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AULA 01 MÉTODO O QUE É

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E como pensar geograficamente este mundo complexo e em movimento?
MÉTODO, 
MÉTODOS PARA QUÊ?
Maria Adélia Aparecida de Souza.
Professora Titular de Geografia Humana da USP
Alagoas, julho 2013
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Como pensar o mundo em que vivemos?
ARISTÓTELES
COPÉRNICO
GALILEU
DESCARTES
NEWTON
PLATÃO
SÓCRATES
DARWIN
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FUNDAMENTANDO UM DIÁLOGO
O mundo novo, o que é?
...nestes tempos acelerados, o tropel dos eventos desmente verdades estabelecidas e desmancha o saber.
Qual o trabalho do geógrafo?
A resposta é sempre uma interminável discussão sobre o que é a Geografia.
*
O Corpus de uma disciplina é subordinado ao objeto e não o contrário. Assim, a discussão é sobre o espaço e não sobre a Geografia; e isto supõe o 
DOMÍNIO DO MÉTODO.
ATENÇÃO
1. Falar em objeto sem falar em método pode ser apenas o anúncio de um problema, sem enunciá-lo.
2. O tempo aparece na prática dissociado do espaço, mesmo quando é o contrário que se afirma.
3. A ideia de período e periodização constitui um avanço na busca da união espaço/tempo.
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OBJETO
A definição de um objeto para uma disciplina e, por conseguinte, a própria delimitação e pertinência dessa disciplina passam pela metadisciplina e não o contrário.
DISCIPLINA
Uma disciplina é uma parcela autônoma, mas não independente do saber geral.
O mundo é um só. Ele é visto através de um dado prisma, por uma dada disciplina, mas para o conjunto de disciplinas materiais constitutivas, são os mesmos.
Para que o espaço possa aspirar a ser um ente analítico independente, dentro do conjunto das ciências sociais, é indispensável que conceitos e instrumentos de análise apareçam, dotados de condições de coerência e operacionalidade.
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RACIONALIDADE DO ESPAÇO:
emergência das redes;
globalização;
CONTEÚDO GEOGRÁFICO DO COTIDIANO
RECONHECIMENTO DE PROCESSOS ORIGINALMENTE EXTERNOS AO ESPAÇO:
A técnica;
A ação;
A norma;
Os eventos;
A universalidade e a particularidade;
A totalidade e a totalização;
A temporalidade e a temporalização;
A idealização e a objetivação;
Os símbolos e a ideologia.
*
MÉTODO
1. Noção de espaço geográfico: conjunto indissociável de sistemas de objetos e sistemas de ações.
2. As categorias analíticas:
a paisagem;
a configuração territorial;
a divisão territorial do trabalho;
o espaço produtivo ou produzido;
as rugosidades;
as formas/conteúdo;
3. Recortes Espaciais:
a região;
o lugar;
as redes;
as escalas.
4. Meio como realidade:
a tecnosfera;
a psicosfera;
a semiosfera;
*
CONSTRUÇÃO TEÓRICA
Coerência interna – elementos analíticos e objeto. Conteúdo existencial (ontologia do espaço).
Coerência externa – estruturas exteriores abrangentes que definem a sociedade e o planeta. (História e conjunto das disciplinas sociais. 
*
HABERMAS
GRAMSCI
HANNAH ARENDT
SARTRE
POPPER
HUSSERL
RUSSELL
MARX
ORTEGA Y GASSET
WITTGENSTEIN
O MUNDO E A HUMANIDADE COMO PREOCUPAÇÃO.
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Elisée Reclus
Pierre George
Paul Vidal de la Blache
ALGUNS DOS NOSSOS ...
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A EVOLUÇÃO DA REFLEXÃO CIENTÍFICA:
CIÊNCIA E CONSCIÊNCIA
Há três séculos, o conhecimento científico prova suas virtudes de verificação e de descobrimento em relação aos outros modos de conhecimento.
É o conhecimento vivo quem leva a grande aventura do descobrimento do universo, da vida, do homem.
*
MAS...
*
há progressos técnicos e científicos incômodos:
	- a domesticação da energia nuclear;
	- a engenharia genética.
Essa ciência elucidante, conquistadora, triunfante nos coloca graves problemas.
	Não há ciência boa e ciência má, mas é preciso construir um pensamento capaz de conceber e compreender a ambivalência, isto é, a complexidade intrínseca que se encontra no coração mesmo da ciência.
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TRAÇOS NEGATIVOS: 
*
1. 	o desenvolvimento disciplinar das ciências favorece a divisão do trabalho, mas tem o inconveniente da super-especialização: enclausuramento e esfacelamento do saber.
2. disjunção entre ciências da natureza e ciências do homem. A Ciência da Natureza exclui o espírito e a cultura. As ciências do homem, não nos pensamos como seres vivos e biologicamente constituídos.
3. as ciências antroposociais adquirem todos os vícios da especialização, sem nenhuma vantagem. Conceitos molares de homem, indivíduo, sociedade, que interessam diversas disciplinas, estão dilacerados sem poder ser reconstituídos numa mesma perspectiva interdisciplinar.
*
 a tendência ao esfacelamento, à disjunção, a esoterização do saber científico implica na tendência a sua anonimização. O saber deixando de ser pensado, meditado, refletido, discutido por seres humanos, integrado na perspectiva individual de conhecimento e sabedoria, se torna cada vez mais destinado a estar acumulado em bancos de dados, depois computados por instâncias manipuladoras pelo primeiro Chefe de Estado.
Trata-se de um neo-obscurantismo generalizado, produzido pelo movimento das especializações. Este fato apresenta uma série de paradoxos:
 o desenvolvimento da ciência instaura a resignação à ignorância;
- o desenvolvimento da ciência é ao mesmo tempo aquele da inconsciência.
*
o progresso científico produz tanto potencialidades de servidão ou mortais e potencialidades benéficas. 
Ainda mais, os poderes criados pela atividade científica escapam aos cientistas e se concentram em nível dos poderes econômicos e políticos. 
Os cientistas produzem um poder sobre o qual eles não tem poder.
A consciência desse processo chega quebrada no espírito do pesquisador, através de uma visão onde três noções estão disjuntas:
1. ciência ( pura, nobre, desinteressada )
2. técnica ( que serve ao melhor e ao pior.
3. política ( nociva, que perverte o uso da ciência ).
É preciso insistir na relação entre ciência, sociedade, técnica e política.
*
Uma dupla tarefa cega.
	A ciência está no coração da sociedade e, ainda que distinguível essa sociedade lhe é inseparável. Isto significa que todas as ciências, inclusive as físicas e biológicas, são sociais. É preciso não esquecer que tudo o que é antroposocial tem uma origem, um enraizamento e um componente biofísico.
	A ciência não dispõe de metodologia para conhecer a si própria. A ciência não controla a sua própria estrutura de pensamento. A necessidade de uma ciência da ciência: as burocracias e agências deformando a pesquisa.
	A quem interessa a ciência, a quem interessa a história?
	A história nos ensina que os fatos e gestos de gente que conta, os nobres, os soberanos ou a burguesia quando se torna classe no poder; mas os pobres, ou mesmo os aspectos da vida considerados como baixos não interessam a história.
	A crise da concepção unitária da história, crise da idéia de progresso, a questão da modernidade.
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?
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AS GRANDES ESCOLAS FILOSÓFICAS E SEUS MÉTODOS
Correntes de Metodologia:
Analítica
Hermenêutica
Dialética.
A classificação das escolas ou correntes, depende do instrumental metodológico que utilizam.
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Metodologia  - inglês = filosofia
 - francês = epistemologia.
Logo
Metodologia, filosofia, epistemologia
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ATENÇÃO: 
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 1. classificação tríadica das ciências:
Ciências Sociais
Ciências Naturais
Ciências formais: lógica,matemática.
	
