadual 
Paulista/ UNESP, Campus de Botucatu, 18618-970, Botucatu, SP, Brasil. 
monique@ibb.unesp.br (2) Centro de Microscopia Eletrônica, Instituto de Biociências, 
Universidade Estadual Paulista/ UNESP, Campus de Botucatu, 18618-970, Botucatu, SP, 
Brasil. 
 
Diatraea saccharalis possui grande importância econômica e é considerada uma das 
pragas que mais afeta a cultura canavieira. Em Lepidoptera, o polimorfismo espermático 
está presente e envolve a produção de espermatozóides apirenes (anucleados) e eupirenes 
(nucleados), os quais são morfologicamente e funcionalmente diferentes. Este estudo teve 
como objetivo descrever o processo da espermatogênese envolvido no polimorfismo 
espermático. Testículos de larvas de último instar e de adultos de D. saccharalis foram 
processados convencionalmente para microscopia de luz e microscopia eletrônica de 
transmissão. As análises permitiram a identificação de um par de testículos com formato 
riniforme, limitado externamente por uma túnica celular, em larvas. Cada testículo possui 
quatro folículos que estão divididos através de septos de túnica celular interna. Em adultos 
há somente um único testículo, fundido e esférico dividido em oito folículos e constituído 
principalmente por feixes de espermatozóides. Os cistos de espermatogônias e 
espermatócitos estão localizados na região apical do folículo, e os cistos de espermátides 
e espermatozóides estão localizados na região basal do folículo. Dentro dos cistos, as 
células da linhagem germinativa se desenvolvem sincronicamente e contém somente 
espermatozóides apirenes ou eupirenes, nunca contém ambos. A extremidade anterior do 
espermatozóide apirene consiste em um capuz denso ao invés de núcleo. O 
espermatozóide eupirene possui um núcleo e acrossoma. Ambos os tipos de 
espermatozóides apresentam um axonema com padrão microtubular do tipo “9+9+2” e 
dois derivados mitocondriais na região do flagelo. Somente células eupirenes 
apresentaram apêndices laciniados e reticulares prorrogados a partir da membrana 
plasmática. O processo da espermatogênese é similar ao encontrado em outros insetos da 
ordem Lepidoptera. (CNPQ) 
 
Palavras-chave: Apirene, Diatraea saccharalis, Eupirene, Lepidoptera, Ultraestrutura. 
 
 
mailto:monique@ibb.unesp.br
 
22 
 
 
EFEITO DO LASER DE BAIXA INTENSIDADE (LLLT) SOBRE O MÚSCULO 
GASTROCNÊMIO DE RATOS SUBMETIDOS A DIETA NORMO E 
HIPERCALÓRICA 
 
