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Unidade 1 Organização e Legislação da Educação

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Organização e Legislação da Educação Unidade 1
Compreendendo os significados dos termos lei, diretrizes, bases e a estrutura de ensino.
A Constituição Federal de 1988 assegura, a todos os cidadãos, enquanto garantia fundamental, a educação como um direito social.
Ao longo desta aula, discorreremos sobre os aspectos desse direito e sua importância, apresentando as estruturas e competências relativas à organização da educação em nosso país.
Dúvidas? Não se preocupe. Recorra ao fórum de dúvidas e discussões para socializar o seu conhecimento e esclarecer todas as suas inquietações quanto ao conteúdo aqui disposto.
Nós estaremos a sua disposição em caso de dificuldades!
A educação e a Constituição Federal Brasileira
A Constituição Federal de 1988 foi elaborada com intensa participação democrática e popular. É resultado da interlocução de políticos, sociedade civil e movimentos sociais. Essa ampla participação promoveu a garantia de diversos direitos socias, entre eles a educação. No artigo 205 da Constituição Federal de 1988 encontramos:
art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (Grifamos.)
A Constituição Federal de 1988, norma máxima de nosso país, aborda a educação como um direito de todos, que deve ser suprido pelo Estado e pela família, sendo que a sociedade também tem o papel de incentivar o cumprimento desse dever, colaborando para que os jovens estejam nas escolas, tenham acesso à cultura etc.
Art. 6º: São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
No início do seu texto, a Constituição aborda ser a educação um direito social (art. 6º) e, em diversos artigos (a palavra “educação” aparece 59 vezes no texto constitucional), aborda outros aspectos, como a gratuidade do ensino e a qualidade da educação.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, não adianta apenas oferecer vaga nas escolas, esse serviço deve(ria) ser garantido como um ensino gratuito e de qualidade.
A Constituição Federal de 1988 também determina que o aluno deve ter condições de acesso e permanência na escola. Ou seja: há que se levar em consideração o meio em que o educando está inserido, promovendo práticas pedagógicas que estimulem esse aluno a permanecer na escola.
Neste momento, alunos, cabe refletirmos: será que nossas escolas estão preparadas para se tornarem um ambiente no qual o aluno se sinta parte e tenha prazer em frequentar? Que mudanças/ações seriam necessárias para que a aluno se sinta pertencente ao ambiente escolar? “Abrir” a escola para que a comunidade escolar possa fazer parte da proposta pedagógica e das decisões da escola pode auxiliar a contornar essa situação?
Quanto ao Estado, ele precisa desenhar e implementar políticas públicas para contribuir para a retenção desse aluno no ambiente escolar, considerando, entre outros, a oferta de transporte público, de ensino em turnos contrários e no regime integral, além de material e organização curricular adequados às condições do estudante.
Em busca de enfrentar esses desafios, e visando diminuir a evasão escolar, as escolas controlam a permanência dos alunos. Quando o aluno começa a ter faltas excessivas, a escola comunica aos pais e, caso o problema persista, o Conselho Tutelar é acionado para tomar as medidas cabíveis por lei.
Artigo “Das Políticas de Acesso e Permanência na Escola ao Direito à Educação Básica de Qualidade Social: Avanço Possível”. Disponível em: https://bit.ly/2FiHuOX. Acessado em 29 de abril de 2019.
No Brasil, a garantia constitucional de acesso universal à escola é uma grande conquista, visto que na nossa história o acesso ao ensino era privilégio de uma pequena parcela da população. Entretanto, tal garantia não é sinônimo de matrículas e frequências. Temos observado que não é 100% das crianças que frequentam a escola, e que a conclusão da Educação Básica e o acesso ao Ensino Superior ainda representam grandes desafios.
A oferta do ensino é realizada em instituições públicas e privadas que, independentemente da sua estrutura, devem obedecer aos princípios previstos na lei (a serem analisados mais à frente, no ponto 2). Dessa forma, compreendemos que as instituições privadas devem seguir os mesmos preceitos da lei que as instituições públicas.
