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Defeitos em Serviços e Responsabilidade Civil

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17/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/23
 
MÓDULO 8
DEFEITOS EM SERVIÇOS.
Relacionam-se a:
- Prestação, em qualquer modalidade, exceto de caráter trabalhista – art. 3o.,
§2º.
- Insuficiência ou inadequação de informações sobre fruição e riscos (art. 14).
Cf. o CDC, é defeituoso o serviço quando não oferece a segurança que o
consumidor pode dele esperar.
Deve-se considerar modo de fornecimento ou de prestação, resultado e
riscos razoáveis que se esperam do serviço e época em que foi fornecido –
não se considera defeituoso pelo simples fato de adoção de novas técnicas
(art. 14, §§1º e 2º do CDC).
_________________//_________
Prescrição:
Cinco (5) anos. Para a reparação de danos causados pelo fato do produto ou do
serviço o início do prazo não é a tradição ou a ocorrência do defeito, mas o
conhecimento que dele teve o consumidor e sua autoria (art. 27 do CDC).
Só com a ciência do defeito e do seu causador é que o interessado poderá se valer
da via judicial (não tem sentido punir o insciente).
Prescrição se interrompe e se suspende, cf. as causas do CC (art. 197 a 204).
_________________//_________________
Da responsabilidade pelo vício do produto e do serviço. Responsabilidade
Civil dos Construtores e Incorporadores.
O CDC tratou em seções diferentes de responsabilidade pelo fato do produto e do
serviço, e da responsabilidade por vício (seções II e III do cap. IV). Cada uma tem
o seu regime próprio – são diferentes.
A responsabilidade pelo fato (art. 12 e 14) é por potencialidade danosa. A
responsabilidade por vício não inclui potencialidade danosa, apenas anomalias que
afetam a funcionalidade do produto ou do serviço.
Defeito é que causa dano (risco à saúde e segurança do consumidor). Vício é que
impede o uso que se esperava ter da coisa ou do serviço.
O vício diz respeito a qualidade ou quantidade, afetando funcionamento ou valor
da coisa.
A responsabilidade pelo fato visa preservar a integridade físico-psíquica, com
ampla reparação de danos. A responsabilidade por vícios protege a
esfera econômica – só enseja o ressarcimento cf. as alternativas
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previstas no CDC (substituição da peça viciada, substituição do
produto por outro, restituição da quantia paga ou abatimento do
preço, cf. art. 18, caput e §1º, I a III).
Responsabilidade por vício do produto ou serviço: é a que se atribui ao fornecedor
por anormalidades que, sem causarem riscos à saúde, à segurança do
consumidor, afetam a funcionalidade do produto ou do serviço, nos aspectos
quantidade e qualidade, tornando-os impróprios ou inadequados ao consumo ou
diminuindo o seu valor. Também são vícios divergências do conteúdo com as
indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem
publicitária.
O Cód. Civil trata do vício redibitório, mas o CDC – art. 18 - amplia a proteção.
Nas relações civis há igualdade. Nas relações de consumo, massivas e impessoais,
o consumidor deve ser protegido, é hipossuficiente, precisa da tutela legal.
Nas relações de consumo os consumidores podem defender melhor seus direitos:
- Os prazos decadenciais para reclamar são maiores (30 ou 90 dias, cf. se trate de
produto ou serviço não durável ou durável, nos termos do art. 26).
- A reclamação alcança além dos vícios ocultos também os aparentes e os de fácil
constatação (art. 18 e 26).
- A responsabilidade não é só do vendedor, é solidária de todos os fornecedores
(fabricante, produtor, construtor, importador e vendedor).
_______________//_____________
Tipos de vício
Como há muitas relações de consumo, e elas são complexas, o CDC agrupou os
vícios cf. a sua natureza:
1. vícios de qualidade dos produtos:
são os que tornam os produtos impróprios ou inadequados ao consumo a que se
destinam ou lhes diminuam o valor.
Ex.: prazo de validade vencido, deteriorado o produto, alterado, adulterado,
falsificado, fraudado, nocivo à vida ou à saúde, perigoso, em desacordo com as
normas de fabricação, distribuição ou apresentação.
Produtos inadequados ao fim a que se destinam (art. 18, caput e §6º, I a III).
· Frustra-se a legítima expectativa do consumidor; não se mostra cf. outros
produtos do mercado; ou não são observadas normas ou padrões estabelecidos
para a aferição da qualidade.
_________________//_________
1. vícios de quantidade dos produtos:
conteúdo líquido inferior ao indicado no recipiente, embalagem, rótulo ou
mensagem publicitária (art. 19). Deve ser respeitada a variação cf. a natureza do
produto.
