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Aula 7 - Estilo composição e tema

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Prévia do material em texto

Estilo, composição e tema
Apresentação
Todas as suas atividades envolvem a aplicação da linguagem na forma de textos. Por isso, é natural 
que existam tantos gêneros textuais quanto mais variada for a sua utilização da linguagem. Mas o 
que é um gênero textual? É um tipo de texto que tem propriedades e características específicas, 
que podem ser analisadas em termos do estilo, da composição e do conteúdo temático. Nesta 
Unidade de Aprendizagem, você vai estudar esses três componentes que diferenciam os gêneros 
textuais. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os gêneros do discurso.•
Comparar as variadas formas de estilo, composição e tema de diferentes gêneros textuais.•
Analisar textos de acordo com as características do gênero textual adotado.•
Desafio
Muitos textos do seu dia a dia trazem instruções ou indicam o passo a passo para se realizar alguma 
tarefa, não é mesmo? Mas você já notou que nem sempre esses textos têm finalidades fixas, e que 
essas finalidades podem variar conforme o contexto em que os textos são produzidos? Então leia o 
texto a seguir, escrito por Nicolas Behr:
 
1) Considerando a sua estrutura composicional, como se chama o gênero textual empregado no 
texto acima? Quais aspectos da composição do texto permitem que você identifique isso?
2) Qual o objetivo desse texto? Quais recursos linguísticos permitem que você identifique isso?
3) Sobre o quê o texto fala?
4) Esse texto é literário ou não literário? Justifique sua resposta a partir das características desse 
texto identificadas anteriormente.
Infográfico
Os gêneros textuais são tipos de enunciados relativamente estáveis, caracterizados por um 
conteúdo temático, uma construção composicional e um estilo. A seguir, você pode reconhecer as 
características de um texto específico em termos da composição, do conteúdo temático e do estilo 
nele presentes.
Conteúdo do livro
É possível agrupar os textos de acordo com sua função social e comunicativa, seu estilo, sua 
composição, seu conteúdo temático. Dessa forma pode-se falar em resumo, crítica literária, peça 
publicitária, conto, etc. Essa possibilidade diz respeito à noção de gênero textual.
Nesse capítulo, você irá estudar o que é gênero textual, como eles são caracterizados e qual sua 
relação tanto com a produção quanto com a compreensão leitora.
Boa leitura.
COMUNICAÇÃO E 
EXPRESSÃO
Daisy Batista Pail
Estilo, composição e tema
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar os gêneros do discurso.
  Comparar as variadas formas de estilo, composição e tema de dife-
rentes gêneros textuais.
  Analisar textos de acordo com as características do gênero textual 
adotado.
Introdução
Neste capítulo, você estudará uma forma de organização e classificação de 
textos que apresentam entre si características em comum que envolvem 
sua função sociocomunicativa, sua composição, seu conteúdo temático 
e estilo, os chamados gêneros textuais. Para auxiliá-lo na compreensão 
desse fenômeno, você também estudará como os gêneros são estrutu-
rados, como as informações são distribuídas neles, qual tema mais geral e 
comum a determinados gêneros, bem como o modo como a linguagem 
é usada (estilo). Ainda relacionado com gênero textual, há os tipos textuais, 
sequências linguísticas que podem preponderar em certos casos e vir a ser 
identificador deles. Esses tipos são classificados em: narrativo, expositivo, 
descritivo, injuntivo e argumentativo.
Na primeira seção, são caracterizados gênero e tipo textual. Na se-
gunda, são apresentados composição, conteúdo temático e estilo, e, por 
fim, na terceira seção, é explicado como os gêneros se relacionam com 
a compreensão.
Gêneros textuais
Você talvez já tenha notado que certos textos apresentam similaridades quanto à 
estruturação, a como são organizados, ao uso ou não de elementos, como imagens, 
caixas de textos, links, ao estilo de linguagem empregado, entre outras caracte-
rísticas. Também é possível que já tenha dito “recebi um e-mail”, “escrevi um 
relatório”, “mandei áudio pelo aplicativo X”, “gostei da entrevista Y”, “achei aquela 
receita fácil”. Esse tipo de identifi cação é o que chamamos de gêneros textuais 
(às vezes chamados de “tipos de textos” por leigos). De acordo com Marcuschi 
(2008, p. 155), os gêneros textuais “[...] apresentam padrões sociocomunicativos 
característicos defi nidos por composições funcionais, objetivos enunciativos e 
estilos concretamente realizados na integração de forças históricas, sociais, ins-