Antonio Eduardo de Aquino Junior1,2; Selma Maria Michelin Matheus3*; Fernanda 
Oliveira Duarte4; Marcela Sene Fiorese5; Ana Cláudia Garcia de Oliveira Duarte2,5; 
Nivaldo Antonio Parizotto1,6; Vanderlei Salvador Bagnato1,7 
(1) Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (UFSCar), (2) Departamento de Educação 
Física – Laboratório de Nutrição e Metabolismo Aplicado ao Exercício (UFSCar), (3) 
Departamento de Anatomia/IBB/Unesp/Botucatu *micmath@ibb.unesp.br, (4) Programa de Pós-
Graduação em Ciências Fisiológicas(UFSCar), (5) Universidade Camilo Castelo Branco – 
Unicastelo/ Descalvado, (6) Departamento de Fisioterapia (UFSCar), (7) Instituto de Física de 
São Carlos (USP), São Carlos/SP. 
O laser de baixa intensidade (LLLT) pode promover alterações mitocondriais, geralmente 
por meio de fusão entre unidades mitocondriais, caracterizando as chamadas 
mitocôndrias gigantes (Bakeeva 1993; Ferraresi, 2010). A transformação mitocondrial 
pode ser um fator auxiliar no controle de doenças cardiovasculares, bem como uma forma 
mais efetiva de controle do sobrepeso e obesidade, podendo contribuir para melhora do 
desempenho muscular. Com a finalidade de analisar o efeito do LLLT sobre o músculo 
gastrocnêmio, 32 ratos Wistar adultos machos (CEEA 067/2010), foram divididos em 4 
grupos: G1- dieta normocalórica, G2- dieta normocalórica e laser, G3- dieta hipercalórica, 
G4 -dieta hipercalórica e laser. Os grupos normocalóricos receberam dieta balanceada 
BIOBASE e os grupos hipercalóricos a dieta “Cafeteria” (Estadella ,2001). A aplicação 
do LLLT, foi realizada de forma pontual, na intensidade de 830nm, contínuo, com 
diâmetro de 0,6mm, 60W/cm2, 100J/cm2 e com tempo de irradiação de 47s, com o laser 
de baixa energia Ga-Al-As (Thera laser, DMC, Equipamentos de São Carlos, SP, Brasil), 
totalizando 4,7J de energia distribuídos no ponto de aplicação, o músculo gastrocnêmio, 
uma única vez ao dia. Os animais foram sacrificados 24 horas após a última aplicação de 
LLLT através de decapitação. A seguir os músculos do antímero direito foram reduzidos, 
fixados em solução de Karnovsky e submetidos a rotina para microscopia eletrônica de 
transmissão. A análise ultraestrutural revelou sarcômeros íntegros contendo miofibrilas 
organizadas, nota-se aumento no número e tamanho das mitocôndrias, bem como dos 
vasos sanguineos nos animais que receberam laser. As junções neuromusculares 
analisadas apresentaram morfologia normal das regiões pré e pós-sinápticas em todos os 
grupos estudados. Desse modo conclui-se que o laser não causou danos musculares, 
promoveu aumento de vasos sanguíneos e mitocôndrias, podendo ser utilizado como 
coadjuvante para melhora de desempenho físico ou após lesões. 
Palavras-chave: Laser, gastrocnêmio, dieta normo e hipercalórica, ultraestrutura 
 
 
23 
 
 
THE IMPORTANCE ELECTRON MICROSCOPY FOR MATERIAL 
SCIENCE: PREPARATION OF Ru/GDC FOR INTERNAL STEAM 
REFORMING ANODES IN SOLID OXIDE FUEL CELL 
 
Rafael Innocenti Vieira da Silva1,*; Andrea Alvarez Moreno2; Luis Bobadilla 
Baladron2; Willinton Yesid Hernández Enciso2; Alberto Adriano Cavalheiro3; 
Dayse Iara dos Santos4; Miguel Angel Centeno Gallego2; José Antonio Odriozola 
Gordón2 and Margarida Juri Saeki1. 
(1) DQB, IB, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, SP, Brazil; rivs83@ibb.unesp.br 
(2) ICMSE, Universidad de Sevilla, Sevilla, Spain; 
(3) DQ, Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, Naviraí, MS, Brazil; 
(4) DF, FC, Universidade Estadual Paulista, Bauru, SP, Brazil 
 
