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As plantas são constantemente expostas a estresses: 
bióticos (doenças por diferentes patógenos, ataque 
de herbívoros, predadores e plantas invasoras)
abióticos (longos períodos de estiagem, falta de 
nutrientes, acidez do solo, concorrência de recursos 
com ervas daninhas).
Ácaros e lagartas, por exemplo, utilizam tecidos 
vegetais como local de cópula e fonte de nutrientes.
As plantas são seres sésseis, como elas 
fazem para se defender?
As plantas desenvolveram 
vários mecanismos de 
defesa físicos e químicos 
(bioquímicos).
Defesa constitutiva mecânica
Caracterizada pela presença de estruturas nas plantas (tricomas, espinhos e 
acúleos, cutícula) que dificultam o acesso e a manipulação dos tecidos vegetais 
por outros organismos.
Os tricomas não glandulares, são incapazes de produzir 
secreções. 
Função: redução da perda de água, diminuição da incidência 
luminosa, barreira mecânica.
Os tricomas glandulares são capazes de produzir secreções 
(óleos, néctar, sucos digestivos e resinas) com diferentes funções 
Tricomas urticantes, os quais afastam os herbívoros.
Tricomas glandulares encontrados em plantas carnívoras (prender 
a presa e digestão.)
Tricomas secretores observados em flores com a função de 
atrair polinizadores.
Tricomas
Espinhos 
• estruturas duras e secas
• pontiagudos 
• não são capazes de realizar o processo de 
fotossíntese
• possuem tecido vascular
• podem ser modificações caulinares e foliares
• ajudam evitando a perda excessiva de água
Espinhos quanto acúleos são importantes 
na defesa do vegetal contra a herbivoria.
Acúleo
• projeção pequena e pontiaguda 
• de origem normalmente epidérmica, não 
é uma modificação foliar nem caulinar. 
• não apresentam tecido vascular
Cutícula Camada externa cerosa envolvida na 
externa proteção do tecido vegetal.
A) Redução da 
perda de água e 
difusão de gases
B) Evita o 
acúmulo de 
água e poeira
C) Participa 
das interações 
planta-inseto
D) Participa na 
tradução de sinais 
para ativação de 
genes específicos. 
E) Controla as 
mudanças de 
temperatura
F) Fornece 
suporte 
mecânico
Principais funções da cutícula nas plantas
Os principais componentes da cutícula são a cutina, suberina e ceras 
Cera epicuticular
Cutícula – cutina/suberina e cera
Camada cuticular – cutina/suberina e carboidratos
Parede celular
Lamela media
Membrana plasmática (célula epidérmica)
Cutina
Parte aérea
Polimerização de ácidos graxos 
de cadeia longa e hidroxilados
Suberina
Parte subterrânea, caules 
lenhosos e ferimentos 
cicatrizados
Polimerização de ácidos graxos 
de cadeia longa e hidroxilados, 
alguns ácidos dicarboxílicos e 
compostos fenólicos
Ceras 
Mistura complexa de moléculas hidrofóbicas
• Ácidos graxos de cadeia longa livres ou esterificados
• Alcanos
• Álcoois, Aldeídos e Cetonas de cadeia longa
A camada externa de cera (cera epicuticular) 
cristalizam-se causando aumento da aspereza 
e hidrofobicidade da camada de cera.
Essas estrutura causa um aumento da 
repelência de a água que quando chega nesse 
local escorre carregando partículas e limpando 
a superfície da planta 
Diferentes morfologias 
das ceras epicuticulares
obtidas por microscopia 
eletrônica de varredura 
(MEV) de diferentes 
plantas .
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-22062020-091350/publico/Tamara_Matos_CORRIG.pdf
A: morfologia do tipo filme em Hydrocotyle
bonariensis Lam. (Apiaceae). 
B: morfologia do tipo camadas fissuradas em 
Crassula ovata (Mill.) Druce (Crassulaceae).
