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Práticas homeopáticas e florais de uso humano

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Práticas homeopáticas e florais de uso 
humano
Apresentação
O uso das práticas complementares em saúde, como homeopatia e terapia de florais, tem crescido 
em todos os níveis de atenção à saúde. Isso se deve, em parte, à busca da população por opções 
alternativas aos medicamentos convencionais. Além disso, reflete uma resposta ao incentivo de 
órgãos federais. Assim, os profissionais de saúde têm buscado capacitação a fim de adquirir 
conhecimento nessa área.
A homeopatia tem uma abordagem oposta à dos medicamentos alopáticos, tão utilizados nos dias 
atuais, e baseia-se na cura pelo semelhante, agindo nos campos físico, mental e emocional. Embora 
a homeopatia e a terapia de florais apresentem semelhanças, divergem quanto a algumas questões, 
como aplicação, modo de preparo e mecanismos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você conhecerá os conceitos de similitude, força vital e dose 
mínima relacionados à homeopatia, bem como o conceito vibracional da terapia de florais. Você 
também aprenderá sobre a aplicação de medicamentos homeopáticos e essências florais no 
cuidado ao paciente.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer o histórico e a aplicabilidade de mecanismos homeopáticos de tratamento.•
Relacionar homeopáticos e florais usados na terapia humana.•
Construir conceitos de similitude no tratamento farmacológico.•
Desafio
Em 2018, a terapia de florais foi oficialmente incorporada à Política Nacional de Práticas 
Integrativas e Complementares no âmbito do SUS. Essa terapia visa a promover o 
autoconhecimento do indivíduo, atribuindo a ele a responsabilidade por sua cura.
Diante dessa situação, responda: 
a) Com base na terapia de florais, sugira uma formulação para tratar as causas das queixas de Ana 
Clara. 
b) Ao utilizar as essências florais durante a gravidez, algum cuidado deve ser tomado? Discorra a 
respeito disso.
Infográfico
Na homeopatia, as formas farmacêuticas derivadas representam o produto final obtido após o 
processo de dinamização. Esse processo consiste em realizar diluições dos insumos ativos seguidas 
de sucussões ou triturações sucessivas, obtendo um produto com concentração inferior à inicial e 
com alta potência. Na preparação das formas farmacêuticas derivadas, podem ser utilizadas as 
escalas decimal, centesimal e cinquenta-milesimal, bem como os métodos hahnemanniano, 
korsakoviano e de fluxo contínuo.
No Infográfico a seguir, conheça as escalas utilizadas na preparação de formas farmacêuticas 
derivadas.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/f99aa743-55b1-4dca-9540-3e15fea23348/62ac7aae-c494-4a53-aa1b-13a11332551a.jpg
Conteúdo do livro
A homeopatia foi desenvolvida por Samuel Hahnemann no fim do século XVIII com base no 
princípio vitalista e na filosofia de Hipócrates, segundo a qual “o semelhante cura o semelhante”. A 
homeopatia utiliza doses mínimas de insumos ativos, sendo que os medicamentos homeopáticos 
são produzidos a partir de um processo denominado dinamização. A terapia floral é baseada nos 
padrões vibracionais das plantas e busca atuar nos vários campos de energia do ser humano, com o 
objetivo de atuar em prol do bem-estar mental, emocional e físico.
No capítulo Práticas homeopáticas e florais de uso humano, da obra Práticas integrativas e 
complementares em saúde, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, veja mais a respeito dos 
princípios da homeopatia, como a cura pelo semelhante e a força vital, além de exemplos de 
medicamentos homeopáticos e essências florais utilizadas no cuidado ao paciente.
Boa leitura.
PRÁTICAS 
INTEGRATIVAS E 
COMPLEMENTARES 
EM SAÚDE
Marcella Gabrielle Mendes Machado
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Reconhecer o histórico e a aplicabilidade de mecanismos homeopáticos 
de tratamento.
 > Relacionar homeopáticos e florais na terapia humana.
 > Construir conceitos de similitude no tratamento farmacológico.
Introdução
Dentre as práticas integrativas e complementares em saúde, a homeopatia é 
muito utilizada nos serviços públicos no Brasil e em países como Alemanha, 
França, Inglaterra, Bélgica e Argentina. Os profissionais de saúde têm apresentado 
interesse crescente nessa área, buscando capacitação e conhecimento, uma vez 
que os princípios de tratamento da homeopatia são opostos ao da alopatia, tão 
difundida nos dias atuais. 
A terapia floral também constitui uma prática integrativa e complementar 
em saúde, sendo um método terapêutico que busca auxiliar o reestabelecimento 
do equilíbrio mental e emocional dos pacientes. Dentre os vários florais de uso 
clínico, destacam-se os florais de Bach, criador da técnica. 
Neste capítulo, você vai conhecer o histórico e os princípios fundamentais para 
entender a homeopatia e o conceito de similitude, assim como os medicamentos 
homeopáticos e suas fontes de obtenção. Você ainda conhecerá a aplicabilidade das 
essências florais no cuidado ao paciente, com maior enfoque nos florais de Bach.
Práticas 
homeopáticas 
e florais de uso 
humano
Princípios e histórico da homeopatia
A homeopatia (do grego homois, “semelhante”, e pathos, “sofrimento”) foi 
desenvolvida pelo alemão Samuel Hahnemann no final do século XVIII, após 
observações clínicas em pacientes doentes e experimentos em indivíduos 
sadios e em si próprio. Ao ingerir por vários dias seguidos a substância 
quina, utilizada para o tratamento da malária, ele percebeu que passou 
a apresentar diversos sintomas (patogenesia) característicos da malária 
(como fraqueza, sonolência, esfriamento da ponta dos dedos das mãos e 
dos pés, taquicardia, entre outros), os quais desapareceram ao suspender 
o uso do fármaco. A partir dessa observação, e baseado na filosofia de Hi-
pócrates (similia similibus curentur, ou “o semelhante cura o semelhante”), 
Hahnemann começou a pensar que deveria existir uma identidade entre a 
doença e o fármaco ingerido (FONTES et al., 2018; BERMAR, 2014). 
