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Músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço

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Músculos da expressão facial, da 
mastigação e dos trígonos do pescoço
Apresentação
Você já se deu conta da quantidade de expressões faciais que é possível produzir? Por meio delas, 
as pessoas demonstram tristeza, alegria, surpresa, dúvida e vários outros tipos de emoções. Dos 
músculos da expressão facial, localizados no crânio, mais especificamente na face, alguns estão 
relacionados à boca, outros aos olhos, mas existem vários outros distribuídos pelas demais áreas 
faciais, que em conjunto são capazes de modificar a fisionomia. Além disso, no crânio existem 
músculos relacionados à mastigação propriamente dita, ou seja, que vão de fato realizar os 
movimentos mastigatórios; porém, ao mastigar, ocorre a ação integrada da musculatura facial, que 
produz uma expressão relacionada a essa ação. Cabe ao fisioterapeuta conhecer detalhamente as 
características desses músculos, bem como suas ações, inervações e a interação entre eles.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar a anatomia dos músculos da expressão facial e 
da mastigação e vai conhecer a anatomia dos músculos dos trígonos do pescoço, os quais têm 
íntima relação com os músculos anteriormente citados.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço.•
Compreender a interação entre os músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos 
do pescoço.
•
Descrever a organização e a função dos músculos da cabeça e do pescoço e relacioná-las com 
a mastigação e os movimentos do crânio.
•
Desafio
Cerca de 50% das paralisias faciais periféricas têm origem desconhecida e são denominadas 
paralisia de Bell. As mulheres são acometidas com maior frequência e a incidência, geralmente, é 
bimodal.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para 
acessar.
Após observar as imagens, monte um texto explicando a execução de cada teste e seus resultados. 
Não se esqueça de determinar qual é o lado da lesão.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/5724e234-cfe1-4fcb-90a1-48ccd331bb35/a32d097d-0cd5-4252-896b-f196a7a0b409.png
Infográfico
Compreender a ação integrada dos músculos da expressão facial para a demonstração das emoções 
não é tarefa fácil, mas para isso é feita uma análise da ação desses músculos. Essa análise é de 
extrema importância, uma vez que os músculos são testados para determinar sua funcionalidade. 
No Infográfico a seguir, você vai ver como a análise é realizada. 
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/a5c85b95-8d27-4e35-80c6-a4eee9bb356c/be11e0a3-e10a-49a2-aede-37d81001eac5.jpg
Conteúdo do livro
Conhecer a anatomia musculoesquelética faz parte da formação de todo fisioterapeuta, e a região 
de cabeça e pescoço não fica em segundo plano. Conhecer a anatomia de maneira detalhada 
fornece subsídios para determinar diagnósticos e traçar os tratamentos mais adequados.
No capítulo Músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço, que faz parte 
do livro Anatomia aplicada à fisioterapia, você vai estudar a anatomia dos músculos da expressão 
facial e da mastigação, além de aprender a anatomia de alguns músculos do pescoço, mais 
especificamente aqueles que fazem parte dos trígonos do pescoço.
ANATOMIA 
APLICADA A 
FISIOTERAPIA
Giulianna da Rocha 
Borges
Músculos da expressão 
facial, da mastigação e 
dos trígonos do pescoço
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar os músculos da expressão facial, da mastigação e dos 
trígonos do pescoço.
  Desenvolver a compreensão da interação entre os músculos da ex-
pressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço.
  Descrever a organização e a função dos músculos da cabeça e do 
pescoço com a mastigação e os movimentos do crânio.
Introdução
Neste capítulo, você vai descrever a morfologia e a função dos músculos 
da expressão facial, ou seja, os músculos responsáveis por demonstrarmos 
variados aspectos de nossas emoções. Também vamos discutir sobre a 
morfologia e a função dos músculos responsáveis pela função da masti-
gação e dos músculos que formam as áreas de referência denominadas 
trígonos do pescoço. 
Ao conhecer essas estruturas e suas particularidades, você será capaz 
de identificá-las em seus pacientes e compreender as consequências 
dos déficits funcionais relacionados a estas, sendo possível determinar o 
melhor tipo de tratamento para o acometimento diagnosticado.
Anatomia dos músculos da expressão facial
Os músculos da expressão facial estão localizados na tela subcutânea da cabeça, 
principalmente da face, e, por isso, ao se contraírem promovem modifi cações 
na superfície da face, promovendo a expressão de nossas emoções. Por meio 
da ação desses músculos, podemos demonstrar se estamos felizes, tristes, 
intrigados com algum fato, surpresos e muitas outras emoções. O fato de 
produzirmos gargalhadas recruta a ação de diversos músculos da expressão 
facial e até mesmo do pescoço (TORTORA; NIELSEN, 2013). Todos esses 
músculos são inervados pelo nervo facial (VII par de nervo craniano) via 
ramo auricular posterior ou ramos temporal, zigomático, bucal, marginal 
da mandíbula ou cervical do plexo parotídeo (MOORE; DAILEY; AGUR, 
2014). A ação sinérgica desses músculos é responsável pela complexa função 
de comunicação e expressar as emoções faz parte dessa comunicação. As 
características morfológicas de cada músculo esquelético da expressão facial 
serão descritas a seguir.
