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Estudantes de Geografia visitam obras do Canal do Sertão

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11/12/2012 - 16h58m
Estudantes da Ufal visitam obras do Canal do Sertão
Alunos do curso de Geografia vão conhecer um panorama da projeção à execução do Canal do Sertão
Estudantes universitários voltam a visitar as obras do Canal do Sertão nesta quarta-feira (12). Cerca de 20 alunos do curso de Geografia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) participam da visita e visam colocar em prática o conteúdo programático da disciplina de Hidrografia. O grupo será acompanhado por uma equipe técnica da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra). 
O dia começará com uma apresentação da Seinfra, no campus da Ufal em Delmiro Gouveia, traçando um panorama da projeção à execução do Canal do Sertão. Após a exposição, os estudantes seguem para o canteiro de obras, onde iniciarão a visita à estação elevatória, local de captação da água do canal. Em seguida, as visitas seguem aos três trechos de obras executados na região. 
O professor da Ufal, Fernando Coelho, mestre em Recursos Hídricos e Saneamento, ressaltou a importância da experiência para o aprendizado dos alunos. “O aprendizado teórico oferece as bases para o desenvolvimento técnico dos alunos, mas a vivência in loco proporciona outra dimensão de conhecimento. Eles vão poder ver como funciona na prática uma grande obra hídrica”, explica o professor. 
Os estudantes de Geografia que visitam o Canal do Sertão nesta quarta-feira também são sertanejos, convivem com a seca e acreditam na potencialidade do projeto. “Eles vivenciam de perto o problema da seca e a visita ao canal representa para eles mais do que conhecimento técnico, representa também uma esperança de transformação no Sertão”, disse o professor Fernando Coelho. 
Para o secretário adjunto de Projetos Especiais e Irrigação da Seinfra, Alzir Lima, a interação com a Universidade é fundamental para difundir conhecimentos técnicos sobre a obra e contribuir com a formação profissional dos estudantes. 
“Fico satisfeito de poder realizar visitas como esta, pois difundimos conhecimento, ampliamos a percepção da importância da obra para a região sertaneja e garantimos a capacitação técnica de estudantes que podem a vir trabalhar junto ao Canal do Sertão, inclusive na implantação dos perímetros de irrigação e outros projetos relacionados ao Canal”, explica Alzir Lima.
 
24/01/2013 - 15h34m
Obras de eletrificação do Canal do Sertão estão em fase final
Energia elétrica vai garantir o funcionamento das bombas que levarão água para os primeiros 65km do Canal, ao longo dos municípios de Delmiro Gouveia, Pariconha e Água Branca
As obras de eletrificação que vão possibilitar o funcionamento das bombas responsáveis por levar água ao Canal do Sertão estão recebendo os últimos ajustes nesta semana. A eletrificação das bombas vai permitir a distribuição de água nos primeiros 65 quilômetros do Canal, ao longo dos municípios de Delmiro Gouveia, Pariconha e Água Branca, já na divisa com Olho D’Água do Casado.
Para a inauguração dos 65km iniciais do Canal Adutor do Sertão Alagoano, duas bombas serão colocadas em funcionamento. A potência de cada equipamento possibilita uma vazão de 9,6 mil metros cúbicos por hora. No início da operação, a lâmina de água que percorrerá o Canal terá 1,9 m de altura, chegando a 2,8 m quando o Canal estiver finalizado.
 
O secretário de Estado da Infraestrutura, Marco Fireman, confirmou a inauguração dos primeiros trechos do Canal com a presença da presidenta Dilma Rousseff. “A inauguração será agendada para depois do Carnaval, quando já teremos água no Canal. Vai ser uma honra entregar uma obra que sempre foi prioridade na gestão do governador Teotonio Vilela Filho. Se o Canal do Sertão era um sonho, agora ele é realidade”, afirma Fireman.
 
 
Como vai funcionar o Canal do Sertão?
A captação de água que abastecerá o Canal do Sertão é feita na barragem do Moxotó, situada em Delmiro Gouveia. Com a força das bombas instaladas na estação elevatória, a água é conduzida por uma tubulação subterrânea até uma grande caixa de água, a caixa de transição, que armazena e envia o líquido para o início do Canal.
 
 “O sistema de bombeamento funciona apenas até a caixa de transição. O grande diferencial do Canal do Sertão alagoano é que, deste ponto em diante, a movimentação da água é feita por meio da gravidade, já que a obra foi construída em declividade”, explica o secretário adjunto de Projetos Especiais e Irrigação, Alzir Lima. “A caixa fica um metro acima do nível do marco zero do Canal, que por sua vez foi projetado para, a cada mil metros, baixar o nível em 12cm. Isso garante que a circulação de água seja feita sem a necessidade da ação de bombas em toda a extensão da obra, o que diminui os custos de operação”, diz Lima.
