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MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS VOLUME 1 Ciências Humanas e Sociais Aplicadas GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS ESCOLA DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE EDUCADORES 3º Ano Ensino Médio 3º Ano SUMÁRIO GEOGRAFIA ............................................................................................. pág 01 Planejamento 1: Turismo Rural .......................................................... pág 01 Planejamento 2: Agricultura Familiar no Brasil ................................. pág 03 HISTÓRIA ................................................................................................ pág 06 Planejamento 1: Trabalho e Produção na Sociedade Brasileira entre o Império e a Primeira República - Parte I ................................ pág 06 Planejamento 2: Trabalho e Produção na Sociedade Brasileira entre o Império e a Primeira República - Parte II ................................ pág 10 Planejamento 3: Trabalho e Produção na Sociedade Brasileira entre o Império e a Primeira República - Parte III ............................... pág 14 Planejamento 4: Trabalho e Produção na Sociedade Brasileira entre o Império e a Primeira República - Parte IV .............................. pág 18 Planejamento 5: Conflitos no Mundo Contemporâneo - Parte I ......... pág 22 Planejamento 6: Conflitos no Mundo Contemporâneo - Parte II ........ pág 26 FILOSOFIA .............................................................................................. pág 30 Planejamento 1: Lógica e Vida .......................................................... pág 30 Planejamento 2: A Relação Entre a Filosofia e a Ciência ................... pág 33 Planejamento 3: Conhecimento: vida, filosofia e ciência .................. pág 36 SOCIOLOGIA ............................................................................................ pág 39 Planejamento 1: Compreendendo a discriminação racial no Brasil .... pág 39 Planejamento 2: Mobilidade e estratificação social no Brasil: um olhar sobre a população negra .................................................... pág 42 1 OBJETO(S) DE CONHECIMENTO COMPETÊNCIA HABILIDADE(S) MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS ANO DE ESCOLARIDADE REFERÊNCIA ANO LETIVO COMPONENTE CURRICULAR ÁREA DE CONHECIMENTO 3º Ano3º Ano 3 o ano Ensino Médio 2022 Geografia Ciências Humanas e Sociais Aplicadas TÓPICO Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconô- micas e culturais de poder. OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: HABILIDADE(S): Relação Campo e Cidade. Reconhecer o significado da identidade do campo e da cidade nas socie-dades dos países centrais e periféricos. PLANEJAMENTO TEMA DE ESTUDO: Turismo Rural DURAÇÃO: 4 aulas de 50 minutos PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: • Exposição dialogada. • Vídeo. • Análise da temática. • Atividade em grupo. A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA: • Boas Vindas. • Apresentação do tema. • Promover o intercâmbio entre o homem da cidade e do meio rural. Compreensão do turismo como um elemento integrante da economia rural e que por isso deve ser in- cluído no desenvolvimento das políticas rurais tanto no âmbito nacional como no regional. B) DESENVOLVIMENTO: 1º Momento: O(a) professor(a) irá apresentar para os estudantes em forma de uma aula dialogada, o que é o turismo rural e as suas principais características e dinâmicas, para que compreendam suas pecu- liaridades desde o seu surgimento e desenvolvimento no mundo e no Brasil. O(a) professor(a) poderá utilizar como apoio o livreto sobre as orientações básicas do turismo rural disponível no site: BRASIL. Ministério do Turismo. Turismo rural: orientações básicas. Disponível em: <https://www.gov. br/turismo/pt-br/centrais-de-conteudo-/publicacoes/segmentacao-do-turismo/turismo-rural-orien- tacoes-basicas.pdf>. 2 2º Momento: O(a) professor(a) irá passar para os estudantes um vídeo de uma reportagem (5min.) “Turismo Rural - Segredo é o acolhimento!” Disponível em: <https://youtu.be/LPckLBPPn_g>. Que exemplifica um modelo de turismo rural no território brasileiro. Em seguida a apresentação do ví- deo, o(a) professor(a) abre o espaço para dúvidas e questionamentos sobre o que foi apresentado. 3º momento: O(a) professor(a) analisa, junto aos estudantes sobre a temática trabalhada nas aulas anteriores através de um breve questionário diagnóstico. Seria interessante se fosse realizado de forma individual. a) Qual a definição de turismo rural? b) Qual o objetivo do turismo rural? c) Onde ocorre o turismo rural? d) Quais os benefícios do turismo rural? A partir da reflexão das informações sobre a temática, divida os estudantes em trios ou quartetos. O(a) Professor(a) irá orientar os estudantes na confecção de um folheto informativo sobre algum lugar turístico. RECURSOS: Quadro; pincéis; folha A4; caixa de som; DataShow; televisão; internet; texto impresso. PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO: A avaliação ocorre por meio de participação, criatividade e relevância do engajamento dos estu- dantes nas atividades e discussões propostas. ATIVIDADES 1 - Elaborar um folheto informativo sobre um lugar turístico. Escolher qual segmento de atividade econômica será praticada nesse espaço. Para construir a atividade seguir as seguintes orientações: a) Inserir informações sobre o lugar. b) Inserir informações sobre as atrações turísticas. c) Inserir dicas para prática de turismo sustentável. Socializar a atividade com o restante da turma. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério do Turismo. Turismo rural: orientações básicas. / Ministério do Turismo, Secre- taria Nacional de Políticas de Turismo, Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico, Coordenação Geral de Segmentação. – 2.ed – Brasília: Ministério do Turismo, 2010. Dispo- nível em: <https://www.gov.br/turismo/pt-br/centrais-de-conteudo-/publicacoes/segmentacao- -do-turismo/turismo-rural-orientacoes-basicas.pdf>. Acesso em: 04 abr. 2022. Minas Gerais. Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais - SEE/MG - Currículo Referência de Minas Gerais 2022. Disponível em: <https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/>. Acesso em: 09 mar. 2022. SOLHA, Karina Toledo. O Universo Rural e a Oferta da Experiência de Turismo Rural no Brasil. Uni- versidade de Caxias do Sul. Rosa dos Ventos – Turismo e Hospitalidade, 11(3), p. 615-633. Disponível em: <https://www.redalyc.org/journal/4735/473561121007/html/>. Acesso em: 13 mar. 2022. TURISMO RURAL. Segredo é o acolhimento! 1 Video (5 min.) - Vale Agrícola. Disponível em: <https:// youtu.be/LPckLBPPn_g>. Acesso em: 12 mar. 2022. 3 TÓPICO Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeco- nômicas e culturais de poder. OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: HABILIDADE(S): Territorialidades no campo. Avaliar projetos agropecuários nos países centrais e periféricos. PLANEJAMENTO TEMA DE ESTUDO: Agricultura Familiar no Brasil DURAÇÃO: 4 aulas de 50 minutos PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA: • Boas Vindas. • Apresentação do tema. • Compreender o conceito de agricultura familiar. • Refletir sobre o papel da agricultura familiar na economia brasileira quando comparada à agricultura não familiar. B) DESENVOLVIMENTO: 1º Momento: Com o auxílio do texto, apresente para os estudantes o conceito, características e importância da agricultura familiar. • Agricultura familiar. Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/agri- cultura-familiar.htm>. Acesso em: 14 mar. 2022. 2º Momento: Apresentar para os estudantes um vídeo de um documentário apresentado pelo pro- grama Globo Rural (Rede Globo), que narra a história de uma propriedade rural de Campo Magro/PR que produz leite,iogurte, pão e frutas em uma pequena propriedade. • Agricultores familiares diversificam a produção para garantir lucro no PR. Disponível em: <http://migre.me/m9FAD>. Acesso em: 14 mar. 2022. Solicite que os estudantes prestem muita atenção na reportagem e façam as anotações. Em segui- da, o(a) professor(a) faz a mediação de uma roda de conversa sobre as informações narradas. Bus- que ressaltar alguns aspectos mais relevantes do vídeo, com destaque para as diversas atividades diárias que são desenvolvidas nesta propriedade familiar. 3º Momento: Apresente algumas questões-problema (realizado em casa ou na escola). Ressalte que podem consultar livros, revistas e computadores conectados à internet. a) Como se caracteriza os agricultores familiares nos dias atuais? b) Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário, qual é a participação da agricultura fami- liar na produção de alimentos que entram no prato do brasileiro? c) De acordo com a reportagem, o que se entende por agricultura orgânica? d) O sítio da família Escher pode ser considerado exemplo de produção monocultura ou poli- cultura? Explique. e) Explique por que a família Escher, residente no município de Campo Magro/PR, é considera- da exemplo de agricultura familiar. 4 4° Momento: Solicitar que os estudantes socializem as respostas das questões-problema em for- mato de seminário. Na apresentação devem expor suas reflexões sobre as questões. Aproveite a relevância dessa temática e realize um trabalho em conjunto com professores de ou- tras áreas. Sugira aos professores que planejem um projeto interdisciplinar para trabalharem de forma integrada, a fim de que os estudantes entendam os conceitos estudados e suas aplicações no cotidiano. Em Português, os estudantes podem trabalhar com produção e interpretação de textos sobre a temática; com História e Sociologia pode-se fazer um estudo sobre como os dife- rentes países se apropriam do espaço rural e modificam a paisagem a partir do uso de técnicas agrícolas modernas; em Biologia podem-se fazer estudos sobre as os problemas socioambien- tais decorrentes das práticas agrícolas modernas; em Artes, podem confeccionar painéis temá- ticos; em Matemática, tabular dados quantitativos e construir gráficos, tabelas, dentre outras inúmeras possibilidades. RECURSOS: Quadro; pincéis; folha A4; caixa de som; DataShow; televisão; internet. PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO: A avaliação ocorre por meio de participação, criatividade e relevância do engajamento dos estu- dantes nas atividades e discussões propostas. Deve acontecer durante todo o processo, e consi- derar, entre outros, o envolvimento e a participação propositiva em todas as atividades, além do desempenho e a colaboração dos estudantes em todas as etapas propostas. ATIVIDADES 1 - Quais são as principais características de uma agricultura familiar, em relação a mão de obra e renda? 