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TRAUMA TORÁCICO

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1 Lívia Mendes – UNIFTC 2022.2 
TRAUMA TORÁCICO 
• 25% das mortes no politrauma 
o A maioria se resolve na sala de emergência, NÃO PRECISA DE 
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
• 10% dos traumatismos fechados e 15-30% dos penetrantes: Toracotomia 
• Lesões penetrantes – periferia: hemotórax e pneumotórax 
FISIOPATOLOGIA 
Hipoxia tecidual decorrente da queda do oxigênio nos tecidos periféricos, a 
hipercapnia e acidose metabólica 
Tudo está relacionado a alteração na ventilação/perfusão ou mecanismo 
obstrutivo, ou baixa perfusão ou troca deficiente. 
ANATOMIA 
A caixa torácica tem um arcabouço ósseo, é em formato de cone, posteriormente 
temos as vertebras torácicas e anteriormente temos as costelas e o esterno com 
suas 3 porções. São 12 vertebras, sendo 7 verdadeiras, 3 que se relacionam com as 
vertebras superiores e 2 flutuantes (11º e 12º). São três feixes musculares 
revestindo esse arcabouço ósseo (abaixo da costela o feixe vasculho-nervoso, 
posteriormente vertebra e anteriormente o esterno), além de tecido subcutaneo e 
pele. Internamente temos a pleura parietal e visceral, sendo que a visceral está em 
contato íntimo com os pulmões e o coração. Internamente temos o mediastino 
contendo o esôfago, vias aéreas calibrosas, grandes vasos e o coração. Abaixo o 
diafragma e acima a abertura superior) 
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA 
LESÕES COM RISCO IMINENTE DE VIDA 
• “A” - Permeabilidade e fluxo de ar: lesões de traqueia, cavidade oral que 
impedem/obstruem o fluxo de ar. 
• “B” - Ventilação: 
o Pneumotórax Hipertensivo 
o Pneumotórax Aberto 
o Tórax instável com contusão pulmonar 
o Hemotórax maciço 
• “C” – Circulação: 
o Hemotorax maciço 
o Tamponamento cardíaco 
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA 
LESÕES POTENCIALMENTE COM RISCO DE VIDA 
• Pneumotorax simples 
• Hemotorax 
• Contusão pulmonar 
• Lesões da arvore traqueobrônquica 
• Traumatismo cardíaco contuso 
• Ruptura traumática da aorta 
• Lesão traumática do diafragma 
• Ruptura esofágica no traumatismo fechado 
PNEUMOTORAX HIPERTENSIVO 
• Lesão ameaçadora à vida 
• Entrada unidirecional de ar na cavidade pleural 
• Distúrbio circulatório e ventilatório 
• Quando muito volumoso, o pneumotórax pode acarretar desvio do 
mediastino, impedindo o refluxo venoso ao coração, com consequente 
diminuição importante do débito cardíaco. 
• Diagnóstico clínico 
• Exame físico: 
o Desconforto respiratório grave – “FOME DE AR” 
o Dor torácica 
o Orifício ou lesão em tórax 
o Hipotensão + ausência de MV + percussão hipertimpânica 
o Distensão das veias cervicais + desvio de traqueia contralateral 
• Tratamento: toracocentese descompressiva – de alívio 
 
2 Lívia Mendes – UNIFTC 2022.2 
o 5º espaço intercostal, na linha axilar média, com agulha grossa 
(jelco 14 ou 16) 
o Transforma o pneumotórax hipertensivo em pneumotórax simples 
• Tratamento definitivo: drenagem torácica 
• Não dá tempo de tirar raiox! 
PNEUMOTORAX ABERTO 
• Ferida aberta aspirativa 
• Lesão >2/3 do diâmetro traqueal: Há uma preferencia de ar na lesão, e não 
pela via respiratória. O ar entra pela lesão. 
• Quadro clínico: 
o Dor torácica + dispneia + taquipneia 
o Formação de pneumotórax hipertensivo 
• Tratamento: curativo de 3 pontas – Quando o paciente inspira, o curativo 
colaba e o pulmão consegue expandir. Quando o paciente expira, se tiver 
ar dentro, ele consegue colocar pra fora. 
• Tratamento definitivo: Drenagem de tórax – Toracotomia de urgência 
 
HEMOTÓRAX MACIÇO 
• Lesão ameaçadora à vida 
• Lesões de vasos sistêmicos ou hilares 
o 1500 mL de sangue ou 1/3 da volemia 
• Exame físico: 
• Desconforto respiratório 
• Orifício ou lesão em tórax 
o Choque + ausência de MV + percussão maciça 
o NÃO HÁ DISTENSÃO DE VEIAS CERVICAIS – chocado 
o Paciente vai estar frio, taquicardico, hipocorado 
• Abordagem inicial 
o Reposição de volume 
▪ Acesso calibroso 
▪ Cristaloide/sangue tipo-especifico 
o Drenagem pleural 
▪ Sangue colhido através da drenagem de tórax em frasco 
que permita auto-transfusão 
• Pacientes que apresentem saída de mais de 1.500 mL de sangue na 
drenagem inicial ou saída de 200 mL/h por 2-4 horas pós-trauma têm altas 
chances de ser submetidos à toracotomia de urgência 
• Ausência de melhora clínica: toracotomia 
 