Patogenesia é o conjunto de sintomas físicos, emocionais e mentais 
que o organismo de um indivíduo sadio apresenta ao utilizar deter-
minada substância medicinal.
A partir disso, Hahnemann também realizou experimentos administrando 
quina em familiares e amigos, e os mesmos resultados foram encontrados 
nesses indivíduos. Seu estudo expandiu-se para outros fármacos, e os seus 
efeitos no organismo de indivíduos sadios foram catalogados. A partir dos 
resultados catalogados em indivíduos sadios, ele decidiu observar se o prin-
cípio da similitude funcionava também em pacientes doentes. A maioria dos 
pacientes doentes obteve cura, e, dessa forma, Hahnemann confirmou sua 
hipótese (FONTES et al., 2018).
De acordo com o princípio da similitude (ou lei dos semelhantes) e con-
forme relatado por Fontes et al. (2018, p. 5): 
[...] qualquer substância capaz de provocar determinados sintomas em seres huma-
nos sadios e sensíveis, em doses adequadas, especialmente preparadas, é capaz 
de curar um enfermo que apresente quadro mórbido semelhante, com exceção 
das lesões irreversíveis.
Práticas homeopáticas e florais de uso humano2
Um exemplo da aplicação clínica da lei dos semelhantes é o trata-
mento de um paciente com úlcera gástrica que apresenta hemorragias 
frequentes, gosto amargo na boca, inquietação, ansiedade, queimações no 
estômago, falta de ar, dentre outros sintomas. O médico homeopata identifica 
que esses sintomas são semelhantes aos da ingestão de arsênico. Com isso, o 
médico prescreve Arsenicum album em doses extremamente pequenas.
Em 1796, Hahnemann publicou seu primeiro trabalho sobre os efeitos de 
diversos fármacos em indivíduo sadios, denominado “Ensaio sobre um novo 
princípio para descobrir as propriedades curativas das substâncias medicinais, 
seguido de alguns comentários sobre os princípios admitidos até os nossos 
dias”. Em 1810, a primeira edição do seu livro Órganon da arte de curar foi 
publicado,contendo a doutrina homeopática, ensinamentos e diretrizes 
para a anamnese e tratamento do paciente. Outra obra muito famosa de 
Hahnemann, intitulada As doenças crônicas, foi lançada em 1828, na qual ele 
relata o estudo de diversas substâncias para o tratamento homeopático de 
doenças crônicas (FONTES et al., 2018).
Devido aos bons resultados obtidos com a homeopatia, essa ciência 
cresceu rapidamente e atraiu a atenção de médicos e pacientes pela Europa. 
Atualmente, de acordo com Fontes et al. (2018, p. 6): “[...] a homeopatia é pra-
ticada em diversos países, nos vários continentes, mas está especialmente 
bem representada na Alemanha, na Argentina, na Bélgica, no Brasil, na França, 
na Índia e na Inglaterra”. Nos Estados Unidos, a homeopatia era muito forte 
no início do século XX; no entanto, devido à pressões legais e financeiras, 
muitas instituições encerraram suas atividades, e atualmente o governo tem 
buscado incentivar essa prática em busca de um renascimento.
No Brasil, a homeopatia foi introduzida pelo médico francês Benoît Jules Mure 
em 1840, e difundiu-se nacionalmente pelos seus discípulos. O ensino e prática 
da homeopatia ganhou força a partir da proclamação da República, sendo que 
figuras importantes, como Rui Barbosa e Monteiro Lobato, eram adeptos dessa 
ciência. A partir da década de 1930, a homeopatia perdeu força no país, tendo 
seu renascimento na década de 1970. Em 1976, mediante o Decreto nº. 78.841/76, 
a parte geral da primeira edição da Farmacopeia Homeopática Brasileira foi 
aprovada. Alguns anos mais tarde, em 1980, a homeopatia foi reconhecida 
como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina. Atualmente, a 
homeopatia deixou de ser considerada uma terapia “alternativa” para ser uma 
prática complementar em saúde, incentivada pelo governo brasileiro, sendo 
que a edição mais recente da Farmacopeia Homeopática Brasileira foi aprovada 
por meio da Resolução RDC nº 39/2011 (SÃO PAULO, 2019; FONTES et al., 2018). 
Práticas homeopáticas e florais de uso humano 3
Doses mínimas
No início da carreira como homeopata, Hahnemann utilizava altas doses de 
medicamentos em seus tratamentos, especialmente na forma farmacêutica 
de tintura, o que levava a muitos efeitos colaterais, uma vez que os sinto-
mas eram agravados pela soma dos sintomas inerentes à doença com os 
sintomas artificiais provocados pelo medicamento. Com o intuito de diminuir 
esses efeitos negativos, Hahnemann começou a utilizar doses pequenas 
dos medicamentos, a partir de sua diluição em água ou álcool. No entanto, 
os medicamentos diluídos não eram potentes o suficiente para promover 
a reação orgânica necessária para alcançar os benefícios da homeopatia 
(FONTES et al., 2018).
Hahnemann passou então a imprimir agitações violentas, denominadas 
sucussões, nos medicamentos previamente diluídos, e percebeu que houve 
diminuição dos efeitos tóxicos relacionados às altas doses e também au-
mento da reação orgânica. Com isso, Hahnemann passou a utilizar diluições 
infinitesimais do insumo ativo e potencializadas por sucussões, processo 
também conhecido como dinamização (FONTES et al., 2018).