2 - Qual é a finalidade de formação de cooperativas agrícolas? 3 - O que se entende por agricultura orgânica? 5 REFERÊNCIAS GLOBO RURAL. Agricultores familiares diversificam a produção para garantir lucro no PR. Dispo- nível em: <https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2014/10/agricultores-familiares- -diversificam-producao-para-garantir-lucro-no-pr.html>. Acesso em: 14 mar. 2022. IBGE - Censo Agro 2017 - Disponível em: <https://censos.ibge.gov.br/agro/2017/2012-agencia-de- -noticias/noticias/25786-em-11-anos-agricultura-familiar-perde-9-5-dos-estabelecimentos-e- -2-2-milhoes-de-postos-de-trabalho.html>. Acesso em: 14 mar. 2022. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais - SEE/MG - Currículo Referência de Minas Gerais 2022. Disponível em: <https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/>. Acesso em: 09 mar. 2022. POLINIZAÇÃO - importância das abelhas. Terra Sul. 1 Vídeo (5min). Disponível em: <https://youtu. be/UyFJzfRSbVA>. Acesso em: 14 mar. 2022. OBJETO(S) DE CONHECIMENTO COMPETÊNCIA HABILIDADE(S) MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS ANO DE ESCOLARIDADE REFERÊNCIA ANO LETIVO COMPONENTE CURRICULAR ÁREA DE CONHECIMENTO 3º Ano3º Ano 6 3 o ano Ensino Médio 2022 Geografia Ciências Humanas e Sociais Aplicadas TÓPICO O Brasil no quadro do capitalismo ocidental no início do século XX. OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: HABILIDADE(S): Crise econômica nos primei- ros tempos de República. O desenvolvimento indus- trial no início da República. Modernização nas cidades/ urbanização. Identificar e analisar por meio de dados quantitativos (dados censitá- rios na forma de gráficos e tabelas) os impactos do processo de indus- trialização/urbanização, imigração sobre a organização do trabalho e práticas sociais e políticas. PLANEJAMENTO TEMA DE ESTUDO: Trabalho e Produção na Sociedade Brasileira entre o Império e a Primeira República - Parte I DURAÇÃO: 2 aulas de 50 minutos PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade descrita no cabeçalho. Aula expositiva e participativa por meio da leitura de textos, imagens e tabela. Trabalho com tipologias di- versas de fontes históricas, exercícios escritos, pesquisa orientada em grupo e/ou individual e discus- são sobre os temas abordados. O desenvolvimento metodológico da aula buscará o diálogo entre os agentes da ação educativa, destacando a produção do conhecimento pelos estudantes por meio de leitura, registro e composição de textos. Diferentes gêneros textuais serão utilizados para que os es- tudantes compreendam que a história não se caracteriza por uma única versão. O livro didático será um recurso importante, embora não único, para o desenvolvimento das aulas, servindo como fonte de consulta, texto base e execução de atividades diversas. A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA: • Estratégia: Sala de aula invertida. Leitura Prévia de trechos do Livro Paradidático: História do Brasil. Autor: Boris Fausto. Páginas (243-319) ou assistir ao vídeo da TV Escola (República Velha). Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_ac- tion=&co_obra=20458>. Acesso em: 08 mar. 2022. 7 O objetivo desse plano é analisar os primeiros anos da República no Brasil, a partir do aspecto econômico, destacando o impacto e os desdobramentos da crise econômica gerada pela reforma instituída por Rui Barbosa, até então Ministro da Fazenda do Governo Provisório (1889-1891). A pro- posta objetiva o desenvolvimento industrial e o aumento de recursos financeiros circulantes para solucionar a baixa quantidade de dinheiro em um período em que a mão de obra passou a ser as- salariada. Apesar do fracasso da reforma, a indústria ampliou o seu espaço na economia brasileira nesse período. Como consequência do desenvolvimento industrial podemos citar o processo de modernização nas cidades e a formação do movimento operário no Brasil. A luta por melhores con- dições de trabalho e por uma reestruturação do modo de produção foi conduzida, em grande parte, por imigrantes que chegavam ao país influenciados pelas ideias políticas e sociais que desafiavam a ordem capitalista. B) DESENVOLVIMENTO: 1º Momento A sala será dividida em grupos (quatro integrantes cada). Em seguida, cada grupo receberá para análise, uma cópia do texto “Inflação e emissão de moeda ” e da charge produzida por Ângelo Agos- tini em 1890. • Texto: INFLAÇÃO E EMISSÃO DE MOEDA: Disponível em: <https://drive.google.com/file/ d/1m3LCwodC9z-7EaHdLftP-QkD7TcD586D/view?usp=sharing>. Acesso em: 07 mar. 2022. • Charge: ENCILHAMENTO: Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/1t4pLtg4mEYs- DUXbaHsNGgkMNSLHovgZr/view?usp=sharing>. Acesso em: 07 mar. 2022. Os estudantes serão orientados a responderem o seguinte questionamento: Qual a relação entre o texto e a charge considerando as informações apreendidas no trecho do livro ou vídeo do autor Boris Fausto? Além disso, podemos afirmar que estamos vivendo no Brasil, um período preocupante em termos de inflação? Dois grupos serão selecionados para socializarsuas respostas e hipóteses. Para finalizar essa etapa, os grupos serão orientados a elaborarem o roteiro de um podcast com o tema da inflação. Espera-se que os estudantes percebam as mudanças e permanências em re- lação ao processo inflacionário no Brasil, considerando o contexto da Primeira República até os dias atuais. 2º Momento Serão apresentados aos estudantes o texto, a imagem e a tabela destacados abaixo. Os documen- tos fazem referência ao processo de industrialização e as consequências desencadeadas por ele, tais como a modernização dos centros urbanos e a formação do movimento operário no Brasil. • Texto: Extraído Da Revista Careta. Autor: Lima Barreto, 1921. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/1UB7HfHVN9-sxmkrn49DdHgMMHC59q- 2fz/view?usp=sharing>. Acesso em 07 mar. 2022. • Música: Saudosa Maloca. Autor: Adoniran Barbosa. Letra: Disponível em: <https://www.letras.mus.br/adoniran-barbosa/43969>. Acesso em: 07 mar. 2022. Vídeo: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=801MQjNJvrg>. Acesso em: 07 mar. 2022. 8 Tabela: Avanço da Industrialização no Brasil – Primeira República Tabela – Produção da Indústria têxtil algodoeira no Brasil (1853-1932) Ano Número de fábricas Operários 1853 8 424 1866 9 795 1855 48 3.172 1905 110 39.159 1915 240 82,257 1921 242 108.960 1925 257 114.561 1929 359 123.470 1932 355 115.550 Fonte: Stanley Stein. The Brazilian cotton manufacture. Cambridge, Mass, Harvard University Press, 1957, p.191, (apud Baer 2009) • Imagem - A GREVE GERAL DE 1917. OPERÁRIOS POSANDO PARA A FOTOGRAFIA. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/1oGLhY5puhzVBILQ3xVz1XuXbduS7Qqdz/ view?usp=sharing>. Acesso em: 07 mar. 2022. Sistematização: Após análise dos documentos, os estudantes serão orientados a produzirem um texto dissertativo argumentativo relacionando o processo de industrialização na Primeira Repúbli- ca no Brasil à Modernização nas cidades, considerando as mudanças e permanências em relação aos dias atuais. Espera-se que os estudantes percebam a permanência em relação ao avanço da industrialização no Brasil e reflitam sobre as questões sociais considerando a perspectiva da ex- clusão e da organização dos movimentos sociais. Com base em suas vivências os estudantes po- derão citar episódios associados ao assunto abordado. RECURSOS: Cópias impressas dos textos e imagens; folhas em branco; DataShow se possível, mas não é obri- gatório, podendo ser utilizado o quadro. PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO: A avaliação terá um caráter processual, onde os estudantes serão avaliados a partir da sua partici- pação oral e escritos nas atividades propostas ao longo da aula. ATIVIDADES 1 - (ENEM/2020) - No aluir das paredes, no ruir das pedras, no esfacelar do barro, havia um longo gemido. Era o gemido soturno e lamentoso do Passado, do Atraso, do Opróbrio. A cidade colonial, imunda, retrógrada, emperrada nas velhas tradições, estava soluçando no soluçar daqueles apo- drecidos materiais que desabavam. Mas o hino claro das picaretas abafava esse projeto impotente. Com que alegria cantavam elas — as picaretas regeneradoras! E como as almas dos que ali estavam compreendiam o que elas diziam, no clamor incessante e rítmico, celebrando a vitória da higiene, do bom gosto e da arte. BILAC, O. Crônica (1904). Apud SEVCENKO, N. Literatura como missão: tensões sociais e criação cultural na Primeira República. São Paulo: Brasiliense, 1995. 9 De acordo com o texto, a “picareta regeneradora” do alvorecer do século XX significava a: a) erradicação dos símbolos monárquicos. b) restauração das edificações seculares. c) interrupção da especulação imobiliária. d) reconstrução das moradias populares. e) reestruturação do espaço urbano. 