 
 O Canal do Sertão é construído em formato trapezoidal, com altura de 3,5 metros, largura inferior de 5,3m e superior de 15m. Para evitar acidentes com pessoas e animais, toda a extensão da obra foi protegida com uma cerca que reserva uma faixa de segurança de 100 metros até a margem do Canal. Para possibilitar o acesso aos povoados próximos, foram construídas passagens sobre o Canal que permitem a travessia segura de veículos e pedestres.
Ao longo dos dois primeiros trechos da obra foram instaladas sete comportas que serão equipadas com sensores de nível de água e três estações de tomada d’água, que serão utilizadas como pontos de coleta de água para irrigação.
 
 Para vencer as dificuldades de relevo da região sertaneja e garantir o escoamento da água, foram construídas nove pontes canais, tendo a maior delas 480 metros de extensão e chegando a atingir 22 metros de altura. No terceiro trecho, onde as obras já começaram, o Canal vai percorrer 2.680 metros no subsolo. Para isso, está sendo construído um túnel de 7,5 metros de largura e altura de 6 metros.
28/01/2013 - 14h57m
Canal do Sertão transforma vida de trabalhadores em Alagoas
Entre eles, está o servente de pedreiro que virou topógrafo e o armador de ferragens orgulhoso em poder levar água aos sertanejos
Falta pouco para que os primeiros 65 quilômetros do Canal do Sertão entrem em operação e comecem a levar água para a região que é anualmente castigada pela seca em Alagoas. Mas, mesmo antes de entrar em funcionamento, a maior obra de infraestrutura hídrica de Alagoas já trouxe resultados positivos e mudou a vida de centenas de sertanejos que dedicam força e tempo para a construção do canal.
Atualmente, cerca de 1,5 mil pessoas se revezam na construção do canal, a maior parte delas moradores do Sertão alagoano. Um deles é o topógrafo Almir Fernandes, de 27 anos, morador do povoado Sinimbu, em Delmiro Gouveia. Nascido e criado no município sertanejo, Almir sabe bem o sofrimento de enfrentar um longo período de estiagem e a consequente dificuldade econômica.
Para ele, a construção do Canal do Sertão significou uma grande mudança de vida, pois foi na obra que encontrou seu primeiro trabalho. “O Canal do Sertão mudou a minha vida, pois foi aqui que consegui o meu primeiro emprego e cresci profissionalmente”, lembra Almir.
“Comecei como servente de pedreiro e nessa função conquistei o meu primeiro salário. Comprei casa, objetos pessoais e um veículo para facilitar meus deslocamentos. Parte do dinheiro que ganhei investi em minha formação e acabei me tornando topógrafo. Mudei de função, mas continuo trabalhando na obra”, relata ele, que hoje ajuda a construir o terceiro trecho do canal.
Sonhos alcançados
Com os rendimentos conquistados na obra, Almir Fernandes reuniu as condições financeiras necessárias para alcançar outro sonho: casar e constituir uma família. “Hoje estou casado e tenho uma linda filha de dois anos de idade. Com o que ganho consigo oferecer a elas uma vida digna”, afirmou o topógrafo.
Segundo Almir, trabalhar na construção do Canal do Sertão tem sido uma realização profissional e também pessoal, uma vez que está participando diretamente em uma obra que vai mudar a vida dos sertanejos.
“O Canal do Sertão mudou a minha vida e vai mudar a vida dos sertanejos. Sinto-me feliz e realizado por estar trabalhandoem algo que vai trazer melhorias para o povo que por tantos anos vem sofrendo com a falta de água”, disse.
Orgulho
Outro trabalhador que faz relatos emocionados é o armador de ferragens Gilberto Paixão dos Santos, de 40 anos. Mesmo com toda a experiência adquirida ao longo de 23 anos de atuação no setor de construção civil e tendo participado de várias obras de grande porte ao longo da carreira, Gilberto ainda se impressiona com as dimensões do Canal do Sertão e também faz elogios à finalidade do empreendimento.
“Esta é uma das maiores obras na qual já trabalhei. É fantástica não somente pelo tamanho, mas também pelo resultado que vai trazer. Estamos trabalhando em um presente para os sertanejos, algo que vai melhorar suas vidas, que vai tirá-los do sofrimento da falta de água. A gente se sente orgulhoso por isso”, afirmou Gilberto.
29/01/2013 - 11h20m
Água chega ao Canal do Sertão e avança por 65 quilômetros
Bombas foram acionadas na noite desta segunda-feira; perspectiva é de que dentro de uma semana a água alcance o km 65
Após a conclusão, com sucesso, dos primeiros testes das bombas do Canal do Sertão, a maior obra de infraestrutura hídrica de Alagoas entrou em operação na noite desta segunda-feira (28). O anúncio foi feito via Twitter pelo governador Teotonio Vilela e pelo secretário de Estado da Infraestrutura, Marco Fireman, que estão em Delmiro Gouveia nesta terça-feira (29) para acompanhar o bombeamento das primeiras águas ao longo dos 65 quilômetros iniciais do canal. 