titucionais e técnicas [...]”. Isto é, os gêneros textuais são uma realidade empírica 
(textos materializados em situações comunicativas), conectados à sua função 
comunicativa e social.
Como os gêneros textuais têm essa relação sociocomunicativa, não são imutá-
veis. Eles podem sofrer mudanças, como ocorreu com notícias, ou outros textos na 
internet, que, além da escrita, apresentam links para outras reportagens e vídeos 
(antes tinham apenas textos e imagem), bem como possibilidade de interação com 
leitor e entre leitores. Eles também podem sumir, como praticamente aconteceu 
com o diário, pouco usado e substituído por outros gêneros, como postagens em 
blogs, Snapchat, Instagram. É normal que novas demandas sociais e novas mídias 
promovam essa mudança, evidenciando a natureza dinâmica dos gêneros textuais.
Um mesmo texto, de determinado gênero, pode apresentar sequências lin-
guísticas, denominadas tipos textuais, que apresentam entre si similaridades e 
distinções. Eles designam uma espécie de construção teórica, segundo Marcus-
chi (2008), que, em geral, é uma sequência subjacente aos textos, definida pela 
natureza linguística de sua composição (i.e., aspectos lexicais, sintáticos, tempos 
verbais, relações lógicas e estilo). “O tipo caracteriza-se muito mais como sequ-
ências linguísticas (sequências retóricas) do que como textos materializados [...]” 
(MARCUSCHI, 2008, p. 154). Eles constituem um conjunto limitado composto 
por narração, descrição, exposição, injunção, argumentação.
A narração tem como objetivo principal contar uma história, um aconteci-
mento, situada em um tempo e espaço. Tem como características linguísticas um 
verbo que indica mudança de estado (podendo ser no passado, presente ou futuro, 
mas preponderantemente no primeiro), um adjunto circunstancial ou temporal. A 
descrição tem como objetivo representar, por meio de palavras, algo, podendo ser 
feita de modo subjetivo ou objetivo. Entre suas características linguísticas, tem-se 
uma estrutura sintática normalmente simples, com um verbo estático (verbos de 
ligação e verbos de estado), uso mais comum de tempo verbal passado (mas não 
exclusivamente), presença de adjuntos adnominais (por exemplo, adjetivos ou 
orações adjetivas). A exposição tem como objetivo apresentar informações de 
modo claro e conciso (e objetivo, sempre) sobre algo específico (por exemplo, 
um fato ou objeto), identificar e ligar fenômenos. Ela é comum em textos aca-
Estilo, composição e tema2
dêmicos e científicos. Linguisticamente, apresenta, entre outras características, 
sujeito, um verbo (por exemplo, de ligação, ou como “ter”, “conter”, “consistir”, 
“compreender”) no tempo presente, e um complemento com um grupo nominal. 
A injunção tem como objetivo instruir, incitar, mandar. Entre suas características 
linguísticas, há o uso de verbos no modo imperativo, no infinitivo ou no presente do 
indicativo. A argumentação (dissertação) objetiva conquista a adesão da audiência 
por meio de argumentos. É comum o uso de conjunções para o estabelecimento 
de relações lógicas. 
Alguns tipos acabam se tornando característicos de determinados gêneros, 
como a narração é comum em gêneros literários, assim como a descrição (principal-
mente a subjetiva), a argumentação e a exposição aos textos científico-acadêmicos, 
a injunção a manuais e peças publicitárias. Nessescasos, o tipo pode ser tomado 
pelo gênero (Quadro 1).
 Fonte: Adaptado de Marcuschi (2002, p. 23). 
Tipos textuais Gêneros textuais
1. Constructos teóricos de-
finidos por propriedades 
linguísticas intrínsecas
1. Realizações linguísticas concretas, definidas 
por propriedades sociocomunicativas
2. Constituem sequências 
linguísticas ou sequências 
de enunciados e não são 
textos empíricos
2. Constituem textos empiricamente rea-
lizados, cumprindo funções em situações 
comunicativas
3. Sua nomeação abrange 
um conjunto limitado de 
categorias teóricas, de-
terminadas por aspectos 
lexicais, sintáticos, relações 
lógicas, tempo verbal
3. Sua nomeação abrange um conjunto aberto 
e praticamente ilimitado de designações con-
cretas, determinadas por canal, estilo, conteúdo, 
composição e função
4. Designações teóricas dos 
tipos: narração, argumen-
tação, descrição, injunção 
e exposição
4. Exemplos de gêneros: telefonema, sermão, 
carta comercial, carta pessoal, romance, bilhete, 
aula expositiva, reunião de condomínio, horós-
copo, receita culinária, bula de remédio, lista de 
compras, cardápio, instruções de uso, outdoor, 
inquérito policial, resenha, edital de concurso, 
piada, conversação espontânea, conferência, carta 
eletrônica, bate-papo virtual, aulas virtuais, etc.
 Quadro 1. Comparação entre tipo e gênero textual 