2 - (UEFS) - A greve geral de 1917 foi uma convulsão operária sem precedentes. Suas raízes estavam no trabalho fatigante, insalubre e perigoso das fábricas, mas a principal reclamação dos grevistas era o custo de vida. Na falta do pão, “remediavam com o saque dos depósitos de farinhas”, justi- ficou o anarquista italiano Gigi Damiani. Enquanto isso, exportadores armazenavam gêneros de primeira necessidade à espera da alta dos preços no mercado internacional. (SILVA, 2005, p. 52). Os trabalhadores que se insurgiram na greve de 1917, em São Paulo, e que formavam o embrião do operariado brasileiro originavam-se de a) Retirantes nordestinos, tangidos do sertão pela violência das secas. b) Imigrantes europeus, sobretudo italianos, espanhóis e portugueses. c) Descendentes de ex-escravizados, libertados com a lei da abolição de 1888. d) Membros das classes médias urbanas, empobrecidas pelo golpe do Encilhamento. e) Trabalhadores desempregados pela decadência da exploração da borracha na Amazônia. 3 - (FUVEST/2015) - Observe a tabela: Os dados apresentados na tabela se explicam, dentre outros fatores, a) pela industrialização significativa em estados do Nordeste do Brasil, sobretudo aquela liga- da a bens de consumo. b) pela forte demanda por força de trabalho criada pela expansão cafeeira nos estados do Su- deste do Brasil. c) pela democracia racial brasileira, a favorecer a convivência pacífica entre culturas que, nos seus continentes de origem, poderiam até mesmo ser rivais. d) pelos expurgos em massa promovidos em países que viviam sob regimes fascistas, como Itália, Alemanha e Japão. e) pela supervalorização do trabalho assalariado nas cidades, já que no campo prevalecia a mão de obra de origem escrava, mais barata. REFERÊNCIAS FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp/Imprensa Oficial do Estado, 1995. P. 243-319. BARRETO, LIMA. Careta, 15 de janeiro de 1921 apud GONÇALVES, Renata de Sá; FERRO, Lígia (orgs.). Cidades em mudança: processos participativos em Portugal e no Brasil. Rio de Janeiro: Mauad X, 2018, p. 87. 10 TÓPICO O Brasil no quadro do capitalismo ocidental no início do século XX. As bases do poder local: Coronelismo, clientelismo e política dos governadores. OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: HABILIDADE(S): A importância da cafei- cultura na economia bra- sileira. Identificar e analisar por meio de dados quantitativos (dados cen- sitários na forma de gráficos e tabelas) os impactos do processo de industrialização/ urbanização, imigração sobre a organização do tra- balho e práticas sociais e políticas. Compreender as transformações e permanências na organização econômica brasileira: A economia agroexportadora, e a diversifica- ção econômica entre o Império e a República. (Período cafeicultor). PLANEJAMENTO TEMA DE ESTUDO: Trabalho e Produção na Sociedade Brasileira entre o Império e a Primeira Re- pública - Parte II DURAÇÃO: 1 aula de 50 minutos PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com as habilidades descritas no cabeça- lho. Aula expositiva e participativa por meio da leitura de textos, imagens e tabela. Trabalho com tipologias diversas de fontes históricas, exercícios escritos, pesquisa orientada em grupo e/ou in- dividual e discussão sobre os temas abordados. O desenvolvimento metodológico da aula buscará o diálogo entre os agentes da ação educativa, destacando a produção do conhecimento pelos es- tudantes por meio de leitura, registro e composição de textos. Diferentes gêneros textuais serão utilizados para que os estudantes compreendam que a história não se caracteriza por uma única versão. O livro didático será um recurso importante, embora não único, para o desenvolvimento das aulas, servindo como fonte de consulta, texto base e execução de atividades diversas. A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA: • Estratégia: Sala de aula invertida. Leitura Prévia de trechos do Livro Paradidático: História do Brasil. Autor: Boris Fausto. Páginas (243-319) ou assista ao vídeo da TV Escola (Repúbli- ca Velha) – Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm. do?select_action=&co_obra=20458>. Acesso em: 08 mar. 2022. O objetivo desse plano é o de analisar os primeiros anos da República no Brasil,a partir do aspecto econômico, com destaque para a importância do café que no contexto se mantinha como princi- pal produto de exportação. Dados do período revelam que o café foi responsável por mais de 50% das exportações brasileiras durante toda a República Oligárquica, excluindo o período da Primeira Guerra Mundial, cenário de compreensível retração do consumo externo de um produto que não era essencial nas mesas europeias e estadunidenses. 11 B) DESENVOLVIMENTO: A sala será dividida em grupos (quatro integrantes cada). Em seguida serão compartilhados com eles os seguintes documentos: • TABELA: Principais produtos de exportação, 1889-1929. • CHARGE: O Convênio de Taubaté (1906). • TRECHO: Livro - História do Brasil. Autor: Boris Fausto. Principais produtos da exportação, 1889-1929 Períodos Café Açúcar Cacau Mate Fumo Algodão Borracha Couro Outros 1889/1897 67,6 6,5 1,5 1,1 1,2 2,9 11,8 2,4 4,8 1898/1910 52,7 1,9 2,7 2,7 2,8 2,1 25,7 4,2 5,2 1911/1913 61,7 0,3 2,3 3,1 1,9 2,1 20,0 4,2 4,4 1914/1918 47,4 3,9 4,2 3,4 2,8 1,4 12,0 7,5 17,4 1919/1923 58,8 4,7 3,3 2,4 2,6 3,4 3,0 5,3 16,5 1924/1929 72,5 0,4 3,3 2,9 2,0 1,9 2,8 4,5 9,7 FAUSTO, Boris. História do Brasil. 2 ed. São Paulo: edusp, 1995. P. 252. CHARGE: O Convênio de Taubaté (1906) Disponível em: <https://conhecimentocientifico.com/o-que-foi-o-convenio-de-taubate-e-porque-ele-nao-deu-certo/>. Acesso em: 07 mar. 2022 TRECHO: Livro - História do Brasil. Autor: Boris Fausto [...] Campos Sales concebeu um arranjo conhecido como política dos governadores. Seus objeti- vos podem ser assim resumidos: reduzir ao máximo as disputas políticas no âmbito de cada Es- tado, prestigiando os grupos mais fortes; chegar a um acordo básico entre a União [o Brasil] e os Estados; pôr fim à hostilidade existente entre Executivo e Legislativo, domesticando a escolha dos deputados. O governo central sustentaria assim os grupos dominantes nos Estados, enquanto estes, em troca, apoiariam a política do presidente da República. [...] FAUSTO, Boris. História do Brasil. 2 ed. São Paulo: edusp, 1995. P. 258-259 Os estudantes serão estimulados a observarem os documentos. Em seguida serão orientados a responderem os seguintes questionamentos: 1) O que se pode observar quanto às exportações de café entre 1891 e 1910? 2) Relacionar os dados sobre a exportação de café ao Convênio de Taubaté, de 1906. Para encerrar esta etapa, dois grupos serão selecionados para socializar suas respostas e hipóteses. 12 Sistematização: Os estudantes serão orientados a elaborarem uma pergunta e a respectiva res- posta utilizando as informações consolidadas a partir da análise dos documentos. Espera-se dos estudantes compreenderem os aspectos ligados à economia do início do período republicano, os ciclos da história republicana e a importância da produção, da exportação e da valorização do café para o entendimento da história local e regional. RECURSOS: Cópias impressas dos textos, imagens e tabela; folhas em branco; DataShow se possível, mas não é obrigatório, podendo ser utilizado o quadro. PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO: A avaliação terá um caráter processual, onde os estudantes serão avaliados a partir da sua partici- pação oral e escritos nas atividades propostas ao longo da aula. ATIVIDADES 1 - (IFPE/2020) HISTÓRIA ECONÔMICA DO BRASIL O símbolo máximo que ficará desta fortuna fácil e ainda mais facilmente dissipada é o Teatro Muni- cipal de Manaus. É claro que, desfeito o castelo de cartas em que se fundava toda esta prosperida- de fictícia e superficial, nada sobraria dela. Em poucos anos, a riqueza amazonense se desfará em fumaça. Sobrarão apenas ruínas. PRADO JR., Caio. História econômica do Brasil. 38. ed. São Paulo: Brasiliense, 1990. p. 240-241 (adaptado). A obra de Caio Prado Jr., como o próprio título já adianta, trata da história econômica do Brasil. Com base no fragmento apresentado no texto, a qual importante produto de exportação brasileiro, durante a República Oligárquica (1895-1930), o autor está se referindo? a) Algodão. b) Café. c) Açúcar. d) Borracha. e) Cacau. 2 - (ENEM/2016) Uma scena franco-brazileira: “franco” – pelo local e os persona- gens, o local que é Paris e os personagens que são pessoas do povo da grande capital; “brazileira” pelo que ahi se está bebendo: café do Brazil. O Lettreiro diz a verdade apregoando que esse é o melhor de todos os cafés. A Illustração Brazileira, n. 2, 15 jun. 1909 (adaptado). 13 A página do periódico do início do séc XX documenta um importante elemento da cultura francesa, que é revelador do papel do Brasil na economia mundial, indicado no seguinte aspecto: a) Prestador de serviços gerais. b) Exportador de bens industriais. c) Importador de padrões estéticos. d) Fornecedor de produtos agrícolas. e) Formador de padrões de consumo. 3 - (UEFS/BA) Não foi o café que degradou a natureza no Sudeste brasileiro. Foi o espírito mercantil imediatista, em busca de lucro e riqueza a qualquer custo, que importou essa planta, originária da Ásia, as má- quinas e os homens, para fazer deles dinheiro. (MARTINEZ, 2010, p. 29). O “espírito mercantil imediatista”, referido no texto, levou às crises de superprodução e à queda dos preços do café. Como medida para amenizar os prejuízos que atingiram a economia brasileira, no início do século XX, foi adotada a a) diversificação dos produtos de exportação, beneficiando antigas regiões produtoras do Nordeste. b) prática de queima de cafezais e de estoques prontos para a exportação, como forma de de- sencorajar novos plantadores. c) política de valorização do café, que registrou a primeira intervenção do Estado para a pro- teção do produto. d) proibição de investimentos estrangeiros na economia cafeeira, visando à reserva do merca- do para o comércio nacional. e) política de dinamização dos transportes rodoviários, como contribuição para a maior rapi- dez no escoamento do produto. REFERÊNCIAS FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp/Imprensa Oficial do Estado, 1995. P. 243-319. 