Buscar

Agonistas Adrénergicos - Farmacologia - Super Material - SanarFlix

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Agonistas 
Adrenérgicos
SUMÁRIO
1. Introdução ..........................................................................................................4
2. Neurotransmissão nos neurônios adrenérgicos ..................................................4
3. Receptores adrenérgicos ....................................................................................6
Adrenoceptores α ....................................................................................................6
4. Regulação de receptores ....................................................................................9
5. Características dos agonistas adrenérgicos ......................................................10
6. Agonistas não seletivos ....................................................................................11
Epinefrina .................................................................................................................... 11
Norepinefrina ............................................................................................................. 12
Dopamina .................................................................................................................... 13
7. Agonistas alfa adrenérgicos .............................................................................13
Agonistas alfa-1.......................................................................................................... 14
Agonistas alfa-2.......................................................................................................... 15
8. Agonistas beta adrenérgicos ............................................................................17
Isoproterenol ............................................................................................................... 17
Agonista beta-1 .......................................................................................................... 17
Agonistas beta-2 ........................................................................................................ 18
Ritodrina ...................................................................................................................... 19
9. Agonistas adrenérgicos de ação indireta ..........................................................20
Anfetamina ................................................................................................................. 20
Tiramina ...................................................................................................................... 20
Cocaína ....................................................................................................................... 20
Inibidores da monoaminoxidase (IMAO) ................................................................. 20
Amitriptilina ................................................................................................................. 21
10. Agonistas adrenérgicos de ação mista ...........................................................22
Referências ..................................................................................................................... 24
Agonistas Adrenérgicos   4
1. INTRODUÇÃO
O sistema nervoso simpático é um regulador importante de quase todos os sis-
temas orgânicos. Sua estimulação ocorre por efeito de mediadores como a nore-
pinefrina (noradrenalina) e a epinefrina (adrenalina). A norepinefrina é liberada nos 
terminais nervosos onde ativa os receptores adrenérgicos (ou adrenoceptores) em 
sítios pós-sinápticos, assim, atuando como um neurotransmissor. Já a epinefrina, 
liberada pela medula da suprarrenal em resposta a diversos estímulos, como o es-
tresse, atua como um hormônio se deslocando pelo sangue até os tecidos-alvo. Os 
fármacos que ativam os adrenoceptores são denominados simpaticomiméticos. 
Alguns simpaticomiméticos ativam diretamente os receptores adrenérgicos (agonis-
tas de ação direta), enquanto outros atuam indiretamente, aumentando a liberação 
ou bloqueando a captação de norepinefrina (agonistas de ação indireta).
2. NEUROTRANSMISSÃO NOS 
NEURÔNIOS ADRENÉRGICOS
Os neurônios adrenérgicos liberam norepinefrina como neurotransmissor primá-
rio. Eles são encontrados no sistema nervoso central (SNC) e no sistema nervoso 
simpático, onde servem de ligação entre os gânglios e os órgãos efetores. A neu-
rotransmissão nesses neurônios envolve as etapas de síntese, armazenamento, 
liberação e ligação da norepinefrina com o receptor, seguida de remoção do neuro-
transmissor da fenda sináptica. 
Na síntese, a tirosina é transportada para dentro do neurônio adrenérgico por um 
carreador, onde é hidroxilada em di-hidroxifenilalanina (também denominada dopa) 
pela tirosina hidroxilase. Em seguida, a dopa é descarboxilada pela enzima descarbo-
xilase de L-aminoácido aromático, formando a dopamina no neurônio pré-sináptico. 
A dopamina é, então, transportada para dentro de vesículas sinápticas por um sis-
tema transportador de aminas e na sequência é hidroxilada pela enzima dopamina 
hidroxilase, resultando na formação de norepinefrina, que fica armazenada no inte-
rior das vesículas até a passagem de um potencial de ação. 
A liberação da norepinefrina ocorre com a chegada de um potencial de ação na 
junção neuromuscular. Esse evento propicia a entrada de íons de cálcio extracelula-
res para o interior do axoplasma (citoplasma do neurônio), o que promove a fusão 
das vesículas sinápticas com a membrana celular. O resultado é a exocitose do con-
teúdo das vesículas (norepinefrina) para fenda sináptica. 
Quando liberada das vesículas sinápticas, a norepinefrina se difunde para o espaço 
sináptico e se liga aos receptores pós-sinápticos no órgão efetor ou aos receptores 
pré-sinápticos no terminal nervoso. Essa ligação inicia uma cascata de eventos no 
Agonistas Adrenérgicos   5
interior da célula, resultando na formação do segundo mensageiro celular, que atua 
como transdutor na comunicação entre o neurotransmissor e a ação gerada no inte-
rior da célula efetora. 
Por fim, a norepinefrina é removida do espaço sináptico por meio de três meca-
nismos distintos. 1) ela pode ser metabolizada a metabólitos inativos pela enzima 
catecol-O-metil-transferase (COMT) na fenda sináptica; 2) a norepinefrina pode sofrer 
captação de volta para o neurônio por meio de um transportador de norepinefrina 
dependente de sódio-cloreto (NET) e 3) a norepinefrina pode se difundir para fora do 
espaço sináptico e entrar na circulação sistêmica. 