3Estilo, composição e tema
Estilo, composição e tema
Na perspectiva de Bakhtin (2004), os gêneros possuem uma forma de com-
posição, um conteúdo temático e um estilo. Conforme Koch e Elias (2006, 
p. 107), “[...] trata-se de entidades escolhidas, tendo em vista as esferas de 
necessidade temática, o conjunto de participantes e a vontade enunciativa 
ou a intenção do locutor, sujeito responsável por enunciados, unidades reais 
e concretas da comunicação verbal [...]”. Isso implica que um determinado 
gênero poderá ser mais efi ciente do que outros em determinada situação, 
como, por exemplo, um ensaio para o meio acadêmico em comparação com 
um artigo de opinião.
De acordo com esses autores, na composição de um gênero textual é con-
siderada a forma de organização, a distribuição de elementos e as informações 
e os elementos não verbais: a cor, o padrão gráfico ou a diagramação típica, 
as ilustrações. Veja os exemplos a seguir.
Texto 1
Fonte: Watterson (2011, p. 6).
Estilo, composição e tema4
Texto 2
Fonte: Abdo (2016, documento on-line).
5Estilo, composição e tema
O texto 1 é uma tirinha, que se estrutura por poucos quadros, com 
enunciados curtos em balões de fala, com relação simbiôntica entre verbal e 
não verbal. O texto 2 é uma reportagem de um site de uma revista de divul-
gação científica e cultural, com identificação das seções (Galileu, Ciência, 
Psicopatas), título, lead (resumo da notícia, focando mais em especificar o 
tema), data de atualização e autor, links para compartilhar em redes sociais 
digitais, imagem relacionada com o tema (de preferência com referência à 
cultura pop), seguida pelo corpo do texto (com uso de hiperlinks), iniciado 
sempre por uma breve introdução ou contextualização, com indicação de 
leituras extras (mais outros elementos que caracterizam a página da revista). 
O texto 3 é um artigo científico publicado em uma revista digital. Do lado 
esquerdo, são indicados dados sobre a edição em que está o artigo, no meio, 
o artigo, e, à direita, há espaço para publicidade, be, como funcionalidades 
próprias ao meio digital. No espaço dedicado ao artigo científico, é apresen-
tado o título, seguido dos nomes dos autores, dos dados bibliográficos e de 
outras funcionalidades também próprias ao meio digital, resumo (abstract), 
e, mesmo não aparecendo na imagem ilustrativa, sabe-se que se seguirá a 
introdução, a metodologia, os resultados, a discussão destes e as referências. 
Essas características serão recorrentes em outros textos que pertençam ao 
mesmo gênero, e o mesmo ocorre com outros, isto é, também terão carac-
terísticas de composição em comum, como ocorre, por exemplo, com um 
Texto 3
Fonte: Dirk et al. (2016, document on-line).
Estilo, composição e tema6
resumo, com uma tese de doutorado, com uma crítica de cinema, com um 
romance, entre outros.
O tema de um gênero textual diz respeito ao assunto mais geral possível. 
Assim, em uma poesia, predominará a subjetividade, em uma reportagem, 
haverá informações sobre o cotidiano, acontecimentos contemporâneos ex-
pressos de modo o menos parcial possível, um artigo científico apresentará 
resultados de estudos e pesquisas e uma crítica trará uma apreciação sobre 
uma obra com exposição de suas características.
O estilo, descrito aqui, diz respeito não ao do autor, mas ao do gênero. 
Uma tirinha terá uma linguagem coloquial, humorística, às vezes com crítica 
social. Uma reportagem, por outro lado, tenderá para uma linguagem mais 
formal, porém acessível. Já um artigo científico não só terá uma linguagem 
formal (norma culta) como também uma linguagem técnica própria à área de 
conhecimento. Também se pode identificar, aqui, tipos de estruturas frasais 
simples ou complexas (frases com orações coordenadas e subordinadas, ou 
apenas coordenadas), uso de primeira pessoa (singular ou plural) ou de ter-
ceira pessoa gramatical, uso de adjetivos qualitativos (p. ex., bonito, feio) ou 
descritivos (p. ex., alto, baixo), entre outros.
Gênero textual e compreensão
O leitor, ou interlocutor (no caso de gêneros orais), consegue entender os textos 
devido também a uma competência metagenérica, que, segundo Koch e Elias 
(2006, p. 102), “[...] possibilita [ao leitor] interagir de forma conveniente na 
medida em que se envolvem em diversas práticas sociais [...]”. Essa mesma 
competência é que orienta a produção de um determinado gênero textual, 
como um resumo, um artigo.
Alguém que nunca tenha lido um mangá (história em quadrinhos japonesa), 
ou não saiba o que é, provavelmente começaria a “ler” a história da esquerda 
para a direita, seguindo a orientação de leitura e escrita ocidental, e dificilmente 