Como já mencionado anteriormente, muitos músculos da expressão facial 
são importantes para a comunicação, os músculos relacionados à boca, princi-
palmente, são essenciais à fala, pois influenciam na clareza da voz, alterando 
o formato e a abertura da boca.
  Músculo orbicular da boca: é um músculo esfinctérico, ou seja, suas 
fibras circundam uma abertura, no caso, a rima da boca. Sua contração 
promove o fechamento da boca. Tem origem na tela subcutânea da 
região perioral, parte medial da maxila e mandíbula e ângulo da boca 
(MOORE; DAILEY; AGUR, 2014).
  Músculo bucinador: é um músculo plano, fino e retangular, localizado na 
região profunda da bochecha, mais especificamente na pele lateral aos 
processos alveolares da maxila e da mandíbula, em oposição aos dentes 
molares. Se insere no ângulo da boca e no músculo orbicular da boca. 
Sua contração atua em diversos movimentos importantes, como manter 
a bochecha tensa durante a mastigação, protegendo-a dos dentes. Além 
disso, resiste à distensão ao soprar, mantém o alimento fora do vestíbulo 
da boca ao atuar juntamente com a língua e pressiona a bochecha con-
tra os dentes molares. O ducto excretor da glândula parótida, a maior 
das glândulas salivares, perfura a face anterior do músculo bucinador 
para se abrir no vestíbulo da boca (MOORE; DAILEY; AGUR, 2014; 
TORTORA; NIELSEN, 2013).
Músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço2
  Músculo levantador do lábio superior: o músculo levantador do lábio 
superior é uma faixa delgada de músculo esquelético com origem na 
margem infraorbital da maxila, desce lateralmente à asa do nariz e se 
insere na tela subcutânea do lábio superior, medialmente ao músculo 
levantador do ângulo da boca. Sua ação a própria nomenclatura indica, 
porém, também everte o lábio superior e aprofunda o sulco nasolabial, 
como na expressão de tristeza (MOORE; DAILEY; AGUR, 2014).
  Músculo levantador do ângulo da boca: tem origem um pouco mais 
inferior e profunda ao músculo levantador do lábio superior na fossa 
canina da maxila e sua inserção acontece na tela subcutânea do ângulo 
da boca (modíolo). As suas ações envolvem alargar a rima da boca tanto 
uni como bilateralmente, por exemplo, ao sorrir ou ao fazer careta 
mostrando os dentes(MOORE; DAILEY; AGUR, 2014).
  Músculo risório: formado por uma faixa estreita e transversal de músculo 
esquelético, o músculo risório tem origem na fáscia parotídea e tela 
subcutânea relacionada, superficial ao músculo masseter. Insere-se 
no ângulo da boca inferiormente à inserção do músculo levantador do 
ângulo da boca. O músculo risório puxa o ângulo da boca no sentido 
horizontal e auxilia o músculo abaixador do ângulo da boca a abaixar 
a comissura labial bilateralmente para exprimir reprovação ou tristeza 
(MOORE; DAILEY; AGUR, 2014; TORTORA; NIELSEN, 2013).
  Músculo abaixador do ângulo da boca: origina-se da base anterolateral 
da mandíbula e insere-se no ângulo da boca, superficial à inserção do 
músculo risório. Esse músculo abaixa a comissura labial bilateralmente 
para exprimir reprovação ou tristeza (MOORE; DAILEY; AGUR, 2014).
  Músculo abaixador do lábio inferior: esse músculo retrai o lábio inferior 
ou o everte para fazer beicinho ou expressar tristeza. Tem origem no 
músculo platisma e parte anterolateral da mandíbula e se insere na 
tela subcutânea do lábio inferior, medialmente à inserção do músculo 
abaixador do ângulo da boca (MOORE; DAILEY; AGUR, 2014).
  Músculo zigomático menor: os músculos zigomáticos também parti-
cipam da movimentação da boca. O músculo zigomático menor tem 
origem na face anterior do osso zigomático entre o músculo zigomático 
maior e a parte zigomática do músculo orbicular do olho, próximo 
ao arco zigomático. A inserção acontece na tela subcutânea do lábio 
superior, lateral ao músculo levantador do lábio superior. Sua contração 
promove elevação ou retração e everção do lábio superior e aprofunda 
o sulco nasolabial (MOORE; DAILEY; AGUR, 2014).
3Músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço
  Músculo zigomático maior: com origem na face lateral do osso zigomá-
tico, próximo ao arco zigomático (lateral ao músculo zigomático menor) 
e inserção no ângulo da boca, causa elevação da comissura labial, sendo 
que, com a contração bilateral, promove o sorriso, e com a contração 
unilateral, expressa desdém (MOORE; DAILEY; AGUR, 2014).
  Músculo mentual: é o músculo mais anterior da mandíbula, responsável 
por elevar a pele do queixo (mento) nas expressões de dúvida, além 
de elevar e protrair o lábio inferior. Tem origem na face anterior do 
corpo da mandíbula e inserção na tela subcutânea do queixo no sulco 
mentolabial (MOORE; DAILEY; AGUR, 2014).