2. Polêmicas: 
			
metodologia = área científica
metodologia = área filosófica. (tradição da Teoria 		 do Conhecimento) 
*
Ramos específicos: Teoria da Ciência e Epistemologia.
Se preocupa com o próprio ato de conhecer:
TEORIA DO CONHECIMENTO
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A RELAÇÃO SUJEITO / OBJETO
CONHECIMENTO DOS PROCESSOS.
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HOJE 
TEORIA DO CONHECIMENTO:
relação consciência, mente, mundo;
relação da linguagem com o mundo: Semântica ou Teoria dos Significados.
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Na Escola Analítica, o que é comum, entre as ciências? 
 A LINGUAGEM.
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Quais os pré-requisitos comuns a todas as ciências?
lógicos
sintáticos 
semânticos
Têm como pré - requisito
A teoria do conhecimento
METATEORIA
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METATEORIA
	A metateoria pode ser definida como área do conhecimento que teoriza sobre a própria teoria de uma dada ciência. Poder-se-á
considerar o equivalente à epistemologia. 
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EPISTEMOLOGIA
	A epistemologia estuda a origem, a estrutura, os métodos e a validade do conhecimento (daí também se designar por filosofia do conhecimento). Ela se relaciona ainda com a metafísica, a lógica e o empirismo, uma vez que avalia a consistência lógica da teoria e sua coesão fatual, sendo assim a principal dentre as vertentes da filosofia (é considerada a "corregedoria" da ciência). 
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O QUE É TEORIA?
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TEORIA
	A teoria é uma síntese aceita de um vasto campo de conhecimento, consistindo de hipóteses que foram devidamente testadas, através de leis e fatos científicos que descrevem os fenômenos naturais (mas refutável). É uma idéia que tenta prever com alto grau de exatidão os fenômenos da natureza. Sempre que observamos algum fato, que contraria a teoria, devemos abandonar ou modificar a teoria, muito embora isso demore a acontecer na prática. 
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TEORIAS E EXPLICAÇÕES: 
ENTIDADES BÁSICAS DA METODOLOGIA.
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Explicar é argumentar.
Argumentar é ir adiante.
Ir adiante é FUNDAMENTAR
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FUNDAMENTAR
 é aquilo que sustenta a teoria, isto é, a elaboração dos argumentos: as PROVAS.
 é a busca de conceitos primitivos mais abstratos, mais genéricos: ex. modo de produção.
PROVAS
 teóricas, empíricas, técnicas.
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ATENÇÃO: 
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A TEORIA INCONSISTENTE 
APRESENTA 
CONTRADIÇÕES INTERNAS 
ENTRE OS ARGUMENTOS.
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ARGUMENTOS
TAUTOLÓGICOS V+V=V
2. CONTRADITÓRIOS F+V=V
3. CONTINGENTES F ou V (depende do valor da cognição ).
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COMO CONSTRUIR ARGUMENTOS NO PROCESSO DE CONHECIMENTO:
AS DISCIPLINAS.
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Instrumentos metateóricos de trabalho: DISCIPLINAS.
 DISCIPLINA: 
FORMA DE ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO: 
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DISCIPLINA IMPRESCINDÍVEL:
formação teórica.
TODA DISCIPLINA EMANA DE 
UM OBJETO
E NÃO O CONTRÁRIO.
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tomam uma teoria científica, hierarquiza os conceitos e identificam os primitivos: conceitos geradores e derivados de teorias; 
2. discutem os termos teóricos que se tornam problemas metodológicos. É menos formal, menos abstrata.
NAS CIÊNCIAS SOCIAIS, TEORIAS DA:
GEOGRAFIA
SOCIOLOGIA
ANTROPOLOGIA
POLÍTICA
operam em dois planos:
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CONCEITO = TERMO CONCEITUAL. 
tem sempre uma generalidade.
 É uma expressão linguística de grande generalidade, de relações ente eventos, define uma lei. Precisa auxiliar na compreensão da realidade. Do real concreto.
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EXEMPLO: A investigação sobre a noção de sistema e sistema social:
- .contradição;
- .dialética;
-.diferentes tipos de explicação.
METODOLOGIA E TEORIA NÃO PODEM SER USADOS COMO SINÔNIMOS.
EXEMPLO: 
Teoria geográfica, explica a realidade
	 
