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aula3-neurogenese-wilma

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Wilma Kempinas - IBB UNESP / Embrio Humana 2013
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Embriologia Humana
Curso de C. Biomédicas 2013
Dep. de Morfologia – IBB/UNESP
Profa. Dra. Wilma De Grava Kempinas
Material para fins didáticos e de uso 
exclusivo dos alunos do 2º. ano do curso de 
C. Biomédicas do IB Botucatu – UNESP. 
Outros usos ou reprodução não estão 
autorizados.
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Sistema Nervoso
� Neurulação
� Histogênese do tecido nervoso
� Plasticidade neuronal
� As flexuras cerebrais e o desenvolvimento das regiões do 
cérebro
� Formação e estrutura da medula espinhal
� Formação do SNP: desenvolvimento das cristas neurais
� Malformações congênitas do encéfalo e da medula
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Período de Morfogênese 
Definitiva
(Organogênese)
Derivados 
Ectodérmicos:
Sistema 
Nervoso
Embrião humano 
6 semanas. (cerca de 41-43 dias e 11-15mm 
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MorfogêneseMorfogênese SecundáriaSecundária ouou
OrganogêneseOrganogênese RudimentarRudimentar
�� ModificaçõesModificações concomitantesconcomitantes nana ectodermeectoderme ((neurulaçãoneurulação) ) 
mesodermemesoderme ((metamerizaçãometamerização e e formaçãoformação dos dos somitossomitos) e ) e 
endodermeendoderme ((delimitaçãodelimitação do do intestinointestino primitivoprimitivo))
NeurulaçãoNeurulação: : inícioinício dada formaçãoformação do do SistemaSistema NervosoNervoso
�� AçãoAção dada notocordanotocorda ((indutorindutor)) sobresobre a a ectodermeectoderme
sobrejacentesobrejacente ((competentecompetente))
�� ProcessoProcesso semelhantesemelhante nosnos diferentesdiferentes VertebradosVertebrados
��InicialmenteInicialmente se forma a se forma a placaplaca neuralneural
��SulcoSulco neuralneural e e dobrasdobras ouou bordasbordas neuraisneurais
��TuboTubo neuralneural
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Formação do disco tridérmico
GastrulaçãoGastrulação
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A região à frente do nó de Hensen se desenvolve bastante, correspondendo 
ao local de formação do SNC.
placa
neural
Neurulação (vistas dorsais)Neurulação (vistas dorsais)Neurulação (vistas dorsais)Neurulação (vistas dorsais)
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Photo source: Nilsson, Lennart 1990. 
A Child is Born. Delacorte 
Press/Seymour Lawrence. ISBN 0-
385-30237-1 (Page 76)
Neurulação
3a.- 4a. semana
Embrião humano
(cerca de 22-23 dias e
2-3 mm).