  Músculo platisma: é o músculo mais superficial na região do pescoço, 
tomando toda face lateral. É delgado e plano, com origem na tela sub-
cutânea das regiões infra e supraclaviculares. Segue superiormente para 
inserir na base da mandíbula, na pele da bochecha, no lábio inferior e no 
músculo orbicular da boca. Promove abaixamento da mandíbula (contra 
resistência), tensiona a pele da região inferior da face e do pescoço nas 
expressões de tensão e estresse (MOORE; DAILEY; AGUR, 2014).
Os músculos a seguir estão relacionados às expressões faciais da região 
dos olhos, porém, não se limitam a eles.
  Músculo occiptofrontal: o músculo occiptofrontal é plano e tem dois 
ventres (digástrico) unidos por uma aponeurose, a aponeurose epicrâ-
nica. O ventre frontal faz parte dos músculos da face e está localizado 
na tela subcutânea relacionada ao osso frontal e o ventre occipital está 
localizado na tela subcutânea relacionada ao osso occipital e se fixa na 
linha nucal superior desse osso. A aponeurose epicrânica une ambos 
os ventres nas regiões superior e lateral da cabeça relacionadas ao osso 
parietal. Os ventres frontal e occipital agem em conjunto para elevar 
os supercílios e enrugar a fronte (rugas transversais), como quando 
somos surpreendidos (MOORE; DAILEY; AGUR, 2014; TORTORA; 
NIELSEN, 2013).
  Músculo orbicular do olho: assim como o músculo orbicular da boca, é 
um músculo esfinctérico. Tem uma parte palpebral e uma parte orbital. 
As fibras da parte palpebral circulares recobrem as pálpebras superior 
e inferior e, ao se contrair, fecham as pálpebras com suavidade. A 
parte orbital tem fibras que circundam a margem orbital medial e, ao 
se contrair, fecham os olhos com firmeza (MOORE; DAILEY; AGUR, 
2014). Moore, Dailey e Agur (2014) ainda considera uma parte profunda 
Músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço4
localizada posteriormente ao saco lacrimal e que auxilia na drenagem 
das lágrimas.
  Músculo corrugador do supercílio: os dois músculos corrugadores do 
supercílio estão localizados na região frontal entre as órbitas. Cada 
músculo tem origem na extremidade medial do arco superciliar e in-
serção na tela subcutânea superior ao meio da margem supraorbital e 
arco superciliar. Atuam principalmente nas expressões de interesse ou 
preocupação, levando o supercílio medial e inferiormente, criando rugas 
verticais acima do nariz (MOORE; DAILEY; AGUR, 2014).
  Músculo prócero: tem origem na fáscia aponeurótica que cobre o osso 
nasal e a cartilagem nasal lateral e a inserção acontece na tela subcutâ-
nea da fronte inferior, entre os supercílios. A contração desse músculo 
abaixa a extremidade medial do supercílio e enruga a pele sobre o 
dorso do nariz, como nas expressões de desdém ou aversão (MOORE; 
DAILEY; AGUR, 2014). Moore, Dailey e Agur (2014) considera a des-
crição do músculo prócero em conjunto à descrição do músculo nasal 
como parte transversa. Tortora e Nielsen (2013) nomeiam o músculo 
prócero juntamente com sua parte nasal de músculo nasal. Já Martini, 
Timmons e Tallitsch (2009) e Tank e Gest (2009) consideram a parte 
superior entre o supercílio como o músculo prócero e a parte nasal 
como músculo nasal.
  Músculo levantador do lábio superior e da asa do nariz: tem origem 
no processo frontal da maxila e inserção na cartilagem alar maior. Sua 
contração traciona a asa do nariz, dilatando-a, e uma ação mais forte 
promove levantamento do lábio superior (MOORE; DAILEY; AGUR, 
2014).
A seguir, veja as Figuras 1 e 2.
5Músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço
Figura 1. Vista anterior dos músculos da expressão facial.
Fonte: Adaptada de Tank e Gest (2009).
Músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço6
Figura 2. Vista lateral dos músculos da expressão facial.
Fonte: Adaptada de Tank e Gest (2009).
Você deve ter notado que a contração de um único músculo não é capaz 
de produzir uma expressão facial. As expressões faciais são, na verdade, uma 
combinação complexa das ações de vários desses músculos e que devem ser 
controladas para que possamos demonstrar cada uma das várias “faces” que 
podemos ter.
7Músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço
É muito simples compreender as ações dos músculos da mímica ou expressão facial 
quando estudamos os déficits funcionais que podem ocorrer nesses músculos, como 
na paralisia de Bell. A paralisia de Bell é caracterizada por lesão ou patologia do nervo 
facial de apenas um dos lados da face. Como discutido anteriormente, todos os mús-
culos da expressão facial são inervados por ramos do nervo facial e o acometimento 
unilateral desse nervo promove prejuízo completo da função dos músculos faciais do 
mesmo lado da lesão ou patologia, sendo que o lado oposto se mantém funcional. Os 
indivíduos com paralisia de Bell têm dificuldade em fechar os olhos e a boca, enrugar 
a testa, sorrir, enfim, têm dificuldade em expressar as emoções adequadamente, 
em razão da assimetria da contração dos músculos da expressão facial. Além disso, 
apresentam dificuldade em deglutir e na salivação. Vale ressaltar que a paralisia de 
Bell é algo mais difuso, levando a prejuízos mais amplos, porém, podem existir lesões 
mais localizadas, como traumas na face que podem lesionar os ramos do nervo facial 
e promover déficit de função somente de alguns músculos específicos.