C: morfologia do tipo crosta em Cynanchum
sarcostemma Lillo (Asclepiadaceae). 
D: morfologia do tipo plaquetas no musgo 
Polytrichadelphus magellanicus (Hedw.) Mitt. 
(Polytrichaceae). 
E: morfologia do tipo túbulos de nonacosan-10-ol 
em Nelumbo nucifera Gaertn. (Nelumbonaceae). 
F: morfologia do tipo lâminas ordenadas em 
paralelo em Convallaria majalis L. 
(Convallariaceae). 
G: morfologia do tipo grânulos em Aegiceras
corniculatum (L.) Blanco (Aegicerataceae). 
H: morfologia do tipo bastonetes enrolados em 
Buxus sempervirens L. (Buxaceae).
I: sintopismo de plaquetas e lâminas em 
Benthamia alyxifolia (F. Muell. Ex Benth.) Tiegh. 
(Loranthaceae). 
As plantas também podem contar com a defesa química (ou bioquímica), 
que inclui a produção de compostos tóxicos contra herbívoros e 
patógenos
• Esses compostos químicos podem não ser “apetitoso” para o organismo (herbívoros), 
afetar o crescimento e desenvolvimento do agente agressor ou ainda causar a sua morte. 
• Algumas dessas substâncias são produzidas apenas quando a planta recebe um estímulo 
de agressão (forma econômica de se defender), outras existem constitutivamente e sua 
produção é aumentada com a agressão.
• Alguns desses compostos podem se espalhar no ar (são voláteis) e atuar como uma 
sinalização para as plantas vizinhas para que elas também possam se defender. 
• Várias dessas moléculas estão classificadas dentro de um grupo especial (e grande) de 
moléculas vegetais chamadas metabólitos secundários.
O que são os metabolitos secundários?
• As plantas produzem uma larga e diversa ordem de componentes orgânicos 
divididos em metabólitos primários e secundários. 
• Os metabólitos primários possuem função estrutural, plástica e de 
armazenamento de energia (aminoácidos, lipídeos, carboidratos, nucleotídeos) e 
são encontrados em todos os organismos vivos.
Os metabólitos secundários, produtos secundários ou produtos naturais 
produzidos pelos vegetais (restritos a uma espécie ou grupo). Aparentemente 
não possuem relação com crescimento e desenvolvimento da planta.
• Por muito tempo os metabolitos secundários foram considerados produtos finais 
do metabolismo sem função definida ou até mesmo resíduos
• No século XIX e XX muitos desses compostos passaram a ser estudados devido 
à sua utilidade como drogas medicinais, venenos, aromatizantes e outros 
materiais para a indústria.
Atualmente, sabe-se que os metabólitos 
têm importantes funções ecológicas nos 
vegetais (competitividade e 
sobrevivência):
✓ Protegem as plantas contra 
herbívoros e patógenos;
✓ Servem como atrativos (aroma, cor, 
sabor) para polinizadores;
✓ Funcionam como agentes de 
competição entre plantas e de 
simbiose entre plantas e 
microrganismos
Podem ser uteis em diversas áreas: agrícolas 
(inseticidas biológicos) flavorizantes e 
odorizantes, farmaceutica
Metabólitos secundários nas plantas podem ser 
divididos em três grupos distintos quimicamente: 
Terpenos
Compostos fenólicos 
Compostos nitrogenados
Produtos de vias de síntese 
específicas, mas que estão 
relacionadas com o metabolismo do 
carbono (aminoácidos, carboidratos) 
nas células vegetais
Terpenos ou Terpenóides
Maior classe dos metabólitos secundários
Sintetizados a partir de Acetil-CoA ou intermediários do 
metabolismo de glicose
Derivam da união de unidade pentacarbonadas (C5) – isopentano muitas 
vezes chamada de isopreno (terpeno decomposto gera isopreno)
Classificação de acordo com o número de unidades C5
que formam as moléculas:
2 unidades – 10 carbonos – monoterpenos
3 unidades – 15 carbonos – sesquiterpenos
4 unidades – 20 carbonos – diterpenos
30 carbonos – tripterpenos
40 carbonos – tetraterpenos
Politerpenóides [C5]n onde n>8
Acíclicos, Monocíclicos e Bicíclicos
isopentano
isopreno
Funções de diferentes terpenos nos vegetais
Crescimento e desenvolvimento – as vezes são considerados metabolitos primários
Giberelinas – diterpeno – hormônio vegetal (mais de 136 tipos)
função: estimular o crescimento do caule, determinação da sexualidade 
da flor, promoção de crescimento do fruto e germinação das sementes.