14 TÓPICO A Primeira República e as oligarquias: novas questões sobre a cidadania. OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: HABILIDADE(S): Primeira Constituição Republicana. Governo Constitucional de Deodoro da Fonseca. Governo de Floriano Peixoto. Movimentos rurais, urbanos e operá- rios. República das Oligarquias. Analisar a estrutura política da Primeira República, suas articulações e bases de poder. PLANEJAMENTO TEMA DE ESTUDO: Trabalho e Produção na Sociedade Brasileira entre o Império e a Primeira Re- pública - Parte III DURAÇÃO: 2 aulas de 50 minutos PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade descrita no cabeçalho. Aula expositiva e participativa por meio da leitura de textos e imagens. Trabalho com tipologias diversas de fontes históricas, exercícios escritos, pesquisa orientada em grupo e/ou individual e discussão sobre os temas abordados. O desenvolvimento metodológico da aula buscará o diálogo entre os agentes da ação educativa, destacando a produção do conhecimento pelos estudantes por meio de leitura, registro e composição de textos. Diferentes gêneros textuais serão utiliza- dos para que os estudantes compreendam que a história não se caracteriza por uma única versão. O livro didático será um recurso importante, embora não único, para o desenvolvimento das aulas, servindo como fonte de consulta, texto base e execução de atividades diversas. A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA: • Estratégia: Sala de aula invertida. • Leitura Prévia de trechos do Livro Paradidático: História do Brasil. Autor: Boris Faus- to. Páginas (243-319) ou assistir ao vídeo da TV Escola (República Velha). Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_ obra=20458>. Acesso em: 07 mar. 2022. • Assistir ao filme: Policarpo Quaresma, herói do Brasil (1998). Disponível em: <https://drive. google.com/file/d/1DOtPfY2dh08X46BUye0GjiGj0g6xRY06/view?usp=sharing>.Acesso em: 08 mar. 2022. O objetivo desse plano é analisar os primeiros anos da República no Brasil, a partir do aspecto polí- tico, compreendendo como muitas vezes, o significado profundo do termo república (“coisa públi- ca” - cuja ideia principal se concentra no princípio de que os escolhidos para o controle do Estado seriam responsáveis por atender aos anseios de uma sociedade que enxerga o governante como administrador daquilo que pertence a todos), foi esquecido por indivíduos e grupos que dominaram a política ao longo do tempo. Não obstante, o regime republicano pode ser considerado um passo importante rumo a uma possível democratização da sociedade. Durante o percurso aqui apresen- tado, os estudantes serão convidados a identificarem os avanços e retrocessos da República Bra- 15 sileira em direção a uma sociedade mais justa e democrática, bem como as estratégias utilizadas pelos grupos dominantes, no intuito de construir e consolidar o imaginário da República. B) DESENVOLVIMENTO: 1º Momento Será projetado o slide ou inserido no quadro a definição dos termos república e republicanismo. Os estudantes serão orientados a responderem com base no texto, o que é um regime republicano e quais seriam as suas principais características. Espera-se que os estudantes entendam que uma república é diferente de uma monarquia, pois não se baseia na sucessão hereditária e que, de modo geral, a ideia de república se assemelha à de democracia por estar relacionada à participação da população em eleições regulares e livres, além da separação entre religião e Estado. Caso os es- tudantes tenham dificuldade para responder aos questionamentos, será destacado os pontos do texto apresentado e eles serão questionados se conseguem identificar nestes trechos as caracte- rísticas de uma república. TEXTO: República/republicanismo [...] pode-se dizer que república é uma forma de governo que se distingue da forma monárquica. Tal distinção deve-se ao fato de que o fundamento do poder nas repúblicas não está associado a governo unipessoal e à sucessão dinástica, tal como nas monarquias, invariavelmente governadas por casas reais. [...] de modo geral a ideia contemporânea de república aproxima-se da de demo- cracia, posto que está associada à soberania popular, exercida por meio da participação em elei- ções regulares, livres, competitivas e extensivas a todos os postos politicamente relevantes. A tais traços devem ser acrescentadas a distinção e a separação entre teologia e política. LESSA, Renato. Confira o significado do termo República segundo o Dicionário de Políticas Públicas. São Paulo: Editora Unesp, 2016. Os estudantes serão distribuídos em grupos (4 integrantes cada). Em seguida serão orientados a realizarem a seguinte atividade: A Constituição de 1891 foi a segunda Carta Magna do Brasil, sendo a primeira com características republicanas. Considerando o texto legislativo, elabore um quadro comparativo indicando as principais transformações que ocorreram em relação ao Período Impe- rial, no que tange aos seguintes aspectos: relação Estado e Igreja, sistema de governo e participa- ção popular. Para finalizar, dois grupos serão selecionados para socializar suas respostas e hipóteses. 2º Momento Será apresentado aos estudantes a seguinte problematização: Por que os militares assumiram o poder com a República? Quais setores se uniram para dar o golpe? Em seguida, será realizada junto com os estudantes a leitura e análise do texto e da pintura indicada no link abaixo: [...] Assim como o Império, a República precisou inventar símbolos pátrios para construir um novo imaginário e se legitimar no controle do Estado brasileiro. Novamente, percebemos como o pro- cesso acomodava ruptura e continuidade: Se o verde-amarelo heráldico dos Bragança e o esque- ma geométrico da bandeira nacional foram preservados – a exemplo da melodia do Hino Nacional -, um lema positivista foi estampado no céu azul de estrelas que tomou o lugar do brasão imperial. Na verdade, se o verde e amarelo lembram (ainda) as cores das duas casas imperiais extintas, já as posições das constelações na bandeira da República correspondem ao novo regime. Do motto original “Amor, ordem e Progresso” só ficaram os dois últimos termos, interpretados segundo uma ótica positivista, conservadora e militarista. A República nasceu fardada. O Exército abriu mão do poder executivo somente em 1895, depois de diversas sublevações civis, militares e populares.[...] SCHWARCZ, Lilia M.; STARLING, Heloísa M. Caderno de Atividades - Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. 16 Pintura: A Pátria (1919). Autor: Pedro Bruno, Museu da República. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/1xB8_dyBqQMxaKv5FJUpgxmIRy_Q_Xb4A/vie- w?usp=sharing>. Acesso em: 08 mar. 2022. O quadro Pátria, pintado e assinado por Pedro Bruno em 1919, 30 anos após a Proclamação da Re- pública, faz parte do acervo do Museu da República. No imaginário social popular este quadro tem um lugar de destaque; sua imagem já esteve reproduzida em cédulas, selos, cartazes, quebra-ca- beças, capas e páginas de livros didáticos e muitos outros livros. A cena doméstica e familiar que se desenrola ao redor da bandeira republicana, com seu expressivo conjunto de cores tão presente na memória afetiva do brasileiro, suscita diversas interpretações. Sistematização: Após a leitura e análise dos documentos, os estudantes serão orientados a pro- duzirem um texto dissertativo argumentativo com o tema: O paradoxo da nossa experiência repu- blicana. As produções deverão ser socializadas com toda a turma. Espera-se que os estudantes percebam que a República recém-inaugurada apresenta contradições explícitas principalmente no que diz respeito às questões político-sociais. RECURSOS: Cópias impressas dos textos e imagens; folhas em branco; DataShow se possível, mas não é obri- gatório, podendo ser utilizado o quadro. PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO: A avaliação terá um caráter processual, onde os estudantes serão avaliados a partir da sua partici- pação oral e escritos nas atividades propostas ao longo da aula. ATIVIDADES A luta em torno do mito de origem da República mostrou a dificuldade de construir um herói para o novo regime. Heróis são símbolos poderosos, encarnações de ideias e aspirações, pontos de referência, fulcros de identificação coletiva. São, por isso, instrumentos eficazes para atingir a cabeça e o coração dos cidadãos a serviço da legitimação de regimes políticos. Não há regime que não promova o culto de seus heróis e não possua seu panteão cívico. Em alguns, os heróis surgiram quase espontaneamente das lutas que precederam a nova ordem das coisas. Em ou- tros, de menor profundidade popular, foi necessário maior esforço na escolha e na promoção da figura do herói. É exatamente nesses últimos casos que o herói é mais importante. A falta de envolvimento real do povo na implantação do regime leva à tentativa de compensação, por meio da mobilização simbólica. Mas, como a criação de símbolos não é arbitrária, não se faz no vazio social, é aí também que se colocam as maiores dificuldades na construção do panteão cívico. Herói que se preze tem de ter, de algum modo, a cara da nação. Tem de responder a alguma ne- cessidade ou aspiração coletiva, refletir algum tipo de personalidade ou de comportamento que corresponda a um modelo coletivamente valorizado. CARVALHO, José Murilo de. A formação das almas: o imaginário da república no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. p. 58 1 - De acordo com o Historiador José Murilo de Carvalho a: a) aprovação da figura de Tiradentes como herói nacional e republicano foi unânime. b) consolidação do regime republicano ocorreu devido a intensa participação popular. c) população recusou de maneira consciente os símbolos e heróis forjados pelas elites. d) criação de um herói nacional visava suprir a ausência do povo na mudança de regime. e) seleção dos heróis da República foram estabelecidospela própria população brasileira. 17 2 - (FAMERP/2020) Entre a Proclamação da República, em 1891, e a eleição de Prudente de Morais, o primeiro presidente civil, três correntes políticas disputaram o poder no Brasil, procurando im- por seu modelo de nação e de Estado. Cite quais são essas correntes e explique seus respectivos modelos de nação e de Estado. 