De acordo com Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BRASIL, 2011, 
documento on-line), a dinamização pode ser definida como “[...] processo 
de diluições seguidas de sucussões e/ou triturações sucessivas do insumo 
ativo em insumo inerte adequado”. A diluição do insumo ativo obedece a uma 
progressão geométrica, com o intuito de diminuir sua concentração química 
e aumentar sua ação dinâmica, a qual estimula a reação orgânica em direção 
à cura. A potência de um medicamento homeopático é dada pelo número de 
dinamizações que recebeu (FONTES et al., 2018; BRASIL, 2011).
Medicamento único
Em seus experimentos e descobertas, Hahnemann administrava os medica-
mentos sempre de forma isolada, a fim de impedir interações medicamen-
tosas e descobrir o medicamento responsável pela cura. Quando o quadro 
sintomático do paciente mudava e/ou a resposta ao medicamento não era o 
mesma, Hahnemann trocava a medicação, a fim de abranger todos os sinto-
mas percebidos. Baseando-se nos princípios de Hahnemann, o homeopata 
unicista deve procurar, sempre que possível, encontrar um medicamento 
único (simillimum) que atue na totalidade dos sintomas do doente. 
Na prática, embora o simillimum seja um fundamento importante da 
homeopatia, nem sempre é possível encontrá-lo. De acordo com o Conselho 
Práticas homeopáticas e florais de uso humano4
Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (SÃO PAULO, 2019), no Brasil há 
outras vertentes de escolas homeopáticas, as quais prescrevem mais de um 
medicamento ao paciente:
 � Alternista/pluralista — prescreve-se dois ou mais medicamentos, a 
serem administrados em momentos distintos e de modo alternado, 
para que um complemente a ação do outro.
 � Organicista — a conduta é semelhante à alopatia, com suas especiali-
dades clínicas, pois prescreve o medicamento homeopático de forma 
direcionada aos órgãos doentes, considerando as queixas relatadas 
pelo paciente, sem levar em consideração sintomas emocionais e 
mentais.
 � Complexista — prescreve dois ou mais medicamentos, os quais são 
administrados simultaneamente ao paciente.
Força vital
Dentre os princípios da homeopatia, Hahnemann considerava a força vital 
como a responsável por manter o equilíbrio do organismo. A partir desse 
ponto de vista, ele acreditava que os microrganismos eram necessários, mas 
não suficientes, para causar doenças. Os fungos, por exemplo, não seriam 
considerados a única causa das micoses, pois outros fatores (como umidade, 
temperatura) devem contribuir para o desenvolvimento fúngico junto com 
o comprometimento da força vital, levando ao desenvolvimento desses 
microrganismos sempre presentes (FONTES et al., 2018).
O organismo humano saudável encontra-se em equilíbrio nos seus dife-
rentes níveis dinâmicos, que incluem os aspectos físico, emocional e mental. 
Quando a força vital é perturbada, são acionados os mecanismos de defesa 
do organismo, para tentar restabelecer o equilíbrio. Acredita-se que fatores 
endógenos (como sentimentos de tristeza, raiva, etc.) e exógenos (como má 
alimentação ou uso de drogas) podem também influenciar de forma negativa 
a força vital (FONTES et al., 2018).
De acordo com Fontes et al. (2018, p. 23):
[...] a homeopatia define saúde como um estado de equilíbrio dinâmico que abran-
ge as realidades física e psicomental dos indivíduos em suas interações com o 
ambiente natural e social. A doença reflete, mediante os sintomas, o esforço da 
força vital na tentativa de restabelecer o equilíbrio.
Práticas homeopáticas e florais de uso humano 5
Medicamentos homeopáticos
Um medicamento homeopático é definido pela Anvisa (BRASIL, 2011, docu-
mento on-line) como: “[...] toda forma farmacêutica de dispensação ministrada 
segundo o princípio da semelhança e/ou da identidade, com finalidade curativa 
e/ou preventiva. É obtido pela técnica de dinamização e utilizado para uso 
interno ou externo.”
Os medicamentos homeopáticos podem ser de origem vegetal, mineral, 
animal, fúngica, química, microbiológica ou farmacêutica. Estes últimos ainda 
podem ser industrializados ou preparados em farmácia de manipulação. Tais 
medicamentos podem ser encontrados em diferentes formas farmacêuticas, 
destacando-se os tabletes, glóbulos, líquidos, pós, comprimidos, dentre 
outros. Vale ressaltar que essências florais, medicamentos antroposóficos, 
cromoterapia e aromaterapia não são medicamentos homeopáticos (SÃO 
PAULO, 2019; BERMAR, 2014). 
As plantas são as principais fontes de fármacos para a preparação de 
medicamentos homeopáticos. Nesse tipo de preparação, prefere-se o uso da 
planta in natura (fresca), mas quando não for possível, a planta seca também 
pode ser utilizada. Pode-se aproveitar a planta inteira, partes da planta, 
produtos extrativos ou de transformação e substâncias produzidas a partir 
de estados patológicos (como Ustilago maidis, doença do milhoprovocada 
por fungo) (BERMAR, 2014).
Fontes et al. (2018) relata alguns exemplos de medicamentos homeopáticos 
obtidos a partir de plantas,: 
 � obtenção a partir de plantas inteiras — Belladonna, Drosera rotundifolia, 
Pulsatilla nigricans, Hypericum perforatum;
 � obtenção a partir de partes de plantas — Allium cepa, Colchicum au-
tumnale (bulbo); ipecacuanha, Paeonia officinalis, Lappa major (raiz); 
Sanguinaria canadensis, Podophyllum peltatum (rizoma); Coffea cruda, 
Nux vomica (sementes); Digitalis purpurea, Tabacum (folhas); Sambu-
cus nigra, Calendula officinalis (flores ou sumidades floridas); Agnus 
castus, Carduus marianus (frutos); Lycopodium clavatum (esporos); 
Berberis vulgaris (casca da raiz); China officinalis (casca do caule); 
Hamamelis virginiana (mistura de cascas do caule e folhas); Crocus 
sativus (estigmas); Thuya occidentalis (ramos); Ruta graveolens (parte 
aérea); Carbo vegetabilis (lenho);
Práticas homeopáticas e florais de uso humano6
 � produtos extrativos ou de transformação — Terebinthina (oleorresina); 
Colchicinum (alcaloide); Opium (látex);
 � produtos patológicos — Ustilago maidis (doença do milho provocada 
por fungo); Secale cornutum (esporão-do-centeio).
