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Português-APO_MPOG-aula-04-v1

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Aula 04
Português p/ APO-MPOG
Professor: Fabiano Sales
Português para APO-MPOG 
Teoria e questões comentadas 
Prof. Fabiano Sales ʹ Aula 04 
 
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AULA 04 
 
 
 Salve, salve, vitoriosos alunos! 
 
 Esta é a aula 04 de nosso curso. 
 
 Hoje trabalharemos um assunto de fundamental importância nas provas da 
ESAF: pontuação. 
 
 Para melhor orientá-los em seus estudos, apresento o sumário abaixo a 
vocês: 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 01. Pontuação - Introdução ................................................................. 02 
 02. Pré-requisitos para o Emprego da Vírgula .................................... 05 
 03. O Emprego da Vírgula .................................................................... 07 
 04. O Ponto e Vírgula ........................................................................... 13 
 05. Os Dois-Pontos ............................................................................... 14 
 06. O Ponto ........................................................................................... 16 
 07. O Ponto de Exclamação.................................................................. 16 
 08. O Ponto de Interrogação................................................................. 17 
 09. As Aspas .......................................................................................... 18 
 10. O Travessão .................................................................................... 19 
 11. Questões Comentadas ................................................................... 20 
 12. Lista das Questões Apresentadas ................................................. 38 
 13. Gabarito ........................................................................................... 48 
 
 
 
Para refletir: 
 
"Há uma força motriz mais poderosa que o vapor, a eletricidade e a 
energia atômica: A VONTADE." (Albert Einstein) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Português para APO-MPOG 
Teoria e questões comentadas 
Prof. Fabiano Sales ʹ Aula 04 
 
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 PONTUAÇÃO 
 (Introdução) 
 
 A pontuação é um recurso de extrema importância para a interpretação da 
superfície textual. Inicialmente, quero demonstrar a vocês que a omissão ou 
alteração do sinal de pontuação pode modificar parcial ou totalmente o sentido do 
texto. 
 De maneira geral, o texto abaixo representa o valor da pontuação. 
 
 Um homem rico, à beira da morte, deixa o seu testamento assim: 
 
"Deixo meus bens à minha irmã não ao meu sobrinho jamais será paga a conta do 
alfaiate nada aos pobres." (Luiz Bertin Neto) 
 
 Não teve tempo de pontuar e morreu. A quem ele deixara a riqueza? Eram 
quatro os concorrentes: o sobrinho, a irmã, o alfaiate e o juiz. 
 
 Segue um exercício de aplicação para vocês. 
 
Observando os textos abaixo, numere-os, usando os seguintes códigos: 
 
(A) O sobrinho reescreve o testamento em seu benefício; 
 
(B) A irmã reescreve o testamento em seu benefício; 
 
(C) O alfaiate reescreve o testamento em seu benefício; 
 
(D) O juiz decide doar os bens aos pobres e reescreve o testamento. 
 
 
( ) "Deixo meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho? Jamais! Será 
paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres". 
 
( ) "Deixo meus bens à minha irmã. Não ao meu sobrinho. Jamais será paga a 
conta do alfaiate. Nada aos pobres". 
 
( ) "Deixo meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho. Jamais será paga 
a conta do alfaiate. Nada aos pobres". 
 
( ) "Deixo meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho? Jamais! Será 
paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres". 
 
 
 Conseguiram fazer a correlação? Vamos visualizar como ficaria o texto acima 
sob as quatro perspectivas: 
 
 "Deixo meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho? Jamais! Será 
paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres". - alfaite (C) 
 
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 "Deixo meus bens à minha irmã. Não ao meu sobrinho. Jamais será 
paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres". - irmã (B) 
 
 "Deixo meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho. Jamais será 
paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres". - sobrinho (A) 
 
"Deixo meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho? Jamais! Será 
paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres". - juiz (D) 
 
 
 Sendo assim, percebam o quão importante é estudar o tema pontuação. 
 
 
 Agora, proponho um desafio a vocês: empreguem APENAS UMA VÍRGULA 
no período a seguir: 
 
"Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de quatro a seus pés." 
 
 Pensem! (rs...) 
 
 Prontos? Vamos lá! 
 
 
 Se você é do sexo masculino, provavelmente empregou a vírgula após o 
verbo ter: 
 
"Se o homem soubesse o valor que tem, a mulher andaria de quatro a seus pés". 
 
 
 Porém, se você é do sexo feminino, provavelmente empregou a vírgula após 
o vocábulo mulher: 
 
"Se o homem soubesse o valor que tem a mulher, andaria de quatro a seus pés". 
 
 
 O que pretendo demonstrar com isso? Que uma única modificação pode 
alterar completamente o sentido de um texto. 
 
 
 Por exemplo, o emprego da vírgula: 
 
 
- pode ser uma pausa (ou não). 
 
Exemplos: 
Não, espere. (pausa) 
Não espere. 
 
 
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- pode denotar autoritarismo (ou não). 
 
Exemplos: 
Aceito, obrigado. 
Aceito obrigado. (autoritarismo) 
 
 
- pode criar heróis ou vilões. 
 
Exemplos: 
Isso só, ele resolve. (vilão) 
Isso só ele resolve. (herói) 
 
Este, juiz, é corrupto. (herói) 
Este juiz é corrupto. (vilão) 
 
 
- pode denotar uma solução. 
 
Exemplos: 
Vamos perder, nada foi resolvido. 
Vamos perder nada, foi resolvido. 
 
 
- pode mudar uma opinião. 
 
Exemplos: 
Não queremos saber. 
Não, queremos saber. 
 
 É necessário que vocês, futuros servidores públicos, tenham muita atenção 
ao redigir um documento. Vejam o que uma simples vírgula pode ocasionar. 
 
 
A VÍRGULA DE UM MILHÃO DE DÓLARES 
 
 Pode parecer incrível, mas uma única vírgula causou uma confusão e um 
prejuízo terrível para o governo dos EUA. 
 A história é a seguinte: Na lei de tarifa alfandegária aprovada pelo congresso, 
em 6 de junho de 1872, uma lista de artigos livres de impostos incluía: 
 
“plantas frutíferas, tropicais e semitropicais”. 
 
 No momento em que redigiu o documento, um servidor público distraído 
acrescentou uma vírgula, deixando o texto assim: 
 
“plantas, frutíferas, tropicais e semitropicais” 
 
 
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 Com isso, todos os importadores de plantas americanos pleitearam o direito 
de importação livre de impostos, ocasionando uma perda de impostos milionária aos 
cofres dos EUA. 
 Pasmem: o desastrado servidor público, ao que parece, não foi demitido. 
(rs...) 
 
 
PRÉ-REQUISITOS PARA O EMPREGO DA VÍRGULA 
 
 Antes de estudar os casos em que se emprega a vírgula, sinal de pontuação 
muito explorado nas provas da ESAF, é oportuno apresentar a vocês alguns 
comentários introdutórios. 
 
 Ordem direta 
 
Diz-se que uma oração está na ordem direta quando seus termos se 
apresentam na seguinte progressão: 
 
 
SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO(S) + ADJUNTO(S) 
 
 
Exemplos: 
 
O professor iniciará a aula às sete horas. 
 sujeito verbo O.D adj. adverbial 
 
Aquele servidor deu ordens aos terceirizados ontem.sujeito verbo O.D. O.I adj.adv. 
 
 
CASOS PROIBIDOS 
 
- Não se deve separar por vírgula o sujeito de seu predicado e os verbos de seus 
complementos. 
 
Exemplos: 
 
Fabiano, comprou um carro na concessionária. (errado, pois há vírgula entre 
sujeito e verbo) 
 
Fabiano comprou, um carro na concessionária. (errado, pois há vírgula entre o 
verbo e seu complemento) 
 
Fabiano comprou um carro na concessionária. (correto) 
 
 
- Não se emprega vírgula entre o termo regente e o termo regido (adjuntos 
adnominais e complementos nominais). 
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Exemplos: 
 
Aquele, aluno de Brasília passou no concurso. (errado, pois há vírgula entre o 
adjunto adnominal “Aquele” e o núcleo (nome) “aluno”) 
 
Aquele aluno de Brasília passou no concurso. (correto) 
 
 
O estudo é necessário, à aprovação. (errado, pois há vírgula entre o nome 
“necessário” e o complemento nominal “à aprovação) 
 
O estudo é necessário à aprovação. (correto) 
 
 
- A posição originária do adjunto adverbial é o final do período. Seguindo essa 
ordem (sujeito + verbo + complemento + adjunto), a vírgula entre o complemento do 
verbo e o adjunto adverbial é facultativa. 
 
Exemplo: 
Aquele funcionário deu ordens a nós, ontem. (correto) 
 sujeito verbo O.D. O.I adj.adv. 
 
 
Aquele funcionário deu ordens a nós ontem. (correto) 
 sujeito verbo O.D. O.I adj.adv. 
 
 
 
 Ordem inversa 
 
A ordem direta, descrita acima, pode ser rompida por inversões ou 
intercalações, constituindo o que se convencionou chamar de ordem inversa. 
 
Exemplos: 
 
O professor iniciará, às sete horas, a aula. (correto) 
 sujeito VTD adj. adverbial OD 
 
O professor, às sete horas, iniciará a aula. (correto) 
 sujeito adj. adv. VTD OD 
 
Às sete horas, o professor iniciará a aula. (correto) 
 adj. adv. sujeito VTD OD 
 
 
 Observa-se, nos exemplos acima, que o adjunto adverbial “às sete horas” 
está deslocado em relação à sua posição tradicional (final do período). Houve, 
portanto, uma inversão da ordem direta da frase. Por essa razão, justifica-se o 
emprego da(s) vírgula(s). 
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Importante! 
 
 Segundo as lições de Celso Cunha, em Nova Gramática do Português 
Contemporâneo, pág. 660, quando os adjuntos adverbiais deslocados forem curtos 
e de fácil entendimento, o emprego da vírgula fica dispensado. 
 