This work aimed to prepare a composite of ruthenium and mixed (ionic and electronic) 
ceramic conductor, Tix(Gd0.2Ce0.8)(1-x)O(2-δ) where 0x0.1, to be used as internal 
reforming anodes in Solid Oxide Fuel Cell (SOFC). The ceramic supports were 
synthesized by Polymeric Precursor Method and calcined at 700ºC and 1150ºC in air. 
These materials were characterized by X-ray Diffraction (XRD) being the structure 
refined by Rietveld Method (SRRM), Scanning Electronic Microscopy (SEM) and semi-
quantitative analysis by Energy Dispersive X-ray (EDX). The Ru was deposited on 
ceramic support by Formic Acid Method, calcined at 300ºC in N2 and at 1000ºC under 
20vol% H2 atmosphere. The characterization of the composite was carried out by XRD, 
Field Emission Gun - Scanning Electronic Microscopy (FEG-SEM) and Transmission 
Electronic Microscopy (TEM). Finally, the catalytical activity of the composite for 
glycerol steam reforming reaction was evaluated. The XRD/SRRM results showed that 
the samples crystallize as fluorite single phase (s.g. Fm3m) when calcined at T=700ºC. 
The secondary phase of Gd2Ti2O7 (s.g. Fd3m) was observed in the sample with x≥0.025 
when calcined at T=1150ºC. The morphological analysis by SEM showed that the 
ceramic support is an agglomerate with irregular plate shape. The EDX analysis 
confirmed that the composition is close to the nominal one. The XRD analysis of the 
composite showed that the ruthenium is loaded as metallic nanoparticles. Ru particle with 
size of 20nm to 400nm was observed in the SEM-FEG images while the TEM analysis 
showed that Ru particle size is between 10nm and 130nm. The latter analysis also showed 
that there are particles smaller than 20nm. The catalytical measurement on 
1%(wt)Ru/Ti0.05(Gd0.2Ce0.8)0.95O(2-δ) composite was carried out at 750
oC which showed 
that the activity for glycerol steam reforming is adequate to be used as internal reforming 
anode in SOFCs. (MCT/FINEP and CNPq). 
Key-Words: SOFC, Cerium oxide doped, Glycerol, Catalysis. 
 
mailto:rivs83@ibb.unesp.br
 
24 
 
 
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA DE FERRITAS DE MANGANÊS E ZINCO 
COM MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV) 
Murillo Longo Martins1*; José Pedro Serra Valente1; Margarida Juri Saeki1 
(1) Universidade Estadual Paulista - UNESP, Instituto de Biociências de Botucatu - IBB, 
Departamento de Quimica e Bioquimica. murillolongo@gmail.com 
 
Nos últimos anos tem sido crescente a utilização de materiais magnéticos na medicina. 
Um dos materiais mais utilizados para este fim são as ferritas de manganês e zinco devido 
à sua alta susceptibilidade magnética e reduzidas perdas por histerese. Neste trabalho, as 
ferritas, de fórmula Mn(1-x)ZnxFe2O4, com x entre 0,15 e 0,30, foram preparadas pelo 
método Pechinni e submetidas a tratamentos térmicos a 4000C, 7000C e 11000C por 2h. 
A morfologia das amostras foi avaliada por MEV com o objetivo de que fossem 
analisados o crescimento dos grãos e a evolução dos respectivos graus de sinterização, 
diretamente relacionados com as propriedades magnéticas do material. Para tanto, foi 
utilizado um microscópio FEI, modelo Quanta 200 com um detector de elétrons 
secundários. Os pós foram dispersos em isopropanol e uma gota da sua suspensão foi 
espalhada sobre lamínula de vidro colada com em base de alumínio. Após a secagem, a 
lâminula foi metalizada e as imagens, obtidas em diferentes áreas. As imagens obtidas 
mostram que as amostras com x=0,15 e x=0,20 tratadas a 400°C apresentam partículas 
dispersas, de tamanho nanométrico aquelas com valores de x iguais a 0,25 e 0,30 possuem 
matéria orgânica. As amostras calcinadas a 700°C mostram sinais de densificação, tal que 
a coalescência de pequenas partículas dá origem a grandes aglomerados, mas com grande 
porosidade nas amostras com x iguais a 0,15 e 0,20. Nas amostras com x=0,25 e x=0,30, 
formam-se aglomerados de grandes dimensões contendo grande quantidade de pequenas 
partículas incrustadas que pode ser devido às partículas de ferrita e hematita embebidas 
no carbonato solidificado. Quando as amostras são calcinadas a 1100°C nota-se 
formações de aglomerados ainda maiores com processos de sinterização bastante 
avançados. Logo, é possível concluir que os processos de sinterização tem início em 
11000C mesmo com tempos reduzidos de tratamento térmico. (FAPESP; CAPES) 
Palavras-chave: ferritas de manganês e zinco, método Pechinni, sinterização

Continue navegando