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Nessa hipótese, conteúdo, peso ou medida são diferentes do que foi indicado pelo
fornecedor, e a quantidade inferior causa prejuízo ao consumidor, embora não
altere a qualidade do produto.
1. vícios de qualidade dos serviços:
são os que tornam os serviços impróprios para a sua fruição ou lhes diminua o
valor.
Impróprios são os que se mostram inadequados ao fim que razoavelmente deles
se espera (bem como os que não atendam às normas regulamentares de
prestabilidade), cf. art. 20, caput e §2º.
Também os que têm disparidade qualitativa entre o serviço ofertado e o
executado.
1. vícios de quantidade dos serviços:
diferença quantitativa com as indicações constantes da oferta ou mensagem
publicitária. O serviço ofertado (diretamente ou por publicidade) é diferente em
quantidade do serviço efetivamente prestado (art. 18, caput e art. 20, caput do
CDC).
__________________//______________
A garantia legal e o regime de responsabilização.
O CDC adotou o regime de garantia legal. A própria lei dá a garantia,
independentemente de garantia contratual (art. 24, c.c/ art. 50, CDC).
Assim, o CDC determina que os produtos e serviços colocados no mercado sejam
de boa qualidade: sem vícios ou defeitos que os tornem impróprios para uso ou
consumo ou que lhes diminua o valor.
É ilícito que o fornecedor se exonere da garantia por meio de contrato.
Regra geral no CDC – responsabilidade solidária entre todos os fornecedores
(vendedor ou comerciante que teve contato direto com o consumidor, fabricante,
produtor, construtor, importador e incorporador). Art. 25, §2º, CDC.
Assim, fica mais fácil para o consumidor: se o fabricante é distante, move ação
contra o vendedor, que lhe é próximo. Se o vendedor não tem condições, pode
acionar o fabricante, que é mais poderoso e pode suportar o ônus da obrigação.
A escolha é do consumidor, o que é uma vantagem. Os réus não podem alegar
benefício de ordem.
· Em 2 situações ocorre a responsabilização direta e imediata do fornecedor
imediato:
1. no caso de fornecimento de produtos in natura, sem identificação clara de seu
produtor (art. 18, §5º);
2. quando a pesagem ou a medição são feitas pelo vendedor e o instrumento
usado não estiver aferido segundo os padrões oficiais (art. 19, §2º).
_____________//__________
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Obs.: a responsabilidade por vícios não gera indenização pecuniária por danos
causados aos consumidor. Isto ocorre na responsabilidade pelo fato. Aqui, o
escopo é garantir o perfeito funcionamento do produto vendido, e não a
indenização do dano.
Na responsabilidade por vício o consumidor escolhe as alternativas de
ressarcimento da lei:
1. vício de qualidade no produto: (art. 18, §1º, I a III, CDC)
a) substituição das partes viciadas (conserto);
b) não sendo sanado o vício em 30 dias: substituição do produto por outro da
mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
* se não tiver na loja ou no mercado, o consumidor pode exigir a substituição por
outro de espécie, marca ou modelo diversos, complementandoo pagamento ou
obtendo restituição da diferença (art. 18, §4º, CDC).
c) restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo
de eventuais perdas e danos;
d) abatimento proporcional do preço.
2. vício de quantidade no produto:
· peso ou medida inferiores ao anunciado.
O consumidor escolhe:
a) complemento do peso ou medida (assim é sanado o vício);
b) abatimento proporcional do preço;
c) substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os
aludidos vícios, devolvendo-se o produto viciado ao fornecedor. Se não for
possível, substituição por outro de espécie, marca ou modelo diversos,
complementando o pagamento ou obtendo a restituição da diferença (art. 19,
§1º, c/c art. 18, §4º);
d) a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, mais
eventuais perdas e danos (art. 19, I a IV).
3. vício de qualidade ou quantidade em serviço:
a) reexecução do serviço, sem custo adicional, para sanar o vício (se possível a
reexecução). Também pode ser refeito por terceiro;
b) restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, mais perdas
e danos (o consumidor é ressarcido do que desembolsou);
c) abatimento proporcional do preço, que será deduzido na medida da inexecução
do serviço ou do vício apresentado, havendo interesse do consumidor em receber
o serviço mesmo viciado (art. 20, I e II e §1º).
Obs.: no serviço de reparação de produtos o fornecedor deve empregar
componentes de reposição originais adequados e novos, ou que mantenham as
especificações técnicas do fabricante, excetuando-se quanto a estes últimos
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autorização em contrário do consumidor (art. 21). A infringência desta norma
leva à responsabilidade civil e sanção penal (art. 70, CDC).
