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Psicologia da Aprendizagem 01

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Prévia do material em texto

Aula 01
Fundamentos 
da Psicologia
Raquel Elisabeth Dumaszak
Psicologia 
da Aprendizagem
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor 
RAQUEL ELISABETH DUMASZAK
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Autor 
RAQUEL ELISABETH DUMASZAK
Olá! Meu nome é Raquel Elisabeth Dumaszak. Sou formada em 
Psicologia, na modalidade Bacharelado e Licenciatura, e desde então atuo 
com a Psicologia, Educação e Aprendizagem. Tenho interesse por assuntos 
que envolvem neurociências, comportamento e cognição, temáticas que 
seguí na pós-graduação. Fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar 
seu elenco de autores independentes e espero contribuir bastante com seu 
aprendizado teórico e profissional! 
Conte comigo!
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimen-
to de uma nova 
competência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar 
um novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram 
que ser prioriza-
das para você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado 
ou detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e 
links para aprofun-
damento do seu 
conhecimento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma ativi-
dade de autoapren-
dizagem for aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
Iconográficos
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo 
projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha 
de aprendizagem toda vez que:
SUMÁRIO
Origem da Psicologia – Influências filosóficas ...................... 12
Influências fisiológicas para Psicologia .....................................................16
Psicologia científica, origem e conceitos ................................ 18
Método Descritivo ....................................................................................................... 20
Método Correlacional ................................................................................................21
Método Experimental ...............................................................................................22
Estruturalismo .................................................................................................................23
O Funcionalismo .......................................................................................................... 26
O Associacionismo ...................................................................................................... 31
Alguns Teóricos importantes desta época ................................32
Objeto de Estudo da Psicologia- Algumas áreas de pesquisa 
e atuação.................................................................................................38
Psicologia Clínica ......................................................................................................... 38
Psicologia Social........................................................................................................... 40
Psicologia Organizacional .....................................................................................43
Psicologia do Desenvolvimento Humano ............................................. 46
Psicologia Escolar e Educacional ................................................................. 48
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Psicobiologia ................................................................................................................... 50
Bibliografia ............................................................................................. 52
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Psicologia da Aprendizagem 9
UNIDADE
FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA
01
Psicologia da Aprendizagem10
Prezados (as) Alunos (as),
Sejam bem-vindos a nossa Unidade 1 da disciplina Psicologia da 
Aprendizagem.
 Veremos que a Psicologia é uma ciência aplicável a qualquer 
cultura, povo e tempo. Modernizada, presente em diversos campos 
de atuação, e cada vez mais com uma perspectiva multiprofissional, 
promete interagir com outras áreas do conhecimento contribuindo para 
o desenvolvimento humano e social. Como este é um tema extenso, 
iremos nos focar na relação entre Psicologia, Educação, Pedagogia, 
aprendizagem, dentre outras questões que envolvem este interesse. 
Porém, para compreendermos bem e fazer uso dessa ciência tão 
valiosa, precisamos conhecer a origem de sua teoria, para entender 
suas heranças históricas, filosóficas, fisiológicas e biológicas e assim 
compreenderemos essa esfera científica que ampara e dará subsídio 
a você, futuro pedagogo! Ao longo desta unidade letiva você vai 
mergulhar neste universo! 
Vamos começar?
INTRODUÇÃO
Psicologia da Aprendizagem 11
Caro (a) Aluno (a), o nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento 
das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de 
estudos:
 • Conhecer a origem e história da Psicologia.
 • Compreender sobre o fazer ciência na área da Psicologia.
 • Quais respostas a Psicologia busca? Em quais evidências ela 
se ampara para conseguir suas respostas?
 • Conhecer as escolas psicológicas que deram origem a 
Psicologia Moderna. 
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
OBJETIVOS
Psicologia da Aprendizagem12
Origem da Psicologia – Influências 
filosóficas 
A Psicologia é uma das ciências mais antigas, nasceu a partir 
da Filosofia e seus primeiros registros foram escritos por Aristóteles 
(384-322 a.C.), estes datam de mais de 2000 anos atrás. Aristóteles 
escreveu sobre sono, sonhos, sentidos e memória e criou conceitos 
posteriormente usados como a catarse e a metafísica. É importante 
compararmos a Filosofia de Sócrates, Platão e Aristóteles com a dos 
filósofos naturais, os pré-socráticos, estes, observavam e tentavam 
compreender o mundo a partir dos fenômenos naturais, deixando o ser 
numa posição determinista, ou seja, sua existência e ações é fruto do 
espaço e tempo (BORGES, 2009).
EXPLICANDO MELHOR:
A ideia de compreender o homem por sua mente e ações 
se inicia com Sócrates. Ele inovou o pensamento metafísico 
de tamanha maneira, que a filosofia passou a ser divididos 
em filósofos pré e pós-socráticos!Mas afinal o que ele disse 
de tão inovador?
Antes de Sócrates, os filósofos eram chamados de “filósofos 
naturais”, porque entendiam o homem como parte da natureza, esta 
ditaria o caminho de seu conhecimento. Este filósofo é tão inovador, 
porque passou a compreender o homem como um ser independente, 
autor e responsável por suas ações. 
Platão (428/7-347AC), um de seus discípulos, por sua vez, era 
determinista, compreendia o homem como produto do mundo das 
ideias, e estas advindas da razão, ou seja, o conhecimento se dá pela 
razão, e não pelos sentidos do corpo. Você se lembra do mito da 
caverna de Platão? Ele utilizou esta metáfora para dizer que, aquelas 
Psicologia da Aprendizagem 13
sombras refletidas nas paredes da caverna não refletem o mundo como 
ele realmente é, e por isso, cada qual, deve se libertar das “aparências” 
e sair da caverna, ou seja, o homem é dotado de capacidade cognitiva 
e por isso, é responsável por seu processo de busca ao conhecimento. 
Os estudos de Platão são complexos e pertinentes, porém vemos 
tão fortemente quanto, a influência das ideias de Aristóteles na formação 
da Filosofia Moderna e posteriormente, a Psicologia.
ACESSE:
Para entender melhor a respeito do mito da caverna acesse: 
https://www.blogodorium.com.br/resumo-sobre-o-mito-
da-caverna-de-platao/.
Figura 1. Ilustração da “Alegoria da Caverna” de Platão (428/7-347AC)
Fonte: 4edges | Wikimedia Commons | CC BY-SA 4.0
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:An_Illustration_of_The_Allegory_of_the_Cave,_
from_Plato%E2%80%99s_Republic.jpg
Imagem do Mito da Caverna de Platão. A imagem retrata três fases: na primeira, os 
homens observam as sombras de objetos na parede; na segunda fase, eles decidem sair 
da caverna, passam pelo fogo e pelos objetos autores das sombras, os homens veem e 
chegam à conclusão de que um não corresponde ao outro. E por fim na terceira fase, os 
homens estão no mundo real, se libertaram das sombras. 
Psicologia da Aprendizagem14
Aristóteles (384/3-322AC) influenciou a Filosofia do século XVII, 
apresentando a ideia de mente e corpo como entidades separadas, que 
interagem entre si para provocar sensações. Este filósofo foi inovador, 
porque além de suas contribuições filosóficas “é considerado como o 
primeiro grande pesquisador sistemático. Definiu o objeto de estudo de 
várias ciências e foi o primeiro a oferecer uma teoria sistemática sobre a 
Psicologia” (Gomes, 1996, p.4). 
As tendências filosóficas desta época são retomadas fortemente 
por Descartes (1596-1650) um filósofo francês, que viveu em um cenário 
Europeu marcado por conflitos e por uma forte influência religiosa e do 
Estado, para comandar o raciocínio e desenvolvimento intelectual. Apesar 
de este filósofo acreditar na existência de Deus como criador deste 
universo, Descartes tinha uma visão mais mecanicista e racional do homem, 
foi bastante influenciado por matemáticos como Galileu Galilei (1564-1642) 
e propôs uma observação baseada no mundo físico e em evidências 
científicas. A investigação do comportamento humano passa a ser individual 
independente de raça, sexo, classe social, um método também chamado 
de reducionista (Gomes, 1996; Schultz & Schultz, 2009).