“Testes concluídos no Canal do Sertão. Neste exato momento está chegando água no canal. Confesso minha emoção com a notícia. Estarei lá para comemorar com os trabalhadores esse momento histórico para Alagoas e nosso Sertão. Que Deus nos abençoe e abençoe o povo sertanejo do nosso Estado”, publicou em seu Twitter o governador Teotonio Vilela, após receber de técnicos a notícia do acionamento das bombas. 
O secretário Marco Fireman também comentou o assunto na rede social. “Se o Canal do Sertão era um sonho, neste exato momento podemos dizer: agora ele é realidade, alagoanos e alagoanas!”, comemorou Fireman. 
De acordo com o governo, a inauguração oficial dos primeiros trechos do Canal do Sertão será agendada para depois do Carnaval, com a presença da presidenta Dilma Rousseff. 
No início da manhã desta terça-feira, a água já atingia o km 16 do canal e a perspectiva é de que dentro de uma semana a água já alcance o km 65. Para a inauguração, a lâmina de água que percorrerá o canal terá 1,9 m de altura. Quando a obra estiver totalmente finalizada a altura será de 2,8 m. 
O início da operação do Canal do Sertão vai permitir a distribuição de água ao longo dos municípios de Delmiro Gouveia, Pariconha e Água Branca, já na divisa com Olho D’Água do Casado.
 
30/01/2013 - 14h12m
Governador confere a chegada da água no Canal do Sertão
Teotonio Vilela viu o funcionamento da maior obra hídrica do Estado que vai atender a mais de um milhão de sertanejos
Agência Alagoas - O governador Teotonio Vilela Filho visitou, nesta terça-feira (29), em Delmiro Gouveia, os 65km iniciais do Canal do Sertão,  que recebeu   água pela primeira vez. A obra do Canal do Sertão é a maior construção hídrica do Estado e a maior do Nordeste nos últimos 20 anos, beneficiando mais de um milhão de sertanejos afetados pela estiagem. O Canal vai levar água para as adutoras, que atendem a 42 municípios do semiárido, além abastecer os carros pipa, que antes faziam cerca de oito viagens em busca de água.
O governador classificou o dia como “histórico” por significar a concretização de um projeto que vai levar água para o consumo humano, a pecuária, piscicultura e agricultura. “Comemoro o meu aniversário hoje aqui e sem dúvida esse é meu melhor presente. É a realização de um sonho antigo, desde a minha época no Senado; meu respeito e carinho pelo povo sertanejo é representado nessa obra onde tantas outras pessoas deram sua valorosa contribuição”, disse.
Teotonio lembrou ainda que fez mais de 30 pronunciamentos em defesa do Canal do Sertão enquanto senador para evitar sua desativação.  “O Canal já é o segundo rio de Alagoas, só perde para o Rio São Francisco, são 30 metros cúbicos por segundo”, comemorou. “Fui defensor desse projeto, tenho muito orgulho. A seca não se combate, precisamos de meios para que o sertanejo conviva dignamente com esse fenômeno natural”, enfatizou o governador.
Após a visita, Teotônio visitou o canteiro de obras onde almoçou com os trabalhadores e agradeceu o esforço de todos que contribuíram com o bem do Estado. Mais de 2 mil pessoas estão envolvidas na obra. “É uma legião de trabalhadores que beneficiam uma legião de sertanejos que tiram seu sustento da terra, que dependem dessa água para sobreviver. Esses trabalhadores merecem o nosso reconhecimento”, destacou o governador. “No início do governo, não tínhamos um palmo do Canal construído, já temos os primeiros 65 km e até o final de 2014 será entregue a 3ª etapa”, afirmou.
Teotonio fez a visita acompanhado dos secretários de Estado da Infraestrutura, Marco Fireman, do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Napoleão Casado e da Agricultura, José Marinho.
30/01/2013 - 14h20m
Movimentos agrários conhecem acesso e funcionalidades do Canal do Sertão
Seminário sobre o tema foi realizado nesta quarta-feira, em Delmiro Gouveia; discussões continuam na quinta, em Água Branca
Ascom Semarh - Representantes dos movimentos agrários de Delmiro Gouveia puderam esclarecer, nesta quarta-feira (30), dúvidas sobre o funcionamento do Canal do Sertão. No primeiro dia do seminário sobre o tema, que também acontece nesta quinta (31), em Água Branca, gestores e técnicos das Secretarias de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) e da Infraestrutura (Seinfra) apresentaram todos os aspectos da obra.
Na ocasião, o secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Napoleão Casado, falou sobre as formas de acesso à água, os projetos de irrigação para os assentamentos rurais e os impactos socioeconômicos da construção na região. Ele explicou que, no município, os pontos de acesso serão localizados nos povoados Maria Cristina (km 6,440 do canal), Sinimbú (km 17,520), BR 423 (km 28,800) e Luciano (km 31,600).
Além de Delmiro, também terão pontos de acesso as cidades de Olho D’água do Casado (povoado Poço Salgado, no km 65), Água Branca (AL 145, no km 37,120, e BR 423, no km 39,980) e Pariconha (AL 145, no km 37,120, e povoado Rolas, nos quilômetros 32,380 e km 32,680). O Canal do Sertão vai beneficiar 42 municípios e mais de um milhão de alagoanos.