	 Metodologia da Geografia, estudos das teorias, dos 	 complexos geográficos.
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METODOLOGIA ANALÍTICA
*
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O TEXTO
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Leitura analítica do texto
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Como decompor um texto nos seus elementos:
Texto de nível 01 – simples;
Texto de nível 02 – complexo ( básico );
Texto de nível 03 – complexo.
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Texto de nível 01 ( simples ) 
 Textos introdutórios, de leitura rápida. ( jornais, 
 revistas ).
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Texto de nível 02 ( complexos ) 
São textos analíticos, claros por si mesmos. 
Tem seqüências lógicas; os argumentos se encadeiam.
Ex. Textos indutivos, textos dedutivos. Por vezes é a carga de exemplos que dá a complexidade para a leitura do texto.
Ele depende muito da técnica de redação. Exemplos de textos: Marx, Weber, Durkheim. São textos exaustivos, analíticos.
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Texto de nível 03 ( complexo )
São textos críticos ao nível da análise conceitual do texto. Implica na análise da linguagem. Este texto exige do leitor muita informação prévia de nível 01 e 02.
A crítica conceitual consiste em jogar textos sobre textos, argumento contra argumento, definição contra definição.
Como o conjunto de informações dos textos não são equivalentes, é possível a crítica.
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Então: Texto A é preferível ao Texto B.
 Como escolher ?
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-depende da linguagem;
-depende dos objetivos que se pretende 	alcançar.
RESPOSTA: 
*
o texto crítico resume posições anteriores e apresenta alternativas.
IMPORTANTE:
W. MILLS – A Imaginação Sociológica. Crítica.
SARTRE – Crítica a Razão Dialética.
Exemplos:
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1. Estes textos não devem ser usados para estudo dos clássicos, pois:
resumem rapidamente;
argumentam;
fixam posição.
Estes devem ser lidos diretamente na obra. Ler MARX em 
MARX; ler SARTRE em SARTRE.
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HÁ TEXTOS QUE SÃO COMPLEXOS E PERMITEM OS TRES TIPOS DE LEITURA: 
INTRODUTÓRIA;
ANALÍTICA;
CRÍTICA.
Há clássicos que introduzem a leitura de tipo 01. Ex. Lewis MUNFORD sobre a História da Cidade ou Jostein GAARDER em O mundo de Sofia. Romance da história da filosofia.
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ESCOLA ANALÍTICA
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SINTAXE DA LINGUAGEM – o instrumental é a LÓGICA.
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LÓGICA: é o estudo do raciocínio correto.
RACIOCÍNIO: é uma concatenação de enunciados e sinais, que formam estruturas lógicas padronizadas. A partir dele se formam uma gramática e uma semântica da linguagem.
SINAL: entidade lingüística que está no lugar de alguma coisa:
lingüístico: emissão sonora, tinta no papel;
não lingüístico: farol de trânsito;
natural: chuva.
As investigações lógicas surgem no século XIX, em função de alguns problemas: a geometria não euclidiana, a mecânica relativista.
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O RACIOCÍNIO LÓGICO: 
02 premissas ( proposições )
01 conclusão.
ATENÇÃO: 
A lógica não consegue dar conta dos raciocínios mais complexos
*
A lógica Aristotélica é mais simples:
	- silogismo – raciocínio verdadeiro, correto:
1 premissa: Todo paulistano é paulista. V
2 premissa: Todo paulista é brasileiro. V
3 conclusão: Todo paulistano é brasileiro. V
	- sofisma – raciocínio falso.
1 premissa: Todo homem é mortal. V
2 premissa: Todo mortal é um ser vivo. V
Conclusão: Todo ser vivo é homem. F
*
No século XIX, a Álgebra de BOOLE e FREGE permite demonstrar que os argumentos podem se tornar muito mais complexos que a lógica aristotélica.
Ainda no século XIX Bertrand RUSSEL escreve Principia Matematica , um marco da lógica matemática. 
Surge então a discussão lógica para a fundamentação da matemática. Nasce também a Teoria dos Conjuntos.
IMPORTANTE: Esse instrumental redundou em uma sofisticação incrível para a metodologia.
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ENTÃO: DESDOBRAMENTOS DA ESCOLA ANALÍTICA:
EMPIRISMO LÓGICO. ( 1921 ) – Os neo-positivistas foram os primeiros a utilizar a lógica na linguagem científica:
 Círculo de Viena: ( WITTGESTEIN );
 Circulo de Berlim.
 lógica matemática;
 ciências empíricas ( física e matemática ).