O reino mineral é a segunda fonte mais importante na obtenção de me-
dicamentos homeopáticos. Dentre os componentes dessa fonte, encontram-
-se os minerais obtidos em seu estado natural (como Sulfur, Phosphorus e 
Causticum), os produtos obtidos em laboratórios químico-farmacêuticos pela 
extração, purificação e/ou preparação (como Acidum phosphoricum, Kalium 
sulfuricum e Sulfanilamidum) e os produtos preparados a partir das fórmulas 
de Hahnemann (como Calcarea acetica, Hepar sulfur, Causticum e Mercurius 
solubilis) (FONTES et al., 2018).
Alguns medicamentos homeopáticos importantes na prática clínica 
possuem fonte animal, como Sepia officinalis e Calcarea carbonica. Outros 
exemplos também preparados a partir de animais incluem: Apis mellifica 
(abelha europeia), Aranea diadema (aranha-porta-cruz), Cantharis vesicatoria 
(cantárida), carbo animalis (couro de boi carbonizado), Crotalus horridus 
(veneno da cascavel norte-americana), Diphterinum (membrana diftérica), 
Formica rufa (formiga-ruiva), Lachesis muta (veneno da cobra surucucu), 
Psorinum (conteúdo seroso da vesícula escabiótica) e Thyroidinum (glândula 
tireoide) (FONTES et al., 2018).
Quanto aos medicamentos homeopáticos obtidos a partir de fungos, temos 
Agaricus muscarius (agárico-mosqueado), Amanita phalloides (cálice-da-
-morte) e Lycoperdon bovista (bovista). Já dentre os provenientes de bactérias 
e de suas toxinas, temos Colibacillinum (Escherichia coli), Diphterotoxinum 
(toxina diftérica diluída), Streptococcinum (Streptococcus pyogenes) e Tuber-
culinum (tuberculina bruta de Koch) (FONTES et al., 2018).
Veículos e excipientes
Na preparação de medicamentos homeopáticos, são utilizados veículos e 
excipientes, também conhecidos como insumos inertes. Essas substâncias 
são empregadas para realizar diluições e dinamizações, e também para 
extrair os princípios ativos das drogas vegetais para preparação de tinturas 
homeopáticas. A seguir são listados os principais insumos inertes utilizados 
na homeopatia (BERMAR, 2014). 
Práticas homeopáticas e florais de uso humano 7
 � Água: utilizada nas diluições e dinamizações. Deve ser purificada por 
destilação ou sistema de purificação, límpida, isenta de impurezas e 
armazenada diariamente em recipiente de vidro ou PVC.
 � Álcool: utilizado nas diluições e dinamizações. Deve-se usar o álcool 
etílico bidestilado livre de impurezas. 
 � Glicerina: utilizada nas preparações de animais ou de suas partes. Ob-
tida a partir de destilações sucessivas de desdobramentos de ésteres 
glicéricos de ácidos graxos. Deve ser livre de contaminantes como 
acroleína, glicose e cloretos, bem como incolor, clara, na consistência 
de xarope e de sabor doce. 
 � Soluções alcoólicas: misturas de água purificada e álcool, preparadas 
segundo os procedimentos farmacopeicos.
 � Diluições glicerinadas: constituem uma mistura de glicerina com água 
e/ou álcool, preparada segundo os procedimentos farmacopeicos.
 � Lactose: pó branco, cristalino e inodoro. Obtido a partir do leite de 
vaca, deve ser livre de impurezas como amido, sacarose e glicose. 
 � Sacarose: utilizada na preparação de glóbulos, microglóbulos e com-
primidos inertes. É um açúcar purificado obtido da cana-de-açúcar. 
Deve ser cristalino, incolor ou branco, ou um pó branco de sabor doce.
 � Glóbulos inertes: são uma forma farmacêutica homeopática sólida 
que se apresenta como pequenas esferas constituídas de sacarose 
ou uma mistura sacarose-lactose. Existem três diferentes tamanhos: 
nº 3 (30 mg), nº 5 (50 mg) e nº 7 (70 mg).
 � Microglóbulos inertes: utilizados na escala 50 milesimal, são grãos 
brancos, padronizados em 63 mg/100 microglóbulos.
 � Comprimidos inertes: discos comprimidos constituídos de lactose ou 
de uma mistura lactose-sacarose.
 � Tabletes inertes: discos produzidos por moldagem da lactose em 
tableteiro.
Formas farmacêuticas derivadas
De acordo com Bermar (2014, p. 105), as formas farmacêuticas derivadas 
constituem “[...] as formas de preparação e/ou dispensação dos medicamentos 
homeopáticos pelo processo de dinamização, com decrescente concentração 
da droga por meio de diluições e sucussões ou triturações sucessivas”. Para 
Práticas homeopáticas e florais de uso humano8
preparar essas formas farmacêuticas, pode-se utilizar as escalas decimal, 
centesimal e 50 milesimal, em que a escala é preparada, respectivamente, 
em uma proporção de 1/10, 1/100 e 1/50.000. Tais relações referem-se à pro-
porção entre o insumo ativo e o insumo inerte utilizados na preparação das 
diferentes dinamizações.