Figura 1: Neurotransmissão da Noradrenalina. 
Fonte: Autoria própria.
Agonistas Adrenérgicos   6
3. RECEPTORES ADRENÉRGICOS
Várias classes de adrenoceptores foram identificadas no sistema nervoso simpá-
tico. Eles são, tipicamente, receptores acoplados à proteína G e distinguem-se em 
duas principais famílias de receptores designadas α e ẞ. Essa classificação é funda-
mentada com base nas respostas desses receptores a agonistas adrenérgicos como 
a epinefrina, a norepinefrina e o isoproterenol. 
Adrenoceptores α
Os adrenoceptores α apresentam respostas fracas ao agonista sintético iso-
proterenol, mas respondem às catecolaminas naturais epinefrina e norepinefrina. 
Para α-receptores a ordem de afinidade consiste em epinefrina ≥ norepinefrina ≥ 
isoproterenol. Os adrenoceptores α ainda são subdivididos em dois grupos: α1 e α2. 
Clinicamente, alguns fármacos apresentam seletividade distinta em relação a esses 
últimos. Os α1-receptores têm maior afinidade por fenilefrina do que os receptores α2, 
enquanto a clonidina possui maior seletividade aos receptores α2 e tem menor efeito 
nos receptores α1 por exemplo. 
Os receptores α1 são ativados por uma série de reações por meio da fosfolipase 
C ativada pela proteína G. Isso resulta na formação do segundo mensageiro: o ino-
sitol-1,4,5-trifosfato (IP3) e o diacilglicerol (DAG). O IP3 inicia a liberação de Ca²+ 
do retículo endoplasmático para o citosol e o DAG ativa outras proteínas no interior 
da célula. Essesreceptores estão situados na membrana pós-sináptica dos órgãos 
efetores e intermedeiam vários efeitos clássicos envolvendo a contração de músculo 
liso. Nesse sentido, pode ser observado a vasoconstrição no leito vascular, o au-
mento da pressão arterial, a contração do músculo dilatador radial da pupila na íris 
do olho (midríase), a contração na base da bexiga urinária e na próstata (promoven-
do continência urinária) e o aumento na força de contração cardíaca. 
Os receptores α2 são acoplados à proteína G inibitória e seus efeitos são media-
dos pela inibição da adenililciclase e pela redução nos níveis intracelulares de AMPc 
(monofosfato cíclico de adenosina). Esses receptores estão localizados primaria-
mente nas terminações nervosas de nervos simpáticos pré-sinápticos e controlam 
a liberação de norepinefrina. Parte da norepinefrina liberada na fenda sináptica 
durante a estimulação de um nervo simpático adrenérgico reage com os recepto-
res α2 na membrana pré-sináptica. Isso promove uma retroalimentação inibitória, 
assim, inibindo a liberação adicional de norepinefrina. Essa ação inibitória serve co-
mo mecanismo local para modular a saída de norepinefrina quando existe atividade 
simpática elevada. Receptores α2 também são encontrados em neurônios pré-sináp-
ticos parassimpáticos. A norepinefrina liberada do neurônio simpático pré-sináptico 
pode se difundir entre esses receptores e interagir com eles, inibindo a liberação de 
Agonistas Adrenérgicos   7
acetilcolina (ACh). Os adipócitos humanos também contêm receptores α2 que ini-
bem a lipólise por diminuição do AMPc intracelular, o que pode propiciar o ganho de 
peso. 
Figura 3: Receptores α1 e α2.
Fonte: Autoria própria.
Agonistas Adrenérgicos   8
Adrenoceptores ẞ
As respostas dos receptores ẞ são caracterizadas por uma intensa resposta 
ao isoproterenol, com pouca sensibilidade para epinefrina e norepinefrina. Para o 
ẞ-receptores a ordem de potência é isoproterenol ≥ epinefrina ≥ norepinefrina. Os 
adrenoceptores ẞ são divididos em três principais subgrupos ẞ1, ẞ2 e ẞ3 com base 
nas suas afinidades por agonista e antagonistas adrenérgicos. A ativação de todos 
os três subtipos de receptor ẞ resulta em estimulação de adenililciclase e aumento 
da conversão de ATP (trifosfato de adenosina) em AMPc. 
De maneira geral, a excitação dos receptores ẞ1 causa estimulação cardíaca de 
modo que a frequência e a contratilidade do coração aumentam (cronotropismo 
positivo e inotropismo positivo, respectivamente). Já os receptores ẞ2 atuam produ-
zindo vasodilatação no leito vascular esquelético e relaxamento dos músculos lisos. 
Os receptores ẞ3, por sua vez, estão envolvidos na lipólise e também em efeitos no 
músculo detrusor da bexiga. 