“Não há necessidade de angústia, pois esse é o início do projeto e os movimentos rurais serão os primeiros beneficiados. Não fizemos nenhuma promessa que não conseguíssemos cumprir. A água já está no Canal do Sertão e esse seminário teve como objetivo buscar soluções em conjunto com esses movimentos, que sabem as demandas reais das comunidades da região”, disse Napoleão Casado.
O secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos destacou ainda que a água chegou, nesta quarta-feira, ao km 37 da obra e, até a sexta (1º), deve completar os 65 quilômetros iniciais da construção. O canal entrou em operação na noite de segunda-feira (28), após testes das bombas, e deve ter seu primeiro trecho inaugurado após o Carnaval, com a presença da presidenta Dilma Rousseff.
O seminário contou ainda com a palestra do secretário-adjunto de Projetos da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), Francisco Alzir. Ele também explicou aos presentes como se dará a utilização do Canal do Sertão, ou seja, o acesso e as condições de uso. Já o cientista político e professor, Eduardo Magalhães, falou dos impactos econômicos, sociais e políticos nas regiões mais afetadas pela seca no Sertão.
Durante o evento, representantes dos Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de Libertação dos Sem Terra (MLST) e Terra, Trabalho e Liberdade (MLT), além da Comissão Pastoral da Terra (CPT), discutiram questões pertinentes a respeito da maior obra de infraestrutura hídrica deAlagoas. O espaço também serviu para que os líderes comunitários levantassem suas demandas.
As discussões terão continuidade nesta quinta-feira (31), na cidade de Água Branca, a partir das 8h30. Ao todo, devem participar da atividade nos dois municípios cerca de 100 pessoas. A partir da próxima semana, a população deve receber orientações e material informativo com os pontos de acesso à água e como proceder para conseguir autorização de acesso.
31/01/2013 - 14h44m
Canal do Sertão começa a abastecer caminhões-pipa em Delmiro e Água Branca
Ascom Semarh - Os dois primeiros pontos de abastecimento do Canal do Sertão começaram a funcionar na manhã desta quinta-feira (31). A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) instalou as duas primeiras motobombas nos municípios de Água Branca e Delmiro Gouveia, facilitando o acesso de caminhões-pipa desses municípios, além de Inhapi, Canapi, Pariconha, Mata Grande, Olho D’Água do Casado, que já começaram a enviar os veículos para o abastecimento.
Caminhões que se deslocavam cerca de 40km até o ponto de acesso mais próximo diminuirão esse trajeto consideravelmente, elevando o número de viagens de duas por dia para até oito. Pequenos agricultores e produtores rurais que estejam próximos dos pontos também poderão se beneficiar da água do Canal com carros-de-boi ou individualmente.
A Semarh já mapeou cerca de 20 pontos de acesso nos primeiros 65km do Canal, entre locais que precisarão de motobomba, ou serão abastecidos por cisternas e através de gravidade. A equipe da Secretaria também irá avaliar as demandas levantadas pelos movimentos sociais durante os seminários realizados nesta quarta e quinta-feira, envolvendo comunidades de todo o Alto Sertão alagoano para a criação de pontos de acesso nos assentamentos e povoados.
31/01/2013 - 15h15m
Canal do Sertão já opera com ações emergenciais contra a seca
Seinfra apresentou informações sobre uso da água a integrantes de movimentos agrários
O Canal do Sertão entrou em operação na última segunda-feira (28) e já está sendo utilizado para ações emergenciais de combate à seca em Alagoas. As ações de curto e médio prazo são desenvolvidas pelo Governo do Estado para que a água seja efetivamente utilizada pelos sertanejos já nos primeiros 65 quilômetros concluídos, como explica a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra).  
“Não será necessário esperar que toda a extensão do Canal, que terá 250 quilômetros ao todo, seja finalizada para que a água que já está percorrendo os primeiros trechos da obra comece a ser utilizada pelos assentamentos e povoados”, afirma o secretário adjunto de Projetos Especiais e Irrigação da Seinfra, Francisco Alzir Lima.  
Esta era a principal dúvida de líderes do movimento agrário do Alto Sertão, que participaram de um seminário sobre a obra no município de Delmiro Gouveia, nesta quarta-feira (30). No evento, coordenado pela Secretaria de Estado da Articulação Social, a Seinfra e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) apresentaram informações sobre o funcionamento do Canal do Sertão e os projetos para o uso efetivo e racional da água que já percorre os primeiros quilômetros da obra.  
Uma das medidas emergenciais para garantir o acesso dos sertanejos à água é o abastecimento de carros-pipas, que agora é feito diretamente no Canal do Sertão, encurtando a distância e elevando o número de viagens para as comunidades sertanejas. Nesta quinta-feira (31), a Semarh colocou em funcionamento os dois primeiros pontos de abastecimento, localizados nos municípios de Delmiro Gouveia e Água Branca, que reforçaram a distribuição de água em sete municípios: Inhapi, Canapi, Pariconha, Mata Grande, Olho D’Água do Casado, além de Delmiro Gouveia e Água Branca.  