___________//______
Pressupostos da responsabilidade por vício:
i. aquisição, pelo consumidor, do produto colocado no mercado de consumo, de
fabricante ou de vendedor, ou contratação de serviço;
ii. ocorrência de vício de qualidade ou quantidade que comprometa a
funcionalidade do produto ou serviço ou lhe diminua o valor;
iii. que a reclamação acerca do vício ocorra dentro do prazo fixado em lei
(VEREMOS EM SEGUIDA OS PRAZOS).
________________//_____________
Exclusão da responsabilidade:
O CDC é omisso quanto a tal exclusão, mas a doutrina diz:
· prova de que não é o fabricante, produtor, construtor, importador, comerciante
ou incorporador do produto ou prestador do serviço (prova que não foi ele que
colocou o produto ou serviço no mercado);
· prova de que o vício inexiste, embora reconheça a colocação no mercado;
· decadência (decurso de prazo para reclamar, sem que seja tomada tal
providência);
· culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro;
· caso fortuito ou força maior.
Nesses casos de causa externa (ex.: força maior) o consumidor arca com as
despesas.
________________//_______________
 
Responsabilidade nos serviços públicos.
O CDC estabeleceu como princípio da Política Nacional das Relações de Consumo a
racionalização e melhoria dos serviços públicos – art. 4o., VII do CDC.
É direito básico do consumidor a adequada e eficaz prestação dos serviços
públicos em geral (art. 6o., X).
No campo da tutela civil das relações de consumo, no capítulo que trata da
responsabilidade civil do fornecedor, o CDC cuidou da responsabilidade nos
serviços públicos estabelecendo que:
Os órgãos públicos, por si ou por concessão, permissão, empresas, ou sob
qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços
adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos (art. 22).
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Na prática ainda há muito a se fazer, quando se fala da negligência em relação a
muitos serviços, como saúde, educação, transporte, segurança etc.
Cf. art. 22, parágrafo único, CDC: nos casos de descumprimento, total ou parcial,
das obrigações referidas neste art., serão as pessoas jurídicas compelidas a
cumpri-las e a reparar os danos causados.
· todos os serviços públicos são objeto de tutela, pois o CDC não diz o que está
excluído ou incluído.
Há doutrina no sentido de que não se submetem à tutela do CDC os serviços
públicos próprios, prestados diretamente pelo Estado, como a defesa nacional e
a segurança pública, mantidos com o produto da arrecadação dos tributos em
geral. Porque aqui não há em relação a tais serviços remuneração específica,
requerimento essencial. Assim, só se submeteriam ao CDC os serviços públicos
impróprios, prestados diretamente pelo Estado ou indiretamente, por meio de
concessão, permissão ou autorização, na medida em que são custeados por meio
de pagamento de taxas ou tarifas (ex.: serviço de água, energia elétrica e
telefonia).
_________________//___________
Conforme o CDC, os fornecedores, órgãos públicos ou seus delegados, estão
obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes e seguros e, quanto aos
essenciais (para atendimento inadiável da comunidade), também contínuos.
Por isso respondem pelo fato (defeito) e por vício dos serviços (dois
regimes de responsabilização), independentemente de culpa.
Ex. de defeito: informação inadequada ou insuficiente sobre fruição e riscos.
Serviço defeituoso é o que não fornece a segurança que o usuário dela pode
esperar (art. 14, caput e §1º, CDC).
Casos de vício: serviço prestado de forma inadequada (em precárias condições),
ineficiente (deveria funcionar, mas não funciona) e descontínua (sem regularidade
de frequência e horário). O serviço deve ser adequado, eficiente e contínuo.
_______//___________
Então, órgãos públicos ou seus delegados poderão ser compelidos judicialmente a
prestar serviços adequados, eficientes e contínuos, melhorando as condições de
sua prestação, fazendo-os funcionar segundo o seu fim e a expectativa do usuário
e restabelecendo os serviços essenciais, se eventualmente sofrerem
descontinuidade.
* Obs.: para os serviços públicos o CDC não coloca as alternativas de
ressarcimento do art. 10 – por defeito (...): aqui há reparação de danos (defeito)
e possibilidade de compelir as pessoas jurídicas fornecedoras a cumprir as
obrigações assumidas por lei ou por contrato. Não há aqui a reexecução dos
serviços, restituição de quantia paga e abatimento proporcional do preço
(art. 18, c.c/ art. 22, caput e parágrafo único, do CDC). Também sobre
este ponto há divergência doutrinária.
_________________//___________
Da decadência e da prescrição.
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Prazos de reclamação por vícios:
No CDC os prazos são maiores e há vantagem quanto ao termo inicial.
Art. 26, I e II e §§1º e 3º:
· 30 dias para produto ou serviço não durável.
· 90 dias para produto ou serviço durável.
Termo inicial: varia conforme a natureza do vício:
· aparente ou de fácil constatação: conta-se a partir da entrega efetiva do produto
ou do término da execução do serviço.