Ações dos receptores adrenérgicos
TIPO TECIDO AÇÕES
α1
Maioria dos músculos lisos vasculares 
(inervados)
Contração
Músculo dilatador pupilar Contração
Músculo liso pilomotor Eriça o pelo
Próstata Contração
Coração Aumento da força de contração
α2 Neurônios pós-sinápticos do SNC Provavelmente múltiplas
Plaquetas Agregação
Terminais nervosos adrenérgicos e colinérgicos Inibição da liberação do transmissor
Alguns músculos lisos vasculares Contração
Células adiposas Inibe lipólise
ẞ1 Coração, células justaglomerulares
Aumento da força e frequência de contração; 
aumento da liberação de renina
ẞ2
Músculos lisos respiratórios, uterinos e 
vasculares 
Promoção do relaxamento de músculos lisos
Agonistas Adrenérgicos   9
TIPO TECIDO AÇÕES
Músculo esquelético Promoção de captação de potássio
Fígado humano Ativação da glicogenólise
ẞ3 Células adiposas Ativação da lipólise
D1 Músculo liso Dilatação de vasos sanguíneos renais
D2 Terminações nervosas Modulação da liberação do transmissor
Fonte: Adaptado de KATZUNG, Bertram G. Farmacologia básica e clínica. 12. Ed.
 Se liga! Os Receptores de dopamina desempenham ações princi-
palmente centrais. No entanto, também estão associados ao relaxamento de 
músculo liso induzido por receptor D1 devido ao acúmulo de AMPc na muscu-
latura lisa de leitos vasculares onde a dopamina é um vasodilatador. O receptor 
D1 está associado à estimulação da adenililciclase.
Os receptores dopaminérgicos D2 inibem a atividade da adenililciclase, abrem ca-
nais de potássio e diminuem o influxo de cálcio.
4. REGULAÇÃO DE RECEPTORES
O número e a função dos adrenoceptores na superfície da célula e suas respostas 
são reguladas pelas próprias catecolaminas, por outros hormônios, por fármacos, 
pela idade e por inúmeros estados mórbidos. Essas alterações podem modificar o 
efeito da resposta fisiológica de um tecido às catecolaminas e ser clinicamente im-
portante durante o curso de um tratamento. A dessensibilização de adrenoceptores 
é um fenômeno que ocorre após exposição prolongada a catecolaminas e outros fár-
macos simpaticomiméticos. Tecidos expostos por determinado período de tempo a 
um agonista tornam-se menos responsivos a estimulação adicional por determinado 
agente. 
Diversos mecanismos contribuem para a dessensibilização. Entre eles já pode 
ser observado o sequestro dos receptores que ficam indisponíveis para a interação 
com o ligante. O desaparecimento do receptor por destruição ou por diminuição de 
Agonistas Adrenérgicos   10
síntese ou ainda a incapacidade de acopla-se a proteína G por que o receptor foi fos-
forilado também já foram relatados. 
Há duas categorias principais de dessensibilização. A dessensibilização homó-
loga refere-se à perda de capacidade de resposta exclusivamente dos receptores 
expostos à ativação repetida ou mantida por um agonista. Já a dessensibilização 
heteróloga refere-se ao processo pelo qual a dessensibilização de um receptor por 
seu agonista também resulta em dessensibilização de outro receptor que não tem 
sido ativado diretamente pelo agonista em questão. 
5. CARACTERÍSTICAS DOS 
AGONISTAS ADRENÉRGICOS
• A maioria dos fármacos adrenérgicos é derivada da ẞ-feniletilamina.
• Substituições no anel benzênico ou na cadeia lateral etilamina produzem uma 
variedade de compostos com diversas capacidades de diferenciar entre adre-
noceptores α e ẞ e de entrar no SNC.
• Dois aspectos estruturais importantes desses fármacos são o número e a loca-
lização das substituições nas OH no anel benzênico e a natureza dos substitu-
tos no nitrogênio amino. 
• As aminas simpaticomiméticas que contêm o grupo 3,4-di-hidroxibenzeno, co-
mo a epinefrina, a norepinefrina, o isoproterenol e a dopamina, são denomina-
das catecolaminas.
• As catecolaminas com grupos hidroxila (OH) nas posições 3 e 4 do anel benzê-
nico apresentam maior potência na ativação direta dos receptores α e ẞ.
• As catecolaminas são inativadas rapidamente pela COMT pós-sinapticamente 
e pela MAO (Monoaminoxidase) intraneuronalmente, bem como pela COMT e 
pela MAO na parede intestinal e pela MAO no fígado. Por isso, as catecolami-
nas são inativadas quando administradas por via oral. 
• As catecolaminas são polares e por isso não penetram facilmente no SNC. 
• Compostos que não têm os grupos hidroxicatecólicos são chamados de ami-
nas não catecólicas.
• As aminas não catecólicas não são inativadas pela COMT e por isso possuem 
meias-vidas mais longas quando comparadas com as catecolaminas. 
Agonistas Adrenérgicos   11
• Exemplos de aminas não catecólicas incluem a fenilefrina, a efedrina e 
anfetamina.