Anatomia dos músculos da mastigação
A capacidade de triturar os alimentos em unidades menores é fundamental 
ao processo digestóriode vários seres vivos. Essa capacidade depende da 
ação integrada da língua, dos dentes, do controle da respiração e, claro, dos 
movimentos mandibulares promovidos pelos músculos da mastigação e pos-
sibilitados pela articulação temporomandibular (ATM), a única articulação 
móvel (sinovial ou diartrose) da cabeça. A mandíbula é capaz de realizar 
movimentos em vários eixos enquanto o osso temporal permanece imóvel no 
crânio. A musculatura esquelética relacionada a esses movimentos é denomi-
nada em conjunto como músculos da mastigação ou músculos que movem a 
mandíbula, são eles os músculos masseter, temporal e pterigoideos medial e 
lateral (TORTORA; NIELSEN, 2013).
Músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço8
  Músculo masseter: o músculo masseter é considerado o mais forte mús-
culo da mandíbula. Sua origem está na maxila e no arco zigomático e 
inserção no ramo e no ângulo da mandíbula. Está envolvido na retração e 
elevação da mandíbula. É inervado pelo ramo mandibular (V3) do nervo 
trigêmeo (V par de nervo craniano) (TORTORA; NIELSEN, 2013).
  Músculo temporal: tem origem na fossa temporal e se insere no processo 
coronoide da mandíbula. Ao se contrair, eleva e retrai a mandíbula 
atuando como um sinergista do músculo masseter. É inervado pelo 
ramo mandibular (V3) do nervo trigêmeo (V par de nervo craniano) 
(TORTORA; NIELSEN, 2013).
  Músculo pterigoideo lateral: sua origem é na asa maior do esfenoide e 
parte lateral do processo pterigoide e maxila. O músculo se insere no 
côndilo da mandíbula e na ATM para protrair e abaixar a mandíbula 
ao abrirmos a boca. Além disso, sua contração move a mandíbula 
lateralmente. É inervado pelo ramo mandibular (V3) do nervo trigêmeo 
(V par de nervo craniano) (TORTORA; NIELSEN, 2013).
  Músculo pterigoideo medial: sua origem é próxima ao músculo pterigoi-
deo lateral na face medial do processo pterigoide e maxila e sua inserção 
é na face interna do ramo e no ângulo da mandíbula. Sua contração 
promove elevação e protração da mandíbula e, assim como o músculo 
pterigoideo lateral, promove lateralização desse osso. É inervado pelo 
ramo mandibular (V3) do nervo trigêmeo (V par de nervo craniano) 
(TORTORA; NIELSEN, 2013).
Você deve ter percebido que a inervação dos músculos da mastigação é diferente da 
inervação dos músculos da expressão facial e, em razão disso, a paralisia de Bell não 
afeta os músculos da mastigação.
Veja a seguir as Figuras 3 e 4.
9Músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço
Figura 3. Músculo masseter e músculo temporal.
Fonte: Adaptada de Tank e Gest (2009).
Músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço10
Figura 4. Músculos pterigoideos medial e lateral (os músculos masseter e temporal foram 
seccionados).
Fonte: Adaptada de Tank e Gest (2009).
Além da musculatura que move a mandíbula, temos também os músculos 
relacionados à língua, que são fundamentais ao processo da mastigação, 
levando o alimento de um lado ao outro da boca, misturando-o à secreção 
salivar, posicionando-o entre os dentes e empurrando-o em direção à parte 
oral da faringe para a deglutição. Os músculos intrínsecos da língua formam 
a estrutura muscular desse órgão (se originam e se inserem na própria língua) 
e alteram a sua forma. Já os músculos extrínsecos promovem a fixação da 
língua em estruturas como o osso hioide, processo estiloide do temporal e 
mandíbula e, para isso, têm origem nessas estruturas e se fixam à língua para 
promover a sua movimentação (MOORE; DAILEY; AGUR, 2014; TORTORA; 
NIELSEN, 2013).
11Músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço
  Músculo genioglosso: tem origem na mandíbula e inserção na face 
inferior da língua e osso hioide. Com essa inserção, o músculo é capaz 
de abaixar e protrair a língua. É inervado pelo nervo hipoglosso (XII 
par de nervo craniano) (TORTORA; NIELSEN, 2013).
  Músculo estiloglosso: como a própria nomenclatura indica, tem origem 
no processo estiloide do osso temporal. A inserção na parte lateral e face 
inferior da língua faz com que o músculo eleve a língua tracionando-a 
posteriormente. É inervado pelo nervo hipoglosso (XII par de nervo 
craniano) (TORTORA; NIELSEN, 2013).
  Músculo hioglosso: tem origem no osso hioide, mais especificamente 
no corno maior e no corpo desse osso. A inserção é feita na margem 
lateral da língua. Ao se contrair promove abaixamento e traciona os 
lados da língua para baixo. É inervado pelo nervo hipoglosso (XII par 
de nervo craniano) (TORTORA; NIELSEN, 2013).
  Músculo palatoglosso: tem origem na face anterior do palato mole 
e inserção na margem lateral da língua. Sua contração eleva a parte 
posterior da língua e traciona o palato mole para baixo. É inervado pelo 
nervo faríngeo proveniente do nervo vago (X par de nervo craniano) 
(TORTORA; NIELSEN, 2013).