· oculto: conta-se a partir do momento em que ficar evidenciado o defeito.
Obs.: o prazo não corre enquanto não decidida reclamação formulada perante o
fornecedor, nem enquanto durar a tramitação de inquérito civil (art. 26, §2º, I e II
do CDC).
______________//_____________
Da desconsideração de personalidade jurídica.
Muitas vezes o consumidor é prejudicado por não alcançar o patrimônio do
devedor, que se esconde sob a cortina de pessoa jurídica – empresa. Por isso o
CDC adotou a teoria da desconsideração da personalidade jurídica no art. 28, §§
2o. a 5o., CDC.
O certo é que só há despersonalização por desvio de finalidade, fraude à lei ou
abuso de direito, que tornam injustificável a manutenção da ficção legal de
autonomia de que gozam as pessoas jurídicas em relaçãoaos sócios.
Alcança-se, com isso, o patrimônio de sócios e administradores.
O mesmo ocorre em caso de falência, insolvência, encerramento ou inatividade de
pessoa jurídica provocados por má administração, e até genericamente quando a
personalidade jurídica for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de
prejuízos causados ao consumidor (art. 28, caput e §5º).
______________//__________
Por conta da multiplicidade atual de tipos de empresa, o CDC estabelece:
1. Cf. §3º do art. 28: solidariedade quanto a responsabilidade de empresas
consorciadas – com idêntico controle ou não, sem perda da personalidade
jurídica de cada uma delas, reúnem-se por força de contrato, para
execução de certo empreendimento empresarial, na mesma etapa
(consórcio horizontal) ou em diferentes etapas (consórcio vertical) de
produção (Lei nº 6.404, art. 278., §1º).
2. Responsabilidade subsidiária das sociedades integrantes dos grupos
societários; e também subsidiária das sociedades controladas (art. 28, §2º).
Grupo societário: constituído por convenção aprovada pelas sociedades que o
compõem, cada sociedade conservando sua personalidade jurídica e patrimônio, e
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tendo por finalidade a combinação de recursos ou esforços para a realização dos
respectivos objetivos, ou participar de atividades ou empreendimentos comuns
(Lei nº 6.404, art. 265).
Sociedades controladas: as que formam o grupo societário e também aquelas
em que a controladora é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo
permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a
maioria dos administradores (Lei nº 6.404, art. 269, II, c/c art. 243, §2º; art.
1.098, I e II, CC/02).
3. Sociedades coligadas – quando há participação de uma sociedade, com 10%
ou mais, do capital da outra, sem controla-la (art. 1.099, CC/02 e 243, §1º, Lei nº
6.404) – só respondem por culpa nas relações de consumo. Assim, se uma
infringiu relações de consumo, responderá independentemente de verificação de
culpa, enquanto as demais coligadas só responderão se demonstrada a culpa.
______________//___________
A inversão do ônus da prova.
Ocorre para a efetiva proteção do consumidor. É direito básico – art. 6o., VII,
espécie do gênero facilitação da defesa de direitos, que o CDC objetivou.
O consumidor é hipossuficiente e frágil, e por isso tem dificuldade em provar as
alegações contra o fornecedor, o que antes resultava na perda do ressarcimento.
O fornecedor controla os meios de produção, tem acesso e disposição sobre os
elemento de prova. Fornecedor prova melhor fato ligado à sua atividade.
Nas relações de consumo, se o consumidor, autor da ação, tivesse sempre o ônus
da prova, estaria reduzida a chance de vitória.
Requisitos para a inversão do ônus da prova:
1. processo civil;
2. verossimilhança nas alegações, a critério do juiz e segundo as regras ordinárias
de experiência; ou quando for comprovadamente hipossuficiente.
Ex.: o fornecedor, quando há inversão, prova que não houve colocação no
mercado; ou que não há nexo causal entre defeito e dano.
Obs.: o deferimento da inversão deverá ocorrer entre a propositura da ação e o
despacho saneador, sob pena de prejuízo para a defesa do réu.
________________//______________
Responsabilidade das Instituições Bancárias.
Da responsabilidade civil dos bancos (estabelecimentos bancários):
· A responsabilidade dos bancos encontra-se principalmente na responsabilidade
contratual. O banqueiro e seus clientes firmam entre si contrato.
· Pode também haver responsabilidade aquiliana, quando da atividade bancária
resulta prejuízo para terceiro, não cliente do estabelecimento bancário.
17/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/23
Os casos mais frequentes são de responsabilidade contratual, como no problema
de pagamento de cheque falsificado.
A responsabilidade se funda no risco profissional. Implica adoção de uma
responsabilidade objetiva, inspirada na ideia de que, se da atividade especulativa
do banqueiro resulta prejuízo para seu cliente ou para terceiro, aquele deve
repará-lo.
