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Redes Elétricas Nova Metodologia Material de consulta do aluno 3º Tópico – Subestações Abaixadoras Uma subestação (SE) pode ser definida como um conjunto de equipamentos de manobra e/ou transformação e ainda eventualmente de compensação de reativos usado para dirigir o fluxo de energia em sistema de potência e possibilitar a sua diversificação através de rotas alternativas, possuindo dispositivos de proteção capazes de detectar os diferentes tipos de faltas que ocorrem no sistema e de isolar os trechos onde estas faltas correm. 3.1 – Classificação das subestações A classificação de uma subestação pode ser realizada conforme sua função, seu nível de tensão, seu tipo de instalação e sua forma de operação. 3.1.1 – Classificação quanto à função Subestações transformadoras: É aquela que converte a tensão de suprimento para um nível diferente, maior ou menor, sendo designada, respectivamente, SE transformadora elevadora e SE transformadora abaixadora. Geralmente, uma subestação transformadora próxima aos centros de geração é uma SE elevadora (elevam a tensão para níveis de transmissão e subtransmissão proporcionando um transporte econômico da energia). Subestações no final de um sistema de transmissão, próximas aos centros de carga, ou de suprimento a uma indústria é uma SE transformadora abaixadora (diminuem os níveis de tensão evitando inconvenientes para a população como rádio-interferência, campos magnéticos intensos e faixas de passagem muito largas). Subestação Seccionadora, de Manobra ou de Chaveamento: É aquela que interliga circuitos de suprimento sob o mesmo nível de tensão, possibilitando a sua multiplicação. É também adotada para possibilitar o seccionamento de circuitos, permitindo sua energização em trechos sucessivos de menor comprimento. 3.1.2 – Classificação quanto ao nível de tensão Subestações de alta tensão (AT): é aquela que tem tensão nominal abaixo de 230 kV; Subestações de extra alta tensão (EAT): é aquela que tem tensão nominal acima de 230 kV. É importante enfatizar que em subestações deste tipo são necessários estudos complementares considerando o Efeito Corona. 3.1.3 – Classificação quanto ao seu tipo de instalação Subestações a céu aberto: São construídas em locais amplos ao ar livre e requerem emprego de aparelhos e máquinas próprias para funcionamento em condições atmosféricas adversas (chuva, vento, poluição, etc.). Figura 1 - Subestação ao ar livre Subestações em interiores (abrigada): São construídas em locais abrigados e os equipamentos são colocados no interior de construções não estando sujeitos a adversidades do tempo como as abertas. Figura 2 - Subestações em interiores Subestações blindadas: são construídas em locais abrigados e os equipamentos são completamente protegidos e isolados em óleo, com material sólido, ou em gás (ar comprimido ou SF6). No caso das subestações blindadas podem ser destacadas algumas vantagens e desvantagens. As blindadas têm como vantagens o espaço reduzido (podendo chegar a até 10% de uma SE convencional), baixa manutenção e operação segura inteiramente contidas em invólucros metálicos) e disponíveis em níveis de tensão de até 500kV. Mas possuem também certas desvantagens como a necessidade de pessoal com treinamento especializado e as operações de chaveamento manobra não podem ser visualizadas (apenas supervisionadas por indicadores luminosos). Figura 3 - Subestação blindada 3.1.4 – Classificação quanto à forma de operação Subestações com operador: Exige alto nível de treinamento de pessoal e uso de computadores na supervisão e operação local só se justifica para instalações de maior porte. Subestações semiautomáticas: possuem computadores locais ou intertravamentos eletromecânicos que impedem operações indevidas por parte do operador local. Subestações automatizadas: são supervisionadas à distância por intermédio de computadores. 3.2 – Subestações em unidades consumidoras Quando o consumidor não tiver condições de ser contemplado por um ramal em BT (baixa tensão), por falta de condições da concessionária ou, por necessitar de uma tensão diferente da rede local, deverá instalar um SE (subestação) própria. Elas podem ser classificadas em: 3.2.1 – Simplificada Arranjo simples com proteção por fusíveis no primário, transformação em poste (aérea) ou em pedestal, destinadas a alimentar pequenas cargas, sobretudo as instalações temporárias ou provisórias. O sistema de medição, definido previamente pela LIGHT, pode ser na AT ou na BT, dependendo das condições da área de atendimento. Neste arranjo a potência nominal trifásica de transformação está limitada entre 75 kVA e 300 kVA. Figura 4 - Subestação aérea Figura 5 - Subestação em pedestal 3.2.2 – Subestação abrigada Arranjo eletromecânico cujos elementos de manobra, medição e proteção são montados em compartimentos metálicos blindados. Pode ser convencional ou compacto, isolado a ar ou a gás. É indicado como padrão para atendimento de instalações de caráter definitivo. 