3 - (UFRRJ) Não julgava possível a República enquanto vivesse o imperador; e daí a minha surpresa. Se de mim tivesse dependido a sua permanência como chefe da nação, afirmo que não teria sido de- posto. A República teve contra si o haver sido feita por um pronunciamento militar, representa- do pela quinta parte do exército. A nação foi estranha a esse acontecimento, que aceitou como fato consumado. Apud CASTRO, Celso. Os militares e a República: um estudo sobre cultura e ação política. Rio de Janeiro: Zahar, 1995. O texto anterior é um trecho de uma carta do Visconde de Pelotas ao Visconde de Ouro Preto, datada de 10 de setembro de 1890. Ela caracteriza a Proclamação da República como um pronunciamento de uma parcela do Exército – organizada em torno de um grupo de jovens militares positivistas. a) Explique a frase sublinhada, destacando uma particularidade do modelo republicano im- plantado em 1889 no Brasil. b) Cite duas propostas do projeto republicano defendido por essa parcela do exército. REFERÊNCIAS CARVALHO, José Murilo de. A formação das almas: o imaginário da República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. CARVALHO, José Murilo de. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a república que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. FERREIRA, Jorge. O tempo do liberalismo excludente: da Proclamação da República à Revolução de 1930. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp/Imprensa Oficial do Estado, 1995. P. 243-319. SCHWARCZ, Lilia M.; STARLING, Heloísa M. Caderno de Atividades - Brasil: uma biografia. São Pau- lo: Companhia das Letras, 2015. 18 TÓPICO As bases do poder local: Coronelismo, clientelismo e política dos governadores. OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: HABILIDADE(S): República do café com Leite. Definição dos poderes locais: Coronelismo, Clientelismo e a Política dos Governadores. A Semana de Arte Moderna Analisar criticamente as relações entre o poder central e os po- deres locais, sobre o princípio federativo e suas múltiplas faces na prática política republicana, até o tempo presente. PLANEJAMENTO TEMA DE ESTUDO: Trabalho e Produção na Sociedade Brasileira entre o Império e a Primeira Re- pública - Parte IV DURAÇÃO: 2 aulas de 50 minutos PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade descrita no cabeçalho. Aula expositiva e participativa por meio da leitura de textos e imagens. Trabalho com tipologias diversas de fontes históricas, exercícios escritos, pesquisa orientada em grupo e/ou individual e discussão sobre os temas abordados. O desenvolvimento metodológico da aula buscará o diálogo entre os agentes da ação educativa, destacando a produção do conhecimento pelos estudantes por meio de leitura, registro e composição de textos. Diferentes gêneros textuais serão utiliza- dos para que os estudantes compreendam que a história não se caracteriza por uma única versão. O livro didático será um recurso importante, embora não único, para o desenvolvimento das aulas, servindo como fonte de consulta, texto base e execução de atividades diversas. A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA: • Estratégia: Sala de aula invertida. Leitura Prévia de trechos do Livro Paradidático: História do Brasil. Autor: Boris Fausto. Páginas (243-319) ou assistir ao vídeo da TV Escola (República Velha) - Link de acesso: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm. do?select_action=&co_obra=20458>. Acesso em: 14 mar. 2022. • Assistir ao filme: Tristeza do Jeca (1961) – Link de acesso: <https://www.youtube.com/wat- ch?v=O07_cmzLvok>. Acesso em: 14 mar. 2022. O objetivo desse plano é o de analisar os primeiros anos da República no Brasil, a partir dos aspec- tos político, social e cultural, compreendendo como muitas vezes, o significado profundo do termo república (“coisa pública” - cuja ideia principal se concentra no princípio de que os escolhidos para o controle do Estado seriam responsáveis por atender aos anseios de uma sociedade que enxerga o governante como administrador daquilo que pertence a todos), foi esquecido por indivíduos e grupos que dominaram a política ao longo do tempo. Não obstante, o regime republicano pode ser considerado um passo importante rumo a uma possível democratização da sociedade. Durante o percurso aqui apresentado, os estudantes serão convidados a identificarem os avanços e retro- cessos da República Brasileira em direção a uma sociedade mais justa e democrática. 19 B) DESENVOLVIMENTO: 1º Momento Os estudantes serão divididos em grupos (4 integrantes cada) e em seguida eles serão orientados a escolherem três entre as muitas revoltas, greves, conflitos e “perturbações da ordem” ocorridos durante a Primeira República no Brasil. Para cada uma, eles deverão analisar quem foram os ar- ticuladores, o que pleiteavam e em que medida essas reivindicações relacionavam-se à luta por direitos, pela extensão da cidadania e pela inclusão. Dois grupos serão selecionados para socializar suas respostas e hipóteses. Após as apresentações e reflexões, os estudantes efetuarão a leitura do texto extraído do Progresso (1899), um dos jornais da imprensa negra e em seguida, concluirão esse primeiro momento respondendo às seguintes questões: segundo o texto, qual era a expectativa dos negros em relação à Proclamação da Repú- blica? E o que de fato ocorreu? [...] Surgiu a aurora de 13 maio, data de imorredoura glória de muitos pretos que foram os arautos da abolição como Luiz Gama, José do Patrocínio, Quintino de Lacerda, Rebouças e tantos outros. Proclamou-se a República, o governo da igualdade, da fraternidade e quejandas liberdades. [...] Esperávamos nós, os negros, que, finalmente, ia desaparecer para sempre de nossa pátria o es- túpido preconceito e que os brancos, empunhando a bandeira da igualdade e fraternidade, en- trassem em franco convívio com os pretos [...]. Qual não foi, porém, a nossa decepção ao vermos que o idiota preconceito em vez de diminuir, cresce; que os filhos dos pretos, que antigamente eram recebidos nas escolas, são hoje recusa- dos nos grupos escolares; e que os soldados pretos [...] são postos oficialmente abaixo do nível de seus camaradas; que para os salões e reuniões de certa importância, muito de propósito não é convidado um só negro, por maiores que sejam seus merecimentos; que os poderes públicos [...] atiram-nos à margem, como coisa imprestável? Glossário: Quejandas: Que tem a mesma natureza de outrem; semelhante. Disponível em:< https://www.dicio.com.br/quejando/>. Acesso: 16 mar. 2022. O Progresso, n. 1, p.3, 1899. Citado por: Ana Flávia Magalhães Pinto. De pele escura e tinta preta: a imprensa negra no século XIX (1833-1899). 2006. 2º Momento Serão apresentados aos estudantes os textos, a imagem e a música. Esses documentos fazem referência às contradições existentes nos espaços urbano e rural, demonstrando a complexidade do universo político brasileiro nos primeiros anos do século XX. A perpetuação de uma elite rural no controle da máquina pública convivia com uma classe média urbana emergente e desejosa de mudanças políticas e sociais fruto da sensibilidade em relação às transformações do mundo ao redor. Assim, a República Oligárquica, maior porção do período da história política brasileira, que ficou conhecido como República Velha (1891-1930), se inicia com a hegemonia dos coronéis e seus latifúndios, mas se encerra com uma nova perspectiva urbana construída por uma nova elite sedu- zida pelas novidades da cidade. • Texto 1: Extraído Do Livro – O Tempo do Liberalismo Excludente:Da Proclamação da Re- pública à Revolução de 1930. Autor: Jorge Ferreira. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/1MYl-nSSS4rJb12siq4mOGgygor475uTe/ view?usp=sharing>. Acesso em: 08 mar. 2022. • Texto 2: Extraído do livro – Modernismos (1922/2022). Org: Gênese Andrade. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/1PYy0xkqerco8OLMHMI4IteyBoEId2H1L/ view?usp=sharing>. Acesso em: 07 mar. 2022. 20 • Música: Camaleão (1902). Autor: Xisto Bahia Letra e música: Disponível em: <https://www.quemfoiqueinventouobrasil.com/post/2-ca- male%C3%A3o>. Acesso em: 07 mar. 2022. • Charge: Extraída do livro – Uma História do Brasil Através Da Caricatura (1840-2006). Org: Renato Lemos. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/143L67xevpx4N5KbeTaDo3T9hqeDGN-ol/ view?usp=sharing>. Acesso em: 07 de mar. 2022. Sistematização: Após análise dos documentos, os estudantes serão orientados a produzirem uma releitura das produções artísticas do contexto do modernismo. Espera-se que os estudantes per- cebam as mudanças e permanências associadas aos aspectos político, social e cultural no que se refere aos primeiros anos da República até os dias atuais. As produções deverão ser socializadas e apresentadas pelos estudantes através de uma exposição na escola. RECURSOS: Cópias impressas dos textos e imagens; folhas em branco; DataShow se possível, mas não é obri- gatório, podendo ser utilizado o quadro. PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO: A avaliação terá um caráter processual, onde os estudantes serão avaliados a partir da sua partici- pação oral e escritos nas atividades propostas ao longo da aula. ATIVIDADES 1 - (CFTMG/2020) (Adaptada) Com a chegada do fim da década de 1920, a Primeira República ia se esgotando e seu legado pare- cia, mesmo em seu contexto, ambivalente. De um lado, ficaria na lembrança como o momento do boom da urbanização, da industrialização e da entrada de imigrantes. De outro, como um período de repressão, de todo tipo de falcatruas políticas, da aplicação de medidas racistas e da expulsão da pobreza para as laterais das cidades. SCHWARCZ, Lília M.; STARLING, Heloísa M. Brasil: uma biografia. S.P.: Cia das Letras, 2015. p. 349. A Primeira República, no Brasil, foi marcada por um processo de c) desenvolvimento econômico modernizante e socialmente excludente. d) reversão do crescimento econômico e controle sobre as classes populares. e) prevalência da atividade industrial e alargamento da participação política. f) inversão do modelo agroexportador e manutenção dos privilégios das elites. g) democratização dos espaços a partir da implementação da reforma agrária. 