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Práticas homeopáticas e florais de uso humano Apresentação O uso das práticas complementares em saúde, como homeopatia e terapia de florais, tem crescido em todos os níveis de atenção à saúde. Isso se deve, em parte, à busca da população por opções alternativas aos medicamentos convencionais. Além disso, reflete uma resposta ao incentivo de órgãos federais. Assim, os profissionais de saúde têm buscado capacitação a fim de adquirir conhecimento nessa área. A homeopatia tem uma abordagem oposta à dos medicamentos alopáticos, tão utilizados nos dias atuais, e baseia-se na cura pelo semelhante, agindo nos campos físico, mental e emocional. Embora a homeopatia e a terapia de florais apresentem semelhanças, divergem quanto a algumas questões, como aplicação, modo de preparo e mecanismos. Nesta Unidade de Aprendizagem, você conhecerá os conceitos de similitude, força vital e dose mínima relacionados à homeopatia, bem como o conceito vibracional da terapia de florais. Você também aprenderá sobre a aplicação de medicamentos homeopáticos e essências florais no cuidado ao paciente. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer o histórico e a aplicabilidade de mecanismos homeopáticos de tratamento.• Relacionar homeopáticos e florais usados na terapia humana.• Construir conceitos de similitude no tratamento farmacológico.• Desafio Em 2018, a terapia de florais foi oficialmente incorporada à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no âmbito do SUS. Essa terapia visa a promover o autoconhecimento do indivíduo, atribuindo a ele a responsabilidade por sua cura. Diante dessa situação, responda: a) Com base na terapia de florais, sugira uma formulação para tratar as causas das queixas de Ana Clara. b) Ao utilizar as essências florais durante a gravidez, algum cuidado deve ser tomado? Discorra a respeito disso. Infográfico Na homeopatia, as formas farmacêuticas derivadas representam o produto final obtido após o processo de dinamização. Esse processo consiste em realizar diluições dos insumos ativos seguidas de sucussões ou triturações sucessivas, obtendo um produto com concentração inferior à inicial e com alta potência. Na preparação das formas farmacêuticas derivadas, podem ser utilizadas as escalas decimal, centesimal e cinquenta-milesimal, bem como os métodos hahnemanniano, korsakoviano e de fluxo contínuo. No Infográfico a seguir, conheça as escalas utilizadas na preparação de formas farmacêuticas derivadas. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/f99aa743-55b1-4dca-9540-3e15fea23348/62ac7aae-c494-4a53-aa1b-13a11332551a.jpg Conteúdo do livro A homeopatia foi desenvolvida por Samuel Hahnemann no fim do século XVIII com base no princípio vitalista e na filosofia de Hipócrates, segundo a qual “o semelhante cura o semelhante”. A homeopatia utiliza doses mínimas de insumos ativos, sendo que os medicamentos homeopáticos são produzidos a partir de um processo denominado dinamização. A terapia floral é baseada nos padrões vibracionais das plantas e busca atuar nos vários campos de energia do ser humano, com o objetivo de atuar em prol do bem-estar mental, emocional e físico. No capítulo Práticas homeopáticas e florais de uso humano, da obra Práticas integrativas e complementares em saúde, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, veja mais a respeito dos princípios da homeopatia, como a cura pelo semelhante e a força vital, além de exemplos de medicamentos homeopáticos e essências florais utilizadas no cuidado ao paciente. Boa leitura. PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE Marcella Gabrielle Mendes Machado OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM > Reconhecer o histórico e a aplicabilidade de mecanismos homeopáticos de tratamento. > Relacionar homeopáticos e florais na terapia humana. > Construir conceitos de similitude no tratamento farmacológico. Introdução Dentre as práticas integrativas e complementares em saúde, a homeopatia é muito utilizada nos serviços públicos no Brasil e em países como Alemanha, França, Inglaterra, Bélgica e Argentina. Os profissionais de saúde têm apresentado interesse crescente nessa área, buscando capacitação e conhecimento, uma vez que os princípios de tratamento da homeopatia são opostos ao da alopatia, tão difundida nos dias atuais. A terapia floral também constitui uma prática integrativa e complementar em saúde, sendo um método terapêutico que busca auxiliar o reestabelecimento do equilíbrio mental e emocional dos pacientes. Dentre os vários florais de uso clínico, destacam-se os florais de Bach, criador da técnica. Neste capítulo, você vai conhecer o histórico e os princípios fundamentais para entender a homeopatia e o conceito de similitude, assim como os medicamentos homeopáticos e suas fontes de obtenção. Você ainda conhecerá a aplicabilidade das essências florais no cuidado ao paciente, com maior enfoque nos florais de Bach. Práticas homeopáticas e florais de uso humano Princípios e histórico da homeopatia A homeopatia (do grego homois, “semelhante”, e pathos, “sofrimento”) foi desenvolvida pelo alemão Samuel Hahnemann no final do século XVIII, após observações clínicas em pacientes doentes e experimentos em indivíduos