A Constituição Federal de 1988 determina que criança, jovem e adolescente têm direito, entre outros, à vida, à alimentação, à educação e ao lazer, conforme observamos no artigo 227:
art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no seu artigo 53, reforça as determinações constitucionais ao ratificar que a educação é um direito da criança e adolescente.
art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento da sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-lhes:
I – Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – Direito de ser respeitado por seus educadores;
III – Direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;
IV – Direito de organização e participação em entidades estudantis;
V – Acesso à escola pública e gratuita próxima a sua residência.
O ECA é importante pois assegura os direitos das crianças e dos adolescentes presentes na Constituição, dessa forma, busca-se garantir que os direitos sejam respeitados.
O Estatuto pode ser lido na íntegra em: https://bit.ly/IUTp5S. É importante que o educador o conheça minimamente.
O ECA classifica um sujeito com até 12 anos incompletos como criança, e entre 12 e 18 anos incompletos como adolescentes. Essa classificação permite que se apliquem medidas cabíveis em caso de descumprimento da lei pela criança ou adolescente, conforme demonstramos abaixo:
	Advertência (art. 115 do ECA): É uma repreensão judicial, que visa sensibilizar e esclarecer ao adolescente as consequências de uma reincidência infracional.
	
	Obrigação de reparar o dano (art. 116 do ECA): O ressarcimento, por parte do jovem, do dano ou prejuízo econômico causado à vítima.
	
	Prestação de serviços à comunidade (art. 117 do ECA): Realização de tarefas gratuitas à comunidade no período de seis meses, durante oito horas semanais.
	
	Liberdade assistida (art. 118 do ECA): Acompanhamento, auxílio e orientação do jovem em conflito com a lei por equipes multidisciplinares no período mínimo de seis meses.
	
	Semiliberdade (art. 120 do ECA): Restrição de liberdade do jovem, que poderá permanecer com a família aos finais de semana.
	
	Internação (arts. 121 e 125 do ECA): A internação pode ser em caráter provisório ou definitivo
Analisando os artigos 60 e 227 da Constituição Federal de 1988, fica clara a inexistência – no texto constitucional –, de uma fórmula para que os direitos ali postos sejam efetivados. Faz-se, assim, necessária a criação de estatutos, diretrizes e bases para desenvolvimento de um plano nacional com a união de diversos setores da sociedade civil, a fim de promover um diagnóstico da realidade educacional e estratégias que ampliem o acesso, a permanência e a construção de um processo ensino-aprendizado significativo ao educando. E é desse contexto que emerge a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1996.
Analisando os princípios e fins da educação nacional – artigos 2º e3º da Lei 9.394/1996
Nesta aula analisaremos e refletiremos sobre os artigos 2º e 3º da LDB (Lei 9.394/1996), identificado quem são os responsáveis pela educação e quais os princípios que norteiam a educação brasileira.
Princípios e fins da educação brasileira
A LDB foi promulgada em 20 de dezembro de 1996, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (19952002). É uma lei que regulamenta o sistema educacional público e privado no Brasil, da Educação Básica ao Ensino Superior.
A LDB estabelece deveres dos Estados, do DF e dos municípios para a efetivação do direito à educação; os princípios da educação; e as responsabilidades entre os municípios, Estados e o Distrito Federal, reafirmando o direito à educação garantido pela Constituição Federal e abordado no ECA.
A partir da LDB, a escolarização passou a ter um espaço importante no debate sobre a educação brasileira, tornando o Ensino Básico pauta na política nacional e desencadeando algumas políticas públicas, como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), Referenciais Curriculares Nacionais (RCN), Política de Financiamento da Educação Básica (Fundeb), Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), políticas essas que estudaremos no decorrer do curso.