2 - (FAMERP/2020) 21 Divulgada durante a Primeira República brasileira, a charge faz referência a uma a) ação corrupta que permitia o desvio de verbas públicas. b) prática política que facilitava a continuidade do domínio oligárquico. c) proposição constitucional que determinava a obrigatoriedade do voto. d) experiência política que favorecia a soberania do voto popular. e) lei eleitoral que visava garantir a fidelidade do eleitor. 3 - (ENEM/2016) O coronelismo era fruto de alteração na relação de forças entre os proprietários rurais e o gover- no, e significava o fortalecimento do poder do Estado antes que o predomínio do coronel. Nessa concepção, o coronelismo é, então, um sistema político nacional, com base em barganhas entre o governo e os coronéis. O coronel tem o controle dos cargos públicos, desde o delegado de polícia até a professora primária. O coronel hipoteca seu apoio ao governo, sobretudo na forma de voto. CARVALHO, J. M. Pontos e bordados: escritos de história política. Belo Horizonte. Editora UFMG, 1998 (adaptado). No contexto da Primeira República no Brasil, as relações políticas descritas baseavam-se na a) coação das milícias locais. b) estagnação da dinâmica urbana. c) valorização do proselitismo partidário. d) disseminação de práticas clientelistas. e) centralização de decisões administrativas. REFERÊNCIAS CARVALHO, José Murilo de. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a república que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. FERREIRA, Jorge. O tempo do liberalismo excludente: da Proclamação da República à Revolução de 1930. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp/Imprensa Oficial do Estado, 1995. P. 243-319. 22 TÓPICO A Primeira Guerra Mundial. OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: HABILIDADE(S): A Primeira Guerra Mundial. Antecedentes, causas, desen- volvimento e consequências da Primeira Grande Guerra. Contextualizar a eclosão do conflito. Identificar e analisar os países e blocos envolvidos. Associar o conflito com a política imperialista. Analisar os desdobramentos do conflito no mundo. Analisar criticamente as justificativas ideológicas apresenta- das pelas grandes potências para interferir nas várias regiões do planeta (sistemas modernos de colonização, imperialismo, conflitos atuais). PLANEJAMENTO TEMA DE ESTUDO: Conflitos no Mundo Contemporâneo - Parte I DURAÇÃO: 2 aulas de 50 minutos PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com as habilidades descritas no cabeça- lho. Aula expositiva e participativa por meio da leitura de textos e imagens. Trabalho com tipologias diversas de fontes históricas, exercícios escritos, pesquisa orientada em grupo e/ou individual e discussão sobre os temas abordados. O desenvolvimento metodológico da aula buscará o diálogo entre os agentes da ação educativa, destacando a produção do conhecimento pelos estudantes por meio de leitura, registro e composição de textos escritos. Diferentes gêneros textuais serão utilizados para que os estudantes compreendam que a história não se caracteriza por uma única versão. O livro didático será um recurso importante, embora não único, para o desenvolvimento das aulas, servindo como fonte de consulta, texto base e execução de atividades diversas. A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA: • Estratégia: Sala de aula invertida. • Leitura Prévia de trecho do livro: História contemporânea através de textos. ORG: Adhemar Marques Martins. (p. 103-122). Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/193p_C5nm- vHzrBkIq5p5SSQCKC87SR3pz/view?usp=sharing>. Acesso em: 08 mar. 2022. O objetivo desse plano é o de analisar a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), considerando que o século XXI herdou muitos benefícios e malefícios do século anterior. Vivemos em um mundo que se transforma rapidamente. O que é, hoje, o último conceito em tecnologia, amanhã já estará ul- trapassado. A televisão, a internet, os jornais e as revistas eletrônicas transformaram definitiva- mente a Terra em uma “aldeia global”. Não podemos mais viver restritos a informações locais ou superficiais, pois a todo o momento somos chamados a opinar e mesmo a decidir, porque, se não o fizermos, outros o farão por nós. Diante disso, conhecer os fatos, as propostas, as conquistas, os formadores de opiniões, os avanços tecnológicos e científicos, os que lutaram e lutam por uma causa é de muita importância para podermos compreender o espírito do século XX, que se reflete no momento histórico em que vivemos. Partindo desse pressuposto, estudar a Primeira Guerra Mundial (1914/1918), que é considerada a última das guerras “à antiga” e, ao mesmo tempo, a primei- 23 ra das guerras modernas significa compreender como terminou o século XIX e se iniciou o século XX, que herdou profundas cicatrizes deixadas por aquele conflito. B) DESENVOLVIMENTO: Estratégia: Rotação por estações: É uma técnica de ensino híbrido baseado em criar diferentes ambientes dentro da sala de aula e formar uma espécie de circuito, permitindo que os estudantes abordem determinado conteúdo de diferentes maneiras. Partindo desse pressuposto, os estudan- tes serão distribuídos em 4 estações. Cada uma delas com temas e reflexões distintas. O objetivo é fazer com que todos os estudantes possam vivenciar e construir as atividades associadas aos diversostemas. 1. Os antecedentes e as causas da guerra: Material de apoio e atividade. 100 ANOS – PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL: O CONFLITO QUE MUDOU O MUNDO. Disponível em: <https://infograficos.estadao.com.br/especiais/100-anos-primeira-guerra-mun- dial/>. Acesso em: 08 mar. 2022. Atividade: Quais foram as principais causas da Primeira Guerra Mundial? Como esse conflito mudou o mundo? 2. A corrida armamentista e a Paz Armada 100 ANOS – PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL: O CONFLITO QUE MUDOU O MUNDO. Disponível em: <https://infograficos.estadao.com.br/especiais/100-anos-primeira-guerra-mun- dial/>. Acesso em: 08 mar. 2022. DILILI EM PARIS - FILME 2020 - TRAILER DUBLADO. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=ty_H6MB5at0>. Acesso em: 08 mar. 2022. Atividade: Explique a seguinte afirmação de Hobsbawm: “A Europa não foi a guerra devido à cor- rida armamentista como tal, mas devido à situação internacional que lançou as nações nessa competição”. 3. A Política das Alianças e o estopim da Guerra 100 ANOS – PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL: O CONFLITO QUE MUDOU O MUNDO. Disponível em: <https://infograficos.estadao.com.br/especiais/100-anos-primeira-guerra-mun- dial/>. Acesso em: 08 mar. 2022. CRISE INTERNACIONAL E FORMAÇÃO DAS ALIANÇAS Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/1HOCbvGkuKiFKSx2wa_Yvk9QQDCVq-v9H/vie- w?usp=sharing>. Acesso em: 08 mar. 2022. A CRISE INTERNACIONAL E FORMAÇÃO DAS ALIANÇAS. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/1xG6V1FfKu9Y4Qx9boLDbYoITZWCg4TMV/vie- w?usp=sharing>. Acesso em: 08 mar. 2022. PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (QUEM CONTRA QUEM?). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=x5m6RAajIdM>. Acesso em: 08 mar. 2022. Atividade: A política de alianças teve início antes da guerra, como ela se reconfigurou após o con- flito e quais foram os interesses de cada nação envolvida? 4. O desenvolvimento e o desfecho da Guerra 100 ANOS – PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL: O CONFLITO QUE MUDOU O MUNDO. Disponível em: <https://infograficos.estadao.com.br/especiais/100-anos-primeira-guerra-mun- dial/>. Acesso em: 08 mar. 2022. AS 15 IMAGENS QUE RESUMEM A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/11/album/1541942101_349984.html#foto_ gal_1>. Acesso em: 08 mar. 2022. TRATADO DE VERSALHES - Disponível em: <https://jornal.usp.br/cultura/tratado-de-versalhes- -marcou-nova-fase-do-capitalismo-diz-professor/>. Acesso em: 08 mar. 2022. 24 Atividade: Qual seria o significado da guerra para os soldados e oficiais que descreveram as críti- cas condições de vida nas trincheiras e no “front” de uma maneira geral? Em relação ao Tratado de Versalhes, você acha que essa foi a melhor solução para encerrar o conflito? Sistematização: Após análise dos documentos, os estudantes serão orientados a produzirem uma História em Quadrinhos (HQ) acerca da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Espera-se que os estu- dantes percebam as mudanças e permanências associadas aos aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais no que se refere a esse conflito. As produções deverão ser socializadas e apre- sentadas pelos estudantes. RECURSOS: Cópias impressas dos textos e imagens; folhas em branco; DataShow se possível, mas não é obri- gatório, podendo ser utilizado o quadro. PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO: A avaliação terá um caráter processual, onde os estudantes serão avaliados a partir da sua partici- pação oral e escritos nas atividades propostas ao longo da aula. ATIVIDADES 1 - (ENEM/2020) A década que se segue ao fim da guerra constitui praticamente uma continuação desta com a aco- modação difícil de seus resultados. A ruptura do sistema internacional com a Revolução Soviética, a ascensão dos Estados Unidos, o recuo da Europa e o início da contestação anticolonial marcam uma década que para muitos foi de pessimismo e para alguns de ilusão, que bruscamente se en- cerra com a quebra da Bolsa de Nova Iorque. Com a crise de 1929 terá início a preparação de uma nova guerra mundial. VIZENTINI, P. G. F. Primeira Guerra Mundial. Porto Alegre: UFRGS, 2006 (adaptado). Os eventos mencionados no texto contribuíram fortemente para a ascensão de regimes propensos a um novo conflito armado, pois a) perturbaram a dinâmica de equilíbrio demográfico. b) dificultaram a adesão a ideologias de viés socialista. c) favoreceram a ascensão de grupos anarquistas ao poder. d) corroeram a crença na legitimidade das democracias liberais. e) deterioraram a confiança no salvacionismo dos exércitos nacionais. 