Figura 2 - René Descartes
Fonte: Dedden | Artista: Frans Hals (1582/1583–1666) | Wikimedia Commons | Public Domain
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Frans_Hals_-_Portret_van_Ren%C3%A9_Descartes.jpg
Psicologia da Aprendizagem 15
SAIBA MAIS:
A catarse (atualmente em desuso) ficou conhecida com 
Sigmund Freud (1856-1939) e Joseph Breuer. Eles aplicavam 
esta técnica em pacientes para induzi-los a hipnose, 
estes liberariam emoções e sentimentos repreendidos e 
aliviariam sintomas psicossomáticos. Aristóteles chamava 
o teatro de fenômeno catártico, pois segundo ele, havia ali 
uma capacidade de libertação, à medida que o indivíduo 
visse os sentimentos representados, se libertariam deles.
VOCÊ SABIA?
Metafísica é o estudo do que não pode ser testado 
empiricamente, está para além da física. 
 O cenário da época vivida por Descartes era literalmente 
mecanicista. A criação de máquinas industriais, revolução no trabalho 
braçal e com isso, em todo o contexto social, levou este pensador a 
deixar de lado o pensamento naturalista e enxergar o homem também 
em suas “peças” menores, entrávamos na era da Filosofia Moderna 
(Schultz & Schultz, 2009).
Descartes observou que o corpo humano produz movimentos 
involuntários, sabemos hoje que são os chamados arco reflexo – 
movimentos involuntários sem processamento cognitivo que assim 
acontecem para ter melhor resposta do corpo e protegê-lo de estímulos 
nocivos, como uma queimadura na mão, por exemplo, (Carlson, 2002). 
Psicologia da Aprendizagem16
EXPLICANDO MELHOR:
Essa visão mecânica e reducionista influenciou teorias 
extremamente importantes e que hoje ainda são fortemente 
estudadas dentro da Psicologia e de outras áreas de 
conhecimento, as quais serão de grande aplicabilidade 
para o pedagogo compreender estímulos influenciadores 
em sala de aula, estes podem contribuir ou prejudicar 
a aprendizagem e o desenvolvimento dos trabalhos. 
Veremos a seguir, vamos juntos!
Influências fisiológicas para Psicologia 
A investigação reducionista, a retirada de Deus do centro do 
universo e colocação homem como senhor de suas ações, levou a ciência 
a buscar respostas para doenças, calamidades, e sobre o comportamento 
humano, no próprio homem. Graças a essa mudança histórica, foi possível 
haver estudos sobre cognição, desenvolvimento e consciência. A ciência 
psicológica passa então a receber também influências fisiológicas que 
eram realizadas desde o século XIX com pesquisa experimental. 
Marshall Hall (1790-1857) chegou à conclusão de que existem 
diversos tipos de movimentos, originados pelo cérebro, sistema nervoso, 
ou muscular, isto porque os animais decapitados ainda se mexiam, ele 
descobriu que os movimentos nem sempre são modulados pelo cérebro. 
Os estudos feitos por fisiologistas dessa época permitiram 
descobertas importantes como a de Paul Broca (1824-1880), um cirurgião 
parisiense que ao atender um paciente que compreendia a linguagem, 
porém não falava mais que a palavra “tam” buscou investigar o que podia 
estar comprometido em seu cérebro, assim foi descoberta a região 
cerebral chamada de área de Broca, tão estudada por fonoaudiólogos e 
psicopedagogos por ser responsável pela fluência verbal, compreensão 
da fala e pela leitura. O conhecimento a respeito do funcionamento das 
regiões cerebrais é importante, pois no casa da afasia de Broca, uma 
pessoa pode compreender muito bem um texto lido, mas não conseguirá 
lê-lo (GRIGGS, 2009).
Psicologia da Aprendizagem 17
 Figura 3- Área de Broca e Área de Wernicke
Fonte: BruceBlaus | Wikimedia Commons | CC BY 3.0
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Blausen_0102_Brain_Motor%26Sensory.png
SAIBA MAIS:
Para saber mais sobre a funcionalidade dessas regiões 
acesse: http://imensoamor01.blogspot.com/2015/10/
area-de-broca-e-area-de-wernicke.html. 
córtex motor primário
(Giro pré-central)
córtex sensorial primário
(Giro pós-central)
Área de associação 
sensorial somática
Área de associação 
motora somática
(Córtex pré-motor)
Área de 
associação 
visual
Área de associação 
auditiva
Área de Broca
(produção da fala)
Cóterx 
pré-frontal
Córtex 
Visual
Córtex 
Auditivo
Área de Wernicke
(enternder fala)
http://imensoamor01.blogspot.com/2015/10/area-de-broca-e-area-de-wernicke.html
http://imensoamor01.blogspot.com/2015/10/area-de-broca-e-area-de-wernicke.html
Psicologia da Aprendizagem18
Psicologia científica, origem e conceitos. 
DEFINIÇÃO:
A Psicologia é uma ciência que estuda o comportamento 
humano e os processos mentais, para que assim seja 
possível predizer comportamentos, interpretar ações, 
compreender a dinâmica de um grupo, etc... A Associação 
americana de Psicologia (APA) lista mais de 50 divisões 
de atuação dentroda Psicologia, porém para a pesquisa 
existem apenas quatro, que são as áreas biológica e 
cognitiva- que estudam fatores internos, como o sistema 
fisiológico, uso de medicamentos e pensamento, raciocínio, 
etc... Respectivamente. E nas áreas comportamental e 
sociocultural- que estudam fatores externos, como um 
melhor tipo de aulas, provas escolares, e comportamentos 
que acontecem em grupo, como bullying e podem 
influenciar uns os outros. 
ACESSE:
Para se ter noção de como o comportamento de um grupo 
pode ser influenciado, assista ao filme alemão baseado em 
fatos reais “Die Welle” (2008) – A onda. Do diretor Dennis 
Gansel, mostra um experimento realizado entre um grupo 
escolar que fugiu ao controle de quem o organizava. Este 
filme pode ser baixado pelo site:
https://stiffgamerdown.com/filmes/a-onda-die-welle-
2008-legendado-720p/
https://stiffgamerdown.com/filmes/a-onda-die-welle-2008-legendado-720p/
https://stiffgamerdown.com/filmes/a-onda-die-welle-2008-legendado-720p/
Psicologia da Aprendizagem 19
O método científico é uma maneira compartilhada entre todo o 
mundo para adquirirmos conhecimento a respeito do mundo que nos rodeia. 
A Psicologia segue os pilares para produção de conhecimento, que visam à 
formulação de uma hipótese; delinear um estudo para que isso seja possível, 
e este estudo deve utilizar um dos três métodos de se fazer pesquisa, que 
são o descritivo, correlacional e experimental, esses são métodos padrão 
para que os dados observados sejam coletados corretamente, e com isso 
chegar às conclusões do estudo para posteriormente serem publicadas 
(HOCKENBURY & HOCKENBURY, 2001).
IMPORTANTE:
É importante pensarmos que qualquer pessoa pode 
produzir ciência, qualquer ambiente pode ser propício 
para fornecimento de dados e responder hipóteses, como 
no caso de um professor em sala de aula que investiga 
uma maneira de despertar interesse nas crianças para 
que façam o dever de casa. Então ele desenvolve um 
pensamento crítico a respeito, que é uma maneira 
científica de enxergar aquela situação problema, sempre 
optando pela neutralidade e fugindo de qualquer ideia 
tendenciosa. Assim ele observa que algumas atitudes 
em sala motivam as crianças, e a partir daí cria a seguinte 
hipótese de pesquisa: “colar uma estrelinha dourada no 
caderno de um aluno tende a melhorar seu desempenho 
escolar”. Assim, o professor precisa começar a investigar 
sua hipótese para confirmar se ela é realmente eficaz, caso 
seja, ele terá progresso em sala de aula. Vamos agora 
entender um pouco sobre a metodologia de pesquisa para 
auxiliar o professor em seu projeto de pesquisa. 