· Os contratos de depósito de dinheiro submetem-se às regras do mútuo, pois têm
por objeto coisas fungíveis (depósito irregular). O banco responde se ocorrer o
pagamento do cheque falsificado porque o depósito bancário é depósito irregular,
depósito de coisas fungíveis, em que os riscos da coisa depositada ficam por conta
do depositário, aplicando-se a lei referente ao mútuo (art. 645 do CC/2.002).
Sem culpa de qualquer das partes, o banco deve suportar os prejuízos.
Assumir os riscos é assumir a obrigação de vigilância, garantia ou segurança sobre
o objeto do contrato. O banqueiro se comprometeu a guardar a coisa e restituí-la
sã e salva (como no contrato de transporte, em que o transportado deve chegar
ao seu destino são e salvo), no momento em que o depositante a exigisse, sem
poder então o banqueiro recorrer a nenhuma escusa.
O banco e não o correntista é que sofre o prejuízo, porque o crime de falsificação
(cheque falsificado) se perpetra contra o banco, e não contra o correntista. O
pagamento se faz com fundos do banco, e não do correntista. O cliente nem sabe
do crime, para poder evitar que ele ocorra (mesmo que o banco também não
tenha elementos para evitar que o crime produza efeitos, a situação do banco é
menos desvantajosa que a do cliente).
· Muitas vezes a falsificação é grosseira, há culpa do banco (cf. RT 274/692, RT
282/369 e RT 285/817).
· Quando o cliente concorreu por sua culpa para a falsificação, mas esta poderia
ser facilmente descoberta, há culpa concorrente e, nesse caso, a indenização se
divide pela metade, ou na proporção das devidas culpas.
Ex.: cheque falso, em que a falsificação da assinatura é feita pelo preposto do
cliente – o cliente (depositante do dinheiro) tem culpa de entregar ao preposto
irresponsável o talão de cheques para preenchimento e o serviço do banco é
deficiente por não verificar as firmas dos cheques apresentados (culpa
concorrente: o depositário, banco, paga metade dos prejuízos sofridos pelo
correntista – RT 256/137: Decisão mantida no Tribunal, com voto vencido).
· Se a culpa é só do cliente, que agiu com negligência ou imprudência, havendo
comportamento normal do banco, não há indenização (RT 410/151 e 271/179).
Nesta última a falsificação é habilmente feita, e o banco então não tem culpa pelo
pagamento, além de se configurar a negligência do cliente.
_________________
Quando não há culpa nem de um e nem de outro – ex.: o falsificador obtém
cheque avulso, preenchido na hora, com assinatura extremamente parecida com a
de um cliente, cabe ao banco arcar com prejuízo, vez que foi a vítima do
crime.
Súmula do STF n. 28: o estabelecimento bancário responde pelo pagamento de
cheque falso, salvo na hipótese de culpa exclusiva ou concorrente do correntista.
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O CDC é aplicável às relações bancárias, sem prejuízo da competência do
BACEN para dispor sobre juros. O quanto o banco pode cobrar de juros é matéria
de direito bancário e de política monetária. O CDC se aplica para as relações de
consumo e o BACEN tem competência para definir as taxas de juros.
A Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif) questionava a
constitucionalidade da aplicação das normas do CDC às operações bancárias
porque o 192 da CF estabelece que lei complementar do Sistema Financeiro
Nacional deve existir, e o CDC não é lei complementar (não pode se aplicar ao
Sistema Financeiro Nacional).
________________________//_________________
Responsabilidade aquiliana dos bancos:
Art. 186, CC.
A responsabilidade contratual é a mais comum, quando se trata de
responsabilidadedos bancos (geralmente se dá pelo descumprimento do contrato
entre o banco e o cliente), mas pode haver responsabilidade aquiliana.
Neste caso lesa-se interesse de terceiros.
A culpa do banco é essencial para caracterizar a sua responsabilidade.
Ex.: há julgado do Rio Grande do Sul (RT 410/379) em que certo comerciante
antes de vender a prazo dois caminhões para um cliente perguntou ao banco
sobre a idoneidade do mesmo. O funcionário do banco maliciosamente falou que o
cliente era bom, quando o sabia insolvente. Em acórdão de embargos infringentes
reconheceu-se a culpa do banco pelo ato de seu preposto.
_______________
Banco responde por dano moral pelo protesto indevido de título de crédito; ou por
inserir sem razão o nome do devedor no rol de devedores inadimplentes – art. 5º,
V e X das CF. Para Nery, o 159 do CC/1916 já era fundamento para a indenização
por dano moral.
O 186 do CC trata do dano moral.
A pessoa jurídica também pode neste caso sofrer o dano moral.
