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patologia amanda goedert Neoplasias Pulmonares: Divididas em metastáticas e primárias Primárias malignas: Carcinoma de células escamosas e adeno carcinoma correspondem a 95% 5% carcinoides, sarcomas e linfomas Primárias benignas: Hamartoma, adenomas O NUT carcinoma é raro e agressivo Hemartoma: Normalmente não é neoplasia, mas no pulmão é, pois é monoclonal, sendo uma neoplasia benigna primária pulmonar (tudo que é monoclonal é neoplásico) Lesões “em moeda”, 1 a 4 c m, esférico, não tem infiltração, é regular apesar de heterogênea Paciente pode ter essa lesão durante anos sem evoluir É uma anormalidade do tecido pulmonar, os tecidos próprios do pulmão estão arranjados formando um nódulo Facilmente visualizável O nódulo pode ser retirado Carcinomas: Segundo o INCA, é a 5º neoplasia mais comum do próximo triênio Tabagismo é o principal agente carcinogênico Comum entre 60-70 anos Quando ocorre em pacientes mais jovens pensar em hereditariedade Prognóstico ruim, pois mais da metade dos diagnósticos são feitos quando já possui metástases e 1/4 com meta para linfonodos regionais. Prognóstico de 5 anos em qualquer estágio em 16% Restrita ao pulmão Os carcinomas pulmonares são divididos em: · Adenocarcinoma (vem do epitélio glandular e se associa com o epitélio alveolar, frequentemente encontrado na periferia do pulmão, mas pode invadir o centro) · Carcinoma de células escamosas (centrais, mas podem invadir a periferia), Carcinoma neuroendócrino (central pode invadir periferia), Carcinoma grandes células · Neuroendócrino (são tipos raros de câncer que se originam nas células do sistema neuroendócrino.) · Carcinoma de grandes células: pode aparecer em qualquer parte do pulmão e tende a crescer e se disseminar rapidamente, o que pode tornar o tratamento mais difícil. Os carcinomas podem ter combinação de padrões (ex: adeno + neuroendócrino) mas não é comum Classificação histológica antiga: NÃO é mais utilizado o nome carcinoma pulmonar de pequenas células e carcinoma pulmonar de não pequenas células Etiologia e patogenia: Grandes causas: Tabagismo - acúmulo graduais de mutações condutoras Sequência de alterações não aleatórias paralela a progressão histológica para câncer Inativação pontual dos genes supressores de tumor Mutação no gene supressor do tP53 Adenocarcinoma: em mulheres não tabagistas. Há mutações que alteram tirosinas cinases, e cada uma é alvo de diferentes medicamentos, por isso, o tratamento do câncer de pulmão é "personalizado" - as características genéticas do pulmão guiam a terapia Tabagismo e outros carcinógenos ambientais - mutações. 90% dos cânceres de pulmão ocorrem em tabagistas ativos ou naqueles que interromperam o hábito recentemente. Correlação quase linear entre a frequência de câncer de pulmão e maços/anos de tabagismo Mulheres são mais suscetíveis aos efeitos carcinógenos do tabaco - não se sabe por que Minas de urânio, asbesto, poeiras contendo arsênio e etc tem interação sinérgica com dois carcinógenos: asbesto e tabaco Nem todos os fumantes desenvolve o câncer de pulmão, mas os que desenvolvem tem um prognóstico muito ruim Há efeitos mutagênicos nos carcinógenos que podem tornar o tumor hereditário Linfócitos do sangue periférico podem sofrer quebras cromossômicas após exposição a carcinógenos relacionados com o tabagismo (genótipo sensível a mutagênicos) - risco mais de 10 vezes maior para o desenvolvimento de câncer de pulmão Macro e microscopia: Lesões pequenas, firmes, cinzas-esbranquiçadas No brônquio quando for carcinoma de células escamosas (associados sempre a um brônquio) vai estar na região central Adenocarcinoma tem um crescimento mais lento e possui subtipos e são localizados mais perifericamente Adenocarcinomas crescem lentamente, formando massas menores do que outros subtipos, porém tendem a metastatizar amplamente, mesmo nos estágios iniciais Hiperplasia adenomatosa atípica: Percursor que progride para adenocarcinoma in situ e se não tratado vira um adenocarcinoma invasor Células cuboidais a colunares baixas com hipercromasia nuclear, pleomorfismo e nucléolos proeminentes Monoclonal e compartilha muitas aberrações moleculares com os adenocarcinomas adenocarcinoma “in situ” Geralmente periférico como um nódulo único Atipias brancas no epitélio que reveste o alvéolo, não invade estroma pulmonar Pode produzir muco Não destrói a arquitetura alveolar Diâmetro de 3 cm ou menos Crescimento ao longo de estruturas preexistentes Adenocarcinoma invasivo Adeno é de glândula, ele pode formar glândulas Pode ser: Adenocarcinoma invasivo não mucinoso, lepídico, acinar, micropapilar, papilar, sólido · Adenocarcinoma invasivo