Psicologia da Aprendizagem20
Para começar, qual método você acredita ser o mais indicado 
para esse estudo? O Descritivo, Correlacional ou Experimental? Vejamos 
um por um!
Método Descritivo 
O método descritivo é dividido em três tipos: as técnicas 
observacionais, estudo de caso e pesquisa de levantamento. 
As técnicas observacionais apenas observam o comportamento, 
seja em seu ambiente natural- como um biólogo que se esconde para 
observar pássaros, ou em laboratórios, com situações problema criada 
para esse fim, porém, a observação naturalística é mais indicada, pois 
sabe-se que as pessoas modificam seu comportamento em laboratórios, 
mas nem sempre ela é possível, pois o pesquisador observador inserido 
em um local também pode interferir na dinâmica do grupo (ao pesquisar 
a relação entre chefe e subordinado por exemplo), e sua inserção no 
local se passando por outra pessoa que não um pesquisador, fere 
os pressupostos éticos da pesquisa científica. Há ainda a observação 
participante, nela, o observador realmente se torna membro do grupo 
e compartilha com este o mesmo ofício, sem infringir a ética e ao sigilo. 
RESUMINDO:
A pesquisa científica é um padrão de coleta e publicação de 
dados, de modo que qualquer pesquisador ou profissional 
da área possa utilizar evidências e conceitos seguros para 
sanar dúvidas ou enriquecer seu conhecimento a respeito 
de um mesmo assunto. 
Psicologia da Aprendizagem 21
VOCÊ SABIA?
O estudo de caso é muito utilizado na prática clínica, ele 
permite estudar um único participante com bastante 
profundidade e por um maior período de tempo. Geralmente 
esse tipo de estudo relata alguma intervenção clínica e 
mudanças no padrão de comportamento do indivíduo são 
relatadas. Os dados coletados com esse tipo de estudo são 
posteriormente compartilhados para serem utilizados por 
profissionais que encontram casos semelhantes. 
O último tipo de pesquisa descritiva é a pesquisa de 
levantamento, que é a entrevista com os participantes. Esse tipo de 
pesquisa é muito utilizado por ser prática e acessível, mas requer mais 
cuidado do pesquisador para não analisar os dados tendenciosamente 
(HOCKENBURY & HOCKENBURY, 2001). 
Método Correlacional 
Outra pesquisa que o nosso professor do exemplo poderia fazer 
é a correlacional, nela ele pegaria um número de alunos com maiores 
notas e faria uma correlação com o número de estrelas douradas ganhas, 
para saber se há correlação entre essas duas variáveis. 
EXPLICANDO MELHOR:
O estudo correlacional mede a relação entre duas variáveis, 
de modo que há existência de uma e pressupõe a existência 
de outra, o que se chama correlação positiva. Quando 
a existência de uma variável pressupõe a inexistência de 
outra, nomeia-se correlação negativa. 
Psicologia da Aprendizagem22
Método Experimental
O último tipo de pesquisa é a experimental, na qual o pesquisador 
pode manipular as variáveis para saber qual está influenciando para 
que haja o resultado, esse método é bastante utilizado em laboratórios 
que testam medicamentos, um grupo recebe a medicação e o outro o 
placebo, assim, fica mais fácil saber se a mediação funciona. 
Esse método pode ser aplicado na escola, como por exemplo, 
dividindo as crianças em quatro grupos sendo: grupo que recebeu 
estrelinha por fazer a tarefa, grupo que fez a tarefa, mas não recebeu 
estrelinha, grupo que não fez a tarefa e recebeu a estrela e grupo que 
não fez a tarefa e não recebeu a estrela. O professor poderia comparar o 
resultado das provas ao final do semestre, ou dar uma prova após cada 
estrela colada no caderno de um grupo. Ou poderia até mesmo inverter 
os grupos que iriam ganhar a estrelinha (o nome para este método é 
delineamento cruzado), este método, porém, exige que um protocolo 
experimental seja seguido, a fim de que o número de participantes, 
tempo de pesquisa e comprometimento ético seja resguardado. 
SAIBA MAIS:
Assista ao vídeo abaixo para reforçar ainda mais sua 
reflexão a respeito da pesquisa científica, e após isso reflita 
sobre qual método você acredita ser o mais indicado para 
o nosso professor do exemplo acima conseguir esclarecer 
sua hipótese. Vídeo do canal do youtube: Paulo Amaral- 
https://www.youtube.com/watch?v=LPVZIdC1R-Y. 
https://www.youtube.com/watch?v=LPVZIdC1R-Y
Psicologia da Aprendizagem 23
As Escolas Psicológicas: Estruturalismo, Funcionalismo, 
Associacionismo. 
Estruturalismo
A maneira como explicar a mente e o comportamento humano 
ao longo da história foi baseada na Filosofia, Biologia, Sociologia e 
Fisiologia. A Psicologia era um campo de estudo dentro dessas áreas. 
Com estudos a respeito de estímulos sensoriais e respostas corporais, 
como de Pavlov (1849-1936), técnicas de extirpação de partes do cérebro 
de animais para examinar problemas, consequências comportamentais, 
ou dissecação post mortem para avançar o entendimento acerca do 
comportamento humano. Mas como de fato a Psicologia surgiu como 
ciência e disciplina isolada? Vamos ver?
Podemos dizer que a Psicologia como disciplina surgiu de fato em 
1874, na Alemanha no laboratório de um fisiologista, filósofo e psicólogo 
chamado Wilhelm Wundt (1832-1920). O laboratório inaugurado por 
Wundt está localizado na Universidade de Leipzig, local onde a Psicologia 
de fato se iniciou, sendo assim, este é olaboratório mais antigo da área, 
e no qual somente Wundt orientou mais de 160 pesquisas de doutorado 
(Schultz & Schultz, 2009).
Psicologia da Aprendizagem24
Figura 4 - Wilhelm Wundt
Fonte: Materialscientist | Wikimedia Commons | Public Domain
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Wilhelm_Wundt.jpg
Wundt utilizou de pesquisa experimental em laboratório para 
investigar processos psicológicos básicos, como a consciência, 
sensações e percepções. Ele queria entender como nossa mente era 
capaz de produzir esses processos psicológicos, por exemplo, como uma 
sensação de tato é sentida? Há um padrão limiar, ou tempo de contato 
para que a sensação seja causada? Este tinha por base a experimentação 
e a comprovação física e por isso seus estudos fazem parte de uma área 
de pesquisa atual da Psicologia chamada de Psicofísica. 
Psicologia da Aprendizagem 25
EXPLICANDO MELHOR:
A percepção é uma subárea da Psicologia na qual 
perpassam fundamentos da Psicofísica. No estudo 
da percepção envolvem a detecção de estímulos do 
ambiente por meio dos órgãos do sentido, sabemos que 
temos neurônios receptores de sensações como dor e tato, 
porém, os primeiros estudos nessa área queriam identificar 
a intensidade psicológica das sensações resultantes de 
estímulos externos. Então sabemos que os neurônios 
nociceptores detectam o estímulo, e após isso eles devem 
ser diferenciados, por exemplo, quente ou frio? Parece fácil, 
não é? Mas agora lhe convido a fazer uma experiência, 
caro aluno – Afunde sua mão direita em uma água bem 
gelada, porém suportável e após isso afunde essa mesma 
mão em uma água morna. Feito isso, afunde agora sua 
mão esquerda em uma água natural e após isso em uma 
água morna. Acredito que a sua mão direita sentiu a água 
mais quente se comparada à outra, não é? Pois bem, assim 
entramos na terceira parte do estudo, o reconhecimento do 
estímulo: sua modalidade e intensidade. Porém, esse tipo 
de estudo fica muito sujeito a erros devido à subjetividade 
de cada participante, como os experimentos eram 
introspectivos não poderia haver um consenso público, 
o que resultou em muitas críticas ao método e mesmo 
com toda sua importância e relevância para o avanço da 
pesquisa, foi uma escola que caiu em desuso após a morte 
de seus fundadores. 
