Buscar

A valorização docente passa por um processo histórico que se inicia com uma perspectiva de que a educação é a forma que os indivíduos encontram para participarem efetivamente da sociedade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

A valorização docente passa por um processo histórico que se inicia com uma perspectiva de que a educação é a forma que os indivíduos encontram para participarem efetivamente da sociedade. O trabalho docente era visto como um processo de transmissão de costumes, tradições, valores, ou seja, cultura, que era feita de forma oral. A estrutura da Profissão Docente como conhecemos hoje, só se organiza a partir do século XV.
 Convém também analisar a inserção da mulher na profissão docente, que teve como ponto importante ter sido a primeira profissão que abriu espaço para as mulheres, sem que elas fossem reprovadas pela sociedade. Além disso, a profissão estava ligada à maternidade. A profissão docente foi aos poucos se feminizando devido ao afastamento do setor masculino, por causa dos baixos salários pagos que mal davam conta das despesas familiares.
 Com relação à educação no contexto atual podemos ver que a sociedade passou por várias etapas de evolução, avanços científicos e tecnológicos, mas a escola permanece como responsável pela sistematização do conhecimento através de um corpo docente que sofre por não ter a devida atenção no que diz respeito às condições de trabalho. 
 Brzezinski, I (2011) defende que há um antagonismo entre o mundo vivido pelos educadores e o mundo oficial, das tramitações de lei, que são regidas por interesses neoliberais, da globalização excludente. Além do antagonismo ambos, o mundo real e o mundo oficial, têm representantes que se mantêm vivos, tomam partido, defendem princípios e propostas, resguardam convicções, alinhados a ideários distintos construídos ao longo da história de cada um.
 No que se refere à progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do desempenho, prevista na LDB é possível identificar um significativo aumento no número de docentes com mestrado e docentes com doutorado no período 2001-2010. Segundo dados do MEC o número de professores com mestrado passou de aproximadamente 65 mil em 2001 para 130 mil em 2011. E o número de docentes com doutorado passou de aproximadamente 45 mil em 2001 para 100 mil em 2010, ou seja, mais que o dobro. Em relação aos docentes com formação até especialização também houve um aumento se comparando com o ano inicial do período, que eu 2001 eram aproximadamente 95 mil docentes e em 2010 foram registrados aproximadamente 120 mil docentes, porém esse valor foi superior no ano 2006, como pode ser verificador na tabela abaixo.
 Segundo Sheibe, L. (2010) os estados estão distantes de cumprir com o que a legislação estabelece como mínimo. A Lei nº 11.738/2008 que estabeleceu o piso salarial de 950 reais e uma jornada de 40 horas semanais deveria ter sido implantada progressivamente até janeiro de 2010, com obrigatoriedade de reajustes anuais. Atualmente o piso é de R$ 1.451 e neste ano terá um reajuste de 7,97% passando para R$ 1.567 o que segundo o atual ministro da Educação, Aloizio Mercadante, é que o reajuste partiu de um patamar muito baixo.
Sheibe também sugere para um novo PNE, dentre outras prioridades ligadas à profissão docente, a necessária redução da carga horária, sem perda salarial, para os que participam de programas de formação inicial, ferramentas legais que garantam a aplicação da dedicação exclusiva dos professores em apenas uma instituição. Também determinar um número máximo de alunos por turma: “(1) na educação infantil: de 0-2 anos, seis a oito crianças por professor; de 3 anos, até 15 crianças por professor; de 4-5 anos, até 20 crianças por professor; (2) no ensino fundamental: nos anos iniciais, 25 crianças por professor; nos anos finais, 30 alunos por professor; (3) no ensino médio e na educação superior, até 35 alunos por professor.

Outros materiais