A fixação do valor fica a critério do julgador.
A inscrição indevida no SERASA em consequência do protesto indevido enseja a
indenização. O valor deve punir quem indevidamente promoveu o ato e ressarcir a
parte atingida. A condenação por dano moral deve ser arbitrada com moderação,
proporcionalmente ao grau da culpa, ao porte empresarial das partes, suas
atividades empresariais, e ainda ao valor dos negócios. O juiz encontra critérios
na doutrina e na jurisprudência, com razoabilidade, valendo-se de sua experiência
e bom senso, atento à realidade da vida, à situação econômica atual e às
peculiaridades de cada caso. O STJ controla o valor arbitrado em cada caso,
aumentando-o ou baixando-o.
Obs.: O protesto indevido dá direito à indenização por dano moral à pessoa
jurídica. E não há necessidade de provar abalo à honra e à reputação sofrida pela
autora – esta é facilmente presumida. O valor deve ser fixado sem excessos,
evitando-se enriquecimento sem causa da parte atingida pelo ato ilícito.
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Responsabilidade dos sócios pela desconsideração da pessoa jurídica:
Na jurisprudência há 30 anos se aplica a teoria da despersonalização. Fábio Ulhoa
Coelho acha que o CC/2002 fez bem em trazer a regra no art. 50.
Art. 50 do CC/2002 – em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado
pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a
requerimento da parte, ou do MP quando lhe couber intervir no processo, que os
efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos
bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
Correspondência legislativa: art. 28, CDC; CTN; e art. 2º da CLT.
Obs.: os bens do sócio de uma pessoa jurídica não respondem solidariamente
por dívidas fiscais da sociedade. A responsabilidade tributária do sócio-gerente,
administrador, diretor etc. só há quando ocorre dissolução irregular da sociedade
ou se comprova infração à lei praticada pelo dirigente. Não responde por dívida
tributária o sócio que se desligou regularmente da sociedade comercial, não tendo
praticado excesso de mandato ou infração a lei, contrato ou estatutos (RT
778/211).
Exercício 1:
Na responsabilidade por vício o consumidor escolhe as alternativas de
ressarcimento da lei. O escopo é garantir o perfeito funcionamento do
produto vendido. O vício de qualidade no produto não pode ensejar:
A)
Substituição das partes viciadas (conserto).
B)
Não sendo sanado o vício em 30 dias, substituição do produto por outro da
mesma espécie, em perfeitas condições de uso. Se não tiver na loja ou no
mercado, exigência da substituição por outro de espécie, marca ou modelo
diversos, complementando, o consumidor, o pagamento, ou obtendo a restituição
da diferença.
C)
Restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo
de eventuais perdas e danos.
D)
Abatimento proporcional do preço.
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E)
Indenização pecuniária por danos causados aos consumidor.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
A) 
E) 
Exercício 2:
Quanto aos DEFEITOS EM SERVIÇOS, considere as assertivas abaixo e
assinale a alternativa correta:
I. Os defeitos em serviços relacionam-se a prestação de serviço em qualquer
modalidade, exceto de caráter trabalhista, e a insuficiência ou inadequação de
informações sobre fruição e riscos.
II. Conforme o CDC, é defeituoso o serviço quando não oferece a segurança que o
consumidor pode dele esperar.
III. Deve-se considerar modo de fornecimento ou de prestação, resultado e riscos
razoáveis que se esperam do serviço e época em que foi fornecido – não se
considera defeituoso pelo simples fato de adoção de novas técnicas.
A)
I e II são corretas.
B)
I e III são corretas.
 
C)
II e III são corretas.
 
D)
I, II e III são corretas.
E)
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I, II e III são incorretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) 
Exercício 3:
Quanto à garantia legal e ao regime de responsabilização do Código de
Defesa do Consumidor, considere as proposições seguintes e assinale a
alternativa correta:
O CDC determina que os produtos e serviços colocados no mercado sejam de boa
qualidade: sem vícios ou defeitos que os tornem impróprios para uso ou consumo
ou que lhes diminuam o valor.
PORQUE
O CDC adotou o regime de garantia legal. A própria lei dá a garantia,
independentemente de garantia contratual.
A)
As duas proposições são corretas e a segunda justifica a primeira.
B)
As duas proposições são corretas e a segunda não justifica a primeira.
 
C)
Apenas a primeira proposição é correta.
D)
Apenas a segunda proposição é correta.
E)
As duas proposições são incorretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Comentários:
A) 
Exercício 4:
Leia as frases abaixo e assinale a alternativa correta:
I. Aquisição, pelo consumidor, do produto colocado no mercado de consumo, de
fabricante ou de vendedor, ou contratação de serviço.