Os estudos de Wundt se basearam em comprovar a estrutura da 
consciência e seus reflexos no corpo humanos, esse método recebeu 
o nome de estruturalismo, nome dado por um de seus mais ilustres 
alunos Edward Bradford Titchener (1867-1927), que após a conclusão de 
seu doutorado foi convidado a trabalhar como professor na Universidade 
Cornell nos Estados Unidos, expandindo a Psicologia Experimental para 
a América. Vale lembrar que após o distanciamento físico entre professor 
e aluno, algumas de suas ideias também se diferenciaram. 
Psicologia da Aprendizagem26
DEFINIÇÃO:
Estruturalismo – A mais antiga escola psicológica que 
visava descobrir os processos conscientes e como eles se 
conectam com as condições fisiológicas do corpo.
 Esta primeira corrente psicológica morreu junto com seus 
fundadores, ainda que muito importante para todo o surgimento da 
Psicologia experimental, não resistiu às críticas dos alunos pesquisadores 
que sucederam a academia após a morte de seus precursores, isto 
porque as variáveis ali estudadas não poderiam ser observadas, cabendo 
apenas ao participante responder a respeito do que sentiu, ou seja, 
totalmente introspectivo. Um tipo de experimento realizado naquela 
época na área da percepção consistia em saber quanto tempo uma 
pessoa levaria para detectar um som de um sino tocando, o participante 
anotava em um papel o momento em que ouvisse o sinal e o tempo era 
medido posteriormente. 
NOTA:
Sempre que o termo “sensação” for mencionado, estamos 
nos referindo aos órgãos dos sentidos e aos seus respectivos 
neurônios nociceptores – tato, audição, paladar, olfato e 
visão.
O Funcionalismo
Por volta de 1870, um brilhante professor da universidade de 
Harvard chamado William James (1842-1910), se interessava e estudava 
bastante os escritos de Wundt e a partir deste “gancho” James escreveu 
suas obras que descreviam a função do cérebro, hábito, memória, 
sensação, percepção e emoção (Schultz & Schultz, 2009).
Psicologia da Aprendizagem 27
Figura 5 - William James (1842-1910)
Fonte: Materialscientist | Autor: Notman Studios (photographer) | Wikimedia Commons | 
Public Domain
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:William_James_b1842c.jpg
Para James a Psicologia tinha como intenção, desvendar a 
noção biológica do cérebro sobre a consciência, o que deveria ser 
analisado em seu ambiente natural, de uma forma mais sistemática e 
não fragmentada, como no estruturalismo. A proposta que também 
era embasada na Biologia Darwinista pretendia responder como o ser 
humano se adapta ao seu meio ambiente. Esse método de estudo foi 
denominado por funcionalismo, pois pretendia entender o todo do 
organismo e sua adaptação ao meio. 
DEFINIÇÃO:
Funcionalismo – Criado por William James, estudava não 
somente os processos e experiências mentais, mas o 
propósito deles no comportamento.
Psicologia da Aprendizagem28
SAIBA MAIS:
As ideias de William James foram tão bem aceitas 
que este novo jeito de se fazer Psicologia se expandiu 
rapidamente, isto porque ela não se interessava apenas 
na introspecção e na função fragmentada de cada região 
cerebral ou do corpo, e das sensações e sentimentos, 
mas no entendimento global do organismo e da aplicação 
da Psicologia para outros campos, como a educação, e 
ambientes de trabalho. 
O funcionalismo não utilizava a Psicologia Experimental, e passava 
a observar o funcionamento psicológico sistemático de populações de 
pessoas saudáveis ou emocionalmente desequilibradas e até mesmo 
animais. Também eram utilizadas crianças e seus ambientes escolares, 
e por isso essa escola psicológica teve um grande impacto na educação 
normal e infantil, um dos alunos de James, chamado John Dewey (1859- 
1952), grande referência no campo da educação moderna afirmava que 
as crianças devem aprender no nível para o qual estão preparadas para 
o desenvolvimento (Schultz & Schultz, 2009).
IMPORTANTE:
É imprescindível citar ainda dois ilustres discípulos de 
William James, que são Stanley Hall (1844-1924), conhecido 
por ser o primeiro psicólogo a receber o título de Ph.D. nos 
Estados Unidos, com seus estudos a respeito da Psicologia 
do Desenvolvimento e da Adolescência. Além disso, esse 
autor fundou a Associação Americana de Psicologia - APA, e 
o primeiro jornal americano de Psicologia, os quais existem 
até hoje, sendo a APA a maior instituição de Psicologia no 
mundo. 
Psicologia da Aprendizagem 29
Figura 6 - Stanley Hall (1844-1924)
Fonte: Tryphon | Autor: Frederick Gutekunst (1831–1917) | Wikimedia Commons | Public Domain
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:G._Stanley_Hall.jpg
Outra ilustre aluna de James foi Mary Whiton Calkins (1863 – 1930), 
que apesar de ter completado todas as exigências para o recebimento 
de seu título de Ph.D. em Psicologia, teve seu título negado pela 
Universidade de Harvard em 1890, isto porque ela era mulher e esta 
instituição não era mista. Calkins passou a lecionar Psicologia para uma 
universidade feminina, onde criou seu laboratório de Psicologia, além 
disso, foi à primeira presidenta da APA. 
NOTA:
A primeira mulher do mundo a receber o título de Ph.D. em 
Psicologia foi Margaret Floy Washburn (1871- 1939), aluna de 
Titchener também nos Estados Unidos, com seus estudos 
sobre comportamento animal e teoria motora. Além disso, 
ela foi à segunda mulher a presidir a APA. 
Psicologia da Aprendizagem30
Figura 7 - Margaret Floy Washburn (1871- 1939)
Fonte: Materialscientist | Wikimedia Commons | Public Domain
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Margaret_Floy_Washburn.jpg
Apesar de todo sucesso a escola funcionalista não ficou livre 
de críticas, psicólogos experimentaiscomo Wundt acreditavam que a 
pesquisa fora dos padrões de controle do laboratório seria inconstante 
e fora de consenso público, significando um retorno a ciência pura, 
aquela baseada em ideias (como Platão) e não em evidências científicas 
comprovadas, como a filosofia moderna nos ensina, e por isso não a 
reconheciam como Psicologia. 
REFLITA:
É importante refletirmos que essa época já é século XX. As 
mulheres lutam para ter direito ao acesso, Freud, Skinner, 
Watson e outros teóricos já existem. A Psicologia já está 
formada. Vamos entender agora como os outros teóricos 
entram nessa história.
Psicologia da Aprendizagem 31
O Associacionismo
O associacionismo teve início no Reino Unido com David 
Hartley (1705-1757) não é uma escola criada como critica as outras 
anteriores, mas sim uma corrente de pensamento baseada em ideias 
filosóficas positivistas e empiristas, que assim como o estruturalismo e 
funcionalismo, buscava entender os processos mentais. Com base em 
teorias Newtonianas e empiristas essa teoria propunha que a mente seria 
produto de ações vibratórias do sistema nervoso, as quais produziriam 
sensações e essas sensações produziriam as ideias. Posteriormente a 
ideia de sensação-ideia foi substituída pela expressão, estímulo-reação, 
ou seja, estímulo-resposta. Importantes filósofos e psicólogos firmaram 
suas teorias com base nessas ideias, as quais são presentes e utilizadas 
na Psicologia atual (Schultz & Schultz, 2009).
DEFINIÇÃO:
Positivismo- Escola filosófica criada pelo francês Augusto 
Comte (1798-1857). Para os filósofos positivistas a ciência 
deve ser construída por meio de um protocolo sistemático 
de observações empíricas e de fenômenos concretos 
passíveis de serem observados e confirmados por 
consenso público.