Exemplos: 
 
Ontem, estudei bastante. (correto) 
 
Ontem estudei bastante. (correto) 
 
Felizmente, cheguei antes de o portão fechar. (correto) 
 
Felizmente cheguei antes de o portão fechar. (correto) 
 
 
 Entretanto, quando houver a intenção de realçá-los, recomenda-se o 
emprego da vírgula. 
 
Exemplo: Depois, tudo caiu em silêncio (Castro Soromenho) 
 
 
 
O EMPREGO DA VÍRGULA 
 
 No interior das orações, emprega-se a vírgula para: 
 
a) separar apostos (exceto os especificativos) e vocativos. 
 
Exemplos: 
O leão, o rei da selva, é um animal carnívoro. 
Preste atenção, caro aluno! 
Caro aluno, preste atenção! 
 
 
b) separar nomes de lugar nas datas. 
 
Exemplo: Rio de Janeiro, 21 de julho de 2012. 
 
 
c) separar núcleos de uma mesma função sintática ou componentes de uma 
enumeração quando não vêm unidos pelas conjunções e, ou e nem. 
 
Exemplos: 
Eu, você e ele seremos aprovados. 
Ele comprou couve, alface, coentro e agrião. 
“Sim, eu era esse garção bonito, airoso, abastado.” (Machado de Assis) 
 
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Importante! 
 
 Conforme as lições de Evanildo Bechara, em Moderna Gramática 
Portuguesa, Rio de Janeiro, editora Lucerna, pág. 609, “na série de sujeitos 
seguidos imediatamente de verbo, o último sujeito não é separado do verbo por 
vírgula. 
 
Exemplo: “Carlos Gomes, Vítor Meireles, Pedro Américo, José de Alencar tinham- 
-nas começado.” (Carlos de Laet, Obras Completas) 
 
 Esse é o mesmo posicionamento de Celso Cunha & Lindley Cintra, em Nova 
Gramática do Português Contemporâneo, Rio de Janeiro, editora Lexikon, pág. 664: 
 
 “Os termos essenciais e integrantes da oração ligam-se uns com os outros 
sem pausa; não podem ser, assim, ser separados por vírgula”. 
 
 
 
d) indicar elipse (omissão) de um termo. 
 
Exemplos: Ele canta a vida; e você, a morte. (a vírgula omitiu o verbo “cantar”) 
Bebida mata; velocidade, também. (a vírgula omitiu o verbo “matar”) 
 
 
e) separar os pleonasmos, as repetições. 
 
Exemplos: 
A casa é linda, linda. 
 
“Contigo, contigo, Antônio Machado, 
Fora bom passear.” 
 (Cecília Meireles) 
 
“Nunca, nunca, meu amor!” (Machado de Assis) 
 
 
f) separar termos de ordem inversa ou adjuntos adverbiais antecipados. 
 
Exemplos: 
Ele, diariamente, resolvia questões. 
Na Europa, afirmam que o clima é frio. 
Lá fora, chove bastante. 
 
 
 Na ordem direta, teríamos: 
 
Ele resolvia questões diariamente. 
Afirmam que o clima é frio na Europa. 
Chove bastante lá fora. 
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g) separar partículas e expressões de explicação, correção, continuação, 
conclusão, concessão (qual seja, a saber, por exemplo, aliás, isto é, ou 
melhor, ou seja, não obstante). 
 
Exemplos: 
Este curso é muito bom, isto é, esclarecedor. 
Fiz os exercícios, ou melhor, as questões. 
Sairá amanhã, aliás, depois de amanhã. 
“...e, não obstante, havia certa lógica, certa dedução” (Machado de Assis) 
 
 
h) separar conjunções coordenativas adversativas (porém, contudo, 
entretanto, todavia etc.) ou conclusivas (pois, portanto, logo etc.) deslocadas. 
 
Exemplos: 
Não consegui, entretanto, engordar. 
Estudaram muito, portanto, foram aprovados. 
 
Importante! 
 
 Segundo as lições de Celso Cunha e Lindley Cintra, “das conjunções 
adversativas, mas deve ser empregada no começo da oração; porém, todavia, 
contudo, entretanto e no entanto podem vir ora no início da oração, ora após um de 
seus termos. No primeiro caso, põe-se uma vírgula antes da conjunção; no 
segundo, vem ela isolada por vírgulas”. 
 
Exemplos: 
“Vá aonde quiser, mas fique morando conosco.” (Machado de Assis) 
Vá aonde quiser, porém, fique morando conosco. 
Vá aonde quiser, fique, porém, morando conosco. 
“As pessoas dedicadas, contudo, haviam desde a véspera abandonado a cidade.” 
(João ribeiro) 
As pessoas dedicadas haviam, contudo, desde a véspera abandonado a cidade. 
 
Importante! 
 
 Segundo as lições de Celso Pedro Luft, na obra A vírgula, editora Ática, 
págs. 49-50, o conectivo “todavia (e palavras semelhantes), no interior da frase, 
aparece pontuado de maneiras diferentes. 
 
Exemplos: 
O aluno, todavia, nada respondeu. 
 
 No período acima, todavia no interior de sua oração, temos a pontuação das 
partículas intercaladas. 
 
O professor repetiu a explicação, todavia, os alunos continuaram com dúvidas. 
 
 No exemplo acima, todavia é interior da frase, mas não de sua oração. Usar 
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duas vírgulas é má pontuação, porque sinaliza, como intercalado, um elemento 
inicial de oração. 
 Querendo sinalizar pausa depois de todavia, é preciso aumentar a pausa 
anterior. 
 
O professor repetiu a explicação; todavia, os alunos continuaram com dúvidas. 
 
 
 CelsoCunha e Lindley Cintra citam que “quando a conjunção pois for 
conclusiva, vem sempre posposta ao verbo da oração a que pertence e, portanto, 
isolada por vírgulas. 
 
Exemplos: 
 
Não compactua com a ordem; é, pois, uma rebelde. 
 
“Vens, pois, anunciar-me uma desventura.” (Alexandre Herculano) 
 
 
 Esse é o mesmo posicionamento de Luft, na obra A vírgula. 
 
Exemplo: Transmiti o recado ao nosso colega. Deve, pois, estar de sobreaviso. 
 
 
 Agora, observem as orações a seguir. 
 
 
(1) O homem é mortal; deve, pois, estar preparado para morrer. 
 
 
(2) O homem deve estar preparado para morrer, pois é mortal. 
 
 
 Em (1), o “pois” está posposto ao verbo. Portanto, é uma conjunção 
conclusiva, equivalendo a “portanto”. Por essa razão, aparece entre vírgulas. 
 
 Já em (2), o conectivo “pois” está anteposto à forma verbal, sendo um 
conector explicativo, equivalendo a “porque”. Não aparece isolado por vírgulas. 
 
 
 Percebam que, ao fazer uma simples mudança no período (2), o “pois” 
assume tom de conclusão: 
 
O homem deve estar preparado para morrer; pois, por natureza, é mortal. 
 
 
 Fiquem atentos a isso! 
 
 
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 As demais conjunções conclusivas “(logo, portanto, por conseguinte, etc.) 
podem encabeçar a oração, ou pospor-se a um dos seus termos, conforme ocorre 
com as adversativas. 
 
Exemplos: 
 
Ele anda muito ocupado, por isso não tem respondido às suas cartas. 
 
Penso em passar neste concurso. Logo, tenho que estudar. 
 
 
 
 Entre as orações, emprega-se a vírgula para: 
 
a) separar orações coordenadas assindéticas. 
 
Exemplos: 
Ele comeu, bebeu, conversou e saiu. 
 
 
b) separar orações coordenadas sindéticas, salvo as introduzidas pela conjunção 
“e”. 
 
Exemplos: 
Há aqueles que se esforçam muito, porém raramente são reconhecidos. (oração 
coordenada sindética adversativa) 
 
Estudamos bastante, logo seremos aprovados. (oração coordenada sindética 
conclusiva) 
 
Importante! 
 
 Segundo as lições de Bechara (obra citada anteriormente), emprega-se a 
vírgula para separar orações coordenadas alternativas (ou, quer, etc.), quando 
proferidas com pausa. 
 
Exemplo: Ele sairá daqui logo, ou me desligarei do grupo. 
 
 A mesma regra vale quando o conectivo “ou” exprimir retificação. 
 
Exemplo: “Teve duas fases a nossa paixão, ou ligação, ou qualquer outro nome, 
que eu de nome...” (Machado de Assis) 
 
 Entretanto, quando o “ou” denotar equivalência, não se emprega vírgula. 
 
Exemplos: Solteiro ou solitário se prende ao mesmo termo latino. 
 
Nenhuma lei ou ato normativo pode ser editado se não estiver em consonância com 
a Constituição Federal. 
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OBSERVAÇÃO! 
 
 As orações coordenadas sindéticas introduzidas pela conjunção “e” 
podem vir separadas de suas respectivas orações principais por vírgula. Isso 
ocorre em três casos, quais sejam: 
 
 Quando as orações apresentarem sujeitos distintos: 
 
Exemplos: 
Elas estarão de folga, e eu tomarei conta da casa. 
“O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo.” (Graciliano Ramos) 
 
Importante! 
 
 Modernamente, a vírgula é facultativa nos exemplos acima. 
 
Elas estarão de folga(,) e eu tomarei conta da casa. (correto) 
O pirralho não se mexeu(,) e Fabiano desejou matá-lo. (correto) 
 
 
Nota: Não haverá vírgula quando o sujeito das orações for o mesmo. 
 
Exemplo: Elas estarão de folga e tomarão conta da casa. (=Elas estarão de folga e 
(elas) tomarão conta da casa.) 
 
 
 Quando a conjunção “e” aparecer repetida por várias vezes, 
constituindo o que, em figura de linguagem, chama-se de polissíndeto (vários 
elementos de ligação). 
 
Exemplos: Trejeita, e canta, e ri nervosamente. 
 
“De tudo ao meu amor serei atento 
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto (...)” 
 (Vinícius de Moraes) 
 
“Comigo, o mundo canta, e cisma, e chora, e reza, 
E sonhar o que eu sonhar.” 
 (Teixeira de Pascoaes) 
 
 Quando a conjunção “e” possuir matiz semântico de adversidade. 
 
