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Histórico
Primeiro anestésico local: cocaina - alta toxicidade e com propriedades aditivas, precisando 
estudar novos fármacos para substituir a cocaina 
Anestésicos: objetivo de bloquear os canais de sódio para inibir os potenciais de ação, inibindo a 
transmissão das informações para o SNC (fibras aferentes ficam impossibilitadas de levar a 
informação sensorial, por exemplo)
Bloqueiam vias sensoriais, motoras, autônomas, não só de dor
Tipos: procaína (tempo de duração menor pela baixa ligação com proteínas plasmáticas), 
bupivacaína (maior tempo de ação por se ligar a proteínas plasmáticas)
Fisiologia da Nocicepção (percepção de estímulos dolorosos)
Agressão tecidual: libera mediadores para sinalizar para as fibras nervosas —> aumento do 
potencial de ação —> informações de agressão levadas para o SNC e no SNC é interpretada como 
dor
Fibras nociceptoras: presentes na pele, tecidos profundos e vísceras 
Transmissão da sensação de dor
Fibras do tipo A e B (são mielinizadas - conduzem o estímulo elétrico com maior velocidade) ou 
fibras do tipo C (não mielinizadas)
Assim, existem dores de longa duração ou curta duração 
Nociceptores aferentes: fibras A delta e C - o A delta é responsável pela dor de curta duração e 
grande intensidade e a do tipo C é responsável por uma dor de longa duração, queimação 
Nociceptores térmicos - fibras C (identifica temperaturas mais elevadas) fibras A delta 
(temperaturas mais baixas)
Amanda Marques - MED XIX
Primeira Dor e segunda Dor
Primeira dor
Transmitida rapidamente, na forma aguda (como uma alfinetada dolorosa) e altamente 
localizada
Fibra A delta
Segunda dor
Estímulos térmicos, químicos e mecânicos
Aparecimento mais lento, mas com maior duração - dor indistinta, latejante ou em queimação 
(localizada ou difusa)
Perdura mesmo após cessar o estímulo doloroso
Fibras C
Percepção da dor
Analgésico e anestésico
Analgésicos - inibidores específicos das vias da dor
Anestésicos - bloqueiam canais de sódio de diversas fibras nervosas, bloqueando não só a 
dor, mas sim vias sensoriais periféricas 
Ex: paracetamol - age na síntese de prostaglandina, ao inibir uma enzima da sua síntese. 
Essa molécula é responsável pela sinalização da dor. Assim, paracetamol reduz os estímulos 
dolorosos (age em moléculas seletivas da via da dor)
Amanda Marques - MED XIX
Classes e agentes farmacológicos 
Os anestésicos são divididos em 3 partes
Primeira parte - grupo aromático: responsável pela hidrofobicidade 
Segunda parte: ligação éster (podem ser outros grupos como amida): duração da ação dos efeitos 
colaterais
Terceira parte: amina terciária: velocidade de início da ação e da potência 
Essas moléculas podem perder ou ganhar H+
Protonação: ganho de H+
A forma neutra, não protonada tem mais facilidade de atravessar as membranas
Ambientes ácidos, como uma região inflamada: mais H+ é oferecido à molécula do anestésico, 
desencadeando a protonação do anestésico, dificultando sua passagem pelas membranas e 
consequentemente sua atuação 
Hidrofobicidade
Amanda Marques - MED XIX
Mecanismo de ação dos anestésicos 
Devem ser liberados próximos ao nervo e não dentro do nervo (evitar lesão) e pela 
lipossolubilidade atravessar a membrana e chegar nas células nervosas
As células nervosas da periferia do nervo são as primeiras a perderem sua sensibilidade, enquanto 
as células da porção mais central do nervo são as últimas a perderem a sensibilidade 
O anestésico deve atravessar o epineuro, perineuro e depois endoneuro
Bloqueio funcional diferencial - ordem do bloqueio anestésico 
Primeira dor 
Segunda dor
Temperatura
Tato
Propriocepção (pressão, posição ou estiramento)
Tônus da musculatura esquelética 
Canais de sódio: conformação aberta, inativa e em repouso (ciclo para potencial de ação)
O anestésico favorece a conformação que impossibilita um novo potencial de ação 
O anestésico age nos canais fechados - impedindo a abertura
Nos canais abertos - bloqueando o poro do canal
Nos canais inativos - estendendo o período refratário 
Quanto mais impulsos nervosos, mais rápido o nervo é bloqueado pelo anestésico, sendo 
maior o efeito do anestésico no canal de sódio 
Inibição tônica - longo intervalo entre potenciais de ação - nível de inibição de cada impulso é 
igual
Inibição fásica - intervalo curto entre potenciais de ação - nível de inibição aumenta a cada 
impulso
Farmacocinética do anestésico local
Absorção sistêmica - sair do local onde foi depositado e se difundir para todo o corpo pela 
corrente sanguínea, até ser excretado
Toxicidade - se o anestésico migra rapidamente para a corrente sanguínea 
Epinefrina (vasoconstritor) - auxilia na absorção dos anestésicos, pois o tecido fica menos 
vascularizado, tendo menor aporte sanguíneo para que o anestésico se difunda para o 
sangue e saia do seu local de ação - aumentando a duração da ação do AL e redução da 
toxicidade
Amanda Marques - MED XIX
Distribuição nos pulmões
Pulmão - ampla circulação sanguínea, fazendo com que o anestésico se dilua no sangue dos 
pulmões e demore para retornar para a corrente sanguínea sistêmica 
Degrada o anestésico local, permitindo que os metabólitos caiam na corrente sanguínea 
para depois ser excretado
Pulmão: amortece o impacto do AL no cérebro, pois o AL passa pelo pulmão antes de chegar 
ao cérebro
Transporte do AL - proteínas plasmáticas carreiam esse anestésico. Quando se desprendem, 
são liberados para o tecido alvo.
Metabolismo e excreção - tecidos expressam enzimas (como hidrolases) para metabolizar e 
excretar o anestésico 
Metabolismo principalmente pelo complexo P450
Administração 
Anestesia tópica - ao administrar na periferia, o AL vai se difundindo para os tecidos mais 
profundos até alcançar a porção nervosa
Alívio da forma curto prazo 
Principal obstáculo para alcançar as fibras nervosas é o estrato de queratina 
Anestesia infiltrativa- pela agulha, infiltra e deposita a AL na proximidade da fibra 
nervosa 
Injeção dolorosa
Ação rápida - não precisa atravessar a epiderme
Bloqueio de nervos periféricos - quando se quer atingir uma área com mais ramificações e 
plexos podem ser bloqueados 
Bloqueio nervoso central - anestesia a níveis de medula, nos Ramos que partem da medula 
(anestesia epidural e intratecal)
O anestésico pode penetrar o interior da medula (risco)
Bupivacaina - trabalho de parto (retira o estímulo doloroso sem impedir que a mulher 
realize a contração)
Toxicidade
Músculo esquelético - irritação local, porém o músculo tem uma boa capacidade 
regenerativa
Vasos sanguíneos - ex: lidocaína, podem alterar a musculatura dos vasos sanguíneos 
Coração - reduz a velocidade de condução do potencial de ação cardíaco 
SNC - tremores, calafrios, bloqueio de vias excitatórias e inibitórias
Agentes individuais
Procaína - ação curta, baixa hidrofobicidade, baixa potência, utilizada para procedimentos 
odontológicos
Tetracaína - ação longa e altamente potente
Lidocaína e Prilocaína 
Bupivacaína - hidrofóbica, alta duração, anestesia epidural
Amanda Marques - MED XIX
Referência: Princípios da Farmacologia - Golan

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