As ideias apresentadas nessa corrente de pensamento foram 
bastante revolucionárias, pois se aprofundaram na compreensão do 
funcionamento cognitivo. Um filósofo que inspirou o associacionismo foi 
o inglês John Locke (1632-1704) que defendia a tese Aristotélica que o 
homem nasce sem qualquer conhecimento prévio, ou seja, como uma 
tábula-rasa. Para Locke o conhecimento é fruto da sensação (experiência 
sensorial) e reflexão (cognitiva mental). A sensação e a reflexão formam 
as ideias simples, que são elementares e não podem ser reduzidas ou 
analisadas, a junção das ideias simples formam as ideias complexas 
e estas sim podem ser estudadas. A conexão entre essas ideias 
Psicologia da Aprendizagem32
simples para formar as complexas recebeu o nome de associação, 
e este processo serve como base para explicar o que atualmente os 
psicólogos, pedagogos e psicopedagogos chamam de aprendizagem 
(Schultz & Schultz, 2009).
EXPLICANDO MELHOR:
Como já explicamos anteriormente, a sensação deve-se aos 
órgãos dos sentidos, enquanto a percepção é a assimilação 
da sensação com a subjetividade de cada indivíduo. A 
junção destas duas operações forma a reflexão, ou seja, 
quando temos uma experiência sensorial, atribuímos a 
ela uma ideia a respeito do que foi experienciado, isso é 
associação, e essa percepção a respeito do que está sendo 
vivenciado, ou seja, o entendimento interno das operações 
da razão é chamado de reflexão. 
O “espírito” intelectual desta época vinha da influência de filósofos 
materialistas como Descartes, a ideia mentalista a respeito da reflexão 
afirmava que todo o conhecimento é função de um fenômeno mental 
e dependente da pessoa que a vivência. Assim, o associacionismo 
defendia que o homem não nasce com ideias inatas, o conhecimento é 
fruto dos processos fisiológicos subjacentes que irão por sua vez formar 
os processos psicológicos. A doutrina do mecanicismo foi utilizada para 
explicar a mente humana, sendo essa passiva e automática, respondente 
a estímulos externos.
Alguns Teóricos importantes desta época
Um estudo dessa época e que contribui diretamente para a 
prática do pedagogo foram os achados de Hermann Ebbinghaus (1850- 
1909), aluno de Wundt, em 1885 publicou o resultado de uma pesquisa a 
respeito de associação, aprendizagem e memória. Veja o exemplo: 
Psicologia da Aprendizagem 33
Leia as seguintes sílabas:
Ce zl e m sl mrvoso ! 
Tente lembrar-se de todas daqui a 30 minutos.
Agora tente novamente
Céu azul e um sol maravilhoso!
Viu só? Isto seria uma breve demonstração de como a associação 
de ideias é importante para melhor consolidar a memória. Provavelmente 
você imaginou um céu, um sol e vieram várias imagens e percepções 
em sua mente. 
Outro Teórico que contribuiu (acidentalmente) maciçamente para 
Psicologia Experimental foi Ivan Pavlov (1849- 1936), um fisiologista russo 
que estava realizando um estudo gastrointestinal com um cachorro, e 
sempre que a comida estaria a ser entregue um sino era tocado, Pavlov 
percebeu então que o cão salivava já quando o sino tocava. 
Figura 8 - Ivan Pavlov (1849- 1936)
Fonte: Materialscientist | Wikimedia Commons | Public Domain
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ivan_Pavlov_nobel.jpg
Psicologia da Aprendizagem34
Pavlov então fez a seguinte observação, a associação de um 
estímulo não condicionado (comida) com a apresentação de um 
estímulo neutro (som de uma campainha) pode provocar uma resposta 
condicionada (salivação), ou seja, aprendida. Veja o esquema abaixo:
 Figura 9 – Esquema do condicionamento de Estímulos Pavloviano
Fonte: MagentaGreen | Wikimedia Commons | CC BY-SA 3.0
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pavlov%27s_dog.svg
1. Antes do condicionamento
comida
som
som
som
Estímulo 
neutro
Estímulo 
condicionado
Estímulo 
incondicionado
resposta não 
condicionada
resposta 
condicionada
resposta 
incondicionada
resposta 
incondicionada
Sem 
salivaçãosalivação
salivação salivação
comida
3. Durante condicionamento
2. Antes do condicionamento
4. Após condicionamento
Resposta Resposta
Psicologia da Aprendizagem 35
Figura 10 – Animal experimental utilizado por Pavlov
Fonte: Bogomolov.PL | Autor: Rklawton | Wikimedia Commons | CC BY-SA 3.0 | GFDL
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pavlov%27s_dog.svg
Um dos animais utilizados por Pavlov encontra-se embalsamado, a residência utilizada para 
experimentos foi transformada em um museu, na Rússia. 
A descoberta de Pavlov foi chamada de reflexo condicionado, 
ou seja, quando nosso corpo reage fisiologicamente a um estímulo 
condicionado. Essa teoria serviu como base para as pesquisas de 
Watson e Skinner, dois importantes psicólogos comportamentais cujas 
teorias são muito utilizadas na pesquisa psicológica e na clínica atual. 
Influenciado por Pavlov, John Broadus Watson (1878- 1958) foi um 
Famoso professor de Psicologia, era estadunidense e foi considerado 
o fundador da Psicologia Comportamental. Essa escola será melhor 
estudada na Unidade IV. Portanto aqui iremos nos ater apenas a 
importância dos achados de Watson para o assunto aqui tratado, uma 
escola psicológica que não acreditava na existência da mente, e dizia que 
apenas o comportamento era passível de estudo, pois era observável. 
Psicologia da Aprendizagem36
Para Watson o comportamento humano poderia ser modelado 
de acordo com o ambiente, ele criou um famoso esquema que 
representava essa crença, S – R, do inglês, stimulus- respost, que se 
tornou sua base para a definição de aprendizagem para sua teoria. 
Os experimentos de Watson são famosos e muito comentados ainda 
hoje, pois contribuíram imensamente para o conceito da relação entre 
modelagem comportamental e meio, estes experimentos, porém 
foram considerados como ofensivos para quem estava participando da 
pesquisa (Schultz & Schultz, 2009).
A escola Behaviorista e seus autores serão estudados 
posteriormente, agora convido você, caro aluno a fazer uma breve 
reflexão utilizando apenas o que foi visto até este momento. 
Porque o cachorro de Pavlov salivava ao tocar o sino? Imagino 
que você responderá algo do tipo “É porque este animal sabia que a 
comida viriasempre que o sino tocava”.
Agora pense na prática da pedagogia, quanto ao comportamento 
dos alunos em relação ao meio (ambiente escolar, professor, amigos, 
escola em geral), como o meio pode refletir no comportamento dos 
alunos? Caso você não consiga responder a essa questão, guarde como 
uma motivação para estudar todo o capítulo, e ao chegar à unidade 4 
tente refletir novamente. 
Psicologia da Aprendizagem 37
REFLITA:
Ao estudar a história de alguma disciplina, temos a impressão 
que um autor pegou o bastão de seu antecessor e seguiu 
adiante. Porém, o que estamos vendo na história da Psicologia 
é uma relação de construção dinâmica, e de poucos anos 
atrás. Aqui estamos no século XX, às mulheres lutam para 
ter espaço na sociedade, associacionistas e estruturalistas 
trabalham cada qual em seu laboratório. Freud e Skinner 
escrevem suas teorias durante a mesma época, ou seja, 
divergências que resultam em muito crescimento e avanço 
nas pesquisas, muita mudança na sociedade em pouco 
tempo. A figura mostra um relato histórico de 1909, ano de 
aniversário da Clarck University em Massachusets, e na qual 
Freud apresentou cinco conferências sobre psicanálise. Na 
plateia estavam Stanley Hall, William James, dentre outros. 
Nota-se também ainda a ausência de mulheres nos registros 
acadêmicos apesar da participação delas nas aulas e na 
academia e no desenvolvimento das pesquisas. Na linha da 
frente estão, Freud a esquerda, Stanley Hall no centro e Carl 
Jung a direita. 