Brassinosteróide – triterpeno – hormônio regulador do crescimento 
(mais de 40 variações)
Acido Abiscísico (ABA) – sesquiterpeno – hormônio relacionado ao início e 
manutenção da dormência das sementes e gemas e resposta ao stress hídrico
Dolicóis – politerpenos –
transportadorde açúcar na 
parede celular e síntese de 
glicoproteínas
Esteróis (membrana celular) – derivados triterpenos 
Carotenoides – tetraterpeno – pigmentos 
acessórios vermelho/laranja/ amarelo
Defesa contra herbívoros – toxinas e inibidores para insetos herbívoros.
Funções de diferentes terpenos nos vegetais
• Ester de monoterpenos naturais (ou sintéticos) –
ingredientes comuns em inseticidas comerciais 
• Piretrina - baixa persistência no ambiente (degrada com 
algumas horas de sol) e pouco tóxico em mamíferos 
(metabolizado e excretado urina)
• Na área agrícola, sua utilização se dá, principalmente, no 
controle de insetos (pulgões e carunchos) em plantações e 
no armazenamento de grãos. No uso doméstico, o combate 
visa eliminar as baratas, mosquitos e formigas.
• Na veterinária, se utiliza no controle de ectoparasitas, como 
por exemplo, carrapatos e pulgas, na medicina humana no 
controle de ectoparasitas como os piolhos, e na malária
• Nocivo para insetos não-alvos, como as abelhas. Segundo 
a Organização das Nações Unidas para Alimentação e 
Agricultura (FAO – na sigla em inglês), 70% das culturas de 
alimentos depende das abelhas
Piretróides - moduladores 
dos canais de 
sódio no sistema nervoso 
dos insetos, não deixam o 
sódio sair da célula, assim 
a célula nervosa não 
relaxa, deixando o 
inseto super excitado, 
causando a perda da 
capacidade de se 
locomover (paralisia e 
morte)
Piretróides
• Os monoterpenos, devido ao seu baixo peso 
molecular, costumam ser substâncias voláteis 
sendo, portanto, denominados óleos essenciais ou 
essências.
• Estes compostos isolados encontram considerável 
aplicação industrial em sabonetes e perfumes. 
• A função dos óleos essenciais nas plantas pode 
ser tanto para atrair polinizadores quanto para 
repelir insetos.
• Esses monoterpenos conferem aroma 
característico à folhas de várias espécies (hortelã, 
manjericão, sálvia, limão, lavanda, eucalipto, 
alecrim, louro, etc.)
• Normalmente encontrado em tricomas glandulares, 
sintetizados pelas célula do tricoma e 
armazenados em um espaço extracelular entre a 
cutícula e a parede celular
Monoterpenos voláteis - Óleos essenciais
Estruturas químicas diversas dos monoterpenos
Estruturas de tricomas glandulares contendo óleos essenciais
1. Matéria-prima vegetal, ou as partes da planta
que contêm seu óleo essencial - é colocada em
um recipiente chamado dorna juntamente com
um pouco de água
2. Em outro recipiente, o balão de destilação ou
caldeira, uma porção de água é aquecida até
que se forme vapor
3. Esse vapor então passa através do material
vegetal óleos essenciais são substâncias
altamente voláteis e evaporam com extrema
sendo arrastados pelo vapor de água
4. Vapor passa pela coluna chamada cabeça de
Claisen na parte superior do destilador
5. o vapor segue para um condensador, ou
serpentina, onde passa por um processo de
resfriamento e se condensa.