Mas, além das ações emergenciais, outros projetos estão em andamento para garantir o abastecimento de forma permanente no Sertão, como explica Alzir Lima. Um dos principais é a integração do Canal com o sistema adutor do Alto Sertão, que vai levar água para os municípios de Delmiro Gouveia, Piranhas, Pariconha, Água Branca, Olho D’ água do Casado, Canapi, Inhapi, Mata Grande e outras dezenas de povoados. Os recursos já foram garantidos pelo Ministério da Integração Nacional e a Seinfra se prepara para licitar a obra.  
Outro projeto que se tornará realidade graças à operação o Canal do Sertão é a implantação de infraestrutura hídrica para o abastecimento dos 16 assentamentos que ficam nas proximidades dos 65 primeiros quilômetros do Canal. O objetivo é levar a água até os assentamentos, facilitando o acesso e o desenvolvimento de atividades agrícolas. “A água do Canal será bombeada até um grande reservatório que a encaminhará até os assentamentos por meio de uma tubulação subterrânea”, explica Alzir Lima.
O Canal do Sertão também vai garantir o suprimento hídrico para a implantação dos perímetros irrigados das cidades de Delmiro Gouveia e Pariconha. Os projetos estão sendo desenvolvido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paraíba (Codevasf) e beneficiarão milhares de sertanejos. 
 
04/02/2013 - 07h10m
Água atinge o km 65 do Canal do Sertão
Quatro dias após o acionamento da primeira bomba, toda a extensão da obra já está preenchida
Quatro dias após o acionamento da primeira bomba do Canal do Sertão, toda a extensão dos 65 quilômetros iniciais da maior obra de infraestrutura hídrica de Alagoas já está preenchida com água. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (1º) pela Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra). 
 “Por volta das 20h de ontem (31/1) registramos que a lâmina de água completou 1,9 metro de altura em todas as comportas dos primeiros 65 quilômetros do Canal, o que significa que completamos a carga planejada para este primeiro momento”, explicou o secretário adjunto de Projetos Especiais e Irrigação, Francisco Alzir Lima.  
Como uma grande quantidade de água já foi armazenada no Canal e a condução do líquido é feita pela declividade da obra, não há necessidade do funcionamento ininterrupto das bombas. “Por isso, elas foram desligadas e só voltam a funcionar à medida que o nível da água for baixando novamente”, explicou o secretário adjunto.  
O Canal do Sertão já está sendo utilizado para ações emergenciais de combate à seca no Sertão alagoano, como o abastecimento de carros-pipas, que desde quarta-feira está sendo feito diretamente no Canal, reforçando a distribuição de água nos municípios de Inhapi, Canapi, Pariconha, Mata Grande, Olho D’Água do Casado, além de Delmiro Gouveia e Água Branca. 
A Seinfra também está trabalhando em projetos que vão facilitar o acesso à água para os sertanejos e garantir o abastecimento de forma permanente na região, como a integração do Canal com o sistema adutor do Alto Sertão, a implantação de infraestrutura hídrica para o abastecimento dos 16 assentamentos que ficam nas proximidades dos 65 primeiros quilômetros do Canal. 
O Canal do Sertão também vai garantir o suprimento hídrico para a implantação dos perímetros irrigados das cidades de Delmiro Gouveia e Pariconha. Os projetos estão sendo desenvolvidos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paraíba (Codevasf).
 
		Data: 25/08/2011
Discurso da Deputada federal por Alagoas Célia Rocha
A SRA. CELIA ROCHA (Bloco/PTB-AL. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, sabem a expressão "luz no fim do túnel", a que recorremos usualmente quando vislumbramos uma saída lá na frente para um problema que nos parecia extremamente grave? Pois é, em Alagoas, nem isso se pode esperar. Depois que a ELETROBRAS assumiu a distribuição de energia elétrica no Estado, o serviço, que já era ruim, na época da Companhia Energética de Alagoas (CEAL), ficou ainda pior. 
O alagoano tem certeza de que apenas um setor da empresa funciona maravilhosamente bem: o setor de cobranças. Pode faltar energia, mas as contas não falham jamais!
Basta acompanhar os jornais ou acessar os blogs de notícias para recolher inúmeras matérias acercada falta de luz e de água em Alagoas. 
Em fevereiro deste ano, por exemplo, a falta de energia elétrica que afetou oito Estados da Região Nordeste causou transtornos por 72 horas no meu Estado. Devido à queda de energia, os reservatórios de água da Companhia de Saneamento de Alagoas (CASAL) secaram, deixando 76 dos 102 Municípios do Estado também sem água durante 3 dias.
Tantas foram as quedas de energia no período que, em abril, com publicação no Diário Oficial do Estado, o Procurador-Geral da Justiça, Eduardo Tavares, designou promotores de justiça para investigar e adotar todas as medidas cabíveis em relação aos serviços prestados pela ELETROBRAS, objetivando a regularização do fornecimento de luz em Alagoas.
