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A RENOVAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA 
DA CIÊNCIA GEOGRÁFICA 
(Esquema-Resumo) 
 
Alvacy Lopes do Nascimento 
 
 
1− A crise e a renovação: 
 Depois da Segunda Guerra Mundial (entre as décadas de 50 e 70 do 
século XX), as bases teórico-metodológicas da Geografia foram muito 
criticadas. 
 
2− Fundamento das críticas: 
a) Transformações teóricas, metodológicas e instrumentais na 
ciência, em geral, inclusive, no embasamento filosófico. 
b) Transformações socioeconômicas e tecnológicas no espaço 
mundial tornaram a realidade mais complexa. Disputa 
geopolítica entre capitalismo e socialismo. O capitalismo supera 
o estágio concorrencial, entrando na “era” monopolista, 
transnacional. A economia vai-se globalizando. Transformações 
rurais e urbanas se acentuam, gerando graves problemas sociais, 
em várias partes do mundo. Aumentam as disparidades entre 
países ricos e países pobres. 
c) As ciências humanas são convocadas por instituições oficiais e 
privadas para participarem do planejamento de intervenção na 
produção espaço, mas elas não dispunham de recursos estruturais 
para isso. 
d) A Geografia Tradicional (criada para explicar situações simples, 
quadros locais, regionais) não tinha condições teóricas, 
metodológicas e instrumentais para dar conta da nova realidade 
mundial, agora muito mais complexa. 
 
3− As duas vertentes resultantes do movimento de renovação da 
Geografia: 
 Geografia Pragmática ou “Nova Geografia”: 
Difunde-se, a princípio, nos Estados Unidos e na Inglaterra. 
 
 Geografia Crítica: 
Origina-se na França e difunde-se em outros países, inclusive nos 
Estados Unidos e no Brasil. 
A Geografia Pragmática 
 
 Fundamento teórico-filosófico: 
 Atrela-se ao neopositivismo (positivismo lógico), que troca o método 
indutivo pelo dedutivo e prega uma linguagem comum para todas as 
ciências, através da Matemática e da Lógica. 
 
 Subdivisão ou correntes da Geografia Pragmática: 
 Geografia Quantitativa: 
 Os temas geográficos são correlacionados a métodos matemáticos; 
 A Estatística e a Computação são os seus instrumentos de apoio. 
 
 Geografia Sistêmica ou dos Modelos: 
 Usa modelos de representação do espaço para explicação de temas 
geográficos; 
 Articulou-se à Geografia Quantitativa; 
 Os modelos inspiram-se na Economia. 
 
 Observação: 
 Essas duas correntes foram articuladas, e, no Brasil, ficaram conhecidas 
como Geografia Teorética. 
 
 Objeto da Geografia Teorética (Pragmática, Quantitativa, 
Sistêmica): 
 Modelos representativos da organização do espaço geográfico. 
 
 Ainda na perspectiva pragmática: 
 Geografia da Percepção ou do Comportamento: 
 Apoia-se na Psicologia, através da fenomenologia; 
 Enfoca a valorização subjetiva do território; a consciência do espaço 
vivenciado pelo homem; o comportamento deste em relação ao meio. 
Essa corrente da Geografia destaca as interligações entre o homem e 
o meio; Analisam-se as influências recíprocas. 
 
A(s) Geografia(s) Críticas(s) 
 
 Fundamento Teórico: 
Crítica radical à Geografia Tradicional, à Geografia Pragmática e às 
estruturas socioeconômicas produzidas pelo capitalismo. 
Subdivisão ou Correntes da Geografia Crítica 
 
a) Geografia Crítica Liberal 
Proposta de transformações socioeconômicas, através da 
democracia. 
 
b) Geografia Crítica Radical 
Proposta de transformações socioeconômicas, através de um 
discurso com conteúdo político explícito, denunciando as 
contradições do capitalismo, intrínsecas à produção do espaço 
geográfico. 
 
 Objeto da(s) Geografia(s) Crítica(s): 
 A produção do espaço cultural, social, histórico ou humanizado: 
 o espaço geográfico. 
 
 Metodologia flexível: 
 Conforme a postura filosófica do geógrafo: marxista, existencialista, 
estruturalista, eclético... 
 É a Geografia como uma ciência social; humanística. 
 No Brasil, as correntes críticas tiveram grande penetração, principalmente 
na década de 80. 
 
 
Obras Consultadas 
 
ANDRADE, Manuel Correia. Caminhos e descaminhos da Geografia . 
Campinas: Papirus, 1989. 
ANDRADE, Manuel Correia. Uma Geografia para o século XXI. Recife: CEPE, 1993. 
FERREIRA, Conceição Coelho & SIMÕES, Natércia Neves. A evolução do 
pensamento geográfico. Lisboa: Gradiva, l986. 
MORAES, Antônio Carlos Robert. Geografia – pequena história crítica. 12. ed., 
São Paulo: Hucitec, l993. 
MOREIRA, Ruy. O que é geografia. 9. ed., São Paulo: Brasiliense, l988. 
NASCIMENTO, Alvacy Lopes do. A evolução do conhecimento geográfico: da 
antiguidade à era da globalização. Maceió: Edufal, 2003. 
SANTOS. Milton. Por uma geografia nova. São Paulo: Edusp, l978.

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