2 - (ENEM/2014) Três décadas – de 1884 a 1914 – separam o século XIX – que terminou com a corrida dos países eu- ropeus para a África e com o surgimento dos movimentos de unificação nacional na Europa – do século XX, que começou com a Primeira Guerra Mundial. É o período do Imperialismo, da quietude estagnante na Europa e dos acontecimentos empolgantes na Ásia e na África. ARENDT. H. As origens do totalitarismo. São Paulo: Cia. das Letras, 2012. O processo histórico citado contribuiu para a eclosão da Primeira Grande Guerra na medida em que a) difundiu as teorias socialistas. b) acirrou as disputas territoriais. c) superou as crises econômicas. d) multiplicou os conflitos religiosos. e) conteve os sentimentos xenófobos. 25 3 - Qual é a importância da Primeira Guerra Mundial para a atualidade? [...] ESTADOS UNIDOS> O novo centro do capitalismo Grande vencedor, país passou de devedor a credor dos europeus. A entrada dos EUA na Guerra foi tardia, mas com consequências imensas. Suas tropas só viram ação em outubro de 1917 e passaram de 1 milhão de soldados apenas no ano seguinte. No entanto, ao declarar guerra à Alemanha, em 6 de abril de 1917, o país quebrava uma tradição de distancia- mento em assuntos europeus que vinha desde sua independência. Foi uma intervenção para, nas palavras do então presidente Woodrow Wilson, “tornar o mundo seguro para a democracia”. Ainda hoje, a política externa americana é, em boa parte, guiada por essas palavras. Além disso, a guerra mudou o centro financeiro mundial. Ao final de 1917, os Estados Unidos haviam emprestado quase US$ 3 bilhões aos governos francês e britânico para a guerra. Passaram de devedores dos europeus a credores do resto do mundo. ”Como os vencedores europeus estavam profundamente endividados com os EUA, a capital mun- dial das finanças mudou de Londres para Wall Street”, escreve a historiadora Sally Marks. Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2014/07/i-guerra-mundial-o-legado.html. Acesso em: 01 mar. 2018. (Adaptada) Analisando a notícia, constata-se que a Primeira Guerra Mundial, a) estabeleceu o fim das disputas coloniais no contexto da contemporaneidade. b) promoveu alterações no cenário mundial que permanecem até os dias de hoje. c) favoreceu a tomada do poder político e econômico pela Europa em todo planeta. d) comprometeu a ascensão dos Estados Unidos devido às perdas materiais sofridas. e) interrompeu o desenvolvimento econômico das nações que participaram do conflito. REFERÊNCIAS MARQUES, Ademar. BERUTTI Flávio. FARIA Ricardo (Orgs). História Contemporânea através de textos. São Paulo: Contexto. 2005. SONDHAUS, LAWRENCE. A Primeira Guerra Mundial: história completa. São Paulo: Contexto, 2013. 26 UNIDADE TEMÁTICA A revolução socialista na Rússia em 1917. OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: HABILIDADE(S): A Revolução Russa de 1917. Ensaio Geral de 1905 como episódio determinante para a eclosão da Re- volução Russa. Revolução de Fevereiro e de Outubro. A Guerra Civil e a adoção da NEP. O Partido Comunista e os novos ru- mos da revolução. O totalitarismo soviético com Stalin no poder. Caracterizar a Revolução Russa de 1917. Analisar os ante- cedentes da Revolução. Identificar as principais consequências da revolução. Estabelecer relações entre a Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa. PLANEJAMENTO TEMA DE ESTUDO: Conflitos no Mundo Contemporâneo - Parte II DURAÇÃO: 2 aulas de 50 minutos PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Serão abordados aspectos que fazem partedo trabalho com as habilidades descritas no cabeça- lho. Aula expositiva e participativa por meio da leitura de textos e imagens. Trabalho com tipologias diversas de fontes históricas, exercícios escritos, pesquisa orientada em grupo e/ou individual e discussão sobre os temas abordados. O desenvolvimento metodológico da aula buscará o diálogo entre os agentes da ação educativa, destacando a produção do conhecimento pelos estudantes por meio de leitura, registro e composição de textos escritos. Diferentes gêneros textuais serão utilizados para que os estudantes compreendam que a história não se caracteriza por uma única versão. O livro didático será um recurso importante, embora não único, para o desenvolvimento das aulas, servindo como fonte de consulta, texto base e execução de atividades diversas. A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA: • Estratégia: Sala de aula invertida. • Leitura do trecho do livro: História contemporânea através de textos. ORG: Adhemar Mar- ques Martins. (p. 103-122). Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/1CAWEm8eKIo- jttNaCyWcikt87O20xKyLK/view?usp=sharing>. Acesso em: 08 mar. 2022. • Assistir ao filme: A Revolução dos Bichos George Orwell Dublado 1999. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=2ygQBkmMfqY&t=32s>. Acesso em: 08 mar. 2022. O objetivo desse plano é o de analisar a vitória de uma revolução de caráter socialista em um país de estrutura fundiária tradicional e com uma população camponesa que, poucas décadas antes, viu serem quebrados os laços de servidão. Além disso, compreender o significado e os elementos que cercam a definição do conceito de revolução, com base na análise da experiência histórica de um dos maiores eventos revolucionários do século XX, a Revolução Russa de 1917, que rompeu com o modelo czarista, caracterizado pela extrema desigualdade política, social e econômica e instituiu um novo regime (comunista) na Rússia. 27 B) DESENVOLVIMENTO: Estratégia: Rotação por estações: É uma técnica de ensino híbrido baseado em criar diferentes ambientes dentro da sala de aula e formar uma espécie de circuito, permitindo que os estudantes abordem determinado conteúdo de diferentes maneiras. Partindo desse pressuposto, os estudan- tes serão distribuídos em 4 estações. Cada uma delas com temas e reflexões distintas. O objetivo é fazer com que todos os estudantes possam vivenciar e construir as atividades associadas aos diversos temas. 1 . A Rússia no final do século XIX. HÁ 100 ANOS, REVOLUÇÃO MUDOU RÚSSIA E TEVE IMPACTO MUNDIAL. Disponível em: <https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2017/10/ha-100-anos-revolucao-mudou- -russia-e-teve-impacto-mundial.html>. Acesso em: 08 mar. 2022. REVOLUÇÃO – CONCEITO. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/1CLKCrAFlh7TAYgIqGFW9FA4aF9K1ZCVI/vie- w?usp=sharing->. Acesso em: 08 mar. 2022. Atividade: Quais elementos definem a Revolução Russa como uma Revolução? 2. O ensaio geral (Revolução de 1905) HÁ 100 ANOS, REVOLUÇÃO MUDOU RÚSSIA E TEVE IMPACTO MUNDIAL Disponível em: <https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2017/10/ha-100-anos-revolucao-mudou- -russia-e-teve-impacto-mundial.html>. Acesso em: 08 mar. 2022. Atividade: Durante o processo revolucionário russo, a população do campo e da cidade sofria com a escassez de alimentos. Ainda hoje, mais de 100 anos depois, a fome atinge grande parte da po- pulação mundial. Em sua opinião, o que a sociedade e os governos podem fazer para reduzir esse problema mundial? 3. A Primeira Guerra e a Revolução de Fevereiro de 1917 HÁ 100 ANOS, REVOLUÇÃO MUDOU RÚSSIA E TEVE IMPACTO MUNDIAL. Disponível em: <https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2017/10/ha-100-anos-revolucao-mudou- -russia-e-teve-impacto-mundial.html>. Acesso em: 08 mar. 2022. IMAGEM – SAÍDA DA RÚSSIA DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL Delegações que participaram das negociações que resultaram na ratificação do Tratado de Brest- -Litovsk em 1918. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/guerras/tratado-brest-litovsk.htm>. Acesso em: 08 mar. 2022. BOLCHEVIQUES E MENCHEVIQUES. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/1wjZifQLE32maKeklInsUThtNH9lbPBuZ/view?us- p=sharing>. Acesso em: 08 mar. 2022. Atividade: Quais eram as diferenças entre as propostas mencheviques e bolchevique. 4. A Revolução de Outubro de 1917 e o Stalinismo (1924-1953) HÁ 100 ANOS, REVOLUÇÃO MUDOU RÚSSIA E TEVE IMPACTO MUNDIAL. Disponível em: <https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2017/10/ha-100-anos-revolucao-mudou- -russia-e-teve-impacto-mundial.html>. Acesso em: 08 mar. 2022. CARTAZ DIVULGADO DURANTE O GOVERNO DE STÁLIN. Disponível em: <https://br.pinterest.com/pin/138907969736547619/>. Acesso em: 08 mar. 2022. AS TESES DE ABRIL. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/1bxIuCvTS2b_ZwPS6lg78JxHkPuPkNcVZ/vie- w?usp=sharing>. Acesso em: 08 mar. 2022. 28 Atividade: Estabeleça diferenças e semelhanças entre o cartaz e a charge. Com base nas informa- ções sobre os diferentes movimentos da arte russa, siga o estilo gráfico e produza um cartaz apre- sentando um dos seguintes direitos dos trabalhadores de acordo com a atual legislação brasileira: • Direito à licença-maternidade. • Direito a 30 dias de férias por ano. • Descanso semanal remunerado. • Jornada máxima de trabalho de 44 horas semanais. Sistematização: Após análise dos documentos, os estudantes serão orientados a produzirem uma História em Quadrinhos (HQ) acerca da Revolução Russa (1917). Espera-se que os estudantes perce- bam os desdobramentos políticos, econômicos, sociais e culturais no que se refere a esse conflito. As produções deverão ser socializadas e apresentadas pelos estudantes à turma. RECURSOS: Cópias impressas dos textos e imagens; folhas em branco; DataShow se possível, mas não é obri- gatório, podendo ser utilizado o quadro. PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO: A avaliação terá um caráter processual, onde os estudantes serão avaliados a partir da sua partici- pação oral e escritos nas atividades propostas ao longo da aula. ATIVIDADES 1 - (FGV) Lenin tinha como única fonte de informação os jornais estrangeiros, mas, lendo as en- trelinhas de suas matérias imprecisas e tendenciosas, pôde apreender os dados fundamentais. [...] O Soviete era o porta-voz do povo, que queria paz, pão, liberdade e terra. O Governo Provisório [...] representava uma burguesia cujas tendências liberais se limitavam à intenção de livrar-se dos Romanov. Edmund Wilson. Rumo à estação Finlândia, 2013. O excerto refere-se à análise feita por Lenin, líder do Partido Bolchevista, do movimento social que derrubou o czar Nicolau II, em março de 1917. No seu entender, havia a) uma possibilidade de restauração da monarquia e o Governo Provisório deveria ser apoiado pela população. b) uma revolução camponesa em marcha no país e a classe operária estaria ausente das agi- tações sociais. c) uma iminente intervenção militar dos países imperialistas e os movimentos populares pre- cisariam sustentar o exército russo. d) uma revolução fortemente nacionalista e os partidos revolucionários encabeçariam esse movimento transformador. e) uma dualidade de poder em disputa e o Governo Provisório manteria a Rússia na Guerra Mundial. 