• A natureza do substituinte no nitrogênio amínico é importante determinante na 
seletividade ẞ do agonista adrenérgico. A epinefrina, com um substituto –CH3 
no nitrogênio amínico, é mais potente nos receptores ẞ do que a norepinefrina, 
que tem uma amina não substituída por exemplo. 
• O isoproterenol, que tem um substituto isopropila-CH(CH3)2 no nitrogênio amí-
nico, é um forte ẞ-agonista com pouca atividade α.
6. AGONISTAS NÃO SELETIVOS
Epinefrina
Na medula suprarrenal, a norepinefrina é metilada à epinefrina, que é armazenada 
nas células cromafins junto com norepinefrina. Sob estimulação, a medula suprarre-
nal libera cerca de 80%de epinefrina e 20% de norepinefrina diretamente na circula-
ção. A epinefrina interage com os receptores α e ẞ. Em doses baixas, predominam 
os efeitos ẞ no leito vascular (vasodilatação). Em doses altas, os efeitos α (vaso-
constrição) são mais importantes. 
No sistema cardiovascular, a epinefrina reforça a contratilidade do miocárdio e 
aumenta a frequência cardíaca (ambos efeitos decorrentes de estimulação ẞ1). A 
epinefrina também ativa os receptores ẞ1 nos rins e promove a liberação de renina 
(enzima envolvida na produção de angiotensina II). Além disso, a epinefrina contrai 
as arteríolas da pele, das mucosas e das vísceras (efeito α) e dilata os vasos que vão 
ao fígado e aos músculos esqueléticos (efeito ẞ2). O efeito cumulativo é o aumento 
da pressão arterial sistólica, associado à ligeira redução na pressão diastólica de-
vido à vasodilatação mediada pelos receptores ẞ2 no leito vascular dos músculos 
esqueléticos. 
A epinefrina ainda causa broncodilatação no sistema respiratório (ação ẞ2), efeito 
hiperglicemiante devido aumentar a glicogenólise no fígado (efeito ẞ2) e lipólise por 
meio da atividade agonista dos receptores ẞ do tecido adiposo. 
Usos terapêuticos
• Broncoespasmo: a epinefrina pode ser usada no tratamento de emergência de 
condições respiratórias quando a broncoconstrição compromete a ventilação. 
No entanto, atualmente ẞ2-agonistas seletivos, como o salbutamol, são melhor 
empregados devido sua duração mais longa e efeitos cardíacos mínimos.
Agonistas Adrenérgicos   12
• Choque anafilático: a epinefrina é o fármaco de escolha para o tratamento de 
reações de hipersensibilidade do tipo I.
• Parada Cardíaca: pode ser empregada para restabelecer o ritmo cardíaco em 
pacientes com parada cardíaca independente da causa.
• Anestesia: a epinefrina aumenta significativamente a duração da anestesia lo-
cal, produzindo vasoconstrição no local da injeção e permitindo que o anestési-
co permaneça por mais tempo no sítio da injeção. 
Farmacocinética
A epinefrina tem início rápido, mas ação de curta duração devido à rápida metabo-
lização pela MAO e pela COMT. Seus metabólitos, a metanefrina e o ácido vanilman-
délico são excretados na urina. Pode ser administrada por via intramuscular (IM), 
intravenosa (IV), subcutânea (SC), endotraqueal e por inalação. 
Efeitos adversos
A epinefrina pode produzir efeitos adversos no SNC, como ansiedade, medo, ten-
são, cefaleia, arritmias cardíacas e tremores.
Norepinefrina 
A norepinefrina causa aumento da resistência periférica devido à intensa vaso-
constrição de boa parte dos leitos vasculares, incluindo os rins (efeito α1). A pressão 
arterial sistólica e diastólica aumentam. Isso estimula os barorreceptores, induzindo 
ao aumento na atividade vagal, sendo o resultado final a produção de bradicardia re-
flexa, que é suficiente para neutralizar as ações locais na norepinefrina no coração. 
Usos terapêuticos
A norepinefrina é usada no tratamento de choque devido aumentar a resistência 
vascular e, dessa forma, aumenta a pressão arterial. 
Farmacocinética
A norepinefrina é administrada via IV para o início rápido de ação. Sua ação dura 
1 a 2 minutos após o fim a infusão e é metabolizada rapidamente pela MAO e pela 
COMT. Os metabólitos são excretados na urina.
Efeitos adversos
São similares aos da epinefrina. Ademais, podem causar palidez e descamação 
na pele ao longo da veia injetada.
Agonistas Adrenérgicos   13
Dopamina
A dopamina está presente naturalmente no SNC nos gânglios basais, onde funcio-
na como neurotransmissor, bem como na medula suprarrenal. Ela exerce efeito esti-
mulante nos receptores ẞ1 cardíacos com efeito inotrópico e cronotrópico positivos. 
Em concentrações muito elevadas, a dopamina ativa os receptores ẞ1 dos vasos, 
causando vasoconstrição. 
A dopamina ainda dilata as arteríolas renais e esplâncnicas, ativando os recep-
tores dopaminérgicos e aumentando, assim, o fluxo sanguíneo para os rins e para 
outras vísceras. 