Figura 11 – Teóricos da Psicologia reunidos
Fonte: Materialscientist | Wikimedia Commmons | Public Domain
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Hall_Freud_Jung_in_front_of_Clark_1909.jpg
Psicologia da Aprendizagem38
Objeto de Estudo da Psicologia- Algumas 
áreas de pesquisa e atuação
Sem dúvida o objeto de estudo da Psicologia é o comportamento 
humano e os processos mentais e cognitivos. Esta ciência surgiu como 
uma ramificação das ciências filosóficas que buscavam compreender 
o universo e a existência humana e ao focar-se no homem a ciência 
passou a investigar cada vez mais a sua estrutura anatômica, fisiológica 
e neurofuncional. Antes do período iluminista acreditava-se que o 
homem emitia comportamentos emanados por forças sobrenaturais, 
a medida do aprimoramento do estudo neurológico o cenário mudou, 
doenças neurológicas foram descobertas, a relação entre sensação 
e cérebro também se aprimorou, e o estudo mais compreensível do 
comportamento pode ser aplicado a esferas organizacionais, escolares, 
industriais, dentre outras inúmeras vertentes. Vamos agora conhecer 
um pouco do objeto de estudo da psicologia e suas aplicações, 
principalmente no que se aproxima a prática do pedagogo e do ambiente 
educacional.
Preparados? Então, vamos prosseguir!
Psicologia Clínica
Sem dúvida a área mais conhecida dentro da Psicologia é a 
área clínica, que se dedica a saúde mental, ou seja, a compreensão 
dos transtornos mentais e sofrimentos psíquicos do ser humano. Vale 
lembrar que os primeiros atendimentos individuais dentro da psicologia 
entram destinados a compreensão de problemas de aprendizagem 
e memória, realizados por Wundt e seus alunos, e daí partindo para 
análises comportamentais. Porém, a grande explosão da psicologia e 
sua fama na área clínica para tratar doenças psicológicas deve-se a 
Freud, que fundou a teoria psicanalítica levando essa teoria a quase 
todo o mundo (a Psicanálise, e as principais teorias psicológicas serão 
melhor estudadas na unidade 4).
Psicologia da Aprendizagem 39
Figura 12 – Tipo de atendimento clínico
Fonte: Pixabay
SAIBA MAIS:
Além da teoria psicanalítica existem várias outras 
abordagens terapêuticas reconhecidas pela ciência, 
alguns teóricos são considerados neofreudianos porque 
estudaram e se basearam na Psicanálise Freudiana para 
desenvolver seu método de intervenção, como Carl Jung e 
a teoria dos arquétipos e inconsciente coletivo; Erik Erikson; 
Karen Horney; Alfred Adler, dentre outros.
Há ainda a metodologia comportamental que hoje é muito utilizada 
em clínica, essa modalidade de terapia é bastante famosa por estudar 
a intervenção de comportamentos traumáticos e estereotipados, como 
Transtorno Obsessivo Compulsivo- TOC, Transtorno do Espectro Autista 
– TEA, fobias e as questões de sofrimento psíquico em geral.
Em resposta as duas teorias anteriores, Carl Rogers (1902-1987) 
deu início a Psicologia Humanista, uma forma mais positiva e sistêmica 
de compreender as questões humanas. Além desta, há também as 
teorias que visam o atendimento grupal e não somente individual, 
como a Gestalt-terapia, por exemplo. Além das citadas existem outras 
abordagens tão importantes quanto, na pesquisa em Psicologia Clínica 
busca-se investigar o estudo dos transtornos mentais em relação 
Psicologia da Aprendizagem40
a ambiente, a evolução destes transtornos, novas modalidades de 
intervenção, dentre outros (Hockenburry & Hockenburry, 2003). 
Psicologia Social
A Psicologia Social aborda as relações entre os membros de um 
grupo social. Esse grupo não precisa ser coeso, por exemplo, uma fila de 
pessoas em um banco se caracteriza como um grupo.
 As pessoas tendem a se comportar diferentemente quando estão 
em companhia, sendo influenciadas por comportamentos de outros, 
desse modo a Psicologia Social é o estudo de como os indivíduos 
pensam, sentem e comportam-se em situações sociais.
Engana-se quem acredita que as psicologias são totalmente 
limitadas a uma área de conhecimento. Freud, em sua teoria psicanalítica, 
já abordava a importância do meio social para o comportamento 
humano e descrevia a família como o primeiro grupo social, que 
seria transformado pela vivência da criança em um segundo grupo, a 
comunidade. Vygotsky também escreveu sobre a importância do grupo 
no surgimento da linguagem, esta que seria influenciada pela cultura 
(Fadiman & Frager, 2002).
Porém essa modalidade surgiu nos períodos de guerra mundial, 
quando se tornou imprescindível compreender as razões para alguns 
comportamentos de grupos. Kurt Lewin (1890-1947) foi um teórico que 
trabalhou sobre essa seara que durante a Segunda Guerra, pesquisando 
o comportamento, percepção de pessoas quando estão em grupo, 
desenvolveu a chamada “pesquisa-ação”, um tipo de pesquisa descritiva 
e participante. 
No Brasil a Psicologia Social é marcada por diferentes tendências, 
como a abordagem mais empirista e experimental-cognitiva e uma 
psicologia mais ligada a sociologia, que estuda conceitos de comunidade, 
exclusão e inclusão social, estigmas dentre outros. 
São conceitos importantes para essa área a Cognição social e 
a Influência social. A Cognição Social é o processo de formação de 
impressões a respeito de outras pessoas, como interpretamos o significado 
Psicologia da Aprendizagem 41
do comportamento delas e como o nosso comportamento é afetado por 
nossas atitudes, ou seja, é um estudo sobre como o ser humano recebe, 
processa e armazena a informação advinda do mundo. O estudo das 
emoções e da cognição faz parte do estudo da Cognição Social, e como 
diz Hamilton et al. (1994) apud Garrido, Azevedo & Palma (2011). 
O poder explicativo dos modelos cognitivos adoptados 
em cognição social prende-se, principalmente, com a sua 
capacidade em descrever de forma precisa os mecanismos 
gerais da aprendizagem e do pensamento, subjacentes a 
uma variedade de áreas. Os primeiros desenvolvimentos da 
cognição social ficaram assim marcados pela investigação 
dos fundamentos cognitivos dos fenómenos sociais através 
do modelo do processamento da informação, assumindo 
que o indivíduo no contexto social é alguém que se encontra 
virtualmente embrenhado nalguma forma de processamento 
de informação. Isto aplica-se quer a pessoa esteja a formar 
uma impressão, a dirigir uma reunião, a pensar na sua 
escola primária, a lidar com uma doença ou a decidir que 
marca de desodorizante comprar. Em qualquer umadestas 
circunstâncias a pessoa dá atenção e codifica informação 
do contexto social, interpreta e elabora essa informação 
através de processos avaliativos, inferenciais e atribucionais 
e representa esse conhecimento em memória para que mais 
tarde possa ser recuperado e, subsequentemente utilizado, 
em processos de pensamento e julgamento, e para guiar o 
comportamento (n.p.). 
A Influência Social estuda como o nosso comportamento é 
afetado por situações e por outras pessoas. Essas influências seriam, 
por exemplo, a importância atribuída a uma figura de autoridade ou o 
fato de ajudarmos ou não um estranho. Ainda dentro deste campo, há o 
estudo sobre o fenômeno da Dissonância Cognitiva, que ocorre quando 
o indivíduo se esforça para manter a coerência (consonância) com suas 
crenças. Veja o exemplo abaixo: 
Psicologia da Aprendizagem42
 • Indivíduo fumante.
 • Relação de Consonância Cognitiva- Sabe que é prejudicial, 
reconhece, e decide parar de fumar.
 • Relação de Dissonância Cognitiva indivíduo fuma e sabe que 
é prejudicial, tem um discurso voltado para o não fumar, mas por fim, 
decide continuar fumando. Neste caso, seu comportamento não reforça 
suas crenças, e ele pode tentar justificar esse comportamento criando 
novas crenças para manter uma consonância, como por exemplo, “Sim, 
eu fumo, mas eu me exercito bastante, portanto quem não se exercita e 
se alimenta mal, está pior que eu!”
SAIBA MAIS:
Assista ao vídeo no endereço do link, ele tem uma explicação 
e aplicação bem didática e atual para a dissonância cognitiva 
https://www.youtube.com/watch?v=57HCDIZQ37M.
