INFLU+èNCIAS FILOS+ôFICAS (I)

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A EVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO GEOGRÁFICO 
 
 
CORRENTES FILOSÓFICAS QUE INFLUENCIARAM 
A FORMAÇÃO DA GEOGRAFIA TRADICIONAl (I) 
 
 
 
Nas Obras de Humboldt: 
 
 
 REALISMO 
 
Doutrina filosófica que afirma a precedência do mundo objetivo sobre o 
conhecimento humano, o qual se limita a dar significado ou compreensão a uma 
realidade autônoma e pré-existente. Doutrina política que antepõe o que se 
considera realidade a quaisquer outras considerações. Tendência artística que 
vigorou no século XIX, privilegiando a representação (tal como se percebe) da 
natureza, dos homens e da sociedade. Representação dos quadros da natureza com 
seus aspectos reais, sem as idealizar ou poetizar; naturalismo. 
 
 
 NATURALISMO 
 
Movimento paralelo ao Realismo, que surgiu no século XIX, opondo-se ao 
Romantismo, procurando a objetividade e a fidelidade à expressão natural, 
afastando-se de especulações metafísicas. Originou-se na França como 
movimento literário anti-romântico com Emile Zola, influenciado pelo positivismo 
de Taine e Claude Bernard e pelas obras de Flaubert, Balzac e outros. No Brasil, o 
principal representante da corrente naturalista foi Aluísio de Azevedo, com o 
romance O mulato, lançado em 1881. 
As principais características do naturalismo é espírito objetivo, realista, por 
meio do qual se abordam os temas, procurando-se uma descrição quase científica 
da realidade, deixando de lado o subjetivismo, mostrando o que é e 
não o que deveria ser. Na Filosofia o Naturalismo coincidia com o Empirismo, 
opondo-se ao Idealismo em seus vários aspectos: o conhecimento, a moral, a 
religião baseavam-se na natureza. 
As idéias, de acordo com os filósofos naturalistas, originam-se da experiência 
sensorial. A moral natural é desprovida de conteúdo religioso. A religião 
dominante é a natural, chamada Deísmo: doutrina filosófica que não reconhece 
nenhuma existência metafísica, e diz que a natureza existe por si mesma, sem 
causa ou princípio exterior a ela. Há adeptos do Naturalismo que crêem na 
existência de Deus, mas não aceitam qualquer revelação de origem divina. 
Naturalista é aquele adepto do naturalismo, aquele especialista em ciências 
naturais, particularmente em Botânica e Zoologia. Darwin, por exemplo, autor da 
famosa teoria da evolução biológica, foi um grande naturalista. 
 
 
 
 
 
 
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 ROMANTISMO 
 
Movimento artístico-intelctual que influenciou, sobretudo, a literatura. Teve 
origem na Alemanha, sendo uma reação à rigidez das formas, a aridez dos estilos 
que marcavam a maior parte das obras até o início do século XIX. O Romantismo, 
colocando o sentimento sobre a razão e a imaginação sobre a análise crítica, 
procurava exaltar a perfeição e seus valores subjetivos, predominando a 
imaginação e o sentimento; o instinto é que direcionava a essência da arte; tudo 
deveria ser natural e autêntico, a fim de que a arte surgisse na sua forma mais pura, 
com muito sentimento e paixão. 
O Romantismo, espalhando-se pela Europa, teve a França como centro 
dispersor. Na Alemanha, Goethe, já na segunda metade do século XVIII, foi um 
pioneiro desse movimento. Na França, destacaram-se, dentre outros, os escritores 
Victor Hugo e Lamartini. Na literatura portuguesa, Almeida Garrett, Alexandre 
Herculano, Antônio Feliciano de Carvalho e Filinto Elísio. No Brasil, destacaram-
se, dentre outros, Gonçalves de Magalhães, Gonçalves 
Dias, Castro Alves, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela. A música foi também 
influenciada pelo romantismo, sobressaindo-se compositores como Chopin, Weber, 
Listz e Wagner. 
 
 
Nas Obras de Ritter: 
 
 IDEALISMO 
 
 Doutrinas filosóficas que consideram a idéia como princípio do conhecimento 
e do ser. Sistema filosófico que, considerando só como certas as idéias do eu, 
avalia em mera aparência a existência do mundo corpóreo. O idealismo considera 
a arte e a literatura como representações de idéias e não como representação de 
fatos. Antepõe-se ao Realismo. 
No sentido figurado e vulgar, fala-se em ideal, associando a desejo, sonho, 
devaneio. 
 
 
 ANTROPOCENTRISMO 
 
Teoria filosófica que considera o homem como figura central em relação ao 
Universo. A máxima de Pitágoras (sábio grego da Antigüidade) sintetiza essa visão 
de mundo: O homem é a medida de todas as coisas. 
 
 
 ANTROPOMORFISMO OU ANTROPISMO 
 
 Conjunto das teorias que têm o homem como um ser diferente de tudo quanto 
o cerca, atribuindo sua criação a Deus; a Ele se assemelhando. 
 
 ETNOCENTRISMO 
 
 Sentimento de superioridade étnica; ou seja, achar que o povo ou o grupo 
 
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étnico ao qual pertence é superior aos demais, mais evoluído ou mais desenvolvido 
e seus traços culturais são tidos como referência para avaliação da cultura de outros 
povos. 
 
 
 TELEOLOGIA 
 
Estudo das causas finais; admite-se a existência de uma causa primordial 
preestabelecida de todos os fenômenos e um fim necessário. Analisam-se os fatos 
por meio de especulações metafísicas. Doutrina que considera o mundo como um 
sistema de relações entre meios e fins. 
A visão teleológica procura a relação entre um fato e sua causa final. 
 
 
 
OBRAS CONSULTADAS 
 
 
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e Martins, MARIA Helena Pires. 
Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 1987. 
 
 
AULETE, Caldas. Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa. 5.ed. 
Rio de Janeiro: Delta, 1964. 
 
 
DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO ILUSTRADO VEJA LAROUSSE. São 
Paulo: Abril, 2006. 
 
ENCICLOPÉDIA UNIVERSAL. São Paulo: Editora Pedagógica Brasileira, 
l969. 
 
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário da Língua 
Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, l975. 
 
LARA, Tiago Adão. Caminhos da razão no ocidente. 2.ed. Petrópolis: 
1986.