Tubo neural em 
formação 
Cranial
(encéfalo)
Fechamento
das dobras neurais
Fechamento do tubo Fechamento do tubo 
neural:neural:
do centro para as do centro para as 
extremidadesextremidades
(neuróporos)(neuróporos)
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O Sistema Nervoso Central deriva do Tubo NeuralO Sistema Nervoso Central deriva do Tubo Neural
� Fusão das pregas neurais 
craniais: primórdio do 
encéfaloencéfalo
� Fusão das pregais neurais 
em direção caudal: base 
para o desenvolvimento da 
medula espinhalmedula espinhal
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Ectoderme 
epidermal
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� Tipos celulares:
� neurônios - transmissão do impulso nervoso
� células de Schwann - envoltório dos neurônios 
periféricos
� neuróglia - proteção e suporte
Histogênese do Tecido Nervoso
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Células neuroepiteliais em divisão
Zona ventricular Zona marginal
Meninges
Zona intermediária (manto)
Mesênquima
Células neuroepiteliais
Tubo neural
Canal neural
Primórdio de 
gânglio espinhal
Histogênese do tecido nervosoHistogênese do tecido nervosoHistogênese do tecido nervosoHistogênese do tecido nervoso
� início com o fechamento do tubo neural
� placa neural: epitélio colunar simples -
células neuroepiteliais
� fechamento do tubo neural - epitélio 
estratificado - neuroblastos
� zona ependimária ou ventricular
� zona do manto - rica em células -
substância cinzenta
� zona marginal - prolongamentos das 
células - substância branca
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Dividing neuroepithelial cell
Ventricular zone Marginal zone
Spinal
meninges
Intermediate
(mantle) zone
E
Internal
limiting
membrane
External
limiting
membrane
Mesenchyme
Neuroepithelial cells
D
Neural tube
Neural canal
Primordium of
spinal ganglion
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Histogênese do Tecido Nervoso
camada
marginal
camada
manto
camada
ependimária
célula
neuroepitelial
Pia-máter
neuroblasto
neurônio
glioblasto
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Histogênese da Medula Espinhal
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Tubo neural
Neuroblasto apolar
Neuroblasto bipolar
Neuroblasto unipolar
Dendrito
Axônio
Neurônio
Glioblasto (espongioblasto)
Astroblasto
Astróctio protoplasmático Astrócito fibroso
Oligodendrócito
Epêndima
Epithelium of
choroid plexus
Mesênquima
Célula mesenquimatosa
Célula da micróglia
Neuroepitélio
(neuroectoderme)
Oligodendroblasto
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Neuroplasticidade Neuroplasticidade 
� 20 a 30 anos atrás pensava-se que o SN fosse estático
� Pesquisas do final da década de 90: existe multiplicação e 
diferenciação de neurônios no indivíduo adulto, 
especialmente nas áreas em torno dos ventrículos laterais e 
áreas subventriculares
� Células-tronco capazes de originar neurônios e células da glia
� Formação de novas conexões neuronais
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ENCÉFALO
Fusão das pregas neurais da região cefálica e 
fechamento do neuróporo anterior
Vesículas encefálicas primárias se desenvolvem 
na 4a. semana
a. Prosencéfalo (encéfalo anterior)
b. Mesencéfalo (encéfalo médio)
c. Rombencéfalo (encéfalo posterior)
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Vesículas Encefálicas Secundárias
� Prosencéfalo:
��TelencéfaloTelencéfaloTelencéfaloTelencéfaloTelencéfaloTelencéfaloTelencéfaloTelencéfalo
��DiencéfaloDiencéfaloDiencéfaloDiencéfaloDiencéfaloDiencéfaloDiencéfaloDiencéfalo
�� MesencéfaloMesencéfalo
� Rombencéfalo:
��MetencéfaloMetencéfaloMetencéfaloMetencéfaloMetencéfaloMetencéfaloMetencéfaloMetencéfalo
��MielencéfaloMielencéfaloMielencéfaloMielencéfaloMielencéfaloMielencéfaloMielencéfaloMielencéfalo
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Parede Cavidade
Encéfalo anterior
(prosencéfalo)
Telencéfalo
Paredes
Hemisférios 
cerebrais
Ventrículos laterais
Tálamos, etc. Terceiro Ventr.
Tubérculos 
quadrigêmios; 
pedúnculos 
cerebrais
Aqueduto
Ponte Porção superior
do quarto
ventrículoCerebelo
Medula
oblonga ou
bulboMedula espinhal
Porção inferior
do quarto 
ventrículo
Cavidades
5 Vesículas
Secundárias
Derivados no adulto3 Vesículas
Primárias
Diencéfalo
Mesencéfalo
Metencéfalo
Mielencéfalo
Encéfalo médio
(mesencéfalo)
Encéfalo posterior
(rombencéfalo)
Slide 18.17
Destino das Vesículas Encefálicas
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Flexuras cerebrais - alteração da
disposição inicial
�cefálica - altura do mesencéfalo
�cervical - entre o rombencéfalo e a medula
�pontina - afinamento do teto do rombencéfalo
Causa das flexuras: aumento do volume da 
região anterior cefálica.
