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Dislipidemia - Perfil lipídico: amostra coletada com ou sem jejum de 12h · Colesterol total – não sofre influência do jejum · HDL – não sofre influência do jejum · VLDL · Colesterol não HDL (colesterol total - HDL) · LDL – mais aterogênica – não é dosada, é calculada, portanto sofre influência do jejum indiretamente · Triglicerídeos – sofre influência do jejum – variabilidade de até 25% de acordo como o paciente se alimentou portanto em casos de hiperlipidemia mista é interessante manter o jejum Fórmula de Friedewald: usada quando o TG > 400 mg/dl LDL = CT - HDL - TG 5 *TG/5 = VLDL **Em casos de pacientes com TG < 400 mg/dl não é colocado o valor de LDL no exame, pois não é calculável – considerar o colesterol não HDL (CT - HDL) como referência para tratamento (meta) nesse caso há outras propostas para estimar os valores de LDL, como o Método de Martin, porém há pouca adesão pelos laboratórios - Valores de referência: adultos maiores de 20 anos Lipídeos Com Jejum Sem Jejum Categoria Colesterol Total < 190 mg/dl < 190 mg/dl Desejável HDL > 40 mg/dl > 40 mg/dl Desejável Triglicerídeos < 150 mg/dl < 175 mg/dl Desejável *VLDL geralmente está em torno de 30 mg/dl **HDL elevado é fator protetivo para doença aterosclerótica HDL baixo em homens: < 40 mg/dl X mulheres: < 50 mg/dl quanto mais HDL, mais colesterol sendo expulsado como sais biliares - Classificação laboratorial: parâmetro: LDL · Hipercolesterolemia isolada – LDL alto apenas · Hipertrigliceridemia – TG alto apenas · Hipercolesterolemia mista – LDL e TG altos *Todas as dislipidemias podem estar associadas aos níveis de HDL baixo ou normais - Etiologia: · Primária – genética – atentar-se ao exame físico (xantomas, xantelasmas e arco córneo lipídico) e anamnese (histórico familiar) · Secundária – hipotireoidismo, corticoterapia, DRC, DM - Estratificação de risco cardiovascular para prevenção e tratamento da aterosclerose: classificação cria estimativa de risco nos próximos 10 anos de vida do paciente que define meta terapêutica (ou seja, tratamento e valores de referência para os exames desse paciente) e também a frequência de consultas de cada pacientes (> risco > frequência) não se baseia apenas em perfil lipídico · Fase 1 · MUITO ALTO RISCO – pacientes que apresentam: doença aterosclerótica significativa (coronárias, cerebrovascular ou vascular periférica) // aterosclerose na forma subclínica (sem sintomatologia) significativa sendo identificada a obstrução (> ou = 50% em qualquer território arterial) consultas, no máximo, de 3 em 3 meses (preferencialmente mês a mês) meta terapêutica: menor LDL possível · ALTO RISCO – pacientes que apresentam: aterosclerose subclínica documentada por metodologia diagnóstica (ex: ECG no teste ergométrico, US de carótidas, Angio CT de coronárias) // DRC (TFG: < 60 ml/min) // LDL > ou = 190 mg/dl // aneurisma de aorta abdominal // DM tipo 1 ou 2 + LDL entre 70-189 mg/dl + estratificadores de risco ou DASC (doença aterosclerótica subclínica com obstrução < 50%) consultas, no máximo, de 3 em 3 meses (no caso de risco baixo ou moderado as consultas podem ser anuais) Estratificadores de risco cardiovascular no DM: Idade > ou = 48 anos (♂) // > ou = 54 anos (♀) Diagnóstico de DM > 10 anos Histórico familiar de doença cardiovascular prematura em parente próximo HAS Tabagismo Síndrome metabólica Complicações crônicas do DM (microalbuminúria, retinopatia, TFG < 60 ml/min) · Fase 2 · Risco calculado a partir das tabelas abaixo – existem as calculadoras automáticas da SBC Para prova: saber as porcentagens de baixo e médio risco - Tratamento: farmacológico + MEV (aumento de atividade física, redução de peso, de ingestão de gordura saturada e trans) Objetivos: 1. Diminuir LDL-c 2. Diminuir colesterol não HDL 3. Reduzir TG – TG > 500 mg/dl é alto risco para o desenvolvimento de pancreatite Drogas: · Ácido nicotínico – Niacina – pouco usado: muitos efeitos colaterais · Sequestradores de ácidos biliares – Colestiramina – pouco usado: muitos efeitos colaterais (constipação, cólicas, diminui absorção de vitaminas lipossolúveis, menor absorção de outros fármacos, aumentam níveis de TG usado em crianças e gestantes · Fibratos – Genfibrozila (nunca associar à estatina – aumenta risco de rabdomióilise) – redução de triglicerídeos – indicado para TG > ou = 500 mg/dl – aumentam a atividade da LPL diminuindo a produção de VLDL pelo fígado · Estatinas – prevenção primária e secundária: 1ª opção – aumenta a expressão de receptores de LDL no fígado aumentando a captação de colesterol do sangue – efeito pleiotrópico: reduz eventos isquêmico coronários agudos efeitos colaterais: miopatia – complicação: rabdomiólise (lesão muscular + IRA) dosar CK frequentemente (acima de 10x o valor de referência suspender uso de estatina) combinar com Ezetimibe reduz os riscos de rabdomiólise (diminui-se a dose de estatina) e aumenta a eficácia 1ª opção para reduzir LDL e TG < 500 mg/dl *Rosuvastatina pode aumentar a glicemia sérica dos pacientes – tomar cuidado com diabéticos também pode levar à intolerância glicêmica em pacientes saudáveis - Metas terapêuticas:
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