6. Líquido contendo água e óleo essencial é
recolhido, como eles não se misturam podem
ser facilmente separados.
Extração de óleo essencial
Destilação por arraste a vapor
Limonóides
• Triterpenos não voláteis
• Sabor amargo das frutas cítricas
• Agem como potentes inibidores para 
o forrageio dos insetos
• Representantes importantes para uso 
inseticida (Azadiractina) pela baixa 
toxicidade aos mamíferos
• Controle da mosca-branca, minadora, 
brasileirinho, carrapato, lagartas, bem 
como de pragas de grãos 
armazenados (nematóides, alguns 
fungos, bactérias e vírus)
Folhas, frutos, sementes, casca e 
madeira usados pela medicina, 
veterinária, cosmética, na produção de 
adubos e no controlo de pragas no 
campo.
Torta de semente de nim reduz a 
população de bactérias nitrificadoras e 
não é recomendado seu uso na 
agricultura orgânica ( retarda o processo 
de disponibilização de nitrogênio).
A comercialização do óleos das sementes
OFF-NEEM produto a base de óleo de 
neem puro emulsionado(90% neem e 10% 
emulsionante)
FORTNEEM incorporado a outras 
espécies vegetais: extrato de timbó(cipó 
amazônico, repelente e inseticida natural), 
piretro natural(crisântemo, repelente e 
inseticida natural), extrato 
pirolenhoso(repelente, inseticida e 
fungicida e ativador fisiológico), fumo e 
pimenta do reino.
Fitoecdisonas
• Isolado inicialmente de uma pteridófita 
(Polypodium vulgare)
• Esteróide vegetal com estrutura similar 
ao hormônio de muda dos insetos
• Ingestão dessa molécula interrompe o 
desenvolvimento dos insetos.
Hormônio inseto
Fitoectodisteroide β-ecdisona
Polypodium vulgare
Cardenolídeos
• Esteroides com resíduos glicosídicos 
• Conferem gosto amargo
• Extremamente tóxicos a animais superiores
• Os cardenolídeos são tóxicos para os animais através 
da inibição da enzima Na+/K+-ATPase, que é 
responsável pela manutenção dos gradientes de íons 
sódio e potássio através das membranas celulares. 
• Usados como drogas cardíacas – doses moderadas 
diminuem e fortalecem os batimentos cardíacos 
(antiarrítmico e cardiotônico)
Digoxina, extraída de 
plantas do gênero 
Digitalis (Dedaleira)
Saponinas
• Esteróides e triterpenos glicosilados
• Tem ação detergente e emulsificante (forma espuma 
com água)
• Ação toxica por interferir na absorção de esteróides ou 
desorganizar as membranas biológicas
• Classificação de acordo com o núcleo fundamental da 
aglicona - saponinas esteroidais (tetracíclico) e 
saponinas triterpênicas (pentaciclico)
• Classificação quanto ao ao número de cadeias de 
açúcares ligadas na aglicona (monodesmosídicas -uma 
cadeia de açúcares) ou bidesmosídicas (duas cadeias 
de açúcares) – apresentam atividades biológicas 
distintas.
• Farmacologia utilizadas como expectorantes e laxantes
Compostos fenólicos
➢ Substância que possuem anel aromático ligado a uma hidroxila 
– grupo fenol
➢ Existem aproximadamente 10.000 compostos: solúveis apenas 
em solventes orgânicos, ou em água (grupos carboxílicos e 
açúcares) ou ainda grandes polímeros insolúveis. 
➢ Funções: 
•defesa (herbívoros e patógenos); 
•atrativos de polinizadores ou dispersores de frutos/sementes; 
•proteção contra raios UV; 
•suporte mecânico; 
•redução do crescimento de plantas competidoras.