		empirismo lógico
		atomismo lógico.
TESTAR PARA VERIFICAR
Verificar  FALSIFICABILIDADE. 
		POPPER.
*
POSITIVISMO: Testabilidade e verificabilidade de teorias.
		 
		 Na Geografia: a Descrição e a realidade.
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PROCESSO E ESTRUTURA
A ESTRUTURA NÃO CORRESPONDE AO PROCESSO.
Modelos e estruturas se distanciam dos processos.
*
MAS...
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PROCESSO E ESTRUTURA
Ao se chegar a esta estrutura, descobrem-se leis que se aplicam ao presente e ao futuro. 
PROBLEMA: no estruturalismo é a passagem de uma estrutura a outra, no processo
*
Conclusão das polêmicas:
O raciocínio lógico não dá conta da complexidade do mundo.
No século XX passa-se a discutir o homem HOJE, na sua situação e contexto.
A filosofia passa a denunciar a tecnicização e a desumanização do homem.
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Como conseqüência surgem algumas doutrinas:
 a fenomenologia: HUSSERL;
 pragmatismo: PEIRCE;
 o existencialismo: SARTRE;
 o personalismo: MOUNIER.
*
AS DUAS GRANDES GUERRAS DO SÉCULO XX, AS GUERRAS COLONIAIS, O IMPERIALISMO E O COLONIALISMO IMPLICARÃO NA DISPARIDADE DE PENSAMENTO NO SÉCULO XX.
AS DOUTRINAS ACIMA REFERIDAS FORAM AS QUE MAIS INFLUENCIARAM O PENSAMENTO NO SÉCULO XX.
O MARXISMO QUE TAMBÉM VAI INFLUENCIAR, É DO SÉCULO XIX.
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HERMENÊUTICA
*
INICIALMENTE 
		- reflexão filosófica sobre textos religiosos, míticos, obra de 
		 arte.
HOJE
		- é uma teoria da interpretação.
- provém do grego: declara, anunciar, interpretar.
		- toda compreensão e interpretação de toda manifestação 	 das ciências do espírito.
		- é tornar compreensível um enunciado obscuro, quer nos 		 textos da Sagrada Escritura, quer em obras literárias, 	 	 testemunhos históricos, textos antigos e novos de 	 		 jurisprudência.
*
			COMPREENDER e COMPREENSÃO 
			 referem-se a razão, ao intelecto.
					
					Portanto
			
			Tem um sentido teórico, não material.
	
	 		 Compreender é apreender
		 o sentido de algo que leio, ouço, vejo.
*
					
					ASSIM
		Os textos examinados na perspectiva da hermenêutica 	devem revelar corretamente o seu significado.
		Para realizar e desenvolver estudos na perspectiva da 	hermenêutica, é necessário conhecer profundamente:
a língua ou as línguas;
o ambiente histórico, econômico e cultural;
as peculiaridades literárias e artísticas;
as intenções do autor ou autores de um determinado texto;
*
	