Veja a Figura 5 a seguir.
Figura 5. Músculos extrínsecos da língua.
Fonte: Adaptada de Tank e Gest (2009).
Músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço12
Não podemos deixar de mencionar que os músculos da mastigação pro-
movem os movimentos mastigatórios em si, porém, músculos da expressão 
facial também são importantes para complementar essa tarefa. Por exemplo, 
o músculo bucinador mantém a parede da bochecha tensionada para que os 
dentes não lesionem essa área. O músculo orbicular da boca a mantém fechada 
durante a mastigação. Além disso, os músculos levantadores e abaixadores 
da região da boca promovem a abertura da boca para que o alimento penetre 
a cavidade oral (MOORE; DAILEY; AGUR, 2014).
Por falar em complementação, vários músculos do pescoço também estão 
relacionados aos movimentos mastigatórios, principalmente os músculos 
infra-hioideos que formam a base de sustentação da língua no assoalho da 
boca (MOORE; DAILEY; AGUR, 2014). Passaremos a seguir para a discussão 
de grande parte da musculatura do pescoço.
Músculos e trígonos do pescoço
Já discutimos anteriormente que o músculo platisma é o mais superfi cial da 
face lateral do pescoço, porém, se você tentar rodar lateralmente a cabeça 
realizando uma leve fl exão, vai notar que um músculo longo e de ventre 
relativamente volumoso vai fazer saliência do lado oposto à rotação. Esse é 
o músculo esternocleidomastoideo (ECM), que divide o pescoço em região 
cervical anterior à sua frente e região cervical lateral (TEIXEIRA; REHER, 
P.; REHER, V., 2008), considera região posterior, posteriormente a ele. O 
músculo ECM tem origem no processo mastoide do osso temporal e duas 
inserções, uma na clavícula e outra no esterno. Seu trajeto desde sua origem 
até suas inserções é facilmente palpável (MOORE; DAILEY; AGUR, 2014). 
As regiões cervicais anterior e lateral são áreas de referência para palpação de 
estruturas importantes que estão localizadas nos espaços denominados trígonos 
cervicais ou do pescoço (MOORE; DAILEY; AGUR, 2014; DRAKE; VOGL; 
MITCHELL, 2015; TEIXEIRA; REHER, P.; REHER, V., 2008).
Como já mencionado, o músculo ECM é a referência para determinar as 
regiões anterior e lateral do pescoço, porém, para limitarmos essas regiões e 
formar os trígonos, precisamos descrever outras estruturas, como os músculos 
relacionados à essas regiões.
13Músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço
Músculos da região cervical anterior
A região anterior tem a forma de um triângulo invertido, limitado posterior-
mente pela margem anterior do músculo ECM, superiormente pela margem 
inferior da mandíbula e anteriormente pela linha mediana do pescoço. É na 
região anterior que temos acesso às principais estruturas entre o tórax e a 
cabeça e ela é dividida pelos músculos digástrico e omo-hioideo em trígonos 
carótico, muscular, submentual e submandibular, sendo o carótico e o sub-
mandibular os mais importantes para a prática clínica (MOORE; DAILEY; 
AGUR, 2014; DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2015; TEIXEIRA; REHER, P.; 
REHER, V., 2008).
  Músculos hioideos: é um conjuntode músculos que se fixam no osso 
hioide, acima ou abaixo dele, denominados músculos supra-hioideos e 
infra-hioideos, respectivamente. Têm a função de estabilizar ou movi-
mentar essa região, principalmente a laringe e o próprio osso hioide. Os 
músculos supra-hioideos são compostos pelos músculos milo-hioideo, 
gênio-hioideo, estilo-hioideo e digástrico. Esses músculos formam 
também o assoalho da boca, permitindo que a língua tenha uma base 
de ação no osso hioide. Além disso, durante a deglutição e a entonação 
da voz, os músculos supra-hioideos elevam o osso hioide e a laringe 
(MOORE; DAILEY; AGUR, 2014; TEIXEIRA; REHER, P.; REHER, 
V., 2008).
Músculos supra-hioideos
  Músculo digástrico: recebe essa nomenclatura por ter dois ventres em 
série, sendo que entre eles o tendão passa por uma alça fibrosa no corpo 
do hioide e que permite a livre-movimentação do músculo. O que torna 
esse músculo ainda mais interessante é que seu ventre anterior que tem 
origem na fossa digástrica da mandíbula é inervado pelo nervo trigêmeo 
e o ventre posterior com origem na incisura mastoidea do osso temporal, 
pelo nervo facial. A inserção de ambos os ventres é considerada no 
tendão intermédio que passa pela alça fibrosa no corpo e corno maior 
do osso hioide (MOORE; DAILEY; AGUR, 2014; TEIXEIRA; REHER, 
P.; REHER, V., 2008).
  Músculo milo-hioideo: esse músculo divide a cavidade oral do pescoço 
e além de elevar o osso hioide, eleva o assoalho da boca e a língua, 
principalmente, durante a deglutição e a fala. Sua origem é na linha 
Músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço14
milo-hioidea da mandíbula e a inserção na rafe milo-hioidea e corpo do 
osso hioide. A inervação é pelo ramo do nervo alveolar inferior (ramo 
do nervo mandibular do trigêmeo) denominado nervo para o músculo 
milo-hioideo (MOORE; DAILEY; AGUR, 2014; TEIXEIRA; REHER, 
P.; REHER, V., 2008).