29 2 - (PUCPR/2017) A Revolução Russa de 1917 foi uma série de conflitos que derrubou o regime cza- rista russo e levou ao poder o Partido Bolchevique, grupo liderado por Lênin, que logo após chegar ao poder em outubro de 1917 implementou uma série de mudanças como: a) A tomada das propriedades privadas da Igreja Ortodoxa e da nobreza com o pagamento de indenizações. b) A estatização das grandes indústrias e latifúndios, mantendo bancos e transportes sob ini- ciativa privada. c) O pedido de paz e saída da Primeira Guerra Mundial, concretizado através do Tratado de Brest-Litovski. d) O fim do regime de servidão que perdurara mesmo após as promessas do czar Nicolau II de sua extinção. e) A ocupação das terras a oeste da Rússia, antes consideradas colônias, como a Lituânia e a Letônia. 3 - (USF/2016) A Revolução Russamarcou uma nova fase na história da Rússia. O czarismo entrou em colapso e com isso a revolução tornou-se iminente. Analisando a imagem dentro do contexto histórico em que se desenvolveu a Revolução Russa, é possível concluir que ela faz referência a) às Teses de Abril propostas por Lenin durante o governo menchevique, que era liderado por Kerenski. b) ao Domingo Sangrento, por meio do qual a população russa saiu às ruas para reivindicar seus direitos. c) à Revolta do Encouraçado Potemkin, quando os tripulantes saíram às ruas, apoiados pela população, demonstrando insatisfação contra a situação social vigente. d) à Guerra Civil após a derrubada do czarismo, na qual os sovietes reivindicavam melhorias na legislação trabalhista. e) à Revolução Branca, que ocorreu após a aliança entre bolcheviques e mencheviques, na ten- tativa de criticar o czarismo. REFERÊNCIAS MARQUES, Ademar. BERUTTI Flávio. FARIA Ricardo (Orgs). História Contemporânea através de tex- tos. São Paulo: Contexto. 2005. OBJETO(S) DE CONHECIMENTO COMPETÊNCIA HABILIDADE(S) MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS ANO DE ESCOLARIDADE REFERÊNCIA ANO LETIVO COMPONENTE CURRICULAR ÁREA DE CONHECIMENTO 3º Ano3º Ano 30 3 o ano Ensino Médio 2022 Filosofia Ciências Humanas e Sociais Aplicadas TEMA Verdade e validade. OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: HABILIDADE(S): O que é Lógica. Lógica e argumentação. Dedução e Indução. Verdade e Validade. 3.1.1 Clarificar noções de lógica, proposição/juízo e raciocínio/argumento, a partir da distinção validade/verdade. 3.1.2 Distinguir argumentos dedutivos e indutivos. 3.1.3 Identificar modos de inferência válida. PLANEJAMENTO TEMA DE ESTUDO: Lógica e Vida DURAÇÃO: 4 horas-aula PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA: Tendo em vista a complexidade da sociedade humana, sua organização e estrutura, o uso da lógica faz-se presente na solução de problemas particulares e comunitários. Com isso, podemos dizer que a lógica relaciona-se diretamente com o nosso dia-a-dia, desde as situações mais ordinárias até as mais excepcionais, além de ser um instrumento para as ciências, como definiu Aristóteles ao realizar a classificação geral dos conhecimentos. Pensando na forma algorítmica que, devido à virtualização do real, cada dia mais, reorganiza a dinâmica de funcionamento do mundo, inferimos uma radicalização do uso da lógica, sobretudo a matemática/de programação, sem a qual, certamente, a globalização dar-se-ia em um ritmo muito menos acelerado. Por tais motivos, a sensibilização dos estudantes para esse campo, tão fundamental para a filosofia, é importante e urgente. Aqui, você encontrará uma se- quência didática que lhe auxiliará nesta tarefa. B) DESENVOLVIMENTO: ETAPA 1: O professor apresentará ao estudante a pergunta-problema “Como e quando a lógica se aplica à minha vida?”. Caso haja recursos para tanto, sugerimos que ela seja projetada a partir de um aplicativo de brainstorming, possibilitando aos educandos que respondam à questão com os seus celulares. Caso não seja possível, a pergunta poderá ser anotada no quadro e, em pares, responderão manualmente. As respostas deverão ser curtas, a fim de que todos que se dispuserem tenham a possibilidade de par- ticipar. Em seguida, o professor deverá articular as colocações apresentadas pelos estudantes com os conceitos inerentes ao tema, de maneira dialogada. 31 ETAPA 2: Tendo como referência importantes discursos da história humana, por meio de textos, recortes de filmes e/ou documentários, como for possível, apresente exemplos para os estudantes, evidenciando sempre o processo de construção dos argumentos das falas apresentadas. Explicite as premissas e conclusões, sua verdade ou falsidade. Distinga os argumentos entre dedutivos e in- dutivos, caso seja necessário, e discuta sua validade ou invalidade. Enfatize a força social e política que um discurso bem construído pode ter. ETAPA 3: Simule um júri entre os estudantes ou as turmas. Duas pessoas serão acusadas por um suposto crime. O acusado A, sendo o culpado, construirá argumentos válidos, apesar de apresen- tar premissas falsas. Ele deverá ser muito eloquente, assertivo e se valer de recursos emocionais em seu discurso. O acusado B, sendo inocente, apresentará premissas verdadeiras, mas de tal ma- neira que a estrutura do seu argumento seja inválida. Falará em tom tímido e desconexo. Não sa- bendo quem é o verdadeiro culpado, o júri deverá decidir a sentença dos acusados. Provavelmente, o acusado A será inocentado. O professor deverá explicar as razões de tal fenômeno para os parti- cipantes da ação. SUGESTÕES FÍLMICAS COMPLEMENTARES: O Discurso do Rei (2010): O Príncipe Albert da Inglaterra deve ascender ao trono como Rei George VI, mas ele tem um problema de fala. Sabendo que o país precisa que seu marido seja capaz de se comunicar perfeitamente, Elizabeth contrata Lionel Logue, um ator australiano e fonoaudiólogo, para ajudar o Príncipe a superar a gagueira. Uma extraordinária amizade desenvolve-se entre os dois homens, e Logue usa meios não convencionais para ensinar o monarca a falar com segurança. O Mentiroso (1997): O inescrupuloso advogado de Los Angeles Fletcher Reede ama o filho Max, mas a sua incapacidade de manter promessas, e as mentiras compulsivas que conta, causam proble- mas entre os dois e a ex-mulher, Audrey. Cansado das mentiras do pai, Max faz um desejo antes de soprar as velinhas do seu bolo de aniversário: ele quer que o pai só diga a verdade nas próximas 24 horas. Quando o pedido de Max se torna realidade, o mundo de Fletcher começa a se transformar em um caos. RECURSOS: Conexão com a internet. Aplicativo de brainstorming ou chuva de ideias/palavras. Projetor e/ou quadro e pincéis. Recortes textuais ou fílmicos. PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO: O professor poderá realizar uma avaliação processual, levando em consideração cada etapa do de- senvolvimento proposto. Interesse, participação e engajamento nas atividades devem ser levados em conta. ATIVIDADES A) Identifique as premissas, os pressupostos e as conclusões nos seguintes raciocínios. Logo após, diga se você concorda ou discorda das conclusões, deixando clara sua posição quanto às premissas: 1) Posso dizer que sou amigo de Cláudia, porque temos os mesmos gostos. 2) Visto que esta afirmação se baseia em regras universais, ela é científica. 3) Este político é corrupto; aquele também; aquele outro também; portanto, todo político é corrupto. 4) Posso duvidar de tudo, mas se duvido é porque penso; e, se penso, eu existo. 5) A dipirona baixou a febre da minha vizinha, então ela também deve abaixar a minha febre. 32 6)Texto do filósofo Baruch Espinosa: Se a natureza humana estivesse feita de tal modo que aquilo que os seres humanos mais desejas- sem fosse aquilo que é mais útil, não seria preciso nenhuma arte para a concórdia e a lealdade. Mas, porque a natureza humana é, manifestamente, constituída de modo bem diferente, o Estado tem ne- cessariamente de ser instituído de tal maneira que todos, tanto os que governam como os que são governados, queiram ou não, façam aquilo que interessa à salvação comum, isto é, que todos sejam levados, espontaneamente ou à força ou por necessidade, a viver segundo o que prescreve a razão. ESPINOSA, B. Tratado político. Tradução Diogo Pires Aurélio. São Paulo: Martins Fontes, 2009, p. 48. B) Analise os seguintes raciocínios dedutivos e diga se são válidos ou inválidos, aponte a causa da invalidade. Explicite as premissas pressupostas. 1) Toda injustiça é proibida. Então, o assassinato é proibido. 2) Alguns cidadãos são homens; alguns homens são covardes. Portanto, alguns cidadãos são covardes. 3) Se você tivesse lido o livro, teria aprendido. Como você não aprendeu, é porque não leu o livro. 4) Se você tivesse lido o livro, teria aprendido. Como você não leu o livro, não aprendeu. 5) Todas as pessoas alegres são seres que riem. Todas as hienas são seres que riem. Então,
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