Não adiantou. A população coleciona prejuízos, como aparelhos de TV, CD e DVD queimados, e computadores e geladeiras que perdem a utilidade com a oscilação de energia.
Em junho, as cidades de Penedo, Igreja Nova, Piaçabuçu e povoados do Município de Porto Real do Colégio ficaram sem energia elétrica o dia inteiro. De acordo com a divulgação da ELETROBRAS, antiga CEAL, o fornecimento foi interrompido para manutenção da rede elétrica. 
Ainda em junho, a falta de energia também paralisou o funcionamento da adutora do Sertão, interrompendo o abastecimento d'água às cidades da região do Alto Sertão. E, mais uma vez, a interrupção de luz levou à falta d'água.
No dia 2 de agosto, a falta de energia elétrica impediu a realização da primeira sessão ordinária na Assembleia Legislativa de Alagoas, após quase 1 mês de recesso. Dezenas de bairros em Maceió e toda a região do Agreste ficaram no escuro.
Questionada, a ELETROBRAS Distribuição Alagoas explicou que muitos problemas resultam do desgaste das linhas de transmissão, muitas delas construídas há 40, 50 anos e reconhece que é preciso investir na recuperação dessas linhas. 
Como, Sr. Presidente, atrair investimentos para uma região onde a falta de água e de luz é uma constante?
Arapiraca é um caso emblemático dos prejuízos advindos da falta de luz e água. É um dos Municípios que apresentam maior sobrecarga energética e onde a ELETROBRAS tem mantido reuniões frequentes com a Prefeitura, visando aumentar a capacidade do potencial elétrico local. O Prefeito da cidade, Luciano Barbosa, pediu à Presidente Dilma Rousseff, quando de sua visita à cidade de Arapiraca, uma nova adutora do Agreste, para beneficiar cerca de 10 Municípios da região e resolver o problema de falta d'água.
O Governador de Alagoas e os administradores municipais apostam no Canal Adutor do Sertão Alagoano, que é a maior obra do Governo Federal no Estado. São 250km de canal, que vão beneficiar 42 Municípios e uma população de quase 1 milhão de habitantes. Porém, o Canal do Sertão é uma obra que anda muito devagar. 
Quase 20 anos de espera e somente conseguimos construir uma etapa inicial de 45 quilômetros. Quando esteve em Arapiraca, para o lançamento do Brasil sem Miséria, em junho passado, a Presidente Dilma anunciou que as obras do trecho 2 devem ser concluídas até dezembro de 2012.
Ainda assim, é importante destacar, com apreensão, que, dos R$88.500.000,00 previstos na dotação orçamentária deste ano para a obra,o valor pago entre janeiro e 20 de junho de 2011 foi R$ 0 (zero), segundo demonstrativo do SIAFI (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal).
Ora, Sr. Presidente, o Canal Adutor do Sertão não é apenas uma obra de engenharia. É um empreendimento que atrairá empresas agrícolas e industriais, como aconteceu em Petrolina, Pernambuco, e deverá promover o desenvolvimento de uma região de enorme pujança econômica, que somente espera luz e água para florescer.
O Estado precisa crescer. Para florescer, um Estado da pujança de Alagoas só precisa de água e de luz.
Muito obrigada.
		Data: 12/11/2012
Discurso do Deputado Federal por Alagoas
O SR. RENAN FILHO (PMDB-AL e Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Deputado Amauri Teixeira, volto a esta tribuna hoje para falar de um assunto que tem preocupado muito o povo brasileiro, especialmente o povo nordestino e o povo da minha querida Alagoas: a seca que assola o nosso Nordeste. E esta é considerada a pior seca dos últimos 50 anos.
É por isso que a Presidente Dilma Rousseff, numa reunião realizada na última sexta-feira na Bahia, disse literalmente que promete resolver o problema da seca no Nordeste.
Sr. Presidente, gostaria de dizer que essa declaração da Presidente Dilma é muito simbólica, porque muitas vezes já foi tentada a solução para a seca no Brasil. Entretanto, entra ano e sai ano, o povo nordestino vem sofrendo muito com a seca. Em Alagoas, especialmente, a seca tem sido muito danosa, porque é longa, prolongada. No ano passado choveu muito pouco. A agricultura sofreu muito. O que havia de plantação de palma, no ano passado, foi dado ao gado - a proteína da palma foi dada ao gado no ano passado. Neste ano nem a palma tem. Está o gado morrendo de fome e de sede por não ter água.
Isso é muito danoso porque sobretudo no sertão as pessoas sobrevivem da agricultura familiar, do que plantam na sua propriedade. Criam alguns poucos animais, e, quando esses animais são perdidos, esse valor para essas famílias é tão importante que faz com que tenham muitas vezes que sair do seu Sertão com destino às metrópoles, às Capitais do Nordeste. E isso gera outros problemas, que tanto discutimos neste Parlamento. Sr. Presidente, temos que nos posicionar diante de uma situação como esta.