Exemplo: Não estudou, e passou no concurso. (e = mas) 
 
 
c) separar orações subordinadas antepostas às orações principais. 
 
Exemplo: Se eu estudar, passarei no concurso. 
Embora ele não tivesse estudado, passou no concurso. 
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d) separar orações reduzidas de infinitivo, de gerúndio e de particípio ou 
orações adverbiais que iniciam o período. 
 
Exemplos: Ao entrar o fiscal de sala, os candidatos se calaram. 
Estudando assim, será aprovado. 
Terminado o concurso, houve a aprovação. 
 
 
e) separar orações intercaladas. 
 
Exemplos: O professor, disse o estagiário, já distribuiu as notas dos alunos. 
E o candidato, perguntou o professor, foi aprovado ou não? 
“Não lhe posso dizer com certeza, respondi eu.” (Machado de Assis) 
 
 
f) separar orações adjetivas explicativas. 
 
Exemplos: As frutas, que estavam maduras, caíram no chão. 
 
O soldado, que era arguto, entendeu as ordens. 
 
“... eu, que valia mais, muito mais do que ele, ...” (Machado de Assis) 
 
 As orações adjetivas explicativas denotam qualidade acessória do 
antecedente – e, portanto, dispensáveis ao sentido essencial da frase –, separam- 
-se dele por uma pausa, indicada na escrita por vírgula. 
 
 
 
O PONTO E VÍRGULA 
 
O ponto e vírgula, sinal empregado para denotar que o período não foi 
encerrado integralmente, é empregado para contribuir com a clareza textual. Deve 
ser empregado: 
 
a) em orações coordenadas extensas, quando, dentro destas, já houver a 
ocorrência de vírgula. 
 
Exemplo: Ela, que é muito esperta, queria uma ajuda do pai; necessitava, acima de 
tudo, da aquiescência da mãe, dos avós e dos irmãos; sabia que, antes de qualquer 
coisa, o seu nome estava em jogo. 
 
 
b) para separar itens de uma lei, um estatuto, um decreto ou outro documento 
semelhante. 
 
Exemplo: 
 
Artigo 1º - Será considerado mau cidadão aquele que cometer alguma das 
Português para APO-MPOG 
Teoria e questões comentadas 
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seguintes faltas: 
 
I) cuspir no chão, em ambientes fechados ou abertos; 
II) avançar o sinal vermelho em qualquer via pública; 
III) jogar lixo fora das lixeiras, mesmo que o detrito se resuma a um minúsculo papel 
de bala; e 
IV) atirar latas de cerveja ou refrigerantes nas vias públicas, através das janelas dos 
veículo, parados ou em movimento. 
 
 
c) antes de conjunções adversativas e conclusivas, empregadas no início da 
oração. Com isso, o sentido adversativo (ou conclusivo) dos conectivos fica 
acentuado, realçado. 
 
Exemplos: 
Vá aonde quiser; porém, fique morando conosco. 
 
Ele sabia toda a matéria; mas não era ela quem iria reconhecer a sabedoria do 
irmão. 
 
Ele anda muito ocupado; por isso não tem respondido às suas cartas. 
 
Ele acertou; está, pois, de parabéns. 
 
 
d) em orações coordenadas assindéticas, ainda que apresentem um valor 
adversativo. 
 
Exemplo: 
 
Fiz todo o meu serviço; ninguém reconheceu o meu esforço. 
(= Fiz todo o meu serviço, porém ninguém reconheceu o meu esforço.) 
 
 
 
 
 
OS DOIS-PONTOS 
 
Apresentam uma função bastante própria: a da enunciação. Este sinal marca 
uma supressão de voz em frases ainda não concluídas. 
 
O sinal de dois-pontos é empregado para: 
 
 
- anunciar uma citação. 
 
Exemplo: O chefe disse: o horário de trabalho é igual para todos. 
 
 
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- anunciar uma enumeração. 
 
Exemplos: 
 
Comprou dois presentes: um livro e uma caneta. 
 
É dever de todo funcionário: cumprir a lei, ler e interpretar o estatuto da empresa e 
não faltar ao serviço. 
 
 
Nota: No último exemplo acima, as vírgulas poderiam ser substituídas por ponto e 
vírgula sem prejuízo para o período. 
 
Exemplo: É dever de todo funcionário: cumprir a lei; ler e interpretar o estatuto da 
empresa; e não faltar ao serviço. 
 
 
- anunciar uma explicação ou desdobramento de ideia, indicando conclusão, 
síntese, esclarecimento, consequência. 
 
Exemplo: São causas da doença: falta de alimentação adequada, estresse e noites 
sem dormir. 
 
 
- caracterizar os diálogos, antes dos discursos diretos. 
 
Exemplo: "Acrescentou, em voz meia surda, como se lhe custasse sair do coração 
apertado esta palavra de agradecimento: – Obrigada." (Machado de Assis) 
 
 
- acompanhar, antes ou depois, aposto resumitivo. 
 
Exemplo: Vinho, dinheiro, mulheres: nada o alegrava mais. 
Nada o alegrava mais: vinho, dinheiro, mulheres. 
 
 
OBSERVAÇÃO! 
 
Depois do vocativo que encabeça cartas, requerimentos, ofícios, etc., costuma- 
-se colocar dois-pontos, vírgula ou ponto. Vale frisar que, nesses casos, a vírgula é 
o sinal de pontuação preferível. 
 
Exemplo: Senhor Diretor : 
Senhor Diretor , 
Senhor Diretor , 
 
 
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O PONTO 
 
 Representa a pausa máxima do período. É empregado para: 
 
- encerrar uma linha de raciocínio (ponto-final), indicando o fim de uma frase 
declarativa. 
 
Exemplo: Vocês não terão dificuldades em usar o ponto. 
 
 
- separar orações independentes, dentro um mesmo parágrafo. 
 
Exemplo: Atravessara o seu amor e o seu inferno. Penteava-se diante do espelho. 
Estava vazio o seu coração. 
 
 
- separar grupo de ideias distintas (ponto-parágrafo). 
 
Exemplo: (...). O engenho dava-me assim as suas despedidas, como os namorados, 
fazendo os derradeiros agrados. (ponto-parágrafo) 
 Na estação estava o povo de Angico esperando o trem. 
 
 
- escrever as abreviaturas de palavras. 
Ex.: Prof. ; U.S.A. 
 
 
OBSERVAÇÃO! 
 
Segundo as lições do Novo Dicionário da Língua Portuguesa, de Aurélio 
Buarque de Holanda Ferreira: “Quando o período, oração ou frase termina por 
abreviatura, não se coloca o ponto final adiante do ponto abreviativo, pois este, 
quando coincide com aquele, tem dupla serventia. 
 
Exemplo: O ponto abreviativo põe-se depois das palavras indicadas 
abreviadamente por suas iniciais ou por algumas das letras com que se 
representam: V.S.a ; Ex.a ; etc.” 
 
 Esse também é o posicionamento de Celso Cunha e Lindley Cintra, que 
prescrevem o seguinte: “se a palavra assim reduzida (abreviada) estiver no fim do 
período, este encerra-se com o ponto abreviativo, pois não se coloca outro ponto 
depois dele”. 
 
 
 
O PONTO DE EXCLAMAÇÃO 
 
 É importante recurso para dar expressividade à leitura e à escrita, pois é 
responsável pela variação melódica que imprimimos à voz. 
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 O ponto de exclamação é empregado para: 
 
- indicar, dependendo da intenção da mensagem, surpresa, espanto, 
animação, alegria, ironia, dor, além de acompanhar as interjeições e 
intensificar as mensagens imperativas. 
 
Exemplo: Pega! Ele está fugindo! 
 
 
Nota: Geralmente, emprega-se letra maiúscula após tal pontuação. Entretanto, há 
ocasiões em que aparece no interior da frase, nos casos em que o período continua 
para além do diálogo citado ou quando a sequência se prende fortemente ao texto 
anterior, sem ser preciso o uso de letra maiúscula após ele. 
 
Exemplo: “– Dê cá a mão! dê cá! vamos!” (Macho de Assis) 
 
 
- depois de uma interjeição. 
 
Exemplos: 
“Olé! exclamei.” (Machado de Assis) 
“Ah! brejeiro.” (Machado de Assis) 
 
 
 
O PONTO DE INTERROGAÇÃO 
 
 Normalmente é usado para indicar interrogações diretas – típicas dos 
diálogos. 
 
 O ponto de interrogação é empregado: 
 
- quando o período pede uma resposta (frase interrogativa direta). 
 
Ex.: Quem fez isso? Como te chamas? 
 
 
- geralmente depois do advérbio NÃO, quando se deseja confirmar uma ideia. 
 
Exemplo: Esse filho é seu mesmo, não? 
 
 
OBSERVAÇÃO! 
 
 Emprega-se, geralmente, letra maiúscula depois do ponto de interrogação em 
final de enunciado. 
 
Exemplo: "Tem ali um sujeito comendo coalhada. É feita de quê? O quê: coalhada? 
Então o senhor não sabe de que é feita a coalhada?" (Fernando Sabino) 
 
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 Porém, devemos empregar letra minúscula quando o período continua 
(interrogação interna), por se tratar de diálogo citado (discurso direto). 
 
Exemplos: Já tomou o remédio? perguntei. 
 
“ – Esqueceu alguma coisa? perguntou Marcela de pé, no patamar.” (Machado de 
Assis) 
 
“ – Que tem isso? perguntava-lhe eu.” (Machado de Assis) 
 
“Aonde? perguntou Dona Plácida.” (Machado de Assis) 
 
 
 
 
AS ASPAS 
 
 Empregam-se as aspas: 
 
 
- antes e depois de uma citação textual retirada de outro qualquer documento 
escrito. 
 
Exemplos: “A bomba não tem endereço certo.” (C.M.) 
 
Definiu César toda a figura da ambição quando disse aquelas palavras: “Antes o 
primeiro na aldeia do que o segundo em Roma.” (Fernando Pessoa) 
 
 
- expressões ou conceitos que se deseja pôr em evidência. 
 