	Um jurista, quando interpreta a lei está diante de um 	problema hermenêutico. Para tanto deve:
examinar seus fins sociais;
que forças a elaboram;
a quem interessa.
ATENÇÃO
	Quando o jurista interpreta a lei, para aplicá-la, não há hermenêutica.
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ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA HERMENÊUTICA:
A semântica;
A lógica;
A estrutura;
A história.
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SEMÂNTICA
destaca a função das palavras e das frases empregadas pelo escritor para expressar seu pensamento. Daí os requisitos para quem faz hermenêutica. É preciso contextualizar o texto para compreendê-lo.
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LÓGICA 
revela não só os princípios doutrinários do autor, mas também o seu processo de formular idéias e de articular conceitos.
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ESTRUTURA 
 mostra as relações existentes entre as partes do texto que se estuda.
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HISTÓRIA 
registrará as circunstâncias havidas na época em que o texto foi examinado e produzido.
*
Assim, não bastam a veracidade dos documentos e dos testemunhos. Urge que se examine as causas, se encadeiem os fatos, se façam induções, se criem hipóteses, para finalmente estabelecer a investigação.
Representantes: Wilhelm Dilthey, Martin Heidegger.
Na Geografia: Prof. Horacio CAPEL, de Barcelona. Geomorfologia numa perspectiva hermenêutica.
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DIALÉTICA
*
O Universo é a fonte inesgotável de conhecimento e a base inelutável para sua comprovação.
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No conjunto universal ( todos os processos que existem independentemente a qualquer sujeito em particular e ao modo como este o conhece ou o imagina ) de tudo o que existe objetivamente, está incluído o homem como uma de suas partes integrantes.
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Dentro de seu domínio próprio a filosofia se preocupa com três grupos principais de problemas:
1- a estrutura da concepção científica do universo;
2- a formulação dos métodos de investigação da ciência;
3- a integração teórica e prática da vida humana, social e histórica.
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A esses três grupos correspondem três disciplinas filosóficas mais importantes:
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O materialismo dialético 
se preocupa em estruturar a imagem cósmica, baseada nos resultados científicos e nas conseqüências sociais da atuação prática do homem;
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A lógica
 estuda os diversos procedimentos teóricos e práticos seguidos para a aquisição do conhecimento e, baseando-se sempre neles, chega a formular de uma maneira rigorosa e sistemática, os métodos de investigação científica;
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O materialismo histórico 
 indaga e descobre as distintas modalidades que mostra o homem em sua atividade, como ser consciente e reflexivo, no desenvolvimento histórico da sociedade. Concomitantemente busca encontrar leis de desenvolvimento do espírito humano, como síntese superior da atividade racional e da atuação prática do homem, dentro do marco das condições materiais da sua vida. Para alcançá-lo a filosofia se nutre dos conhecimentos já alcançados e das conquistas logradas no domínio da natureza e da sociedade, estudando profundamente as relações estabelecidas entre as concepções que o homem formou e as condições reais de sua existência, esclarecendo quais são as forças que impulsionam o progresso e pondo a descoberto os obstáculos por vencer, para projetar os meios necessários para supera e enriquecer a vida humana.
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Mas o que é a DIALÉTICA?
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Platão, discípulo de Sócrates, aperfeiçoa o método socrático da interrogação ( maieutica ) e o transforma no que chama de DIALÉTICA.
Para Platão, sua dialética conserva a idéia de que o método filosófico é uma contraposição não de opiniões distintas, mas de uma opinião e a crítica da mesma.
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DIALÉTICA 
é preciso partir de uma hipótese primeira , ir melhorando em função da crítica que lhe fizerem e essas críticas, onde melhor se faz é no diálogo, no intercâmbio de afirmações e negações – a dialética.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DO PROCEDIMENTO DIALÉTICO: 
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Para Platão, a dialética se decompõe em dois momentos:
1- a intuição da idéia ( mistério, grosseira, insuficiente );
2 - esforço crítico para esclarecer essa intuição da idéia.
Para nos explicar isto, Platão se utiliza, como sempre de mitos – neste caso, o mito da reminiscência. Narra o conto das almas humanas, a história do escravo de Menon e a Geometria.
*
Para Platão a DIALÉTICA consiste em uma contraposição de intuições sucessivas, cada uma delas aspira ser a intuição plena da ideia, do conceito, da essência, mas como não pode ser, a intuição seguinte, contraposta a anterior, retifica e aperfeiçoa essa anterior. Isto prossegue depurando a vista do intelectual, os olhos do espírito até aproximar das essências ideais que constitui a verdade absoluta.
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ARISTÓTELES E SUA DIALÉTICA:
 a lógica.
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Esforça-se por reduzir à leis o movimento da contraposição de opiniões, de uma afirmação a outra. É a origem da lógica: a teoria da inferência, isto é, de um proposição que sai de outra proposição.
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Em Aristóteles, as leis do silogismo, são seu desenvolvimento da dialética. Para ele, a lógica é o método da filosofia.
Esta maneira de pensar, vem até a IDADE MÉDIA (na escolástica).
*
DESCARTES – Discurso do Método: 
Como chegar a uma intuição indubitável da verdade?
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Diferentemente de Platão, o mundo da verdade e este em que vivemos, são o mesmo.
Quando olhamos o mundo que vivemos pela primeira vez ele parece confuso, revolto - totum revolution - 
Mas podemos paulatinamente organizá-lo, tornando-o inteligível, compreensível.
*
Em que consiste a consecução dessa evidência?
Numa análise metódica (sem mitos) do mundo.
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A DIALÉTICA HEGELIANA.
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Na Fenomenologia do Espírito, Hegel afirma que há no pensamento, duas razões:
 1- a razão abstrata que opera fora do real, como a Matemática;
2- a razão concreta que trabalha a realidade propriamente dita, como a História e a Física.
*
O processo dialético hegeliano contem três momentos:
	