conseguiria entender algo até perceber a orientação correta, da direita para 
a esquerda. Os mangás não têm apenas a orientação diferente da ocidental, 
há também códigos próprios do gênero e da cultura, assim como um estilo 
de desenho que os distinguem das histórias em quadrinhos ocidentais. Outra 
coisa que influencia a compreensão desses dois gêneros, da mesma forma que 
tirinhas e cartuns, é a relação imprescindível entre imagem e texto. Alguém 
que não preste atenção à imagem pode não compreender a história ou perder 
muita desta.
7Estilo, composição e tema
Panqueca doce americana
Ingredientes
1 xícara de chá de farinha de trigo
1 xícara de chá de leite
2 colheres de sopa de manteiga derretida ou óleo...
Preparo
Bata levemente o ovo, adicione o leite e a manteiga e mistura até homogeneizar. Em 
uma vasilha diferente, misture os ingredientes secos e então adicione aos poucos...
Se quiser ter acesso à receita completa, acesse o link a seguir:
https://bit.ly/2yRhNBF
Uma pessoa que nunca tenha lido uma receita, ou visto, terá mais dificulda-
des em segui-la do que aquela que já teve algum contato. Essa dificuldade será 
mais ou menos igual para qualquer gênero com o qual alguém nunca tenha tido 
contato. Quanto mais gêneros diferenciados você ler, maior será sua competência 
metagenérica e, consequentemente, sua produção.
Essa competência também será importante para a compreensão de textos que 
apresentem hibridização ou intertextualidade intergêneros, que, segundo Koch 
e Elias (2006, p. 114) “[...] é o fenômeno segundo o qual um gênero pode assumir 
a forma de um outro gênero, tendo em vista o propósito de comunicação [...]”. 
No exemplo a seguir, há uma música, que, assim como a poesia, se organiza em 
versos. Nessa música, o autor se apropriou de características do gênero receita, 
tais como instruções e ingredientes, mas adaptando para ser uma “receita para a 
vida”, fazendo uso de metáforas entre outros recursos linguísticos. Apesar dessa 
apropriação,a música preserva “sua função sócio-historicamente constituída”. 
Receita da felicidade
Toquinho
Pegue uns pedacinhos de afeto e de ilusão;
Misture com um pouquinho de amizade;
Junte com carinho uma pontinha de paixão
E uma pitadinha de saudade.
Estilo, composição e tema8
ABDO, H. Estudo revela como funciona o cérebro de psicopatas criminosos. Revista 
Galileu, 2016. Disponível em: <https://glo.bo/2P8OTqY>. Acesso em: 3 dez. 2018.
BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. Trad. Maria E. Galvão e revisão por Marina 
Appenzeller. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
DIRK, E. M. et al. Neural connectivity during reward expectation dissociates psychopathic 
criminals from non-criminal individuals with high impulsive/antisocial psychopathic 
traits. Social Cognitive and Affective Neuroscience, v. 11, n. 8, p. 1326-1334, Aug. 2016. 
Disponível em: <https://doi.org/10.1093/scan/nsw040>. Acesso em: 3 dez. 2018.
KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender: os sentidos do texto. 2. ed. São Paulo: Con-
texto, 2006.
MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, A. P.; 
MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.
MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Pa-
rábola Editorial, 2008.
WATTERSON, B. Todos os dias estão ocupados: as aventuras de Calvin e Haroldo. São 
Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2011.
Pegue o dom divino maternal de uma mulher
E um sorriso limpo de criança;
Junte a ingenuidade de um primeiro amor qualquer
Com o eterno brilho da esperança.
Para a letra completa da música, acesse o link a seguir: 
https://bit.ly/2zsVt0U
9Estilo, composição e tema
Conteúdo:
Dica do professor
O vídeo a seguir apresenta uma explicação mais aprofundada sobre os gêneros textuais, analisando 
o estilo, a composição e o conteúdo temático de alguns textos.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/787a03d36b5148467807bbada39018bf
Exercícios
1) Sobre a composição, o conteúdo temático e o estilo dos textos, não podemos afirmar: 
A) O conteúdo temático não é o assunto específico de um texto, mas é um domínio de sentido 
de que se ocupa o gênero.
B) A composição diz respeito às partes que constroem um determinado gênero textual.
C) Os recursos linguísticos empregados no texto demarcam o estilo.
D) Identificar o estilo de um texto não é suficiente para identificar o gênero textual a que esse 
texto pertence.
E) Em certos gêneros textuais não é possível identificar o conteúdo temático.
2) Assinale a alternativa que corresponde à caracterização do gênero textual e-mail (ou correio 
eletrônico): 
A) Precisa atingir um público heterogêneo, pois está presente em espaços públicos. São 
requisitos fundamentais: 
 