A LDB estrutura a Educação Básica por etapas e modalidades de ensino:
A Lei 9.394/1994 representou uma evolução pelo fato de incluir as crianças de zero a cinco anos no processo educativo, algo que antes não acontecia, vez que se acreditava que essas crianças deveriam ser assistidas pela área de assistência social.
A LDB reforça determinações da Constituição Federal de 1988 e do art. 2º do ECA:
art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
O artigo ressalta o dever da família e do Estado em relação à educação. Devemos compreender que a família em conjunto com o Estado são os principais responsáveis pelo processo educacional, sendo o papel da escola e dos professores complementar a ação da família, não o contrário.
Percebemos, em nossas escolas, que muitos pais e responsáveis transferem para os educadores toda a responsabilidade em relação à educação das crianças. No entanto, conforme estudamos, a lei é clara ao determinar que essa responsabilidade deve ser compartilhada. De que forma podemos modificar esse cenário?
Observamos também que a educação deve favorecer a liberdade do educando, desenvolvendo seu lado crítico, proporcionando uma formação adequada, para que, além de o aluno se inserir no mercado de trabalho, ele possa ser agente de transformação dentro da sua sociedade. Dessa forma, entendemos que uma educação de qualidade não deve ser focada apenas em conteúdo, mas em práticas que promovam o senso crítico e a reflexão desse aluno frente aos seus problemas sociais, para que ele possa contribuir e realizar mudanças visando à melhoria da sociedade.
Nos incisos do artigo 3º da LDB, estão dispostos os princípios que devem ser garantidos na educação:
art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extraescolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
De acordo com o inciso 1º do art. 3 da LDB, todos devem ter condições de acesso e permanência na escola, ou seja, independentemente da classe social, todas as pessoas têm direito a uma educação de qualidade.
Importante ressaltar que a lei trata de condições de acesso, e não de igualdade de direito de acesso. Desse modo, compreendemos que a escola deve oferecer equidade de condições de acesso, levando em consideração as particularidades e necessidades do educando. A escola só terá condições de garantir ensino de qualidade para todos, se levar em consideração as condições iniciais desses educandos, contribuindo para que as diferenças sejam supridas e todos alcancem os mesmos objetivos.
A educação tem o dever de desenvolver cidadãos críticos, livres e tolerantes, capazes de compreender a realidade que os cerca, e contribuir com a sociedade na qual está inserida.
A escola deve promover práticas pedagógicas que valorizem as experiências extraescolares, promovendo o interesse e despertando um aprendizado significativo dos alunos. Paulo Freire dizia que não podemos considerar o aluno uma tábua rasa, vazia e sem conteúdo. Nós, enquanto educadores, precisamos criar práticas pedagógicas que levem em consideração as experiências trazidas pelos alunos para o contexto escolar, tornando a educação mais significativa e prazerosa ao educando, enquanto a gestão da escola deve ser realizada de forma democrática, com a participação de toda a comunidade escolar.
A Lei 9.394/1996 ressalta a importância da valorização dos profissionais que atuam na educação, para que isso possa refletir em uma educação de qualidade.
Nos nossos estudos, pudemos observar a importância da LDB para a educação brasileira, pois as práticas pedagógicas passaram a ser estruturadas buscando promover uma educação de qualidade.
A igualdade de acesso à educação é importante e foi uma grande conquista, pois, tempos atrás, o ensino era apenas para uma pequena parcela da população, a classe minoritária não tinha acesso à escola.
Atualmente, todos passaram a ter o direito ao acesso à escola, e a LDB veio para assegurar as condições de ensino promovendo um ensino de qualidade, buscando a formação integral do aluno.
Identificando os aspectos do sistema escolar brasileiro e a administração do sistema nacional de ensino
Sistema escolar brasileiro
A história do sistema educacional brasileiro foi marcada por seu caráter excludente, que favorecia a minoria permitindo o acesso à educação apenas para a elite.
A implantação da LDB garantiu mudanças e reorientação do sistema educativo, possibilitando o acesso de todos a uma educação de qualidade; esse amplo acesso à educação necessitou reestruturar um sistema escolar, que permitisse que a escola fosse de fato acessível a todos.