Para uma melhor compreensão das diluições realizadas em um processo 
de dinamização, pode-se observar o esquema descrito por Fontes et al. 
(2018, p. 14):
1) Uma parte do insumo ativo + 99 partes do insumo inerte + sucussões = primeira 
dinamização centesimal hahnemanniana (1CH).
2) Uma parte da 1CH + 99 partes do insumo inerte + sucussões = segunda dinami-
zação centesimal hahnemanniana (2CH).
3) Uma parte da 2CH + 99 partes do insumo inerte + sucussões = terceira dinami-
zação centesimal hahnemanniana (3CH).
4) E assim sucessivamente. 
A Figura 1 ilustra esse conceito.
Figura 1. Exemplo de um processo de dinamização.
Fonte: Fontes et al. (2018, p. 14).
Práticas homeopáticas e florais de uso humano 9
Por sua vez, no Quadro 1 é possível ver alguns efeitos de medicamentos 
homeopáticos em diferentes dinamizações. 
Quadro 1. Efeitos de medicamentos homeopáticos dinamizados em estudos 
in vitro
Medicamento 
e diluição Objetivo
Modelo 
experimental Efeitos
Antimonium 
crudum
30CH, 200CH
Mecanismo 
de ação 
anti-inflamatória
Co-cultura de 
macrófagos 
e Leishmania 
amazonensis
Positivo: redução 
seguida de aumento 
do spreading dos 
macrófagos; aumento 
da percentagem 
de internalização 
de parasitas; 
potenciação da 
redução de produção 
de citocinas induzida 
pelo parasita.
Arnica 
montana
30CH
Efeitos sobre 
expressão gênica
Escherichia 
coli submetida 
à radiação 
ultravioleta
Positivo: redução do 
dano do DNA e do 
estresse oxidativo; 
hiperexpressão de 
genes de reparação 
genética.
Arsenicum 
album
6CH, 30CH, 
200CH
Autorrecuperação 
de intoxicação
Linfócitos 
humanos MT4 
intoxicados 
com trióxido de 
arsênico (As2O3)
Positivo: aumento da 
viabilidade celular; 
máximo efeito 
depois de 3 dias de 
tratamento com Ars 
200CH.
Belladonna, 
nosódio
6CH, 30CH
Resistência 
bacteriana
Staphylococcus 
aureus 
resistente 
a meticilina 
(MRSA)
Positivo: inibição 
do crescimento de 
MRSA, com redução 
da produção de 
DNAse; aumento da 
vulnerabilidade à 
oxacilina.
(Continua)
Práticas homeopáticas e florais de uso humano10
Medicamento 
e diluição Objetivo
Modelo 
experimental Efeitos
Lycopodium 
clavatum
5CH, 15CH
Atividade 
anticancerosa
Células de 
câncer cervical 
HeLae células 
mononucleares 
de sangue 
periférico 
(PBMCs)
Positivo: redução 
da proliferação 
e viabilidade das 
células cancerosas, 
sem citotoxicidade 
sobre PBMCs 
normais; considerável 
apoptose das 
células cancerosas, 
com fragmentação 
do DNA, aumento 
da expressão das 
proteínas caspase 
3 e Bax e redução 
de Bcl2, Apaf e 
da liberação de 
citocromo c. Efeito 
similar a cisplatina na 
sobrevida das células 
cancerosas.
Nux vomica, 
Calendula 
officinalis
10CH, 12CH
Mecanismo de 
ação em gastrite 
e úlcera gástrica
Células de 
carcinoma 
gástrico 
humano KATO-III
Positivo: redução 
da expressão 
genética do fator 
de crescimento 
epidérmico ligado à 
heparina induzida por 
H. pylori.
Psorinum
6DH
Atividade 
anticancerosa
Células de 
adenocarcinoma 
epitelial de 
pulmão humano 
A549
Positivo: inibição da 
proliferação celular; 
interrupção do ciclo 
celular em estágio 
sub-G; produção de 
EROs; despolarização 
da membrana 
mitocondrial; dano 
do DNA; promoção 
de apoptose por 
via mediada por 
mitocôndrias 
dependente da 
caspase.
Fonte: Adaptado de Waisse (2017).
(Continuação)
Práticas homeopáticas e florais de uso humano 11
O medicamento homeopático atua por suas características ener-
géticas, não tendo ação em receptores ou moléculas-alvo. Ainda 
tem-se muito o que investigar sobre os efeitos e mecanismos de ação dos 
medicamentos homeopáticos.
Terapia floral
A terapia floral, ou floralterapia, consiste em um método terapêutico que 
busca auxiliar o reestabelecimento do equilíbrio mental e emocional dos 
pacientes. Nessa terapia, são utilizadas essências florais, elixires de cristais 
e campos ambientais (SÃO PAULO, 2019).
A terapia floral teve origem no começo do século XX na Inglaterra, por 
meio das descobertas de Edward Bach, médico, homeopata e herbalista. O 
Dr. Bach buscava um sistema de cura simples e, para isso, realizou pesquisas 
utilizando desde fármacos convencionais até vacinas, bioterápicos obtidos 
pela homeopatia e, por fim, flores silvestres. Ele também observou que o 
estado mental e emocional dos pacientes determinava sua resposta aos tra-
tamentos. Com isso, seu objetivo terapêutico era devolver a homeostase aos 
pacientes mediante a incorporação das qualidades que esses necessitavam 
nas essências florais (SÃO PAULO, 2019).