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Source: Hopper, A. F. and 
N. H. Hart. 1985.
Foundations of Animal 
Development. 2nd ed. 
Oxford Univ. Press.
Flexuras Cefálicas
1 = Flexura Cefálica
2 = Flexura Cervical
3 = Flexura Pontina
Causa das flexuras: aumento do
volume da região cefálica anterior
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Cerebral 
hemisphere
Cranial nerves
Central sulcus
Lateral sulcus
Occipital
lobe
Spinal cordPons
Insula
Diencephalon
Infundibular
stem 
A
Week 14 Week 26
B
As vesículas cerebrais aumentam rapidamente de As vesículas cerebrais aumentam rapidamente de 
tamanho, expandindotamanho, expandindo--se em todas as direções, até cobrir se em todas as direções, até cobrir 
o diencéfalo e parte do pedúnculo cerebral.o diencéfalo e parte do pedúnculo cerebral.
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D
Lateral sulcus
Temporal lobe
Spinal cord
Cerebellum
Cerebellum
Insula
Gyri
Frontal lobe
Week 30 Week 38
C
A superfície dos hemisférios cerebrais cresce A superfície dos hemisférios cerebrais cresce 
rapidamentedurante o período fetal, formando muitas rapidamente durante o período fetal, formando muitas 
circunvoluções (giros), separadas por muitos sulcos.circunvoluções (giros), separadas por muitos sulcos.
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Embrião de porco 
em diferentes fases do 
desenvolvimento
12 d 13 d 14 d 15 d
16 d
17 d
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MEDULA ESPINHAL
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Neural tube
Neural canal
Primordium of
spinal ganglion
Marginal zone
Roof plate
Afferent neuroblasts
in spinal ganglion Dorsal horn
Dorsal septum
Central canal
Ventral
horn
Motor
neuron
Trunk of
spinal nerve
Ventral motor root
Ventral
median
fissure
White
matter
Alar plate
Floor plate
Basal plate
Motor neuroblast
Sulcus
limitans
A B C
Desenvolvimento da MedulaDesenvolvimento da MedulaDesenvolvimento da MedulaDesenvolvimento da MedulaDesenvolvimento da MedulaDesenvolvimento da MedulaDesenvolvimento da MedulaDesenvolvimento da Medula
•crescimento desigual da zona do manto:
•paredes laterais espessadas: 
porção dorsal: placas alares - cornos sensitivos dorsais
porção ventral: placas basais - cornos motores ventrais
estreitamento do canal medular - canal central
expansão das placas ventrais -surge a fissura mediana ventral
crescimento e aproximação dos cornos dorsais - septo mediano dorsal
•paredes do teto e assoalho delgadas
lâminas do teto e assoalho
MEDULA
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Vesículas CerebraisVesículas Cerebrais
�� Da mesma maneira que na medula, a parede Da mesma maneira que na medula, a parede 
das 5 vesículas encefálicas exibe também a das 5 vesículas encefálicas exibe também a 
formação de lâminas do teto e assoalho, bem formação de lâminas do teto e assoalho, bem 
como das placas alares e basais. O como das placas alares e basais. O 
desenvolvimento posterior é complexo, pois desenvolvimento posterior é complexo, pois 
cada vesícula apresenta modificações próprias. cada vesícula apresenta modificações próprias. 
De um modo geral as placas alares (dorsais) De um modo geral as placas alares (dorsais) 
desenvolvemdesenvolvem--se consideravelmente, enquanto se consideravelmente, enquanto 
as placas basais crescem pouco.as placas basais crescem pouco.