Exemplo: Muitos usam as aspas a fim de chamar a atenção sobre um vocábulo 
específico, uma forma “sutil” de evidenciar uma ideia que acham “importante”. 
 
 
- para grifar termos da gíria, palavras ou expressões, estrangeiras ou não, 
revelando ironia ou simplesmente marcando termos regionalistas. 
 
Exemplos: 
 
Assim me contou o “tira”... (Alcântara Machado) 
 
 – O senhor promete que não “espaia” a notícia? (“espaia” é marca de 
regionalismo, equivalente à forma verbal “espalha”) 
 
A “parteira” se fechou novamente no quarto de Helena. (Alcântara Machado) 
 
 
 
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- um título de artigos, de periódicos e de capítulos ou partes de um livro, de 
uma publicação. 
 
Exemplo: O livro “Os Sertões” foi escrito por Euclides da Cunha. 
 
 
- para indicar a origem estrangeira do vocábulo. 
 
Exemplo: “Sorry”, disse o cavalheiro elegantemente para a jovem dama. 
 
 
- isolar contextos ou falas ou pensamentos de personagens. 
 
Exemplo: Nunca aludia ao coronel, que não dissesse: “Deus lhe fale n’alma!” 
(Machado de Assis) 
 
 
- para indicar ironia. 
 
Exemplos: Ele ficou muito “alegre” com a visita da sogra. 
 
– Está o mundo perdido, até a Judite tem um “arranjinho”! (Almada Negreiros, 
Obras Completas) 
 
 
 
 
 
O TRAVESSÃO 
 
 O travessão não deve ser confundido com o hífen, já que liga palavras que 
formam uma relação na frase. 
 
Exemplo: Ponte Rio–Niterói. 
 
 Segundo as lições de Evanildo Bechara, na obra Moderna Gramática 
Portuguesa, “o travessão pode substituir os parentes para assinalar uma 
expressão intercalada”. Em outras palavras, expressões explicativas podem 
aparecer na frase entre vírgulas, entre travessões e, ainda, entre parênteses. 
 
Exemplo: Romário, gênio da pequena área, fez mais de mil gols. 
Romário – gênio da pequena área – fez mais de mil gols. 
Romário (gênio da pequena área) fez mais de mil gols. 
 
 
O travessão pode ser empregado, também: 
 
 
 
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- nos diálogos, para indicar mudança de interlocutor, ou para marcar o início 
da fala de um personagem. 
 
Exemplo: – Quem vem lá? perguntou o capataz. 
 – Sou eu! respondeu o patrão. 
 
 
 O duplo travessão pode ser empregado para isolar palavras ou orações 
que se quer realçar ou enfatizar, ocupando o lugar da vírgula, dos dois-pontos ou 
dos parênteses, e ainda para separar expressões ou frases apositivas, explicativas 
ou intercaladas que se deseja salientar. 
 
Exemplo: “Acresce que chovia – peneirava – uma chuvinha miúda, triste...” 
(Machado de Assis) 
 
 
 
 
1. (ESAF-2012/MDIC) Os trechos a seguir constituem um texto adaptado do 
Editorial de O Globo de 20/3/2012. Assinale a opção correta quanto ao 
emprego dos sinais de pontuação. 
 
a) Estudo recente de uma instituição americana, mostra que, em termos da 
produtividade do trabalho, estamos atrás da Argentina, do Chile, do México, do 
Uruguai, do Peru e da Colômbia, para citar apenas algumas nações sul-americanas. 
Superamos apenas a Bolívia e Equador. 
b) O aumento da escolaridade, foi um passo à frente, pois os jovens estarão mais 
aptos ao aprendizado necessário, a um bom desempenho em suas profissões e 
atividades do que as gerações anteriores. 
c) Porém, para se nivelar aos parâmetros, até mesmo, da maioria dos países do 
continente, o Brasil, terá de andar bem mais rápido. 
d) O país já se encontra em um estágio no qual os saltos de produtividade não 
ocorrerão sem investimentos mais expressivos. Além de equipamentos, automação 
e outras ferramentas da tecnologia, parte desses investimentos precisará estar 
voltada para os recursos humanos. 
e) É recente (menos de vinte anos) um envolvimento mais vigoroso do poder 
público, nesse esforço, para qualificar os recursos humanos disponíveis. Até então, 
a iniciativa partia de instituições privadas ou das empresas, muitas vezes agindo de 
maneira isolada. 
 
Comentário: O emprego correto dos sinais de pontuação é encontrado na assertiva 
D. A vírgula inicial indica a antecipação da locução denotativa “Além de 
equipamentos, automação e outras ferramentas da tecnologia”. 
 
 E quais os erros das demais opções? Vejamos. 
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A) Esta opção está errada, pois não se emprega vírgula entre o sujeito "Estudo 
recente de uma instituição americana" e a forma verbal "mostra". 
B) Percebam, logo no início da frase, a separação entre o sujeito "o aumento da 
escolaridade" e o verbo de ligação "foi". E, como ensinam as lições gramaticais, não 
se separa sujeito de verbo. 
C) Na parte final, há um gritante erro: o verbo "ter" tem por sujeito "O Brasil". 
E, como observado no item A, não se separa sujeito de verbo. 
E) Não deve haver vírgula entre o substantivo "envolvimento" e seu complemento 
nominal "nesse esforço". 
 
Gabarito: D. 
 
 
2. (ESAF-2012/MDIC) Em relação à pontuação do texto, assinale a opção 
incorreta. 
 
O tempo em que o sistema financeiro apresentava sérios problemas e em que os 
clientes dos bancos sofriam pesadas perdas pertence ao passado. Hoje, quando o 
sistema financeiro mundial passa por graves problemas, o do Brasil é brilhante 
exceção. Missão conjunta do Fundo Monetário Internacional – FMI e do Banco 
Mundial − Bird, depois da avaliação do nosso sistema financeiro, concluiu que ele é 
estável, com baixo nível de riscos e evidente capacidade de amortizá-los numa 
eventualidade. O Relatório de Estabilidade Financeira que o Banco Central – BC 
acaba de divulgar justifica amplamente a avaliação dos dois organismos 
internacionais. A explicação de como nosso sistema evoluiu da fase dos problemas 
para a estabilidade atual deixa raízes, num primeiro momento, numa forte 
concentração dos estabelecimentos, que, reunindo recursos importantes e 
desenvolvendo toda uma engenharia para atrair mais recursos, puderam atravessar 
diversas fases delicadas. O papel do Banco Central foi decisivo. 
 
(Adaptado do Editorial de O Estado de S. Paulo de 23/3/2012) 
 
a) As vírgulas após “Hoje”(ゲ.2) e após “problemas”(ゲ.3) isolam oração subordinada 
anteposta à principal. 
b) As vírgulas após “que”(ゲ.11) e após “recursos”(ゲ.12) isolam oração subordinada 
de gerúndio. 
c) A vírgula após “estável”(ゲ.6) isola elementos de uma enumeração. 
d) As vírgulas após “raízes”(ゲ.10) e após “momento” (ゲ. 10) isolam adjunto adverbial 
intercalado na oração principal. 
e) As vírgulas após “− Bird”(ゲ.5) e após “financeiro” (ゲ. 5) isolam adjunto adverbial 
intercalado em oração subordinada. 
 
 
Comentário: A questão foi anulada por apresentar duas opções incorretas: (A) e 
(E). 
 O erro da assertiva (A) está em afirmar que as vírgulas “isolam oração 
subordinada anteposta à principal”. Notem que o adjunto adverbial deslocado “Hoje” 
pertence à estrutura da oração principal “Hoje (...) o do Brasil é brilhante exceção”. 
 
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 Portanto, o enunciado correto da opção deveria “isolam oração subordinada 
intercalada à principal”. 
 Por sua vez, o erro da assertiva E está em afirmar que o segmento “depois 
da avaliação do nosso sistema financeiro” está intercalado em oração subordinada. 
Entretanto, esse segmento, que desempenha a função de adjunto adverbial de 
tempo, está isolado na oração principal “Missão conjunta do Fundo Monetário 
Internacional (...) concluiu”: “Missão conjunta do Fundo Monetário Internacional – 
FMI e do Banco Mundial − Bird, depois da avaliação do nosso sistema financeiro, 
concluiu que ele é estável...”. 
 As demais opções estão corretas. 
 
Gabarito (após os recursos): Anulada. 
 
 
 
3. (ESAF-2012/CGU-Adaptada) Analise a afirmação a seguir acerca do 
vocabulário e dos aspectos gramaticais do texto abaixo. 
 
O dinamismo da indústria ao longo do ano, particularmente no setor de veículos 
automotores, metalurgia e produtos minerais, assegurou o crescimento real da 
receita de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 14%. Contaram, 
também, como fatores impulsionadores da receita, as ações administrativas 
desenvolvidas pela Receita Federal e pela Procuradoria da Fazenda no trabalho de 
recuperação de débitos atrasados. Houve, também, mudanças na legislação 
tributária. Contribuiu, ainda, para o aumento da arrecadação, o recebimento de 
concessões para exploração de petróleo e gás natural e serviços de telefonia móvel 
celular, a receita de dividendos da União e a receita de cota-parte de compensações 
financeiras, em decorrência da elevada cotação do preço do petróleo no mercado 
internacional em parte deste ano. 
 
(Adaptado de http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/publicacoes/cartaconjuntura/ carta05/7, acesso em 
29/4/2012) 
 
I. A vírgula depois de "minerais" não constitui erro gramatical. 
 
Comentário: No texto, a vírgula após o vocábulo “minerais” (linha 2) foi empregada 
para isolar o trecho explicativo “particularmente no setor de veículos (...) e produtos 
minerais”. Caso este sinal de pontuação não fosse empregado no contexto, o sujeito 
“o dinamismo da indústria” estaria separado do predicado “assegurou o crescimento 
real da receita (...)”, o que caracterizaria erro gramatical. Portanto, o emprego da 
vírgula depois de “minerais” não constitui erro gramatical, ou seja, a afirmação do 
examinador está correta. 
 
Gabarito: Correta. 
 
