Unidade 5 Intemperismo e Gênese do solo

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Unidade: 5. Gênese do Solo 
Bibliografia: Toledo et al (2000). Cap.8. Intemperismo e 
formação do solo. In: Decifrando a Terra 
Foto: Área da Estação Experimental da Caatinga na Embrapa Semiárido 
em Petrolina, PE .Fonte:http://fatosefotosdacaatinga.blogspot.com/ 
Geologia e Pedologia 
Tópicos. 
 5.1: Antecedentes 
 
 5.2 : Intemperismo físico e químico 
 
 5.3: O manto de intemperismo e a formação do solo 
 
 5.2: Fatores que controlam a alteração intempérica 
 
 5.3: Produtos do intemperismo: solos e depósitos lateríticos 
 
 
Tipos de intemperismo 
• Intemperismo físico: rotura das 
rochas da crosta devido a esforços 
mecânicos de causas diversas. 
• Esforços internos e externos – 
deformação e quebra das rochas 
 
4.2: Intemperismo físico 
Mecanismos do Intemperismo físico: 
 
 alivio de pressão 
 cristalização 
(sais em fraturas)ou 
congelamento em poros, 
fraturas 
 expansão térmica (desertos) 
 
 
4.1: Intemperismo e Erosão 
Foto: Redemoinhos no deserto de Chihuahuan, oeste de Texas 
http://science.nationalgeographic.com/science/photos/weathering-erosion-gallery 
4.1: Intemperismo e Erosão 
Ação do vento no Grand Canyon modelou afloramento de arenito em uma forma de bigorna. 
http://science.nationalgeographic.com/science/photos/weathering-erosion-gallery 
4.1: Erosão e transporte 
Ventos nas montanhas da Great Basin Nevada National Park erosão do tronco da 
árvore de pinho velho em que parece ser um par de óculos para os lados. 
http://science.nationalgeographic.com/science/photos/weathering-erosion-gallery 
4.2: Intemperismo químico 
• Intemperismo químico: ocorre quando o 
equilíbrio dos átomos nos minerais é 
rompido e ocorrem reações químicas que 
conduzem o mineral a um arranjo mais 
estável sob novas condições próximas da 
superficie 
 
5.1: Manto de intemperismo e formação do solo 
 
• Intemperismo e solo 
• Manto ou crosta de 
intemperismo (regolito=solo): 
 - porção externa de 
cobertura da litosfera 
atingida diretamente 
pelos processos de 
intemperismo 
 (Kenetiro, 2003) 
– os minerais primeiro se 
desagregam para depois se 
decomporem. 
 
 
http://aprendendocomovoinho.blogspot.com/2010/09/co
nhecendo-o-solo.html 
 
5.1: Manto de intemperismo e formação do solo 
Da rocha ao solo 
 
2KAlSi3O8 + H2O Al2Si2O5(OH)4 + 4H4SiO4 + 2K
+ +2OH 
Primário (Feld rocha) Secundário (solo) Nutriente 
 O solo é a rocha no seu caminho para o mar! 
 
 
Prof. J.Miguel Reichert & Prof. Ricardo Dalmolin (2004). 
Fonte:http://w3.ufsm.br/fisicadosolo/downloads/Disciplinas/FundCiSolo/4a.REICHERT_FCS_Pedogenese_Intemperismo.pdf 
 
5.2 Produtos residuais e materiais em 
solução 
 
Produto do intemperismo QUIMICO 
Neominerais no solo 
 
Asteroide 2012 DA14 de 50 m de Ø deverá passar raspando 
pela Terra (a 22 mil km) em 15 de Fev.2013. 
Rocha passará próximo à região onde ficam os satélites 
meteorológicos e de comunicação. Precisara de telescópio. 
Intemperismo = f ( cl, o, r, p, t) 
Organismos 
Fauna / Flora 
Macro / Micro 
M.O-CO2 
pH<4 – Al soluç 
Clima 
Regiões : 
Umidade/Temperatura 
Solo 
5.2: Fatores que controlam o intemperismo 
Relevo 
Boa infiltração-perfil mais 
profundo 
Tempo 
Baixo intemperismo-mais 
Tempo para formar um perfil de 
alteração (10 000 anos: 1cm 
solo de granito) 
Materiais parentes- Rochas 
Granito (Si) mais resistente 
que CO3 
Cómo conhecer as Taxas de Intemperismo?? 
Adaptado de Prof. Vicente Gualberto-DCS/UFLA 
Materiais parentes: as rochas e seus minerais 
 
 
• Ordem de alteração frente ao intemperismo: 
 “Os primeiros a cristalizar durante o resfriamento de um magma (Série de Bowen) são 
os que primeiro se desestabilizam durante o intemperismo (Série de Goldich).” 
 