No mesmo evento, a Presidente Dilma disse: "Este País não tem mais o direito de deixar que a seca se transforme em um flagelo, nem pode agir de forma parcial ou isolada, no que se refere às suas esferas de Poder, para resolver os problemas." Disse ainda: "Nós vamos usar esta seca para avançar mais. Nós vamos resolver, estruturalmente, o problema da seca. Este é o compromisso que sai desta reunião" - foi uma reunião na SUDENE. 
Sr. Presidente, serão liberados recursos para 77 obras federais, para ampliar a oferta de água em Municípios da região. Os projetos, somados, têm investimentos previstos de 1,8 bilhão de reais e, segundo o Ministro Fernando Bezerra, formam a primeira parte de um programa que prevê investimento total de 3 bilhões de reais.
Sr. Presidente, como disse, esta é a pior seca dos últimos 50 anos. Boas medidas foram anunciadas na citada reunião. Foi anunciada a ampliação do Programa Bolsa Estiagem, com a liberação de mais recursos - mais duas parcelas -, elevando o seu valor de 400 reais para 560 reais. 
E ampliaram também o Programa Garantia-Safra, tão importante para o povo nordestino. Quem não sabe o quanto beneficia o Garantia-Safra o nosso País? Quantas pessoas produzem e perdem a sua produção agrícola em virtude da estiagem e tanto precisam do Garantia Safra? 
São programas como esses, Deputado Amauri, o Bolsa Estiagem, o Garantia-Safra e o Bolsa Família, que V.Exa. citou, que fazem o povo nordestino ter condições de enfrentar as adversidades da vida. 
A seca não é problema do Nordeste, a seca sempre esteve no Nordeste, muito antes de aqui chegarem aqueles que nos colonizaram, mas nós temos, sim, de enfrentar a seca. O Brasil hoje é a sexta economia do planeta e precisa de soluções para esses que são os nossos problemas estruturais.
Mas, Sr. Presidente, eu queria falar da seca em Alagoas. Recentemente, foi prorrogado o decreto de situação de emergência em 36 Municípios do nosso Estado. O Governo Federal precisa, emergencialmente, garantir carros-pipas, adutoras funcionando, alimentos para animais, água para consumo humano e animal e água para a agricultura. Essas são as medidas emergenciais que precisam ser tomadas. Às vezes, as pessoas criticam e dizem que mandar carro-pipa não vai resolver o problema, mas a seca nós temos que tratar de duas formas: primeiro garantindo o que emergencialmente precisa ser resolvido, ou seja, que a água chegue onde as pessoas precisam dela, que a água chegue para a agricultura, que a água chegue para a produção, que a água chegue para que os animais não morram de sede;e, por outro lado, garantindo que, estruturalmente, a seca seja resolvida.
Por isso esses investimentos são tão importantes: 1,8 bilhão de investimentos é muito recurso, é recurso considerável, é recurso que precisa ser verdadeiramente aplicado. Sr. Presidente Amauri Teixeira, precisamos cobrar que os programas do Governo Federal sejam efetivamente implementados, que o PAC ande na velocidade em que as pessoas precisam, que esse novo programa de combate à seca caminhe na velocidade que aquele que tem sede, que aquele que precisa de água necessita.
Sr. Presidente, medidas emergenciais, em alguns Municípios, não têm como ser implementadas com total sucesso. Cito o exemplo de São José da Tapera, Município alagoano que sofre muito com a seca. É um Município tão grande que nem a ação emergencial, com muitos carros-pipas contratados em Alagoas, consegue cobri-lo totalmente. Portanto, meus amigos, vocês que nos ouvem pela Rádio Câmara e nos assistem pela TV Câmara, boa parte do Município de São José da Tapera, mesmo com as ações do Governo Federal, do Governo Estadual e do Governo Municipal, não consegue ser atendida, e muita gente não recebe água, muita gente está perdendo a produção e os animais que possui, justamente por conta disso.
Sr. Presidente, a redução na produção de feijão e milho é outro grande problema. A Presidente Dilma disse que vai dedicar esforços para que o Brasil não reduza a produção de milho. V.Exa. tem acompanhado o que tem causado a redução da produção de milho nos Estados do Sul, com a consequente redução na produção de frangos. Mas agora, sobretudo no Nordeste, se faltar o milho, o gado vai morrer, e as pessoas vão perder aquela que é a única coisa que possuem no Sertão, que são os seus pequenos rebanhos. 
Por isso é muito importante que, através da CONAB, através de uma política de preços, através de investimentos em irrigação, o Governo garanta, primeiro, a produção de milho e, depois, a comercialização de milho por parte daqueles que o produzem.
Sr. Presidente, serão investidos 1,8 bilhão de reais no Nordeste para combater a seca, pelo programa a ser anunciado amanhã pela Presidente Dilma. Em Alagoas, serão investidos 134,8 milhões de reais em projetos importantes, sem dúvida, mas eu queria citar aqui o projeto mais importante para Alagoas, na área hídrica, que é a construção do Canal do Sertão. 