Estudos sobre o comportamento social são bastante investigados 
na psicologia social, um deles, muito famoso, é o estudo da obediência, 
que foi desenvolvido por Stanley Milgran (1933-1984), nos Estados unidos. 
Uma de suas investigações propunha entender o comportamento 
excessivo de guardas que serviram ao exército nazista, cometendo 
atrocidades sendo estas na maioria das vezes, fora de um combate, 
estando à vítima indefesa e sem apresentar qualquer indício de ataque. 
Após o final da guerra, quando estes guardas eram questionados a 
respeito de suas atrocidades, estes apenas respondiam que estavam 
cumprindo ordens. 
https://www.youtube.com/watch?v=57HCDIZQ37M
Psicologia da Aprendizagem 43
SAIBA MAIS:
O experimento de Milgram é considerado importantíssimo 
para a pesquisa do comportamento de grupos, porém não 
pode ser repetido por ser considerado exagerado para os 
padrões éticos da pesquisa, causando perturbação aos 
seus participantes. Essa história se tornou filme com título 
“Experimenter – die Stanley Milgram Story” dirigido por 
Michael Almereyda em 2015. 
Psicologia Organizacional
A Psicologia Organizacional e do trabalho se iniciou ainda no século 
XIX com a Revolução Industrial, pois com o avanço da tecnologia as 
máquinas revolucionaram o esquema de trabalho, horários e rotatividade 
de funcionários, por isso também é chamada de psicologia industrial. Ela 
tem como intuito aumentar a lucratividade e a produtividade, utilizando 
conhecimentos da Psicometria (BASTOS & GALVAO-MARTINS, 2019).
 A Psicologia Organizacional estuda o clima organizacional e 
qualidade de vida no trabalho, a saúde e bem-estar do funcionário, 
ergonomia, poder e conflito, utilizando dinâmicas de grupo, 
desenvolvimento de equipes e estudos sobre liderança. A pesquisa 
nessa área é importante para manter uma relação saudável entre 
empresa, funcionários e trabalho. Além de tentar compreender novas 
possibilidades de atuação, garantir a inclusão social e interesses 
individuais de cada empresa.
Psicologia da Aprendizagem44
IMPORTANTE:
Um importante teórico dessa área é Abraham Maslow (1905-
1970), considerado o fundador da Psicologia Humanista, se 
baseou para tal em conceitos do Behaviorismo, Psicanálise 
e Gestalt. Seus estudos são significativos para lidar com 
organizações porque defende a ideia de que a satisfação 
profissional e o crescimento do funcionário e da empresa 
são apenas as consequências de um bom delineamento 
de autossatisfação, o qual será trabalhado individualmente 
e no grupo organizacional. Maslow representou isto em 
uma pirâmide, a chamada pirâmide de Maslow. 
Figura 13 – Pirâmide de Maslow
Fonte: FXXX | Autor: J. Finkelstein Wikimedia Commons | CC BY-SA 3.0 | GFDL
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Hierarquia_das_necessidades_de_Maslow.svg
Psicologia da Aprendizagem 45
NOTA:
De acordo com a pirâmide de necessidades, o indivíduo 
busca primeiro o que é essencial para sua sobrevivência, 
e a medida que ele conquista um nível, o outro passa a 
ser seu objetivo. A do topo da pirâmide torna o indivíduo 
realizado, ou melhor dizendo, conforme a definição própria 
deste autor, o indivíduo conquista a auto atualização, que 
seria a oportunidade e capacidade de explorar os talentos, 
potencialidades, etc...
A observação de Maslow a respeito da hierarquia das necessidades, 
nos mostra que o homem muda sua concepção a respeito do que lhe 
realmente importa, quando o indivíduo enxerga o que é importante para 
o desenvolvimento de seu Self (termo utilizado tanto por Maslow, quanto 
para os psicólogos da abordagem humanista para se referir ao nosso Eu, 
nossa psique) ele se sente motivado intimamente, “com necessidades 
de auto realização” FADIMAM & FRAGER (2002) (Maslow chamou isso de 
Metamotivação). Para Maslow as pessoas metamotivadas tem tendência 
a auto atualização, pois sua base da pirâmide está contemplada, 
segundo Maslow:
É inteiramente verdadeiro que o homem vive apenas de 
pão – quando não há pão. Mas o que acontece com os 
desejos do homem quando há muito pão e sua barriga está 
cronicamente cheia? Imediatamente emergem outras (e 
superiores) necessidades e são essas, em vez de apetites 
fisiológicos, que dominam seu organismo. E quando elas, por 
sua vez, são satisfeitas, novamente novas (e ainda superiores) 
necessidades emergem e assim por diante (1970, p. 38)
Um sujeito auto atualizado não é aquele livre de problemas, mas 
sim quem utiliza toda sua capacidade, talentos e forças, para perceber 
Psicologia da Aprendizagem46
com mais eficiência a realidade e realizar fatos mais satisfatórios para si, 
no campo afetivo este indivíduo aceita melhor a si e aos outros, cultiva a 
espontaneidade, simplicidade, naturalidade, se concentra no problema, 
e não no Ego, dentre outros.
Auto atualização representa um compromisso a longo prazo com 
o crescimento e o desenvolvimento máximo das capacidades, 
e não um acomodamento no mínimo por causa de preguiça ou 
falta de autoconfiança. O trabalho de auto atualização envolve 
a escolha de problemas criativos e valiosos. Maslow escreve 
que indivíduos auto atualizadores são atraídos por problemas 
mais desafiantes e intrigantes, por questões que exigem os 
maiores e mais criativos esforços. Estão dispostos a enfrentar 
a incerteza e a ambiguidade e preferem o desafio a soluções 
fáceis (Fadiman e Frager, 2002, p. 267).
Maslow incluiu algumas pessoas em seu estudo que foram 
considerados por ele como auto atualizados, dentre eles estão, Tomas 
Jefferson, Albert Einstein, Aldous Huxley, Abraham Lincoln, dentre 
outros.
Psicologia do Desenvolvimento Humano
A Psicologia do Desenvolvimento é uma grande área de estudo, 
pois acompanha as mudanças psicológicas ao longo da vida, abrange 
como as pessoas mudam fisicamente, mental, e socialmente ao longo 
da vida em todas suas idades e estágios (primeira infância, velhice, etc...). 
Os psicólogos do desenvolvimento investigam a influência de fatores 
múltiplos no desenvolvimento, incluindo os biológicos, ambientais, 
sociais e culturais.
Psicologia da Aprendizagem 47
EXPLICANDO MELHOR:
Essa ciência estuda a relação entre o genótipo 
(informações hereditárias de um organismo contidas em 
seu código genético) e o fenótipo (genética do organismo, 
somado a influência de fatores ambientais e da possível 
interaçãoentre os dois), assim características físicas e 
psicológicas, doenças genéticas, são objetos de pesquisa. 
O desenvolvimento da criança desde a formação da 
linguagem até a velhice, estando ou não em condições 
genéticas típicas é de interesse desta área (HOCKENBURRY 
& HOCKENBURRY, 2001).
Jean William Fritz Piaget (1896-1980) é um dos teóricos importantes 
desta área de pesquisa que se interessou pela formação da inteligência, 
a construção do conhecimento infantil e seu desenvolvimento cognitivo. 
Ele dividiu a aprendizagem infantil em estágios de desenvolvimento 
naturais e intrínseco, que se desenvolvem como etapas para construção 
do conhecimento. Lev Semyonovich Vygotsky (1896-1934) também 
estudou o desenvolvimento intelectual das crianças, este autor 
prioriza as interações sociais e condições de vida do indivíduo para o 
desenvolvimento cognitivo. 
IMPORTANTE:
A Psicologia do Desenvolvimento ainda conta com 
diversos autores dedicados unicamente a investigar o 
comportamento adolescente, adulto e do idoso, visto que 
uma série de mudanças físicas, hormonais, psicológicas 
ocorrem no corpo humano ao longo da vida, bem como 
também, a mudança no comportamento dinâmico social, é 
notável que em cada idade há um desenvolvimento moral 
diferente, e há também uma diferente devolutiva social 
(HOCKENBURRY & HOCKENBURRY, 2001).