 
 
 
 
 
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Leia o texto abaixo para responder à questão 4. 
O Brasil vive uma situação intrigante: enquantoa economia alterna altos e 
baixos, a taxa de desemprego cai de forma consistente. Uma das possíveis 
causas é a redução do crescimento demográfico, que desacelera a expansão 
da população apta a trabalhar. Com menos pessoas buscando uma ocupação, 
a taxa de desemprego pode cair mesmo com o baixo crescimento. Isso é 
bom? Depende. Por um lado, a escassez de mão de obra reduz o número de 
desempregados e aumenta a renda. Por outro, eleva os custos e reduz a 
competitividade das empresas, o que pode levá-las a demitir para reequilibrar 
as contas. É uma bomba-relógio que só pode ser desarmada com o aumento 
da produtividade − para manter o emprego, os trabalhadores precisarão ser 
treinados para produzir mais. 
 
(Adaptado de Ernesto Yoshida, Outro ângulo. Exame, ano 46, n. 7,18/4/2012) 
 
4. (ESAF-2012/CGU) Desconsiderando os necessários ajustes nas letras 
iniciais maiúsculas e minúsculas, provoca-se erro gramatical e/ou incoerência 
textual ao 
 
a) retirar o sinal de dois pontos depois de "intrigante" e, ao mesmo tempo, substituir 
a vírgula depois de "baixos" pelo sinal de dois pontos. 
b) substituir o sinal de interrogação depois de "bom" por um sinal de ponto e vírgula. 
c) inserir uma vírgula depois de "cair". 
d) substituir o ponto depois de "Depende" pelo sinal de dois pontos e, ao mesmo 
tempo, substituir o ponto depois de "renda" por ponto e vírgula. 
e) substituir o travessão depois de "produtividade" pelo sinal de dois pontos. 
 
Comentário: Há erro ao substituir o ponto de interrogação, depois do vocábulo 
“bom”, por ponto e vírgula. Notem que, após o adjetivo em destaque, há uma 
resposta, formada pela palavra “Depende”. Portanto, é necessário o emprego da 
interrogação, transmitindo um caráter interrogativo ao trecho “Isso é bom”. 
 Sendo assim, a letra (B) é o gabarito da questão. 
 
Gabarito: B. 
 
 
5. (ESAF-2012/CGU) Com relação ao uso das estruturas linguísticas ou da 
grafia das palavras, assinale o trecho em que o texto adaptado de Júlio 
Miragaya, Desindustrialização e baixo crescimento econômico (Correio 
Braziliense, 23 de abril de 2012), foi transcrito corretamente. 
 
a) A valorização do real e o custo Brasil, que têm reduzido a competitividade de 
nossos produtos industriais no mercado internacional, ao mesmo tempo que torna o 
mercado interno mais vulnerável à concorrência de produtos de outros países com 
consequências ruins não só para a balança comercial, mas também para os níveis 
de emprego e de renda para a arrecadação de tributos. 
b) No custo Brasil consta os elevados preços da energia elétrica e do gás natural; a 
insuficiência e relativamente precária malha de transportes; o baixo nível de 
investimentos em tecnologia; e uma estrutura tributária que incide sobre a produção 
e o consumo e não sobre a renda e a riqueza. 
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c) O fato é que o setor industrial ficou estaguinado em 2011, puxando para baixo o 
crescimento do PIB, sendo o mais baixo entre todos os países sul-americanos. E as 
perspectivas são de novo crescimento do produto industrial próximo a zero − com 
um tímido crescimento do PIB. 
d) O elevado custo de nossa logística é outra causa que não vêm sendo 
devidamente enfrentada. O barateamento do custo da energia e dos transportes 
requerem a ampliação dos investimentos públicos, necessidade que se choca com 
um dos pilares da política econômica. 
e) Em suma, não há como ampliar substantivamente os investimentos públicos sem 
uma redução drástica nos gastos com pagamento dos juros da dívida pública. 
Também se deve buscar ampliação do investimento em inovação, condição 
essencial para o aumento da produtividade. 
 
Comentário: A transcrição correta foi feita na assertiva E. Primeiramente, a vírgula 
após a locução conclusiva “Em suma” foi corretamente empregada. Por sua vez, a 
partícula “se”, presente no segmento “Também se deve buscar”, foi corretamente 
empregada antes da locução verbal “deve buscar”, haja vista a presença da palavra 
denotativa de inclusão “também”. Por fim, a vírgula antes do vocábulo “condição” foi 
perfeitamente empregada, para isolar trecho de natureza explicativa. 
 Vejamos os erros das demais opções: 
A) Errada. Houve a omissão da preposição “em” antes de “que, presente no 
segmento “ao mesmo tempo (em) que torna o mercado interno...”. Erro de 
concordância verbal em “ao mesmo tempo em que torna o mercado interno...”, pois 
o verbo em destaque deve concordar com o sujeito composto “A valorização do real 
e o custo Brasil (...) ao mesmo tempo em que tornam o mercado interno...”. 
B) Errada. Erro de concordância verbal em “No custo Brasil consta os elevados 
preços da energia elétrica e do gás natural”. O verbo “constar” deve flexionar-se no 
plural para concordar com o núcleo do sujeito “os elevados preços da energia 
elétrica e do gás natural”. 
C) Errada. O vocábulo “estaguinado” foi grafado de modo incorreto. A forma 
adequada é “estagnado” (que não flui; parado, paralisado). 
D) Errada. Primeiramente, houve erro de concordância verbal, pois o verbo “vir” 
deve estar no singular (vem), concordando com o núcleo do sujeito “O elevado 
custo de nossa logística”. Outro erro refere-se ao verbo “requerer”, o qual deve estar 
no singular, uma vez que seu sujeito está nesse número (singular): “O barateamento 
do custo de energia e dos transportes requer...”. 
 
Gabarito: E. 
 
 
6. (ESAF-2010/CVM) Assinale a opção segundo a qual provoca-se incoerência 
entre os argumentos e/ou incorreção gramatical ao fazer a alteração sugerida 
na pontuação do texto. 
 
A institucionalização de alguns aspectos morais da sociedade é capaz de 
transformar completamente uma sociedade, é fato. Transformar certas atitudes e 
preceitos em hábitos nos leva ao passo contrário do questionamento e da 
capacidade de reinventar o cotidiano. Por aqui, potencializou-se no decorrer dos 
anos a necessidade de ostentação. 
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Patrimônio no Brasil se compreende como quantos carros, móveis e imóveis 
se possui. Pior, o brasileiro quer possuir esses bens ainda que seus pagamentos 
sejam arrastados durante anos, num ciclo completamente automatizado. Isso não é 
construir patrimônio. Pense que essa estratégia envolve diversos custos e que, para 
manter tal raciocínio vicioso, você precisará estar sempre se vendo assalariado ou 
com uma fonte fixa de renda. Não sou contra o emprego, sou contra a acomodação. 
Onde fica a qualidade de vida? Seu maior patrimônio é você mesmo. Qualidade de 
vida é ter o que você merece, mas também ter responsabilidade e preparo para 
poder lutar pelo que merece. Qualidade de vida é gastar seu dinheiro com você, 
desde que você não entre em conflito com você mesmo. 
 
(Adaptado de Conrado Navarro. Educação financeira e qualidade de vida. 
http://dinheirama.com/blog/2007/09/19/educacao-financeira-e-qualidade-de-vida, acesso em 20 de 
outubro de 2010) 
 
a) Reescrever o final do primeiro período do texto, na linha 2, como: [...] uma 
sociedade; isso é fato. 
b) Isolar por vírgulas a expressão “no decorrer dos anos” (ゲ.4-5). 
c) Substituir a conjunção em “Pense que essa estratégia” (ゲ.9) pelo sinal de dois- 
-pontos, escrevendo: Pense: essa estratégia. 
d) Substituir a vírgula depois de “Pior” (ゲ.7) pelo sinal de dois pontos. 
e) Inserir um travessão antes de “ou com uma fonte” (ゲ.10-11). 
 
Comentário: Há erro na assertiva (C). No trecho “Pense que essa estratégia envolver 
diversos custos (...)”, a conjunção integrante denota a existência de uma relação de 
subordinação entre a oração principal “Pense” e a oração subordinada substantiva 
objetiva direta “que essa estratégia pode envolver diversos custos (...)”. Ao substituir 
esseconectivo pelo sinal de dois-pontos, ambas as orações passariam a ser 
coordenadas assindéticas, isto é, a relação passaria de subordinação para 
coordenação. Portanto, este é o gabarito da questão. 
 Nas demais opções: 
A) O sinal de ponto e vírgula é perfeitamente aceitável, pois separa orações 
coordenadas entre si. 
B) No contexto, a expressão “no decorrer dos fatos” desempenha a função de 
adjunto adverbial, o qual está deslocado. Sendo assim, é lícito isolá-la por vírgulas. 
D) A troca da vírgula pelo sinal de dois-pontos, após o vocábulo “Pior”, não 
prejudica o texto, pois introduziria uma explicação do adjetivo destacado. 
E) A inserção de um travessão antes da expressão “ou com uma fonte fixa de 
renda” colocaria este segmento textual em relevo, sendo lícito esse recurso 
gramatical. 
 
Gabarito: C. 
 
 
7. (ESAF-2010/MTE-Adaptada) Analise o item a seguir acerca do vocabulário e 
de aspectos gramaticais do texto abaixo. 
 
A década de 1980 foi o marco do surgimento de um novo ator social nos 
países ricos: o novo-pobre (nouveau-pauvre). Corolário do desmoronamento do 
sistema de proteção social, em um quadro agravado pela revolução tecnológica, 
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que automatizou o sistema produtivo sem gerar novos postos de trabalho, esse 
novo personagem vai materializar uma inesperada e imprevisível reprodução, no 
mundo desenvolvido, do problema da desigualdade social, tão comum no terceiro 
mundo. 
O novo-pobre é, cada vez mais, a expressão do fenômeno da exclusão 
social. Não é mais um indivíduo que está à margem, mas, sim, fora do sistema 
econômico e social prevalente. Não tem acesso ao mercado de trabalho (nem 
mesmo informal), não tem perspectiva de engajamento (independentemente de seu 
grau de qualificação profissional) e, cada vez mais, vai ficando de fora dos 
mecanismos de proteção social do moribundo welfare state. 
No caso da periferia, o fenômeno global da emergência do novo-pobre, 
deserdado do neoliberalismo, soma-se ao histórico problema da pobreza. Os 
velhos-pobres, em países como o Brasil, são atores presentes na formação da 
sociedade nacional desde seus primórdios. O que se apresenta como fato novo é a 
constatação de que estes últimos caíram dos patamares da pobreza para os da 
miséria. E isso é tão evidente como tão mais urbana foi-se tornando a sociedade. 
 