Usos terapêuticos
A dopamina é o fármaco de escolha para tratar o choque cardiogênico e séptico e 
é administrada por infusão contínua. Ela aumenta a pressão arterial, estimulando os 
receptores ẞ1 no coração a aumentar o débito cardíaco e os receptores ẞ1 nos vasos 
sanguíneos a aumentar a resistência periférica. Além disso, ela também aumenta 
a perfusão renal, o que contribui para maior velocidade de filtração glomerular e 
diurese. 
Efeitos adversos
Os principais efeitos adversos são náuseas, hipertensão e arritmias, que na maio-
ria das vezes são de curta duração, pois a dopamina é rapidamente metabolizada 
pela MAO ou pela COMT. 
7. AGONISTAS ALFA ADRENÉRGICOS
Oximetazolina
É um agonista adrenérgico sintético de ação direta que estimula os receptores 
α1 e α2. Está presente em vários descongestionantes nasais de ação curta e venda 
livre, bem como em colírios para o alívio da vermelhidão dos olhos associada a res-
friados ou lente de contatos. A oximetazolina estimula diretamente os receptores 
α nos vasos sanguíneos que suprem a mucosa nasal e a conjuntiva, assim, produz 
vasoconstrição e diminui a congestão. Os efeitos adversos mais observados são ce-
faleia, sono agitado e congestão rebote no uso prolongado. 
Agonistas Adrenérgicos   14
Agonistas ALFA-1
Fenilefrina
É um fármaco adrenérgico sintético de ação direta que se liga aos receptores ẞ 
primariamente. Ativa os receptores α1 apenas quando presente em concentrações 
muito mais elevadas. A fenilefrina é um vasoconstritor que aumenta as pressões 
sistólicas e diastólicas. Ele é utilizado como descongestionante NASA e midriáti-
co. Também é usada no tratamento da hipotensão em pacientes hospitalizados ou 
cirúrgicos. Doses elevadas podem causar cefaleia hipertensiva e irregularidades 
cardíacas.
Mefentermina
É um fármaco simpaticomimético que atua direta e indiretamente. Após injeção 
intramuscular, o início de ação é imediato em 5 a 15 minutos e seus efeitos podem 
persistir por várias horas. Como o fármaco libera norepinefrina, a contração cardíaca 
é intensa e ocorre aumento do débito cardíaco e das pressões sistólica e diastólica 
habitualmente. A alteração na frequência cardíaca é variável, dependendo do grau do 
tônus vagal. Os efeitos adversos estão relacionados com a estimulação do sistema 
nervoso central (SNC), elevação excessiva da pressão arterial e ocorrência de arrit-
mias. A mefentermina é utilizada na prevenção da hipotensão, porém foi descontinu-
ada no EUA.
Metaraminol
É um simpaticomimético com efeitos diretos sobre os receptores α-adrenérgicos 
vasculares. Atua indiretamente também estimulando a liberação de norepinefrina. 
Tem sido utilizado no tratamento hipotensão ou no alívio de crises de taquicardia 
atrial paroxística, especialmente aquelas associadas a estados hipotensivos. 
Midodrina
É um agonista dos receptores α1 eficaz por via oral. Esse fármaco é converti-
do em um metabólito denominado desglimidodrina, que ocasiona seus efeitos. 
Elevações da pressão arterial induzidas pela midodrina estão associadas a uma con-
tração do músculo liso tanto arterial quanto venoso. Isso é vantajoso no tratamento 
de pacientes com insuficiência autônoma e hipotensão postural. Nesses pacientes, 
é frequente que haja a hipertensão supina como principal complicação do uso da 
midodrina. Para minimizar esse efeito adverso o fármaco pode ser administrado em 
períodos em que o paciente permanecerá em pé. Deve-se evitar administra-lo 4 horas 
antes do paciente deitar. 
Agonistas Adrenérgicos   15
Agonistas ALFA-2
Clonidina
Os principais efeitos farmacológicos da clonidina envolvem alterações da pressão 
arterial e da frequência cardíaca. A infusão venosa de clonidina provoca elevação 
aguda da pressão arterial devido à ativação dos receptores α2 pós-sinápticos no 
músculo liso vascular. Entretanto esse efeito vasoconstritor é transitório e seguido 
de uma resposta hipotensora prolongada, que resulta da diminuição do efluxo simpá-
tico do SNC. Nesse sentido, a clonidina tem aplicabilidadeno tratamento da hiperten-
são, tendo efeito anti-hipertensivo. O mecanismo exato pelo qual ela reduz a pressão 
arterial ainda não está totalmente elucidado. O efeito parece resultar, pelo menos em 
parte, da ativação dos receptores α1 na região inferior do tronco encefálico. 
Farmacocinética
A clonidina é bem absorvida após administração oral. A concentração máxima 
plasmática máxima e seu efeito hipotensor máximo ocorrem em 1 a 3 horas após 
uma dose oral. A meia-vida de eliminação varia de 6 a 24 horas, com média de 12 ho-
ras. Cerca de metade de uma dose administrada pode ser recuperada em sua forma 
inalterada na urina, podendo haver aumento da meia vida do fármaco na presença de 
insuficiência renal. 