sadios e em si próprio. Ao ingerir por vários dias seguidos a substância quina, utilizada para o tratamento da malária, ele percebeu que passou a apresentar diversos sintomas (patogenesia) característicos da malária (como fraqueza, sonolência, esfriamento da ponta dos dedos das mãos e dos pés, taquicardia, entre outros), os quais desapareceram ao suspender o uso do fármaco. A partir dessa observação, e baseado na filosofia de Hi- pócrates (similia similibus curentur, ou “o semelhante cura o semelhante”), Hahnemann começou a pensar que deveria existir uma identidade entre a doença e o fármaco ingerido (FONTES et al., 2018; BERMAR, 2014). Patogenesia é o conjunto de sintomas físicos, emocionais e mentais que o organismo de um indivíduo sadio apresenta ao utilizar deter- minada substância medicinal. A partir disso, Hahnemann também realizou experimentos administrando quina em familiares e amigos, e os mesmos resultados foram encontrados nesses indivíduos. Seu estudo expandiu-se para outros fármacos, e os seus efeitos no organismo de indivíduos sadios foram catalogados. A partir dos resultados catalogados em indivíduos sadios, ele decidiu observar se o prin- cípio da similitude funcionava também em pacientes doentes. A maioria dos pacientes doentes obteve cura, e, dessa forma, Hahnemann confirmou sua hipótese (FONTES et al., 2018). De acordo com o princípio da similitude (ou lei dos semelhantes) e con- forme relatado por Fontes et al. (2018, p. 5): [...] qualquer substância capaz de provocar determinados sintomas em seres huma- nos sadios e sensíveis, em doses adequadas, especialmente preparadas, é capaz de curar um enfermo que apresente quadro mórbido semelhante, com exceção das lesões irreversíveis. Práticas homeopáticas e florais de uso humano2 Um exemplo da aplicação clínica da lei dos semelhantes é o trata- mento de um paciente com úlcera gástrica que apresenta hemorragias frequentes, gosto amargo na boca, inquietação, ansiedade, queimações no estômago, falta de ar, dentre outros sintomas. O médico homeopata identifica que esses sintomas são semelhantes aos da ingestão de arsênico. Com isso, o médico prescreve Arsenicum album em doses extremamente pequenas. Em 1796, Hahnemann publicou seu primeiro trabalho sobre os efeitos de diversos fármacos em indivíduo sadios, denominado “Ensaio sobre um novo princípio para descobrir as propriedades curativas das substâncias medicinais, seguido de alguns comentários sobre os princípios admitidos até os nossos dias”. Em 1810, a primeira edição do seu livro Órganon da arte de curar foi publicado,contendo a doutrina homeopática, ensinamentos e diretrizes para a anamnese e tratamento do paciente. Outra obra muito famosa de Hahnemann, intitulada As doenças crônicas, foi lançada em 1828, na qual ele relata o estudo de diversas substâncias para o tratamento homeopático de doenças crônicas (FONTES et al., 2018). Devido aos bons resultados obtidos com a homeopatia, essa ciência cresceu rapidamente e atraiu a atenção de médicos e pacientes pela Europa. Atualmente, de acordo com Fontes et al. (2018, p. 6): “[...] a homeopatia é pra- ticada em diversos países, nos vários continentes, mas está especialmente bem representada na Alemanha, na Argentina, na Bélgica, no Brasil, na França, na Índia e na Inglaterra”. Nos Estados Unidos, a homeopatia era muito forte no início do século XX; no entanto, devido à pressões legais e financeiras, muitas instituições encerraram suas atividades, e atualmente o governo tem buscado incentivar essa prática em busca de um renascimento. No Brasil, a homeopatia foi introduzida pelo médico francês Benoît Jules Mure em 1840, e difundiu-se nacionalmente pelos seus discípulos. O ensino e prática da homeopatia ganhou força a partir da proclamação da República, sendo que figuras importantes, como Rui Barbosa e Monteiro Lobato, eram adeptos dessa ciência. A partir da década de 1930, a homeopatia perdeu força no país, tendo seu renascimento na década de 1970. Em 1976, mediante o Decreto nº. 78.841/76, a parte geral da primeira edição da Farmacopeia Homeopática Brasileira foi aprovada. Alguns anos mais tarde, em 1980, a homeopatia foi reconhecida como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina. Atualmente, a homeopatia deixou de ser considerada uma terapia “alternativa” para ser uma prática complementar em saúde, incentivada pelo governo brasileiro, sendo que a edição mais recente da Farmacopeia Homeopática Brasileira foi aprovada por meio da Resolução RDC nº 39/2011 (SÃO PAULO, 2019; FONTES et al., 2018). Práticas homeopáticas e florais de uso humano 3 Doses mínimas No início da carreira como homeopata, Hahnemann utilizava altas doses de medicamentos em seus tratamentos, especialmente na forma farmacêutica de tintura, o que levava a muitos efeitos colaterais, uma vez que os sinto- mas eram agravados pela soma dos sintomas inerentes à doença com os sintomas artificiais provocados pelo medicamento. Com o intuito de diminuir esses efeitos negativos, Hahnemann começou a utilizar doses pequenas dos medicamentos, a partir de sua diluição em água ou álcool. No entanto, os medicamentos diluídos não eram potentes o suficiente para promover a reação orgânica necessária para alcançar os benefícios da homeopatia (FONTES et al., 2018). Hahnemann passou então a imprimir agitações violentas, denominadas sucussões, nos medicamentos previamente diluídos, e percebeu que houve diminuição dos efeitos tóxicos relacionados às altas doses e também au- mento da reação orgânica. Com isso, Hahnemann passou a utilizar diluições infinitesimais do insumo ativo e potencializadas por sucussões, processo também conhecido como dinamização (FONTES et al., 2018). De acordo com Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BRASIL, 2011, documento on-line), a dinamização pode ser definida como “[...] processo de diluições seguidas de sucussões e/ou triturações sucessivas do insumo ativo em insumo inerte adequado”. A diluição do insumo ativo obedece a uma progressão geométrica, com o intuito de diminuir sua concentração química e aumentar sua ação dinâmica, a qual estimula a reação orgânica em direção à cura. A potência de um medicamento homeopático é dada pelo número de dinamizações que recebeu (FONTES et al., 2018; BRASIL, 2011). Medicamento único Em seus experimentos e descobertas, Hahnemann administrava os medica- mentos sempre de forma isolada, a fim de impedir interações medicamen- tosas e descobrir o medicamento responsável pela cura. Quando o quadro sintomático do paciente mudava e/ou a resposta ao medicamento não era o mesma, Hahnemann trocava a medicação, a fim de abranger todos os sinto- mas percebidos. Baseando-se nos princípios de Hahnemann, o homeopata unicista deve procurar, sempre que possível, encontrar um medicamento único (simillimum) que atue na totalidade dos sintomas do doente. Na prática, embora o simillimum seja um fundamento importante da homeopatia, nem sempre é possível encontrá-lo. De acordo com o Conselho Práticas homeopáticas e florais de uso humano4 Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (SÃO PAULO, 2019), no Brasil há outras vertentes de escolas homeopáticas, as quais prescrevem mais de um medicamento ao paciente: � Alternista/pluralista — prescreve-se dois ou mais medicamentos, a serem administrados em momentos distintos e de modo alternado, para que um complemente a ação do outro. � Organicista — a conduta é semelhante à alopatia, com suas especiali- dades clínicas, pois prescreve o medicamento homeopático de forma direcionada aos órgãos doentes, considerando as queixas relatadas pelo paciente, sem levar em consideração sintomas emocionais e mentais. � Complexista — prescreve dois ou mais medicamentos, os quais são administrados simultaneamente ao paciente. Força vital Dentre os princípios da homeopatia, Hahnemann considerava a força vital como a responsável por manter o equilíbrio do organismo. A partir desse ponto de vista, ele acreditava que os microrganismos eram necessários, mas não suficientes, para causar doenças. Os fungos, por exemplo, não seriam considerados a única causa das micoses, pois outros fatores (como umidade, temperatura) devem contribuir para o desenvolvimento fúngico junto com o comprometimento da força vital, levando ao desenvolvimento desses microrganismos sempre presentes (FONTES et al., 2018). O organismo humano saudável encontra-se em equilíbrio nos seus dife- rentes níveis dinâmicos, que incluem os aspectos físico, emocional e mental. Quando a força vital é perturbada, são acionados os mecanismos de defesa do organismo, para tentar restabelecer o equilíbrio. Acredita-se que fatores endógenos (como sentimentos de tristeza, raiva, etc.) e exógenos (como má alimentação ou uso de drogas) podem também influenciar de forma negativa a força vital (FONTES et al., 2018). De acordo com Fontes et al. (2018, p. 23): [...] a homeopatia define saúde como um estado de equilíbrio dinâmico que abran- ge as realidades física e psicomental dos indivíduos em suas interações com o ambiente natural e social. A doença reflete, mediante os sintomas, o esforço da força vital na tentativa de restabelecer o equilíbrio. Práticas homeopáticas e florais de uso humano 5 Medicamentos homeopáticos Um medicamento homeopático é definido pela Anvisa (BRASIL, 2011, docu- mento on-line) como: “[...] toda forma farmacêutica de dispensação ministrada segundo o princípio da semelhança e/ou da identidade, com finalidade curativa e/ou preventiva. É obtido pela técnica de dinamização e utilizado para uso interno ou externo.” Os medicamentos homeopáticos podem ser de origem vegetal, mineral, animal, fúngica, química, microbiológica ou farmacêutica. Estes últimos ainda podem ser industrializados ou preparados em farmácia de manipulação. Tais medicamentos podem ser encontrados em diferentes formas farmacêuticas, destacando-se os tabletes, glóbulos, líquidos, pós, comprimidos, dentre outros. Vale ressaltar que essências florais, medicamentos antroposóficos, cromoterapia e aromaterapia não são medicamentos homeopáticos (SÃO PAULO, 2019; BERMAR, 2014). As plantas são as principais fontes de fármacos para a preparação de medicamentos homeopáticos. Nesse tipo de preparação, prefere-se o uso da planta in natura (fresca), mas quando não for possível, a planta seca também pode ser utilizada. Pode-se aproveitar a planta inteira, partes da planta, produtos extrativos ou de transformação e substâncias produzidas a partir de estados patológicos (como Ustilago maidis, doença do