(Marcel Bursztyn. “Da pobreza à miséria, da miséria à exclusão: o caso das populações de rua”. In: 
No meio da rua: nômades, excluídos e viradores. Org.: Marcel Bursztyn. Rio de Janeiro: Garamond, 
2000, p.34-35, adaptado). 
 
I. A vírgula foi empregada após a expressão “revolução tecnológica” (ゲ.3) para 
isolar oração restritiva, subsequente. 
 
Comentário: No contexto, a oração “que automatizou o sistema produtivo sem gerar 
novos postos de trabalho” é uma explicação da expressão “revolução tecnológica. 
Portanto, temos uma oração subordinada adjetiva explicativa, e não uma restritiva, 
conforme mencionou o examinador da banca. Portanto, o item está errado. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
8. (ESAF-2010/MTE) Em relação ao emprego de vírgulas no texto abaixo, 
assinale a justificativa correta. 
 
Consagrado como espaço para a reflexão dos grandes temas mundiais, (1) o 
Fórum Social Mundial retorna a Porto Alegre no ano em que completa uma década. 
Mesmo que o encontro seja compartilhado com cinco cidades da Região 
Metropolitana e que outras reuniões do mesmo evento se realizem durante 2010 em 
vários países, Porto Alegre é o lugar-referência dos debates inaugurados em 2000. 
Foi a partir dessa capital que o Fórum se transformou, já no evento inaugural, numa 
oportunidade de congregar, anualmente, ONGs,(2) personalidades,(2) estudantes, 
políticos e todos os envolvidos nas discussões sobre educação,(3) ambiente, 
(3)economia, globalização, direitos humanos e cooperação. 
O debate de ideias que contribuam para a melhoria das relações humanas é 
a essência do Fórum, que seus organizadores esperam reforçar este ano. 
Organizado há 10 anos com o argumento de que era preciso criar um contraponto 
ao Fórum Econômico de Davos, (4) o Fórum Social sempre esteve envolvido em 
saudáveis controvérsias. A polêmica sobre a maior ou menor relevância de um ou 
de outro fórum é da natureza de qualquer debate. Esse confronto foi aos poucos 
diluído e prevalece hoje o entendimento de que o importante é a livre manifestação 
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de pontos de vista e de diferenças. O importante,(5) no entanto, (5) é que o Fórum 
continue contribuindo para a exposição de ideias e propostas às questões mundiais. 
 
(Zero Hora (RS), Editorial, 18/01/2010) 
 
a) (1) A vírgula isola oração subordinada adverbial comparativa anteposta à 
principal. 
b) (2) As vírgulas isolam aposto explicativo. 
c) (3) As vírgulas isolam elementos de mesma função gramatical componentes de 
enumeração. 
d) (4) A vírgula isola oração subordinada adjetiva restritiva anteposta à principal. 
e) (5) As vírgulas isolam adjunto adverbial de tempo intercalado na oração principal. 
 
Comentário: Vamos analisar as opções. 
 
A) Incorreta. A vírgula da opção (1) foi empregada para separar a oração 
subordinada causal reduzida de particípio “Consagrado como espaço para a 
reflexão dos grandes temas mundiais”, a qual está anteposta à oração principal. 
B) Incorreta. As vírgulas empregadas na opção (2) indicam uma enumeração de 
elementos de uma mesma função sintática: objeto direto. 
C) Esta é a resposta da questão. Na opção (3), as vírgulas foram empregadas 
para isolar elementos de mesma função sintática (adjunto adverbial) em uma 
enumeração. 
D) Incorreta. Na opção (4), a vírgula isola oração subordinada adjetiva explicativa 
reduzida de particípio “Organizado há 10 anos com o argumento de que era preciso 
criar um contraponto ao Fórum Econômico de Davos”, a qual está anteposta à 
principal. Para facilitar a visualização, vamos transcrever o período da seguinte 
maneira: O Fórum Social, que foi organizado há 10 anos com o argumento de que 
era preciso criar um contraponto ao Fórum Econômico de Davos, sempre esteve 
envolvido em saudáveis controvérsias. 
E) Incorreta. No contexto da opção (5), as vírgulas foram empregadas para isolar o 
conector adversativo “no entanto”, intercalado na oração principal. 
 
Gabarito: C. 
 
 
9. (ESAF-2010/MTE) Assinale o trecho em que foram plenamente atendidas as 
regras de emprego dos sinais de pontuação. 
 
a) Na linguagem de hoje, a palavra “provedor” evoca mais facilmente um serviço do 
mundo virtual do que o homem que, sozinho, sustentava materialmente sua família. 
É que saiu do ar esse provedor que, até recentemente, ocupava não só a cabeceira 
da mesa, mas também um lugar de indiscutível poder na família. 
b) Na metade do século XX, introduziu-se no espírito das mulheres, uma ideia 
subversiva: a identidade e a liberdade passavam pela independência econômica em 
face do homem provedor. 
c) Nos anos 90, quando as grandes transformações econômicas, a globalização e a 
reestruturação das empresas com supressão de empregos, tornaram precário e 
inseguro o salário dos homens, as mulheres aumentaram seu investimento no 
mercado de trabalho. 
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d) Para as mulheres, o trabalho remunerado já não representava somente uma 
escolha de afirmação de identidade ou de realização pessoal em algum campo 
profissional. Ele tornou-se uma necessidade. Homens e mulheres passaram a 
somar salários, única maneira para muitos, de garantir o nível de vida de uma 
família, em que os homens jánão eram confiáveis como provedores. 
e) Na prática, a inserção das mulheres no mercado de trabalho, não atenuou suas 
responsabilidades em relação à família. Simplesmente, a famosa vida doméstica 
passou a ser encaixada nos interstícios dos horários de sua vida profissional. As 
mulheres porém, senhoras de si, passaram a se perguntar: por que continuava 
cabendo exclusivamente a elas a responsabilidade pela vida privada. 
 
(Adaptado de Rosiska Darcy de Oliveira. Reengenharia do tempo. Rio de Janeiro: Rocco, 2003, p.75-
76.) 
 
Comentário: Vamos analisar as opções. 
 
A) Esta é a resposta da questão. A primeira vírgula, empregada após o vocábulo 
“hoje”, foi empregada para isolar a expressão explicativa “Na linguagem de hoje”. 
Por sua vez, as aspas foram utilizadas para pôr o vocábulo “provedor” em evidência 
no período. Já o vocábulo “sozinho” foi isolado entre vírgulas por ser um predicativo 
do sujeito deslocado. A expressão “até recentemente” foi isolada entre vírgulas para 
demarcar a antecipação de um adjunto adverbial. Por fim, a vírgula empregada na 
correção “não só (...), mas também” é facultativa. 
B) Incorreta. Faltou uma vírgula após a forma verbal “introduziu-se” para isolar o 
adjunto adverbial “no espírito das mulheres”, deslocado de sua posição originária, 
qual seja, o final do período. 
C) Incorreta. Novamente, falou uma vírgula após o vocábulo “empresas” para isolar 
o adjunto adverbial deslocado “com supressão de empregos”. 
D) Incorreta. A expressão intercalada “para muitos” deveria estar isolada entre 
vírgulas. Por fim, antes da oração subordinada adjetiva “em que os homens já não 
eram confiáveis como provedores”, a vírgula deve ser suprimida, pois a oração tem 
caráter de restrição, e não de explicação. 
E) Incorreta. A vírgula entre o sujeito “a inserção das mulheres” e o verbo “atentar’ 
provocou erro gramatical no trecho. Por sua vez, o conectivo “porém” deveria ser 
isolado por vírgulas, em virtude de estar intercalada na oração. Por fim, o ponto final 
do período deve ser substituído por um ponto de interrogação, pois há uma 
pergunta direta em “por que continuava cabendo exclusivamente a elas a 
responsabilidade pela vida privada”. 
 
Gabarito: A. 
 
10. (ESAF-2010/SEFAZ-RJ) Em relação à pontuação do texto, assinale a opção 
correta. 
 
O Brasil voltou a registrar déficits elevados nas transações correntes com o 
exterior, que contabilizam o movimento de mercadorias, rendas e serviços, entre os 
quais remessa de lucros e dividendos, o pagamento e recebimento de juros, o 
turismo, os fretes, os seguros, os aluguéis de equipamentos, os royalties pelo uso 
de marcas e patentes, os direitos autorais etc. No passado, esse déficit provocaria 
grande apreensão entre os agentes econômicos. Agora, a divulgação desses dados 
sequer mexeu com as cotações no mercado de câmbio. A razão para essa 
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mudança de comportamento dos mercados está na capacidade de a economia 
brasileira honrar seus compromissos no curto, médio e longo prazos. 
 
(O Globo, Editorial, 29/7/2010.) 
 
a) A vírgula após “exterior” (ゲ.2) justifica-se por isolar expressão que indica 
circunstância. 
b) O emprego de vírgulas após “No passado” (ゲ.5) e “Agora” (ゲ.6) tem a mesma 
justificativa gramatical. 
c) As vírgulas após “fretes” (ゲ.4), “seguros” (ゲ.4) “aluguéis de equipamentos” (ゲ.4) 
isolam expressões apositivas. 
 
 
d) O emprego de vírgulas após “mercadorias” (ゲ.2), “juros” (ゲ.3), “turismo” (ゲ.4) tem 
justificativas gramaticais diferentes. 
e) A vírgula após “curto” (ゲ.9) justifica-se por isolar expressão explicativa 
subsequente. 
 