3.2.2.1 – Subestação blindada convencional Arranjo eletromecânico previamente homologado pela LIGHT, onde são montados em compartimentos blindados, elementos de manobra, medição e proteção, podendo ser de fabricantes diferenciados. Possui sistema de isolamento a ar, normalmente utilizando chaves isoladas a ar e disjuntores tipo PVO ou à vácuo com relés de proteção secundários ou primários dependendo da potência instalada. Os transformadores de potência poderão ocupar o mesmo espaço físico do conjunto de manobra, medição e proteção. Figura 6 - Blindada convencional 3.2.2.2 – Subestação blindada compacta Arranjo eletromecânico previamente homologado pela LIGHT, onde são montados em compartimentos blindados compactos, elementos de manobra, medição e proteção, sendo todo o conjunto de um mesmo fabricante. Possui sistema de isolamento a gás, a exceção do módulo de medição com isolamento a ar, normalmente utilizando chaves a gás e disjuntores a gás ou a vácuo com relés de proteção secundários. Os transformadores de potência poderão ocupar o mesmo espaço físico do conjunto de manobra, medição e proteção. Figura 7 - Blindada compacta 3.3 – Componentes de uma subestação Transformador de potência: Este é o principal e mais caro componente de uma subestação. Sua função é adequar a tensão da concessionária com a tensão do consumidor. Figura 8 - Transformador de potencial Para-raios de distribuição: Nas subestações os pararraios são utilizados para proteger os equipamentos ligados diretamente na linha de transmissão contra surtos de tensões devido a descargas atmosféricas ou outros tipos de surtos, como os provenientes de manobras na LT. Figura 9 - Para-raios de distribuição Chave fusível e Chave seccionadora: Chaves fusíveis e chaves seccionadoras são equipamentos amplamente utilizados em qualquer tipo de subestação, independente da tensão e potência envolvida. Tendo como função a proteção do circito e também o controle deste através do seccionamento. Figura 10 Chave fusível e Chave seccionadora Condutores: Os condutores de potência em subestações se dividem pelo lado de AT e BT, podendo variar entre as três tensões, BT, MT e AT. Figura 11 - Cabos para 6kV a 35kV Muflas e Terminações: Muflas e terminações são utilizadas para manter as condições de isolamento elétrico nas conexões entre cabos isolados e condutores nus, barramentos ou cabos. Este item é necessário devido a complexidade da isolação de cabos de média tensão por causa dos possíveis problemas de uma má isolação ou demais problemas devido ao campo elétrico presente neste tipo decabos. Figura 12 – Muflas Disjuntores PVO (Pequeno Volume de Óleo): Disjuntores muito utilizados em subestações abrigadas, geralmente de MT. Possui uma tecnologia que extingue o arco devido a um óleo isolante presente em seus contatos. Figura 13 - Disjuntor PVO Isoladores: Equipamentos presentes em todas as subestações onde seja necessário um suporte mecânico de apoio ou suspensão para os condutores, sendo barramentos ou cabos. Basicamente são fabricados em três tipos de material, porcelana, vidro e poliméricos e podem ser externos ou internos. Figura 14 - Isoladores diversos Links para acesso aos vídeos do YouTube https://www.youtube.com/watch?v=mqDcQK4LRmw – SE Simplificada. https://www.youtube.com/watch?v=aU5qdKqaFRU – SE Abrigada. https://www.youtube.com/watch?v=iLdm4WGBniI – SE Blindada Convencional. BIBLIOGRAFIA Apostila de Redes Elétricas da Escola Técnica Electra – Ed. 2013. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/130058/mod_resource/content/1/Subes tacoes-eletricas-1.pdf - último acesso em 17/04/2018 às 16h15min. http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAcT8AG/subestacao - último acesso em 17/04/2018 às 16h45min. http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/saimon/materiais/Aula_5_Equip amentos_de_sub.pdf - último acesso em 20/04/2018 às 18h28min. https://www.youtube.com/watch?v=mqDcQK4LRmw https://www.youtube.com/watch?v=aU5qdKqaFRU https://www.youtube.com/watch?v=iLdm4WGBniI https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/130058/mod_resource/content/1/Subestacoes-eletricas-1.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/130058/mod_resource/content/1/Subestacoes-eletricas-1.pdf http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAcT8AG/subestacao http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/saimon/materiais/Aula_5_Equipamentos_de_sub.pdf http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/saimon/materiais/Aula_5_Equipamentos_de_sub.pdf
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