Usos terapêuticos
O principal uso terapêutico da clonidina é no tratamento da hipertensão. Ela tam-
bém pode ter utilidade na redução de diarreia em alguns pacientes diabéticos com 
neuropatia autonômica, tendo em vista, que a estimulação dos receptores α2 no tra-
to gastrintestinal pode aumentar a absorção de cloreto de sódio e de líquido e inibir a 
secreção de bicarbonato. 
Efeitos adversos
Os principais efeitos adversos são ressecamento da boca e sedação, sendo ob-
servados em 50% dos pacientes. A intensidade desses efeitos pode diminuir depois 
de várias semanas de terapia. Outros colaterais são disfunção sexual e bradicardia 
pronunciada em alguns pacientes. 
Metildopa
A metildopa é um agente anti-hipertensivo de ação central. Ela é metabolizada a 
α-metilnorepinefrina no cérebro, e acredita-se que esse composto seja capaz de ati-
var os receptores α2 centrais e reduzir a pressão arterial semelhante ao mecanismo 
da clonidina. 
Agonistas Adrenérgicos   16
Apraclonidina
A apraclonidina é agonista dos receptores α2, relativamente seletivo, utilizada 
topicamente para reduzir a pressão intraocular. Pode reduzir a pressão intraocular 
tanto elevada quanto normal, seja ela acompanhada ou não de glaucoma. A redução 
da pressão intraocular ocorre com mínimos ou nenhum efeito sobre os parâmetros 
cardiovasculares sistêmicos. Por isso, a apraclonidina tem maior utilidade para a te-
rapia oftálmica que a clonidina. É utilizada como terapia adjuvante de curto prazo em 
pacientes com glaucoma, cuja pressão intraocular não é adequadamente controlada 
por outros agentes farmacológicos, como antagonista dos receptores ẞ, parassim-
paticomiméticos ou inibidores da anidrase carbônica. 
 Saiba mais! A clonidina baixa a pressão arterial sistêmica, mes-
mo quando aplicada topicamente no olho.
Brimonidina
É um derivado da clonidina administrado ocularmente para reduzir a pressão in-
traocular em pacientes com hipertensão ocular ou glaucoma de ângulo aberto. Esse 
fármaco é um agonista α2-seletivo, que reduz a pressão intraocular ao diminuir a 
produção de humor aquoso e aumentar o seu efluxo. Ao contrário da apraclonidina, 
a brimonidina pode atravessar a barreira hematoencefálica e produzir hipotensão e 
sedação, embora esses efeitos sobre o SNC sejam discretos, em comparação com 
aqueles da clonidina. 
Guanfacina
É um agonista dos receptores α2, que é mais seletivo que a clonidina. Consegue 
diminuir a pressão arterial por meio da ativação dos receptores do troco encefálico, 
com consequente supressão da atividade simpática. É utilizado para o tratamento do 
transtorno de déficit de atenção/hiperatividade em crianças e adolescentes de 6 a 17 
anos. 
Agonistas Adrenérgicos   17
Guanabenzo
É uma agonista α2 de ação central, que diminui a pressão arterial por meio de um 
mecanismo semelhante ao da clonidina e da guanfacina. Possui meia-vida de 4-6 
horas e sofre extenso metabolismo no fígado. Seus efeitos adversos assemelham-se 
aos observados com a clonidina. 
Tizanidina
A tizanidina é um relaxante muscular utilizado no tratamento de espasticidade as-
sociada a distúrbios cerebrais e medulares. É um agonista α2 com algumas proprie-
dades semelhantes a clonidina.
8. AGONISTAS BETA ADRENÉRGICOS
Isoproterenol
É uma catecolamina sintética de ação direta que estimula os receptores ẞ1 e ẞ2. 
Ele produz intensa estimulação cardíaca, aumentando a frequência, a contratilidade 
e o débito. O isoproterenol também dilata as arteríolas dos músculos, diminuindo a 
resistência periférica. Devido à sua falta de seletividade é raramente usado terapeuti-
camente. Porém, ele pode ser útil no bloqueio atrioventricular ou ainda em pacientes 
com arritmia ventricular torsade de pointes. Os efeitos adversos do isoproterenol são 
similares aos da epinefrina. 
Agonista BETA-1
Dobutamina
A dobutamina é uma catecolamina sintética de ação direta que é um agonista de 
receptores ẞ1. Ela aumenta a frequência cardíaca e o débito cardíaco com poucos 
efeitos vasculares. Sua principal vantagem sobre outros fármacos simpaticomimé-
ticos é o aumento do débito cardíaco sem elevação significativa da demanda de oxi-
gênio pelo miocárdio. 
Agonistas Adrenérgicos   18
Usos terapêuticos
A dobutamina é usada para aumentar o débito cardíaco na insuficiência cardíaca 
aguda, bem como para dar apoio inotrópico após cirurgia cardíaca. 