correção gramatical; 
clareza; 
objetividade; e 
capacidade de interferir no comportamento de quem o lê. 
 
 
Em geral, o texto conta com o auxílio de imagens. A disposição do texto, as imagens 
utilizadas, as cores e as dimensões das letras colaboram para a eficácia da comunicação.
Correspondência que circula na esfera oficial. Tem as mesmas características de uma carta: 
 
local; 
data; 
vocativo; 
corpo; 
despedida; e 
identificação. 
B) 
 
 
Pressupõe, entretanto, formalidade, incluindo as formas de tratamento convenientes (senhor; 
ilustríssimo ou excelentíssimo senhor). 
 
Após o nome e a assinatura de quem escreve, deve constar o cargo que exerce. A 
identificação da instituição se dá no timbre do próprio papel, cujo formato é denominado 
ofício.
C) Circula na esfera digital, mediado por um provedor da Internet. Pela rapidez com que chega 
ao destinatário, vem substituindo a carta convencional. 
 
A linguagem poderá ser formal ou informal, dependendo do nível de intimidade dos 
interlocutores e dos assuntos a serem tratados. Usa-se a saudação, mas não é necessário 
anotar a data, que aparecerá automaticamente. Os cumprimentos finais costumam ser breves.
D) Texto prescritivo que traz informações sobre um medicamento, seja em folha anexa, seja 
impresso na própria embalagem. Deve orientar o paciente sobre o uso correto do 
medicamento e alertá-lo para os riscos do uso indevido. Traz: 
 
nome; 
formas de apresentação (cápsulas, drágeas, gel); 
composição (princípio ativo); 
indicação e contraindicação; 
posologia (doses); 
validade; 
fabricante, etc. 
 
 
Existem recomendações para que esse texto siga padrões e seja simplificado de modo que se 
torne acessível ao público leigo, mas nem sempre essas recomendações são seguidas. 
 
As informações dirigidas a profissionais da saúde costumam ser mais técnicas e mais 
complexas. Circula nas esferas cotidiana, comercial (farmacêutica), publicitária e digital.
Apresenta os mesmos constituintes de uma carta pessoal: 
 
local de onde se escreve; 
data; 
saudação inicial; 
corpo da mensagem; 
saudação final; e 
E) 
identificação. 
 
 
O diferencial é que seu destinatário é um veículo de comunicação que decidirá por sua 
publicação (ou não) em seções especialmente destinadas para isso. O assunto do texto 
relaciona-se a alguma matéria publicada anteriormente nesse veículo e em relação à qual se 
deseja fazer comentários, sejam de anuência, sejam de protesto, sejam de divergência. 
 
Trata-se de texto opinativo que, em geral, apresenta argumentos; estes precisam ser 
suficientemente convincentes para embasar o ponto de vista do remetente.
3) Os textos injuntivos são os que têm por funções ordenar, sugerir, aconselhar, advertir, 
convidar ou ameaçar o leitor. Os trechos a seguir são injuntivos, exceto: 
A) Não deixe o mosquito transmissor fazer escala na sua casa. Faça sua parte no combate à 
dengue.
B) Falar e escrever bem em português é uma habilidade valorizada entre executivos. Os 
profissionais que se expressam com clareza ganham a admiração dos colegas e têm mais 
chance de progredir na carreira. 
 