II. Ocorrência de vício de qualidade ou quantidade que comprometa a
funcionalidade do produto ou serviço ou lhe diminua o valor.
III. Que a reclamação acerca do vício ocorra dentro do prazo fixado em lei.
No regime do Código de Defesa do Consumidor, são pressupostos da
responsabilidade por vício:
A)
I e II.
B)
I, II e III.
C)
I e III.
D)
II e III.
E)
Nenhuma das proposições colocadas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
A) 
E) 
D) 
B) 
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Exercício 5:
Considere as proposições abaixo e assinale a alternativa correta:
I. Está excluída a responsabilidade civil por vício do produto e do serviço quando
há prova de que não é o fabricante, produtor, construtor, importador, comerciante
ou incorporador do produto ou prestador do serviço (prova que não foi ele que
colocou o produto ou serviço no mercado).
II. Está excluída a responsabilidade civil por vício do produto e do serviço quando
há prova de que o vício inexiste, embora reconheça a colocação no mercado.
III. Exclui a responsabilidade civil por vício do produto e do serviço a decadência
(decurso de prazo para reclamar, sem que seja tomada tal providência).
IV. Exclui a responsabilidade civil por vício do produto e do serviço a culpa
exclusiva do consumidor ou de terceiro.
V. Exclui a responsabilidade civil por vício do produto edo serviço o caso fortuito
ou a força maior.
A)
I, III e V são corretas.
B)
I, IV e V são corretas.
C)
II, III e IV são corretas.
 
D)
Todas são incorretas.
E)
Todas são corretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) 
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Exercício 6:
Leia com atenção a ementa abaixo e responda à questão proposta:
REsp 567333 / RN
RECURSO ESPECIAL
2003/0078182-5
Ministro FERNANDO GONÇALVES (Relator). Quarta turma.
J. 02/02/2010. Publ. 08/03/2010.
Ementa:
 
CONSUMIDOR. VEÍCULO NOVO. DEFEITO. RESTITUIÇÃO DO VALOR DO BEM
ACRESCIDO DE PERDAS E DANOS. VÍCIO DO PRODUTO. PRAZO DECADENCIAL.
1. Adquirido veículo novo com defeito não sanado no prazo de trinta
dias, pode o consumidor exigir a restituição da quantia paga,
acrescida de eventuais perdas e danos. Inteligência do art. 18 do
Código de Defesa do Consumidor.
2. O prazo a ser tomado em conta para o ingresso com a ação nas
hipóteses de vício do produto é o previsto no art. 26 do Código de
Defesa do Consumidor (90 dias quando se tratar de bem durável).
3. Nos termos do § 1º, do referido art. 26, o prazo decadencial de
noventa dias se inicia quando termina a execução dos serviços
realizados na tentativa de conserto do bem, sendo previstas, ainda,
no § 2º, circunstâncias que obstam a decadência, como, por exemplo,
a reclamação feita pelo consumidor. Nesse contexto, como a
verificação da data inicial do prazo, bem como de eventuais
situações obstativas demandam incursão no conjunto fático-probatório
dos autos, necessário se faz o retorno do processo ao Tribunal de
origem para que se manifeste sobre a questão.
4. Recurso conhecido em parte e, nesta extensão, provido.
Assinale a alternativa incorreta:
A)
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No CDC os prazos são maiores e há vantagem quanto ao termo inicial.
B)
O CDC prevê os seguintes prazos: 30 dias para produto ou serviço não durável;
90 dias para produto ou serviço durável.
C)
Não prevê, o CDC, circunstâncias que obstam a decadência, como, por exemplo, a
reclamação feita pelo consumidor.
D)
O termo inicial do prazo varia conforme a natureza do vício: aparente ou de fácil
constatação conta-se a partir da entrega efetiva do produto ou do término da
execução do serviço; oculto conta-se a partir do momento em que ficar
evidenciado.
E)
O prazo não corre enquanto não decidida reclamação formulada perante o
fornecedor, nem enquanto durar a tramitação de inquérito civil.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
A) 
E) 
D) 
B) 
C) 
Exercício 7:
Assinale a alternativa incorreta em caso de pagamento, pelo banco, de cheque
falsificado, com prejuízo ao cliente:
A)
 O banco e não o correntista é que sofre o prejuízo, porque o crime de falsificação
(cheque falsificado) se perpetra contra o banco, e não contra o correntista.
B)
 O pagamento se faz com fundos do banco, e não do correntista, de modo que o
cliente nem sabe do crime, para poder evitar que ele ocorra, e não pode (o
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cliente) ficar com o prejuízo.
C)
 Quando o cliente concorreu por sua culpa para a falsificação, mas esta poderia
ser facilmente descoberta, o banco se exime da responsabilidade civil.