O sistema de cura desenvolvido pelo Dr. Bach tem como base a respon-
sabilidade do indivíduo pela própria saúde, baseando-se no conceito de 
“conhece-te e cura-te a ti mesmo”, sendo as essências florais utilizadas 
como substâncias catalisadoras desse processo. Bach buscava encontrar 
um método de tratamento aplicável a todos os tipos de pessoas e que pu-
desse ser utilizado sem conhecimento médico. Suas pesquisas resultaram 
em 38 substâncias florais, conhecidas como florais de Bach (SÃO PAULO, 
2019; BELLO, 2019).
Em meados do século XX, diversos pesquisadores em todo o mundo pas-
saram a usar as técnicas de Edward Bach para desenvolver novos sistemas, 
levando à ampliação do número de essências, bem como de biomas utilizados. 
Outros sistemas florais citados por Bello (2019) incluem: Essências Florais 
da Califórnia (Richard Katz e Patricia Kaminskii), Essências Florais do Bush 
Australiano (Ian White), Essências Florais de Minas (Dr. Breno Marques da 
Silva e Ednamara Batista Vasconcelos e Marques), Essências da Mata Atlântica 
(Sandra Epstein), dentre outros.
Práticas homeopáticas e florais de uso humano12
No Brasil, as essências florais começaram a ser utilizadas na década de 
1980, e na década seguinte deu-se início às primeiras pesquisas nacionais. 
Durante muitos anos, as essências florais não tiveram uma regulamentação 
por parte do governo brasileiro, embora já fosse bastante difundidas. Em 
2009 o termo floralterapia foi citado pela primeira vez em uma resolução e em 
2015 o Conselho Federal de Farmácia normatizou a atuação do farmacêutico 
nessa área. Em 2018, a terapia de florais foi incorporada pelo Ministério da 
Saúde à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (SÃO 
PAULO, 2019).
A apresentação das essências florais é mais comum na forma de gotas, 
que podem ser administradas diretamente na boca a partir de um frasco, ou 
então adicionadas em um copo com água. Aplicações tópicas como sprays 
e cremes também são muito comuns. Embora as essências florais não apre-
sentem contra indicações, elas devem ser preparadas de acordo com as 
características de cada indivíduo (BELLO, 2019).
Edward Bach e Samuel Hahnemann (criador da homeopatia) apresentavam 
propósitos muito semelhantes, pois buscavam na natureza substâncias que 
pudessem curar todas as esferas do paciente (físico, mental e emocional). 
Embora os florais de Bach e a homeopatia tenham semelhanças, há muitas 
diferenças quanto ao modo de preparo, efeitos, etc. O Quadro 2 estabelece 
um comparativo entre essas duas práticas.
Quadro 2. Florais de Bach versus homeopatia
Florais de Bach Homeopatia
Características � Não é uma 
especialidade médica.
 � Quem orienta é o 
terapeuta floral, que 
pode ser médico 
ou qualquer outro 
profissional capacitado.
 � Não é considerado 
medicamento e sim 
remédio floral.
 � É uma especialidade 
médica.
 � A prescrição é 
realizada por médicos, 
médicos veterinários 
ou dentistas 
especializados.
 � Farmacêuticos podem 
prescrever somente 
medicamentos isentos 
de prescrição médica.
 � É considerado 
medicamento 
homeopático. 
(Continua)
Práticas homeopáticas e florais de uso humano 13
Florais de Bach Homeopatia
Campo de ação � Age apenas no campo 
emocional, podendo 
refletir em outros 
corpos ou níveis.
 � Pode agir no campo 
físico, mental e 
emocional.
Origem � Apenas do Reino 
Vegetal, exceto Rock 
Water, que é de origem 
mineral.
 � Nos quatro reinos: 
vegetal, mineral, animal 
e fungi.
Método de 
preparo
 � Extração das vibrações 
e essências da planta 
com água pelo método 
solar ou de fervura. Em 
seguida, ocorrem várias 
diluições em Brand até 
chegar-se ao frasco de 
tratamento. 
 � Diluições em água e/
ou etanol em diversas 
graduações, seguidas 
de trituração ou 
sucussões.
Apresentação � Em gotas, cremes, géis, 
pastilhas, chicletes e 
spray.
 � Em gotas, cremes, 
géis, papéis, tabletes, 
glóbulos, injetáveis.
Reações adversas � Não possui (às vezes 
sintomas suprimidos 
podem vir à tona 
temporariamente). 
 � Poderá haver.
Interações 
medicamentosas
 � Não há. � Poderá haver.
Como atua � A pessoa busca sua 
própria cura com o 
auxílio das vibrações 
sutis que as essências 
florais possuem.
 � Princípio da 
semelhança: 
“semelhante cura 
semelhante”.
Fonte: Adaptado de Ribeiro (2020).
De acordo com Bello (2019, documento on-line), “[...] as essências florais 
são extratos líquidos sutis de natureza vibracional, por incorporarem os 
padrões energéticos de cada flor. Atuam nos vários campos de energia do ser 
humano, influenciando no bem-estar mental, emocional e físico”. Assim, os 
florais não atuam diretamente sobre as funções fisiológicas e a bioquímica 
do organismo, como os fármacos tradicionais. Bello (2019, documento on-line) 
ainda acrescenta que, quando as essências florais são ingeridas:
(Continuação)
Práticas homeopáticas e florais de uso humano14
[...] as energias nelas contidas são potencializadas e assimiladas com o auxílio de 
um extraordinário sistema de energia biocristalina existente no interior do corpo 
físico. Esse sistema cristalino apresenta determinadas propriedades semelhantes 
às do quartzo, as quais tornam possível a transferência ressonante das energias do 
remédio floral para o corpo físico, a fim de que elas possam alcançar os corpos sutis. 
De forma simples, a ressonância ocorre quando um sistema de vibração é estimu-
lado por uma força externa que combine com sua frequência natural de vibração.
Cada um dos remédios descobertos pelo Dr. Bach são utilizados para 
equilibrar uma determinada característica ou estado emocional específico. 