	1. a Tese  afirmação  posição
	2. a antítese  negação  contraposição
	3. a síntese  negação da negação  conciliação.
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DIALÉTICA EM MARX
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Decorre da dialética hegeliana. 
Como o próprio Marx diz, é a própria transição do método hegeliano, em termos materialistas.
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Na sua essência, a interpretação da realidade humana em função da negação da negação e eterno jogo das contradições é a maneira mais certa e mais segura de encarar tanto os problemas filosóficos como os sociais e econômicos.
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Nos prefácios do Capital, Marx menciona a função metodológica: descobrir as leis dos fenômenos, determinar a evolução e as modificações de um fenômeno em um dado momento histórico.
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Para tanto recomendou o método de pesquisa e o método de exposição
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Método de pesquisa 
 deve apropriar-se em detalhe da matéria do objeto estudado, deve analisar, desvendar as relações internas dos fenômenos.
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Método de exposição 
 consiste em determinar leis particulares que regem o nascimento, o desenvolvimento e a morte de cada conjunto social e sua substituição por outro.
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O método marxista é apenas um roteiro para o conhecimento da
realidade.
 Cada realidade tem suas peculiaridades: em vista disso o método deve ater-se a estas conjunturas e não a uma especulação abstrata.
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EXEMPLOS: 
Análise de um país.
1-Estudo não marxista:
- distribuição da população na cidade e no campo;
- produção de bens;
- importação;
- exportação.
Esta análise pode não revelar a situação real do povo.
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2- Estudo marxista:
como é constituída a população: camponeses, operários, burguesia, classe média;
nível de vida da população: consumo de alimentos, vestuário, saúde, esperança de vida, etc.
- relação produção/consumo de bens.
Na sua essência, a dialética marxista demonstra como as transformações ocorrem na sociedade.
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O materialismo dialético
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Nasce da crítica a filosofia clássica alemã, sobretudo de Hegel, dos economistas ingleses Louis Blanc e David Ricardo e dos socialistas franceses, com Proudhom.
*
A palavra materialismo dialético foi primeiro utilizada por Engels. 
Marx já esboçara em A ideologia Alemã e nas teses sobre Feuerbach (1845), em Miséria da Filosofia (1847) e finalmente no Posfácio da Contribuição Crítica da Economia Política (1859).
*
Materialismo vem da palavra latina MATÉRIA que significa aquilo que de alguma coisa é feita.
*
Para Marx, a matéria é eterna e infinita e não foi criada por ninguém.
*
Na Sagrada Família Marx afirma:
Entre os problemas inerentes a matéria, o movimento é a primeira e a melhor, não somente como movimento mecânico e matemático, mas ainda mais como instinto, espírito vital, tendência, tormento ( para empregar a expressão de J. Boheme ) da matéria.
	As formas primitivas da matéria são forças naturais, vivas individualizantes, inerentes e são elas que produzem as diferenças específicas. ( Obras Filosóficas ).
*
O movimento da matéria é a base de todo o fenômeno da Natureza. É pelo movimento que se compreende a contradição. 
Quando não há contradição, não há movimento.
*
Não é a inteligência que provoca a evolução, mas a própria matéria.
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Com isto encerramos uma visão geral e extremamente rápida das três grandes escolas filosóficas e metodológicas.
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AGORA PODEMOS COMEÇAR A ENTENDER 
O QUE É O MÉTODO?
*
O QUE É O MÉTODO OU OS MÉTODOS?
Exercitando sobre métodos.
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MÉTODOS:
		- META ( grego ) = em direção de;
- ODOS ( grego ) = caminho.
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MÉTODO NO SENTIDO FILOSÓFICO.
o método é constituído de um conjunto de operações intelectuais, pelas quais uma disciplina busca atingir as verdades que ela persegue, as demonstra, as verifica. 
(origem lógica) .
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2. MÉTODO, ATITUDE CONCRETA EM RELAÇÃO AO OBJETO.
 - o método dita as maneiras concretas de objetivar ou organizar a pesquisa, de maneira mais ou menos imperativa, precisa ,completa, sistematizada.
- os métodos são diferentes: método experimental (crença no empirismo); método clínico (Interessa os resultados).
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3. MÉTODO LIGADO A UMA TENTATIVA DE EXPLICAÇÃO.
ele se liga a uma concepção filosófica e pode influenciar etapas da pesquisa: o método dialético é empírico e implica em observações concretas.
*
A História da Filosofia registra algumas dezenas de métodos dos quais alguns mais importantes e que permanecem ao longo do tempo:
 a maiêutica socrática. ( perguntar ).
a dialética platônica (diálogo a partir de uma hipótese primeira – a reminiscência).
a lógica aristotélica (discípulos de Platão). A lógica 
 (perdura até o séculoXVI ).
*
Investigação científica:
indução	2
 observação		 princípios explicativos.
		
dedução	3

abstração dos conceitos universais 
a partir das observações particulares.
*
Dedução: 
	Raciocínio correto: ( silogismo ).
	- Todo paulistano é paulista. (v)
	- todo paulista é brasileiro. (v)
	- Todo paulistano é brasileiro. (v)
*
Raciocínio falso ( sofisma ).
Todo homem é mortal. (f)
Todo mortal é um ser vivo (f)
Todo ser vivo é homem. (f)
*
ATENÇÃO A INDUÇÃO:
São Paulo é populosa.
Rio de Janeiro é populosa.
Salvador é populosa.
- Todas as capitais brasileiras são populosas.
*
 método indutivo/experimental (Francis Bacon)
 o método cartesiano.
*
Para Descartes, método são regras certas e fáceis cuja observação exata fará com que qualquer pessoa nunca tome nada de falso por verdadeiro, e sem despender inutilmente o mínimo esforço de inteligência chegue, por um aumento gradual e contínuo de ciência, ao verdadeiro conhecimento de tudo o que for capaz de conhecer.
*
Regras do raciocínio cartesiano:
	