milhoprovocada por fungo) (BERMAR, 2014). Fontes et al. (2018) relata alguns exemplos de medicamentos homeopáticos obtidos a partir de plantas,: � obtenção a partir de plantas inteiras — Belladonna, Drosera rotundifolia, Pulsatilla nigricans, Hypericum perforatum; � obtenção a partir de partes de plantas — Allium cepa, Colchicum au- tumnale (bulbo); ipecacuanha, Paeonia officinalis, Lappa major (raiz); Sanguinaria canadensis, Podophyllum peltatum (rizoma); Coffea cruda, Nux vomica (sementes); Digitalis purpurea, Tabacum (folhas); Sambu- cus nigra, Calendula officinalis (flores ou sumidades floridas); Agnus castus, Carduus marianus (frutos); Lycopodium clavatum (esporos); Berberis vulgaris (casca da raiz); China officinalis (casca do caule); Hamamelis virginiana (mistura de cascas do caule e folhas); Crocus sativus (estigmas); Thuya occidentalis (ramos); Ruta graveolens (parte aérea); Carbo vegetabilis (lenho); Práticas homeopáticas e florais de uso humano6 � produtos extrativos ou de transformação — Terebinthina (oleorresina); Colchicinum (alcaloide); Opium (látex); � produtos patológicos — Ustilago maidis (doença do milho provocada por fungo); Secale cornutum (esporão-do-centeio). O reino mineral é a segunda fonte mais importante na obtenção de me- dicamentos homeopáticos. Dentre os componentes dessa fonte, encontram- -se os minerais obtidos em seu estado natural (como Sulfur, Phosphorus e Causticum), os produtos obtidos em laboratórios químico-farmacêuticos pela extração, purificação e/ou preparação (como Acidum phosphoricum, Kalium sulfuricum e Sulfanilamidum) e os produtos preparados a partir das fórmulas de Hahnemann (como Calcarea acetica, Hepar sulfur, Causticum e Mercurius solubilis) (FONTES et al., 2018). Alguns medicamentos homeopáticos importantes na prática clínica possuem fonte animal, como Sepia officinalis e Calcarea carbonica. Outros exemplos também preparados a partir de animais incluem: Apis mellifica (abelha europeia), Aranea diadema (aranha-porta-cruz), Cantharis vesicatoria (cantárida), carbo animalis (couro de boi carbonizado), Crotalus horridus (veneno da cascavel norte-americana), Diphterinum (membrana diftérica), Formica rufa (formiga-ruiva), Lachesis muta (veneno da cobra surucucu), Psorinum (conteúdo seroso da vesícula escabiótica) e Thyroidinum (glândula tireoide) (FONTES et al., 2018). Quanto aos medicamentos homeopáticos obtidos a partir de fungos, temos Agaricus muscarius (agárico-mosqueado), Amanita phalloides (cálice-da- -morte) e Lycoperdon bovista (bovista). Já dentre os provenientes de bactérias e de suas toxinas, temos Colibacillinum (Escherichia coli), Diphterotoxinum (toxina diftérica diluída), Streptococcinum (Streptococcus pyogenes) e Tuber- culinum (tuberculina bruta de Koch) (FONTES et al., 2018). Veículos e excipientes Na preparação de medicamentos homeopáticos, são utilizados veículos e excipientes, também conhecidos como insumos inertes. Essas substâncias são empregadas para realizar diluições e dinamizações, e também para extrair os princípios ativos das drogas vegetais para preparação de tinturas homeopáticas. A seguir são listados os principais insumos inertes utilizados na homeopatia (BERMAR, 2014). Práticas homeopáticas e florais de uso humano 7 � Água: utilizada nas diluições e dinamizações. Deve ser purificada por destilação ou sistema de purificação, límpida, isenta de impurezas e armazenada diariamente em recipiente de vidro ou PVC. � Álcool: utilizado nas diluições e dinamizações. Deve-se usar o álcool etílico bidestilado livre de impurezas. � Glicerina: utilizada nas preparações de animais ou de suas partes. Ob- tida a partir de destilações sucessivas de desdobramentos de ésteres glicéricos de ácidos graxos. Deve ser livre de contaminantes como acroleína, glicose e cloretos, bem como incolor, clara, na consistência de xarope e de sabor doce. � Soluções alcoólicas: misturas de água purificada e álcool, preparadas segundo os procedimentos farmacopeicos. � Diluições glicerinadas: constituem uma mistura de glicerina com água e/ou álcool, preparada segundo os procedimentos farmacopeicos. � Lactose: pó branco, cristalino e inodoro. Obtido a partir do leite de vaca, deve ser livre de impurezas como amido, sacarose e glicose. � Sacarose: utilizada na preparação de glóbulos, microglóbulos e com- primidos inertes. É um açúcar purificado obtido da cana-de-açúcar. Deve ser cristalino, incolor ou branco, ou um pó branco de sabor doce. � Glóbulos inertes: são uma forma farmacêutica homeopática sólida que se apresenta como pequenas esferas constituídas de sacarose ou uma mistura sacarose-lactose. Existem três diferentes tamanhos: nº 3 (30 mg), nº 5 (50 mg) e nº 7 (70 mg). � Microglóbulos inertes: utilizados na escala 50 milesimal, são grãos brancos, padronizados em 63 mg/100 microglóbulos. � Comprimidos inertes: discos comprimidos constituídos de lactose ou de uma mistura lactose-sacarose. � Tabletes inertes: discos produzidos por moldagem da lactose em tableteiro. Formas farmacêuticas derivadas De acordo com Bermar (2014, p. 105), as formas farmacêuticas derivadas constituem “[...] as formas de preparação e/ou dispensação dos medicamentos homeopáticos pelo processo de dinamização, com decrescente concentração da droga por meio de diluições e sucussões ou triturações sucessivas”. Para Práticas homeopáticas e florais de uso humano8 preparar essas formas farmacêuticas, pode-se utilizar as escalas decimal, centesimal e 50 milesimal, em que a escala é preparada, respectivamente, em uma proporção de 1/10, 1/100 e 1/50.000. Tais relações referem-se à pro- porção entre o insumo ativo e o insumo inerte utilizados na preparação das diferentes dinamizações. Para uma melhor compreensão das diluições realizadas em um processo de dinamização, pode-se observar o esquema descrito por Fontes et al. (2018, p. 14): 1) Uma parte do insumo ativo + 99 partes do insumo inerte + sucussões = primeira dinamização centesimal hahnemanniana (1CH). 