mucinoso - produz muco · Adenocarcinoma coloide - produz MUITO MUCO · Adenocarcinoma fetal - lembra tecido fetal · Adenocarcinoma tipo entérico Carcinoma de células escamosas: Maior incidência em homens Ele cresce e obstrui um brônquio, paciente começa a ter tosse com secreção e sangue Sintomático, quando forma massa e obstrui a luz de um brônquio principal - atelectasia distal e infecção Costumam ser precedidos por metaplasia ou displasia escamosa do epitélio brônquico Células atípicas podem ser identificadas em raspados citológicos de escarro ou em fluido de lavado brônquico - assintomática e indetectável por meio de radiografias Carcinoma de Grandes células: Células atípicas com núcleos atípicos Indiferenciados sem características citológicas comum Prognóstico ruim Indiferenciados sem características citológicas do carcinoma neuroendócrino, adenocarcinoma ou carcinoma de células escamosas. Tumores carcinoides: Iniciam como pequenas lesões na traquéia, subclassificados em atípicos ou típicos, acomete adultos jovens Ressecáveis e curáveis Os tumores carcinoides são neoplasias malignas compostas de células que contêm grânulos neurossecretores com centro denso em seu citoplasma e podem, raramente, secretar polipeptídeos hormonalmente ativos - neuroendócrino Síndrome da neoplasia endócrina múltipla Adultos jovens (média de 40 anos) 5% de todas as neoplasias pulmonares. Maioria nos brônquios principais e crescem em dois padrões: · uma massa intraluminal polipoide obstrutiva e com formato esférico · uma placa mucosa que penetra na parede brônquica - lesão em “botão de colarinho”. 5 a 15% dos carcinoides metastatizam para linfonodos hilares no momento do diagnóstico Raras as metástases à distância Carcinoides típicos: ninhos de células uniformes, núcleos redondos e regulares, cromatina em padrão “sal e pimenta”, mitoses poucas ou ausentes, e pouco pleomorfismo Carcinoides atípicos: altas taxas de mitose e pequenos focos de necrose. Crescimento intraluminal: tosse, hemoptise e infecções brônquicas e pulmonares recorrentes Periféricos geralmente assintomáticos e são descobertos incidentalmente ao RX. Síndrome carcinoide: episódios intermitentes de diarreia, rubor e cianose. Sobrevida de 5 e 10 anos para os carcinoides típicos são acima de 85%, para carcinoides atípicos, caem para 56 e 35%, respectivamente Carcinomas neuroendócrinos de pulmão Pode ser de células pequenas ou grandes São mais centrais, cinza-pálidas, invadem e vão para a periferia Diagnóstico normalmente feito quando já tem metaplasia para linfonodo regional Células tumorais relativamente pequenas, redondas a fusiformes, citoplasma escasso e cromatina finamente granular, com aparência de “sal e pimenta”. Bastante necrose e muita mitose Padrões mistos -10% (ou menos) dos carcinomas de pulmão. Tumores pulmonares – Geral: Suspeita-se quando há linfonodos na carina, mediastino, pescoço etc. Linfonodo supraclavicular esquerdo se endurece - nódulos de Virchow - tumor primário oculto, pode ter derrame pleural e pericárdico Pode causar compressão ou infiltração da veia cava superior - congestão venosa - síndrome da veia cava Neoplasias apicais podem invadir os plexos simpáticos braquial ou cervical, causando dor intensa na distribuição do nervo ulnar ou a síndrome de Horner.Estas neoplasias apicais são, por vezes, denominadas tumores de Pancoast, e a combinação dos achados clínicos é chamada síndrome de Pancoast. O tumor de Pancoast é frequentemente acompanhado pela destruição da primeira e da segunda costelas e, ocasionalmente, das vértebras torácicas. Estadiamento feito pelo TNM (todas as neoplasias malignas são feitas pelo TNM) Pleuras: Infecções bacterianas, virais etc Lesões benignas pré-invasivas: Tumor adenomatoide da pleura, Tumor mesotelial papilar bem diferenciado, Mesotelioma "ïn situ Mesotelioma maligno: é o tumor de pleura mais comum, relacionado ao asbesto Hematolinfoides: linfomas, linfoma de células B difuso Mesotelioma maligno: Asbesto 80 a 90%, latência de 20 a 40 anos - mutações condutoras adquiridas lentamente Combinação com tabagismo não aumenta o risco Precedido de fibrose pleural, formação de placas Neoplasia maligna de células mesoteliais – pleura parietal ou visceral, peritônio e pericárdio Metástases a distância são incomuns Localizado, difuso Células mesoteliais – bifásicas Epitelial: células cuboidais com pequenos brotamentos papilares revestindo espaços tubulares e microcísticos, mais comum e mais fácil de confundir com adenocarcinoma Sarcomatoso: células fusiformes ou semelhantes a fibroblastos, em camadas Bifásico: áreas do padrão sarcomatoso e áreas do padrão epitelial.
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