Os florais de Bach e suas aplicações são listados a seguir (BACH CENTRE, 2020):� Agrimony — tortura mental detrás de um rosto alegre;
 � Aspen — medo de coisas desconhecidas;
 � Beech — intolerância;
 � Centaury — dificuldade em dizer não;
 � Cerato — falta de confiança nas suas próprias decisões;
 � Cherry Plum — medo de perder o controle;
 � Chestnut Bud — incapacidade de aprender com seus próprios erros;
 � Chicory — egoísmo e possessividade;
 � Clematis — sonhar com o futuro sem trabalhar no presente;
 � Crab Apple — remédio para limpeza e para o sentimento de autorre-
jeição por desagrado;
 � Elm — sensação de sobrecarga por excesso de responsabilidade;
 � Gentian — desânimo depois de uma contrariedade;
 � Gorse — desespero;
 � Heather — excesso de preocupação por si mesmo, personalidade 
egoísta;
 � Holly — ódio, inveja e ciúme;
 � Honeysuckle — viver no passado;
 � Hornbeam — sentimento de cansaço só de pensar em fazer algo;
 � Impatiens — impaciência;
 � Larch — falta de confiança;
 � Mimulus — medo de coisas conhecidas e timidez;
 � Mustard — tristeza profunda e sem motivo aparente;
 � Oak — para a pessoa impassível e persistente que avança e aguenta 
além do limite das suas capacidades;
 � Olive — exaustão após esforço mental ou físico;
 � Pine — culpa;
Práticas homeopáticas e florais de uso humano 15
 � Red Chestnut — excesso de preocupação pelo bem-estar de seus entes 
queridos;
 � Rock Rose — terror e medo paralisante;
 � Rock Water — autonegação e repressão por rigidez;
 � Scleranthus — dificuldade de optar entre várias possibilidades;
 � Star of Bethlehem — choque;
 � Sweet Chestnut — angústia mental extrema, quando todas as hipóteses 
parecem esgotadas e a pessoa não vê luz no fim do túnel;
 � Vervain — excesso de entusiasmo;
 � Vine — excesso de autoridade, despotismo;
 � Walnut — proteção de influências indesejadas e em caso de mudança;
 � Water Violet — para equilibrar personalidades reservadas e distantes;
 � White Chestnut — pensamentos indesejados e incontroláveis, conflitos 
mentais;
 � Wild Oat — dúvidas sobre que direção tomar na vida;
 � Wild Rose — sensação de andar à deriva, apático e resignado;
 � Willow — autocomiseração e ressentimento.
A partir do conteúdo abordado, percebe-se que as aplicações da home-
opatia e das essências florais são práticas complementares em saúde. A 
homeopatia e a terapia floral representam hoje uma alternativa ao uso da 
alopatia em uma população cada vez mais preocupada com saúde e bem-estar, 
e acometida por diversos distúrbios emocionais. A aplicação clínica dessas 
terapias tem sido também incentivada por órgãos federais. É importante 
conhecer, porém, seus conceitos, métodos de preparo e indicações, a fim de 
alcançar o benefício terapêutico proposto por essas terapias. 
Referências
BACH CENTRE. Guia de remédios. [S. l.: s. n.], 2020. Disponível em: https://www.bachcen-
tre.com/pt/os-florais/os-38-remedios/guia-de-remedios/. Acesso em: 25 out. 2020.
BELLO, S. R. Terapia floral. São Paulo: APANAT, 2019. Disponível em: http://apanat.org.
br/terapia-floral/. Acesso em: 25 out. 2020.
BERMAR, K. C. O. Farmacotécnica: técnicas de manipulação de medicamentos. São 
Paulo: Érica, 2014. (Série Eixos).
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia homeopática brasi-
leira. 3. ed. Brasília: ANVISA, 2011. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/
assuntos/farmacopeia/farmacopeia-homeopatica/arquivos/8048json-file-1. Acesso 
em: 25 out. 2020.
FONTES, O. L. et al. Farmácia homeopática: teoria e prática. 5. ed. Barueri, SP: Manole, 
2018.
Práticas homeopáticas e florais de uso humano16
RIBEIRO, J. Diferenças e semelhanças entre homeopatia e florais. [S. l.: s. n.], 2020. 
Disponível em: https://drajulianaribeiro.com.br/ebook. Acesso em: 14 out. 2020.
SÃO PAULO. Conselho Regional de Farmácia. Homeopatia. 3. ed. São Paulo: CRF-SP, 2019. 
Disponível em: http://www.crfsp.org.br/images/cartilhas/homeopatia.pdf. Acesso 
em: 25 out. 2020.
WAISSE, S. Efeito de ultradiluições homeopáticas em modelos in vitro: revisão da 
literatura. Revista de Homeopatia, v. 80, n. 1/2, p. 98–112, 2017. Disponível em: https://
pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/hom-11972. Acesso em: 25 out. 2020.
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Práticas homeopáticas e florais de uso humano 17
Dica do professor
Os bioterápicos são preparações medicamentosas de uso homeopático obtidas a partir de produtos 
biológicos quimicamente indefinidos. Como exemplo desses produtos, podemos citar secreções, 
excreções, tecidos e órgãos, e estes podem ser patológicos ou não. Os bioterápicos também podem 
ser obtidos a partir de produtos de origem microbiana e de alérgenos.
Esses medicamentos podem ser classificados em duas grandes categorias: bioterápicos de estoque 
e isoterápicos. Podem ser utilizados para tratar reações de hipersensibilidade, infecções de etiologia 
conhecida e quadros provocados por um agente tóxico, dentre outros.
Na Dica do Professor, conheça um pouco mais sobre os bioterápicos e suas aplicações clínicas.
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Exercícios
1) A homeopatia foi inserida no Sistema Único de Saúde (SUS) como prática integrativa e 
complementar, por meio da Portaria no 971/2006.