2) Uma parte da 1CH + 99 partes do insumo inerte + sucussões = segunda dinami- zação centesimal hahnemanniana (2CH). 3) Uma parte da 2CH + 99 partes do insumo inerte + sucussões = terceira dinami- zação centesimal hahnemanniana (3CH). 4) E assim sucessivamente. A Figura 1 ilustra esse conceito. Figura 1. Exemplo de um processo de dinamização. Fonte: Fontes et al. (2018, p. 14). Práticas homeopáticas e florais de uso humano 9 Por sua vez, no Quadro 1 é possível ver alguns efeitos de medicamentos homeopáticos em diferentes dinamizações. Quadro 1. Efeitos de medicamentos homeopáticos dinamizados em estudos in vitro Medicamento e diluição Objetivo Modelo experimental Efeitos Antimonium crudum 30CH, 200CH Mecanismo de ação anti-inflamatória Co-cultura de macrófagos e Leishmania amazonensis Positivo: redução seguida de aumento do spreading dos macrófagos; aumento da percentagem de internalização de parasitas; potenciação da redução de produção de citocinas induzida pelo parasita. Arnica montana 30CH Efeitos sobre expressão gênica Escherichia coli submetida à radiação ultravioleta Positivo: redução do dano do DNA e do estresse oxidativo; hiperexpressão de genes de reparação genética. Arsenicum album 6CH, 30CH, 200CH Autorrecuperação de intoxicação Linfócitos humanos MT4 intoxicados com trióxido de arsênico (As2O3) Positivo: aumento da viabilidade celular; máximo efeito depois de 3 dias de tratamento com Ars 200CH. Belladonna, nosódio 6CH, 30CH Resistência bacteriana Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA) Positivo: inibição do crescimento de MRSA, com redução da produção de DNAse; aumento da vulnerabilidade à oxacilina. (Continua) Práticas homeopáticas e florais de uso humano10 Medicamento e diluição Objetivo Modelo experimental Efeitos Lycopodium clavatum 5CH, 15CH Atividade anticancerosa Células de câncer cervical HeLae células mononucleares de sangue periférico (PBMCs) Positivo: redução da proliferação e viabilidade das células cancerosas, sem citotoxicidade sobre PBMCs normais; considerável apoptose das células cancerosas, com fragmentação do DNA, aumento da expressão das proteínas caspase 3 e Bax e redução de Bcl2, Apaf e da liberação de citocromo c. Efeito similar a cisplatina na sobrevida das células cancerosas. Nux vomica, Calendula officinalis 10CH, 12CH Mecanismo de ação em gastrite e úlcera gástrica Células de carcinoma gástrico humano KATO-III Positivo: redução da expressão genética do fator de crescimento epidérmico ligado à heparina induzida por H. pylori. Psorinum 6DH Atividade anticancerosa Células de adenocarcinoma epitelial de pulmão humano A549 Positivo: inibição da proliferação celular; interrupção do ciclo celular em estágio sub-G; produção de EROs; despolarização da membrana mitocondrial; dano do DNA; promoção de apoptose por via mediada por mitocôndrias dependente da caspase. Fonte: Adaptado de Waisse (2017). (Continuação) Práticas homeopáticas e florais de uso humano 11 O medicamento homeopático atua por suas características ener- géticas, não tendo ação em receptores ou moléculas-alvo. Ainda tem-se muito o que investigar sobre os efeitos e mecanismos de ação dos medicamentos homeopáticos. Terapia floral A terapia floral, ou floralterapia, consiste em um método terapêutico que busca auxiliar o reestabelecimento do equilíbrio mental e emocional dos pacientes. Nessa terapia, são utilizadas essências florais, elixires de cristais e campos ambientais (SÃO PAULO, 2019). A terapia floral teve origem no começo do século XX na Inglaterra, por meio das descobertas de Edward Bach, médico, homeopata e herbalista. O Dr. Bach buscava um sistema de cura simples e, para isso, realizou pesquisas utilizando desde fármacos convencionais até vacinas, bioterápicos obtidos pela homeopatia e, por fim, flores silvestres. Ele também observou que o estado mental e emocional dos pacientes determinava sua resposta aos tra- tamentos. Com isso, seu objetivo terapêutico era devolver a homeostase aos pacientes mediante a incorporação das qualidades que esses necessitavam nas essências florais (SÃO PAULO, 2019). O sistema de cura desenvolvido pelo Dr. Bach tem como base a respon- sabilidade do indivíduo pela própria saúde, baseando-se no conceito de “conhece-te e cura-te a ti mesmo”, sendo as essências florais utilizadas como substâncias catalisadoras desse processo. Bach buscava encontrar um método de tratamento aplicável a todos os tipos de pessoas e que pu- desse ser utilizado sem conhecimento médico. Suas pesquisas resultaram em 38 substâncias florais, conhecidas