Psicologia da Aprendizagem48
Psicologia Escolar e Educacional
A Psicologia Escolar e Educacional investiga os processos 
de ensino-aprendizagem, alguns teóricos a chamam de psicologia 
escolar porque o psicólogo atua dentro da escola, sempre focado 
no aprendizado do aluno, mas ela também é chamada de Psicologia 
Educacional porque para outros teóricos o aprender não acontece 
apenas no ambiente escolar, englobando também a participação de 
outros ambientes educativos e participações chave como a família, por 
exemplo, (CRP 08, 2007). 
A atuação é tanto na aplicação profissional quanto na pesquisa, 
sempre dentro da perspectiva emocional, cognitivo e social, a psicologia 
atua em parceria com outra área do conhecimento humano, como 
antropologia, pedagogia, filosofia, fonoaudiologia, para entender as 
causas do fracasso escolar, desmotivação e principalmente transtornos 
e dificuldades de aprendizagem. A partir de uma visão sistêmica, age em 
duas frentes: a preventiva e a que requer ajustes ou mudanças.
Psicologia da Aprendizagem 49
DEFINIÇÃO:
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico das 
Doenças Mentais 5ª edição - DSM V (APA, 2014) os 
Transtornos de Aprendizagem são inabilidades específicas, 
nas áreas da leitura, escrita ou matemática, estas são 
provocadas por disfunções ou sequelas cerebrais que 
comprometem a região responsável pelo aprendizado, ou 
seja, as causas são pontuais, podendo e necessitando de 
um diagnóstico, para que com ele se pense na intervenção 
profissional, assim será desenhado um método diferente 
de ensino e acompanhamento, e quando necessário 
acompanhamento médico regular para intervenção 
medicamentosa. Os transtornos de aprendizagem são 
frequentemente confundidos com dificuldades de 
aprendizagem, isto porque a má produção escolar do aluno 
é muito parecida, resultando em diagnósticos incorretos, as 
causas da dificuldade de aprendizagem são extrínsecas, 
subjetivas e técnicas, como a falta de oportunidade 
de aprender, principalmente nos primeiros estágios de 
desenvolvimento, mudanças de escola que podem resultar 
na descontinuidade do aprendizado, comprometimento 
na inteligência global, pois nesse caso não se espera um 
desempenho acadêmico assim como em outros casos, 
comprometimentos visuais ou auditivos não corrigidos, 
além de questões emocionais que comprometem a saúde 
mental da criança, como problemas em casa, bullying, má 
relação com o professor, má alimentação, sono ruim, etc...
O psicólogo também realiza ações à prevenção, avaliação, 
diagnóstico, acompanhamento e orientação psicológica aplicada dentro 
de um contexto institucional e não ao aluno individualmente, porém para 
casos que requeiram, realizam-se encaminhamentos clínicos. 
Psicologia da Aprendizagem50
ACESSE:
Você sabe a diferença entre dificuldade e transtorno de 
aprendizagem ou quer aprofundar um pouco mais o seu 
conhecimento, então, acesse:
Entenda a diferença entre transtorno e dificuldade de 
aprendizagem. Disponível em: ttps://blog. portabilis.com. 
br/dificuldade-de-aprendizagem/ acesso:10/04/19
Psicobiologia 
É uma área do conhecimento que busca compreender o 
comportamento por meio de suas bases biológicas, ou seja, utiliza-
se estudos fisiológicos e genéticos, para compreender a interação 
entre sistema nervoso e comportamento. Também conhecida como 
Neurociência Comportamental, é uma área dentro do campo das 
Neurociências, nela estão inseridos diversos tipos de profissionais, 
como o Neuropsicólogo, Neuropsicopedagogo, Neuroaprendizagem, 
além das áreas que relacionam seus problemas de pesquisa com as 
hipóteses neuronais, o Neuromarketing, por exemplo, é uma área nova 
dentro deste campo (GRIGGS, 2009).
 As Neurociências estão crescendo bastante, com avanço da 
tecnologia foram criados equipamentos que permitem mapear o 
cérebro e verificar suas áreas ativas ou comprometidas, facilitando o 
diagnóstico e prognóstico do paciente. O resultado de um exame de 
imagem facilita muito para que os profissionais confirmem uma área 
lesionada no cérebro. O Neuropsicólogo, por exemplo, trabalha na 
reabilitação desta área dentro dos limites da plasticidade cerebral. Já 
o Neuropsicopedagogo poderá realizar um trabalho de reabilitação 
cognitiva ou de aprendizagem para uma criança mais rapidamente, pois, 
por meio de um exame de imagem pontual, o profissional saberá se o 
dano está na região cerebral responsável pela memória, linguagem, ou 
qualquer outra (GRIGGS, 2009). 
Psicologia da Aprendizagem 51
DEFINIÇÃO:
Plasticidade cerebral é a capacidade do cérebro em de 
mudar ao longo da vida, o SNC (Sistema Nervoso Central), 
modifica sua organização estrutural e funcional em resposta 
às experiências (estímulos ambientais), desse modo, a 
estimulação profissional possibilita a reativação de algumas 
áreas inativas, isto acontece porque o estímulo externo 
faz com que surjam novas conexões entre os chamados 
neurônios, onde estaria “adormecido” (GRIGGS, 2009). 
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar na relação entre Psicologia e 
Pedagogia? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de 
consulta e aprofundamento:
Artigo: “Voltando o olhar para o professor: a Psicologia e 
pedagogia caminhando juntas” (TULESKI et al) acessível 
pelo link: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S0104-80232005000100010&lng=pt&tlng=pt 
(Acesso em 05/03/2019).
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-80232005000100010&lng=pt&tlng=pt
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-80232005000100010&lng=pt&tlng=pt
Psicologia da Aprendizagem52
BIBLIOGRAFIA
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diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Artmed Editora, 2014.
HOCKENBURY, D. H., & HOCKENBURY, S. E. Descobrindo a 
Psicologia. São Paulo: Manole, (2001).
 BASTOS, A. V. B. & GALVAO-MARTINS, A. H. C. O que pode fazer 
o psicólogo organizacional. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 10, n. 1, p. 10-
18, 1990 . Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S1414-98931990000100005&lng=en&nrm=iss. Acesso em: 
04 Mar. 2019. 
BORGES, G. D. A influência platônica sobre a modernidade: 
semelhanças entre o pensamento de Platão e o sistema de René 
Descartes. Polymatheia – Revista de Filosofia, Fortaleza, vol. v, nº 8, 
2009, p. 173-189. Disponível em: http://www.uece.br/polymatheia.
CARLSON, N R. Fisiologia do Comportamento. São Paulo, 
Manole, 7 ª edição. 2002.
Conselho Regional de Psicologia -8ª Região (CRP 08). Manual 
de psicologia escolar – educacional. Ana Maria Cassins (org.) et al. 
Curitiba : Gráficae Editora Unificado, 2007.
Psicologia da Aprendizagem 53
GRIGGS R. A. Psicologia - uma abordagem concisa. Porto Alegre: 
Artmed, 2009.
FADIMAN, J. & FRAGER, R. Teorias da Personalidade. São Paulo: 
Habra, (2002).
GARRIDO, Margarida Vaz; AZEVEDO, Catarina; PALMA, Tomás. 
Cognição social: Fundamentos, formulações actuais e perspectivas 
futuras. Psicologia, Lisboa , v. 25, n. 1, p. 113-157, jun. 2011 . Disponível 
em <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-
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Introdução a História da Psicologia – UFMG/FAFICH/D Psi. Aula 3. 1996. 
Disponível em: http://www.fafich.ufmg.br/cogvila/dischistoria/Gomes3.pdf. 
 Maslow, A. Motivation and Personality. New York: Harper and Row, 1970.
SCHULTZ, D. P & SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. 
São Paulo: Cengage Learning BR, (2009). 
	Sistema Nervoso Autônomo

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