Presidente Amauri Teixeira, V.Exa. com certeza absoluta não tem noção do que significa para Alagoas a construção do Canal do Sertão. Serão 202 quilômetros de canal. A primeira parte já está pronta, porque o Presidente Lula garantiu o empenho de 100 milhões de reais, que foram executados. A primeira parte, a de captação de água, já está pronta - mais de 40 quilômetros. Desde 2008 o Governador anuncia que vai inaugurar essa primeira parte e ainda não inaugurou.
E eu queria fazer aqui um apelo aos Ministros do Tribunal de Contas da União, que incluíram mais uma vez a obra do Canal do Sertão entre as obras que devem ser paralisadas. Meus amigos, eu não defendo que obras que tenham qualquer problema sejam tocadas sem condições técnicas ou com dificuldades no que tange às licitações ou ao superfaturamento de preços. O que peço ao TCU é que acompanhe a obra, mas que dê condições ao Estado de tocá-la.
Já disse pessoalmente ao Governador e aos Secretários do Governo do Estado que os problemas referentes à obra do Canal do Sertão devem ser solucionados. Isso é um imperativo para Alagoas. Alagoas precisa ver o Canal funcionando.
Por um lado, o TCU tem que observar a necessidade de água no Nordeste. Por outro lado, Sr. Presidente, o Governo do Estado tem que tomar conta da obra, para que ela possa ser tocada dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, respeitando os preços vigentes no mercado, respeitando as condições técnicas, porque o povo de Alagoas precisa muito do Canal do Sertão pronto e funcionando. 
Sr. Presidente, por outro lado, eu queria pedir ao Governo Federal - agora, com a chegada do Deputado José Guimarães, com mais força ainda - que olhe para as emendas individuais e de bancada dos Deputados deste Parlamento. Muitos Deputados já apresentaram emendas para essas obras que o Governo agora reputa importantes. Por exemplo: trabalhei pela construção de barragens em Jaramataia, em Carneiros; estou destinando e empenhando recursos agora para a construção de barragens em São José da Tapera, Sr. Presidente. 
E estou pedindo ao Governo Federal, à Casa Civil, ao Ministério da Integração Nacional que paguem as obras em andamento. É muito importante, por exemplo - para não ficar muito vago -, a barragem que está em construção em Ouro Branco. São 3 milhões de reais em investimentos, Sr. Presidente. Essa barragem vai levar água para a agricultura e para o consumo animal e vai resolver definitivamente o problema da seca em Ouro Branco, que é um Município que sofre muito e que teve decretada a situação de emergência agora. 
Peço ao Governo Federal que pague a segunda parcela da obra, para que a obra possa andar. Essa obra já está andamento, Deputado José Guimarães. Ela precisa ter continuidade e ser finalizada, porque, ao fim e ao cabo, beneficiado será o povo de Ouro Branco. E nós trabalhamos para incluir recursos para essa obra no Orçamento. Citei o exemplo de outros Municípios importantes, como São José da Tapera, Água Branca. Nós temos que trabalhar também no Município de Água Branca, conseguir recursos para a construção de barragens. Já conseguimos a aquisição de um carro-pipa.
Esses recursos federais têm de ser verdadeiramente disponibilizados pelo Governo Federal, para que os Municípios possam cumprir o seu papel.
Sr. Presidente, eu queria concluir meu pronunciamento dizendo que resolver a questão da seca é um somatório de esforços. É muito importante, Deputado José Guimarães, a iniciativa da Presidente Dilma, que fez um discurso firme e disse que vai resolver de forma definitiva o problema da seca, principalmente o da infraestrutura de que os Estados e os Municípios precisam, mas precisamos valorizar e trabalhar também as emendas dos Deputados desta Casa, que conhecem como poucos a seca, às vezes muito mais, Deputado Amauri Teixeira, do que muitos técnicos do Governo Federal. E os nossos técnicos conhecem muito a situação da seca no Brasil. Mas ninguém - ninguém mesmo - pode conhecer Município a Município como V.Exa. conhece os da Bahia, como o Deputado José Guimarães conhece os do Ceará e como eu conheço os da minha querida Alagoas.
Resolver a questão da seca no Brasil é um somatório de esforços: cada um precisa fazer a sua parte. E o Governo Federal tem muitos instrumentos em sua mão. Primeiro, lançando esse grande programa, para tocar essas importantes obras; segundo, liberando os recursos para dar continuidade às obras que já estão em andamento.
Sr. Presidente, essas eram as palavras que eu tinha a dizer. Gostaria de solicitar a V.Exa. que utilizasse os meios de comunicação da Casa para dar ampla divulgação ao pronunciamento que faço nesta tarde na Câmara dos Deputados.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Amauri Teixeira) - Primeiro, quero parabenizá-lo pelo discurso, Deputado Renan Filho.
Nós temos reconhecido as medidas tomadas pela Presidenta Dilma, mas temos insistido no acréscimo de algumas medidas para solucionar definitivamente e de forma estruturante a questão de convivência com a seca.
E peço aos responsáveis pelos meios de comunicação desta Casa que divulguem o seu excelente pronunciamento.

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