➢ Muitos tem como precursor a fenilalanina
•Utilizada como aromatizante em alimentos e em fármacos.
•Previne o crescimento de microrganismos e é toxina em 
grandes concentrações 
•Regulador de crescimento vegetal e resistência sistêmica a 
patógenos vegetais
•Isolado Salgueiro
•Usado na farmacologia por suas propriedades: 
antipirética, analgésica queratolíticas.
Acido acetilsalicílico
Compostos Fenólicos Simples
• Liberação desses compostos fenólicos no solo pode limitar o 
crescimento de outras plantas – Alelopatia
• Ocorrem no solo em altas concentrações
• Demonstrado em laboratório que eles inibem a germinação e o 
crescimento de muitas plantas
•Manejo da cultura da soja em rotação com pastagens de 
braquiária, por ex., pode resultar em controle de espécies 
daninhas anuais (reduzir a quantidade da infestante e o uso de 
herbicidas)
Compostos Fenólicos Simples
https://blogs.canalrural.com.br/embrapasoja/2016/12/02/alelopatia
como-estrategia-de-controle-de-plantas-daninhas-em-soja/
• Cumarinas – compostos de defesa contra insetos 
herbívoros e fungos 
• Atóxicos mas se tornam ativados pela luz
• Furanocumarinas se inserem no DNA e se ligam à 
citosina e timina, bloqueiam a transcrição e reparo 
do DNA podendo levar à morte do organismo
• Insetos se adaptam vivendo em casulos de folhas 
enroladas livres de luz
aipo
salsa
Compostos Fenólicos Simples
• Lignina – polímeros 
estrutural da parede 
celular dos vegetais 
(sustentação e vascular)
• Função mecânica e 
protetora – resistência 
dificulta consumo e tem 
baixa digestibilidade 
devido á sua estabilidade 
química.
• Constituída por álcoois 
de fenilpropanoides, 
derivados da fenilalanina 
(coniferil, cumaril e 
sinapil)Compostos Fenólicos Simples
Compostos Fenólicos Simples forma compostos mais complexos - Flavonóides
Esqueleto básico – dois 
anéis aromáticos unidos 
por uma ponte de 3 
carbonos
4 classes – Flavonas, Isoflavonas, Flavonóis, Antocianinas 
e Taninos
Grupos substituintes caracterizam as moléculas como 
hidrofílicas (hidroxila e açúcar) ou hidrofóbicas (éter 
metílico ou isopentil).
4 classes – Funções diversas – pigmentação e defesa.
• As antocianinas são glicosídeos com o açúcar na 
posição 3. Sem o açúcar denominam-se antocianidinas.
•São metabólitos secundários coloridos envolvidos nas 
interações planta-animal, ajudando a atrair animais 
através de sinais visuais e olfativos, nas flores e frutos, 
para a dispersão de pólen e semente. 
•Função de proteção contra danos provocados pela luz 
UV (que é prejudicial ao DNA das células)
•As antocianinas são responsáveis pela maioria da 
coloração vermelha, rósea, violeta e azul observada nas 
diversas partes da planta. 
•Cor pode ser influenciada pelo número de hidroxilas da 
molécula
•Encontradas na uva, cereja, ameixa, framboesa, 
morango, amora, maçã, tamarindo, batata-doce roxa, 
groselhas preta e vermelha, no mirtilo, cranberry, 
repolho roxo, rabanete, em vagens de Leguminosas e 
em diversas sementes de cereais (Gramineae). 
Antocianinas
Visão humanos Visão abelhas 
Flavonóis
• As flavonas e os flavonóis podem proteger contra 
os danos causados pela luz ultravioleta
• Além disso, exposição prolongada das plantas ao 
UV-B, aumenta a síntese de flavonas e flavonóis. 
• As flavonas e flavonóis, encontrados em flores 
absorvem luz ultravioleta (UV-B, 280 a 320 nm), 
atraem insetos que realizam a dispersão de grãos 
de pólen.