5.2: Índices de intemperismo 
 
• Valores numéricos que expressam o grau de 
intemperismo químico de um mineral ou 
material do solo 
– Razão molar; razão Fe d/Fe tot 
– minerais índice; estágio de intemperismo 
Prof. J.Miguel Reichert & Prof. Ricardo Dalmolin (2004). 
Fonte:http://w3.ufsm.br/fisicadosolo/downloads/Disciplinas/FundCiSolo/4a.REICHERT_FCS_Pedogenese_Intemperismo.pdf 
• Razão molar 
 
• Razão sílica:alumina Ki = SiO2/Al2O3 
• Razão sílica:sesquióxido Kr= SiO2/Al2O3 + Fe2O3 
 
 
5.2: Índices de intemperismo 
 
 
5.2: Índices de intemperismo 
 
• A relação Kr é usada pelo SiBCS (Embrapa, 1999) 
para separar solos cauliníticos e oxídicos: 
 
• Kr= SiO2/Al2O3 + Fe2O3 
 
– Solos cauliníticos Kr > 0,75 
– Solos oxídicos Kr ≤ 0,75 (muito 
Ox. Fe e Al) 
 
5.2 Clima (precipitação e temperatura) 
 
5.3 Produtos do Intemperismo 
• Evolução do manto de 
intemperismo- Solos 
• Em condições 
agressivas – manto 
enriquecido em 
minerais de interesse 
econômico: 
• Depósitos Lateríticos 
Alunos de Biologia –UNEB, Campus VI, Caetité. 
 
5.3.1- Formação do 
solo 
 
• SOLO: 
• conceito diferente por 
áreas 
• Produto do 
intemperismo, do 
remanejamento das 
camadas superiores da 
crosta terrestre (Toledo et al., 
2002) 
• Ação: atmosfera, hidrosfera, 
biosfera e trocas de energia 
• Para a Formação do solo 
Adição 
Translocação 
Transforma
ção da M.O 
Remoção 
Adição 
Figura: Adaptada de Fábio Pires 
A: escuro, 
matéria mineral e 
orgânica, 
Alta ativ. Biológica 
Horizontes 
B: acumulação 
E: claro - remoção: cly, 
M.O, oxihid.Fe e Al 
C: rocha alterada 
 (saprolito) 
O: restos orgânicos 
5.3.1- Pedogênese 
• PEDOGÊNESE: quando as 
modificações causadas 
nas rochas tornam-se 
estruturais com 
reorganização e 
transferência de minerais 
formadores do solo 
(argilominerais e óxidos 
de ferro e alumínio) e 
levam à formação do 
perfil do solo 
 
 
 
 
Fig:8.5 Ação das raízes alargando as fissuras 
favorecendo a fragmentação das rochas. 
Fonte: Decifrando a terra (Toledo, et al, 2000) 
5.3.2 Classificação dos solos 
• Os solos variam por países 
• Diferentes classificações pedológicas usadas: 
• França – em solos tropicais da África 
• FAO (Food and Agricultural Organization) 
• Portugal - solos da África 
• EUA- Soil Taxonomy: 
 - 12 ordens, subordens, grandes grupos, grupos, famílias e séries 
 
5.3.2 – Classificação de Solos do Sistema Brasileiro EMBRAPA, 
(2006)- 12 classes (ordens) 
12 Classes de Solo 
 
Hierarquia do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos considerando as categorias 
de Ordem. 
Fonte: http://www.pedologiafacil.com.br/classificacao.php 
 
 
 Classificação de solos (Embrapa, 2006) 
 
 
• LATOSSOLO: solo altamente 
evoluído, laterizado, rico em 
argilo-minerais (1:1) e oxi-hidróx. 
Fe e Al 
• L. BRUNOS 
• L. ACINZENTADOS 
• L. AMARELOS 
• L. VERMELHOS 
• L. VERMELHO-AMARELOS 
 
Latossolo Vermelho álico A moderado 
http://www.pedologiafacil.com.br/classificacao.php 
5.3.2 Exemplos de Processos de 
Pedogênese 
 
• 2) Latolização: Remoção de sílica e de bases 
do perfil após transformação (intemperismo) 
dos minerais constituintes 
• Solos com B latossólico: 
– Bastante intemperizados, argila de baixa 
atividade, pouca retenção de cátions 
– Sílica e outros elementos são lixiviados causando 
enriquecimento relativo em óxidos de Fe e de Al 
 