a evidência ( aceitar o verdadeiro )
a análise ( divisão do objeto )
a síntese do simples para o complexo.
- o desdobramento: a lógica nos critérios.
*
a dialética marxista;
o método fenomenológico;
a dialética hegeliana;
o método hermenêutico;
o estruturalismo;
 o método dialético.
*
O MÉTODO FENOMENOLÓGICO
*
Seu fundador foi Husserl. Nasce com uma crítica radical ao psicologismo e ao empirismo lógico. Desde Aristóteles até o século XIX o dualismo lógico e psicológico predominam na Filosofia, até que se desdobrou em duas disciplinas: o psicologismo e o logicismo.
*
Esse método exerceu profunda influência na filosofia existencialista: Heidegger (1889-1976); Sartre (1905 - 1980); Merleau-Ponty (1908 - 1962).
*
ETAPAS DO MÉTODO
FENOMENOLÓGICO: 
*
A evidenciação.
 a consciência se dirige a um objeto e é preenchida por ele, isto é, quando o objeto se define na sua essência, a consciência.
	Exemplo: um livro que se tem diante dos olhos. sua percepção quotidiana é subjetiva e contundente. Esse livro é percebido de modo diferente por diferentes pessoas.
*
Interferem na percepção fatores psicológicos como:
estado de espírito;
expectativas;
posição;
luminosidade sobre o livro;
- etc.
*
Interferem características físicas:
pergaminho;
idade;
tipo de papel;
- encadernação.
*
Para a explicação de um fato, exigem-se critérios objetivos e universais.
*
2. A descrição.
é completar a evidenciação, abstem-se da dedução.
*
O ESTRUTURALISMO
*
1916, SAUSSURE -é publicado as Anotações de Aulas do Curso de Lingüistica Geral. Se propõe a desvincular a lingüistica da semântica, fazer uma ciência independente, capaz de explicar a linguagem pela linguagem.
*
Linguagem - coordenação de sons e sinais equivalentes. Cada sinal relaciona-se com outros que o precedem e o seguem.
*
Levy Strauss deu uma enorme contribuição a este método: método estrutural lingüistico para o estudo de uma comunidade social.
 Os fenômenos culturais tem a estrutura semelhante a linguagem.
*
Estrutura - elo norteador do pensamento.
*
Definição de estrutura por PIAGET: 
uma estrutura é um sistema de transformações que comporta leis enquanto sistema, e que se conserva ou se enriquece no próprio jogo das transformações, sem que estas atinjam o exterior das fronteiras ou faça apelo a elementos exteriores.
*
Características de uma estrutura:
totalidade;
transformação;
- autoregulação.
*
ATENÇÃO: 
Há muitos estruturalismos:
 Levy-Strauss, Gurvitch, Perroux, a teoria da Gestalt ou teoria das estruturas em Psicologia 
*
?
*
METODOLOGIA Fundamentando...
*
Ciência e Ética
*
CONTRA-RACIONALIDADES
*
*
Método de Investigação e Explicação e Filosofia.
Método como arma social e política.
*
*
Filosofia enquanto PRAXIS 
(Método de Investigação)
*
CELSO FURTADO
GILBERTO FREYRE
MILTON SANTOS
SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA
 FLORESTAN FERNANDES
JOSUÉ DE CASTRO
OCTÁVIO IANNI
DARCY RIBEIRO
O BRASIL COMO INQUIETAÇÃO.
*
...impregna as massas, se transforma nelas e por elas em um instrumento coletivo de emancipação.
*
FILOSOFIA 	= visão de mundo
Totalização do saber
Método de investigação
Idéia reguladora
Arma ofensiva
Comunhão de linguagem.
*
Trabalha as sociedades.
*
Torna-se cultura,
 natureza de uma sociedade
*
	Então...
*
As épocas de criação da filosofia são raras.
*
Para SARTRE, entre séculos XVII e XVIII > 3 épocas (3 filosofias) 
Descartes e Locke
Kant e Hegel
Marx.
Para ele: fundamento de todo pensamento particular e horizonte de toda cultura.
Permanecem enquanto dure o momento histórico do qual eles são expressão.
*
OS MÉTODOS SE MODIFICAM PORQUE SÃO SEMPRE APLICADOS A OBJETOS NOVOS.
*
*
ATENÇÃO
É O MOVIMENTO MESMO DA HISTÓRIA, É A LUTA DOS HOMENS SOBRE TODOS OS PLANOS E EM TODOS OS NÍVEIS DA ATIVIDADE HUMANA QUE LIBERTARÃO O PENSAMENTO CATIVO E LHE PERMITIRÁ ATINGIR SEU PLENO DESENVOLVIMENTO.
*
*
EXERCÍCIO SOBRE MÉTODOS
*
METODO ANALÍTICO:
Realidade estática, congelada.
MÉTODO DIALÉTICO:
Realidade dinâmica.
Métodos:
Dedutivo ( Descritivo )
Indutivo-Dedutivo. (Interpretativo)
Método: Dialético
Analítico. ( categorias )
Explicativo.
Procedimentos:
Justificativa
Problematização
Definição do Objeto
Objetivos
Hipóteses
Método ( organização )
Bibliografia
Cronograma
Custos.
Procedimentos:
Justificativa
Problematização
Periodização
Metodologia(Instrumental Metodológico )
Bibliografia
Cronograma
Custos.
O Objeto é identificado a priori e tem de ser descrito. 
O objeto a ser estudado, é extraído à partir da compreensão histórica (contextualização), através da periodização (o mais importante instrumental metodológico da dialética, juntamente com o arcabouço conceitual ).
*
EXERCÍCIO METODOLÓGICO
Elaboração de um Projeto de Pesquisa.
*
A - Estrutura Geral do processo de Investigação Científica
Seleção do Tema de Pesquisa.
Planejamento do Trabalho.
Coleta de Informações
Interpretação da Informação
Redação.
*
*
LOS ANGELES
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Seleção do Tema de Pesquisa:
seleção do campo de investigação.
Seleção dos métodos de trabalho.
Seleção das técnicas de trabalho.
Seleção do Tópico ( especificidade do tema ).
*
*
*
A produção é capaz de atender toda demanda social, mas nem todos têm acesso a ela!
*
*
*
2. Planejamento do Trabalho:
Preparação de uma bibliografia provisória.
Definição de hipóteses.
Definição do Problema.
Formulação do esquema para nova coleta de informação.
Programação do Trabalho.
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3. Coleta de Informação.
a. Preparação da Bibliografia.
b. Leitura e anotações da obra.
c. classificação e codificação das anotações.
*
4. Interpretação das Informações.
a. Análise da informação.
b. Crítica da Informação.
c. Síntese: estabelecimento de observações gerais,
 conclusões e recomendações.
*
5. Redação.
Formulação de um Plano de Redação.
Redação Preliminar.
Revisões e acertos.
Redação Definitiva.
*
 Seleção do Tema:
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CUIDADOS:
a ilusão da facilidade;
paciência, requisito da análise de conteúdo;
reflexão e rigor;
conhecimento e modificação de si mesmo;
aprender a escutar antes de julgar;
atenção ao maniqueismo: certo x errado; bem x mal;
a ilusão da neutralidade: o desenvolvimento técnico exige vigilância epistemológica.
a escolha da técnica, a ilusão da técnica.
precisão terminológica;
rigor metodológico.
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2. Planejamento do Trabalho:
*
Preparação Bibliográfica:
técnicas de citação;
organização: autores e assuntos;
referências: idem, ibidem.
*
b. Definição de Hipóteses:
HIPÓTESE: suposição de uma coisa possível ou impossível, que tenha ( ou traga ) alguma conseqüência. ( Por exemplo a formulação de uma lei, de uma teoria).
Para formula hipóteses, é preciso criatividade, sensibilidade, capacidade inventiva, imaginação; é uma erupção do literário, no científico.
	A Hipótese é uma Proposição formulada como resposta a uma questão. Ela deve ser verdadeira do ponto de vista empírico e lógico.
*
Tipos de hipóteses:
aquela que pressupõe uniformidade (quantificáveis );	
Exemplo: A Taxa de divórcio é mais alta nas classes mais elevadas.	
(Medir dá a diferença).
2. aquela que supõe ligações lógicas à partir de correlações empíricas.
Exemplo: Certos comportamentos particulares que se encontram em um grande número de minoritários.	
	