  Músculo gênio-hioideo: tem origem na espinha geniana da mandíbula 
e se insere na metade superior do corpo do osso hioide. Sua contração 
puxa o osso hioide em sentido anterossuperior, encurta o assoalho da 
boca e alarga a faringe. É inervado pelo nervo hipoglosso (MOORE; 
DAILEY; AGUR, 2014; TEIXEIRA; REHER, P.; REHER, V., 2008).
  Músculo estilo-hioideo: esse músculo corre paralelo e superiormente 
ao ventre posterior do músculo digástrico. A sua origem é no processo 
estiloide do osso temporal e a inserção é no corno maior do osso hioide. 
É inervado pelo ramo estilo-hioideo do nervo facial (MOORE; DAILEY; 
AGUR, 2014; TEIXEIRA; REHER, P.; REHER, V., 2008).
Músculos infra-hioideos
  Músculo esterno-hioideo: sua origem é no manúbrio do esterno e ex-
tremidade medial da clavícula e insere-se no corpo do osso hioide. Sua 
ação básica e abaixar o osso hioide, principalmente após sua elevação 
durante a deglutição. Sua inervação é proveniente da alça cervical (C1 
a C3) (MOORE; DAILEY; AGUR, 2014; TEIXEIRA; REHER, P.; 
REHER, V., 2008).
  Músculo omo-hioideo: também tem dois ventres em série unidos por 
um tendão intermediário, um ventre inferior que se origina na região 
escapular, em sua margem superior próxima à incisura escapular, e um 
ventre superior que se insere na margem inferior do osso hioide. Suas 
ações incluem abaixar, retrair e estabilizar o osso hioide. O músculo 
esterno-hioideo é inervado pela alça cervical (C1 a C3) (MOORE; 
DAILEY; AGUR, 2014; TEIXEIRA; REHER, P.; REHER, V., 2008).
  Músculo esternotireoideo: estende-se da face posterior do manúbrio 
do esterno até a linha oblíqua da cartilagem tireoidea para abaixar o 
osso hioide e a laringe. Sua inervação é proveniente da alça cervical 
(C2 e C3) (MOORE; DAILEY; AGUR, 2014; TEIXEIRA; REHER, 
P.; REHER, V., 2008).
  Músculo tíreo-hioideo: parte da linha oblíqua da cartilagem tireóidea e 
se insere na margem inferior do corpo e corno maior do osso hioide. Esse 
músculo abaixa o osso hioide e eleva a laringe. É inervado pelo nervo 
15Músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço
hipoglosso (MOORE; DAILEY; AGUR, 2014; TEIXEIRA; REHER, 
P.; REHER, V., 2008).
Veja a Figura 6 a seguir.
Figura 6. Músculos hioideos, supra e infra-hioideos. O músculo gênio-hioideo só pode ser 
visualizado na face interna do assoalho da boca.
Fonte: Adaptada de Tank e Gest (2009).
Músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço16
Músculos da região cervical lateral
Anteriormente, a região cervical lateral é limitada pelo músculo ECM e pos-
teriormente pelo músculo trapézio. Em seu assoalho, podemos observar de 
posterior para anterior, os músculos esplênio da cabeça, levantador da escápula 
e escalenos. Os músculos trapézio, levantador da escápula e esplênio da cabeça 
serão descritos em outras sessões.
  Músculo esternocleidomastoideo: apesar de ser o músculo que divide as 
regiões anterior e posterior, vamos descrevê-lo nesse tópico. Sua origem 
é no processo mastoide do osso temporal, o que confere parte de sua 
nomenclatura. A inserção é dupla pela divisão de seu tendão que se fixa 
ao terço médio da clavícula e ao manúbrio do esterno. É inervado pelo 
nervo acessório e sua contração bilateral promove diversos movimen-
tos, como estender o pescoço agindo nas articulações atlantoccipitais, 
fletir as vértebras cervicais (aproxima o queixo ao esterno), estender as 
vértebras cervicais superiores enquanto flete as inferiores para levar o 
queixo a frente com a cabeça mantida no mesmo nível, elevar o manú-
brio do esterno e as extremidades esternais das clavículas quando as 
vértebras cervicais estão fixas, auxiliando a inspiração profunda. Já a 
contração unilateral promove inclinação da cabeça para o mesmo lado 
da contração e a gira voltando a face para cima e para o lado oposto 
(MOORE; DAILEY; AGUR, 2014).
  Músculos escalenos: é um conjunto de três músculos inervados pelos 
ramos anteriores dos nervos espinais cervicais, denominados músculos 
escalenos anterior, médio e posterior. O músculo escaleno anterior 
flete a cabeça, originando-se dos processos transversos das vértebras 
C III a C VI e inserindo-se na primeira costela. Os músculos escalenos 
médio e posterior originam-se dos tubérculos posteriores dos processos 
transversos das vértebras C V a C VII. O escaleno médio se insere na 
face superior da primeira costela, posteriormente ao sulco da artéria 
subclávia. O escaleno posterior insere-se na margem externa da segunda 
costela. Ambos fletem o pescoço, sendo que o escaleno médio eleva a 
primeira costela e o escaleno posterior eleva a segunda costela durante 
a inspiração forçada (MOORE; DAILEY; AGUR, 2014).