• As flavonas importantes na alimentação pelas 
suas propriedades antioxidantes, 
anticarcinogênica, anti-inflamatória, 
antiestrogênica entre outras.
• Flavonas mais conhecidas: crisina, apigenina, 
luteolina, escutelareína, acacetina e a baicaleína.
• Flavonas e flavonóis secretados no solo por 
raízes de leguminosas atuam na interação entre 
leguminosas e simbiontes fixadores de nitrogênio.
Isoflavonóides
• Posição do anel do núcleo flavonoide é invertida
• São encontrados principalmente em leguminosas e 
apresentam várias atividades biológicas:
• Ação inseticida ⇒ Ex: Rotenóides. 
•Fitoalexinas ⇒ Compostos antimicrobianos sintetizados 
pela planta em resposta às infecções causadas por 
bactérias e fungos
• Ação antiestrogênica ⇒ Ovelhas se alimentam de trevo 
que causa infertilidade – estrutura similar ao estrógeno e 
ligação com os receptores.
•Usados para reposição hormonal em mulheres na 
menopausa e na regulação do ciclo menstrual
• Independentemente da dose e duração do estudo, nem 
proteína de soja nem a isoflavona afeta os níveis de 
hormônios sexuais em homens*.
• Efeito Anticancerígenos (alimentos derivados da soja).
Estrogênio - Hormônio 
sexual feminino 
produzido pelo ovário
*Katharine E. Reed, Juliana Camargo, Jill Hamilton -Reeves, Mindy Kurzer, Mark Messina - Neither soy nor isoflavone intake affects male reproductive hormones: An
expanded and updated meta-analysis of clinical studies, Reproductive Toxicology, Volume 100, 2021, Pages 60-67, https://doi.org/10.1016/j.reprotox.2020.12.019.
Taninos
Existem duas categorias (a maioria dos taninos têm massa molecular entre 600 e 3.000 Da):
• Taninos condensados
• Taninos hidrolisáveis
• Polimerização de flavonóides
• Comum em plantas lenhosas
• Produzem antocianinas quando 
hidrolisados com ácido forte
• Polímeros heterogêneos formado por ácidos 
fenólicos e açúcares simples
• Menores que os condensados
• Hidrolisados por ácidos diluídos
Os taninos atuam na defesa das plantas como:
➢ Toxinas reduzem o crescimento e a sobrevivência de muitos 
herbívoros
➢ Repelente alimentar a uma grande variedade de animais:
• Mamíferos, como bovinos, cervos e macacos, evitam 
consumir plantas ou parte de plantas com alto teor de 
taninos.
• Frutos imaturos, frequentemente, tem alto teor de taninos, 
que inibem sua ingestão por animais, encontrados nas 
camadas externas.
➢ Encontrados em uva e chás, nozes, amêndoas e outras 
castanhas (principalmente na casca); chocolate amargo; 
cravo, canela e outras especiarias; açaí; romã; feijão-azuki.
Sua toxicidade é atribuída à sua habilidade 
de ligar-se não especificamente às 
proteínas inativando as enzimas digestivas 
de herbívoros e formando complexos 
(tanino-proteínas) de difícil digestão
Quantidade moderada de polifenóis (taninos) 
da uva/vinho tinto pode trazer benefícios à 
saúde do homem (evita a contração dos 
vasos, pois bloqueia a síntese da endotelina-
1). E promovendo a diminuição de riscos de 
doenças cardíacas
Alguns mamíferos (coelhos e roedores) 
produzem e secretam na saliva uma 
proteína com muitos resíduos de prolina. 
Taninos se ligam à esse aminoácidos e 
aumentam a resistência desses animais 
mãos efeitos tóxicos dos taninos. Esses 
animais podem se alimentar de plantas com 
maior teor de taninos
Compostos nitrogenados
Uma grande variedade de metabólitos secundários de plantas tem nitrogênio 
em sua estrutura. A maioria deles é sintetizada a partir de aminoácidos 
comuns. 