Comentário: O período correto é encontrado na assertiva (B). No contexto, a 
expressão “No passado” e o vocábulo “Agora” desempenham a função de adjunto 
adverbial. Como esses segmentos estão antecipados, vale dizer, deslocados de suas 
posições originárias, foram corretamente isolados pelas respectivas vírgulas. Portanto, 
as vírgulas foram empregadas com a mesma justificativa gramatical. 
 E quais os erros das demais opções? Vejamos. 
 
A) Incorreta. A vírgula após o vocábulo “exterior” foi empregada para isolar a oração 
subordinada adjetiva explicativa “que contabilizam o movimento de mercadorias”. 
C) Incorreta. No trecho “os fretes, os seguros, os aluguéis de equipamentos, (...)”, as 
vírgulas foram empregadas para isolar termos em uma enumeração. 
D) Incorreta. No contexto, os vocábulos “mercadorias”, “juros” e “turismo” 
caracterizam uma enumeração de elementos que desempenham a mesma função 
sintática (objeto direto). Portanto, as vírgulas foram empregadas com base na 
mesma justificativa. 
E) Incorreta. À semelhança do que ocorreu na assertiva (D), a vírgula após o 
vocábulo “curto” foi empregada por se tratar de uma enumeração de elementos com 
mesma função sintática. 
 
Gabarito: B. 
 
 
11. (ESAF-2009/Receita Federal) Os trechos abaixo foram adaptados do 
Editorial do Correio Braziliense de 18/8/2009. Assinale a opção em que o 
segmento apresenta erro de emprego dos sinais de pontuação. 
 
a) Um dos agravantes é a falta de experiências bem-sucedidas e replicáveis Brasil 
afora, além da ausência de um marco regulatório que estabeleça não apenas 
responsabilidades, como também padrões mínimos a serem observados na 
destinação do lixo pelas autoridades regionais e municipais. 
 
 
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b) O que fazer com essa perigosa montanha de sujeira é um desafio que, assim 
como ocorre nos países mais desenvolvidos, a sociedade brasileira precisa 
enfrentar e resolver o quanto antes. 
c) Os brasileiros produzem 43 milhões de toneladas de lixo por ano. Isso quer dizer, 
que todos os dias são retiradas 150 mil toneladas de restos, embalagens e dejetos 
das casas, ruas e avenidas em todo o país. 
d) Depois de quase 20 anos de debates e embates entre interesses divergentes, o 
país caminha para superar essa deficiência e, em breve, poderá contar com uma 
legislação federal que estabeleça diretriz a ser seguida em todo o território nacional. 
e) Já é hora de cada um dos que se dizem adeptos da preservação ambiental deixar 
de atirar lixo pela janela do carro ou de despejar suas sobras no lote vago do 
vizinho. Afinal, mais do que um modismo, o compromisso com a ecologia precisa ir 
além do discurso; requer atitude de cada um e o envolvimento de todos. 
 
Comentário: A opção que apresenta erro de emprego dos sinais de pontuação é a 
letra (C). No contexto, a vírgula empregada após o verbo “dizer” separou, 
incorretamente, este de seu complemento “que todos os dias são retiradas 150 mil 
toneladas de restos ...”. 
 As demais opções estão corretas. 
 
Gabarito: C. 
 
 
12. (ESAF-2009/Receita Federal) Assinale a opção correta em relação ao 
emprego dos sinais de pontuação no texto abaixo. 
 
A Conferência de Copenhague será a 15ª dos países que integram a 
Convenção do Clima, de 1992. É o prazo final para que se adote um tratado 
substituto ao Protocolo de Kyoto (1997), (1) que fracassou no objetivo de reduzir a 
poluição aceleradora do aquecimento global. Teme-se que Copenhague fique 
aquém do que seria necessário para sanar as deficiências de Kyoto. 
Em causa estão emissões dos gases do efeito estufa, como o CO2. Eles são 
produzidos por vários setores: (2) energia, (3) indústria, (3) transportes, (3) 
agricultura e desmatamento, entre os principais. Os compostos engrossam um 
cobertor invisível na atmosfera, (4) aquecendo-a globalmente. A temperatura média 
já se elevou 0,7ºC em dois séculos. Para evitar que ultrapasse a barreira dos 2ºC, 
(5) considerada perigosa para a estabilidade do clima planetário, (5) pesquisadores 
estimam que seria preciso cortar até 40% das emissões antes doano 2020. 
 
(Folha de S. Paulo, Editorial, 31/8/2009) 
 
a) (1) O emprego de vírgula se justifica porque isola oração subordinada adjetiva 
restritiva. 
b) (2) O emprego de sinal de dois-pontos justifica-se porque antecede citação de 
discurso alheio ao do autor do texto. 
c) (5) O emprego de vírgulas se justifica para isolar oração subordinada reduzida de 
gerúndio. 
d) (4) O uso de vírgula se justifica para isolar expressão apositiva. 
e) (3) As vírgulas se justificam porque isolam elementos de mesma função sintática 
componentes de uma enumeração. 
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Comentário: Vamos analisar as opções. 
 
A) Incorreta. Na opção (1), a vírgula foi empregada para isolar a oração subordinada 
adjetiva explicativa “que fracassou no objetivo de reduzir a poluição aceleradora do 
aquecimento global”. 
B) Incorreta. Na opção (2), o sinal de dois-pontos introduz o aposto enumerativo 
“energia, indústria, transportes, agricultura e desmatamento”. 
C) Incorreta. Na opção (5), as vírgulas foram empregadas para separar a oração 
reduzida de particípio “considerada perigosa para a estabilidade do clima planetário”. 
D) Incorreta. A opção (4) também está errada, pois a vírgula separa a oração reduzida 
de gerúndio “aquecendo-a globalmente”. 
E) Esta é a resposta da questão. As vírgulas foram empregadas para separar 
elementos de uma mesma função sintática (aposto) em enumeração. 
 
Gabarito: E. 
 
 
13. (ESAF-2009/Receita Federal) Assinale a justificativa correta para o 
emprego de vírgula. 
 
A economia real nos Estados Unidos e na Europa segue em compasso de 
espera. Isso significa que o produto e o emprego seguem em declínio, (1) mas a 
uma velocidade menor. 
Seja como for, as injeções de liquidez, os programas de compra de ativos 
podres,(2) as garantias oferecidas pelas autoridades e a capitalização das 
instituições financeiras não fizeram pouco. Além de construir um piso para a 
deflação de ativos, as intervenções de provimento de liquidez suscitaram,(3) diriam 
os keynesianos,(3) um movimento global no interior da circulação financeira. O 
inchaço da circulação financeira teve efeitos mesquinhos sobre a circulação 
industrial,(4) ou seja,(4) sobre a movimentação do crédito e da moeda destinada a 
impulsionar a produção e o emprego. 
Observa-se,(5) no entanto,(5) um rearranjo dentro do estoque de riqueza que 
responde aos preços esperados dos ativos “especulativos” por parte dos 
investidores que sobreviveram ao colapso da liquidez. Agarrados aos salva-vidas 
lançados com generosidade pelo gestor em última instância do dinheiro — esse 
bem público objeto da cobiça privada — os senhores da finança tratam de restaurar 
as práticas e operações de “normalização dos mercados”, isto é, aquelas que 
levaram à crise. 
 
(Luiz Gonzaga Beluzzo, adaptado do Valor Econômico de 14 de outubro de 2009) 
 
a) (1) A vírgula separa oração coordenada assindética. 
b) (2) A vírgula separa elementos de mesma função sintática componentes de uma 
enumeração. 
c) (3) As vírgulas isolam uma expressão apositiva. 
d) (4) As vírgulas isolam conjunção coordenativa conclusiva. 
e) (5) As vírgulas isolam conjunção subordinativa concessiva intercalada na oração 
principal. 
 
 
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Comentário: Vamos analisar as opções. 
 
A) Incorreta. A vírgula marcada pela opção (1) foi empregada para separar uma 
oração coordenada sindética adversativa, e não uma oração coordenada assindética. 
B) Esta é a resposta da questão. A vírgula apresentada na opção (2) separa 
elementos de uma mesma função sintática (sujeito da forma verbal “fizeram”) 
enumerados. 
C) Incorreta. As vírgulas marcadas pela opção (3) denotam uma oração intercalada, 
indicando o discurso indireto (“diriam os keynesianos”). 
D) Incorreta. As vírgulas na opção (4) foram empregadas para isolar a expressão 
explicativa “ou seja” (linha 10). 
E) Incorreta. As vírgulas foram empregadas para separar o conectivo adversativo “no 
entanto”, o qual está intercalado na oração principal. 
 
Gabarito: B. 
 
 
14. (ESAF-2009/Receita Federal) Assinale o trecho do texto adaptado de Boris 
Fausto (Memória e História) em que, na transcrição, foram plenamente 
atendidas as regras de pontuação. 
 
a) Em uma fila no banco, na época em que, no Brasil, houve congelamento dos 
depósitos bancários, uma jovem, de traços orientais, permanecia calada e, 
aparentemente, atenta aos movimentos de todos, como se a qualquer momento, 
alguém pudesse passar à sua frente. 
b) Pensei, ainda, em lembrá-la de que, por outro lado, a experiência dos japoneses 
no Brasil estava longe de representar um desastre. No entanto, bastou olhar para a 
neta do sol nascente e, logo, perceber que ela se transportara para outras esferas, 
alheia à fila e a tudo o mais que a rodeava. 
c) Não era nada disso. A jovem decifrou o enigma, em tom suspiroso, explicando 
que, no começo dos anos de 1930, grande parte da família decidira emigrar para a 
Califórnia, mas seu avô meio aventureiro, optara infelizmente, pelo Brasil. 
d) Tentei esboçar um discurso sociológico, ponderando, que os imigrantes 
japoneses localizados na costa do Pacífico, tinham atravessado momentos 
adversos, especialmente, no curso da Segunda Guerra Mundial, quando muitos 
deles foram transferidos para campos de confinamento no meio-oeste americano. 
e) De repente, sua voz se ergueu enigmática: “A culpa de tudo isso é do meu avô.” 
Nos segundos seguintes, a melhor hipótese que me passou pela cabeça, foi a de 
um avô conservador, aconselhando a neta a poupar, em vez de gastar, apoiado em 
uma versão japonesa da fábula da cigarra e da formiga. 
 