O Brasil é constituído por desigualdades econômicas e sociais, e quando se pretende reestruturar a educação deve-se levar em consideração essa complexidade, para que se possa atingir uma educação universal e democrática. Conforme corrobora:
A compreensão do sistema educacional brasileiro exige que não se perca de vista a totalidade social da qual o sistema educativo faz parte. (Saviani, 1987, p. 48)
De acordo com Saviani, a educação deve estar voltada para além dos livros, tendo como foco a sociedade em que esse educando está inserido.
O sistema educacional brasileiro apresenta falhas na qualidade do que está sendo ministrado, percebemos que muitas das propostas para a educação não ocorrem no interior da escola.
As propostas para a educação devem ser planejadas para atender o interesse da sociedade, de forma que seja possível o seu cumprimento para que realmente atinja seus objetivos.
Percebemos que o nosso sistema educacional apresentou mudanças, mas ainda precisa evoluir, proporcionando o desenvolvimento de estudantes críticos e que possam contribuir para a sociedade de que fazem parte, provendo o desenvolvimento emocional, cultural e social.
“Desafios da Construção de um Sistema Nacional Articulado de Educação”. Disponível em: https://bit.ly/2x4RiHQ.Estrutura do sistema escolar brasileiro
O sistema brasileiro de ensino é dividido de acordo com dois níveis, conforme o art. 21 da LDB:
	Educação Básica: composta pela Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio;
	Ensino Superior: composto pelos cursos de graduação, programas de mestrado e doutorado, cursos de especialização e pós-graduação.
Segundo a Constituição de 1988 e a LDB, a educação brasileira é composta por sistemas de ensino que serão organizados de modo colaborativo entre a União, os Estados e o Distrito Federal, no Brasil encontramos problemas na articulação entre esses órgãos em relação à organização do sistema, refletindo em problemas na educação.
Sabemos que cada órgão é responsável por uma área do ensino, no entanto a responsabilidade deve ser pensada levando em conta o bem-estar do educando, e não apenas no que tange à responsabilidade do órgão, devendo esses órgãos estabelecer parcerias para que de fato esse aluno seja tenha sua necessidade atendido.
O sistema federal é composto pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), algumas de suas atribuições são:
1. Organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais do sistema federal;
2. Elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados e municípios;
3. Assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no Ensino Fundamental, Médio e Superior, em colaboração com os sistemas de ensino, definindo prioridades e a melhoria da qualidade;
4. Autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação superior.
O sistema estadual é constituído pela Secretaria de Educação (SEE), Conselho Estadual de Educação (CEE), Delegacia Regional de Educação (DRE) ou Subsecretaria de Educação; algumas de suas responsabilidades são:
1. Organizar, manter e desenvolver os órgãos do seu sistema de ensino;
2. Assegurar o Ensino Fundamental e oferecer o Ensino Médio com prioridade;
3. Assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual.
O sistema municipal é formado pela Secretaria Municipal de Educação (SME) e o Conselho Municipal de Educação (CME), algumas de suas atribuições são:
1. Oferecer a Educação Infantil em creches e préescolas, e com prioridade, o Ensino Fundamental, atuar atendendo a outras áreas apenas quando tiver sanado suas necessidades na totalidade;
2. Assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal.
Segundo Saviani (2010), o Brasil não tem um sistema de educação, e sim uma estrutura educacional, pois, para ter um sistema, teria que desenvolver um profundo conhecimento da realidade e das dificuldades de cada região do país, porém, devido às diferenças de cada região brasileira e em termos econômicos e culturais, isso se torna difícil.
Além disso, deve ter conhecimento da realidade das estruturas e dos recursos disponíveis, bem como do capital humano acessível para implementar políticas públicas que visem equalizar as diversas regiões diante das suas diferenças.