como florais de Bach (SÃO PAULO, 2019; BELLO, 2019). Em meados do século XX, diversos pesquisadores em todo o mundo pas- saram a usar as técnicas de Edward Bach para desenvolver novos sistemas, levando à ampliação do número de essências, bem como de biomas utilizados. Outros sistemas florais citados por Bello (2019) incluem: Essências Florais da Califórnia (Richard Katz e Patricia Kaminskii), Essências Florais do Bush Australiano (Ian White), Essências Florais de Minas (Dr. Breno Marques da Silva e Ednamara Batista Vasconcelos e Marques), Essências da Mata Atlântica (Sandra Epstein), dentre outros. Práticas homeopáticas e florais de uso humano12 No Brasil, as essências florais começaram a ser utilizadas na década de 1980, e na década seguinte deu-se início às primeiras pesquisas nacionais. Durante muitos anos, as essências florais não tiveram uma regulamentação por parte do governo brasileiro, embora já fosse bastante difundidas. Em 2009 o termo floralterapia foi citado pela primeira vez em uma resolução e em 2015 o Conselho Federal de Farmácia normatizou a atuação do farmacêutico nessa área. Em 2018, a terapia de florais foi incorporada pelo Ministério da Saúde à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (SÃO PAULO, 2019). A apresentação das essências florais é mais comum na forma de gotas, que podem ser administradas diretamente na boca a partir de um frasco, ou então adicionadas em um copo com água. Aplicações tópicas como sprays e cremes também são muito comuns. Embora as essências florais não apre- sentem contra indicações, elas devem ser preparadas de acordo com as características de cada indivíduo (BELLO, 2019). Edward Bach e Samuel Hahnemann (criador da homeopatia) apresentavam propósitos muito semelhantes, pois buscavam na natureza substâncias que pudessem curar todas as esferas do paciente (físico, mental e emocional). Embora os florais de Bach e a homeopatia tenham semelhanças, há muitas diferenças quanto ao modo de preparo, efeitos, etc. O Quadro 2 estabelece um comparativo entre essas duas práticas. Quadro 2. Florais de Bach versus homeopatia Florais de Bach Homeopatia Características � Não é uma especialidade médica. � Quem orienta é o terapeuta floral, que pode ser médico ou qualquer outro profissional capacitado. � Não é considerado medicamento e sim remédio floral. � É uma especialidade médica. � A prescrição é realizada por médicos, médicos veterinários ou dentistas especializados. � Farmacêuticos podem prescrever somente medicamentos isentos de prescrição médica. � É considerado medicamento homeopático. (Continua) Práticas homeopáticas e florais de uso humano 13 Florais de Bach Homeopatia Campo de ação � Age apenas no campo emocional, podendo refletir em outros corpos ou níveis. � Pode agir no campo físico, mental e emocional. Origem � Apenas do Reino Vegetal, exceto Rock Water, que é de origem mineral. � Nos quatro reinos: vegetal, mineral, animal e fungi. Método de preparo � Extração das vibrações e essências da planta com água pelo método solar ou de fervura. Em seguida, ocorrem várias diluições em Brand até chegar-se ao frasco de tratamento. � Diluições em água e/ ou etanol em diversas graduações, seguidas de trituração ou sucussões. Apresentação � Em gotas, cremes, géis, pastilhas, chicletes e spray. � Em gotas, cremes, géis, papéis, tabletes, glóbulos, injetáveis. Reações adversas � Não possui (às vezes sintomas suprimidos podem vir à tona temporariamente). � Poderá haver. Interações medicamentosas � Não há. � Poderá haver. Como atua � A pessoa busca sua própria cura com o auxílio das vibrações sutis que as essências florais possuem. � Princípio da semelhança: “semelhante cura semelhante”. Fonte: Adaptado de Ribeiro (2020). De acordo com Bello (2019, documento on-line), “[...] as essências florais são extratos líquidos sutis de natureza vibracional, por incorporarem os padrões energéticos de cada flor. Atuam nos vários campos de energia do ser humano, influenciando no bem-estar mental, emocional e físico”. Assim, os florais não atuam diretamente sobre as funções fisiológicas e a bioquímica do organismo, como os fármacos tradicionais. Bello (2019, documento on-line) ainda acrescenta que, quando as essências florais são ingeridas: (Continuação) Práticas homeopáticas e florais de uso humano14 [...] as energias nelas contidas são potencializadas e assimiladas com o auxílio de um extraordinário sistema de energia biocristalina existente no interior do corpo físico. Esse sistema cristalino apresenta determinadas propriedades semelhantes às do quartzo, as quais tornam possível a transferência ressonante das energias do remédio floral para o corpo físico, a fim de que elas possam alcançar os corpos sutis. De forma simples, a ressonância ocorre quando um sistema de vibração é estimu- lado por uma força externa que combine com sua frequência natural de vibração. Cada um dos remédios descobertos pelo Dr. Bach são utilizados para equilibrar uma determinada característica ou estado emocional específico. Os florais de Bach e suas aplicações são listados a seguir (BACH CENTRE, 2020):� Agrimony — tortura mental detrás de um rosto alegre; � Aspen — medo de coisas desconhecidas; � Beech — intolerância; � Centaury — dificuldade em dizer não; � Cerato — falta de confiança nas suas próprias decisões; � Cherry Plum — medo de perder o controle; � Chestnut Bud — incapacidade de aprender com seus próprios erros; � Chicory — egoísmo e possessividade; � Clematis — sonhar com o futuro sem trabalhar no presente; � Crab Apple — remédio para limpeza e para o sentimento de autorre- jeição por desagrado; � Elm — sensação de sobrecarga por excesso de responsabilidade; � Gentian — desânimo depois de uma contrariedade; � Gorse — desespero; � Heather — excesso de preocupação por si mesmo, personalidade egoísta; � Holly — ódio, inveja e ciúme; � Honeysuckle — viver no passado; � Hornbeam — sentimento de cansaço só de pensar em fazer algo; � Impatiens — impaciência; � Larch — falta de confiança; � Mimulus — medo de coisas conhecidas e timidez; � Mustard — tristeza profunda e sem motivo aparente; � Oak — para a pessoa impassível e persistente que avança e aguenta além do limite das suas capacidades; � Olive — exaustão após esforço mental ou físico; � Pine — culpa; Práticas homeopáticas e florais de uso humano 15 � Red Chestnut — excesso de preocupação pelo bem-estar de seus entes queridos; � Rock Rose — terror e medo paralisante; � Rock Water — autonegação e repressão por rigidez; � Scleranthus — dificuldade de optar entre várias possibilidades; � Star of Bethlehem — choque; � Sweet Chestnut — angústia mental extrema, quando todas as hipóteses parecem esgotadas e a pessoa não vê luz no fim do túnel; � Vervain — excesso de entusiasmo; � Vine — excesso de autoridade, despotismo; � Walnut — proteção de influências indesejadas e em caso de mudança; � Water Violet — para equilibrar personalidades reservadas e distantes; � White Chestnut — pensamentos indesejados e incontroláveis, conflitos mentais; � Wild Oat — dúvidas sobre que direção tomar na vida; � Wild Rose — sensação de andar à deriva, apático e resignado; � Willow — autocomiseração e ressentimento. A partir do conteúdo abordado, percebe-se que as aplicações da home- opatia e das essências florais são práticas complementares em saúde. A homeopatia e a terapia floral representam hoje uma alternativa ao uso da alopatia em uma população cada vez mais preocupada com saúde e bem-estar, e acometida por diversos distúrbios emocionais. A aplicação clínica dessas terapias tem sido também incentivada por órgãos federais. É importante conhecer, porém, seus conceitos, métodos de preparo e indicações, a fim de alcançar o benefício terapêutico proposto por essas terapias. Referências BACH CENTRE. Guia de remédios. [S. l.: s. n.], 2020. Disponível em: https://www.bachcen- tre.com/pt/os-florais/os-38-remedios/guia-de-remedios/. Acesso em: 25 out. 2020. BELLO, S. R. Terapia floral. São Paulo: APANAT, 2019. Disponível em: http://apanat.org. br/terapia-floral/. Acesso em: 25 out. 2020. BERMAR, K. C. O. Farmacotécnica: técnicas de manipulação de medicamentos. São Paulo: Érica, 2014. (Série Eixos). BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia homeopática brasi- leira. 3. ed. Brasília: ANVISA, 2011. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/ assuntos/farmacopeia/farmacopeia-homeopatica/arquivos/8048json-file-1. Acesso em: 25 out. 2020. FONTES, O. L. et al. Farmácia homeopática: teoria e prática. 5. ed. Barueri, SP: Manole, 2018. Práticas homeopáticas e florais de uso humano16 RIBEIRO, J. Diferenças e semelhanças entre homeopatia e florais. [S. l.: s. n.], 2020. Disponível em: https://drajulianaribeiro.com.br/ebook. Acesso em: 14 out. 2020. SÃO PAULO. Conselho Regional de Farmácia. Homeopatia. 3. ed. São Paulo: CRF-SP, 2019. Disponível em: http://www.crfsp.org.br/images/cartilhas/homeopatia.pdf. Acesso em: 25 out. 2020. WAISSE, S. Efeito de ultradiluições homeopáticas em modelos in vitro: revisão da literatura. Revista de Homeopatia, v. 80, n. 1/2, p. 98–112, 2017. Disponível em: https:// pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/hom-11972. Acesso em: 25 out. 2020. Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. Práticas homeopáticas e florais de uso humano 17 Dica do professor Os bioterápicos são preparações medicamentosas de uso homeopático obtidas a partir de produtos biológicos quimicamente indefinidos. Como exemplo desses produtos, podemos citar secreções, excreções, tecidos e órgãos, e estes podem ser patológicos ou não. Os bioterápicos também podem ser obtidos a partir de produtos de origem microbiana e de alérgenos. Esses medicamentos podem ser classificados em duas grandes categorias: bioterápicos de estoque e isoterápicos. Podem ser utilizados para tratar reações de hipersensibilidade, infecções de etiologia conhecida e quadros provocados por um agente tóxico, dentre outros. Na Dica do Professor, conheça um pouco mais sobre os bioterápicos e suas aplicações clínicas. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/4b3e43901a3964c10121a62289e5bd75 Exercícios 1) A homeopatia foi inserida no Sistema Único de Saúde (SUS) como prática integrativa e complementar, por meio da Portaria no 971/2006. A respeito da prática da homeopatia, leia as assertivas abaixo e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s): ( ) A homeopatia baseia-se no princípio da similitude, segundo o qual busca-se tratar o paciente a partir de sintomas semelhantes aos que ele está sentindo. ( ) A prática da medicina homeopática ainda não é reconhecida como especialidade médica, embora seja uma atividade realizada frequentemente por médicos. ( ) A prática da homeopatia é recomendada em todos os níveis de atenção, que incluem os atendimentos de atenção básica e as estratégias de saúde da família. ( ) O farmacêutico pode realizar a prescrição de medicamentos dinamizados, desde que a dispensação não exija prescrição médica. Assinale a alternativa que contém a sequência correta: A) V, F, V, V. B) F, V, V, V. C) V, F, F, V. D) F, V, V, F. E) V, V, V, F. A homeopatia é baseada no princípio vitalista e foi desenvolvida por Samuel Hahnemann no século XVIII. Essa prática é utilizada no tratamento de diferentes patologias clínicas, desde doenças respiratórias e alérgicas até transtornos psicossomáticos. Analise os seguintes conceitos importantes na homeopatia e relacione a primeira e a segunda colunas de forma a estabelecer a relação correta entre elas. I) Diluição. II) Insumo inerte. 2) III) Dinamização. IV) Potência. ( ) É a redução da concentração do insumo ativo (por exemplo, fármaco ou tintura-mãe) pela adição de excipientes. ( ) É o processo de diluições seguidas de sucussões sucessivas do insumo ativo em excipientes adequados. ( ) É a substância utilizada como veículo ou excipiente na preparação dos medicamentos homeopáticos. ( ) É a quantidade em números de dinamizações que um medicamento homeopático recebeu. A) I, II, IV, III. B) I, II, III, IV. C) IV, III, II, I. D) II, III, I, IV. E) I, III, II, IV. 3) Leia o trecho a seguir, sobre um processo utilizado na preparação de medicamentos homeopáticos: A ______________ é o processo manual que consiste em agitar, de forma vigorosa e ritmada e contra um anteparo semirrígido, o frasco do insumo ativo previamente diluído em insumo inerte adequado. Esse processo também pode ser realizado de forma automatizada, desde que seja validado e simule adequadamente o processo manual. Assinale a alternativaque apresenta corretamente o método descrito: A) diluição. B) sucussão. C) trituração. D) infusão. E) maceração. 4) Os medicamentos homeopáticos são oriundos dos reinos vegetal, mineral, animal e Fungi. Estão disponíveis comercialmente em diferentes apresentações, como tabletes, glóbulos, líquidos e pós. Pode-se afirmar que é um medicamento homeopático obtido a partir do reino vegetal: A) Digitalis Purpurea. B) Acidum Phosphoricum. C) Apis Mellifica. D) Agaricus Muscarius. E) Mercurius Solubilis. 5) A terapia floral é um método terapêutico que foi incorporado na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em 2018. Essa terapia teve origem na Inglaterra, no século XX, a partir dos estudos do médico Edward Bach, expandindo-se para todo o mundo a partir da década de 1970. Sobre a terapia floral, é CORRETO afirmar: A) É uma especialidade médica que busca restabelecer o equilíbrio mental e emocional dos indivíduos. B) As essências florais exercem sua atividade por meio da atuação em receptores e/ou moléculas-alvo no organismo. C) Os florais de Bach são medicamentos homeopáticos comercializados principalmente na forma de gotas, cremes e géis. D) Tem como base a responsabilidade do indivíduo pela própria saúde, podendo ser utilizada por pessoas de todas as idades. E) Os florais de Bach são obtidos por meio da extração das vibrações de matérias-primas oriundas dos reinos vegetal, mineral e animal. Na prática As pesquisas do dr. Edward Bach, no início do século XX, resultaram em 38 substâncias florais, conhecidas como “florais de Bach”. O sistema floral concebido pelo Dr. Bach tem como objetivo ser simples e aplicável a qualquer pessoa, inclusive a bebês e crianças. Cada um dos florais de Bach está associado a uma emoção humana básica e busca restabelecer o equilíbrio mental e emocional dos pacientes. Neste Na Prática, conheça um estudo de caso em que a mãe procura um terapeuta floral em busca de um tratamento para as dores de estômago da sua filha de 10 anos. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja, a seguir, as sugestões do professor: Evidências científicas em homeopatia Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Homeopatia no tratamento da asma brônquica No trabalho a seguir, veja o relato de um caso em que foi utilizada uma associação do medicamento homeopático Silicea ao tratamento convencional da asma brônquica, resultando em melhora do quadro clínico do paciente. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Terapia floral como prática integrativa e complementar do SUS No vídeo a seguir, assista a uma palestra da terapeuta floral Lizete de Paula, presidente honorária do Conselho Nacional de Autorregulamentação da Terapia Floral (Conaflor) e da Associação dos Terapeutas de Essências Florais (Rioflor), sobre a terapia floral, que tem o objetivo de contribuir para o equilíbrio emocional do paciente. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. http://www.bvshomeopatia.org.br/revista/DossieEvidenciasCientificasHomeopatiaRevistaAPHBrasilCompleta.pdf http://docs.bvsalud.org/biblioref/2019/08/1009519/tcc-homeopatia-solange-turma-2017.pdf https://www.canalsaude.fiocruz.br/canal/videoAberto/pics-florais-les-1947
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