Veja a Figura 7.
17Músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço
Figura 7. Músculos da região posterior do pescoço. O músculo ECM foi removido e o 
músculo escaleno posterior é profundo ao músculo levantador da escápula.
Fonte: Adaptada de Tank e Gest (2009).
Trígonos do pescoço
Trígonos da região anterior: existem divisões que limitam bem cada trígono.
  Trígono submentual: é um trígono ímpar limitado inferiormente pelo 
osso hioide, lateralmente pelo ventre anterior do músculo digástrico e 
seu assoalho é formado pelo músculo milo-hioideo. É conteúdo desse 
trígono os linfonodos submentuais e pequenas veias tributárias da veia 
jugular anterior (TEIXEIRA; REHER, P.; REHER, V., 2008). 
  Trígono submandibular: seus limites compreendem a margem inferior 
da mandíbula e os ventres anterior e posterior do músculo digástrico, 
sendo o assoalho também formado pelo músculo milo-hioideo, além 
Músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço18
do músculo hioglosso. Seu conteúdo é composto pela glândula sub-
mandibular, linfonodos submandibulares, nervo hipoglosso, nervo 
milo-hioideo e parte da artéria e veia faciais (TEIXEIRA; REHER, 
P.; REHER, V., 2008).
  Trígono carótico: superiormente é limitado pelo ventre posterior do 
músculo digástrico, lateralmente pela margem anterior do músculo ECM 
e inferiormente pelo ventresuperior do músculo omo-hioideo. Estão 
contidos nesse trígono a bainha carótica contendo a artéria carótida 
comum, sua bifurcação e seus ramos, veia jugular interna, nervo vago, 
artéria carótida externa, nervo hipoglosso, nervo acessório, glândula 
tireoide (um dos lobos), laringe, faringe, linfonodos cervicais profundos 
e ramos do plexo cervical (TEIXEIRA; REHER, P.; REHER, V., 2008).
  Trígono muscular: anteriormente é limitado pela linha mediana do 
pescoço, lateralmente pela margem anterior do músculo ECM e supe-
riormente pelo ventre superior do músculo omo-hioideo. Seu conteúdo 
consiste nos músculos infra-hioideos, tireoide, paratireoides e laringe 
(TEIXEIRA; REHER, P.; REHER, V., 2008).
Trígonos da região lateral: está relativamente acima da entrada da axila 
e associa-se a estruturas que entram e saem do membro superior. É dividida 
nos trígonos occipital e omoclavicular e não existem estruturas específicas 
limitando a separação entre eles (MOORE; DAILEY; AGUR, 2014; DRAKE; 
VOGL; MITCHELL, 2015; TEIXEIRA; REHER, P.; REHER, V., 2008).
  Trígono occipital: é o maior trígono da região lateral. É limitado poste-
riormente pela margem anterior do músculo trapézio, anteriormente pela 
margem posterior do músculo ECM e inferiormente pelo ventre inferior 
do músculo omoclavicular. As estruturas que compõem seu conteúdo 
são parte da veia jugular externa, ramos posteriores do plexo cervical, 
nervo acessório, troncos do plexo braquial, artéria cervical transversa 
e linfonodos cervicais (TEIXEIRA; REHER, P.; REHER, V., 2008).
  Trígono omoclavicular: está localizado na parte mais inferior da região 
lateral cervical, próximo à inserção do músculo ECM. Seu limite inferior 
está relacionado à metade anterior do terço médio da clavícula que limita 
a região lateral do pescoço e o limite superior é determinado pelo ventre 
inferior do músculo omoclavicular. Seu conteúdo é formado pela artéria 
subclávia, parte da veia subclávia, artéria supraescapular e linfonodos 
supraclaviculares (TEIXEIRA; REHER, P.; REHER, V., 2008).
19Músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço
Veja a seguir a Figura 8.
Figura 8. Região cervical anterior (amarelo), região cervical posterior (azul) e trígonos 
cervicais (numerais). 
Fonte: Adaptada de Martini, Timmons e Tallitsch (2009).
M. bucinador
M. ester nocleidomastóideo
Trígonos cervicais:
1. Submentual
2. Submandibular
3. Carótico
4. Muscular
5. Omoclavicular
6. Occipital
Platisma
Ventre anterior
do m. digástrico
Ventre superior do
m. omo-hioideo
Ventre inferior do
m. omo-hioideo
Ventre posterior do m. digástrico
 (seccionado
e rebatido)
Aponeur ose
epicrânica
M. occipito-
frontal, ventre
occipital
M. masseter
M. abaixador do
lábio inferior
M. orbicular
da boca
M. zigomático
maior
M. orbicular
do olho
M. occipitofr ontal,
ventre frontal
M. nasal
M. pr ócero
M. tempor o-
parietal
(seccionado
e rebatido)
M. mentual
(seccionado)
M. abaixador do
ângulo da boca
M. levantador do
lábio superior
M. zigomático
menor
M. levantador do
ângulo da boca
M. temporal
1
2
3
4
5
6
Músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço20
DRAKE, R. L.; VOGL, A. W.; MITCHELL, A. W. M. Gray’s: anatomia para estudantes. 2. ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia humana. 6. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2009. (Série Martini).