( semelhanças )
3. aquelas que dizem respeito as relações entre variáveis analíticas. É a mais complexa. Implica na formulação de relações entre certas variáveis complexas.
Exemplo: influência do nível da economia, do lugar, da habitação, do número de habitantes, da religião, etc. sobre a taxa de fecundidade.
*
A HIPÓTESE DEVE SER:
verificável;
usar conceitos comunicáveis, de modo a permitir observações precisas;
específica
*
c. Definição do problema:
É o instrumento mais adequado para descrever sinteticamente:
os objetivos;
o conteúdo;
o procedimento;
as características do estudo.
A definição do problema é também entendida como a definição do tema.
*
Como faze-lo ?
*
1. Definindo o Título.
Claro;
Curto;
conciso;
original. 
Não deve faltar ou sobrar palavras. 
*
2. Origem:
à partir do sujeito ou do objeto:
Reconhecimento de um problema;
Aparição de um fenômeno ou evidência;
Experiências;
Filosofia;
Antecedentes Históricos;
O tempo e o lugar;
Estudos existentes;
*
3. Importância.
importância específica;
originalidade;
relevância.
*
4. Objetivos:
ajudam a construir o objeto.
Imediatos, finais;
Relacionar cm o trabalho de alguém;
Iniciar uma reflexão teórica.
*
5. Conteúdo:
tópicos principais;
idéias centrais do trabalho;
síntese.
*
6. Procedimentos.
métodos e técnicas;
natureza das fontes de informação que baseiam o estudo;
identificar as fontes, tais como arquivos, bibliotecas onde estão disponíveis;
identificação de número de classificação, palavras chaves que permitam identificar a literatura sobe o tema, instituições que congregam o tema;
descrição do terreno, população ou amostra que serão objeto do trabalho empírico ou de campo;
descrição dos programas ( softwares ) que serão usados em caso de informatização.
*
7. Limitações:
natureza do estudo;
objeto em termos de áreas, período, ou outros aspectos que não envolvam totalidade;
inacessibilidade de informações;
limites do pesquisador.
*
8. Definições:
clareza do texto, conceitos, linguagem.
Nominal: Ex. chamamos espaço geográfico um sistema indissociável de objetos e ações. Chamamos território.
Denotação: especificar.
Real: ex. Homem, animal racional.
Operatória: permite identificação ou geração de um objeto. Ex. A receita de uma mousse de Roquefort e sua definição operacional.
*
9. Bibliografia:
prévia;
citações ( normas técnicas );
indicar fácil e rápida localização.
*
“Claridad no es vida, pero es la plenitud de la vida.” 
Jose Ortega y Gasset

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