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Mudanças de Posição da Medula Espinhal
� Inicialmente a medula 
espinhal estende-se por 
todo o comprimento do 
canal vertebral, e os 
nervos espinhais passam 
pelos foramens 
intervertebrais perto do 
nível de sua origem
gânglio
espinhal
raiz do 1o.
nervo sacral
medula
espinhal
dura-máter
Corpo da
vértebra
8 semanas
pia-máter
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Mudanças de Posição da Medula Espinhal
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Meninges
Origem a partir: mesênquima que envolve
o tubo neural + cristas neurais
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Cristas Neurais
� Origem a partir da neuroectoderme
� Elas migram no sentido ventrolateral
� Destino das Cristas Neurais: 
� células dos gânglios espinhais (gânglios das raízes 
dorsais), parte dos gânglios dos nervos cranianos e 
gânglios autônomos
� células que formam as bainhas de neurilema do SNP 
(células de Schwann)
� células pigmentares da epiderme
� tecidos musculares, conjuntivo e ossos que originam os 
arcos faringeais, que por sua vez formam estruturas da 
cabeça e pescoço
� medula da adrenal
� meninges (cobertura) do encéfalo e medula, pelo menos 
pia-máter e aracnóide
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
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Cristas Neurais
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Ventral root
Neural tube
Neural crest
Melanocyte
Gânglio da cadeia simpática
Spinal cord
Dorsal
horn
Dorsal
root
Gânglio espinhal
Unipolar neuron
(spinal ganglion cell)
Satellite cell
Schwann cell
(of neurolemmal sheath)
Multipolar neuron
(symp. ganglion cell)
Suprarenal medulla
(chromaffin cells)
Spinal nerve
Suprarenal gland
White communicating ramus
Celiac 
ganglion
Renal
ganglion
Plexus in intestinal tract
Site of
lateral
horn
Ventral
horn
Neural crest cells
Slide 18.9
Sistema Sistema Sistema Sistema 
Nervoso Nervoso Nervoso Nervoso 
PeriféricoPeriféricoPeriféricoPeriférico
• nervos e gânglios 
cranianos, espinhais 
e viscerais
derivam da 
crista neural
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� período longo
� neurônios: grande proliferação durante a vida intra-
uterina
� continuam proliferação na vida pós-natal:
� células da neuróglia
� conexões entre os neurônios
� neurônios (neuroplasticidade)
� inicia-se na medula e progride em direção ao 
telencéfalo
Desenvolvimento Fisiológico do Sistema 
Nervoso
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� 9a. semana: motilidade espontânea
� 4o. mês: movimentos fetais percebidos pela mãe
� 6o. e 7o. meses: início do desenvolvimento do córtex 
cerebral. Antes disso: movimentos são reações 
rudimentares e instintivas
� mielinização (oligodendrócitos e células de Schwann): 
� processo lento
� começa no 4o. mês até o 1o. ano de vida
Desenvolvimento Fisiológico do Sistema 
Nervoso
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Malformações Congênitas do Sistema 
Nervoso
Fatores genéticos, nutricionais e ambientais 
Proteção: ingestão de suplementos vitamínicos e 
ácido fólico antes da concepção.
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Malformações Congênitas do Sistema 
Nervoso
� Encéfalo:
� fechamento anormal do tubo neural ou defeitos na 
histogênese
�anencefalia -não fechamento da porção cranial do 
tubo neural
�craniorraquisquise - anencefalia + não fechamento 
da medula espinhal
�meningocele - cavidade cheia de líquido 
cefalorraquidiano, formada pela herniação das 
meninges
�encefalocele - herniação de tecido nervoso
�hidrocefalia - acúmulo anormal de líquido 
cefalorraquidiano nos ventrículos ou nos espaços 
subaracnóides
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� Medula:
� espinha bífida: não fechamento dos arcos vertebrais durante a 
4a. semana
�espinha bífida oculta:
� geralmente sem sinais clínicos
�espinha bífida cística:
� graus variáveis de déficit neurológico, dependendo da 
posição e extensão
� com meningocele: protrusão das meninges, formando 
vesícula cheia de líquido cefalorraquidiano
� com meningomielocele: protusão das meninges + 
medula espinhal
� com mielosquise (raquisquise): medula espinhal 
permanece aberta; pode resultar de um crescimento 
exagerado local da placa neural
Malformações Congênitas do Sistema 
Nervoso

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