MOORE, K.; DAILEY, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
TANK, P. W.; GEST, T. R. Atlas de anatomia humana. Porto Alegre: Artmed, 2009.
TEIXEIRA, L. M. de S.; REHER, P.; REHER, V. G. S. Anatomia aplicada à odontologia. 2. ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
TORTORA, G. J.; NIELSEN, M. T. Princípios de anatomia humana. 12. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2013.
21Músculos da expressão facial, da mastigação e dos trígonos do pescoço
Conteúdo:
Dica do professor
É fundamental entender as estruturas que limitam os trígonos do pescoço. Ao descrever essas 
estruturas, é possível localizar e identificar os conteúdos de cada trígono, bem como compreender 
mais facilmente por que algumas estruturas são afetadas por lesões ou traumas e outras não.
Assista a esta Dica do Professor, que descreve os limites e os músculos dos trígonos do pescoço. 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
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Exercícios
1) Os músculos que se inserem na tela subcutânea da face são responsáveis por produzir as 
expressões faciais e permitem demonstrar as emoções. Todos são inervados pelo nervo 
facial e seus ramos. Portanto, se uma pessoa apresenta dificuldade para fechar os olhos e 
franzir a testa, é possível afirmar que os músculos responsáveis por esse déficit são, 
respectivamente:
A) músculos zigomáticos maior e menor e músculo levantador do ângulo da boca.
B) músculo levantador do lábio superior e músculo levantador da pálpebra superior.
C) músculo prócero e músculo corrugador do supercílio.
D) músculo orbicular do olho e músculo occipitofrontal.
E) músculo orbicular da boca e músculo risório.
2) Como fisioterapeuta, é importante saber localizar os músculos esqueléticos e compreender 
suas características, como origem, inserção e ações. Por exemplo, imagine a situação em que 
um paciente pós-cirúrgico de tumor na face teve removidos todo o arco zigomático e a 
região orbital da maxila, juntamente com seu processo frontal. Nesse caso, quais músculos 
da expressão facial têm suas ações mais comprometidas?
A) Músculos zigomáticos maior e menor, levantador do lábio superior e levantador do lábio 
superior e asa do nariz.
B) Músculos levantador do lábio, levantador do ângulo da boca e prócero.
C) Músculos orbicular do olho, orbicular da boca e abaixador do ângulo da boca.
D) Músculos occipitofrontal, bucinador, risório e orbicular da boca.
E) Músculos prócero, occipitofrontal e zigomáticos maior e menor.
3) Muitos dos músculos da mastigação não estão relacionados à cavidade oral e são 
responsáveis, basicamente, por mover a mandíbula. Um trauma que frature o ramo da 
mandíbula afeta a função dos músculos:
A) masseter e pterigóideo lateral.
B) temporal e pterigóideo lateral.
C) pterigóideo medial e masseter.
D) pterigóideo medial e temporal.
E) masseter e temporal.
4) A língua é uma importante estrutura muscular que exerce várias funções durante a fala, a 
mastigação, além de apresentar grande quantidade de receptores para a gustação. Para que 
as partículas entrem em contato com esses receptores e o sabor seja melhor percebido, além 
de ser necessária a difusão dessas partículas por meio da saliva, também é preciso que o 
alimento seja reduzido a partículas cada vez menores por meio da mastigação. Alguns dos 
músculos responsáveis por direcionar os alimentos até os dentes por meio de movimentos 
da língua são:
A) músculos bucinador e levantador do lábio superior.
B) músculos intrínsecos da língua e genioglosso.
C) músculos estiloglosso e orbicular da boca.
D) músculos orbicular da boca e intrínsecos da língua.
E) músculos estiloglosso e genioglosso.
5) As regiões anterior e lateral do pescoço são áreas importantes para a palpação de estruturas 
que apresentam trajeto entre a cabeça e o tórax. Durante a avaliação de semiologia, o 
professor solicita que você palpe a glândula tireoide. Nesse caso, você deve localizá-la em 
qual ou quais trígonos?
A) Trígono omoclavicular.
B) Trígonos carótico e submandibular.
C) Trígonos muscular e carótico.
D) Trígono submentual.
E) Trígono muscular.
Na prática
Afecções de cabeça e pescoço são muito comuns e podem ser limitantes, sejam 
musculoesqueléticas, neurais ou das estruturas viscerais que compõem essas regiões. Um bom 
diagnóstico requer um exame físico detalhado que envolva todas as estruturas citadas, o que será oponto determinante para planejar o tratamento mais adequado ao paciente.
No anexo a seguir, confira um caso clínico relativamente simples, mas que, por envolver a região do 
pescoço, pode causar dor e limitar os movimentos da cabeça e, além disso, causar muito 
desconforto e prejuízo à vida diária.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Tumor de corpo carotídeo (paraganglioma): relato de dois casos 
submetidos a tratamento cirúrgico
Leia o seguinte artigo para compreender melhor a importância de conhecer as características dos 
trígonos do pescoço.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
http://www.scielo.br/pdf/jvb/v15n2/1677-5449-jvb-15-2-158.pdf

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