Comentário: Vamos analisar as opções. 
 
A) Incorreta. O adjunto adverbial “a qualquer momento” está antecipado de sua 
posição originária, devendo, portanto, estar isolado entre vírgulas: “(...) como se, 
a qualquer momento, alguém pudesse passar à sua frente”. 
B) Esta é a resposta da questão. O trecho foi transcrição conforme as regras 
gramaticais, portanto, sem qualquer erro. 
C) Incorreta. No contexto, a expressão “meio aventureiro” desempenha a função de 
aposto explicativo. Portanto, deveria estar isolada entre vírgulas. Por sua vez, o 
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adjunto adverbial “infelizmente” está intercalada entre o verbo “optar” e seu 
complemento “pelo Brasil”. Logo, também deveria ser isolado por vírgulas. Outra opção 
seria retirar a vírgula após “infelizmente”, já que se trata de um adjunto adverbial curto 
e de fácil entendimento. 
D) Incorreta. A vírgula entre a forma verbal “ponderando” e o complemento “que os 
imigrantes japoneses” foi utilizada incorretamente. Notem que a partícula “que” não é 
pronome relativo, e sim conjunção integrante. Para facilitar a visualização, substituam-
na pelo pronome demonstrativo “isso”: 
 
“Tentei esboçar um discurso sociológico, ponderando que os imigrantes japoneses 
localizados na costa do Pacífico (...)” 
 
“Tentei esboçar um discurso sociológico, ponderando isso (...)” 
 
 Também de forma incorreta foi empregada a vírgula empregada entre o sujeito 
“os imigrantes japoneses localizados na costa do Pacífico” e a locução verbal “tinham 
atravessado”. 
 
E) Incorreta. A vírgula entre o sujeito “a melhor hipótese que me passou pela cabeça” 
e a forma verbal “foi” está empregada incorretamente. 
 
Gabarito: B. 
 
 
15. (ESAF-2009/Agência Nacional de Águas) Assinale a opção em que o trecho 
do texto está reescrito de forma gramaticalmente errada. 
 
Os fundamentos da Lei n. 9.433/97, conhecida como Lei dasÁguas, resultaram de 
décadas de discussões e basearam-se nas experiências adotadas pelas unidades 
federadas desde a década de 70, além de estarem sintonizados com os discursos 
dos mais significativos fóruns internacionais. Esses fundamentos estabelecem que a 
água é um bem de domínio público e um recurso natural limitado, dotado de valor 
econômico. Além disso, apregoam que, em situações de escassez, a água deve ser 
usada prioritariamente para o consumo humano e a dessedentação de animais; que 
sua gestão deve sempre proporcionar o uso múltiplo; que a bacia hidrográfica é a 
unidade territorial para a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos; 
e que essa gestão deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder 
Público, dos usuários e das comunidades. 
 
(Adaptado de http://www.ana.gov.br/SalaImprensa/artigos) 
 
a) Asseveram ainda que a gestão hídrica deve ser descentralizada e contar com a 
participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades, e que a bacia 
hidrográfica é a unidade territorial para a implementação da Política Nacional de 
Recursos Hídricos. 
b) Estão sintonizados com os discursos dos mais significativos fóruns internacionais. 
c) Esses fundamentos estabelecem que a água é um bem de domínio público, 
dotado de valor econômico, e um recurso natural limitado. 
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d) Apregoam também que a gestão da água deve sempre proporcionar o uso 
múltiplo e que, em situações de escassez, a água deve ser usada prioritariamente 
para o consumo humano e a dessedentação de animais. 
e) Os fundamentos da lei conhecida como Lei das Águas (Lei n. 9.433/97), 
basearam-se nas experiências adotadas pelas unidades federadas desde a década 
de 70 e resultou de décadas de discussões. 
 
Comentário: Há erro no período contido na assertiva (E). Prestem atenção, pois a 
ESAF tem pleno fascínio por separar sujeito do verbo. No contexto, o sujeito da 
forma verbal “basearam-se” é a expressão “Os fundamentos da lei conhecida com 
 
Lei das Águas”. Portanto, não deveriam estar separados por vírgula. 
 
Gabarito: E. 
 
 
16. (ESAF-2006/ENAP) Assinale a opção que apresenta justificativa correta 
para o emprego das vírgulas no texto abaixo. 
 
Memórias do cárcere, (1) na versão cinematográfica, (1) explora mais 
desenvoltamente a linguagem artística e as possibilidades que estão ao alcance do 
cinema de fragmentar a realidade para, (2) em seguida, (2) recompor o concreto nos 
diversos níveis em que ele aparece na percepção, (3) na cabeça e na história dos 
homens. Quem ama o livro por ele mesmo não vai recuperá-lo no filme. Quem ama 
as várias verdades que Graciliano Ramos enfrentou com hombridade e coragem irá 
ver no filme uma engenhosa e íntegra transposição do livro. Seria pouco dizer que 
ambos se completam. Nelson Pereira dos Santos explora a técnica cinematográfica 
como Graciliano Ramos, a técnica literária,(4) ou seja, (4) como recurso de 
descoberta da verdade,(5) arma de denúncia intelectual e instrumento de luta 
política. 
(Florestan Fernandes) 
 
a) 1 - isolam aposto explicativo. 
b) 2 - isolam termos de mesma função sintática. 
c) 3 - isola adjunto adverbial deslocado. 
d) 4 - isolam expressão retificativa ou explicativa. 
e) 5 - isola aposto explicativo. 
 
 
Comentário: Vamos analisar as opções. 
 
A) Incorreta. Em (1), as vírgulas isolam a expressão “na versão cinematográfica”, que 
desempenha a função de adjunto adverbial deslocado. 
B) Incorreta. Em (2), a expressão “em seguida” está intercalada na oração 
subordinada adverbial causal “para recompor o concreto nos diversos níveis (...). Por 
esse motivo, foi isolada entre vírgulas. 
C) Incorreta. No contexto da opção (3), as vírgulas foram empregados para denotar 
uma enumeração. 
D) Esta é a resposta da questão. Na opção (4), as vírgulas foram empregadas para 
isolar a expressão denotativa de retificação “ou seja”. 
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E) Incorreta. Em (5), o emprego da vírgula justifica-se por se tratar de uma 
enumeração de elementos de mesma função sintática. 
 
Gabarito: D. 
 
 
17. (ESAF-2006/ENAP) Assinale a opção em que o emprego dos sinais de 
pontuação está correto. 
 
a) Motoristas e montadoras de automóveis, não terão que desembolsar mais 
recursos com a mudança para o biodiesel, pois esse combustível não exige 
nenhuma alteração nos motores dos veículos. 
b) A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), 
assegurou a garantia dos motores dos veículos que utilizarem o biodiesel misturado 
ao diesel na proporção de 2%, como foi autorizado. 
c) Além disso, o combustível renovável poderá ser usado, em substituição ao óleo 
diesel em usinas termelétricas, na geração de energia elétrica em comunidades de 
difícil acesso, como é o caso de diversas localidades na região Norte. 
d) Para autorizar o uso do biodiesel no mercado nacional, o governo, editou um 
conjunto de atos legais que tratam dos percentuais de mistura do biodiesel ao 
diesel, da forma de utilização e do regime tributário. 
e) Tal regime, considera a diferenciação das alíquotas com base na região de 
plantio, nas oleaginosas e na categoria de produção (agronegócio e agricultura 
familiar). O governo cria também o Selo Combustível Social e isenta a cobrança do 
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). 
 
Comentário: O emprego dos sinais de pontuação obedeceu às regras gramaticais 
na assertiva (C). Inicialmente, a expressão “Além disso” é denotativa de inclusão, 
estando corretamente separada por vírgula. Por sua vez, o trecho “em substituição 
ao óleo diesel em usinas termelétricas” tem caráter explicativo, razão por que foi 
corretamente isolado por vírgulas. A mesma justificativa deve ser usada para o 
segmento “como é o caso de diversas localidades na região Norte”. 
 E quais os erros das demais opções? Vejamos. 
 
A) Incorreta. A vírgula separou incorretamente o sujeito “Motoristas e montadores 
de automóveis” e a forma verbal “terão”. 
B) Incorreta. A vírgula separou incorretamente o sujeito “A Associação Nacional 
dos Fabricantes de Veículos Automotores” e a forma verbal “assegurou”. 
D) Incorreta. Vejam a insistência da banca: a vírgula separou incorretamente o 
sujeito “o governo” do verbo “editar”. 
E) Incorreta. A banca é teimosa, não é?! (rs...). Novamente, o sujeito foi separado 
do verbo. A transcrição correta é “Tal regime considera a diferenciação (...)”. 
 
Gabarito: C. 
 
 
 
 
 
Português para APO-MPOG 
Teoria e questões comentadas 
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18. (ESAF-2006/MTE) Os trechos abaixo constituem um texto. Assinale a opção 
que apresenta erro de pontuação. 
 
a) As dívidas contraídas na imigração eram pagas com juros de 6% ao ano, não 
podendo o colono deixar de cumprir o contrato antes de saldá-las integralmente, 
além de ter de comunicar o contratante com seis meses de antecedência. 
b) O não-cumprimento do contrato gerava multa para o colono. Outras cláusulas 
apareciam nos regulamentos das colônias, tais como as que impunham um controle 
disciplinar rigoroso, com aplicação de penas severas aos infratores. 
c) As experiências iniciais do trabalho livre do colono foram marcadas por inúmeros 
conflitos, desentendimentos, greves, denúncias de cobranças de taxas abusivas 
pelo importador, rebeldia contra controle moral e disciplinar severo imposto nas 
colônias. 
d) Esses fatos redundaram na acusação de Portugal ao Brasil da prática de 
escravidão disfarçada. O descumprimento do contrato pelo colono, por exemplo, 
poderia representar, além da rescisão, a multa e

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