Efeitos adversos
Além do potencial desenvolvimento de tolerância com o uso prolongado, a dobu-
tamina apresenta efeitos adversos semelhantes aos da epinefrina. 
Agonistas BETA-2
Salbutamol
É um fármaco ẞ2-agonista de ação curta usado, principalmente, como bronco-
dilatador. É empregado no manejo dos sintomas agudos da asma. Pode ser admi-
nistrado por inalação ou via oral para o alívio sintomático do broncoespasmo. Por 
inalação produz broncodilatação significativa em 15 minutos e o efeito persiste por 
3 a 4 horas. O salbutamol por via oral tem o potencial de retardar o parto prematuro. 
Um dos efeitos adversos mais comuns é o tremor, no entanto os pacientes tendem 
a desenvolver tolerância a ele. Outros efeitos incluem intranquilidade, apreensão e 
ansiedade.
Terbutalina
É um broncodilatador ẞ2 seletivo que pode ser administrado por inalação, via oral 
ou via parenteral. Por inalação sua atividade pode durar 3 a 6 horas. Com o uso oral 
o início do efeito pode retardar 1-2 horas. A terbutalina é usada no tratamento de lon-
ga duração da doença obstrutiva das vias respiratórias e no tratamento do broncoes-
pasmo agudo.
Salmeterol
É um agonista ẞ2 seletivo de ação prolongada (> 12 horas). Não deve ser utilizado 
mais de 2x/dia, nem ser administrado para o tratamento dos sintomas agudos da 
asma, que devem ser tratados com um agonista ẞ2 de ação curta, como o salbuta-
mol. Muitos pacientes com asma persistente moderada ou grave têm se beneficiado 
do uso de salmeterol juntamente com um corticoide inalatório. Também é usado em 
pacientes com DPOC, pois proporciona alívio sintomático e melhora da função pul-
monar. O salmeterol é geralmente bem tolerado, porém, tende a aumentar a frequên-
cia cardíaca e a concentração plasmática de potássio através de seus efeitos sobre 
os receptores ẞ2 extrapulmonares. 
Agonistas Adrenérgicos   19
Formoterol
É um agonista ẞ2 seletivo de ação prolongada. Ocorre broncodilatação significa-
tiva poucos minutos após inalação de dose terapêutica e pode persistir por até 12 
horas. É um fármaco altamente lipofílico. Por isso, possui maior vantagem, em con-
dições como a asma noturna, sobre os demais agonistas ẞ2 seletivos, pois sua difu-
são entre a bicamada lipídica da membrana plasmática estimula os receptores ẞ2 de 
maneira prolongada. 
Ritodrina
É um agonista ẞ2 seletivo desenvolvido especificamente para o uso como relaxan-
te uterino. Pode ser administrada por via intravenosa a pacientes selecionadas para 
interromper o trabalho de parto prematuro. 
 Saiba mais! FENOLDOPAM 
O fenoldopam é um agonista dos D1-receptores periféricos da dopamina. É 
usado como vasodilatador de ação rápida no tratamento de hipertensão grave 
em pacientes hospitalizados, atuando em artérias coronárias, arteríolas renais 
e mesentéricas. Os principais efeitos adversos são cefaleia, rubor, tonturas, 
náuseas, êmese e taquicardia.
Agonistas Adrenérgicos   209. AGONISTAS ADRENÉRGICOS DE 
AÇÃO INDIRETA
Anfetamina
As ações da anfetamina são mediadas primariamente pelo aumento da liberação 
não vesicular de catecolaminas como a dopamina e norepinefrina dos terminais 
nervosos. Isso pode produzir um aumento significativo da pressão arterial por ação 
α1-agonista nos vasos, bem como por efeitos estimulantes ẞ1 no coração.
Tiramina
Não é um fármaco útil clinicamente, mas possui importância devido ser encontra-
do em alimentos fermentados. Normalmente, a tiramina é oxidada pela MAO no trato 
gastrointestinal, mas se o paciente está em uso de inibidores de monoaminoxidase 
podem acontecer episódios vasopressores graves. 
Cocaína
A cocaína tem a propriedade de bloquear o transportador de norepinefrina depen-
dente de sódio-cloreto (NET) necessário para a captação celular de norepinefrina 
pelo neurônio adrenérgico. Em consequência, a norepinefrina se acumula no espaço 
sináptico, resultando em aumento da atividade simpática e potenciação das ações 
da epinefrina e da norepinefrina. Por isso, pequenas doses de catecolaminas produ-
zem efeitos muito aumentados em indivíduos que usam cocaína. De modo similar 
às anfetaminas, a cocaína pode aumentar a pressão arterial por ação α1-agonista e 
efeitos estimulantes ẞ. 
Inibidores da monoaminoxidase (IMAO)
Os IMAOs atenuam as ações da monoaminoxidase no neurônio e aumentam 
o conteúdo de monoaminas. Existem duas formas de monoaminoxidase (MAO). 