Alcalóides
• Os alcalóides formam uma grande família de 
compostos secundários (mais de 15.000) contendo N 
(anel heterocíclico) e são bem conhecidos pelos seus 
efeitos farmacológicos em animais vertebrados.
• Como seu nome indica são alcalinos, e nos pHs do 
citosol (7,2) e do vacúolo (5 - 6) o átomo de N está 
carregado positivamente e são solúveis em água.
• Função: defesa contra predadores (mamíferos) devido 
à sua toxicidade e capacidade de dissuasão da 
ingestão
• São tóxicos a humanos quando ingeridos em 
quantidades maiores, mas tem aplicações 
farmacológicas 
• Modo de ação: interagem com componentes do 
sistema nervoso, afetam o transporte de membranas, 
afetam a síntese proteica e a atividade de várias 
enzimas.
A maioria dos alcalóides são 
sintetizados a partir de 
alguns aminoácidos
• Venenos doses elevadas (estricnina, 
atropina); 
• Doses baixas – farmacologia
-Atropina – agem músculo liso coração 
(intoxicação por organofosforados)
-Analgésicos (morfina, codeína, 
escopolamina)
• Uso não-medicinal comum, estimulantes 
ou sedativos (cocaína, nicotina e cafeína)
Glicosídeos cianogênicos - liberam o veneno gasoso, ácido cianídrico
• Não é tóxico como tal, mas se decompõe quando a planta é lesada 
produzindo o veneno volátil
• Processo ocorre em dois passos enzimáticos
• Enzimas e glicosídeos cianogênios estão em locais diferentes do 
tecido vegetal (mesófilo e vacúolos da célula epidérmica, 
respectivamente)
• Quando o tecido folhar é danificada pela mastigação ocorre a reação
• Acido cianídrico inibe a enzima Fe-citocromo oxidase importante na 
respiração celular
Intoxicações por plantas cianogênicas no Brasil Ciência Animal, 16(1):17-26, 2006 http://www.uece.br/cienciaanimal/dmdocuments/Artigo2.2006.1.pdf
Uma das plantas com 
grande consumo e que 
possuem quantidades 
altas de glicosídeos 
cianogênicos é a 
Manihot esculenta e não 
deve ser consumida in 
natura, assim como seus 
brotos (animais) 
Glicosinolatos - liberam toxinas voláteis
• Encontrados principalmente em Brassicaceae e famílias 
relacionadas. 
• Os glucosinolatos liberam os compostos responsáveis pelo 
odor e gosto característicos de vegetais como repolho, brócolis 
e rabanete.
• Os produtos da degradação atuam na defesa das plantas, 
como toxina e repelente alimentar para herbívoros
• Decomposição enzimática produz compostos voláteis tóxicos
• Glicosinolatos e as enzimas hidrolíticas se encontram em 
compartimentos celulares distintos e atuam apenas quando o 
tecido vegetal é lesado
canola
mostarda
Aminoácidos não-proteicos
• Alguns bloqueiam a síntese ou a absorção de 
aminoácidos proteicos;
• Outros, como a canavanina, podem ser 
equivocadamente incorporadosem proteínas 
produzindo, nos herbívoros, proteínas não funcionais 
pois sua estrutura terciária ou seu sítio ativo é desfeito.
• Vegetais que produzem esses aminoácidos reconhece-
os como não-proteicos e não os incorpora nas 
proteínas.
• O feijão-de-porco, Canavalia ensiformis, é 
uma planta tropical, da família Fabaceae, 
amplamente cultivada nos países tropicais 
como cobertura verde (folhas grandes 
fornecem boa cobertura). 
• Efeito repelente a formigas e apresenta 
alelopatia (controle da tiririca)
• É comestível: suas folhas são usadas como 
verdura, e as sementes são cozidas como 
feijão comum, embora tenham que passar 
por tratamento prévio para eliminar as várias 
“toxinas” da planta.

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