A educação brasileira deve compartilhar todo o conhecimento teórico sobre a educação, não apenas diretrizes ou currículos, mas conhecimentos que possam ser compartilhados com diferentes regiões independentemente das distâncias física ou econômica.
Saviani (2010) acredita que até hoje o Brasil construiu uma estrutura educacional marcada por leis e programas, como a Constituição Federal e a LDB, mas ainda não foi desenvolvida uma unidade educacional que buscasse a garantia de direito de oportunidades, e não apenas de igualdade.
O direito de oportunidade será efetivado quando se desenvolver um sistema educacional que busque reconhecer as diferenças de cada educando e, diante dessa diferença, promova uma educação de qualidade para todos.
Conselhos de Educação no Brasil
Os Conselhos de Educação no Brasil exercem a função de organização e planejamento, e são divididos de acordo com a dependência político-administrativa:
Conselho Nacional de Educação (CNE)
Foi criado em 24 de dezembro de 1995 por meio da Lei 9.131, e é constituído pela Câmara de Educação Básica e a Câmara de Educação Superior; é composto por 24 membros, sendo 12 indicados por associações científicas e profissionais, e os outros nomeados pelo presidente da República.
O CNE atua auxiliando o Ministério da Educação, sendo uma forma de participação da sociedade nos processos decisórios da educação brasileira.
Conselho Estadual de Educação
O Conselho Estadual de Educação atua no sistema de ensino estadual. Dentre as suas atribuições está manter o intercâmbio com o CNE e com os demais Conselhos Estaduais e Municipais de educação, tendo como objetivo atingir os resultados planejados.
Conselho Municipal de Educação
O Conselho Municipal de Educação é composto por representantes das instituições educacionais, sociedade e da Câmara de Vereadores dos municípios. Essa composição visa à participação de diversos segmentos da sociedade nos processos de políticas públicas relacionadas à educação.
A principal finalidade do Conselho Municipal é a criação dos planos municipal de educação bem como a fiscalização, avaliação e o acompanhamento da execução desses planos.
Diretrizes Curriculares Nacionais
As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) são normas discutidas e fixadas pelo CNE que orientam o planejamento curricular das escolas e dos sistemas de ensino da Educação Básica. Segundo a definição do CNE:
Diretrizes Curriculares Nacionais são o conjunto de definições doutrinárias sobre princípios, fundamentos e procedimentos na Educação Básica, expressas pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, que orientarão as escolas brasileiras dos sistemas de ensino, na organização, na articulação, no desenvolvimento e na avaliação de suas propostas pedagógicas. (BRASIL, 1998)
A origem das DCNs está na Lei 9.384/1996, quando trata ser a finalidade da União estabelecer diretrizes que nortearão os currículos da Educação Básica.
art. 8º. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino.
IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum. (BRASIL, 1996)
A criação dessas diretrizes é importante por conta da necessidade de criação de políticas educacionais, que garantam o direito de todo brasileiro ter acesso a uma formação humana e cidadã dentro do ambiente escolar, conforme a Lei 9.394/1996. Observemos os objetivos das Diretrizes:
I – sistematizar os princípios e diretrizes gerais da Educação Básica contidos na Constituição, na LDB e demais dispositivos legais, traduzindo-os em orientações que contribuam para assegurar a formação básica comum nacional, tendo como foco os sujeitos que dão vida ao currículo e à escola;
II – estimular a reflexão crítica e propositiva que deve subsidiar a formulação, execução e avaliação do projeto político-pedagógico da escola de Educação Básica;
III – orientar os cursos de formação inicial e continuada de profissionais – docentes, técnicos, funcionários – da Educação Básica, os sistemas educativos dos diferentes entes federados e as escolas que os integram, indistintamente da rede a que pertençam.
Com isso compreendemos que as DCNs são leis que regulamentam a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/1996). Nestas constam os objetivos e as metas para a educação, permitindo que cada instituição de ensino tenha sua autonomia incentivando a criação de currículos de acordo com as competências elencadas nas diretrizes.
As Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para Educação Básica estabelecem bases para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, pelas quais os sistemas federais, estaduais e municipais se orientarão para promover um currículo integralizado.
Segundo o CNE, as DCNs buscam ser umareferência curricular para que todo cidadão possa gozar de conhecimentos cientificamente elaborados e historicamente construídos. Para isso as DCNs estabelecem princípios norteadores para a escola desenvolver suas ações pedagógicas, são eles:
1. Princípios éticos: autonomia, responsabilidade e respeito;
2. Princípios políticos: direito e cidadania;
3. Estético: criatividade, sensibilidade e variadas formas artísticas.
A educação brasileira é composta por modalidades e cada uma tem sua diretriz estabelecida. Após as DCNs, foram elaborados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e os Referenciais Curriculares Nacionais (RCN); esses documentos abordam o currículo indicado pelas DCNs.
As Diretrizes Curriculares para Educação Infantil constam da Resolução n. 5, de 17 de dezembro de 2009, que apresenta a orientação pedagógica para a educação infantil.
A organização curricular brasileira visa garantir a Constituição Federal, promovendo educação de qualidade para todos.
Referenciais Curriculares Nacionais para Educação Infantil
Em 1998, visando atender as questões da Lei 9.394/1996, foram criados os Referenciais Curriculares Nacionais (RCNEI), com o objetivo de apontar metas de qualidade e ressaltar o desenvolvimento integral da criança, reconhecendo os direitos e deveres dos alunos dessa faixa etária.
O RCNEI foi desenvolvido por meio da mobilização social num amplo debate nacional, e visa sedimentar os direitos da Constituição Federal de 1988 superando o caráter assistencialista para as crianças.
O RCNEI tem o objetivo de ser um guia de orientações pedagógicas aos profissionais de Educação Infantil. Esse documento é constituído por três volumes.
O volume 1, Introdução, apresenta uma reflexão sobre creches e pré-escolas, trazendo uma concepção sobre criança, educação, instituição e educador.
O volume 2, Formação Pessoal e Social, trabalha-se a autonomia e a construção de identidade da criança.
O volume 3, Conhecimento do Mundo, aborda a importância das experiências e o conhecimento que a criança tem do mundo, a construção de linguagens e suas relações.
Parâmetros Curriculares Nacionais
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) referem-se às séries iniciais do Ensino Fundamental e visam auxiliar o trabalho pedagógico de modo que as crianças desenvolvam os conhecimentos formais de que necessitam para se tornarem cidadãos plenos.
A aprovação dos PCN foi realizada pelo MEC com o objetivo de desenvolver metas de qualidade e objetivos que visem à formação de cidadãos participativos na sociedade que reconhecem seus direitos e deveres.
Em 2017 surge a Base Nacional Comum Curriculares (BNCC), que visa, de modo geral, definir o que deve ser ensinado para cada estudante em cada ano de estudo da Educação Infantil até o Ensino Médio
A partir da implementação da BNCC, o Brasil passa a ter uma referência curricular nacional obrigatória, na qual as escolas deverão se apoiar para desenvolver seus currículos.
Segundo o documento, os currículos devem ser elaborados, respeitando a diversidade, particularidades e o contexto em que a escola está inserida.
A criação da BNCC visa contribuir para diminuir a desigualdade de oportunidades entre os estudantes brasileiros, devendo cada instituição seguir uma base comum de ensino e incluir uma base diversificada de acordo com as especificidades de cada localidade onde a escola está inserida.
Plano Nacional de Educação: objetivos e metas
Como já pudemos estudar nos capítulos anteriores da nossa disciplina, o Brasil definiu leis e estatutos que garantam o direito das crianças em relação à educação.
Porém ainda se observa que na prática não conseguiu estabelecer o que diz a lei. Dessa forma, foram desenvolvidas 20 metas para a educação que visam uma educação de qualidade para todos.
Convido vocês a estudarem essas metas e seus objetivos para que, como educadores, possamos contribuir para a efetivação do direito à educação.