A MAO-A é encontrada nos neurônios de dopamina e de norepinefrina e ocorre 
principalmente no cérebro, no intestino, na placenta e no fígado. Seus principais 
substratos são a norepinefrina, a epinefrina, e a serotonina. A MAO-B é encontrada 
sobretudo nos neurônios serotoninérgicos e histaminérgicos e ocorre no cérebro, 
no fígado e nas plaquetas. A MAO-B atua, principalmente, sobre a tiramina, feni-
letilamina e a benzilamina. Os IMAOs atuais incluem os derivados da hidrazina, a 
fenelzina e a isocarboxazida, e as não hidrazinas, a tranilcipromina, a selegilina e a 
Agonistas Adrenérgicos   21
moclobemida. As hidrazinas e a tranilcipromina ligam-se de modo irreversível e não 
seletivamente à MAO-A e MAO-B, enquanto outros IMAOs podem ter propriedades 
mais seletivas ou reversíveis. Alguns IMAOs, como a tranilcipromina, assemelham-se 
à anfetamina na sua estrutura química, enquanto outros IMAOs, como a selegilina, 
apresentam metabólitos semelhantes à anfetamina. 
Amitriptilina
É um fármaco que pertence à classe dos antidepressivos tricíclicos. Esse medi-
camento inibe a recaptação de norepinefrina, agindo de modo indireto sobre o NET 
(transportador de norepinefrina dependente de sódio-cloreto). Os efeitos colaterais 
mais comuns são boca seca e constipação intestinal. 
Afinidades relativas por receptores
AFINIDADE
α-Agonistas
Fenilefrina α1> α2>>>>>ẞ
Clonidina, metilnorepinefrina α2> α1>>>>>ẞ
Agonistas mistos α e ẞ α1= α2; ẞ1>> ẞ2
Norepinefrina α1= α2; ẞ1= ẞ2
Epinefrina
ẞ-Agonistas
Dobutamina ẞ1> ẞ2>>>> α
Isoproterenol ẞ1= ẞ2>>>> α
Salbutamol, terbutalina, ritodrina ẞ2>> ẞ1>>>> α
Agonistas da dopamina
Dopamina D1=D2>> ẞ>> α
Fenoldopam D1>>D2
Fonte: KATZUNG, Bertram G. Farmacologia básica e clínica. 12. Ed.
Agonistas Adrenérgicos   22
10. AGONISTAS ADRENÉRGICOS DE 
AÇÃO MISTA
A efedrina e a pseudoefedrina são os adrenérgicos de ação mista. Elas não só 
liberam a norepinefrina armazenada nos terminais nervosos, como também estimu-
lam diretamente os receptores α e ẞ. A efedrina aumenta a pressão arterial sistólica 
e diastólica por vasoconstrição e estimulação cardíaca e pode ser usada no trata-
mento da hipotensão. Ela produz broncodilatação, mas é menos potente e mais lenta 
do que a epinefrina ou o isoproterenol. A efedrina ainda produz leve estimulação do 
SNC, o que aumenta o estado de alerta, diminui a fadiga e previne o sono. A pseudo-
efedrina, por sua vez, é usada primariamente no tratamento da congestão nasal. 
 Saiba mais! Os agonistas adrenérgicos podem agir por meio 
de ação direta, indireta e mista. Os agonistas de ação direta atuam direta-
mente nos receptores α ou ẞ, produzindo efeitos similares aos resultantes da 
estimulação dos nervos simpáticos ou da liberação de epinefrina da medula 
suprarrenal. Já os agonistas de ação indireta podem bloquear a captação de 
norepinefrina ou promover sua liberação das reservas citoplasmáticas ou das 
vesículas dos neurônios adrenérgicos. Os agonistas de ação mista, por sua vez, 
estimulam os adrenoceptores diretamente e liberam norepinefrina do neurônio 
adrenérgico.
Agonistas Adrenérgicos   23
Agonistas adrenérgicos
Ação direta
Ação indireta
α1-fenilefrina
α2-clonidina
ẞ1-dobutamina
ẞ2-terbutalina
Anfetamina Tiramina
Cocaína
Selegilina
Entacapona
Seletivos
Agentes de liberação
Inibidores da MAO
Inibidor da captação
Inibidores da COMT
α1 α2 - oximetazolina
ẞ1 ẞ2 – isoproterenol
α1 α2 ẞ1 ẞ2 – epinefrina
α1 α2 ẞ1 – norepinefrina
Não seletivos
Ação mista Efedrina (α1 α2 ẞ1 ẞ2 e agentes de liberação)
Fonte: Adaptado de GOODMAN, A. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12. ed.
MAPA MENTAL - FINAL
Agonistas Adrenérgicos   24
REFERÊNCIAS 
Goodman A. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12. ed. Rio de Janeiro: 
McGraw -Hill, 2012. 
Katzung BG. Farmacologia básica e clínica. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. 
Whalen K, Finkel R, Panavelil TA. Farmacologia ilustrada. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 
2016. 
Rang HP et al. Rang & Dale Farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
sanarflix.com.br
Copyright © SanarFlix. Todos os direitos reservados.
Sanar
Rua Alceu Amoroso Lima, 172, 3º andar, Salvador-BA, 41820-770

Continue navegando