A respeito da prática da homeopatia, leia as assertivas abaixo e assinale V para a(s) 
verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s):
( ) A homeopatia baseia-se no princípio da similitude, segundo o qual busca-se tratar o 
paciente a partir de sintomas semelhantes aos que ele está sentindo.
( ) A prática da medicina homeopática ainda não é reconhecida como especialidade médica, 
embora seja uma atividade realizada frequentemente por médicos.
( ) A prática da homeopatia é recomendada em todos os níveis de atenção, que incluem os 
atendimentos de atenção básica e as estratégias de saúde da família.
( ) O farmacêutico pode realizar a prescrição de medicamentos dinamizados, desde que a 
dispensação não exija prescrição médica.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta:
A) V, F, V, V.
B) F, V, V, V.
C) V, F, F, V.
D) F, V, V, F.
E) V, V, V, F.
A homeopatia é baseada no princípio vitalista e foi desenvolvida por Samuel Hahnemann no 
século XVIII. Essa prática é utilizada no tratamento de diferentes patologias clínicas, desde 
doenças respiratórias e alérgicas até transtornos psicossomáticos.
Analise os seguintes conceitos importantes na homeopatia e relacione a primeira e a 
segunda colunas de forma a estabelecer a relação correta entre elas.
I) Diluição.
II) Insumo inerte.
2) 
III) Dinamização.
IV) Potência.
( ) É a redução da concentração do insumo ativo (por exemplo, fármaco ou tintura-mãe) pela 
adição de excipientes.
( ) É o processo de diluições seguidas de sucussões sucessivas do insumo ativo em 
excipientes adequados.
( ) É a substância utilizada como veículo ou excipiente na preparação dos medicamentos 
homeopáticos.
( ) É a quantidade em números de dinamizações que um medicamento homeopático recebeu.
A) I, II, IV, III.
B) I, II, III, IV.
C) IV, III, II, I.
D) II, III, I, IV.
E) I, III, II, IV.
3) Leia o trecho a seguir, sobre um processo utilizado na preparação de medicamentos 
homeopáticos:
A ______________ é o processo manual que consiste em agitar, de forma vigorosa e ritmada e 
contra um anteparo semirrígido, o frasco do insumo ativo previamente diluído em insumo 
inerte adequado. Esse processo também pode ser realizado de forma automatizada, desde 
que seja validado e simule adequadamente o processo manual.
Assinale a alternativaque apresenta corretamente o método descrito:
A) diluição.
B) sucussão.
C) trituração.
D) infusão.
E) maceração.
4) Os medicamentos homeopáticos são oriundos dos reinos vegetal, mineral, animal e Fungi. 
Estão disponíveis comercialmente em diferentes apresentações, como tabletes, glóbulos, 
líquidos e pós.
Pode-se afirmar que é um medicamento homeopático obtido a partir do reino vegetal:
A) Digitalis Purpurea.
B) Acidum Phosphoricum.
C) Apis Mellifica.
D) Agaricus Muscarius.
E) Mercurius Solubilis.
5) A terapia floral é um método terapêutico que foi incorporado na Política Nacional de 
Práticas Integrativas e Complementares em 2018. Essa terapia teve origem na Inglaterra, no 
século XX, a partir dos estudos do médico Edward Bach, expandindo-se para todo o mundo 
a partir da década de 1970.
Sobre a terapia floral, é CORRETO afirmar:
A) É uma especialidade médica que busca restabelecer o equilíbrio mental e emocional dos 
indivíduos.
B) As essências florais exercem sua atividade por meio da atuação em receptores e/ou 
moléculas-alvo no organismo.
C) Os florais de Bach são medicamentos homeopáticos comercializados principalmente na forma 
de gotas, cremes e géis.
D) Tem como base a responsabilidade do indivíduo pela própria saúde, podendo ser utilizada por 
pessoas de todas as idades.
E) Os florais de Bach são obtidos por meio da extração das vibrações de matérias-primas 
oriundas dos reinos vegetal, mineral e animal.
Na prática
As pesquisas do dr. Edward Bach, no início do século XX, resultaram em 38 substâncias florais, 
conhecidas como “florais de Bach”. O sistema floral concebido pelo Dr. Bach tem como objetivo ser 
simples e aplicável a qualquer pessoa, inclusive a bebês e crianças. Cada um dos florais de Bach 
está associado a uma emoção humana básica e busca restabelecer o equilíbrio mental e emocional 
dos pacientes.
Neste Na Prática, conheça um estudo de caso em que a mãe procura um terapeuta floral em busca 
de um tratamento para as dores de estômago da sua filha de 10 anos.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja, a seguir, as sugestões do 
professor:
Evidências científicas em homeopatia
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Homeopatia no tratamento da asma brônquica
No trabalho a seguir, veja o relato de um caso em que foi utilizada uma associação do medicamento 
homeopático Silicea ao tratamento convencional da asma brônquica, resultando em melhora do 
quadro clínico do paciente.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Terapia floral como prática integrativa e complementar do SUS
No vídeo a seguir, assista a uma palestra da terapeuta floral Lizete de Paula, presidente honorária 
do Conselho Nacional de Autorregulamentação da Terapia Floral (Conaflor) e da Associação dos 
Terapeutas de Essências Florais (Rioflor), sobre a terapia floral, que tem o objetivo de contribuir 
para o equilíbrio emocional do paciente.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
http://www.bvshomeopatia.org.br/revista/DossieEvidenciasCientificasHomeopatiaRevistaAPHBrasilCompleta.pdf
http://docs.bvsalud.org/biblioref/2019/08/1009519/tcc-homeopatia-solange-turma-2017.pdf
https://www.canalsaude.fiocruz.br/canal/videoAberto/pics-florais-les-1947

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