O Plano Nacional
Em 25 de junho de 2014, a então presidenta, Dilma Rousseff, sancionou a Lei 13.005/2014, que aprovou o novo Plano Nacional de Educação, com vigência até 25 de junho de 2024, visando cumprir o disposto no artigo 214 da Constituição Federal de 1988:
art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a:
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País;
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto.
O PNE surge respaldado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional como um instrumento para a evolução da educação brasileira. Ele apresenta, no seu artigo 2º, dez diretrizes que devem pautar a educação no Brasil:
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar
III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação;
IV - melhoria da qualidade da educação;
V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade;
VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;
VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;
VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto – PIB, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;
IX - valorização dos(as) profissionais da educação;
X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.
Notem que cinco desses objetivos já estavam sendo contemplados na Constituição Federal de 1988, no art. 214:
erradicação do analfabetismo; universalização do atendimento educacional; melhoria da qualidade da educação; promoção humanística e tecnológica do País, e estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto.
Metas
O PNE possui 20 metas, cada uma delas seguida de estratégias, que abrangem todos os níveis de formação – desde a Educação Infantil até o Ensino Superior – , cuja fiscalização quanto ao cumprimento ficou a cargo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), juntamente com o Congresso Nacional e o Fórum Nacional de Educação.
Meta 1
	Universalizar, até 2016, a educação infantil na préescola para as crianças de quatro a cinco anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% das crianças de até três anos até o final da vigência deste PNE.
	Meta 2
Universalizar o ensino fundamental de nove anos para toda a população de seis a 14 anos e garantir que pelo menos 95% dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.
	Meta 3
Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%.
	Meta 4
Universalizar, para a população de quatro a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.
	Meta 5
Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até os oito anos de idade, durante os primeiros cinco anos de vigência do plano; no máximo, até os sete anos de idade, do sexto ao nono ano de vigência do plano; e até o final dos seis anos de idade, a partir do décimo ano de vigênciado plano.
	Meta 6
Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica.
	Meta 7
Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb:
Meta 8
	Elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de modo a alcançar no mínimo 12 anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE.)
	
	Meta 9
Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.
	Meta 10
Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos, na forma integrada à educação profissional, nos ensinos fundamental e médio.
	Meta 11
Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% de gratuidade na expansão de vagas.
	Meta 12
Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta
	Meta 13
Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75%, sendo, do total, no mínimo, 35% de doutores.
	Meta 14
Elevar gradualmente o número de matrículas na pósgraduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores
	Meta 15
	Garantir, em regime de colaboração entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, no prazo de um ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do art. 61 da Lei nº 9.394/1996, assegurando-lhes a devida formação inicial, nos termos da legislação, e formação continuada em nível superior de graduação e pós-graduação, gratuita e na respectiva área de atuação.
	Meta 16
Formar, até o último ano de vigência deste PNE, 50% dos professores que atuam na educação básica em curso de pós-graduação stricto ou lato sensu em sua área de atuação, e garantir que os profissionais da educação básica tenham acesso à formação continuada, considerando as necessidades e contextos dos vários sistemas de ensino
	
	Meta 17
Valorizar os profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE.
	Meta 18
Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal
	
	Meta 19
Garantir, em leis específicas aprovadas no âmbito da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a efetivação da gestão democrática na educação básica e superior pública, informada pela prevalência de decisões colegiadas nos órgãos dos sistemas de ensino e nas instituições de educação, e forma de acesso às funções de direção que conjuguem mérito e desempenho à participação das comunidades escolar e acadêmica, observada a autonomia federativa e das universidades.
	
	Meta 20
Ampliar o investimento público em educação de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do País no quinto ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% do PIB no final do decênio.
Após análise das metas e objetivos, percebemos que o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer em relação à educação. As metas são audaciosas, mas imprescindíveis para que a educação, no Brasil, seja capaz de promover as mudanças sociais, individuais e econômicas que a nossa sociedade necessita.

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