Por isso, os especialistas em recursos humanos aconselham retomar os estudos da língua 
pátria juntamente com as aulas de línguas estrangeiras.
C) É proibido fumar nesse local.
D) Com o telefone desligado, carregue a bateria por 8 horas antes do seu primeiro uso. Use o 
telefone até que a bateria esteja completamente descarregada. Repita esse procedimento 
mais duas vezes, perfazendo um total de três ciclos de carga.
E) É pela linguagem que o homem se realiza socialmente, expressando o que pensa e sente e 
ouvindo o que os outros pensam e sentem.
4) Os trechos a seguir têm em comum o mesmo conteúdo temático, exceto: 
A) “Estranha coisa é a morte. Mais estranho ainda, olhando-a do lado em que estou, é verificar 
que não há duas mortes iguais, estar morto não é o mesmo para todos os mortos, há casos em 
que transportamos para cá todos os fardos da vida.” 
 
(José Saramago, “O ano da morte de Ricardo Reis”).
B) “Oh! que saudades que tenho/ Da aurora da minha vida,/ Da minha infância querida/ Que os 
anos não trazem mais!” 
 
(Casimiro de Abreu, versos do poema “Meus oito anos”).
C) “O revólver da gaveta/ saltou para sua mão./ Ladrão? se pega com tiro./ Os tiros na 
madrugada/ liquidaram meu leiteiro.” 
 
(Carlos Drummond de Andrade, versos do poema “A morte do leiteiro”).
D) “Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais mas, 
ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que 
docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno que, para outros, constituem 
aprendizagem dolorosa e, por vezes, cheia de violência.” 
 
(Cecília Meireles, “Cecília Meireles – obra poética”).
E) “Cauteloso, o vaqueiro avançou um passo. E de súbito em três pancadas secas, rápidas, o seu 
cacete de jucá zuniu; a cabra entonteceu, amunhecou, e caiu em cheio por terra.” 
 
(Rachel de Queiroz, “O Quinze”).
5) Dentre as alternativas a seguir, qual delas apresenta um componente que não faz parte do 
gênero científico-acadêmico?A) O título deve descrever de forma coerente e breve a essência do texto. Pode incluir um 
subtítulo.
B) As palavras-chave configuram um elemento obrigatório e devem aparecer logo abaixo do 
resumo, antecedidas da expressão “palavras-chave”, separadas entre si por ponto ou ponto e 
vírgula e finalizadas também por ponto.
C) As referências bibliográficas devem se referir aos textos empregados no texto, citados ao 
longo desse, e não a todos àqueles lidos para a sua elaboração.
D) O destinatário deve ser especificado pelo nome completo da pessoa ou da empresa.
E) O resumo apresenta os pontos mais relevantes do texto e deve ser apresentado de forma 
concisa, clara e inteligível.
Na prática
Provavelmente, você já elaborou um currículo profissional (ou curriculum vitae – CV). Isso significa 
que você já pesquisou sobre como se estrutura e para que serve esse gênero textual. Então você 
sabe que esse documento deve ser elaborado em um estilo formal, ser composto por tópicos e ter 
como tema as informações relativas à sua carreira profissional. Agora veja os componentes 
essenciais desse documento.
 
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
O gênero textual artigo científico: estratégias de organização
O artigo tem como objetivo descrever e analisar o gênero textual Artigo Científico, apontando as 
diferenças e semelhanças de estruturas textuais e estratégias discursivas entre os artigos 
analisados. Leia mais no link abaixo.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Curso: leitura e produção de texto acadêmico
O vídeo a seguir apresentará os gêneros de textos acadêmicos: elementos pré textuais.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Os gêneros do discurso
Neste artigo, o autor inicialmente situa a questão das tipologias textuais, para, em seguida, 
aprofundar-se na abordagem dos gêneros discursivos. Com amparo em Bakhtin, explicitam-se 
diferentes variáveis socioculturais que interferem na produção do texto, como o momento 
histórico, o suporte de publicação e o contexto de circulação do texto.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/7901/1/arquivo8097_1.pdf
https://www.youtube.com/embed/iFhtgafpj3M?rel=0
https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/40364/1/01d17t05.pdf

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