PNEUMOTORAX HIPERTENSIVO X HEMOTORAX MACIÇO 
 
3 Lívia Mendes – UNIFTC 2022.2 
 
TAMPONAMENTO CARDIACO 
• Ferimentos penetrantes do tórax 
• Decorrente de derrame pericárdico 
• A pleura difere do pericárdio, porque o pericárdio é um saco fibroso, já a pleura 
consegue se distender, tem elasticidade 
• Redução do volume diastólico final - ⬇ DC 
• Quadro clínico: 
o Choque hipovolêmico 
o Sinal de Kussmaul: queda de 10mm da PAS a inspiração 
o Tríade de Beck: Hipotensão / hipofonese / turgência jugular – não 
precisa esperar a tríade 
o AESP 
• Diagnóstico: FAST 
• Tratamento: 
o DEFINITIVO: Toracotomia 
o Pericardiocentese/Janela 
Pericardica (Punção de 
Marfan): do apêndice xifoide 
até o mamilo, tirando cerca 
de 10-15mL, o paciente já 
consegue boa atividade 
cardíaca até a toracotomia. 
TORAX INSTAVEL 
• Geralmente decorrente de traumas contusos 
• Duas ou mais fraturas em duas ou mais costelas consecutivas 
• Ventilação paradoxal: o tórax vai contrair a inspiração e expandir a 
expiração 
• Tratamento de suporte: analgesia + fisioterapia respiratória com VNI 
• Fixação de fratura em casos específicos 
PNEUMOTORÁX SIMPLES 
• Entrada de ar no espaço pleural 
• Pode ser espontâneo como no caso de um DPOC 
• Quadro clínico variável, mas não há instabilidade hemodinâmica 
(taquicardia e hipotensão) 
o Dor torácica 
o Dispnéia 
• Redução de expansibilidade e MV 
• Tratamento - drenagem pleural 
O lado que não tem pneumotórax, 
percebe-se a trama vascular bem 
distribuída. 
 
 
 
 
 
 
 
HEMOTORAX 
• Consequência mais comum do trauma torácico 
• Mais de 70% dos casos terá fechamento espontâneo da lesão, então 
precisamos controlar o dano 
 
4 Lívia Mendes – UNIFTC 2022.2 
• Sangue origina-se de: 
o Parênquima pulmonar 
o Lesões de vasos sistêmicos 
o Lesões do mediastino 
o Ferimentos toracoabdominais 
• < 1500 mL de sangue 
• 15-20% sangue: pouca repercussão hemodinâmica 
• Exame físico tórax 
o MV diminuído + percussão submaciça 
• RX de tórax: velamento do seio costo-frênico 
o Ortostase perfil – até 300 Ml 
o Ortostase frontal – mais de 300 mL 
o Supina – 1L 
• Drenagem pleural 
o Sangramento cessará na maioria dos casos 
o Se persistir com V >200-300 mL em 2-3hs, abordagem cirúrgica 
• Hemotórax retido 
o Drenagem não dá saída a todo sangue coletado 
o Empiema pleural + encarceramento pulmonar = TORACOTOMIA 
(CIRURGIA) 
o Rx de tórax + TC de torax 
 
CONTUSÃO PULMONAR 
• Uma das lesões potencialmente fatais mais frequentes 
• Compressão e descompressão rápidas: acidente de carro, queda de 
grandes alturas 
• Extravasamento de fluidos para alvéolo, interstício e brônquios – O 
paciente perde capacidade de fazer a troca ventilatória 
• Quadro clínico insidioso: paciente pode chegar bem e evoluir em 1 ou 2 hrs 
com insuficiência respiratória. 
• Tratamento: manutenção da ventilação – analgesia + oxigenoterapia 
• Condensação decorrente do trauma – “Pneumonia mecânica” 
 
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA 
• Passagem do conteúdo abdominal para dentro do tórax 
• Igual incidência bilateralmente 
• Clínica mais exuberante a esquerda 
• Risco de ocorrência em ferimentos penetrantes toracoabdominais 
• Lesão abaixo do 4º EIC → pensar em lesão do diafragma 
TORACOTOMIA 
Reanimação 
• Hemorragia → parada cardíaca 
• Massagem cardíaca interna + pinçamento da aorta 
 
5 Lívia Mendes – UNIFTC 2022.2 
• Toracotomia imediata 
• Via de acesso → toracotomia anterior esquerda 
• A única indicação para toracotomia de reanimação é quando há PCR em 
AESP, em doentes com ferimentos torácicos penetrantes, na presença de 
cirurgião habilitadoEmergência 
• Hemodinamicamente instáveis 
• Alcançar a fonte de hemorragia e tratá-la 
• Via de acesso? 
o Toracotomia lateral: avaliar trauma penetrante o lado acometido 
o Trauma transfixante: toracotomia esquerda anterolateral 
Urgência 
• Hemodinamicamente estáveis 
• Objetivo → tratar lesão de órgão específico 
• Não há dificuldade para escolher via de acesso

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