CAMBISSOLO 
 
• CAMBISSOLO: solo pouco 
desenvolvido, com 
horizonte B incipiente 
 
• C. HÍSTICOS 
• C. HÚMICOS 
• C. FLÚVICOS 
• C. HÁPLICOS 
 
Fonte: Classificação de solos (Embrapa, 2006) 
 
 
Cambissolo Háplico eutrófico A moderado (EMBRAPA). 
http://www.pedologiafacil.com.br/classificacao.php 
 
 
 CHERNOSSOLO 
 
 • CHERNOSSOLO: solo 
com desenvolvimento 
médio; atuação de 
processos de 
bissialitização (pouca 
perda de Si, drenagem 
lenta, argilas 2:1), 
podendo ou não 
apresentar acumulação 
de CaCO3 
 
 
 
 
 
 Chernossolo Háplico órtico (EMBRAPA). 
http://www.pedologiafacil.com.br/classificacao.php 
 
5.3.2 Exemplos de Processos de 
Pedogênese 
A Chernozênico: 
• 1. Solos férteis (contêm ainda minerais 
primáriosfacilmente intemperizáveis e muitos 
nutrientes ainda não lixiviados) 
• 2.Deficiência de água e má distribuição das 
chuvas = principais limitações 
• 3.Ocorrência nas regiões menos úmidas do 
Polígono das Secas 
 
Classificação de solos (Embrapa, 2006) 
 
 • Neossolo: solo pouco 
evoluído, com ausência 
de horizonte B. 
Predominam as 
características herdadas 
do material de origem 
 
Neossolo Quartzarênico órtico (EMBRAPA). 
http://www.pedologiafacil.com.br/classificacao.php 
 
 
5.3.2 Exemplos de Processos de 
Pedogênese 
 
• 1) Podzolização: Translocação de material do 
horiz. A, acumulando-se no horiz. B 
– Se a translocação é de: 
– MO, Óxido de Fe e de Al = B podzol(pobre, ácido) 
– Argila silicatada= B textural(mais férteis) 
5.3.2 Exemplos de Processos de 
Pedogênese 
 
• 3) Calcificação: Translocação(redistribuição) de CaCO3 
no perfil = maior concentração em alguma parte do 
solo 
 
• -precipitação insuficiente para remover carbonatos 
• -pradaria, grande acúmulo de MO, 
• formação de horiz. A espesso, rico em MO e elevada 
Saturação por Bases = A Chernozênico 
5.3.2 Exemplos de Processos de 
Pedogênese 
 
• 4) Hidromorfismo: 
 
• -excesso de água 
• -arejamento deficiente 
• -Ambiente de redução (Fe e Mn em formas 
reduzidas + solúveis) –migração e toxidez às 
plantas 
• -Decomposição mais lenta da MO e seu 
acúmulo 
 
5.3.2 Exemplos de Processos de 
Pedogênese 
• 4) Hidromorfismo 
• -Ausência de Fe(III) ou presença de Fe(II) 
resulta em aspecto acinzentado, esverdeado 
ou azulado (gleizado) abaixo da camada de 
MO 
 
 
5.3.2 Exemplos de Processos de 
Pedogênese 
• 4) Hidromorfismo 
 
• 1. Estão nas partes mais baixas do terreno; 
• 2.Quando drenados podem apresentar queda 
de Fe e Mn, quando são levados para fora do 
alcance das raízes. 
 
5.3.2 Exemplos de Processos de 
Pedogênese 
 
• 5) Halomorfismo: excesso de sais = Solos Salinos 
 
• 1.Estão nas depressões, onde passa a ocorrer 
excesso de sais e de água temporariamente 
• 2.Sais são trazidos das elevações circunvizinhas 
pela enxurrada ou pelo lençol freático 
• 3.Muitas vezes o local é rico em sais por causa de 
depósitos marinhos 
 
5.3.3- Importância 
do solo e de sua 
preservação 
 
• Solo: recurso 
natural (finito) mais 
importante de um 
país 
• ALIMENTAÇÃO 
• Dificuldade das 
Regiões 
intertropicais: 
– Países em 
desenvolvimento 
– Solos com recursos 
minerais 
Fonte: Wikipedia.org 
5.3.4- Depósitos lateríticos 
• As reações do intemperismo são importantes 
 processos na formação de depósitos lateríticos. 
– Preservação do mineral primário de interesse 
– acumulação de mineral resistente devido à perda dos 
mais solúveis. 
• Ex. depósitos de fosfatos, cromo, hematita. 
– Destruição do mineral primário de interesse – 
– formação de minerais secundários mais ricos que o 
mineral primário no elemento de interesse. 
• Ex. depósitos de bauxita (gibbsita).