D)
 A responsabilidade do banco perante o cliente é contratual e objetiva, regida pelo
Código de Defesa do Consumidor.
E)
 Se a culpa é só do cliente, que agiu com negligência ou imprudência, havendo
comportamento normal do banco, não há indenização.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
A) 
E) 
D) 
C) 
Exercício 8:
A responsabilidade civil das instituições bancárias é:
A)
 Exclusivamente contratual.
B)
 Geralmente contratual, mas pode ser aquiliana.
C)
 Sempre extracontratual e objetiva.
D)
 Subjetiva quando contratual; objetiva quando extracontratual.
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E)
 Aquiliana quando lesa interesse de clientes.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
E) 
A) 
B) 
Exercício 9:
Considere as seguintes proposições e assinale a alternativa correta:
I. A desconsideração da personalidade jurídica ocorre em caso de dívida da
pessoa jurídica, sempre que não for possível com o ativo patrimonial solver todo o
passivo.
II. A desconsideração da pessoa jurídica traz como requisito sempre o abuso da
personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão
patrimonial, podendo o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do MP quando lhe
couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de
obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios
da pessoa jurídica.
III. A desconsideração da personalidade jurídica só pode ocorrer nas relações de
consumo, não sendo tolerável nas relações civis ou trabalhistas.
A)
I e II são incorretas.
B)
II e III são incorretas.
C)
I e III são incorretas.
D)
I, II e III são corretas.
E)
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I, II e III são incorretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
A) 
E) 
D) 
C) 
Exercício 10:
Quanto à indenização por danos morais à pessoa jurídica, assinale a alternativa
correta:
A)
O protesto indevido dá direito à indenização por dano moral à pessoa jurídica,
mas há necessidade de provar abalo à honra e à reputação sofrida pela autora –
não se admite a presunção. O valor deve ser fixado sem excessos, evitando-se
enriquecimento sem causa da parte atingida pelo ato ilícito.
B)
O protesto indevido dá direito à indenização por dano moral à pessoa jurídica. E
não há necessidade de provar abalo à honra e à reputação sofrida pela autora –
esta é facilmente presumida. O valor deve ser fixado sem excessos, evitando-se
enriquecimento sem causa da parte atingida pelo ato ilícito.
 
C)
O protesto indevido dá direito à indenização por dano moral à pessoa jurídica,
mas há necessidade de provar abalo à honra e à reputação sofrida pela autora –
não se admite a presunção. O valor deve ser fixado a critério do juiz,
independentemente da razoabilidade, pois não existe tabela estabelecendo os
valores devidos a título de indenização por danos morais.
D)
O protesto indevido não dá direito à indenização por dano moral à pessoa jurídica,
porque danos morais dependem da violação de direitos da personalidade,
inerentes à pessoa natural.
E)
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O protesto indevido dá direito à indenização por dano moral à pessoa jurídica. E
não há necessidade de provar abalo à honra e à reputação sofrida pela autora –
esta é facilmente presumida. O valor deve ser fixado a critério do juiz,
independentemente da razoabilidade, pois não existe tabela estabelecendo os
valores devidos a título de indenização por danos morais.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
A) 
E) 
B) 
Exercício 11:
Analise as afirmativas seguintes e assinale a alternativa correta:
I. A responsabilidade nos serviços públicos não tem previsão no CDC.
II. É direito básico do consumidor a adequada e eficaz prestação dos serviços
públicos em geral.
III. Os órgãos públicos, por si ou por concessão, permissão, empresas, ou sob
qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços
adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.É possível afirmar que:
A)
Somente I é correta.
B)
Somente I e II são corretas.
C)
Somente II e III são corretas.
D)
Todas são corretas.
E)
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Todas são incorretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
A) 
E) 
B) 
C) 
Exercício 12:
Examine as proposições abaixo e assinale a alternativa correta:
 
Há doutrina no sentido de que não se submetem à tutela do CDC os serviços
públicos próprios, prestados diretamente pelo Estado, como a defesa nacional e a
segurança pública, mantidos com o produto da arrecadação dos tributos em geral;
assim, só se submeteriam ao CDC os serviços públicos impróprios, prestados
diretamente pelo Estado ou indiretamente, por meio de concessão, permissão ou
autorização, na medida em que são custeados por meio de pagamento de taxas
ou tarifas (ex.: serviço de água, energia elétrica e telefonia).
 
Porque
 
No caso dos serviços públicos próprios não há remuneração específica,
requerimento essencial.
 
É correto afirmar que:
A)
As duas proposições são corretas, e a segunda justifica a primeira.
B)
As duas proposições são corretas, mas a segunda não justifica a primeira.
C)
Somente a primeira proposição é correta.
D)
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Somente a segunda proposição é correta.
E)
As duas proposições são falsas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A)

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